IR: Lei /2014 e a Tributação do Ágio, dos Juros sobre Capital Próprio e da Incorporação de Ações
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- Neusa Weber Valgueiro
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1 IR: Lei /2014 e a Tributação do Ágio, dos Juros sobre Capital Próprio e da Incorporação de Ações Ricardo Antonio Carvalho Barbosa AFRFB/DRJ/FOR
2 Ágio - Instrução CVM nº 01 de 1978 a) Ágio ou deságio decorrente do valor de mercado do ativo superior ou inferior ao custo. b) Ágio ou deságio decorrente de expectativa de resultado futuro; c) Fundo de comércio, intangíveis e outras razões econômicas. (até 1996 Instrução CVM 247/96) Decreto-Lei nº 1.598/77
3 Tratamento Tributário Até 31/12/1997 amortização do ágio indedutível. O valor era considerado quando da alienação ou baixa do investimento (arts. 25 e 33 do Decreto-Lei nº 1.598/77).
4 Lei nº 9.532/97 Art. 7º Ágio ou deságio cujo fundamento seja o valor de mercado do bem registrado em contrapartida à conta que registre o bem ou direito que lhe deu causa; Ágio por rentabilidade futura amortizado à razão de um sessenta avos, no máximo, para cada mês do período de apuração. Ágio com base no fundo de comércio, intangíveis ou outras razões econômicas - registrado em contrapartida a conta de ativo permanente, não sujeito a amortização.
5 Investidora Investida Part. Societária Equipamento Ágio Valor de Mercado Capital Social Ágio Rentab. Futura 300
6 Investidora Incorporadora Investida Part. Societária Equipamento Equipamento Despesa Depreciação Ágio Valor Mercado Capital Social Diferido Amortização anos Ágio Rentab. Futura 300 6
7 Exemplo 1: Empresa Alfa Alfa adquire 90% das ações de Beta com ágio. Part. = 900; Ágio = 200 Empresa Beta Alfa Incorpora Beta Ou Beta Incorpora Alfa
8 Exemplo 2: Empresa Alfa Alfa adquire 90% das ações de Beta com ágio. Part. = 900; Ágio = 200 Empresa Beta Cisão Parcial - Empresa Veículo Empresa Gama Beta incorpora Gama
9 Exemplo 3: Controlador Companhia Alfa Cisão Parcial. Empresa Veículo. Alfa adquire 90% das ações de Beta com ágio. Substituição de Ações. Part. = 900; Ágio = Companhia Beta Companhia Gama Incorporação Reversa.
10 Exemplo 4: Durante a Vigência da Lei /2002 Empresa Alfa Patrimônio líquido defasado Integralização de capital das cotas e ações de Beta com ágio. Companhia Beta A empresa Beta irá amortizar o ágio após o evento, gerado da participação feita nela mesma. Incorporação Reversa. Empresa Gama O ágio corresponde a um ganho de capital para os sócios PJ, mas a tributação poderia ser diferida.
11 Normas Contábeis Não é concebível, econômica e contabilmente, o reconhecimento de acréscimo de riqueza em decorrência de uma transação dos acionistas com eles próprios. Nesse sentido:. Resolução CFC nº 750/93; Instrução CVM nº 247/96; OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SNC/SEP nº 01/2007; OCPC nº 02, aprovado em 30/01/2009. CPC 18 22A; Resolução CFC nº 1.110/ NBC T Ágio Interno (sem substância econômica) é vedado pelas normas nacionais e internacionais.
12 Contabilidade LALUR Receita Bruta Lucro Líquido Lucro Líquido + Adições -Exclusões Compensação = Lucro Real Art. 7º DL 1.598/77 O lucro real será determinado com base na escrituração que o contribuinte deve manter, com observância das leis comerciais e fiscais.
13 Nova Legislação Tributária Lei nº /2014
14 Instrução CVM nº 01 de 1978 CPC 15 e 18 a) Ágio ou deságio decorrente do valor de mercado do ativo superior ou inferior ao custo. b) Ágio ou deságio decorrente de expectativa de resultado futuro; c) Fundo de comércio, intangíveis e outras razões econômicas. (até 1996 Instrução CVM 247/96) Decreto-Lei nº 1.598/77 a) Mais ou menos valia - ativos líquidos avaliados a valor justo; b) Ágio por rentabilidade futura (Goodwill). Ganho proveniente por compra vantajosa.
15 Aplicação do Método: Mensurados a valor justo Valor Residual
16 Exemplo: Empresa Alfa adquire 100% das ações de Beta Patrimônio Líquido de Beta = R$ ,00 Ativos Líquidos Avaliados a Valor Justo = R$ ,00; Valor Pago = R$ ,00 Desdobramento Valores Patrimonio Líquido ,00 Mais-Valia ,00 Menos-Valia ,00 Goodwill ,00
17 Novo Tratamento Tributário na Incorporação, Fusão ou Cisão. Mais Valia - O saldo existente na data da aquisição da participação societária poderá ser considerado como integrante do custo do bem ou direito que lhe deu causa (Menos-Valia deverá ser considerado). Goodwill - poderá ser excluído à razão de 1/60 avos, no máximo, por período de apuração.
18 Condições: -Partes não dependentes; -Laudo elaborado por perito independente que deverá ser protocolado na RFB ou cujo sumário deve ser registrado em Cartório de Registro de Títulos e Documentos.
19 Partes Dependentes: Art. 25. Para fins do disposto nos arts. 20 e 22, consideram-se partes dependentes quando: I - o adquirente e o alienante são controlados, direta ou indiretamente, pela mesma parte ou partes; Controlador(es) Alienante PJ Adquirente PJ
20 Partes Dependentes: II - existir relação de controle entre o adquirente e o alienante; Alienante PF ou PJ Adquirente PJ Relação de controle
21 Partes Dependentes: III - o alienante for sócio, titular, conselheiro ou administrador da pessoa jurídica adquirente; Alienante PF Adquirente PJ Sócio, titular, conselheiro ou administrador
22 Partes Dependentes: IV - o alienante for parente ou afim até o terceiro grau, cônjuge ou companheiro das pessoas relacionadas no inciso III; ou Alienante PF Sócio, titular, conselheiro ou administrador da Adquirente PJ. Parente ou afim até o terceiro grau, cônjuge ou companheiro
23 Partes Dependentes: V - em decorrência de outras relações não descritas nos incisos I a IV, em que fique comprovada a dependência societária. Parágrafo único. No caso de participação societária adquirida em estágios, a relação de dependência entre o(s) alienante(s) e o(s) adquirente(s) de que trata este artigo deve ser verificada no ato da primeira aquisição, desde que as condições do negócio estejam previstas no instrumento negocial.
24 Outros Dispositivos na Lei nº /2014: - Combinação de Negócios em Estágios; - Ganho Proveniente de Compra Vantajosa. -Impairment do Goodwill. -Permanência da legislação anterior até 2017.
25 Incorporação de Ações Situação em que a Cia. A adquire ações (ou quotas) de todos os demais acionistas da Cia. B, o que transforma B em subsiditária integral de A, mediante a emissão e entrega de ações (ou quotas) de A aos ex-sócios de B. Fonte: FIPECAFI Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras FEA/USP
26 Art. 252 Lei 6.404/76 A operação tem que ser aprovada em assembléia geral das duas companhias. Na incorporada depende de aprovação pelo voto de metade, no mínimo, das ações com direito a voto. Os acionistas dissidentes poderão retirar-se das companhias.
27 Ganho de Capital Adquire todas as ações em Beta. Substituição de Ações Sócios Companhia Alfa Subsidiária Integral Companhia Beta Incorporação (Amortização Ágio)
28 Ganho de Capital - PF Art. 3º da Lei n 7.713/1988: Na apuração do ganho de capital serão consideradas as operações que importem alienação, a qualquer título, de bens ou direitos ou cessão ou promessa de cessão de direitos à sua aquisição, tais como as realizadas por compra e venda, permuta, adjudicação, desapropriação,... Art RIR/99 Na determinação do ganho de capital serão excluídos: IV a permuta exclusivamente de unidades imobiliárias, objeto de escritura pública, sem recebimento de parcela complementar em dinheiro, denominada torna... (Destaques acrescidos)
29 Ganho de Capital Acórdão CSRF n ª Turma Manteve a tributação. Acórdão nº ª Câmara / 2ª Turma Ordinária inexistência de fato gerador de ganho de capital. Ambas as decisões foram por maioria de votos.
30 Juros sobre o Capital Próprio
31 Origem de Recursos Recursos Próprios (Acionistas via de regra não exigível) Pagamento Dividendos indedutível na apuração do IR. Capital de Terceiros (estranhos ao quadro social exigível pelos credores). Pagamento - Despesa Financeira dedutível na apuração do IR. 31
32 Recursos Próprios (Acionistas via de regra não exigível) Pagamento Dividendos indedutível na apuração do IR. JCP Origem - figura de contábil que hipotetiza o quanto o capital do sócio renderia Recursos se fosse aplicado no mercado. Capital de Terceiros (estranhos ao quadro social exigível pelos credores). Pagamento - Despesa Financeira dedutível na apuração do IR.
33 Tratamento Tributário Fonte Pagadora (Lei nº 9.249/95) JCP - contabilmente não atende à definição de despesa CPC 00 Pronunciamento de Estrutura Conceitual. A Legislação Tributária permite que as companhias deduzam os valores pagos à título de JCP como despesas, obtendo benefício tributário similar àquele que conseguem ao se financiar por capital de terceiros.
34 Juros sobre Capital Próprio a) São dedutíveis na apuração do lucro real, nos termos da legislação do IR; b) Calculados com base no PL e na TJLP; c) Receita tributável para o acionista (15%); d) Não é obrigatório. Dividendos a) Não são despesas, não afetando o lucro do período; b) Calculado com base no Lucro Líquido; c) Isento do Imposto de Renda; d) São obrigatórios, sempre que se observem os pressupostos legais.
35 Uma das grandes vantagens para a companhia em pagar os JCP aos seus acionistas, é que ela pode imputar os valores pagos a título de JCP no montante dos dividendos obrigatórios (art. 9. 7º, da Lei 9.249/95). Dedutibilidade - vinculada ao pagamento ou ao crédito em favor do sócio (passivo).
36 Grato pela Atenção! Ricardo Antonio Carvalho Barbosa
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