LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA AFRFB 2013 Teoria e Exercícios Professor: MURILLO LO VISCO AULA 11 IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA PARTE 04

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1 AULA 11 IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA PARTE 04 Olá, concursando! Hoje iremos concluir nosso estudo sobre o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). Nossa aula envolverá os seguintes os itens do edital do concurso de 2012: 1.3. Tributação das pessoas jurídicas Ganhos de capital Lucros, rendimentos e ganhos de capital obtidos no exterior Preço de transferência Isenções e reduções Tributação na fonte Tributação das o perações financeiras. Esta é a nossa última aula com teoria. Na próxima aula teremos simulados comentados. No desenvolvimento desta aula, vamos adotar a seguinte estrutura: 1. GANHOS DE CAPITAL Influência da depreciação acelerada incentivada no cálculo do ganho de capital Devolução de capital em bens ou direitos Vendas a longo prazo Ganhos em desapropriação Imunidade do ganho de capital decorrente de desapropriação de imóvel para fins de reforma agrária Diferimento do ganho de capital nos demais casos de desapropriação Perdas em operações de lease back Resultado na alienação de participações societárias Alienação de investimento avaliado pelo custo de aquisição Alienação de investimento avaliado pelo método de equivalência patrimonial Variação no percentual de participação societária Perdas na alienação ou baixa de investimento oriundo de incentivo fiscal Ganhos ou perdas na extinção de participação por fusão, incorporação ou cisão LUCROS, RENDIMENTOS E GANHOS DE CAPITAL OBTIDOS NO EXTERIOR Regime de apuração da base de cálculo do imposto de pessoa jurídica que aufere lucros oriundos do exterior Prof. Murillo Lo Visco 1

2 2.2. Rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior, diretamente pela pessoa jurídica domiciliada no Brasil Lucros auferidos no exterior por intermédio de filiais, sucursais, controladas ou coligadas de pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil Tratamento fiscal da contrapartida do ajuste pelo valor de patrimônio líquido de investimento do exterior PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA Aspectos objetivos dos preços de transferência Preços de transferência nas operações comerciais Preços de transferência nas operações financeiras Aspectos subjetivos dos preços de transferência Pessoa Vinculada Países com tributação favorecida Regime fiscal privilegiado ISENÇÕES E REDUÇÕES Mecanismo dos benefícios Lucro da Exploração Exemplo de cálculo dos benefícios de isenção ou redução TRIBUTAÇÃO NA FONTE Rendimentos sujeitos à tabela progressiva Rendimentos do trabalho assalariado Rendimentos do trabalho não assalariado Rendimentos de aluguéis e royalties Remuneração, gratificação e participação de administrador Décimo terceiro salário Rendimentos recebidos acumuladamente Rendimentos de pessoas jurídicas sujeitos a alíquotas específicas Serviços profissionais prestados por pessoas jurídicas Serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e locação de mão de obra Mediação de negócios, propaganda e publicidade Pagamentos a cooperativas de trabalho e associações profissionais ou assemelhadas Serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos e administração de contas a pagar e a receber Pagamentos efetuados por órgãos públicos federais Rendimentos de Participações Societárias Prof. Murillo Lo Visco 2

3 Lucros ou Dividendos Juros sobre o capital próprio Rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador Outros rendimentos de residentes no País Pagamento a beneficiário não identificado Loterias e outros prêmios Títulos de capitalização Rendimentos de proprietários e criadores de cavalos de corrida Juros e lucros cessantes pagos a pessoas jurídicas em decorrência de sentença judicial Rendimento decorrente de decisão da Justiça Federal Multas por rescisão de contratos Rendimentos de residentes ou domiciliados no exterior Regra geral de incidência Rendimentos de financiamentos Rendimentos de imóveis Remuneração de direitos, inclusive transmissão por meio de rádio ou televisão Royalties Frete internacional Películas cinematográficas Serviços técnicos e assistência técnica e administrativa Isenções TRIBUTAÇÃO DAS OPERAÇÕES FINANCEIRAS Aplicações de residentes ou domiciliados no País em fundos de investimento Rendimentos de aplicações em fundos de investimento Tributação dos rendimentos de aplicações em fundos de investimento em ações Tributação dos rendimentos de aplicações em fundos de investimento imobiliário Aplicações de residentes ou domiciliados no País em títulos e valores mobiliários de renda fixa ou de renda variável Aplicações em títulos e valores mobiliários de renda fixa e de renda variável Operações em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas e operações de liquidação futura fora de bolsa Tributação das aplicações de residentes ou domiciliados no exterior Regime Geral Regime Especial Prof. Murillo Lo Visco 3

4 7. PRINCIPAIS PONTOS DA AULA QUESTÕES PROPOSTAS COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES PROPOSTAS GABARITO DAS QUESTÕES PROPOSTAS Prof. Murillo Lo Visco 4

5 1. GANHOS DE CAPITAL Os ganhos de capital constituem o objeto dos arts. 418 a 433 do RIR. Quanto ao tema, o Regulamento inicialmente estabelece que os resultados na alienação de bens do ativo não circulante 1 devem ser classificados como ganhos ou perdas de capital, e computados na determinação do lucro real. O ganho ou a perda de capital corresponde à diferença verificada entre o valor da alienação e o respectivo valor contábil. Por sua vez, o valor contábil corresponde ao valor que estiver registrado na escrituração do contribuinte, diminuído, quando for o caso, da depreciação, amortização ou exaustão acumulada. Para esse efeito, é irrelevante se a alienação ocorreu por conta de liquidação, ou como consequência de desapropriação. Além disso, é importante registrar que esse tratamento se aplica não só nos casos de alienação, mas também de baixa por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência ou exaustão. Como regra, os ganhos de capital, apurados por empresas tributadas pelo lucro real são tributáveis, e as perdas são dedutíveis. Para empresas tributadas segundo as regras do lucro presumido, os ganhos de capital são tributáveis, mas não há previsão de dedutibilidade em relação às perdas INFLUÊNCIA DA DEPRECIAÇÃO ACELERADA INCENTIVADA NO CÁLCULO DO GANHO DE CAPITAL O 2º do art. 418 do RIR estabelece que o saldo das quotas de depreciação acelerada incentivada, registradas no LALUR, será adicionado ao lucro líquido do período de apuração em que ocorrer a baixa. Em outras palavras, a legislação tributária determina que o valor do saldo das quotas de depreciação acelerada incentivada seja oferecido à tributação. Nesse momento, talvez você esteja se perguntando qual o sentido dessa regra. Para entender a razão desse dispositivo, é preciso entender como funciona a depreciação acelerada incentivada. Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que a depreciação acelerada incentivada não se confunde com a depreciação acelerada contábil decorrente da utilização do bem em mais de um turno de trabalho. Como o próprio nome deixa claro, depreciação acelerada incentivada constitui um incentivo fiscal, objeto do art. 313 e seguintes do RIR. 1 Na verdade, por ter sido editado antes das recentes alterações no marco legal societário do País, o RIR/99 se refere a ativo permanente. Prof. Murillo Lo Visco 5

6 E em que consiste esse incentivo? Consiste na antecipação do prazo de depreciação de bens do imobilizado beneficiados pelo incentivo. Apenas isso. O limite para depreciação dos bens (cuja contrapartida constitui uma despesa operacional que reduz o lucro) continua sendo o valor do custo de aquisição. Ou seja, em poucas palavras podemos concluir que o benefício não atribui despesa excedente; na verdade, apenas antecipa despesa. E como se materializa esse incentivo? É simples. A depreciação contábil, quando efetuada dentro dos limites legais, é computada na apuração do lucro líquido do exercício, razão pela qual não demanda qualquer ajuste para fins de cálculo do lucro real. Mas, em certos casos, a legislação tributária, com o fim de incentivar a implantação, renovação ou modernização de instalações e equipamentos, permite que a cada período de apuração uma quota de depreciação acelerada seja excluída do lucro líquido. A exclusão é demonstrada na Parte A do LALUR. Mas o histórico com os valores excluídos fica registrado na Parte B do LALUR. Portanto, para os efeitos da tributação, com a depreciação acelerada incentivada, o bem é integralmente depreciado antes do prazo em que a contabilidade alcança o mesmo resultado. No entanto, considerando que a depreciação acumulada (incluindo a contábil e a acelerada) não pode ultrapassar o valor do custo de aquisição do bem, a partir do período de apuração em que for atingido esse limite, o valor da depreciação contábil (que continua sendo registrado na escrituração comercial) deve ser adicionado ao lucro líquido, com o objetivo de anular o efeito de dedução produzido pelo registro da depreciação contábil. Acompanhe o seguinte exemplo de um bem com custo de aquisição de R$ 120 mil, com depreciação contábil de 10 anos e benefício de depreciação acelerada na metade do tempo: CONTABILIDADE APURAÇÃO DO LUCRO REAL PA Depreciação Depreciação Total contábil * Exclusão Adição Total Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Total * Valor da depreciação computada no lucro líquido. Prof. Murillo Lo Visco 6

7 Primeiramente, note como o valor da depreciação contábil total, realizada em 10 anos (R$ 120 mil), coincide com o valor da depreciação acelerada que em 5 anos reduziu o lucro real. Por isso mesmo, para evitar que na apuração do lucro real a depreciação acumulada supere o custo de aquisição do bem, os valores excluídos entre os anos 1 a 5, começaram a ser adicionados a partir do 6º ano. Em outras palavras, como até o 5º ano o valor de R$ 120 mil já teria sido utilizado para reduzir a base de cálculo do imposto, a partir do 6º ano a adição anula o efeito da depreciação contábil, que continua à taxa normal de 10% ao ano até o 10º ano. Chegamos, enfim, ao ponto que interessa no presente momento. A pergunta é: o que aconteceria se ao final do 8º ano o bem fosse alienado por R$ 44 mil? Considerando que o valor contábil, nesse momento, seria de R$ 24 mil (custo de aquisição de R$ 120 mil, menos a depreciação (contábil) acumulada de R$ 96 mil), a contabilidade registraria um ganho de capital de R$ 20 mil. Esse ganho de capital integraria o lucro líquido contábil e seria tributado normalmente. No entanto, nesse caso, sob a ótica da tributação, o imposto deve incidir sobre todo o valor da alienação (os R$ 44 mil), haja vista que o custo de aquisição do bem (R$ 120 mil) já havia sido integralmente utilizado para reduzir o lucro real de anos anteriores por conta da depreciação acelerada incentivada. Por isso mesmo, para recompor o valor tributável na apuração do lucro real, as duas quotas de depreciação acelerada registradas na Parte B do LALUR, que seriam adicionadas nos anos 9 e 10 (no valor total de R$ 24 mil), devem ser adicionadas ao lucro líquido do ano 8, período em que ocorreu a alienação do bem DEVOLUÇÃO DE CAPITAL EM BENS OU DIREITOS No art. 419, o RIR estabelece que os bens e direitos do ativo da pessoa jurídica, transferidos a titular, sócio ou acionista, a título de devolução de sua participação no capital social, podem ser avaliados pelo valor contábil ou de mercado. No caso de a devolução ser realizada pelo valor de mercado, a diferença em relação ao valor contábil dos bens ou direitos transferidos, quando positiva, é considerada ganho de capital da pessoa jurídica. Nos termos do 1º do art. 22 da Lei nº de 1995, o referido ganho de capital deve ser tributado na pessoa jurídica, tributável independentemente do regime de apuração da base de cálculo do imposto (lucro real, lucro presumido ou arbitrado). Prof. Murillo Lo Visco 7

8 Basicamente, esse dispositivo estabelece que, na devolução de capital em bens e direitos, eventual ganho de capital deve ser tributado na pessoa jurídica, e não na pessoa (física ou jurídica) do titular, sócio ou acionista. Nesse sentido, encontra-se em harmonia com o inciso XLVI do art. 39 (esse ganho não integra a base de cálculo do IRPF) VENDAS A LONGO PRAZO Para fins de determinação do lucro real, ocorrendo a venda de bem do ativo não circulante para recebimento do preço, no todo ou em parte, após o término do ano-calendário seguinte ao da contratação, o contribuinte pode reconhecer o lucro na proporção da parcela do preço recebida em cada período de apuração (RIR, art. 421). Caso o contribuinte tenha reconhecido o lucro na escrituração comercial no período de apuração em que ocorreu a venda, o ajuste de exclusão (no período em que o ganho for contabilizado) e o controle dos ajustes de adição (nos períodos em que forem recebidas parcelas do preço) devem ser efetuados no LALUR. Acompanhe o seguinte exemplo, de venda de um terreno mantido no ativo não circulante de uma indústria, com valor de alienação de R$ 2,5 milhões e ganho de capital de R$ 800 mil, para recebimento em 5 parcelas de R$ 500 mil, sendo uma no ato e quatro semestrais: Contabilização da venda D: Bancos D: Créditos a receber C: Receita não operacional Baixa D: Despesa não operacional C: Terreno Valores em R$ PA PREÇO RECEBIDO APURAÇÃO DO LUCRO REAL Valor Proporção Contabilidade Exclusão Adição Total Trim % Ano Trim 2 1 Trim % Trim 4 Ano 2 Trim % Trim 2 Trim % Trim 4 Ano Trim % Trim 2 Total % Prof. Murillo Lo Visco 8

9 Por fim, note que essa autorização de diferimento alcança apenas as pessoas jurídicas tributadas com base nas regras do lucro real. Trata-se de uma das hipóteses de exceção ao regime da competência, que vimos em aula passada GANHOS EM DESAPROPRIAÇÃO Nos arts. 422 e 423, o Regulamento faz referência a ganhos de capital em duas hipóteses distintas: na desapropriação de bem imóvel para fins de reforma agrária, e nos demais casos Imunidade do ganho de capital decorrente de desapropriação de imóvel para fins de reforma agrária Primeiramente cabe ressaltar que, como decorrência do 5º do art. 184 da CF, é imune ao IRPJ o ganho de capital obtido nas operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. Aqui você só precisa ter o cuidado de não considerar incorreta alguma alternativa que afirme que esse ganho é isento. Isso porque, ainda que seja caso de imunidade, tanto a Constituição quanto o art. 423 do RIR utilizam a expressão é isento Diferimento do ganho de capital nos demais casos de desapropriação Nos demais casos (que não reforma agrária), o contribuinte está autorizado a diferir a tributação do ganho de capital na alienação de bens desapropriados, desde (RIR, art. 422): transfira o ganho de capital para reserva especial de lucros; aplique, no prazo máximo de 2 anos do recebimento da indenização, na aquisição de outros bens do ativo não circulante, importância igual ao ganho de capital; discrimine, na reserva de lucros, os bens adquiridos, em condições que permitam a determinação do valor realizado em cada período de apuração. A reserva deve ser adicionada ao lucro líquido na determinação do lucro real na proporção da realização do bem adquirido (por alienação, baixa, depreciação, etc.), ou da utilização para distribuição de dividendos. Prof. Murillo Lo Visco 9

10 Para compreender esse diferimento, acompanhe o exemplo da desapropriação de um terreno urbano, registrado na contabilidade pelo custo de aquisição de R$ 50 mil, com ganho de capital de R$ 90 mil: Contabilização da desapropriação do terreno D: Bancos C: Receita não operacional Baixa do terreno D: Despesa não operacional C: Terreno Constituição da reserva de lucros D: Lucro do exercício (após o IR) C: Receita especial de lucros Como o contribuinte constituiu reserva de lucro no valor do ganho de capital decorrente da desapropriação (R$ 90 mil), poderá diferir a tributação mediante exclusão de mesmo valor, na apuração do lucro real (Parte A do LALUR). O valor da exclusão deve ser registrado na Parte B do LALUR para controle da realização do lucro diferido. Para atender aos demais requisitos legais, suponha que o contribuinte tenha adquirido um equipamento no valor de R$ 120 mil, e a ele vincule toda a reserva de lucros constituída com o ganho de capital decorrente da desapropriação, e cuja tributação tenha sido diferida conforme autorização legal. Nesse caso, a reserva especial de lucros (de R$ 90 mil) fica vinculada a 75% do valor do equipamento. Desse momento em diante, parte do valor da reserva especial de lucros deve ser adicionada ao lucro líquido na mesma medida da realização do equipamento, por exemplo, pela depreciação. Nesse sentido, suponha que a depreciação se dê à taxa de 20% ao ano. Portanto, a cada ano a depreciação do equipamento é de R$ 24 mil. Nesse caso, a cada ano, a reserva de lucros deve ser realizada (levada a resultado) em R$ 18 mil (75% x R$ 24 mil). Além disso, na Parte B do LALUR deve ser baixado o mesmo valor de R$ 18 mil, como reconhecimento da tributação do lucro que em momento anterior havia sido diferida. Ao final de cinco anos, o equipamento terá sido completamente depreciado (= 5 x R$ 24 mil), e o ganho de capital de R$ 90 mil, que teve sua tributação diferida, terá sido integralmente levado à resultado PERDAS EM OPERAÇÕES DE LEASE BACK Nos termos do art. 424 do RIR, a perda apurada na alienação de bem que seja tomado em arrendamento mercantil pela própria vendedora, ou por pessoa jurídica a ela vinculada, não é dedutível na determinação do lucro real. Prof. Murillo Lo Visco 10

11 Esta regra se refere às perdas de capital nas chamadas operações de lease back. Trata-se da alienação bens a empresa de leasing com simultâneo arrendamento dos mesmos bens pela empresa vendedora, ou por empresa a ela vinculada. Com isso, nas operações de arrendamento mercantil contratadas com o próprio vendedor do bem, ou com pessoa jurídica a ele vinculada, não se admite a dedução do prejuízo da venda quando da apuração do lucro real pelo alienante RESULTADO NA ALIENAÇÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS O ganho ou perda de capital na alienação ou liquidação de investimento em participações societárias deve ser determinado com base no valor contábil. Até aí, nenhuma novidade: Ganho de capital (ou perda) = valor de alienação valor contábil No entanto, as participações societárias podem ser avaliadas pelo custo de aquisição, ou pelo método de equivalência patrimonial, sendo essa diferença considerada pelo Regulamento para fins de determinação do valor contábil Alienação de investimento avaliado pelo custo de aquisição No caso de investimento avaliado pelo custo de aquisição, não há maiores dificuldades: o valor contábil a ser considerado é o próprio valor pelo qual se encontra registrado o investimento (RIR, art. 425). Quando for o caso, o valor contábil deve ser reduzido (aumentando o ganho) pelo valor de provisão para perdas prováveis na realização do investimento, constituída antes de 31 de dezembro de 1995, e que tenha reduzido o lucro real à época Alienação de investimento avaliado pelo método de equivalência patrimonial Segundo dispõe o art. 426 do RIR, para efeito de determinar o ganho ou perda de capital na alienação ou liquidação, o valor contábil de investimento pelo valor de patrimônio líquido corresponde avaliado à soma algébrica dos seguintes valores: valor de patrimônio líquido pelo qual o investimento estiver registrado na contabilidade do contribuinte; Prof. Murillo Lo Visco 11

12 ágio ou deságio na aquisição do investimento, ainda que tenha sido amortizado na escrituração comercial do contribuinte; provisão para perdas que tiver sido computada, como dedução, na determinação do lucro real. Aqui cabe um esclarecimento. Vimos na aula anterior que, como regra, as contrapartidas da amortização do ágio ou deságio não influenciam na determinação do lucro real. Exceção a essa regra se verifica, como visto acima, por ocasião da apuração do ganho ou perda de capital, calculado quando da alienação ou liquidação do investimento. O ágio na aquisição do investimento, ainda que integralmente amortizado, pode ser somado ao valor de patrimônio para fins de determinação do valor contábil, contribuindo para a diminuição do ganho de capital, ou para a ampliação do valor da perda, conforme o caso. No sentido inverso, o deságio na aquisição do investimento, ainda que integralmente amortizado, deve ser subtraído do valor de patrimônio para fins de determinação do valor contábil, contribuindo para o aumento do ganho de capital, ou diminuição da perda, conforme o caso. Quando for o caso, o valor contábil deve ser reduzido (aumentando o ganho) pelo valor de provisão para perdas prováveis na realização do investimento, constituída antes de 31 de dezembro de 1995, e que tenha reduzido o lucro real à época. Portanto, o ganho de capital na alienação ou liquidação de investimento avaliado pelo valor de patrimônio líquido deve ser calculado da seguinte forma: Sendo que: Ganho de capital (ou perda) = valor de alienação valor contábil Valor contábil = valor ajustado do investimento + ágil (ou deságio) provisão 1.7. VARIAÇÃO NO PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA Nos termos do art. 428 do RIR, o ganho ou a perda de capital decorrente de variação no percentual de participação societária do contribuinte não pode afetar o lucro real. Nos exatos termos da legislação, temos o seguinte: Art Não será computado na determinação do lucro real o acréscimo ou a diminuição do valor de patrimônio líquido de investimento, decorrente de ganho ou perda de capital por variação na percentagem de participação do contribuinte no capital social da coligada ou controlada. Prof. Murillo Lo Visco 12

13 Em outras palavras, ganho de capital decorrente de variação no percentual de participação societária não é tributável; e perda de capital decorrente de variação no percentual de participação societária não é dedutível. Consequentemente, para efeito de determinação do lucro real, esse específico ganho de capital, que aumenta o lucro contábil, pode ser excluído do lucro líquido na Parte A do LALUR; e perda de capital, que reduz o lucro contábil, deve ser adicionada ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro real. Para entender essa situação, suponha que as Companhias Alfa e Beta sejam detentoras da totalidade das ações da Companhia Gama, na proporção de 70% e 30%, respectivamente. Vamos admitir que ambas as participações sejam avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. Suponha, agora, que o patrimônio líquido de Gama seja de R$ 200 milhões, sendo de R$ 120 milhões o valor do capital integralizado pelas duas sócias: R $ 84 milhões por Alfa, e R$ 36 milhões por Beta. Com o que temos até aqui, podemos dizer que o valor do investimento de Alfa em Gama, avaliado pelo método de equivalência patrimonial, está registrado por R$ 140 milhões; e o investimento de Beta em Gama, avaliado em R$ 60 milhões: Participação Capital PL em Gama Alfa 70% Beta 30% Caso a Companhia Beta subscreva sozinha um aumento de capital em Gama, no v alor de R$ 20 milhões, seria a seguinte a nova composição das participações em Gama: Capital social de Gama: R$ 140 milhões (R$ 120 milhões anteriores, mais os R$ 20 milhões ora integralizados) Participação de Alfa no capital de Gama: R$ 84 milhões (o mesmo valor que antes, só que agora representa 60% do capital de Gama) Participação de Beta no capital de Gama: R$ 56 milhões (R$ 36 milhões anteriores, mais os R$ 20 milhões ora integralizados, o que dá 40% do capital de Gama) Patrimônio líquido de Gama: R$ 220 milhões Valor do investimento de Alfa em Gama: R$ 132 milhões (60% de 220) Prof. Murillo Lo Visco 13

14 Valor do investimento de Beta em Gama: R$ 88 milhões (40% de 220) Participação Capital PL em Gama Alfa 60% Beta 40% Portanto, numa situação como a descrita acima, Alfa iria incorrer em uma perda de R$ 8 milhões, indedutível na apuração do lucro real, representada pela redução no valor de seu investimento em Gama, de R$ 140 milhões para R$ 132 milhões. Por outro lado, Beta perceberia um ganho de R$ 8 milhões, não tributável pelo IRPJ, que corresponde ao valor do aumento de seu investimento em Gama (de R$ 60 milhões para R$ 88 milhões), menos o valor que teve que integralizar (R$ 20 milhões) para que fosse possível esse acréscimo no valor de seu investimento PERDAS NA ALIENAÇÃO OU BAIXA DE INVESTIMENTO ORIUNDO DE INCENTIVO FISCAL Em certos casos (que não foram relacionados no edital do concurso de 2012), a pessoa jurídica tributada com base no lucro real pode optar pela aplicação de parcelas do imposto de renda devido, a título de incentivo fiscal, em projetos considerados de interesse para o desenvolvimento econômico regional (RIR, art. 592 e seguintes). Nesses casos, eventuais perdas apuradas na alienação ou baixa de investimentos que tenham sido adquiridos mediante dedução do IRPJ não dedutíveis na determinação do lucro são real (RIR, art. 429). Com isso, a referida perda de capital, computada na contabilidade, deve ser adicionada ao lucro líquido para fins de apuração do lucro real. Esse tratamento tem sua lógica. Considerando que o contribuinte utilizou recursos do Estado brasileiro (imposto devido) para adquirir o investimento, se houver perda, na verdade o próprio contribuinte nada perdeu, pois, a rigor, não eram dele os recursos que foram utilizados para adquirir o investimento! Por outro lado, caso sejam verificados ganhos de capital, serão normalmente tributados. Prof. Murillo Lo Visco 14

15 1.9. GANHOS OU PERDAS NA EXTINÇÃO DE PARTICIPAÇÃO POR FUSÃO, INCORPORAÇÃO OU CISÃO Em alguns casos, processos de fusão, incorporação ou cisão de sociedades podem implicar ganhos ou perdas de capital. Tal situação envolve, principalmente, a extinção de participações societárias avaliadas pelo custo de aquisição, na hipótese em que a investidora absorve o acervo líquido da investida por um valor diferente daquele em que se encontra registrado em sua contabilidade. Suponha que Alfa detenha 100% do capital de Beta, e que o investimento seja avaliado por Alfa pelo seu custo de aquisição. Vamos admitir que o valor do investimento estivesse registrado na contabilidade de Alfa por R$ 1 milhão, e que o patrimônio líquido de Beta fosse de R$ 800 mil. Caso incorporasse o acervo líquido de Beta pelo valor de R$ 900 mil, Alfa iria reconhecer uma perda de R$ 100 mil na extinção da participação societária em Beta. Segundo dispõe o art. 430 do RIR, em casos como esse, para fins de apuração do lucro real: a perda de capital somente é dedutível se o acervo líquido da sucedida for avaliado a preços de mercado. Alternativamente, o contribuinte pode optar pelo tratamento da diferença como ativo intangível, amortizável no prazo máximo de dez anos; o ganho de capital deve ser tributado na sucedida. Nesse caso, pode ser diferida a tributação sobre a parte do ganho de capital em bens do ativo não circulante, até que esse seja realizado mediante alienação ou liquidação, ou através de quotas de depreciação, amortização ou exaustão. Esse dispositivo foi o objeto de uma assertiva em questão do concurso de 2012 para AFRFB. Eis a assertiva, que integrou a questão proposta nº 2 da aula passada: Na fusão, incorporação ou cisão de sociedades com extinção de ações ou quotas de capital de uma possuída por outra, a diferença entre o valor contábil das ações ou quotas extintas e o valor de acervo líquido que as substituir será computada na determinação do lucro real como perda ou ganho de capital, conforme o valor do acervo líquido, avaliado segundo os parâmetros legalmente previstos, seja menor ou maior que o valor contábil das ações ou quotas liquidadas, permitido ao contribuinte o diferimento dos efeitos tributários resultantes dessa diferença, desde que atendidos os requisitos legais. A assertiva, como se nota, reproduz a essência do art. 430 do RIR, de modo que foi dada como correta no gabarito divulgado pela ESAF. Prof. Murillo Lo Visco 15

16 2. LUCROS, RENDIMENTOS E GANHOS DE CAPITAL OBTIDOS NO EXTERIOR A partir de 1º de janeiro de 1996, os lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior passaram a ser tributados no Brasil, devendo ser computados na determinação do lucro real das pessoas jurídicas, correspondente ao balanço do ano da disponibilização levantado em 31 de dezembro de cada ano. Esse é o objeto do art. 394 do RIR, e da IN SRF nº 213, de Para esse efeito, consideram-se tanto os rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior, diretamente pela pessoa jurídica domiciliada no Brasil, quanto os lucros apurados por filiais e sucursais da pessoa jurídica e os decorrentes de participações societárias, inclusive de controladas e coligadas. Por outro lado, os prejuízos e perdas decorrentes de operações no exterior não podem ser compensados com lucros auferidos no Brasil (RIR, art. 394, 8º). E ainda, em relação ao imposto devido sobre lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, não se admite qualquer destinação ou dedução a título de incentivo fiscal (RIR, art. 394, 11) REGIME DE APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO DE PESSOA JURÍDICA QUE AUFERE LUCROS ORIUNDOS DO EXTERIOR Conforme já sabemos, a pessoa jurídica que aufere lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior é obrigada à apuração da base de cálculo do IRPJ segundo as regras do lucro real. Na hipótese de arbitramento do lucro da pessoa jurídica domiciliada no Brasil, os lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do exterior devem ser adicionados ao lucro arbitrado para determinação da base do imposto (RIR, art. 394, 12). Os lucros auferidos no exterior devem ser considerados de forma individualizada, por filial, sucursal, controlada ou coligada, sendo vedada a consolidação dos valores, ainda que todas as entidades estejam localizadas em um mesmo país (RIR, art. 394, 10, inciso I). No entanto, tratando-se de filiais e sucursais domiciliadas num mesmo país, quando a matriz no Brasil indicar uma delas como entidade líder, os resultados podem ser consolidados por país e os prejuízos de uma podem ser compensados com os lucros de outra (IN SRF nº 213, de 2002, art. 4º, 5º). Prof. Murillo Lo Visco 16

17 As filiais, sucursais e controladas devem demonstrar a apuração dos lucros que auferirem em cada um de seus exercícios fiscais, segundo as normas da legislação brasileira (RIR, art. 394, 5º, inciso I). Quando não for possível a determinação dos resultados auferidos no exterior por intermédio de filiais, sucursais e controladas, eles devem ser arbitrados com observância das mesmas normas aplicáveis às pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil, e computados na determinação do lucro real (RIR, art. 394, 10, inciso II) RENDIMENTOS E GANHOS DE CAPITAL AUFERIDOS NO EXTERIOR, DIRETAMENTE PELA PESSOA JURÍDICA DOMICILIADA NO BRASIL Os rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior, diretamente pela pessoa jurídica domiciliada no Brasil, devem ser computados na apuração do lucro líquido apurado em balanço levantado no dia 31 de dezembro do anocalendário em que auferidos (IN SRF nº 213, de 2002, art. 9º). Portanto, para os efeitos da tributação, se a contabilização ocorrer no 1, 2 ou 3 trimestres, os rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior devem ser excluídos nesses trimestres, para serem adicionados no 4 trimestre. É importante ressaltar que os rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior devem ser considerados pelo seu valor antes de descontado o tributo incidente no país de origem. No entanto, a pessoa jurídica no Brasil pode compensar o imposto de renda incidente no exterior, sobre os lucros, rendimentos, ganhos de capital e receitas decorrentes da prestação de serviços efetuada diretamente, computados no lucro real, até o limite do imposto de renda incidente, no Brasil, sobre os referidos lucros, rendimentos, ganhos de capital e receitas de prestação de serviços (RIR, art. 395). Sobre os resultados decorrentes de aplicações financeiras de renda variável no exterior, a legislação tributária estabelece que, quando decorrentes de aplicações realizadas em um mesmo país, eles podem ser consolidados para efeito de cômputo do ganho, na determinação do lucro real (IN SRF nº 213, de 2002, art. 9º, 1º). Além disso, de acordo com o art. 396 do RIR, os resultados líquidos, positivos ou negativos, obtidos em operações de cobertura (hedge) realizadas diretamente pela empresa brasileira em mercados de liquidação futura de bolsas no exterior, devem ser computados na determinação do lucro real. No entanto, no caso de operações dessa natureza que não se caracterizem como de cobertura, para efeito de apuração do lucro real, os lucros obtidos devem ser computados, mas os prejuízos não são dedutíveis. Prof. Murillo Lo Visco 17

18 2.3. LUCROS AUFERIDOS NO EXTERIOR POR INTERMÉDIO DE FILIAIS, SUCURSAIS, CONTROLADAS OU COLIGADAS DE PESSOAS JURÍDICAS DOMICILIADAS NO BRASIL Para fins de determinação do lucro real, os lucros auferidos no exterior devem ser integralmente adicionados ao lucro líquido quando se tratar de filial ou sucursal, ou proporcionalmente à participação no capital social, quando se tratar de controlada ou coligada (IN SRF nº 213, de 2002, art. 1º, 4º). Sobre o momento de incidência do imposto brasileiro, a Lei nº 9.532, de 1997, estabeleceu que os lucros auferidos no exterior, por intermédio de filiais, sucursais, controladas ou coligadas devem adicionados ao lucro líquido, para determinação do lucro real correspondente ao balanço levantado no dia 31 de dezembro do ano-calendário em que tiverem sido disponibilizados para a pessoa jurídica domiciliada no Brasil. Portanto, em 1997, foi fixado um momento em que se considera ocorrido o fato gerador do IR na hipótese de lucro auferido por intermédio de filiais, sucursais, controladas ou coligadas: o dia 31 de dezembro do ano em que sejam disponibilizados os lucros para a pessoa jurídica domiciliada no Brasil. E a própria Lei nº 9.532, de 1997, tratou de definir o sentido de disponibilizados : no caso de filial ou sucursal, na data do balanço no qual tiverem sido apurados; e no caso de controlada ou coligada, os lucros deveriam ser considerados disponibilizados para a empresa no Brasil na data pagamento do ou do crédito em conta representativa de obrigação da empresa no exterior. Note que essa regulamentação é anterior à introdução do 2º do art. 43 do CTN, pela Lei Complementar nº 104, de Em 10 de janeiro de 2001, a Lei Complementar nº 104 alterou o artigo 43 do CTN, para estabelecer que, na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, cabe à lei a tarefa de estabelecer as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto. Com a publicação da Medida Provisória nº 2.158, de 2001, o regime de tributação das controladas e coligadas no exterior, foi alterado, e de forma substancial, por meio do seu art. 74: Art. 74. Para fim de determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL, nos termos do art. 25 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e do art. 21 desta Medida Provisória, os lucros auferidos por controlada ou coligada no exterior serão considerados disponibilizados para a controladora ou coligada no Brasil na data do balanço no qual tiverem sido apurados, na forma do regulamento. Prof. Murillo Lo Visco 18

19 Parágrafo único. Os lucros apurados por controlada ou coligada no exterior até 31 de dezembro de 2001 serão considerados disponibilizados em 31 de dezembro de 2002, salvo se ocorrida, antes desta data, qualquer das hipóteses de disponibilização previstas na legislação em vigor. Portanto, pelo dispositivo acima reproduzido, a partir de 2002 os lucros auferidos no exterior passaram a ser considerados disponibilizados na data do balanço levantado pela controlada ou coligada. Ou seja, a incidência do imposto nesse caso deixou de depender da efetiva distribuição do lucro auferido no exterior à empresa sediada no Brasil. Em outras palavras, foi abandonado o critério de pagamento ou crédito, e passou a ser adotado o critério apuração em balanço pela controlada ou coligada no exterior. Em relação à matéria, grande parte do que se discute na doutrina, e do que se discutiu na ADI nº impetrada perante o STF, refere-se ao momento em que se considera ocorrido o fato gerador do imposto de renda. Há quem defenda a inconstitucionalidade do art. 74 da MP nº 2.158, de 2001, por entender que a tributação deveria ocorrer apenas quando os lucros fossem efetivamente distribuídos (situação anterior ao art. 74 da MP 2.158, de 2001). De outro lado, há os defendem a constitucionalidade do art. 74 da MP nº 2.158, de 2001, por considerarem admissível que o imposto incida desde o momento em que se verificar a produção de riqueza (acréscimo patrimonial) e, não somente quando ela for distribuída. De toda sorte, no dia 10 de abril de 2013, o Plenário do STF concluiu o julgamento da ADI nº Por maioria, julgou parcialmente procedente o pedido formulado em ação direta ajuizada, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), estabelecendo que, ao art. 74 da Medida Provisória /2001, deve ser dada interpretação conforme a Constituição, com eficácia erga omnes e efeito vinculante, no sentido de que ele: não se aplica às empresas coligadas localizadas em países sem tributação favorecida (não paraísos fiscais ), e se aplica às empresas controladas localizadas em países de tributação favorecida ou desprovidos de controles societários e fiscais adequados ( paraísos fiscais, assim definidos em lei). Com isso, pode-se afirmar que, em relação às empresas coligadas localizadas em países sem tributação favorecida, aplica-se a regra anterior ao art. 74 da MP nº 2.158, de 2001, qual seja, a previsão da Lei nº 9.532, de 1997, reproduzida no RIR/99 (no art. 394, 3º, inciso II), no sentido de que os lucros devem ser considerados disponibilizados para a empresa no Brasil na data do pagamento ou do crédito em conta representativa de obrigação da empresa no exterior. Prof. Murillo Lo Visco 19

20 Fato curioso é que o julgamento não alcançou maioria em relação à aplicação da norma às controladas fora de paraísos fiscais, e às coligadas localizadas em paraísos fiscais. Em resumo, o resultado do julgamento da ADI nº 2.588, em relação ao caput do art. 74 da MP nº 2.158, de 2001, pode ser assim entendido: Lucro obtido por intermédio de Controlada Coligada Em paraíso fiscal Aplica-se o caput do art. 74 da MP 2158, de modo que considera-se disponibilizado na data do balanço levantado pela controlada. Sem maioria no STF para declarar a inconstitucionalidade do caput do art. 74 da MP 2158, de modo que ele permanece valendo. Fora de paraíso fiscal Sem maioria no STF para declarar a inconstitucionalidade do caput do art. 74 da MP 2158, de modo que ele permanece valendo. Não se aplica o caput do art. 74 da MP 2158, de modo que considera-se disponibilizado na data do pagamento ou crédito à empresa no Brasil. Quanto ao parágrafo único do art. 74 da MP nº 2.158, de 2001, o STF declarou a inconstitucionalidade da retroatividade ali prevista. Nesse ponto, os ministros destacaram que a retroatividade fica afastada tanto para controladas e coligadas situadas em paraísos fiscais quanto para aquelas instaladas em países de tributação não favorecida TRATAMENTO FISCAL DA CONTRAPARTIDA DO AJUSTE PELO VALOR DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO DE INVESTIMENTO DO EXTERIOR Segundo dispõe o 1º do art. 389, a contrapartida do ajuste da equivalência patrimonial ou da amortização do ágio ou deságio na aquisição de investimentos em sociedades estrangeiras coligadas ou controladas que não funcionem no País, não deve influenciar a apuração do lucro real (na linguagem do art. 389 do RIR, não deve ser computada na determinação do lucro real). Em outras palavras, resultados positivos da equivalência patrimonial de investimento no exterior não são tributáveis, e resultados negativos da equivalência patrimonial de investimento no exterior não são dedutíveis. Portanto, aqui o tratamento não é diferente daquele que estudamos nos itens na aula passada, relativamente a investimentos localizados no Brasil, exatamente como determina o 9º do art. 394 do RIR. Prof. Murillo Lo Visco 20

21 3. PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA Preços de transferência constituem um instrumento colocado à disposição da Administração Tributária brasileira para fins de combater a remessa de recursos ao exterior, sem a incidência de imposto de renda, por meio de operações comerciais ou financeiras com pessoa domiciliada no exterior vinculada à pessoa jurídica domiciliada no País. Antes de iniciar a análise do tema, é preciso fazer algumas observações quanto à legislação de regência. No RIR, o tema se encontra entre os arts. 240 e 245. Basicamente, reflete o conteúdo dos arts. 18 a 24 da Lei nº 9.430, de No entanto, é preciso considerar as alterações introduzidas pelas Leis nº /2002, nº /2008, e nº /2009. Além disso, há que se ressaltar que houve uma tentativa frustrada de alteração da Lei nº 9.430, de 1996, por intermédio da Medida Provisória nº 478, de 2009, que perdeu eficácia. Nova tentativa foi intentada por meio da Medida Provisória nº 563, de 2012, convertida na Lei nº , de Grande parte das alterações implementadas por essa última Lei entraram em vigor em 1º de janeiro de 2013, nos termos do 1º de seu art. 78. Em síntese, iremos nos basear no texto do RIR; nas alterações introduzidas pelas Leis nº /2002, nº /2008, nº /2009, e nº /2012. Vale dizer, a matéria encontra-se disciplinada pela Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 28 de dezembro de Vamos dividir a análise do tema em duas partes. Na primeira, vamos abordar os aspectos objetivos do mecanismo de preços de transferência, com enfoque nas operações comerciais e financeiras que constituem o objeto do controle fazendário. Na segunda parte v amos analisar os aspectos subjetivos do mecanismo, momento em que iremos analisar as características das contrapartes no exterior, que foram consideradas pelo legislador na definição das regras de preço de transferência. Em razão da complexidade do tema, assim como ocorreu em 2012, caso seja exigido na prova de um próximo concurso, é de se esperar que sejam cobrados aspectos conceituais ou, no máximo, cálculos simples ASPECTOS OBJETIVOS DOS PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA Neste item, nosso objetivo é estudar o mecanismo dos preços de transferência nas operações comerciais ou financeiras com o exterior. Prof. Murillo Lo Visco 21

22 Portanto, agora não v amos nos preocupar em definir as características pessoais da contraparte no exterior que demandaram a atenção do legislador na definição das regras de preço de transferência. Os aspectos subjetivos do mecanismo de preços de transferência serão abordados no item 3.2. Vamos, a seguir, estudar o mecanismo dos preços de transferência nas operações comerciais (item 3.1.1) e nas operações financeiras (item 3.1.2) Preços de transferência nas operações comerciais Como v imos acima, preços de transferência constituem um instrumento colocado à disposição da Administração Tributária brasileira para fins de combater a remessa de recursos ao exterior sem a incidência de imposto de renda. Em relação às operações comerciais, com preços de transferência pretende-se evitar o superfaturamento de importações, bem assim o subfaturamento de exportações. Com importações superfaturadas, recursos financeiros são remetidos ao exterior de maneira disfarçada, e ainda aumentam artificialmente o custo de bens, serviços e direitos adquiridos no exterior, com a consequente redução de lucros da pessoa jurídica domiciliada no País. Com exportações subfaturadas, a empresa domiciliada no País deixa de auferir lucros que seriam esperados em operações similares, transferindo-os à contraparte no exterior na forma de bens, serviços ou direitos abaixo do preço médio praticado em condições normais. Basicamente, o mecanismo consiste em estabelecer: limites máximos de dedutibilidade para custos e despesas incorridas em operações de importação, quando a contraparte no exterior for pessoa vinculada; limites mínimos de tributação para receitas realizadas em operações de exportação, quando a contraparte no exterior for pessoa vinculada. Com isso, para fins de determinação do lucro real, devem ser adicionados ao lucro líquido: na importação, o valor da operação que exceder o limite máximo de dedutibilidade; e Prof. Murillo Lo Visco 22

23 na exportação, a diferença entre o valor mínimo tributável e o valor efetivamente praticado na operação. Na legislação, o grande detalhamento do tema diz respeito à determinação do preço parâmetro: o limite máximo de dedutibilidade na importação, ou o limite mínimo de tributação na exportação. Os custos e preços médios que compõem os métodos a seguir apresentados devem ser apurados com base em: publicações ou relatórios oficiais do governo do país do comprador ou vendedor ou declaração da autoridade fiscal desse mesmo país, quando com ele o Brasil mantiver acordo para evitar a bitributação ou para intercâmbio de informações; pesquisas efetuadas por empresa ou instituição de notório conhecimento técnico ou publicações técnicas, em que se especifiquem o setor, o período, as empresas pesquisadas e a margem encontrada, bem como identifiquem, por empresa, os dados coletados e trabalhados. As publicações, as pesquisas e os relatórios oficiais somente serão admitidos como prova se houverem sido realizados com observância de métodos de avaliação internacionalmente adotados e se referirem a período contemporâneo com o de apuração da base de cálculo do imposto da empresa brasileira. No entanto, quando considerados inidôneos ou inconsistentes, ato do Secretário da Receita Federal pode desqualificar as referidas publicações técnicas, pesquisas e relatórios. a. Preços de transferência nas operações de importação Nas operações efetuadas com pessoa vinculada (conceito que veremos mais adiante, no item 3.2.1), as despesas e encargos relativos a bens, direitos e serviços, que constarem dos documentos de importação ou de aquisição, somente são dedutíveis na determinação do lucro real até o valor que não exceda ao preço determinado por um dos seguintes métodos dos preços de transferência (Lei nº 9.430, de 1996, art. 18): Método dos Preços Independentes Comparados (PIC): definido como a média aritmética ponderada dos preços de bens, serviços ou direitos, idênticos ou similares, apurados no mercado brasileiro ou de outros países, em operações de compra e venda, empreendidas pela própria interessada ou por terceiros, em condições de pagamento semelhantes; Prof. Murillo Lo Visco 23

24 Este é o método mais direto: comparação com preços de bens, serviços ou direitos, idênticos ou similares aos importados, em condições de pagamento semelhantes. Pelo método PIC, somente são consideradas as operações de compra e v enda entre compradores e v endedores não v inculados (Lei nº 9.430, de 1996, art. 18, 2º). Método do Preço de Revenda menos Lucro (PRL): média aritmética ponderada dos preços de venda, no País, dos bens, direitos ou serviços importados, em condições de pagamento semelhantes e calculados conforme a metodologia a seguir: o preço líquido de v enda: a média aritmética ponderada dos preços de v enda do bem, direito ou serviço produzido, diminuídos dos descontos incondicionais concedidos, dos impostos e contribuições sobre as vendas e das comissões e corretagens pagas; o percentual de participação dos bens, direitos ou serviços importados no custo total do bem, direito ou serviço vendido: a relação percentual entre o custo médio ponderado do bem, direito ou serviço importado e o custo total médio ponderado do bem, direito ou serviço v endido, calculado em conformidade com a planilha de custos da empresa; o participação dos bens, direitos ou serviços importados no preço de v enda do bem, direito ou serviço v endido: aplicação do percentual de participação do bem, direito ou serviço importado no custo total, sobre o preço líquido de venda; o margem de lucro: a aplicação de percentuais previstos na Lei, conforme setor econômico da pessoa jurídica sujeita ao controle de preços de transferência, sobre a participação do bem, direito ou serviço importado no preço de venda do bem, direito ou serviço vendido. Independentemente de submissão a processo produtivo no Brasil, as margens de lucro devem ser aplicadas de acordo com o setor da atividade econômica da pessoa jurídica brasileira sujeita aos controles de preços de transferência, incidindo nos seguintes percentuais (Lei nº 9.430, de 1996, art. 18, 12): I - 40% (quarenta por cento), para os setores de: a) produtos farmoquímicos e farmacêuticos; b) produtos do fumo; Prof. Murillo Lo Visco 24

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