República de Angola. Governo Provincial do Uíge. Ministério do Planeamento Direcção de Estudos e Planeamento. Perfil da Província.

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1 República de Angola Governo Provincial do Uíge Ministério do Planeamento Direcção de Estudos e Planeamento Perfil da Província Abril de 2012 Dados recolhidos até Dezembro de 2011 JMJ Angola Consultores JMJAngola, Lda Rua 5 de Outubro, 55 6º Luanda Tel: /

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3 Índice 1. Introdução Breve Histórico da Província A origem do nome Os grupos etnolinguísticos O período pré colonial O período colonial O período pós independência Caracterização Física e Ambiental Geografia Relevo, Clima e Solos Recursos hídricos Vegetação e Fauna Outros recursos naturais Riscos ambientais Caracterização Demográfica Caracterização Institucional Divisão político-administrativa Funções e estrutura do Governo Provincial Finanças Autoridades Tradicionais Sociedade Civil Instituições Religiosas Sector Privado Partidos políticos Caracterização Social Direitos Humanos e Cidadania Educação Cultura Saúde Água e Saneamento Energia Justiça, Segurança Pública e Ordem Interna Protecção Social Juventude e Desportos Família e Promoção da Mulher Acesso, Transporte, Comunicações, Habitação e Urbanismo Transporte Comunicações Urbanismo, Habitação e Obras Públicas Caracterização Económica Agricultura Pecuária, Pesca e Caça Segurança alimentar

4 8.4. Comércio, Indústria, Hotelaria e Turismo Emprego e Formação Profissional Serviços Financeiros Anexos Anexo: Pontos a rever para completar o perfil

5 1. Introdução Ao elaborar este Perfil, o Governo da Província do Uíge disponibiliza a informação existente sobre a realidade histórica, demográfica, institucional, politica, económica e social do município. Esta informação vem diminuir um dos principais constrangimentos ao desenvolvimento da província e estabelecer uma base mais credível para o planeamento do desenvolvimento pelas entidades locais, provinciais e nacionais. Com efeito, não é possível um bom planeamento sem um bom diagnóstico da situação que se quer mudar. O Perfil é importante pela informação recolhida, mas também pela compilação num só documento de muita informação que se encontrava dispersa. É ainda importante por ter identificado a informação útil de que ainda não dispomos, despertando assim os responsáveis a todos os níveis para as acções que serão necessárias desenvolver futuramente para recolha e compilação da informação em falta. Reconhecendo a grande importância do Perfil, não podemos deixar de referir igualmente que estamos conscientes que a informação nele constante não reflecte ainda toda a realidade actual da província, porque para além da informação em falta, existe informação contraditória e outra cujas fontes não têm possibilidade real de garantir a sua fiabilidade. Deste modo, entendemos o Perfil como um trabalho em progresso, que identifica e admite as suas lacunas e que as vai ultrapassar até à sua actualização que deverá acontecer nos próximos três a cinco anos. O Perfil contém nove capítulos. Para além desta introdução, faz uma caracterização histórica; uma outra física e ambiental, incluindo a fauna, flora, recursos naturais e riscos ambientais; a demográfica, com as limitações conhecidas; a institucional, contendo não só o sector público mas também o privado, as autoridades tradicionais e a sociedade civil; a social, englobando entre outros sectores a educação, saúde, água, energia, justiça; e a económica, que abarca a agricultura, comércio, indústria, para além de outros aspectos. Existe também um capítulo sobre transporte e comunicações, sendo o último capítulo reservado aos anexos do documento. NOTA IMPORTANTE Solicita-se que se tenha em conta o anexo onde se pede uma vez mais alguma informação em falta, pois ela ajudará a melhorar substancialmente a qualidade do relatório na sua versão definitiva. 5

6 2. Breve Histórico da Província 2.1. A origem do nome O nome da província deriva da localidade do Uíge, onde foi fundado um posto militar pelos portugueses em 1917, que viria a ser a sede da circunscrição do Bembe a partir de 1923 e posteriormente sede do concelho do mesmo nome. Há várias explicações para o nome, desde a expressão de língua Kikongo wizidi que significa chegada, em alusão aos primeiros portugueses que se fixaram na região, até ao nome rio Uíge 1. O local viria a ganhar importância progressiva passando a vila em 1934 e mais tarde a capital da província do Congo, criada em 4/7/46, para mais tarde ver o seu nome mudado para Vila Marechal Carmona e depois ser elevada à categoria de cidade em Depois dos acontecimentos de 1961 o distrito do Congo foi dividido em dois, Zaire e Uíge, tornando-se a cidade do Uíge a capital deste último. Depois da independência o distrito passou a designar-se província, mantendo os mesmos limites Os grupos etnolinguísticos A população do Uíge é geralmente conotada com a comunidade etnolinguística dos Bakongo, ou, segundo a terminologia usada pelo Ministério da Cultura, com a área sociocultural Kongo 2. Embora os traços identitários da comunidade sejam marcantes, encontra-se um outro nível de identidades, linguísticas (no que respeita ao sotaque, por exemplo) ou de outra natureza (ligadas à história, ao parentesco, aos usos e costumes, entre outras), que permitem estabelecer subdivisões. Assim, no Uíge encontram-se pessoas que se reclamam dos subgrupos dos Bazombo, Basoso, Bapombo,Baiaca, Basuco, Baluango e Basundi, entre outros. Historicamente, o grupo dos Bazombo ou Bambata, habitantes da região de Mbata, referenciada com o actual território de Maquela do Zombo e parte da Damba, distinguiu-se pela sua propensão para o comércio 3. Devem ter sido os intermediários do comércio e dos mais importantes difusores de elementos culturais e da religião introduzidos pelos portugueses, numa área que vai de Mbanza Congo ao rio Cuango a 1 A grafia de Uíge aparece frequentemente como Uíje. Torna-se necessário tomar uma decisão oficial como aconteceu em Malanje, onde, por orientação do Governo da Província se aboliu oficialmente a grafia Malange. O mesmo deve ser feito para Negage (Negaje), Dange (Danje) e outros casos. 2 De acordo com os conceitos mais modernos de antropologia, não é correcto o uso dos termos étnico e tribo, como frequentemente ainda acontece, por não terem rigor científico e veicularem uma visão eurocêntrica sobre a realidade dos povos africanos. 3 A informação relativa aos aspectos históricos mais antigos tem por base os textos de Neto, M. da Conceição, 2010, Maquela do Zombo in F. T. Barata & J.M. Fernandes (coord), Património de origem portuguesa no Mundo. Arquitectura e urbanismo: África, Mar Vermelho, Golfo Pérsico, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, p.467.; Neto, M. da Conceição, 1995, Maquela do Zombo. Viagem pela história in Austral (TAAG), nº 15, pp ; Martins, Manuel Alfredo de Morais, Contacto de culturas no Congo português achegas para o seu estudo, separata da Revista Estudos Políticos e Sociais, Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, Lisboa, 1973, 166 p. e Ferreira Dinis, Populações indígenas de Angola, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1918, pp

7 leste e à região do Sosso (31 de Janeiro) ou mesmo mais a sul. Essa especialização dos Bazombo é ainda hoje um dos seus traços mais característicos, com base em mercados, verdadeiras instituições conhecidos por quitandas, cujo nome original, nzandu, significa lugar neutro, de igualdade, ou de divertimento. Talvez se possa afirmar que esta característica dos Bazombo identifica uma área cultural distinta dentro do território angolano ocupado pelos Bakongo, anterior à ocupação portuguesa. Essa propensão para o comércio passou a ser extensiva para outros subgrupos dos Bakongo, influenciando a organização de mercados rurais pelo governo português logo após os acontecimentos de 1961, bem como o desenvolvimento do comércio informal depois da independência. A conotação de grande parte da região do Uíge tal como a do Zaire com os Bakongo poderá ter origem nas grandes migrações de povos bantu talvez antes do final do primeiro milénio (ano 1000) e na posterior fundação do Reino do Congo. No entanto, outros grupos bantu também se fixaram no território que hoje constitui a província, como os Mahungo e Ngola que se reconhecem como integrantes da área cultural Mbundu. Por outro lado, os movimentos de populações ao longo das últimas décadas, associados às guerras e casamentos interculturais, trouxeram à região pessoas oriundas de outros territórios. Esta realidade, hoje comum a quase todo o país, é também marcada no Uíge pela fixação de alguns dos antigos trabalhadores provenientes do Planalto Central para as roças de café, principalmente entre as décadas de 40 e 70 do século XX. Além disso, habita ainda no Uíge um considerável número de cidadãos regressados da RDC. É notória ainda a existência de cidadãos que não se reconhecem em nenhum grupo cultural dos anteriormente referidos, bem como de manifestações de sincretismo, tanto no modo de organização do poder tradicional, como nas relações sociais e na organização da economia informal. Conclui-se, pois, que hoje é quase impossível traçar uma linha de fronteira entre a área de predominância da língua Kicongo e qualquer outra, principalmente a de língua Kimbundo O período pré colonial A História de Angola em geral apresenta ainda bastantes lacunas, pois as poucas fontes escritas são manifestamente insuficientes e a arqueologia está pouco desenvolvida. A deficiente informação sobre o período pré-colonial obriga a que as referências mais antigas sejam geralmente relacionadas com a chegada ou fixação dos portugueses à região. A fixação dos portugueses no território do Uíge só começou a ser efectiva após a Conferência de Berlim que terminou em 1886, e a memória colectiva captada em quase todos os municípios, principalmente a sul e leste, regista a presença permanente dos militares portugueses apenas a partir do início do século XX. Todavia, há registos históricos que referem a concessão da exploração das minas de cobre de Mavoio, no Bembe, em 1857, que chegou a permitir a exportação de um importante quantitativo de minério 4, antes do seu encerramento devido às dificuldades de transporte para o Ambriz. 4 No entanto, as primeiras notícias da existência das minas são do início do século XIX. 7

8 Mas a história do Uíge pode ser melhor entendida no quadro da história de toda a região noroeste, e para isso é necessário recuar aos primeiros contactos entre o Reino do Congo e os portugueses e aos seus efeitos nas regiões do Zombo e Damba. As fontes mais credíveis, que referem as grandes migrações atrás mencionadas, também sugerem que antes de 1100 os principais produtos cultivados na região eram o sorgo vermelho e outros milhos miúdos (massango e massambala) e várias espécies de inhames africanos entre os tubérculos 5. Cerca do ano 1100, a economia da região já se apresentava mais diferenciada, com vestígios de metalurgia do ferro relativamente desenvolvida, cerâmica, fabrico de cestos, tecelagem em ráfia e palmeira, e extracção de sal do mar, dos mangais, de plantas ou ainda de sal-gema. Terá sido no século XIII, ou talvez antes, que se deu a emergência do Estado ou Reino do Congo. A data da sua fundação e a origem dos seus reis são ainda controversas, mas a Europa ficou impressionada pela sua extensão territorial (do actual Gabão até à foz do Kuanza), pela organização social hierarquizada, pela organização política que tinha Mbanza Congo como centro do poder, pelo comércio de longa distância e pelo uso de moeda como valor de troca O período colonial Dos primeiros contactos ao declínio do Reino do Congo Os contactos com os portugueses permitiram aos Bakongo a abertura ao Atlântico e com isso desenvolveu-se o tráfico de escravos, mas também foram introduzidas uma nova religião, o cristianismo, e novos produtos alimentares, como a mandioca. Porém, as boas relações com Portugal foram muitas vezes dificultadas por tensões resultantes do tráfico de escravos. Por sua vez, a influência de missionários católicos manteve-se até ao século XVII, mas a sua actividade conheceu um grande declínio até à segunda metade do século dezanove, e quando foi reactivada passou a ter concorrência dos protestantes da Igreja Baptista, passando ambas a ter grande influência na formação de elites letradas e líderes comunitários. A 29 de Outubro de 1665 teve lugar em Ambuíla a batalha que seria fatal para o Reino do Congo. Nela foi morto o rei D. António e com ele perto de cinco mil homens, entre os quais muitos dos seus colaboradores. A cabeça do rei foi enterrada com solenidade de monarca cristão na Igreja da Nazaré em Luanda, onde ainda hoje se encontram azulejos alusivos à batalha de Ambuíla. Em 1706, em Mbanza Kongo, foi morta, por heresia, Beatriz Kimpa Vita, profetisa e líder do movimento dos Antoninos, uma nova religião de influência cristã, que tentara a restauração do anterior poder do reino e da sua capital. Há notícias de que no século XVIII emergiam em território dos Bazombo (aproximadamente Maquela do Zombo e parte da Damba de hoje) manifestações de tráfico de escravos que condicionavam a economia regional e o comércio de longa distância. Ao longo do século XIX o tráfico de escravos foi dando lugar ao comércio de 5 Só mais tarde (possivelmente no século XVII) o milho e a mandioca seriam introduzidos pelos portugueses a partir da América Latina. 8

9 marfim e oleaginosas (coconote e ginguba, principalmente) e, na transição para o século vinte, de borracha, como aconteceu em outras partes do território angolano. A fase pós Conferência de Berlim Após a Conferência Berlim foi criado o Distrito do Congo, de que Cabinda foi a primeira capital. O comércio continuou a jogar papel determinante na economia da região de Maquela no início do século XX e as quitandas eram descritas no princípio do século, como algo mais que locais de compras e vendas. Na realidade, elas estavam organizadas numa lógica parecida com a dos centros comerciais modernos, desde os bens de origem agropecuária até artigos manufacturados e armas. As quitandas representavam também espaços de sociabilidade e de troca de informação e de distracção. Nessa época teve início a ocupação comercial do interior do Congo, antecedendo, em algumas regiões, a militar e administrativa. Os mercados dos Bazombo perderam importância mas não se extinguiram como verdadeira instituição com significado sociológico. A sua sobrevivência num contexto desfavorável revela a força da sua tradição. Entre 1913 e 1915 teve lugar a chamada revolta de Álvaro Buta, a maior do norte de Angola antes de 1961, devida à corrupção e à incompetência da administração portuguesa, os abusos na cobrança de impostos e à violência no angariamento de trabalhadores para S. Tomé e Cabinda, que havia tomado o lugar do tráfico de escravos. No rescaldo dessa revolta, e devido ao peso económico crescente do interior do Distrito do Congo, a sua sede foi transferida em 1917 de Cabinda para Maquela do Zombo. Num local onde hoje se encontra a cidade do Uíge foi criado pelos portugueses um posto militar (Portaria 60 de 6/4/17) 6. Em 1923 o posto passou a sede da circunscrição (mais tarde concelho) do Bembe. A importância crescente da cultura do café e a subida do seu preço no mercado internacional provocaram alterações radicais na economia do distrito do Congo. Maquela perdeu importância e Uíje, elevado a vila em 1934, passou a capital da Província do Congo criada em 1946, que voltaria a ser distrito a partir de 1954 até que foi desmembrado nos distritos do Uíge e Zaire, como já referido. Mas, ao contrário do que aconteceu noutros distritos, onde as capitais passaram a atrair os residentes do interior, os Bazombo não foram seduzidos pelo Uíge, pois Léopoldville (Kinshasa) era de acesso mais fácil e com mais oportunidades de estudo e de trabalho, e no Congo Belga não havia imposto indígena nem trabalho forçado. Contudo, tais emigrados no Congo mantiveram os laços com a terra de origem e estiveram ligados à luta pela independência. O café e a rebelião de 1961 A cultura do café passou então a marcar a história de quase toda a província. Porém, factos como a usurpação de terras férteis, o trabalho forçado nas plantações dos colonos, o pagamento de impostos injustos e a obrigatoriedade da cultura do café em 6 Ver Milheiros, Mário (1972) Índice Histórico-Corográfico de Angola, Instituto de Investigação Científica de Angola, Luanda e Granado, António Coxito (1949) Dicionário Corográfico Comercial de Angola, edição do Autor, Luanda. 9

10 prejuízo das alimentares contribuíram para a revolta popular em 1961 que abrangeu praticamente todo o noroeste de Angola. A revolta foi violenta e os portugueses responderam com uma violência que atingiu inocentes. Em muitas localidades da província encontram-se monumentos os sítios que, apesar da sua modéstia, assinalam as vítimas da repressão de A revolta provocou importantes mudanças na política colonial portuguesa. Uma delas foi a reforma legislativa que abrangeu a concessão de terras, o trabalho forçado, a organização administrativa, o poder tradicional, os impostos e os mercados rurais. A contra ofensiva portuguesa, aliada a intensa propaganda psicológica, provocou o regresso de grande parte da população que se havia refugiado nas matas ao convívio com os portugueses. Foram criadas as aldeias da paz em pontos estratégicos e teve início um novo tipo de relacionamento com os cafeicultores nativos, que representou um importante incentivo à produção de café e contribuía para atenuar a acção dos nacionalistas. A estratégia deu alguns resultados, pois ainda hoje muitas populações valorizam a melhoria da sua condição económica e social na altura. A criação de mercados rurais, seguindo a antiga tradição dos Bakongo, voltados para a comercialização do café, a demarcação de terras e a concessão do respectivo título a muitos agricultores nativos, a constituição de algumas cooperativas de serviços que comercializavam e descascavam café com melhores preços, o acesso a empréstimos do Instituto de Crédito de Angola e a construção de chafarizes abastecidos em água pela força da gravidade foram alguns dos indicadores de mudanças. Certos agricultores nativos chegaram a produzir mais de vinte toneladas de café comercial e a possuir 50 trabalhadores permanentes, algo que alguns portugueses não conseguiam. A província do Uíge chegou a produzir 74 mil toneladas de café comercial nos primeiros anos da década de 70, quando a produção nacional havia atingido o máximo de 180 mil toneladas. O município do Dange, com as suas toneladas era o maior produtor de Angola. No Uíge, depois de Dange, os municípios mais produtivos eram os do Uíge com e do Songo com toneladas O período pós independência Por altura da proclamação da independência a província do Uíge estava sob o controlo das forças militares da FNLA e o Governo de Angola só assumiu a sua administração em Janeiro de A economia da região foi muito afectada pela transição para a independência e pela nova política económica, com reflexos na estrutura de produção e comercialização de café e de outros produtos agrícolas, tais como a mandioca, a banana, o feijão, o amendoim e o óleo de palma, devido à fuga dos fazendeiros e dos comerciantes. A produção de café por parte do sector familiar foi perdendo importância progressiva pelo baixo preço oficial, pela ausência de mercados e pelos efeitos da guerra civil. As culturas alimentares passaram a ser mais atractivas, mas a produção manteve-se baixa devido à ausência de um sistema de comercialização. Entre as várias tentativas de solução desse problema destaca-se a criação de uma empresa denominada Uigimex 10

11 que, com a assistência da italiana Bozzo Angola, procurava comprar o café na posse dos agricultores e vender bens de consumo, mas cujos resultados foram pouco animadores. A guerra civil entre o Governo e a UNITA atingiu directamente o Uíge já nos anos 80, tendo a província sido ocupada várias vezes pelas forças militares da UNITA, até que em 2002 o Governo passou a controlar definitivamente a situação. Os serviços do Estado e o comércio ficaram praticamente paralisados. A perda de animais e a destruição de infraestruturas provocaram um aumento ainda mais significativo dos níveis de pobreza. Em 2002 a situação económica e social da província era bastante grave. De acordo com o Perfil Socioeconómico da Província do Uíge elaborado em 2003 pelo PNUD para o Governo de Angola, existiam em média, na província do Uíge, um enfermeiro e um médico para, respectivamente, e habitantes; a população matriculada, desde a iniciação até ao PUNIV era de alunos; no sector do comércio, encontravam-se apenas quatro estabelecimentos grossistas e/ou mistos e oito retalhistas. Com a paz, o Governo tomou medidas que estão a inverter a situação, como, por exemplo, a implementação de diversos programas como o de Serviços Sociais Básicos à População e outros que se seguiram visando a descentralização gradual, e mais recentemente o PMIDRCP. Após a independência, os distritos passaram a ser designados por províncias e os concelhos por municípios, mantendo os seus limites. A orgânica e funcionamento da estrutura dos governos provinciais e das administrações municipais comissariados a ambos os níveis até 1991 foram evoluindo ao longo do tempo, mas o seu desempenho afectado por problemas vários que têm a ver com as capacidades institucionais, humanas e financeiras. O Plano Estratégico de Desconcentração e Descentralização, lançado nos primeiros anos do novo século visa, de modo gradual, a superação dessas dificuldades. 11

12 3. Caracterização Física e Ambiental 3.1. Geografia A província do Uíge situa-se no norte de Angola, ocupa uma superfície de km² e faz fronteira com a República Democrática do Congo a Norte e leste, com a província do Zaire a Oeste, com a do Bengo a sudoeste, com a do Kwanza Norte a Sul e com a de Malanje a Sudeste 7. Não há na província estações ou postos meteorológicos, pelo que não há registos recentes de pluviosidade e temperatura Relevo, Clima e Solos De acordo com a Missão de Inquéritos Agrícolas (MIAA) 8, a província do Uíge abrange parte da zona agroecológica Cafeícola Dembos-Uíge (zona 3) e praticamente a totalidade do Planalto do Congo (zona 5) e do Cuango (zona 6). A primeira integra os municípios do Bembe, Ambuíla, Dange, Songo e Uíje, e a partes dos de Mucaba, Negage, Bungo e Damba. A segunda abrange partes dos municípios do Negage, Bungo, Mucaba e Damba e a quase totalidade de Maquela do Zombo, Buengas, Púri, Pombo e Alto Kauale. A terceira cobre os restantes municípios (Kimbele e Milunga) e pequenas partes de Pombo e Buengas. Mucaba, em rigor, apresenta uma certa especificidade por ser uma faixa da bordadura planáltica do Congo com uma escarpa abrupta que a separa da aplanação subplanáltica. A zona Cafeícola Dembos-Uíge tem um relevo bastante pronunciado e acidentado com elevações irregulares de que se destacam as serras do Uíge, Pingano, Kibinda, Mucaba, Canzundo, Cananga e Uamba, entre outras, e cuja altitude varia entre os 500 e os metros (cerca de 23% situa-se acima dos 1000 metros). O clima tropical quente e húmido, com uma estação de chuvas longa (sete a oito meses) entre Setembro/Outubro e Abril/Maio, apresentando valores de precipitação entre 900/1000 milímetros na parte mais ocidental e 1600 milímetros (município do Uíje); e uma estação seca que corresponde ao restante período. Na estação seca a humidade relativa e a nebulosidade apresentam valores elevados, com frequência de nevoeiros e precipitações ocultas, o que favorece a cultura do café. Entre Janeiro e Fevereiro ocorre um pequeno período sem chuva de duas a três semanas. As temperaturas médias anuais variam na ordem inversa da precipitação, entre 25ºC na parte ocidental e 22ºC 7 Para a caracterização física do Uíje seguiram-se de perto duas obras de A. Castanheira Diniz: Características Mesológicas de Angola, MIAA, Nova Lisboa, 1973 e Recursos em Terras com Aptidão para o Regadio. Instituto da Cooperação Portuguesa e Agência Portuguesa de Apoio ao Desenvolvimento, Lisboa, 2002; e ainda uma terceira do mesmo autor e de F. Barros de Aguiar: Zonagem Agroecológica de Angola, Instituto da Cooperação Portuguesa, Fundação Portugal África e Fundo da EFTA para o Desenvolvimento Industrial em Portugal, Lisboa, Carvalho, Eduardo Cruz de Esboço da Zonagem Agrícola de Angola, in Fomento (separata), Lisboa, vol. nº 3,

13 no interior, onde os valores de altitude são bem mais elevados. A humidade relativa média anual é superior a 80%. Os solos dominantes são paraferrálicos amarelos e fracamente ferrálicos (ambos correspondendo aos ferrasols) 9, tendo os primeiros uma aptidão notável para a cultura do café, e, de um modo geral, uma elevado valor agrícola, tanto do ponto de vista físico como químico. Nos vales é frequente encontrarem-se afloramentos de aluviões (ndombe ou ndimba, consoante são mal ou bem drenados). O Planalto do Congo corresponde a uma extensa peneplanície que se estende de sul para norte no prolongamento do planalto de Malanje. O relevo é de ondulação suave e altitudes que podem chegar a 1350 metros sem acidentes orográficos notáveis. No planalto distinguem-se duas paisagens diferenciadas, separadas por uma linha de festo ou separação de águas e que correspondem às superfícies que drenam para o rio Zaire e para o rio Kuanza/Lucala. Na primeira, encontram-se algumas redes hidrográficas, como a do Cuilo, afluente do rio Cuango, que seguem com certa frequência por vales com encostas abruptas, originando movimentações do relevo e explicam as frequentes cataratas e rápidos. O clima é caracterizado por precipitações variáveis entre (Maquela do Zombo) e milímetros (Negaje) e valores de humidade relativa média anual da ordem dos 75%. A temperatura média anual oscila entre 21 e 23ºC. Os solos largamente dominantes são os psamíticos (arenols) a que se seguem os paraferralíticos (acrissols, lixisols, ferralic cambisols) considerados os de maior valia do ponto de vista agrícola, e ainda os ferralíticos argiláceos (ferrasols) e mais raros os hidromórficos (gleysols) das baixas (ndombe ou ndimba). O Cuango é uma zona de menor dimensão com relevo fortemente ondulado com expressivos acidentes orográficos e uma paisagem marcada pera rede hidrográfica do Cuango. Apresenta uma altitude média que varia entre 700 e 900 metros, com máximos de 1100 metros, e ocorrência de ravinas profundas ao longo dos cursos de água ou nas pendentes mais abruptas. A zona tem um clima tropical típico, com uma longa estação de chuvas (Setembro a Maio), que atingem valores compreendidos entre e milímetros. Os valores médios da humidade relativa ultrapassam os 80%. A temperatura média anual oscila entre 23 e 24ºC. Na zona predominam os solos psamo-ferrálicos (ferralic arenosols e os oxipsâmicos pardacentos (arenosols), de textura grosseira, o que explica a vocação agrícola da zona, que quase se restringe à mandioca e ao amendoim. Solos aluvionais (fluvisols) têm importância ao longo do rio Kugo e do troço inferior do Kuílo, para além de serem assinalados em quase todos os fundos de vale ou orlas marginais dos rios. 9 Entre parênteses aponta-se a correspondência dos solos referidos no texto com a Carta de Solos do Mundo FAO-UNESCO. Ver Diniz e Aguiar (1998). 13

14 3.3. Recursos hídricos A província do Uíge tem um importante conjunto de bacias hidrográficas, que correspondem a alguns dos mais relevantes rios do norte do país, como o Loje e o Mbridje e seu afluente Lucunga, que nasce na própria província. Também se destacam na região planáltica o Dange e o Lucala, que nascem próximo do Negage, bem como o Kuílo e o Nzadi, de grande caudal, tributários, respectivamente, do Zaire e do Kuango. A rede hidrográfica no Cuango é densa e integra-se totalmente na bacia do rio Cuango, afluente do Zaire, destacando-se ainda os rios Kuílo, Zaza e Kugo. O potencial destes rios para o regadio é relativamente limitado, principalmente no que se refere a esquemas de média ou grande dimensão. Quase todos são razoavelmente ricos em peixe. A rede hidrográfica da província é enriquecida ainda por um número considerável de lagoas, que emprestam à paisagem atractivos com elevado potencial de valor turístico Vegetação e Fauna O Uíge é, depois de Cabinda, a província do País com maior riqueza florestal. Com efeito existem manchas florestais de relevo, quer na zona de Floresta Densa Húmida, quer nas restantes duas, incluindo as galerias junto aos rios. A Floresta Densa Húmida é um bioma adequado para o desenvolvimento da cultura de café robusta, que se apresenta por vezes em galerias formando um mosaico com savana. Na floresta são frequentes espécies arbóreas de elevado valor madeireiro como a kibaba (Khaya anthoteca) 10, a moreira (Chlorophora excelsa), a undianuno (Entandrophragma angolensis), a takula (Pterocarpus tinctorius), a muanza (Albizia glabrescens), a mulongue (Mitragyna stipulosa), o pau preto, entre outras. A floresta forma com frequência um mosaico com áreas já savana, apresentando-se nesses casos sob a de galerias (nfinda) ao longo dos rios. Esse tipo de vegetação joga um papel importante nos meios de vida da população. No Planalto, principalmente a sul, encontram-se savanas com arbustos e árvores com certo valor madeireiro como o girassonde (Pterocarpus angolensis) e Protea sp.. No estrato herbáceo encontram-se espécies de Hyparrenia, Imperata cilíndrica e Penicetum (capim elrfante) e nas áreas onde o solo foi sujeito a exploração agrícola são frequentes revestimentos de capim gordura (Melinis minutiflora). É este estrato herbáceo com densa cobertura de gramíneas que pode servir de pasto natural e potencia o desenvolvimento de uma pecuária extensiva ou semi-extensiva de bovinos. No Planalto, a floresta densa húmida está limitada aos fundos de vale, sendo mais dominantes o mosaico com savana com arbustos e a floresta densa semi-seca ou as savanas com arbustos e árvores. No Cuango encontram-se essencialmente quatro grandes formações vegetais: a floresta densa semi-seca; as savanas com árvores e arbustos; a floresta densa húmida, frequentemente nas faixas marginais dos rios, onde aparecem boas espécies florestais, entre as quais a takula (Pterocarpus tinctorius), a panga-panga (Milletia laurenti) e o pau 10 Os nomes das espécies florestais são expressos como conhecidos na região, apresentando-se entre parêntesis, sempre que possível, nomes científicos ou botânicos. 14

15 preto, entre outras; e a estepe (pseudo-estepe), com características de savana quase sem árvores, que se estende ao longo do rio Kuango. Nos vales dos rios em quase toda a província ocorrem galerias de Raphia sp., a palmeira de bordão, importante no passado para cestaria e confecção de tecidos e na actualidade para a material de construção e mobiliário, para além de extracção de malavu, bebida fermentada muito importante, quer pelo seu papel social, quer pelo valor comercial crescente. Para além da madeira, da lenha e do carvão, a floresta fornece quase sempre outros bens como os frutos silvestres e outros bens para comercialização (como o safú e a cola, entre outros) e as plantas medicinais que podem gerar rendimentos para as comunidades. A fauna selvagem foi severamente afectada pela guerra e pela actividade dos caçadores em praticamente toda a extensão da província, sendo mais evidente este facto junto aos centros urbanos e às estradas mais movimentadas. Ainda assim, encontram-se espécies diversificadas. Dentre os animais de grande porte são ainda encontrados, elefantes, leões, pacaças, onças, hipopótamos, entre outros, alguns dos quais se pensava já estarem extintos de diversas regiões. A avifauna é relativamente abundante e diversificada, sendo muito comum a perdiz. Nos municípios de Kimbele, Milunga e Buengas aparece a galinha do mato e o papagaio. Os rios e lagoas são de um modo geral razoavelmente ricos em peixe Outros recursos naturais A província é relativamente rica em inertes para materiais de construção como areia branca, pedra, brita e argila, entre outros. Nos municípios do Uíge, Negage, Dange, Songo e Bembe encontra-se argila vermelha para cerâmica, esta última utilizada no fabrico de adobes queimados, o que pode ter uma importância muito grande na construção de casas sociais, a exemplo do que os portugueses fizeram nas sanzalas da paz. No Dange aparecem jazigos de talco, barro (para fabrico de loiça) e de urânio (Vista Alegre). Encontram-se ainda diamantes em Quimbele, Pombo e Buengas, cuja exploração ainda oferece dúvidas em termos de rentabilidade. No Bembe encontram-se as famosas minas de cobre do Mavoio Riscos ambientais O processo de degradação do meio ambiente provocado, sobretudo, pela acção humana que já vem de longe, foi agravado desde os anos 40 com a exploração florestal, a ocupação de grandes parcelas de terra transformadas em fazendas de café e, mais tarde, a partir dos anos 60, com a instalação das unidades pecuárias. Além disso, a prática de agricultura tradicional, baseada em sistemas de longos pousios, exige todos os anos a abertura de espaços para instalação de novas lavras, com uso de corte e queima, o que destrói boa parte da matéria orgânica. O desenvolvimento da agricultura exige, pois, medidas de mitigação dos impactos negativos que ela provoca. 15

16 A destruição da vegetação por parte dos pequenos produtores, quer para o fabrico de madeira, quer para lenha e carvão como fonte de combustível e de geração de renda, principalmente para as famílias mais vulneráveis, é outro factor de peso na degradação ambiental, principalmente porque não existem regras para a preservação nem capacidade para as implementar. Dados os actuais níveis de pobreza e a intensificação da reabilitação das vias de acesso, que constituem um factor encorajador para o aumento do fabrico e comercialização de carvão, urge igualmente encontrar medidas de mitigação. Em particular, as espécies florestais preciosas correm sério perigo. Outro importante factor de risco é a exploração de inertes, que igualmente não obedece a regras de preservação ambiental e está a ser feita sem o devido controlo e sem que as populações locais tenham algum benefício. O esforço no sentido da reabilitação de estradas faz prever um aumento desse factor de risco. A actividade humana sem regras ambientais, destruindo a vegetação protectora do solo e dando lugar a processos erosivos acelerados por obstrução de linhas de água, dadas as características do relevo e do solo, provoca a ocorrência de ravinas, quer nas estradas, quer nos centros urbanos. As ravinas ameaçam o trânsito em várias estradas e em Sanza Pombo e Kimbele, por exemplo, já destruíram vários edifícios. A extinção progressiva da fauna, quer em quantidade, quer em qualidade algumas espécies como o elefante vão-se tornando cada vez mais raras e outras estão em risco de extinção, como a onça constitui mais um factor de risco, dada a falta de capacidade para uma fiscalização adequada da actividade de caçadores furtivos. Não existe um plano de preservação dos recursos naturais, nem está prevista a sua inserção nos programas económicos e sociais em curso, nem sequer uma estratégia de educação ambiental da população. Finalmente, as queimadas, um fenómeno de carácter social e económico de elevada importância e difíceis de evitar, são cada vez mais feitas de forma descontrolada, constituindo mais um factor de risco ambiental. 16

17 4. Caracterização Demográfica Importa esclarecer que o tratamento dos dados demográficos existentes sobre a população na província não é tarefa fácil. Verificamos que as informações veiculadas em alguns documentos oficiais e as fornecidas pelas Administrações Municipais são contraditórias, principalmente quando desagregadas por faixa etária e por género. Para efeitos deste documento e de todos os perfis municipais, fizemos recurso aos dados disponíveis nos PMIDRCP de 2010, por oferecerem uma fonte de informação comum a todos os municípios. Não é possível apresentar dados desagregados por ausência desta informação em alguns municípios. Como mostra a tabela 1 abaixo, a população da Província do Uíge é estimada em habitantes, segundo os dados dos PMIDRCP. As tendências demográficas constatadas em Angola são confirmadas no Uíge, com uma população maioritariamente jovem, onde mais de 55% são menores de 18 anos. No entanto, a proporção de jovens varia bastante entre os municípios: 64,9% da população de Maquela do Zombo tem menos de 21 anos, mas apenas 39,7% da população de Uíge Município está nesta faixa etária; 51% da população do Kimbele tem menos de 20 anos, enquanto são 69,1% nesta faixa etária na Damba. Quanto ao número de mulheres, é geralmente superior aos 50%, como a nível nacional. Para tomar de novo o exemplo dos quatro municípios mais populosos da província, as mulheres representam 55,1% da população em Maquela do Zombo, 51,4% em Kimbele, 53,6% no Uíge e 67,5% na Damba segundo a Administração Municipal, mas 55,7% segundo os dados recolhidos na preparação dos perfis (ver tabela 2). Tabela 1 Estimativa da população na Província do Uíge Municípios Estimativa da População % Ambuíla ,9 Bembe ,9 Buengas ,1 Bungo ,3 Alto Cauale (Cangola) ,5 Damba ,4 Maquela do Zombo ,6 Milunga ,6 Mucaba ,4 Negage ,1 Púri ,5 Quimbele ,1 Dange ,5 Sanza Pombo ,8 Songo ,8 Uíge ,7 Total Fonte: PMIDRCP, Julho/

18 A tabela seguinte mostra as diferenças entre os dados demográficos existentes, algumas sendo mínimas, mas outras muito significativas. Uma outra comparação podia ser feita com os dados do último registo eleitoral, que dão grandes diferenças em certos municípios. Tabela 2 Comparação entre dados demográficos Municípios Estimativa da Diferença com estim. Dados do Registo População PMIDRCP Eleitoral de 2012 Ambuíla Bembe Buengas Bungo Alto Cauale (Cangola) Damba Maquela do Zombo SD Milunga Mucaba Negage Púri Quimbele Dange Sanza Pombo Songo Uíge Total (sem Maquela) Fonte: Dados recolhidos durante a preparação dos perfis municipais (equipa JMJ, 2011) De modo geral, a população concentra-se nas sedes municipais, o que revela uma aproximação da população aos locais onde o acesso aos serviços é mais fácil e, ao mesmo tempo, a situação de isolamento em que vivem as restantes comunas devido ao mau estado das vias de acesso, além de reflectir as dificuldades que se vivem no sector da agricultura. A título de exemplo, no Município do Negage, 57% da população encontra-se na comuna sede, 47% no Sanza Pombo, e 56% em Buengas. Na sede municipal do Kimbele concentra-se 87% da população e no Songo, 79%. A Administração Municipal do Uíge estima que 66% da população do município viva na zona periurbana e 34% na zona rural. No Sanza Pombo, segundo o Perfil de 2007 feito com apoio do PNUD, as aldeias são relativamente grandes e o número médio dos seus habitantes é normalmente superior à média que se pode encontrar em regiões mais povoadas. No entanto, encontram-se aldeias com cinco ou menos domicílios e população inferior a 15 habitantes. Isso demonstra claramente uma nova tendência da distribuição demográfica, menos ligada às normas tradicionais, e uma tendência de forte migração para os núcleos urbanos. No Município do Bungo, com a reabilitação da estrada para o Negage e o fraco desenvolvimento da agricultura, nota-se a tendência da população se aproximar da estrada, quer fixando-se nas aldeias já existentes, quer criando novas. 18

19 5. Caracterização Institucional 5.1. Divisão político-administrativa A Província do Uíge é constituída por 16 municípios, sendo a província de Angola com o maior número destas unidades administrativas. Os municípios são: Ambuíla, Bembe, Buengas, Bungo, Damba, Alto Kauale (Cangola), Maquela do Zombo, Milunga, Mucaba, Negage, Púri, Kimbele, Dange, Sanza Pombo, Songo e Uíge. A maioria dos municípios estão administrativamente divididos em comunas como se apresenta na tabela 3 abaixo. Outros, como Uíge, Bungo e Púri têm apenas a comuna sede. Existe o hábito de não considerar a comuna sede como uma comuna, o que por vezes provoca um vazio institucional e ambiguidades. Tabela 3 Divisão administrativa da Província do Uíge Municípios Comunas Nº de Nº de Regedorias Aldeias 1. Uíge Sede Ambuíla Sede e Kipedro Songo Sede e Kinvuenga Bembe Sede, Lucunga e Mabaia-Kimaria Negage Sede, Dimuca e Kisseque Bungo Sede Maquela do Zombo Sede, Kibocolo, Béu, Cuilo Futa e Sacandica Damba Sede, N soso, Lêmboa, N kama-n tambo e N Kusso Alto Cauale Cangola, Cainongo e Bengo Sanza Pombo Sede, Alfândega, Cuilo Pombo e Uamba Dange Quitexe, Aldeia Viçosa / Quitende, Vista Alegre / Quifuafua e Cambamba Kimbele Sede, Icoca, Cuango e Alto Zaza Milunga Sede / Santa Cruz, Macocola, Macolo e Massau Púri Sede Mucaba Sede / Quinzala e Uando Buengas Sede, Buengas Sul / Quimbianda e Cuilo Cambozo Fonte: PMIDRCP 5.2. Funções e estrutura do Governo Provincial Ao abrigo da Lei 17/10 de 29 de Julho, o Governo da Província do Uíge é um órgão da administração central que tem como dever assegurar as funções do poder executivo na Província, de modo a coordenar os esforços e executar as políticas sectoriais bem como os planos e programas provinciais. Tem como tarefa promover e orientar o desenvolvimento socioeconómico, com base nos princípios e nas opções estratégicas definidas nacionalmente, e assegurar a prestação dos serviços públicos na Província. Princípios de funcionamento O Governo da Província rege-se pelos princípios da desconcentração administrativa, da constitucionalidade e legalidade, da diferenciação, da transferência de recursos, da 19

20 transitoriedade, da participação colegial, da probidade administrativa, da simplificação administrativa e da aproximação dos serviços à população. Cap. I, Art. 4, Lei 17/10 de 29 de Junho O Governo Provincial é presidido pelo Governador e integra os Vice-Governadores, os Delegados e os Directores Provinciais. Os três Vice-Governadores respondem pelos seguintes sectores: (i) económico, (ii) político e social e, (iii) serviços técnicos e infraestruturas. O Governador por sua vez atende directamente as seguintes áreas: (i) coordenação institucional, (ii) orçamento e finanças, (iii) justiça, segurança e a ordem pública, (iv) administração pública, (v) registo eleitoral e o apoio aos processos eleitorais e, (vi) recenseamento militar. Segundo o relatório 2011 da Província, a estrutura orgânica do Governo provincial do Uíge é conforme à Lei 17/10, como apresentada no quadro seguinte: 1. Órgão Executivo: Estrutura Orgânica de acordo Lei 17/10 de 29 de Julho, Cap. III, Art. 23º (Órgãos e Serviços) a) Governo Provincial 2. Órgão de Apoio Consultivo: a) Conselho de Auscultação e concertação Social 3. Serviços de Apoio Técnico: a) Secretaria do Governo Provincial b) Gabinete Jurídico c) Gabinete de Inspecção d) Gabinete de Estudo e Planeamento 4. Serviço de apoio Instrumental a) Gabinete do Governador Provincial b) Gabinetes dos Vice-Governadores Provinciais para o Sector Político e Social, de Serviços Técnicos e Infra-estruturas, Sector Económico, de Estudos e Planeamento e a Secretaria do Governo c) Gabinetes de Inspecção, Jurídico e Centro de Documentação e Informação 5. Serviços Desconcentrados do Governo Provincial a) Direcções provinciais i. Direcção Provincial da Administração Pública Emprego e Segurança Social ii. Direcção Provincial da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas iii. Direcção Provincial dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria iv. Direcção Provincial da Assistência e Reinserção Social v. Direcção Provincial do Comércio, Hotelaria e Turismo vi. Direcção Provincial da Comunicação Social vii. Direcção Provincial da Cultura viii. Direcção Provincial de Educação, Ciência e Tecnologia ix. Direcção Provincial da Energia e Águas x. Direcção Provincial da Saúde xi. Direcção Provincial da Família e Promoção da Mulher 20

21 xii. Direcção Provincial da Indústria, Geologia e Minas xiii. Direcção Provincial da Juventude e Desportos xiv. Direcção Provincial das Obras Públicas xv. Direcção Provincial do Ordenamento do Território, Urbanismo e Ambiente xvi. Direcção Provincial dos Registos xvii. Direcção Provincial dos Transportes, Correios e Telecomunicações 6. Serviços Desconcentrados da administração Central a) Delegações provinciais 7. Superintendência i. Delegação Provincial do Interior ii. Delegação Provincial da Justiça e iii. Delegação das Finanças a) Institutos Públicos de âmbito Provincial b) Empresas Públicas de âmbito Provincial As Administrações Municipais, por sua vez, representam o Governo Provincial no Município, e têm o dever de dirigir a Administração Municipal, assegurar o funcionamento dos órgãos da Administração Local, respondendo pela sua actividade perante o Governo Provincial. Ela é presidida pelo Administrador Municipal e integra o Administrador Municpal-Adjunto e os chefes de Repartição (Ver quadro abaixo). Estrutura Orgânica Municipal de acordo Lei 17/10 de 29 de Julho, Cap. III, Art. 56º (Estrutura Orgânica) 1. Órgão Executivo: a) Administração Municipal 2. Órgão de Apoio Consultivo: a) Conselho Municipal de Auscultação e Concertação Social 3. Serviços de Apoio Técnico: a) Secretaria da Administração Municipal b) Repartição de Estudos e Planeamento c) Repartição Jurídica e do Contencioso Administrativo 4. Serviço de apoio Instrumental a) Gabinete do Administrador Municipal b) Gabinetes do Administrador Municipal-Adjunto 5. Serviços Desconcentrados do Governo Provincial a) Repartições Municipais 5.3. Finanças A Tabela 4 abaixo traz uma indicação do volume de arrecadação de receitas locais e das transferências efectuadas pelo Tesouro Nacional no ano de

22 Tabela 4 Receitas e despesas do GPU em 2009 Receitas Valor Despesas Valor Saldo Arrecadações locais ,62 Salários ,59 Transferências do ,30 Tesouro Nacional Bens e Serviços Consignado local ,00 De tesouro nacional ,90 Investimentos Tesouro Nacional ,57 Consignado local ,00 Outras ,37 transferências TOTAL , , ,49 Fonte: Relatório anual de 2009, GPU Segundo o relatório do GPU 2011, neste sector que está sob responsabilidade directa da Delegação Provincial das Finanças, enquanto Órgão desconcentrado do Ministério das Finanças, o Orçamento Geral do Estado estimou inicialmente uma receita de ,00 de kwanzas para a Província do Uíge, tendo nesta perspectiva e através dos seus órgãos competentes arrecadado Kz: ,00, como se pode ver na Tabela 5. Tabela 5 Receitas mensais e acumuladas em 2010 e 2011 MESES ANO DE 2010 ANO DE 2011 Valor Mensal Acumulado Trimestral Valor Mensal Acum. Trimestral Janeiro , ,00 Fevereiro , ,00 Março , , , ,00 Abril , ,00 Maio , ,00 Junho , , , ,00 Julho , ,00 Agosto , ,00 Setembro , , , ,00 Outubro , ,00 Novembro , ,00 Dezembro , , , ,00 TOTAL , , , ,00 Fonte: RGU 2011 É preciso realçar que não há uma evolução decrescente das receitas em 2011 comparativamente a 2010, como parece indicar a Tabela 5; o processamento dos salários por parte do órgão central implicou retenção do IRT na fonte. A diferença entre anos indica um grau de crescimento gradual das receitas, o que pode ser associada a um conjunto variado de factores, tais como: crescimento económico, modernização do sistema de gestão fiscal, com a instalação de um balcão do Banco Sol, aumento da consciencialização dos agentes económicos sobre a necessidade do cumprimento das obrigações fiscais e a intensificação da actividade fiscal. 22

23 Do ponto de vista da despesa, importa realçar que dos ,16 previstos pelo Orçamento Geral do Estado, registaram-se gastos na ordem de ,22. perfazendo uma execução de despesa na ordem de 94%, conforme espelha a Tabela 6. Tabela 6 Execução orçamental de Janeiro a Dezembro 2011 Nº NATUREZAS ORÇAMENTO EXECUTADO ORÇAMENTO REALIZADO DIFERENÇA GRAU DE EXECU. % 1 PESSOAL , , ,59 90,99 2 BENS E SERVICOS , , ,78 98,33 3 OUTRAS DESP- DE CAPITAL , , ,58 97,37 4 OUTRAS TRANSFERENCIAS , , ,99 99,90 T O T A L , , ,94 94,12 Fonte: Relatório do GPU 2011 Quanto aos investimentos realizados através do PIP, eis o resumo dos projectos e do seu grau de execução na tabela 7. Tabela 7 Principais programas de investimentos públicos em 2011 e níveis de execução N.º Descrição N.º de Proj Valores em Kz Valores em Kz em Curso Orçados (1) Executados (2) % (2/1) 1 Energia ,00 2 Água , ,76 79,06 3 Saneamento , ,00 98,88 4 Agricultura , ,60 99,99 5 Transporte , ,00 99,89 6 Saúde , ,40 99,98 7 Educação , , Cultura , , Urbanismo, Construção e , ,29 Obras Públicas Total , ,77 85,73 Fonte: Relatório GPU 2011 Importa salientar que a o nível de execução do PIP está nos 85% com altos níveis no saneamento, agricultura. Transporte e saúde. A situação mais complicada é no sector da energia que não executou nada da verba orçada. O valor não executado total foi de , Autoridades Tradicionais O poder tradicional é um poder político anterior ao do próprio Estado que tem suporte na religião, na organização social e no parentesco. A acção desse poder faz-se sentir sobretudo nas aldeias e regedorias. 23

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