7. Chamas Pré Misturadas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "7. Chamas Pré Misturadas"

Transcrição

1 7. Chamas Pré Misturadas 7.1 Introdução Uma chama é pré misturada quando o oxidante e o combustível já estão misturados antes da queima. O outro tipo é denominada chama de difusão, na qual o oxidante e o combustível estão inicialmente separados e a combustão ocorre em uma interface entre eles. Um bico de Bunsen, cujo esquema é mostrado na Figura 7.1, pode ser usado como exemplo para os dois tipos de chama. O jato de gás carreia o ar pela abertura da base do tubo, pelo efeito Venturi, e os dois se misturam durante o trajeto até a saída. O cone interno do bico de Bunsen é a chama pré misturada de uma mistura rica e o produto de combustão ainda contém componentes que podem reagir. O cone externo é o local de uma segunda reação de combustão devido à formação de uma chama de difusão entre os gases parcialmente queimados e o ar atmosférico. Figura 7.1 Bico de Bunsen. As duas chamas coincidem apenas na borda do tubo. No entanto, elas podem ser separadas no chamado separador de Smithells, mostrado na Figura

2 Figura 7.2 Separador de Smithells (Griffiths e Barnard, 1995). 7.2 Algumas Definições Velocidade de Chama A velocidade de chama, chamada também de velocidade de queima, velocidade normal de combustão, ou velocidade de chama laminar, é a velocidade na qual os gases reagentes entram na superfície da onda de combustão. Como veremos, trata-se de uma propriedade da mistura combustível/oxidante. Para um queimador laminar, a velocidade do gás é baixa próximo à parede, mas aumenta conforme se aproxima do centro, em um perfil aproximadamente parabólico. Em todos os pontos no interior da borda do tubo, a velocidade de escoamento excede a velocidade de queima. A chama toma o formato cônico de tal maneira que, na frente de chama, a componente normal da velocidade de escoamento seja igual à velocidade de chama Estabilização de Chamas A chama é estabilizada apenas entre certos limites de velocidade de escoamento dentro do tubo. Se a velocidade for muito baixa, a chama entra dentro do tubo e percorre a mistura até se apagar, ocorrendo o que chamamos de flash back. Por outro lado, se a velocidade for muito alta, não é possível estabilizar a chama na borda do tubo e ela tende a escapar e apagar, no que chamamos blow off. 135

3 Em geral, os valores dos limites da velocidade do gás para flash back e blow off dependem das dimensões do queimador e da composição do gás. Para misturas ricas e velocidades altas de escoamento, acima do limite de blow off, um outro fenômeno pode ocorrer. Devido ao carreamento do ar atmosférico, a mistura tornar-se-á progressivamente pobre acima da borda do queimador e, por causa da velocidade de escoamento, uma chama suspensa (lifted flame) pode se formar em uma certa posição acima da borda. A chama suspensa também terá dois limites. Quando a velocidade do gás é reduzida, ocorre o que chamamos de drop back, isto é, a chama volta a se ancorar na borda do tubo. De outra maneira, quando a velocidade do gás é aumentada ainda mais, a chama tende a escapar e apaga, no que chamamos de blow out. de Bunsen. Voltaremos adiante com uma discussão detalhada sobre flash back e blow off em um bico A Zona Luminosa A zona luminosa de uma chama é bastante estreita (< 1 mm), correspondendo ao local onde a temperatura é máxima e onde a reação efetivamente está ocorrendo. A taxa de reação varia exponencialmente com a temperatura, o que justifica o fato de termos a zona luminosa bastante estreita. A cor da zona luminosa muda com a razão ar/combustível. Para misturas pobres, a cor é violeta, por causa dos radicais CH. Para misturas rica, a cor é verde, por causa da molécula C2. Para misturas muito ricas, a cor é amarelada, por causa de partículas de carbono sólido. 7.3 eoria de Mallard e Le Chatelier para a Velocidade de Chama Mallard e Le Chatelier dividiram a chama em duas zonas: uma correspondente ao pré aquecimento da mistura combustível (zona I) e a outra à queima (zona II) (Glassman, 1996; Kuo, 1986), conforme mostrado na Figura 7.3. Conceitualmente, eles afirmaram que a quantidade de calor conduzida na zona II é igual à quantidade de calor necessária para que os gases não queimados atinjam a temperatura de ignição. Assim: f i m Cp i 0 (balanço de entalpia), (7.1) 136

4 onde o termo do lado esquerdo corresponde ao fluxo de calor para a esquerda para aumentar a temperatura de um valor inicial 0 até a temperatura de ignição i e o termo do lado direito corresponde ao fluxo de calor, também para a esquerda, devido ao gradiente de temperatura. Na equação, m, Cp e são a vazão mássica, o calor específico a pressão constante e a condutividade térmica da mistura, respectivamente, é a espessura da zona de reação e f é a temperatura final após a passagem da onda de combustão. Figura 7.3 Esquema de Mallard e Le Chatelier (Glassman, 1996; Kuo, 1986). O modelo assume Cp constante, aumento linear de temperatura entre i e f na distância, e que há uma região onde não há liberação de calor terminando em i. Sendo o problema unidimensional, temos: m AS L (balanço de massa), (7.2) onde A é a área da seção (assumida como unitária) e SL é a velocidade de chama laminar. Assim: 137

5 138 i f 0 i p L C S, (7.3) 1 C S 0 i i f p L (resultado de Mallard e Le Chatelier). (7.4) Esta expressão não é suficientemente representativa porque não é conhecido e i define um ponto hipotético onde começa uma região de reação com incremento linear de temperatura. Contudo, o problema real é que não há informação sobre a razão de reação no modelo. Assim, vamos investigar um modelo simplificado considerando a razão de reação. É possível relacionar com SL, uma vez que é a espessura da zona de reação. Portanto: L S, (7.5) onde é um tempo de reação que corresponde a uma razão de reação média d/dt tal que 1 dt d, (7.6) onde é a fração de massa de um reagente que é totalmente consumido na reação. Assim: dt d S 1 1 L. (7.7) Substituindo esta equação no resultado de Mallard e Le Chatelier, temos: 2 1 p i i f p L RR C dt d C S, (7.8) onde RR é a razão de reação. Investigaremos a seguir a dependência com a pressão da velocidade de chama. Sabemos que

6 dc n kc, (7.9) dt onde k é a constante de reação, tal que k = Ae -E/R, A é o fator de freqüência, C a concentração do reagente consumido e n a ordem de reação. Para o reagente, C =. Se a pressão e a temperatura variarem pouco com o tempo, temos: d k n dt d dt n k n1. (7.10) Como p, temos d/dt p n-1. Voltando à expressão para a velocidade de chama, obtemos (n2) 2 S L p. (7.11) A maior parte de chamas de hidrocarbonetos tem ordem de reação igual a 2 e, assim, conclui-se que as velocidades de chama para hidrocarbonetos devem ser independentes da pressão. Isto tem sido verificado experimentalmente. Investigaremos a seguir a dependência da velocidade de chama com a temperatura. A dependência com a temperatura da velocidade de chama é dominada pela exponencial. Assim, pode-se assumir que L -E R e 1 2 S. (7.12) Uma vez que a maior parte da reação ocorre perto da temperatura mais alta, a temperatura a ser usada na expressão é f, e L -E R e 1 2 f S. (7.13) Assim, o efeito de variar a temperatura inicial pode ser conhecido se conhecermos como esta variação altera a temperatura de chama. Sabemos que um aumento de 100 o C na temperatura inicial resulta em um aumento de temperatura bem menor na temperatura de chama. A dependência de SL com dada pela equação acima tem sido observada experimentalmente. 139

7 Nota: f é apropriada aqui porque estamos considerando uma reação de um único passo. Em reações mais complexas, as reações finais produzindo f podem ter contribuição mínima em SL. 7.4 Métodos de Medida da Velocidade de Chama São os seguintes os processos fotográficos para observar a chama (Kuo, 1986): a) A parte luminosa da chama é observada e o lado dessa região na direção dos gases não queimados é usado para medidas (fotografia direta). b) Fotografia tipo shadowgraph (mede 2 / x 2 ). Mede uma frente variacional e não uma superfície definida. São duas superfícies, uma no lado queimado e outra no lado não queimado. c) Fotografia tipo Schlieren (mede / x, que tem o maior valor perto do ponto de inflexão da temperatura e que corresponde à temperatura de ignição). d) Interferometria (mede massa específica ou temperatura diretamente e pode ser usada apenas em chamas bidimensionais). Descrições desses processos fotográficos podem ser encontrados em Liepmann e Rosko (1957). Os métodos para medir velocidade de chama são descritos a seguir (Kuo, 1986) Método do Bico de Bunsen A Figura 7.4 mostra o cone de um bico de Bunsen com as configurações da velocidade de aproximação, u, e da velocidade de chama, SL, esta perpendicular à frente de chama. emos: V S L, A onde V é a vazão volumétrica e A é a área do cone. 140

8 Figura 7.4 Esquema para o método do bico de Bunsen (Glassman, 1996). Este método tem as desvantagens: a) O cone escolhido pode ser um problema porque a área varia (pesquisadores preferem shadowgraph). b) A queima não é constante em todo o cone. A velocidade perto da parede do tubo é menor por causa do resfriamento pelas paredes. c) Precisa-se de uma fonte estável de gás, o que para gases raros ou puros pode ser um problema Método do ubo Cilíndrico A Figura 7.5 mostra um esquema do método do tubo cilíndrico. Uma mistura em um tubo horizontal aberto em uma das extremidades é ignitada no lado aberto. A velocidade com a qual a chama progride nos gases não queimados é a velocidade de chama. A principal dificuldade do método é: a frente de chama é curvada devido a efeitos de flutuação (SLAf = umr 2, onde Af é a área da chama, um é a velocidade média de progressão da onda e R é o raio do tubo). Figura 7.5 Esquema do método do tubo cilíndrico (Kuo, 1986). 141

9 Outras dificuldades do método são: a) O gás na frente de chama é afetado pela chama porque uma onda de pressão é estabelecida pela queima. Essa onda de pressão causa uma velocidade nos gases não queimados e é necessário levar em conta esse movimento. Essa velocidade deve ser subtraída do valor medido, uma vez que a chama está se propagando em um gás em movimento. b) Efeitos de fricção causam uma onda de pressão mais forte e o comprimento do tubo pode afetar a medida Método da Bolha de Sabão Este método, cujo esquema é mostrado na Figura 7.6, é uma tentativa de eliminar efeitos de fricção. O crescimento da frente de chama ao longo de um diâmetro é seguido por algum meio fotográfico. Uma vez que o gás é mantido em uma bolha de sabão, a pressão é constante. emos: S L b A u u rab SL u r, (7.14) u onde ur é a velocidade observada, e b e u são as massas específicas dos gases queimados e não queimados, respectivamente. Figura 7.6 Esquema do método da bolha de sabão (Kuo, 1986). 142

10 A maior dificuldade do método é a grande incerteza na razão entre a temperatura dos gases não queimados e a temperatura dos gases queimados, u/b, necessária para determinar b/u. Outras dificuldades são: a) O método pode apenas ser usado para chamas rápidas para evitar efeito convectivo dos gases quentes. b) O método só pode funcionar em misturas secas Método da Bomba Esférica Este método é muito similar ao da bolha de sabão. A diferença é que o volume é constante (pressão varia). O gás no qual a chama está se movendo está sempre mudando. É adequado apenas para chamas rápidas. A expressão para a velocidade de chama é: S L 3 3 R r dp dr 1, (7.15) 2 3p r dr dt u onde R é o raio do vaso, r o raio da frente de chama, p a pressão, t o tempo, e u a razão dos calores específicos dos gases não queimados Método do Queimador de Chama Plana Este é provavelmente o meio mais preciso para medir a velocidade de chama porque trabalha com uma frente de chama plana, para a qual as áreas correspondentes do shadowgraph, Schlieren e visível são as mesmas. O equipamento para aplicação do método é mostrado na Figura

11 Figura 7.7 Esquema do método do queimador de chama plana (Kuo, 1986). O método é aplicável apenas a misturas tendo razões de queima baixas. Botha e Spalding (1954) ampliaram o uso para velocidades de chama mais altas usando o artifício de refrigerar o plug de entrada. O valor desejado da velocidade de chama é encontrado por extrapolação da reta obtida experimentalmente, conforme mostra a Figura 7.8. Figura 7.8 Gráfico explicativo do artifício de Botha e Spalding. 7.5 Resultados Experimentais e Efeitos Físico Químicos A variação da velocidade de chama com a razão oxidante/combustível segue a variação da temperatura de chama adiabática com a razão de mistura. Assim, a velocidade de chama será máxima quando a mistura for aproximadamente estequiométrica. A maioria dos hidrocarbonetos 144

12 têm temperaturas de chama não muito diferentes para mistura estequiométrica com ar. Assim, a maioria dos hidrocarbonetos têm máximas velocidades de chama aproximadamente iguais para misturas com ar. A velocidade de propagação de uma chama laminar depende do tipo de combustível e da concentração de combustível na mistura. A Figura 7.9 apresenta a velocidade de chama laminar para acetileno, metano, etileno, monóxido de carbono e hidrogênio em ar. O metano tem uma velocidade máxima de propagação de cerca de 0,4 m/s. Velocidades máximas de chama da ordem de 0,4 a 0,5 m/s são típicas para hidrocarbonetos. Acetileno, etileno e hidrogênio possuem velocidades de chama mais elevadas devido à rápida cinética de reação e à alta difusividade molecular. Figura 7.9 Velocidades de chama para acetileno, metano, etileno, monóxido de carbono e hidrogênio em misturas com ar (Bjerketvedt et al., 1992). alvez os experimentos mais interessantes para elucidar os fatores dominantes na velocidade de chama foram aqueles realizados por Clingman et al. (1953). Os resultados mostram os efeitos da difusividade térmica e do calor específico. Foram medidas as velocidades de chama de misturas oxidante/metano com o oxidante contendo as mesmas proporções oxigênio/inerte do ar, isto é, 21/79 em base volumétrica. Os inertes escolhidos foram o hélio (He) e o argônio (Ar), além do nitrogênio (N2). Os resultados são mostrados na Figura Argônio e nitrogênio têm difusividades térmicas aproximadamente iguais. Contudo, o argônio é monoatômico e, portanto, tem calor específico menor que o do nitrogênio, que é 145

13 diatômico. Como o calor liberado na reação é o mesmo, a temperatura de chama será maior para a mistura com argônio e, em consequência, a sua velocidade de chama será maior. Figura 7.10 Velocidade de chama de metano em vários ares (Clingman et al., 1953). Argônio e hélio são ambos monoatômicos e as temperaturas finais de ambas as misturas serão as mesmas. Contudo, a difusividade térmica do hélio é muito maior que aquela do argônio. O hélio tem uma maior condutividade térmica e uma muito menor massa específica que o argônio. Em conseqüência, a velocidade de chama para a mistura contendo hélio é maior. 7.6 Estabilização de Chamas Consideremos uma chama plana de orientação arbitrária no escoamento de um gás pré misturado, conforme esquematizado na Figura Assumimos inicialmente que um escoamento uniforme exista. Sobre o movimento desta chama cabem as seguintes considerações: a. Se o gás não estivesse escoando, a chama na posição 1 mudaria de posição para 2 ou 3 (por exemplo) em uma unidade de tempo, sendo que a posição 3 corresponderia a uma velocidade de chama mais alta. A chama se propaga perpendicularmente à frente de chama. 146

14 Figura 7.11 Posição de uma chama pré misturada em um escoamento uniforme (Price, 1979). b. Se o gás está escoando, o meio no qual a chama está se propagando se move com o tempo, resultando em um movimento adicional da chama que não tem relação alguma com a sua propagação nos reagentes. Assim, se um observador estiver se movendo com o gás, a onda de combustão ainda mover-se-ia perpendicularmente à sua frente, com velocidade característica SL. c. Se os valores de SL e da velocidade do gás u forem os adequados, durante o tempo em que a chama progride a distância AO, o gás terá escoado a distância AA, até um ponto na linha da frente de onda original e a chama parecerá ser estacionária. Isto ocorrerá se S L usen. d. Notas: 1. u SL, exceto quando o 90 ; 2. Se S L usen, a chama permanecerá estacionária; se usen, a chama avançará; se S L S L usen, a chama retardará. 147

15 3. O ponto O se propaga em uma unidade de tempo para um elemento de massa que estará em A depois de uma unidade de tempo (quando usen ). Assim, a chama estacionária na S L realidade desliza sobre si mesma com uma velocidade S L u cos. 4. A chama estacionária precisa de um local de ignição em sua extremidade a montante. 5. Se houver um local de ignição, o valor de ajustar-se-á para satisfazer S L usen. 6. Da mesma maneira, se houver uma não uniformidade de escoamento, o valor local de ajustar-se-á para haver uma chama estacionária, sendo mostra a Figura S L usen localmente, conforme Figura 7.12 Esquema do ajuste local de para satisfazer S L usen (Price, 1979) 7. Da mesma maneira, qualquer não uniformidade do gás reagente (porcentagem de combustível, temperatura, etc.) causará uma acomodação em devido ao efeito local da velocidade de chama. Uma condição na extremidade a montante que esteja abaixo do limite de flamabilidade terá como conseqüência que a chama desprender-se-á por falta de um local de ignição. 7.7 Estabilização da Chama em um Bico de Bunsen A Figura 7.13 ilustra o fenômeno que ocorre com a chama do bico de Bunsen nas vizinhanças da borda do queimador. 148

16 Figura 7.13 Chama nas vizinhanças da borda de um bico de Bunsen (Lewis e von Elbe, 1961). Ao longo da onda de combustão, a velocidade de chama decresce devido a perdas de calor para as paredes e destruição de radicais. Para a esquerda, a velocidade de chama atinge seu valor máximo 0 S L. Se a onda de combustão estiver muito perto da saída do tubo (posição 1), a velocidade de queima é menor que a velocidade do escoamento em qualquer ponto da onda, e a chama é empurrada pelo escoamento. Quando a distância da borda aumenta, a perda de calor e a destruição de radicais diminui e a velocidade de queima aumenta. Uma posição é alcançada em algum ponto no perfil da onda no qual a velocidade de queima é igual à velocidade do gás (posição 2). A onda ficará em equilíbrio com respeito à borda sólida. Se a onda é movida a uma distância maior (posição 3), a velocidade de queima no ponto indicado fica maior que a velocidade do escoamento. A chama volta para a posição de equilíbrio. 149

17 7.7.1 Flash Back e Blow Off Quando o diâmetro do tubo é suficientemente grande de maneira que o perfil de velocidades possa ser considerado linear, pode-se escrever para a velocidade do gás: u gy, (7.16) onde y é a distância até a borda e g é uma constante chamada gradiente de velocidade. Se u é diminuída, g diminui e a posição 2 se move para mais perto da borda. Com uma diminuição posterior de u, uma condição é atingida para a qual a velocidade do gás torna-se menor que a velocidade de queima e a onda de combustão se propaga para dentro do tubo. Isto é chamado de flash back e o valor crítico de g para o qual esta condição começa a ocorrer é chamada gf. Outro valor crítico do gradiente de velocidade se refere à condição de blow off e é chamada gb. Quando u é aumentada, a posição de equilíbrio se distancia da borda do tubo. Ocorre, também, que conforme a distância da borda aumenta, a mistura é diluída por interdifusão com a atmosfera adjacente e a velocidade de queima na parte direita da onda torna-se progressivamente menor. Assim, há uma posição de equilíbrio crítica a partir da qual a velocidade do gás excede a velocidade de queima em todas linhas de corrente e a onda de combustão se desprende (blow off). Os gráficos da velocidade do escoamento e da velocidade de chama no queimador são mostrados na Figura emos: curvas A, B, C: velocidades de queima nas alturas A, B, C; curva 1: flash back; curva 2: limite de flash back; curva 3: chama estável; curva 4: limite de blow off; curva 5: blow off. 150

18 Figura 7.14 Velocidades do escoamento e de queima; (a) velocidade de queima e do gás dentro do tubo, (b) velocidade de queima e do gás acima da borda do tubo (Lewis e von Elbe, 1961). Referências Bjerketvedt, D.; Bakke, J.R.; van Wingerden, K., Gas Explosion Handbook, Christian Michelsen Research, Botha, J.P.; Spalding, D.B., he Laminar Flame Speed of Propane/air Mixtures with Heat Extraction from the Flame. Proc. of the Royal Society of London A, 225A(1160):71-96, Clingman, W.H.; Brokaw, R.S.; Pease, R.N. Burning Velocities of Methane with Nitrogenoxygen, Argon-oxygen, and Helium-oxygen Mixtures, Proc. of the Fourth International Symposium on Combustion, pp , Glassman, I., Combustion, Academic Press, Griffiths, J.F.; Barnard, J.A., Flame and Combustion, hird Edition, Blackie Academic & Professional, Kuo, K.K., Principles of Combustion, John Wiley & Sons, Lewis, B.; von Elbe, G., Combustion, Flames and Explosion of Gases, Academic Press, Liepmann, H.W.; Rosko, A., Elements of Gasdynamics, John Wiley and Sons, Price, E., Notas de Aula do Curso Combustion II, Georgia Institute of echnology,

COMBUSTÍVEIS E COMBUSTÃO

COMBUSTÍVEIS E COMBUSTÃO COMBUSTÍVEIS E COMBUSTÃO PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 CHAMAS PRÉ MISTURADAS 2 DEFINIÇÃO Uma chama é pré misturada quando o oxidante e o combustível já estão misturados antes

Leia mais

Apêndice E Alguns outros conceitos interessantes: temperatura adiabática da chama; velocidade de chama; estabilização de chamas; a zona luminosa;

Apêndice E Alguns outros conceitos interessantes: temperatura adiabática da chama; velocidade de chama; estabilização de chamas; a zona luminosa; Apêndice E Alguns outros conceitos interessantes: temperatura adiabática da chama; velocidade de chama; estabilização de chamas; a zona luminosa; teoria de Mallard e Lê Chatelier para a velocidade de chama.

Leia mais

Velocidade de propagação Notas sobre estabilização de chamas e velocidade de propagação.

Velocidade de propagação Notas sobre estabilização de chamas e velocidade de propagação. Notas sobre estabilização de chamas e velocidade de propagação. Estabilização de chamas de pré-mistura em diversas situações: A estabilização da chama pode ser efectuada quer pela variação da velocidade

Leia mais

COMBUSTÍVEIS E COMBUSTÃO

COMBUSTÍVEIS E COMBUSTÃO COMBUSTÍVEIS E COMBUSTÃO PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 INFLAMABILIDADE DEFINIÇÃO O significado de limite de inflamabilidade é o seguinte: se um dado conjunto de condições permite

Leia mais

Estabilização de chama

Estabilização de chama Estabilização de chama ( 7.8-9 do livro Combustão ) É possível estabilizar uma chama num escoamento (ver bico de Busen) A sua posição e geometria são determinados pela condição de equilíbrio: em cada ponto

Leia mais

2. Os Reagentes: Limites de Inflamabilidade

2. Os Reagentes: Limites de Inflamabilidade 2. Os Reagentes: Limites de Inflamabilidade 2.1 Introdução O significado de limite de inflamabilidade é o seguinte: se um dado conjunto de condições permite a propagação de uma chama estável e se as condições

Leia mais

MOTORES TÉRMICOS AULA MISTURAS REAGENTES E COMBUSTÃO

MOTORES TÉRMICOS AULA MISTURAS REAGENTES E COMBUSTÃO MOTORES TÉRMICOS AULA 13-17 MISTURAS REAGENTES E COMBUSTÃO PROF.: KAIO DUTRA Nas reações de combustão, a rápida oxidação dos elementos combustíveis do combustível resulta em uma liberação de energia à

Leia mais

Caldeiras Flamotubulares. Não apropriadas para combustíveis sólidos

Caldeiras Flamotubulares. Não apropriadas para combustíveis sólidos Reações Químicas Caldeiras Flamotubulares Não apropriadas para combustíveis sólidos Caldeiras Aquatubulares Ciclo Termodinâmico de Geração de Eletricidade Combustíveis Todo material que pode ser queimado

Leia mais

Caracterização das Chamas:

Caracterização das Chamas: Caracterização das Chamas: A combustão da mistura ar/combustível dentro do cilindro é um dos processos que controlam a potência, eficiência e emissões dos motores. Os processos de combustão são diferentes

Leia mais

Ignição ( 6 do livro Combustão )

Ignição ( 6 do livro Combustão ) Ignição ( 6 do livro Combustão ) Para uma reacção se iniciar é necessário fornecer energia aos reagentes (que têm que estar misturados) Essa energia pode surgir de dois modos a própria mistura liberta-a

Leia mais

Combustão. Problemas para as aulas práticas

Combustão. Problemas para as aulas práticas Combustão Problemas para as aulas práticas ª aula - sexta-feira 5 e terça-feira 9 de Março Problema Escreva a fórmula química e represente esquematicamente a molécula dos seguintes combustíveis: metano,

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 12 E 13 INTRODUÇÃO À CONVECÇÃO E CONDUÇÃO

FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 12 E 13 INTRODUÇÃO À CONVECÇÃO E CONDUÇÃO FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 12 E 13 INTRODUÇÃO À CONVECÇÃO E CONDUÇÃO PROF.: KAIO DUTRA Convecção Térmica O modo de transferência de calor por convecção é composto por dois mecanismos. Além da transferência

Leia mais

Figura 1.1 Figura 1.1

Figura 1.1 Figura 1.1 1 Introdução O presente trabalho tem por objetivo o desenvolvimento e a caracterização de um queimador tipo obstáculo, utilizando um escoamento não pré-misturado de combustível (gás natural) e ar. Esta

Leia mais

Combustão Industrial

Combustão Industrial Combustão Industrial JOSÉ EDUARDO MAUTONE BARROS Professor Adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais Coordenador do Laboratório de Combustíveis e Combustão Doutor em Engenharia Mecânica - Térmica

Leia mais

Escoamento completamente desenvolvido

Escoamento completamente desenvolvido Escoamento completamente desenvolvido A figura mostra um escoamento laminar na região de entrada de um tubo circular. Uma camada limite desenvolve-se ao longo das paredes do duto. A superfície do tubo

Leia mais

Combustão. Objetivos. O Professor Responsável. J M C Mendes Lopes

Combustão. Objetivos. O Professor Responsável. J M C Mendes Lopes Combustão Objetivos Objetivo de ordem geral: Integrar num assunto específico os conhecimentos adquiridos em disciplinas a montante (termodinâmica, química, mecânica de fluidos, transmissão de calor e de

Leia mais

OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS DE COMBUSTÃO DE CALDEIRAS A GÁS

OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS DE COMBUSTÃO DE CALDEIRAS A GÁS OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS DE COMBUSTÃO DE CALDEIRAS A GÁS Aluno: William Schindhelm Georg Orientador: Marcos Sebastião de Paula Gomes Introdução O modelo de caldeira a gás inicialmente utilizado foi o mesmo

Leia mais

Combustão Industrial

Combustão Industrial Combustão Industrial JOSÉ EDUARDO MAUTONE BARROS Professor Adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais Coordenador do Laboratório de Combustíveis e Combustão Doutor em Engenharia Mecânica - Térmica

Leia mais

Química Aplicada. QAP0001 Licenciatura em Química Prof a. Dr a. Carla Dalmolin

Química Aplicada. QAP0001 Licenciatura em Química Prof a. Dr a. Carla Dalmolin Química Aplicada QAP0001 Licenciatura em Química Prof a. Dr a. Carla Dalmolin carla.dalmolin@udesc.br carla.dalmolin@gmail.com Combustíveis Reações de Combustão Reação química entre uma substância (combustível)

Leia mais

Capítulo 1 - Introdução 23

Capítulo 1 - Introdução 23 1 Introdução Todas as atividades humanas requerem o uso de algum tipo de energia para sua realização e uma das formas mais usuais de geração de energia é a queima de combustíveis fósseis. A combustão é

Leia mais

BALANÇOS DE MASSA EM PROCESSOS COM REAÇÃO

BALANÇOS DE MASSA EM PROCESSOS COM REAÇÃO BALANÇOS DE MASSA EM PROCESSOS COM REAÇÃO PROF. MARCELO HENRIQUE 2 BALANÇOS COM REAÇÃO QUÍMICA A diferença agora é que aparecerão na equação do balanço, além dos termos ENTRA e SAÍDA, os termos GERAÇÃO

Leia mais

JOSÉ EDUARDO MAUTONE BARROS

JOSÉ EDUARDO MAUTONE BARROS Combustão JOSÉ EDUARDO MAUTONE BARROS Professor Adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais Coordenador do Laboratório de Combustíveis e Combustão Doutor em Engenharia Mecânica - Térmica (UFMG) Doutor

Leia mais

5 DESCRIÇÃO DAS MODELAGENS E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

5 DESCRIÇÃO DAS MODELAGENS E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 5 DESCRIÇÃO DAS MODELAGENS E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Neste capítulo, são apresentadas as modelagens para a simulação do processo de combustão do biogás. As composições do biogás e do ar estão descritas

Leia mais

LOQ Fenômenos de Transporte I

LOQ Fenômenos de Transporte I LOQ 4083 - Fenômenos de Transporte I FT I 07 Equações básicas na forma integral para o volume de controle Prof. Lucrécio Fábio dos Santos Departamento de Engenharia Química LOQ/EEL Atenção: Estas notas

Leia mais

EN 2411 Aula 13 Trocadores de calor Método MLDT

EN 2411 Aula 13 Trocadores de calor Método MLDT Universidade Federal do ABC EN 24 Aula 3 Trocadores de calor Método MLDT Trocadores de calor São equipamentos utilizados para promover a transferência de calor entre dois fluidos que se encontram sob temperaturas

Leia mais

COMBUSTÍVEIS E COMBUSTÃO

COMBUSTÍVEIS E COMBUSTÃO COMBUSTÍVEIS E COMBUSTÃO PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS 2 INTRODUÇÃO A Queima de uma Gota de Combustível em um Ambiente Estacionário Na queima de uma gota

Leia mais

CONSTANTE DE EQUILÍBRIO

CONSTANTE DE EQUILÍBRIO EQUILÍBRIO QUÍMICO CONSTANTE DE EQUILÍBRIO A maneira de descrever a posição de equilíbrio de uma reação química é dar as concentrações de equilíbrio dos reagentes e produtos. A expressão da constante de

Leia mais

Tabela 5.1- Características e condições operacionais para a coluna de absorção. Altura, L Concentração de entrada de CO 2, C AG

Tabela 5.1- Características e condições operacionais para a coluna de absorção. Altura, L Concentração de entrada de CO 2, C AG 5 Resultados Neste capítulo, são apresentados sob forma de tabelas os dados operacionais e as propriedades físico-químicas utilizados no processo de absorção CO 2 -MEA. Em seguida são apresentados a comparação

Leia mais

Aula 6 de FT II. Prof. Gerônimo

Aula 6 de FT II. Prof. Gerônimo Aula 6 de FT II Prof. Gerônimo Transferência de calor em superfícies estendidas Superfície estendida é comumente usado para descrever um caso especial importante envolvendo a transferência de calor por

Leia mais

7ª Ficha de Avaliação de Conhecimentos Turma: 11ºA

7ª Ficha de Avaliação de Conhecimentos Turma: 11ºA Página1 7ª Ficha de Avaliação de Conhecimentos Turma: 11ºA Física e Química A - 11ºAno (Versão 1) Professora Paula Melo Silva Data: 20 de março Ano Letivo: 2018/2019 90 min + 15 min 1. O ácido acético,

Leia mais

CONDUÇÃO DE CALOR UNIDIMENSIONAL EXERCÍCIOS EM SALA

CONDUÇÃO DE CALOR UNIDIMENSIONAL EXERCÍCIOS EM SALA CONDUÇÃO DE CALOR UNIDIMENSIONAL EXERCÍCIOS EM SALA 1) Uma casa possui uma parede composta com camadas de madeira, isolamento à base de fibra de vidro e gesso, conforme indicado na figura. Em um dia frio

Leia mais

ESTE Aula 1- Introdução à convecção. A camada limite da convecção

ESTE Aula 1- Introdução à convecção. A camada limite da convecção Universidade Federal do ABC ESTE013-13 Aula 1- Introdução à convecção. A camada limite da convecção Convecção Definição: Processo de transferência de calor entre uma superfície e um fluido adjacente, quando

Leia mais

Mas Da figura, temos:

Mas Da figura, temos: 1. Na tubulação da figura 1, óleo cru escoa com velocidade de 2,4 m/s no ponto A; calcule até onde o nível de óleo chegará no tubo aberto C. (Fig.1). Calcule também a vazão mássica e volumétrica do óleo.

Leia mais

Curso Engenharia de Energia

Curso Engenharia de Energia UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS - UFGD FACULDADE DE ENGENHARIA Curso Engenharia de Energia Prof. Dr. Omar Seye omarseye@ufgd.edu.br Disciplina: COMBUSTÃO E COMBUSTÍVEIS A queima direta, ou combustão,

Leia mais

Atrito na Camada Limite atrito interno

Atrito na Camada Limite atrito interno Circulações Locais e Turbulência Atmosférica Atrito na Camada Limite atrito interno Atrito interno está relacionado a viscosidade molecular Viscosidade é o freiamento de um fluido devido ao movimento molecular.

Leia mais

Reações químicas aplicas ao processamento de materiais cerâmicos

Reações químicas aplicas ao processamento de materiais cerâmicos Reações químicas aplicas ao processamento de materiais cerâmicos Em vários casos, no processo de fabricação de peças cerâmicas, as reações entre os diferentes constituintes dos corpos cerâmicos são interrompidas

Leia mais

Universidade Federal do ABC. EN 2411 Aula 10 Convecção Livre

Universidade Federal do ABC. EN 2411 Aula 10 Convecção Livre Universidade Federal do ABC EN 2411 Aula 10 Convecção ivre Convecção ivre Convecção natural (ou livre): transferência de calor que ocorre devido às correntes de convecção que são induzidas por forças de

Leia mais

FÍSICA E QUÍMICA A 10º ANO

FÍSICA E QUÍMICA A 10º ANO DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS Planificação Anual FÍSICA E QUÍMICA A 10º ANO 2017 / 2018 1º Período - QUÍMICA Apresentação e divulgação de critérios 2 1. ELEMENTOS QUÍMICOS E SUA ORGANIZAÇÃO

Leia mais

UNIVERSIDADE ZAMBEZE. Fundamentos de Combustão Aula 2-Prática Prof. Jorge Nhambiu

UNIVERSIDADE ZAMBEZE. Fundamentos de Combustão Aula 2-Prática Prof. Jorge Nhambiu UNIVERSIDADE ZAMBEZE Fundamentos de Combustão Aula 2-Prática Aula 2. Tópicos Termodinâmica da combustão: Revisão dos conceitos da primeira lei; Propriedades das misturas; Estequiometria da combustão; Energia

Leia mais

Objetivos. Escoamento de um fluido. O aluno deverá ser capaz de: Introduzir noções acerca do movimento dos fluidos.

Objetivos. Escoamento de um fluido. O aluno deverá ser capaz de: Introduzir noções acerca do movimento dos fluidos. Introdução à hidrodinâmica MÓDULO 1 - AULA 3 Aula 3 Introdução à hidrodinâmica Objetivos O aluno deverá ser capaz de: Introduzir noções acerca do movimento dos fluidos. Estabelecer critérios para o estudo

Leia mais

Aula 4 de FT II. Prof. Gerônimo

Aula 4 de FT II. Prof. Gerônimo Aula 4 de FT II Prof. Gerônimo Equação diferencial de Condução Vamos considerar a taxa de geração interna de calor q = E g. Coordenada x, y e z. Regime transiente. Considerando: q = q Volume de controle

Leia mais

ESTE Aula 2- Introdução à convecção. As equações de camada limite

ESTE Aula 2- Introdução à convecção. As equações de camada limite Universidade Federal do ABC ESTE013-13 Aula - Introdução à convecção. As equações de camada limite EN 41: Aula As equações de camada limite Análise das equações que descrevem o escoamento em camada limite:

Leia mais

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 1: REVISÃO TRANSFERÊNCIA DE CALOR. Profa. Dra. Milena Martelli Tosi

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 1: REVISÃO TRANSFERÊNCIA DE CALOR. Profa. Dra. Milena Martelli Tosi OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 1: REVISÃO TRANSFERÊNCIA DE CALOR Profa. Dra. Milena Martelli Tosi A IMPORTÂNCIA DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS Introdução Revisão: Mecanismos de transferência

Leia mais

Lista de Exercícios Solução em Sala

Lista de Exercícios Solução em Sala Lista de Exercícios Solução em Sala 1) Um conjunto pistão-cilindro área de seção transversal igual a 0,01 m². A massa do pistão é 101 kg e ele está apoiado nos batentes mostrado na figura. Se a pressão

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Trocadores de Calor Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal de Juiz

Leia mais

RESUMO MECFLU P2. 1. EQUAÇÃO DE BERNOULLI Estudo das propriedades de um escoamento ao longo de uma linha de corrente.

RESUMO MECFLU P2. 1. EQUAÇÃO DE BERNOULLI Estudo das propriedades de um escoamento ao longo de uma linha de corrente. RESUMO MECFLU P2 1. EQUAÇÃO DE BERNOULLI Estudo das propriedades de um escoamento ao longo de uma linha de corrente. Hipóteses Fluido invíscido (viscosidade nula) não ocorre perda de energia. Fluido incompressível

Leia mais

TERMODINÂMICA E TEORIA CINÉTICA

TERMODINÂMICA E TEORIA CINÉTICA UNIVERSIDADE DA MADEIRA 1. OBJECTIVOS TERMODINÂMICA E TEORIA CINÉTICA T8. Mecanismos de transmissão do calor Estudo do fenómeno de condução térmica. Determinação da condutividade térmica do vidro. Verificar

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Introdução à Convecção Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal de

Leia mais

Inicialmente a oxidação do metano em altas temperaturas pode ser realizada através da reação: CH 4 + O2 = CH 3 + HO 2 Ou por: CH 4 + M = CH 3 + H + M

Inicialmente a oxidação do metano em altas temperaturas pode ser realizada através da reação: CH 4 + O2 = CH 3 + HO 2 Ou por: CH 4 + M = CH 3 + H + M 1 1. Introdução O aumento da produção mundial de aço aliada à crescente preocupação com questões ambientais, tem exigido do setor siderúrgico a melhoria dos processos já existentes e o desenvolvimento

Leia mais

O combustível e a Combustão

O combustível e a Combustão CAPITULO 3 O combustível e a Combustão Motores a GASOLINA / ÁLCOOL com ignição por centelha Volvo Powertrain Julio Lodetti Revisão sobre as características gerais A COMBUSTÃO consiste na etapa essencial

Leia mais

REVISIONAL DE QUÍMICA 1º ANO PROF. RICARDO

REVISIONAL DE QUÍMICA 1º ANO PROF. RICARDO REVISIONAL DE QUÍMICA 1º ANO PROF. RICARDO 1- Um aluno de química, ao investigar as propriedades de gases, colocou uma garrafa plástica (PET), contendo ar e devidamente fechada, em um freezer e observou

Leia mais

Aula: 28 Temática: Efeito da Temperatura na Velocidade de Reação

Aula: 28 Temática: Efeito da Temperatura na Velocidade de Reação Aula: 28 Temática: Efeito da Temperatura na Velocidade de Reação Em grande parte das reações, as constantes de velocidade aumentam com o aumento da temperatura. Vamos analisar esta dependência. A teoria

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Escoamento Interno - Parte 1 Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal

Leia mais

PARTE III Balanço de massa

PARTE III Balanço de massa PARTE III Balanço de massa 1. Procedimentos para cálculo de Balanço de Massa i. Escolha como base de cálculo uma quantidade ou vazão de uma das correntes do processo. ii. Desenhe o fluxograma e rotule

Leia mais

Lista de exercícios LOB1019 Física 2

Lista de exercícios LOB1019 Física 2 Lista de exercícios 02 1. Tão rapidamente a Terra foi formada, o calor liberado pelo decaimento de elementos radioativos elevaram a sua temperatura média interna de 300 para 3000K (valor atual). Supondo

Leia mais

Aula 25 Radiação. UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica. Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez

Aula 25 Radiação. UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica. Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez Aula 25 Radiação UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez REVISÃO: Representa a transferência de calor devido à energia emitida pela matéria

Leia mais

a = 2, Física Questão 53 - Alternativa D Devido ao tempo de reação, o carro percorre uma distância , antes de

a = 2, Física Questão 53 - Alternativa D Devido ao tempo de reação, o carro percorre uma distância , antes de Física 53. No instante t =, o motorista de um carro que percorre uma estrada retilínea, com velocidade constante de m/s, avista um obstáculo m a sua frente. O motorista tem um tempo de reação t = s, após

Leia mais

Exame de Admissão 2016/1 Prova da área de termo fluidos Conhecimentos específicos

Exame de Admissão 2016/1 Prova da área de termo fluidos Conhecimentos específicos Exame de Admissão 2016/1 Prova da área de termo fluidos Conhecimentos específicos 1ª. Questão (1 ponto) Considere uma bomba centrífuga de 20 kw de potência nominal, instalalada em uma determinada planta

Leia mais

Lista de Exercícios - Máquinas Térmicas

Lista de Exercícios - Máquinas Térmicas DISCIPLINA: MÁQUINAS TÉRMICAS - 2017/02 PROF.: MARCELO COLAÇO PREPARADO POR GABRIEL ROMERO (GAROMERO@POLI.UFRJ.BR) 4. Motores de combustão interna: Os calores específicos são constantes para todos os exercícios

Leia mais

Fenômenos de Transferência FEN/MECAN/UERJ Prof Gustavo Rabello 2 período 2014 lista de exercícios 06/11/2014. Conservação de Quantidade de Movimento

Fenômenos de Transferência FEN/MECAN/UERJ Prof Gustavo Rabello 2 período 2014 lista de exercícios 06/11/2014. Conservação de Quantidade de Movimento Fenômenos de Transferência FEN/MECAN/UERJ Prof Gustavo Rabello 2 período 2014 lista de exercícios 06/11/2014 Conservação de Quantidade de Movimento 1. A componente de velocidade v y de um escoamento bi-dimensional,

Leia mais

ESCOAMENTOS UNIFORMES EM CANAIS

ESCOAMENTOS UNIFORMES EM CANAIS ESCOAMENTOS UNIFORMES EM CANAIS Nome: nº turma INTRODUÇÃO Um escoamento em canal aberto é caracterizado pela existência de uma superfície livre. Esta superfície é na realidade uma interface entre dois

Leia mais

Evolução Estelar II. A Sequência Principal

Evolução Estelar II. A Sequência Principal Evolução Estelar II A Sequência Principal 1 A Seqüência principal Sabemos, dos modelos estelares, que a SP representa estrelas em equilíbrio estável em função de sua massa Também sabemos que há um intervalo

Leia mais

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa)

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa) ENGENHARIA DE MATERIAIS Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa) Prof. Dr. Sérgio R. Montoro sergio.montoro@usp.br srmontoro@dequi.eel.usp.br TRANSFERÊNCIA DE

Leia mais

Reator de Mistura Perfeita Estabilização de chamas

Reator de Mistura Perfeita Estabilização de chamas Reator de Mistura Perfeita Estabilização de chamas Reator de Mistura Perfeita (Livro Combustão, 9.4) Estabilização de chama em escoamentos de elevada velocidade (Livro Combustão, 9.5) Estabilização de

Leia mais

5. Conclusões e Perspectivas

5. Conclusões e Perspectivas 5. Conclusões e Perspectivas Neste estudo experimental foram apresentados resultados da caracterização de chamas turbulentas não pré-misturadas de spray de etanol e ar. Para realização deste estudo foi

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Lista 1 Física 2. prof. Daniela Szilard 23 de maio de 2016

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Lista 1 Física 2. prof. Daniela Szilard 23 de maio de 2016 Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Lista 1 Física 2 prof. Daniela Szilard 23 de maio de 2016 1. Julgue os itens: verdadeiro ou falso. ( ) A lei de Stevin é válida para qualquer

Leia mais

Halliday & Resnick Fundamentos de Física

Halliday & Resnick Fundamentos de Física Halliday & Resnick Fundamentos de Física Mecânica Volume 1 www.grupogen.com.br http://gen-io.grupogen.com.br O GEN Grupo Editorial Nacional reúne as editoras Guanabara Koogan, Santos, Roca, AC Farmacêutica,

Leia mais

SUMÁRIO. Parte I. Agradecimentos Resumo Abstract. Página. Capítulo 1 Introdução e objetivos Introdução 1.2. Objetivos

SUMÁRIO. Parte I. Agradecimentos Resumo Abstract. Página. Capítulo 1 Introdução e objetivos Introdução 1.2. Objetivos SUMÁRIO Parte I Agradecimentos Resumo Abstract Página Capítulo 1 Introdução e objetivos 1.1. Introdução 1.2. Objetivos 1 4 Capítulo 2 Revisão bibliográfica 2.1. Introdução 2.2. Aspectos históricos 2.2.1.

Leia mais

ESZO Fenômenos de Transporte

ESZO Fenômenos de Transporte Universidade Federal do ABC ESZO 001-15 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Ana Maria Pereira Neto ana.neto@ufabc.edu.br Bloco A, torre 1, sala 637 Mecanismos de Transferência de Calor Calor Calor pode

Leia mais

Operações Unitárias II Lista de Exercícios 1 Profa. Dra. Milena Martelli Tosi

Operações Unitárias II Lista de Exercícios 1 Profa. Dra. Milena Martelli Tosi 1. Vapor d água condensado sobre a superfície externa de um tubo circular de parede fina, com diâmetro interno igual a 50 mm e comprimento igual a 6 m, mantém uma temperatura na superfície externa uniforme

Leia mais

Convecção (natural e forçada) Prof. Dr. Edval Rodrigues de Viveiros

Convecção (natural e forçada) Prof. Dr. Edval Rodrigues de Viveiros Convecção (natural e forçada) Prof. Dr. Edval Rodrigues de Viveiros Convecção natural Convecção forçada Convecção natural A transmissão de calor por convecção natural ocorre sempre quando um corpo é

Leia mais

Ciências dos Materiais

Ciências dos Materiais ASSOCIAÇÃO TERESINENSE DE ENSINO ATE FACULDADE SANTO AGOSTINHO FSA DIREÇÃO DE ENSINO NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO NUAPE Ciências dos Materiais Profª Esp. Priscylla Mesquita Por que Estudar a Difusão? Materiais

Leia mais

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 GERADOR DE GASES 2 GERADOR DE GASES O conjunto gerador de gases é composto basicamente de três componentes: compressor,

Leia mais

FÍSICA 2 PROVA 2 TEMA 1 HIDROSTÁTICA E HIDRODINÂMICA PROF. LEANDRO NECKEL

FÍSICA 2 PROVA 2 TEMA 1 HIDROSTÁTICA E HIDRODINÂMICA PROF. LEANDRO NECKEL FÍSICA 2 PROVA 2 TEMA 1 HIDROSTÁTICA E HIDRODINÂMICA PROF. LEANDRO NECKEL HIDROSTÁTICA PARTE I CONSIDERAÇÕES INICIAIS Características gerais de fluidos para este capítulo É uma substância que pode fluir,

Leia mais

ESTUDO DA TRANSIÇÃO ENTRE ESCOAMENTO LAMINAR E TURBULENTO EM TUBO CAPILAR

ESTUDO DA TRANSIÇÃO ENTRE ESCOAMENTO LAMINAR E TURBULENTO EM TUBO CAPILAR ESTUDO DA TRANSIÇÃO ENTRE ESCOAMENTO LAMINAR E TURBULENTO EM TUBO CAPILAR M. H. MARTINS 1, A. KNESEBECK 1 1 Universidade Federal do Paraná, Departamento de Engenharia Química E-mail para contato: marcellohmartins@gmail.com

Leia mais

Quí. Monitor: Marcos Melo

Quí. Monitor: Marcos Melo Professor: Xandão Monitor: Marcos Melo Específicas: Cinética Química 27 nov EXERCÍCIOS DE AULA 1. A água oxigenada H 2O 2 (aq) se decompõe, produzindo água e gás oxigênio, de acordo com a equação: H 2O

Leia mais

Departamento de Engenharia Mecânica. ENG 1011: Fenômenos de Transporte I

Departamento de Engenharia Mecânica. ENG 1011: Fenômenos de Transporte I Departamento de Engenharia Mecânica ENG 1011: Fenômenos de Transporte I Aula 9: Formulação diferencial Exercícios 3 sobre instalações hidráulicas; Classificação dos escoamentos (Formulação integral e diferencial,

Leia mais

EM34B Transferência de Calor 2

EM34B Transferência de Calor 2 EM34B Transferência de Calor 2 Prof. Dr. André Damiani Rocha arocha@utfpr.edu.br Convecção Forçada Escoamento Interno Parte I 2 Convecção Forçada: Escoamento Interno Definição Escoamento Interno: é um

Leia mais

PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2015 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO

PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2015 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2015 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO Caro professor, cara professora esta prova tem 2 partes; a primeira parte é objetiva, constituída por 14 questões de múltipla escolha,

Leia mais

3 Modelagem Física e Matemática

3 Modelagem Física e Matemática 3 Modelagem Física e Matemática omo mencionado no capítulo introdução, o objetivo do presente trabalho consiste em identificar a importância dos mecanismos de absorção química para previsão da absorção

Leia mais

Lei de Fourier. Considerações sobre a lei de Fourier. A lei de Fourier é fenomenológica, isto é, desenvolvida de fenômenos observados.

Lei de Fourier. Considerações sobre a lei de Fourier. A lei de Fourier é fenomenológica, isto é, desenvolvida de fenômenos observados. Condução de Calor Lei de Fourier A lei de Fourier é fenomenológica, isto é, desenvolvida de fenômenos observados Considerações sobre a lei de Fourier q x = ka T x Fazendo Δx 0 q taxa de calor [J/s] ou

Leia mais

A Dualidade Onda-Partícula

A Dualidade Onda-Partícula A Dualidade Onda-Partícula O fato de que as ondas têm propriedades de partículas e viceversa se chama Dualidade Onda-Partícula. Todos os objetos (macroscópicos também!) são onda e partícula ao mesmo tempo.

Leia mais

a) Qual deverá ser o volume do PFR para converter 80% de A em fase líquida? Considerar alimentação a 44 L min -1 e C A0 = C B0 = 1 mol L -1

a) Qual deverá ser o volume do PFR para converter 80% de A em fase líquida? Considerar alimentação a 44 L min -1 e C A0 = C B0 = 1 mol L -1 501) Um dado composto A se decompõe conforme a cinética enzimática de Michaelis-Menten,. Determine os parâmetros V máx e K M, considerando os dados experimentais a seguir. C A (kmol m -3 ) 0,1 0,01 0,005

Leia mais

8 Resultados das velocidades de propagação de chama turbulentas no interior do cilindro do motor

8 Resultados das velocidades de propagação de chama turbulentas no interior do cilindro do motor 8 Resultados das velocidades de propagação de chama turbulentas no interior do cilindro do motor Neste capítulo, primeiramente serão apresentadas de forma consolidada as curvas típicas obtidas para a evolução

Leia mais

Para o desenvolvimento do projeto de uma caldeira flamotubular os requisitos de projeto deverão estar definidos conforme a Tabela 1.

Para o desenvolvimento do projeto de uma caldeira flamotubular os requisitos de projeto deverão estar definidos conforme a Tabela 1. 1. Dimensionamento Caldeiras 1.1. Requisitos de Projeto Para o desenvolvimento do projeto de uma caldeira flamotubular os requisitos de projeto deverão estar definidos conforme a Tabela 1.1 Tabela 1.1

Leia mais

Capitulo IX RELAÇOES ENTRE RIQUEZA, TEMPÉRATURA E COMPOSIÇOES DOS GASES DE COMBUSTAO

Capitulo IX RELAÇOES ENTRE RIQUEZA, TEMPÉRATURA E COMPOSIÇOES DOS GASES DE COMBUSTAO Capitulo IX RELAÇOES ENTRE RIQUEZA, TEMPÉRATURA E COMPOSIÇOES DOS GASES DE COMBUSTAO No Caso mais geral, a mistura reativa num motor é composta por:.1- O carburante presente na câmara de combustão.2- O

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA ESTUDO TEÓRICO DA VELOCIDADE DE CHAMA PLANA LAMINAR ADIABÁTICA PARA COMPOSIÇÕES REPRESENTATIVAS DE GASES

Leia mais

9 Massas de Ar e Frentes 9.5 Desenvolvimento e estrutura dos ciclones extratropicais

9 Massas de Ar e Frentes 9.5 Desenvolvimento e estrutura dos ciclones extratropicais Teoria ondulatória dos ciclones Proposta por Bjerknes Limites das massas de ar polar são irregulares, com movimentos ondulatórios, de avanço e retrocesso, sob influência das correntes de jato Os limites

Leia mais

BC 0303: Fenômenos Térmicos 2 a Lista de Exercícios

BC 0303: Fenômenos Térmicos 2 a Lista de Exercícios BC 33: Fenômenos Térmicos a Lista de Exercícios ** Onde for necessário adote a constante universal dos gases R = 8,3 J/mol K e o número de Avogadro N A = 6,. 3 ** Caminho Livre Médio. Em um dado experimento,

Leia mais

EM34B Transferência de Calor 2

EM34B Transferência de Calor 2 EM34B Transferência de Calor 2 Prof. Dr. André Damiani Rocha arocha@utfpr.edu.br Convecção Forçada Escoamento Externo Parte II 2 Convecção Forçada: Escoamento Externo Cilindro em escoamento cruzado Um

Leia mais

Aços de alta liga resistentes a corrosão II

Aços de alta liga resistentes a corrosão II Aços de alta liga resistentes a corrosão II Aços de alta liga ao cromo ferríticos normalmente contêm 13% ou 17% de cromo e nenhum ou somente baixo teor de níquel. A figura da esquerda apresenta uma parte

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTES

FENÔMENOS DE TRANSPORTES FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 11 FUNDAMENTOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR PROF.: KAIO DUTRA Transferência de Calor Transferência de calor (ou calor) é a energia em trânsito devido a uma diferença de temperatura.

Leia mais

2a LISTA DE EXERCÍCIOS

2a LISTA DE EXERCÍCIOS IPH 01107 a LISTA DE EXERCÍCIOS 1) Para o escoamento de 15 N/s de ar [R = 87 m /(s.k)] a 30 o C e 100 kpa (absoluta), através de um conduto de seção transversal retangular com 15 X 30 cm, calcule (a) a

Leia mais

EXERCÍCIOS FÍSICA 10. e problemas Exames Testes intermédios Professor Luís Gonçalves

EXERCÍCIOS FÍSICA 10. e problemas Exames Testes intermédios Professor Luís Gonçalves FÍSICA 10 EXERCÍCIOS e problemas Exames 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Testes intermédios 2008 2009 2010 2011 Escola Técnica Liceal Salesiana do Estoril Professor Luís Gonçalves 2 3 Unidade 1 Do Sol ao

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Condução em Superfícies Estendidas Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade

Leia mais

Motores Térmicos. 9º Semestre 5º ano

Motores Térmicos. 9º Semestre 5º ano Motores Térmicos 9º Semestre 5º ano Aula 26 Temperatura Adiabatica de Chama Calor de Reacção Combustão completa nos sistemas C/H/N/O Combustão completa de sistema H/N/O Temperatura Adiabática Da Chama

Leia mais

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Engenharia. Transmissão de calor. 3º ano

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Engenharia. Transmissão de calor. 3º ano UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Engenharia Transmissão de calor 3º ano Aula 3 Equação diferencial de condução de calor Condições iniciais e condições de fronteira; Geração de Calor num Sólido;

Leia mais

1º BIMESTRE. Série Turma (s) Turno 3º A B C D E F G H MATUTINO Disciplina: QUÍMICA Professor: CHARLYS FERNANDES Data: / / 2017 Aluno (a): Nº

1º BIMESTRE. Série Turma (s) Turno 3º A B C D E F G H MATUTINO Disciplina: QUÍMICA Professor: CHARLYS FERNANDES Data: / / 2017 Aluno (a): Nº 1º BIMESTRE Visto do Professor Nota (Fuvest) A uma determinada temperatura, as substâncias HI, H2 e I2 estão no estado gasoso. A essa temperatura, o equilíbrio entre as três substâncias foi estudado, em

Leia mais

Aprsentar os principais conceitos envolvidos no equilíbrio químico e suas relações termodinâmicas com a constante e composições de equilíbrio.

Aprsentar os principais conceitos envolvidos no equilíbrio químico e suas relações termodinâmicas com a constante e composições de equilíbrio. EQUILÍBRIO QUÍMICO Metas Aprsentar os principais conceitos envolvidos no equilíbrio químico e suas relações termodinâmicas com a constante e composições de equilíbrio. Objetivos Ao final desta aula, o

Leia mais