ESTUDO SOBRE A POSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DOS DIFERENTES ELOS DA CADEIA DE VALOR SECTORIAL EM FUNÇÃO DA REALIDADE DO CLUSTER TRANSFRONTEIRIÇO NO

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1 ESTUDO SOBRE A POSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DOS DIFERENTES ELOS DA CADEIA DE VALOR SECTORIAL EM FUNÇÃO DA REALIDADE DO CLUSTER TRANSFRONTEIRIÇO NO SECTOR TÊXTIL Outubro 2015

2 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 3 ENQUADRAMENTO REGIONAL... 5 Região Norte - Portugal... 5 Galiza - Espanha... 7 ENQUADRAMENTO DO SETOR TÊXTIL E VESTUÁRIO A INDÚSTRIA TÊXTIL E VESTUÁRIO NO NORTE DE PORTUGAL Principais Indicadores Análise SWOT Prioridades Estratégicas A INDÚSTRIA TÊXTIL E VESTUÁRIO NA GALIZA Principais Indicadores Fatores competitivos de sucesso Prioridades Estratégicas SINERGIAS NA CADEIA DE VALOR SECTORIAL DO CLUSTER TRANSFRONTEIRIÇO PROJETOS CONJUNTOS DE PROMOÇÃO DO CLUSTER TRANSFRONTEIRIÇO NO SECTOR TÊXTIL. 66 CONCLUSÃO GERAL BIBLIOGRAFIA

3 INTRODUÇÃO O Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galiza - Norte de Portugal (GNP- AECT) tem vindo a desenvolver um intenso trabalho, quer na Galiza, quer no Norte de Portugal, para promover a cooperação entre estas duas regiões, com um enfoque muito especial no setor têxtil e vestuário, naturalmente pela importância económica que este sector tem em ambas as regiões, mas também por uma natural cooperação entre empresas da Galiza e do Norte de Portugal, cooperação essa que se tem vindo a reforçar, em muito devido às várias iniciativas que as entidades, públicas, privadas, setoriais ou regionais, destas regiões têm vindo a promover. Fruto deste trabalho, o GNP- AECT concluiu que atualmente, a aposta estratégica nos canais de comercialização virtual que as grandes empresas do setor têxtil e vestuário tem vindo a desenvolver tem tido como consequência uma melhoria significativa das vantagens competitivas sobretudo das grandes empresas, em detrimento das pequenas. Neste contexto, o GNP - AECT decidiu implementar, de forma experimental, um centro demonstrador de novas tecnologias aplicadas ao back office da venda online de vestuário, com vista a fornecer, às pequenas e médias empresas, ferramentas que lhes permitam aproveitar ao máximo as potencialidades do comércio virtual e, assim, poderem aumentar as suas vantagens competitivas. Com este Centro Demonstrador do Sistema de Negócio de Moda, na Euroregião Galiza - Norte de Portugal, poder-se-ão extrair os conhecimentos necessários que permitam ao setor têxtil e vestuário as condições de otimização dos rendimentos das diversas atividades da cadeia de valor setorial; assim, ao aproveitar as 3

4 potencialidades do setor, principalmente as suas vantagens competitivas que decorrem da existência de um cluster transfronteiriço, melhorar-se-ão as possibilidades e os resultados do comércio online. Este estudo tem como objetivo analisar as sinergias existentes entre as diversas atividades da cadeia de valor setorial do setor têxtil e moda, considerando a realidade transfronteiriça da região Norte de Portugal e Galiza e, em que medida, se poderão potenciar estas sinergias no contexto deste Centro Demonstrador do Negócio de Moda Virtual. Para o efeito, far-se-á uma breve análise ao setor têxtil e vestuário de cada uma das regiões, procurando descobrir-se quais as atividades mais importantes de cada região e quais as suas prioridades estratégicas, bem como em que medida existirão sinergias entre as cadeias de valor existentes no Norte de Portugal e na Região da Galiza ao nível da indústria têxtil e de vestuário. 4

5 ENQUADRAMENTO REGIONAL Região Norte - Portugal A região Norte (NUTS II) de Portugal é composta pelas seguintes sub-regiões NUTS III: Área Metropolitana do Porto, Alto Minho, Alto Tâmega, Ave, Cávado, Douro, Tâmega e Sousa, Terras de Trás-os-Montes. A Região Norte (NUTS II) compreende os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Bragança, e uma parte do extremo norte dos distritos de Aveiro, Viseu e Guarda. É limitada a norte e a este com Espanha (Galiza e Castela e Leão, respetivamente), a sul com a Região Centro (Região de Aveiro, Viseu, Dão-Lafões e Beiras e Serra da Estrela) e a oeste com o Oceano Atlântico. Localização da Região Norte Segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a Região Norte, tem cerca de 3,6 milhões de habitantes, concentrando quase 35% da população residente em Portugal, assegura perto de 39% das exportações nacionais e representa cerca de 29% do PIB da economia nacional. Já segundo os dados do INE, em 2014, a região Norte apresentou um crescimento do PIB nominal de 1,9% (resultados preliminares) e um índice de disparidade regional do PIB per capita de 31,0, com a Área Metropolitana do Porto com o maior índice (92,9) e o Tâmega e Sousa com o menor (61,9). 5

6 A Região Norte em NUTS III Em 2013, a região Norte apresentou um investimento de milhões de euros (32,4% do total nacional), com uma quebra de 3% face ao ano anterior. Dotada de boas infraestruturas de comunicação e de internacionalização e contando com uma rede qualificada de equipamentos de ciência e tecnologia, o Norte de Portugal vive de portas abertas para o mundo e de olhos postos no futuro. 6

7 Galiza - Espanha A região da Galiza (NUTS II) é uma comunidade autónoma de Espanha, composta pelas seguintes sub-regiões NUTS III: A Coruña, Lugo, Ourense e Pontevedra. Geograficamente, é limitada a norte com o mar Cantábrico, a sul com Portugal, a oeste com o Oceano Atlântico e a este com o principado das Astúrias e com a comunidade de Castilha e Leon (províncias de Zamora e León). Localização da Galiza Na Galiza, o produto interno bruto (PIB), a preços de mercado, em 2014, foi estimado em milhões de euros, 0,2% inferior ao ano de O crescimento real da economia galega (taxa de variação anual do PIB em volume), em relação a 2013, foi de 0,37%. O PIB per capita a preços correntes é de euros, 0,3% superior ao do ano anterior. 7

8 Embora a Galiza (29.574,8 km²) ocupe uma área superior à ocupada pelo Norte de Portugal (21.285,88 km²), a população residente na região portuguesa é consideravelmente superior, com habitantes, relativamente à população galega com habitantes (ano 2014). Ao considerarmos o total para as duas regiões, a população ascende a cerca de 6,4 milhões de habitantes Portugal Norte Espanha Galiza População Residente Área Total (km2) , , , ,80 Densidade Populacional (hab/km2) 113,1 171,2 92,4 9 Fonte: Observatório Transfronteiriço Galiza-Norte PT A população em idade laboral nesta euro-região é de cerca de 5,5 milhões de pessoas, dos quais 3,1 milhões estão classificados como ativos. A taxa de atividade no Norte de Portugal é de 58,9% enquanto na Galiza é de 53,8%. A taxa de desemprego na Galiza é de 21,7%, enquanto que na Região Norte é de 14,8%, segundo o Observatório transfronteiriço Galiza - Norte Portugal Norte Espanha Galiza População com 15/16* ou mais anos Activos 5.225, , , ,90 Empregados 4499,5 1562, ,2 998 Desempregados ,1 5610,4 275,8 * na Galiza a idade legal para entrar no mercado de trabalho é de 16 anos, enquanto que em Portugal é de 15. Fonte: Observatório Transfronteiriço Galiza-Norte PT Na região Norte, 58% dos trabalhadores estão afetos ao setor dos serviços, 26% à indústria, 9% à agricultura e pescas e 7% à construção. Já na Galiza, os serviços empregam 71% dos trabalhadores, a indústria 15%, a construção e a agricultura e pescas, ambos cerca de 7%. 8

9 Em termos do PIB (Produto Interno Bruto) agregado das duas regiões, este ascendeu aos 101,6 mil milhões de euros em 2012, representando 8,5% da riqueza em toda a Península Ibérica. Produto Interno Bruto, por NUTS III PIB (milhões de euros) PIB per capita (milhares de euros) Portugal ,9 16,3 16,1 15,6 Norte ,6 13,1 13,0 12,8 Minho-Lima ,7 11,4 11,2 11,2 Cávado ,3 12,5 12,7 12,3 Ave ,3 11,9 12,0 11,9 Grande Porto ,0 16,4 16,4 16,1 Tâmega ,7 9,0 8,9 8,6 Entre Douro e Vouga ,3 13,0 13,1 12,6 Douro ,5 10,9 10,8 10,3 Alto Trás-os-Montes ,9 11,3 11,0 10,7 España ,8 22,7 22,7 22,3 Galicia ,6 20,7 20,5 19,9 Dados provisórios I.G.E. - Instituto Galego de Estatística As duas regiões englobam ainda quatro aeroportos, três na Galiza (A Coruña, Santiago de Compostela e Vigo) e um no Norte de Portugal (Porto). Estas quatro infra-estruturas aeroportuárias movimentaram 9,9 milhões de passageiros em 2013, predominando o tráfego de passageiros essencialmente nacional nos aeroportos galegos e predominantemente internacional no Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto), responsável pela movimentação de mais de 6,3 milhões de passageiros e quase 28 mil toneladas de carga, em

10 Portugal Norte Porto España Galicia A Coruña Santiago de Compostela Tráfego comercial nos aeroportos. Ano 2013 Aviões (N.º) Passageiros * (Milhares) Carga (Toneladas) Correio (Toneladas) Vigo Nota: Galiza e Espanha: dados provisórios. Só se recolhe o tráfego regular e não regular ficando excluído o tráfego de outros serviços. Portugal e Norte: Nos valores relativos aos passageiros, à carga e ao correio, incluem-se os embarques e desembarques e as cargas e descargas e ainda os passageiros em trânsito. (..) Dados não disponíveis I.G.E. - Instituto Galego de Estatística Unidade: Milhares de toneladas Transporte marítimo de mercadorías nos grandes portos. Ano 2013 Total Mercadorias descarregadas Granéis Líquidos Granéis Sólidos Carga geral Total Mercadorias carregadas Granéis Líquidos Granéis Sólidos Carga geral Total de descarga e carga Portugal Norte Viana do Castelo Leixões España Galicia A Coruña Ferrol - San Cibrao Marín e Ría de Pontevedra Vigo Vilagarcía de Arousa Fonte: I.G.E. - Instituto Galego de Estatística

11 As duas regiões contam ainda com a existência de oito portos, seis localizados na região da Galiza (Vigo, Marín, Vilagarcía, A Coruña, Ferrol e San Cibrao) e dois no Norte de Portugal (Viana do Castelo e Leixões). Ao nível do movimento de contentores nos portos das regiões, considerando os dados de 2013, os dois portos portugueses registaram um total de milhares de toneladas, enquanto os portos galegos registaram milhares de toneladas. No âmbito do Plano de Investimentos Conjunto para a Euro-região Galiza - Norte de Portugal , várias foram as conclusões que importam aqui também ser mencionadas: Despesas em I&D A investigação científica e tecnológica, a inovação e o desenvolvimento constituem fatores-chave para o crescimento económico e para a competitividade da União Europeia e da Euro região Galiza-Norte de Portugal, constituindo um dos pilares básicos do seu crescimento e sustentabilidade a longo prazo. Em 2013, a despesa em I&D no Norte de Portugal (1,42% do PIB) foi maior do que na Galiza (0,86% do PIB), da mesma forma que a despesa em I&D de Portugal foi maior que a de Espanha. No caso de Portugal, a despesa em I&D da região Norte foi ligeiramente superior (1,42%) do que a despesa nacional (1,33%). Em Espanha, a despesa em I&D da Galiza foi muito inferior (0,86%) à percentagem nacional (1,24%). No entanto, tanto Portugal como Espanha estão longe da média europeia (2,03%), e mais ainda, do objetivo da estratégia Europa 2020, que aponta para 3% do PIB. 11

12 TOTAL Gastos em I&D (em % do PIB): 2013 Setor Empresarial Setor Público Universidades Setor Privado sem fins lucrativos UE28 2,03 1,29 0,25 0,48 0,02 Espanha 1,24 0,66 0,23 0,35 0 Galiza 0,86 0,39 0,13 0,35* nd Portugal 1,33 0,63 0,09 0,6 0,02 Norte 1,42 0,74 0,05 0,62 0,01 Fonte: Eurostat (nd não disponível; *dados de 2012) Atendendo à despesa de I&D por sector, tanto na Galiza como no Norte de Portugal, as empresas são o setor que mais despesa realiza em I & D, seguidas das universidades. Utilização das TIC Segundo o objetivo temático do Quadro Estratégico Comum, enquadrado na iniciativa emblemática Agenda Digital para a Europa, as tecnologias de informação e comunicação (TIC) são uma importante ferramenta de promoção da proximidade e coesão (territorial, social e económica) e de fomento da eficiência na gestão pública e da atividade empresarial. Segundo o Inquérito realizado pelo INE, sobre a utilização de tecnologias de informação e comunicação pelas famílias, tem-se verificado, nos últimos anos, uma subida da percentagem de utilização, quer no Norte de Portugal quer na Galiza, em todos os indicadores, mas ainda com potencial de crescimento face às percentagens nacionais dos respetivos países. 12

13 Uso de TIC - Utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação Percentagem Portugal Norte Espanha Galiza Portugal Norte Espanha Galiza Portugal Norte Espanha Galiza Proporção de indivíduos que utilizaram computador nos primeiros três meses do ano Proporção de indivíduos que utilizaram Internet nos primeiros três meses do ano Proporção de indivíduos que utilizaram comércio eletrónico nos primeiros três meses do ano 55,4 51,3 67,4 57,8 58,2 53,3 69,3 62,2 62,4 58,4 72,2 66,1 51,1 47,5 64,2 53,6 55,3 49,8 67,1 58,5 60,3 55,7 69,8 63,5 9,5 7,2 17,4 14,4 10,3 7,7 18,9 17,7 13, ,3 21,4 Proporção de indivíduos que utilizaram telemóvel 89,7 86,9 92,2 88,4 92,1 90,8 92,8 89,2 93,4 91,5 94,3 92,2 INE - Inquérito à utilização de tecnologias da informação e da comunicação pelas famílias I.G.E. - Instituto Galego de Estatística A evolução do uso do comércio eletrônico nos lares também tem manifestado uma tendência crescente nos últimos anos. Assim, a percentagem de indivíduos que realizam compras pela internet tem aumentado, 42% na Galiza e 80% na região Norte, alcançando 27% e 18%, respetivamente. País / região % Indivíduos que realizaram compras através da internet, nos últimos 12 meses % Empresas que vendem através da internet UE Espanha Galiza nd nd Portugal Norte nd nd nd Fonte: Eurostat; Observatório da Sociedade de Informação e Modernização da Galiza; nd não disponível. 13

14 Uma vez mais, a percentagem de indivíduos que realizaram compras através da internet, em 2012, nas duas Regiões situa-se ligeiramente abaixo das respetivas médias nacionais e muito aquém da média europeia (45% em 2012). 14

15 ENQUADRAMENTO DO SETOR TÊXTIL E VESTUÁRIO Na indústria têxtil e vestuário podemos distinguir dois sectores fundamentais, o sector têxtil e o sector de vestuário. A distinção entre estes dois sectores é estabelecida com base nas atividades de produção que lhes estão associadas. O sector têxtil encontra-se associado às atividades que se iniciam na obtenção das fibras, dos fios e tecidos, passando pelos diversos tratamentos ao nível de acabamentos (branqueamentos, tingimento, estamparia, laminagem, termofixação, revestimentos, entre muitos outros, incluindo acabamentos funcionais), bem como os têxteis para o lar e os têxteis técnicos. O sector de vestuário encontra-se associado às atividades de transformação dos materiais têxteis em vestuário, englobando atividades como o corte, a confeção e o acabamento das peças de vestuário. Para além dos sectores de atividade mencionados, existem outros intervenientes, como: responsáveis pelo desenvolvimento de equipamentos produtivos, fornecedores de produtos químicos, serviços de transporte e distribuição, entre outros, fornecendo soluções específicas para as necessidades dos sectores têxtil e de vestuário. A indústria têxtil e vestuário opera fundamentalmente em três mercados distintos: vestuário, têxteis para o lar (ex.: roupa de banho, roupa de cama, roupa de cozinha, cortinados, alcatifas, tapetes) e têxteis técnicos. Os primeiros estão fundamentalmente vocacionados para os mercados de consumo (moda e decoração de interiores) e o terceiro para as aplicações industriais e profissionais. Nos últimos anos tem-se registado uma aproximação entre os sectores técnicos e os sectores ligados à moda, verificando-se uma fusão dos dois em diversos tipos de produtos, entre os quais encontramos o vestuário funcional. 15

16 Os têxteis técnicos são um subsector da indústria têxtil e vestuário em franco crescimento, abrangendo uma vasta diversidade de aplicações, desde as aplicações específicas com elevado valor acrescentado (ex.: próteses e produtos ortopédicos), produtos com consumo elevado e baixo valor acrescentado (ex.: tecidos em poliolefina e não-tecidos para aplicações de proteção no sector agrícola), produtos têxteis especializados (ex.: têxteis para a indústria automóvel), vestuário com aplicações técnicas (ex.: vestuário para profissionais de saúde, vestuário de desporto para utilização profissional), produtos de interior (ex.: cortinas com proteção à chama) e produtos têxteis para o lar (ex.: roupa de cama com tratamento antibacteriano). O sector dos têxteis técnicos é geralmente segmentado em diversas áreas, em função das aplicações concretas: - Agrotech: agricultura, horticultura, silvicultura e pesca; - Buildtech: construção e arquitetura; - Clothtech: componentes funcionais para calçado e vestuário; - Geotech: geotêxteis e engenharia civil; - Hometech: produtos usados em casa, incluindo componentes para mobília e pavimentação; - Indutech: filtros e outros produtos usados na indústria; - Medtech: higiene e medicina; - Mobiltech: construção de transportes, equipamento e mobiliário; - Oekotech: proteção do ambiente - Packtech: embalamento e armazenamento; - Protech: proteção pessoal e de bens; - Sporttech: componentes para desporto e lazer. 16

17 As empresas produtoras de têxteis recorrem a equipamentos produtivos equiparáveis, convergindo frequentemente para os mesmos fornecedores ou para fornecedores com tecnologias semelhantes. Por conseguinte, as diferenças ao nível do produto e da qualidade devem-se fundamentalmente às competências dos recursos humanos (incluindo as competências de conceção e desenvolvimento), aos procedimentos de produção e aos métodos de controlo. Por outro lado, a produção de vestuário depende menos do investimento de capital e mais das competências dos trabalhadores individuais e da sequência das operações necessárias à produção. Apesar da diversidade de requisitos, a relevância das competências dos recursos humanos encontra-se diretamente associada ao valor acrescentado do produto em causa, ao nível da especificação e desempenho das aplicações e do segmento de mercado. A necessidade de desenvolver novos produtos encontra-se dependente do mercado alvo da empresa, do sector em que opera e da posição na cadeia de valor. Independentemente dos fatores relacionados com o mercado e sector onde a empresa opera, o desenvolvimento de novos produtos e serviços é uma característica comum a todos os processos da rede de fornecimento, desde o desenvolvimento de novas fibras até ao desenvolvimento de novas soluções na área da distribuição e do aprovisionamento. O desenvolvimento de novos produtos pode ocorrer em diversas fases da cadeia de valor, desde a conceção do produto até ao desenvolvimento de processos específicos na cadeia de valor, como por exemplo no processo de acabamento têxtil. Para além do desenvolvimento de novos produtos com base em novas fibras, fios ou tecidos, resultado de iniciativas específicas de investigação e desenvolvimento, podem surgir novos produtos provenientes do desenvolvimento de novas soluções tecnológicas destinadas ao fabrico de produtos têxteis e de vestuário. Estes resultados surgem de diversos intervenientes, como: centros 17

18 tecnológicos, centros de formação, ensino e investigação, empresas multinacionais, pequenas e médias empresas, entre outros. Os subsectores relacionados com os produtos têxteis e de vestuário com aplicações especializadas, normalmente designados por têxteis técnicos, apresentam uma maior dinâmica no ciclo de vida, na medida em que incorporam nos seus produtos os desenvolvimentos que vão surgindo em diversas áreas científicas e tecnológicas. Um dos exemplos é a utilização da nanotecnologia no desenvolvimento de estruturas têxteis de elevado desempenho. Os desenvolvimentos registados em nanotecnologia são incorporados no desenvolvimento de novas estruturas e na renovação de estruturas preexistentes, originando uma nova dinâmica no ciclo de vida dos produtos e até novos subsectores de atividade (ex.: o caso dos nanotêxteis). Vestir simplesmente pessoas, casas ou carros, passou a ser o paradigma do passado, pois a Indústria Têxtil e Vestuário busca soluções que não se confinam aos modelos clássicos, já que há cada vez mais áreas da vida humana e suas necessidades que urgem ser cobertas, ao ponto de alguns especialistas referirem que mais de 70% dos têxteis que vamos usar nos anos vindouros nem sequer estarem ainda concebidos, encerrando portanto um gigantesco potencial que, para aqueles que possuírem a capacidade de anteverem ou criar tendências, se torna garantia de geração de valor e riqueza. 18

19 A INDÚSTRIA TÊXTIL E VESTUÁRIO NO NORTE DE PORTUGAL Principais Indicadores Considerando os dados oficiais do INE, a Indústria Têxtil e Vestuário (ITV) em Portugal é constituída por empresas individuais (1.523 têxteis e de vestuário) e sociedades (1.826 têxteis e de vestuário). n.º Empresas Têxteis n.º Empresas de Vestuário Fonte: INE Portugal, segundo os dados oficiais do INE, em 2014, produziu um valor de milhões de euros na indústria têxtil, e milhões de euros na indústria de vestuário (perfazendo um total de milhões de euros na ITV) e gerou um volume de negócios têxtil de milhões de euros e de milhões de euros na indústria de vestuário (num total de milhões de euros). A confeção de vestuário exterior (exceto vestuário em couro e vestuário de trabalho) é a atividade que gera maior volume de negócios (37% do total da ITV), seguida pela tecelagem (9% do total), pelo acabamento de têxteis (7%) e fabricação de artigos têxteis confecionados, entre os quais, os têxteis para o lar, com 7% do 19

20 valor total do volume de negócios da ITV. Para além destas, atividades como os acabamentos e outras relacionadas com o fabrico de artigos têxteis técnicos, têm vindo a apresentar bons desempenhos em termos de evolução dos indicadores económicos e são hoje consideradas vitais ao sucesso deste setor. Volume de Negócios por Atividade, 2014 Milhões de euros Peso na ITV Preparação e fiação de fibras têxteis 227 3,4% Tecelagem de têxteis 594 8,9% INDÚSTRIA TÊXTIL Acabamento de têxteis 490 7,4% Fabricação de tecidos de malha 385 5,8% Fabricação de artigos têxteis confecionados, exceto vestuário 489 7,3% Fabricação de tapetes e carpetes 77 1,2% Fabricação de cordoaria e redes 374 5,6% Fabricação de não tecidos e respetivos artigos, exceto vestuário 20 0,3% Fabricação de têxteis para uso técnico e industrial 330 5,0% Fabricação de outros têxteis, n.e ,2% INDÚSTRIA DE VESTUÁRIO Confeção de vestuário em couro 2 0,0% Confeção de vestuário de trabalho 57 0,9% Confeção de outro vestuário exterior ,3% Confeção de vestuário interior 342 5,1% Confeção de outros artigos e acessórios de vestuário 99 1,5% Fabricação de artigos de peles com pelo 3 0,0% Fabricação de meias e similares de malha 187 2,8% Fabricação de outro vestuário de malha 216 3,2% TOTAL ,0% Fonte: INE O facto de a ITV Portuguesa estar estruturada numa fileira integrada e dinâmica, numa lógica de cluster, apoiada por centros de competências de grande valia e até 20

21 de reputação internacional, como o Modatex (Formação Profissional / Escola de Moda), o CITEVE (Centro Tecnológico / Laboratórios, Certificação, I&D Aplicada, Serviços), o CENTI (Centro de Nanotecnologia e Novos Materiais), ou as Universidades, permite à fileira reforçar as suas valias e vantagens, naquilo que são as suas atividades tradicionais (fiação, tecelagem / tricotagem, confeção e têxteis -lar) mas também desenvolver sectores emergentes, como os têxteis técnicos e funcionais, onde a atividade de acabamentos tem vindo a desenvolver soluções diferenciadas, inovadores e de elevado valor acrescentado, ou ainda ao nível dos serviços, como o design, engenharia de produto, logística, distribuição e retalho. A representação que se segue apresenta a cadeia de valor da indústria têxtil e vestuário portuguesa. 21

22 Nos últimos anos, os principais indicadores da indústria revelam um crescimento sustentado, com uma ligeira queda em 2012, logo recuperada nos anos seguintes. Indicadores da ITV Produção (milhões ) Volume de Negócios (milhões ) Exportações (milhões ) Importações (milhões ) Trabalhadores (n.º) Fonte: INE O emprego do setor aumentou em 2014, algo que já não acontecia há 12 anos. 22

23 milhões n.º trabalhadores Evolução de Indicadores da ITV Portuguesa Produção (milhões ) Volume de Negócios (milhões ) Exportações (milhões ) Importações (milhões ) Trabalhadores (n.º) É de admitir que um período de estabilização esteja a consolidar-se e que se prolongue até ao final da década, fixando a capacidade produtiva instalada e possibilitando um melhor e mais completo aproveitamento desta, deixando em consequência espaço para que se possa ascender na cadeia de valor através de fatores mais imateriais, como o serviço, a incorporação de tecnologia e design, sem nunca descurar a vantagem competitiva de se possuir indústria e, mais do que isso, a capacidade de domínio do produto ou a sua engenharia, algo cada vez mais raro no Ocidente. O Sector Têxtil e Vestuário português continua a ser uma das atividades tradicionais mais relevantes do país, apesar de ter relativizado a sua importância, de forma continuada, ao longo das últimas duas décadas, resultado dos sucessivos 23

24 choques concorrenciais a que foi sujeito, de origem externa e interna, mas também da alteração do perfil económico e social do país, em especial com a afirmação do sector terciário em detrimento das atividades produtivas, que determinaram uma quase permanente reestruturação, reorganização e reinvenção para poder sobreviver. Ainda assim, o STV representa 10% das exportações totais do país, 8% do volume de negócios da indústria transformadora nacional e perto de 19% da mão-de-obra desta. 24

25 Exportações da ITV Portuguesa por tipo de produto Exportações por Categoria de produtos Milhões Peso Fios 124,6 3% Tecidos 514,5 11% Têxteis Técnicos 416,1 9% Vestuário de Malha 1.843,3 40% Vestuário de Tecido 938,7 20% Têxteis para o Lar 598,2 13% Outros 184,7 4% TOTAL 4.620,1 100% Fonte: INE. O vestuário de malha continua a ser a categoria de produtos com maior peso nas exportações da ITV nacional. Em 2014, Portugal exportou milhões de euros de vestuário em malha, os quais representavam cerca de 40% do total das exportações do setor. Segue-se o vestuário de tecido com um peso de 20% no total das exportações do setor, os têxteis para o lar representam cerca de 13% e as exportações de tecidos 11% do total das exportações desta indústria. Os têxteis técnicos, categoria em franco crescimento nos últimos anos, representam já 9% das exportações do setor. 25

26 Exportações da ITV Portuguesa por Destino Exportações da ITV por Destino Evol. Quota Milhões % % Mundo 4.288, ,1 7,7% 100,0% Intra União Europeia 3.525, ,0 8,1% 82,5% Extra União Europeia 763,0 810,1 6,2% 17,5% Espanha 1.316, ,7 10,7% 31,5% França 574,1 624,2 8,7% 13,5% Reino Unido 401,2 428,0 6,7% 9,3% Alemanha 382,3 398,9 4,3% 8,6% Estados Unidos 203,6 226,0 11,0% 4,9% Itália 197,5 199,1 0,8% 4,3% Países Baixos 144,1 151,0 4,8% 3,3% Bélgica 100,1 102,5 2,5% 2,2% Angola 89,3 97,4 9,1% 2,1% Suécia 80,7 93,5 15,8% 2,0% Dinamarca 72,4 74,7 3,2% 1,6% Áustria 51,1 55,2 8,0% 1,2% Tunísia 57,8 55,1-4,5% 1,2% Suíça 55,9 52,7-5,7% 1,1% Roménia 35,3 46,2 30,9% 1,0% República Checa 40,7 38,5-5,4% 0,8% China 37,4 34,2-8,5% 0,7% Canadá 31,7 32,1 1,2% 0,7% Polónia 24,6 29,8 20,9% 0,6% Marrocos 31,9 26,3-17,7% 0,6% Fonte: INE. 26

27 Portugal exporta para a União Europeia 83% do valor total das exportações da ITV, com Espanha, França, Reino Unido e Alemanha a liderarem o ranking dos principais destinos. Espanha é o principal destino com 32% de quota no total, tendo sido, em 2014, o destino que mais cresceu do ponto de vista absoluto, com um acréscimo de 141 milhões de euros de 2013 para 2014, equivalente a um crescimento de 11%. A França, segundo principal destino (com uma quota de 14%), foi igualmente o segundo destino que mais cresceu em 2014: um acréscimo de 51 milhões de euros e uma taxa de crescimento de 9%. Segue-se o Reino Unido, terceiro principal destino (quota de 9%) e terceiro país que mais cresceu em 2014, com um acréscimo de 27 milhões de euros e uma taxa de crescimento de 7%. Destinos que mais cresceram em 2014 Acréscimo 2013/2014 Evol. Milhões de Euros % Espanha 140,7 10,7% França 50,1 8,7% Reino Unido 26,8 6,7% Estados Unidos 22,4 11,0% Alemanha 16,6 4,3% Suécia 12,7 15,8% Roménia 10,9 30,9% Angola 8,1 9,1% Países Baixos 6,9 4,8% Austrália 6,0 62,2% Fonte: INE. 27

28 Distribuição Regional. A Importância da Região Norte. A concentração regional deste Sector reforçou-se à volta dos concelhos dos vales dos rios Ave, Cávado e Sousa, na Região Norte, onde são produzidos cerca de 87% de todos os produtos da fileira, o que lhe adensa as características de cluster natural, e sendo uma fonte de vantagens comparativas inequívocas. Centro 11% Área Metropolitana de Lisboa 2% Alentejo 0% Produção da ITV por Regiões* Norte 87% * Fonte: INE 28

29 Centro 11% Área Metropolitana de Lisboa 2% Alentejo 0% Volume de Negócios da ITV por Regiões* Norte 87% A Região Norte representa ainda 85% do emprego da Indústria Têxtil e Vestuário Portuguesa. Centro 12% Área Metropolitana de Lisboa 2% Alentejo 1% Emprego da ITV por Regiões* Norte 85% *Fonte: INE * 29

30 A Região Norte contribui com 79% das exportações de têxteis e vestuário. Área Metropolitana de Lisboa 6% Alentejo 2% Algarve 0% Exportações da ITV por Regiões* Centro 13% Norte 79% * Fonte: INE 30

31 Análise SWOT As análises SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) têm a capacidade ilustrativa de, numa forma sintética, expressarem um conjunto de ideias fortes sobre o Sector. Do lado das FORÇAS da ITV Portuguesa, e de acordo com o Plano Estratégico Têxtil 2020: Projetar o Desenvolvimento da Fileira Têxtil e Vestuário até 2020, da ATP, são reconhecidas as seguintes: Estabilidade política, social, económica e segurança, apesar da crise da dívida soberana que o país ainda atravessa; Custos de produção moderados, com especial relevo para os salários; Fileira têxtil e do vestuário bastante completa, estruturada e dinâmica; Tradição e know-how industrial têxtil, incluindo no desenvolvimento do produto; Made in Portugal acrescenta valor; Cultura business to business; Proximidade geográfica e cultural dos mercados; Flexibilidade, adaptabilidade e reatividade; Resiliência; Fileira apoiada em consistentes e desenvolvidos centros de competências Associação Sectorial, Universidades, Centro de Formação, Centro Tecnológico e Centro de Nanotecnologias; Recurso (ainda) a sistemas de incentivos de origem comunitária; 31

32 Aparecimento progressivo, embora discreto, de casos bem sucedidos de marcas e coleções nacionais com afirmação local e bom potencial de expansão internacional, apesar dos efeitos da crise. O referido Plano Estratégico aponta ainda algumas FRAQUEZAS que deverão ser melhoradas. Empresas descapitalizadas e fortemente dependentes do crédito bancário; Dimensão reduzida do mercado interno português, além de concentrado e deprimido; Produtividade ainda baixa em termos relativos; Baixa terciarização do tecido empresarial; Falta dimensão crítica às empresas; Dificuldades nos modelos B2C; Baixo nível educacional e de formação profissional adequada em todos os níveis da direção à produção. Fraco recurso das empresas à formação profissional. Relação fraca Universidade (investigação) e empresas; Fraco empreendedorismo; Feroz individualismo (problema cultural); Gestão empresarial ainda carente de maior profissionalismo com consequências no desempenho das organizações; Equipamentos e tecnologias a exigirem investimentos imediatos; Ausência de uma indústria de bens de equipamento e software para a fileira; Insuficiente nível de introdução de inovação, diferenciação e design nos produtos; Insuficiente penetração no mercado interno dos produtos e marcas nacionais; 32

33 Políticas Públicas desajustadas e ineficazes (legislação laboral, administração da justiça, política fiscal). No que respeita às OPORTUNIDADES, o Plano Estratégico da ATP elenca as seguintes: Acordos de Livre Comércio com os EUA e o Mercosul; Nichos de mercado para determinados tipos de produtos e mercados emergentes; Perda de competitividade por parte de alguns grandes players globais, com destaque para a China; Identidade europeia que beneficia todos os produtos realizados em território da U.E. european lifestyle; Têxteis técnicos e funcionais; Indústria de bens de equipamento e de software para o cluster; Crescimento da competitividade, pela via da produtividade, da formação profissional, da educação de base, do saneamento do Sector e da terciarização das empresas ganhar valor nas pontas da cadeia produtiva, ou seja na conceção e desenvolvimento do produto (compreende o design e a marca) e no controlo das redes de comercialização (marketing, merchandising e distribuição); Exploração de licenças; Reindustrialização, como política económica nacional e europeia, desde que efetiva; Especialização industrial; Empreendedorismo jovem no Sector. 33

34 Todavia, não devemos ignorar algumas AMEAÇAS: Dificuldades continuadas no acesso ao financiamento e o seu custo: impactos negativos na gestão corrente e, sobretudo, no investimento nas organizações; Custos da Energia e Ambientais, tendencialmente em ascensão, neutralizam todos os ganhos de competitividade obtidos noutros domínios. Em desvantagem face aos concorrentes europeus e Estados Unidos; Política comercial europeia ultraliberal e não orientada a proteger os interesses locais: não exigência da reciprocidade nas trocas, a começar pela equiparação tarifária; Concorrência dos parceiros europeus mais evoluídos na oferta de produtos mais atrativos em termos de marketing e moda (suportados por uma origem nacional marca forte) e concorrência dos novos países produtores agora em gamas de maior qualidade (China, Coreia do Sul e Turquia, p.e.); Concorrência de outros sectores e novas atividades na economia nacional, atraindo jovens para profissões diversas da Têxtil e do Vestuário; Concorrência acrescida das marcas e cadeias de lojas estrangeiras no mercado interno (fast fashion e low cost fashion); Declínio do Ensino Superior especializado e da formação profissional dirigida ao Sector; Estagnação do consumo nos mercados. 34

35 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO Num inquérito lançado às empresas do setor, no âmbito do Plano Estratégico Têxtil 2020: Projetar o Desenvolvimento da Fileira Têxtil e Vestuário até 2020, elaborado pela ATP, 77% das empresas identificaram como principal fator competitivo a qualidade do produto e/ou serviço, 64% identificaram a rapidez no fabrico e a entrega do produto, para o qual a questão da localização é fundamental, seguido do fator flexibilidade com 55% das empresas a concordarem ser um fator vital para o sucesso das empresas. O preço e, naturalmente a questão dos custos, surgiu no 4.º lugar, com 38% das empresas a defenderam a sua importância. O relacionamento com os clientes e a inovação são importantes para cerca de 28% das empresas. Já a questão da especialização e do domínio das tecnologias de fabrico foi identificada por cerca de 23% das empresas contactadas. A fidelização de clientes, a diversificação dos mercados e a internacionalização do negócio são os principais fatores positivos no desenvolvimento da atividade e a concorrência desleal e sem regras, os custos energéticos, o ambiente de incerteza, a qualificação dos trabalhadores e os custos ambientais representam os principais fatores negativos na exploração do negócio, segundo os empresários que participaram no inquérito. 35

36 Prioridades Estratégicas 1. Capitalização das Empresas. Financiamento da Atividade e do Financiamento do Investimento. 2. Gestão das Organizações. Melhorar a Governance das Empresas e Incrementar Resultados. Ganhar Dimensão Crítica através de Fusões e Aquisições e da Cooperação Empresarial. 3. Competitividade para ser Concorrencial à Escala Global. Custos dos Fatores de Produção: Energia e Ambiente. Internacionalização: Aumentar Quota Exportadora e Aumentar a Base Exportadora. 4. Inovação (Tecnológica e Não Tecnológica) Incremental: Diferenciação dos Produtos, pela Criatividade (Moda e Design) e pela Tecnologia (Materiais, Processos e Funcionalidades). 5. Valorização dos Recursos Humanos: Aumentar a Produtividade (Qualificação e Formação Profissional, Formação em Alta Direção). Diferenciar pela Intensidade do Serviço. Contrato Social de Longo Alcance. 6. Imagem e Visibilidade do Sector. Nacional: Valorização Institucional e Social. Internacional: Posicionar Superiormente na Cadeia de Valor a ITV portuguesa para ganhar quota, conquistar segmentos mais valorizados e exigentes, aumentar margens. 7. Empreendedorismo: Regenerar a fileira, com novas Empresas, novos Empreendedores e novos Profissionais. 36

37 A ITV Portuguesa será aquilo que o resultado das suas empresas bem sucedidas poderão alcançar, pendendo para uma dimensão mais comercial, mais próxima dos mercados de consumo e da distribuição, ou afirmando-se nas novas áreas de negócio, por via da inovação tecnológica e diversificação de atividades, ou, finalmente, resistindo no tradicional campo da indústria, ancorado agora na especialização de atividades e na intensidade do serviço. 3 CAMINHOS PARA ITV: Segundo o Plano Estratégico Têxtil 2020 (ATP), TRÊS caminhos estão abertos às empresas do Sector e estruturaram o seu perfil futuro: o caminho da MARCA e da DISTRIBUIÇÃO DE MODA, o caminho dos TÊXTEIS TÉCNICOS E FUNCIONAIS e o caminho do PRIVATE LABEL, quer especializado, orientado ao produto, ou fortemente assistido pelo serviço e orientado ao cliente. A matriz comum a estas três vias é a ascensão na cadeia de valor do produto e a diferenciação pelo intangível (seja a moda, a marca, a tecnologia ou o serviço), de maneira a permitir às empresas escapar à concorrência massificada e destrutiva dos países do Oriente, a permanecerem competitivas em nichos de mercado e em produtos de maior valor acrescentado, assegurando margens suficientes para permanecerem neste novo e possível paradigma. MARCA A primeira das vias, a que aposta na moda na ótica de criação de coleções próprias, distinguidas por marcas e relacionadas com o consumidor final através da constituição de redes de retalho, é talvez a mais difícil, a mais complexa, a que exige mais recursos materiais e humanos e a capacidade de esperar por resultados, os quais normalmente chegam sempre tarde e arduamente. Não é pois uma via aberta a muitos, até porque o mercado interno, onde normalmente se testam conceitos e projetos, é pequeno, pobre, saturado de oferta e com dificuldades de pagamentos, emergindo penosamente de uma crise de consumo interno como não 37

38 há memória e que levará longo tempo até atingir os níveis de Isto não significa que seja impossível de realizar, pois existem muitos e bons exemplos que vingaram e sobreviveram - e que poderão, mais tarde ou mais cedo, constituir casos de sucesso, mesmo a nível internacional. Importa ainda reforçar que o lançamento e gestão de uma marca, bem como o estabelecimento de uma rede de retalho, são negócios totalmente distintos do têxtil industrial, e a sua separação, conceptual e operacional, é condição absoluta de sucesso, pois a maior parte das vezes quando um procura escorar o outro, normalmente determina que, a prazo, caiam os dois. É de admitir que, até 2020, cerca de 25% das empresas do Sector e igual percentagem do volume de negócios - possa estar afeto às marcas e à distribuição de coleções de moda, no mercado interno e nos mercados internacionais. Esclareçase aqui, de igual forma, que poderemos englobar neste domínio, marcas licenciadas ou marcas adquiridas nos mercados locais onde se pretende ter presença, não se esgotando nas marcas integralmente made in Portugal esta opção. TECNOLOGIA A segunda das vias será integrada e percorrida por um conjunto de empresas que optará pelo incremento da diversificação industrial no Sector, abandonando, no todo ou em parte, os produtos clássicos e desenvolvendo competências no domínio dos têxteis técnicos e funcionais, assentes na investigação e desenvolvimento e na inovação tecnológica. Trata-se aqui mais do que uma evolução, uma verdadeira rutura, não tanto no pensamento industrial, mas especialmente na atitude face a matérias praticamente originais, como a investigação e a inovação, nos produtos e nos processos, pois serão estas os drivers do negócio e a garantia da sua sobrevivência. 38

39 Portugal tem mais de 200 empresas a trabalhar neste subsector, algumas com apreciável êxito, não apenas no país como no estrangeiro, mas, apesar de identificarmos as duas maiores empresas do STV português como pertencendo aos têxteis técnicos (fornecedores da indústria automóvel), o volume de negócios consolidado desse grupo situa-se nos 20% do total da ITV, quando, por exemplo, em países como a Alemanha e a Finlândia, ele atinge os 40 e 70%, respetivamente. Estes números dão-nos a dimensão do potencial que pode ser alcançado, apesar de, também este subsector não ser para todos, pois é extremamente exigente em termos de recursos financeiros (capital intensivo) e recursos humanos (alta qualificação dos quadros técnicos), além de que a transição de um Têxtil tradicional para um Têxtil Técnico e Funcional nem sempre é evidente e nem sempre é bem-sucedido, normalmente por dificuldades de organização empresarial e gestão adequada a este negócio em tudo distinto. Contudo, um elemento positivo nesta consideração é o crescimento exponencial que os têxteis técnicos e funcionais evidenciaram nos últimos anos em Portugal, fruto de uma forte interação com outros sectores de atividade em desenvolvimento no país, como o automóvel, a construção civil ou a saúde, sem esquecer a especialização de algumas empresas do Sector em áreas como o desporto, os equipamentos de proteção individual ou o vestuário corporativo, onde as aplicações são cada vez maiores e mais sofisticadas. Para a abordagem completa desta questão não é igualmente despiciendo o facto de o CITEVE Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário, ter desenvolvido historicamente grandes competências neste domínio, recentemente complementado pelo CENTI (Nanotecnologia e Novos Materiais), que criou com as Universidades do Minho, Porto e Aveiro, o que permite um apoio altamente profissional e valorizado às organizações e investidores que decidem enveredar por esta área, bem como à promoção interna e externa destes novos negócios estar a ser realizada, de forma continuada e sistemática, através das ações da ASM - Associação Selectiva Moda, entidade participada da ATP, quer em Portugal, nas duas edições anuais do Salão Modtissimo, onde tem um espaço dedicado, e na presenças organizadas nos Salões Internacionais de plataforma, como o Techtextil, 39

40 em Frankfurt ou a ISPO, em Munique, entre muitos outros especializados em que marca presença regular. A redefinição daquilo que será a rede nacional de polos de competitividade e clusters, nos quais o Têxtil, o Vestuário e a Moda, se encontram determinados a encontrar uma maior afirmação e dinâmica, mais centradas na sua natureza e interesses específicos, poderão permitir condições mais favoráveis para que este subsector possa vir a ter um crescimento exponencial no futuro e poder mesmo vir a atingir em 2020 uma quota próxima dos 30 % no volume de negócios gerado pela totalidade do Sector Têxtil e Vestuário Português. PRIVATE LABEL Finalmente, a terceira das vias, podendo parecer residual face às duas anteriores, não o é de facto, pois representa a consciência clara e o realismo da análise efetuada sobre o STV Português e a sua capacidade e horizonte de evolução. A maioria do STV continuará a fazer private label, embora ajustada a um novo paradigma, no qual não cabem empresas que simplesmente situam os seus pretensos argumentos competitivos na venda de capacidades produtivas e no custo-minuto, na tradicional convicção de que fazer bem e produzir bem é suficiente para conquistar clientes e mercados. As empresas que continuarem a trabalhar em private label passarão oferecer soluções ou serviços, nos quais está compreendida a capacidade industrial, entre muitas outras competências, como o desenvolvimento de produto incluindo aqui a moda, a coleção estruturada, a logística e o sourcing internacional. A especialização é fundamental para subir na cadeia de valor, pois estas empresas passarão a ser reconhecidas pela sua valência e pela diferenciação face à concorrência e não pelos metros quadrados produzidos, quilos tingidos ou peças confecionadas. 40

41 Os clientes internacionais, são normalmente empresas de raiz comercial, cujo core business se centra na sua marca e na sua rede de distribuição, e cada vez mais evitam envolver-se em outras atividades ou competências que os desfoquem do seu negócio e de onde efetivamente ganham dinheiro. A externalização dessas funções em parceria com empresas especializadas em atividades de private label enriquecidas com serviços diversos e oferecendo valor, é pois uma oportunidade a não desperdiçar, pois haverá sempre quem esteja disposto a pagar por isso. E pode-se incluir aqui a capacidade dessas empresas poderem produzir fora, em atividades de sourcing internacional, que não se esgota na deslocalização industrial para países terceiros, mas especialmente na capacidade de gerir a colocação de encomendas nesses locais, providenciando um serviço de valor ao cliente e assegurando a este um mix de produtos, feitos na empresa e feitos fora dela, consoante as necessidades e a vantagem económica, de modo a segurar sempre o cliente, independentemente do preço de produção estar ao alcance das respetivas linhas industriais ou não. O importante é que o centro de decisão permaneça na empresa, os serviços e produtos de maior valor acrescentado, as margens do negócio e, sobretudo, a conformação e o controlo da relação comercial, transformada em parceria, onde cliente e fornecedor estão unidos pelas vantagens comuns e, por isso, se relacionam de igual para igual, porque ambos dependem um do outro para o resultado. Não será arriscado prever que, em 2020, ainda encontremos entre 45 a 50% das empresas do Sector a trabalhar neste subsector, cada vez mais lógica que atrás se referiu. 41

42 Além disso, manter uma forte componente industrial no domínio do private label, focalizada quer no produto quer no cliente, é garantia de conservar a espinha dorsal da fileira têxtil e vestuário, articulada e dinâmica, ela própria também uma vantagem competitiva para todo o Sector no futuro e um elemento de forte de atratividade para qualquer cliente, sejam eles internos, nos domínios das marcas nacionais e dos têxteis técnicos, sejam eles externos, de modo a que se continue a considerar Portugal na rota internacional dos negócios da têxtil e do vestuário, obviamente já não por força da produção extensiva e do baixo preço, mas por via do serviço de valor acrescentado, sustentado na indústria, moderna, desenvolvida e profissionalmente gerida. 42

43 A INDÚSTRIA TÊXTIL E VESTUÁRIO NA GALIZA Principais Indicadores Segundo dados do IGE Instituto Galego de Estatística, em 2014, existiam empresas do Setor Têxtil e Vestuário na Galiza, responsáveis pelo emprego de cerca de 13 mil trabalhadores, pela produção no valor de milhões de euros. As exportações de Têxteis e Vestuário da Galiza ascenderam a milhões de euros em 2014 e as importações a milhões de euros. Este setor representa cerca de 21% das exportações da Galiza. Exportações da Galiza (milhões ) Peso 14 Têxteis e Vestuário 3.796, ,6 100% 50 Artigos de seda 6,2 4,0 0% 51 Artigos de lã 30,5 26,6 1% 52 Artigos de algodão 100,6 102,9 3% 53 Outras fibras têxteis vegetais 6,6 8,4 0% 54 Filamentos sintéticos ou artificiais 82,5 96,1 2% 55 Fibras sintéticas ou artificiais descontínuas 61,5 83,5 2% 56 Pastas, feltros, artigos de cordoaria, etc 20,3 14,2 0% 57 Tapetes e outros revestimentos 5,6 4,5 0% 58 Tecidos especiais e tufados 12,3 8,6 0% 59 Tecidos impregnados, etc 9,3 8,6 0% 60 Tecidos de malha 16,6 21,9 1% 61 Vestuário e acessórios de malha 1.167, ,8 30% 62 Vestuário e acessórios exceto de malha 2.233, ,9 59% 63 Outros artigos têxteis confecionados 43,0 45,5 1% Fonte: IGE 43

44 O vestuário tem um peso preponderante na balança comercial representando 59% das exportações e 74% das importações do setor. Importações da Galiza (milhões ) Peso 14 Têxteis e Vestuário 1.910, ,0 100% 50 Artigos de seda 2,2 2,7 0% 51 Artigos de lã 37,8 36,8 2% 52 Artigos de algodão 84,4 88,5 5% 53 Outras fibras têxteis vegetais 8,5 6,1 0% 54 Filamentos sintéticos ou artificiais 85,1 109,1 6% 55 Fibras sintéticas ou artificiais descontínuas 70,8 82,0 4% 56 Pastas, feltros, artigos de cordoaria, etc 16,8 18,3 1% 57 Tapetes e outros revestimentos 9,0 8,0 0% 58 Tecidos especiais e tufados 7,5 9,1 0% 59 Tecidos impregnados, etc 8,8 9,6 1% 60 Tecidos de malha 32,3 39,7 2% 61 Vestuário e acessórios de malha 541,0 625,0 33% 62 Vestuário e acessórios exceto de malha 930,0 788,8 41% 63 Outros artigos têxteis confecionados 76,3 78,5 4% Fonte: IGE A grande maioria das empresas galegas deste setor são empresas de confeção. Galiza: Empresas em atividade (n.º) Peso Industria têxtil % 13.1 Preparação e fiação de fibras têxteis % 13.2 Fabricação de tecidos % 13.3 Acabamento de têxteis % 13.9 Fabricação doutros produtos têxteis % 14 Confeção de roupa de vestir % 14.1 Confeção de roupa de vestir, exceto pele % 14.2 Fabricação de artigos de pele % 14.3 Confeção de vestuário de malha % TOTAL % Fonte: IGE 44

45 mil euros De acordo com informação disponibilizada pela COINTEGA, a Galiza tem vindo a reforçar a sua posição de liderança enquanto região, no que respeita à exportação de vestuário, seguida pela Catalunha, sendo estas as duas grandes protagonistas deste setor, aumentando todos os anos a sua distância faze às restantes regiões espanholas , Evolução das exportações vestuário por Comunidade Autónoma , , , , , , , 0, Galicia Cataluña Aragón Madrid (Comunidad de) Andalucía Fonte: Elaboração COINTEGA com dados DataComex (Secretaria de Estado de Comercio) e Estacom Os principais mercados de destino continuam a ser os países vizinhos de Espanha, seguindo-se um estratégia de consolidação por via da penetração em mercados maduros e, por outro lado, elevadas taxas de crescimento, embora com volume 45

46 Mil euros ainda reduzidos, em novos mercados emergentes, como é o caso da China, Turquia e Hungria Destinos das exportações T&V da Galiza FR IT PT GB DE GR PL BE NL MX RO AT US CN RU AE JP TR IE MA SE Fonte: Elaboração COINTEGA com dados Estacom Através da análise da evolução mensal das exportações, segundo a COINTEGA, é possível extrair algumas conclusões quanto aos canais utilizados e aos modelos de negócio. Neste sentido, convém lembrar que tradicionalmente as empresas expediam e faturavam suas exportações antes do início de cada temporada, de maneira que existia uma forte sazonalidade e concentração de exportação nos meses de agosto e setembro, para entregas do produto outono-inverno, e nos meses de fevereiro e março, para entregas de produto de primavera-verão. 46

47 Mil euros No entanto, como se pode observar no gráfico seguinte, a sazonalidade tem vindo a ficar consideravelmente atenuada, evidenciando duas realidades: por um lado, o controlo sobre a cadeia de valor e, por outro, a existência de uma alta rotatividade no produto Evolução das exportações mensais Fonte: Elaboração COINTEGA com dados DataComex (Secretaria de Estado de Comercio) e Estacom Quanto aos canais de distribuição, uma maior aposta nas lojas próprias ou franchisadas poderão explicar este comportamento tão regular nas exportações. Quanto aos meios de transporte mais utilizados nas exportações, verifica-se o predomínio da via rodoviária e aérea, por serem os meios que permitem uma maior rapidez e flexibilidade de logística. 47

48 Meio de Transporte Rodoviário Aéreo Marítimo Ferroviario Postal Otros GALICIA 63% 34% 1% 0% 0% 2% CORUÑA 63% 33% 1% 0% 0% 2% LUGO 100% 0% 0% 0% 0% 0% ORENSE 26% 73% 1% 0% 0% 0% PONTEVEDRA 69% 17% 14% 0% 0% 0% No que respeito à origem das importações da Galiza, consolida-se uma tendência de produção de proximidade, que configura uma espécie de cinto industrial do sector têxtil-moda galego, com especial relevância para Portugal, país onde as compras mais têm aumentado. Este efeito também supõe um retorno de produção à Galiza, especialmente em fábricas que foram sabendo modernizar-se e ganhar dimensão crítica para serem mais eficientes. Destacam ainda as quedas sofridas nas importações provenientes de Marrocos e Tunísia, que contrastam com o crescimento registado pelas importações com origem na Roménia. Relativamente aos mercados asiáticos, a China sofreu um certo abrandamento, a as importações com origem na Índia estão em queda, a contrastar com o crescimento verificado no Paquistão e Camboja, novos polos de produção e fornecimento. Há ainda a ter em conta que alguns produtos realizados em locais mais distantes, são diretamente enviados para os mercados onde serão postos à venda, sendo esta uma tendência geral das empresas com lojas próprias ou franchisadas, independentemente do seu tamanho. 48

49 Mil euros Origem Importações T&V da Galiza Fonte: Elaboração COINTEGA com dados Estacom A principal característica do setor têxtil - confeção - moda da Galiza é o seu dinamismo e adaptação contínua às mudanças, derivando em diferentes modelos de negócios. DESIGN Os designers e marcas de design ocupam várias posições no sistema da moda espanhol. A maior parte deles inclui na sua atividade a fabricação do produto e o controlo da sua distribuição. Outros combinam o design apenas com a fabricação 49

50 ou apenas com a distribuição; um terceiro grupo, relativamente pequeno, realiza exclusivamente o design dos produtos. Na análise realizada pela Escola de Negócios EOI, a pedido do Ministério da Indústria, em 2008, era possível distinguir-se algumas tendências com impacto nesta atividade em Espanha. Entre elas, cumpre destacar-se as seguintes: Atualmente, a integração mais frequente no setor da moda realiza-se com o segmento de distribuição. Observa-se um fluxo crescente de designers que procuram focar a sua atividade exclusivamente no design. A incorporação do design de moda nos setores industriais relacionados com a moda e nos setores de distribuição é cada vez maior. RETALHO Segundo o Plano Têxtil Moda Visão 2020, da COINTEGA, este grupo engloba empresas cuja atividade principal é o retalho subordinando o resto das atividades à eficiência desta. Para além da grande multinacional - INDITEX - que não se pode comparar com o resto do sector, existem outros grupos que, com o passar do tempo, conseguiram adquirir uma dimensão considerável, atuando como marcas de empresas ou adquirindo novas marcas e introduzindo-as na sua cadeia de lojas. A globalização do setor, tanto no que respeita às possibilidades de aprovisionamento como no surgimento de novos mercados, pressupõe oportunidades que poderão ser aproveitadas por empresas líderes. No entanto, as empresas de média dimensão também conseguiram melhorar a sua eficiência na cadeia de fornecimento, permitindo-lhes manter boas margens e preços competitivos. 50

51 As empresas de média dimensão têm necessariamente de estar presentes em mercados externos, desafio que não é fácil de superar, mas é essencial para sobreviver. Dificilmente conseguirão manter-se concentradas em um ou poucos mercados, já que a dimensão mínima para ser-se eficiente será cada vez maior. MARCAS Este grupo é formado por empresas que possuem uma ou várias marcas e as comercializam, fundamentalmente através do canal multimarca, seja através de lojas independentes, grandes retalhistas ou department stores. Nos últimos anos as empresas sofreram um processo de especialização, abandonando as atividades que apenas traziam valor e concentrando-se naquelas que lhes permitiam ser mais competitivas (como por exemplo, a comunicação com o mercado, a configuração de uma identidade de marca, etc.). Simultaneamente, reconfiguraram as suas estruturas: a maior parte dos custos passaram a ser variáveis, o que lhes permite adaptar-se melhor às circunstâncias adversas do mercado. Apesar de tudo, há um aspeto que continua a ser um potencial obstáctulo: a exportação. Por outro lado, um dos fenómenos dos últimos anos foi o aparecimento de marcas de fast fashion. As pesquisas demonstraram que graças à variedade dos meios de comunicação e redes sociais em constante evolução, os gostos dos consumidores mudam com maior rapidez e são mais imprevisíveis que nunca. 51

52 As empresas com maior sucesso do segmento da fast fashion foram demonstrando que a rapidez e a resposta às mudanças dos gostos, em contínua evolução, dos jovens compradores que seguem as últimas tendências, são essenciais para o sucesso no mercado. E que é possível e imperativo, fazê-lo a um custo absolutamente mínimo. FABRICANTES Este grupo de empresas é constituído por: Empresas com um certo tamanho; que apostaram na tecnologia ou na especialização num certo tipo de produção. Empresas com marca ou distribuição própria, que mantém uma parte da produção internamente, porque acreditam que essas atividades são fundamentais ou para manter as suas vantagens no mercado, ou para manter a sua atividade. Pequenas empresas de confeção. As que têm mais hipóteses de sobreviver serão aquelas que continuamente adaptam as suas estruturas e linhas de negócio aos requisitos e exigências dos seus clientes, convertendo-se em auxiliares dos mesmos, sincronizadas e integradas nas estruturas deles. Este grupo inclui pequenas empresas, bem como fábricas de maior dimensão dedicadas ao regime de subcontratação, assim como unidades produtivas integradas verticalmente e ao serviço de empresas distribuidoras e de marcas. SERVIÇOS AUXILIARES Ainda segundo o Plano Têxtil Moda Visão 2020, da COINTEGA, a reconfiguração contínua do setor está a favorecer o aparecimento de novas classes de serviços, desde fotógrafos, a agências de modelos, passando por serviços na área da publicidade, transporte, logística, software, formação, consultoria, etc. 52

53 Não podemos igualmente esquecer o papel desempenhado por associações, centro de formação, de tecnologia, de I&D, Universidades, etc. Segundo a COINTEGA, a cadeia de valor do setor têxtil, confeção e moda, na Galiza, terá a seguinte representação gráfica: O DESENHO é a fase que engloba atividades como a realização de esboços, seleção de tecidos, etc. O resultado final desta fase consiste na obtenção de amostras. A MODELAÇÃO inclui para além da execução dos moldes, a realização de escalas de medidas e planificação do corte dos tecidos. Uma grade maioria das empresas com desenho realiza ainda internamente estas fases. 53

54 A CONFEÇÃO é realizada na sua maioria em oficinas especializadas que não possuem nenhum processo de design próprio, sendo subcontratadas por outras empresas. A EMBALAGEM e o CONTROLE DE QUALIDADE são as fases que sucedem e que, nos últimos anos, evoluíram muito sobretudo devido aos avanços tecnológicos. O aumento das exigências de qualidade por parte dos clientes obrigou a um acompanhamento constante da qualidade do produto nas diferentes etapas, em todas as fases de subcontratação, antes da entrega ao cliente e antes da colocação em venda. Do ponto de vista do EQUIPAMENTO, consideram-se, entre outros, as tecnologias de informação e comunicação (TIC), mobiliário, maquinaria industrial, instalações industriais. Nos FORNECIMENTOS COMPLEMENTARES poderão considerar-se as empresas auxiliares especializadas em áreas tão diversas como transportes, logística, consultoria, informática, agências de marketing, software, publicidade, fotógrafos, agência de modelos, bem como outras empresas de serviços, como os bancos ou as seguradoras. Em outros AGENTES encontramos associações representativas, universidades e outros centros de formação com oferta específica orientada ao setor, sistema financeiro, administração pública, sindicatos, camara de comércio feiras e revistas especializadas. Fatores competitivos de sucesso Segundo o Plano Têxtil Moda Visão 2020, da COINTEGA, para ser sustentável, a largo prazo, a indústria da Galiza tem de se concentrar nas fases do processo que contribuem para um maior valor acrescentado, como o design, as marcas, os acabamentos, o serviço ao cliente. Dentro do sector têxtil-confeção, a gestão de existências, o outsourcing logístico e a gestão administrativa das compras são aspetos suscetíveis de melhoria por parte 54

55 das empresas. É indispensável avançar com estratégias de otimização de stocks e logística em geral, incorporando tecnologias de informação e comunicação nestes processos. No que respeita às forças do setor têxtil galego, a COINTEGA destaca a longa tradição e a experiência das empresas de confeção têxtil, bem como a existência de uma ampla indústria auxiliar. Adicionalmente são estruturas flexíveis, com uma alta capacidade de adaptação às mudanças do mercado. Esta flexibilidade é resultado da externalização de certas fases do processo de fabricação. Nos anos oitenta, o setor têxtil galego encetou um processo de transformação nos modelos de negócio, com uma mudança no enfoque da produção para a marca e distribuição. Basicamente trata-se de um tecido empresarial constituído por algumas grandes empresas, uma das quais, a INDITEX, convertida em líder mundial e com influência na forma de reconfiguração do setor, pois na estratégia deste grupo é bastante importante a produção de proximidade. Em geral, o resto do setor, percebeu em maior ou menor grau, a necessidade de se adaptar à nova realidade global, tentando especializar-se na gestão da marca e da distribuição. Felizmente foi-se consolidando um grande grupo de empresas em atividades complementares, que prestam serviços de apoio em diferentes campos: logístico, aprovisionamento, gestão, marketing, etc. Outra vantagem competitiva importante é a proximidade a Portugal e a complementaridade com seu tecido industrial. 55

56 VANTAGENS COMPETITIVAS DO SECTOR TÊXTIL CONFEÇÃO - MODA NA GALIZA: Existência de uma cultura empresarial que entendeu que a viabilidade dos negócios está na gestão da marca e controlo da distribuição; Existência de uma elite de quadros gestores e técnicos especialistas de nível internacional, que desenvolveram as suas carreiras em grandes empresas; Especialistas setoriais localizados nos centros de formação, empresas de serviços e em outras atividades complementares; Potencialidade para o aparecimento de novas empresas inovadoras a partir de todo o conhecimento existente; Conhecimento, experiência e cultura setorial acumulada e fortemente enraizada, Existência de uma grande empresa que garante dimensão ao setor na Galiza; Existência de uma ampla cintura industrial de proximidade, integrada com as necessidades do setor galego; Proximidade com Portugal e complementaridade com o seu tecido empresarial; Grande capacidade de resistência por parte de muitas empresas, que tem sobrevivido com sucesso a diversas crises; Empresas com uma antiguidade média-alta no mercado; Lançamento de estratégias de otimização de stocks, picking e custos logísticos em geral; 56

57 Inclinação para o empreendimento de estratégias de diferenciação de produto para melhorar as suas margens de lucro; Oportunidade para investir em tecnologias altamente eficientes de aplicação no sector; Oportunidades de cooperação para redução significativa de custos em compras e gastos não estratégicos; Aproveitamento por parte das empresas das potencialidades de volume de compras de produtos têxteis e de confeção por parte das administrações públicas; Ampla oferta de empresas de serviços de apoio às empresas têxteis, algumas delas com altos níveis de especialização e qualidade; Empresas a concentrarem-se nas fases do processo produtivo que geram maior valor acrescentado; Introdução paulatina, por parte das empresas, de melhorias no produto, em processos logísticos, e um maior esforço exportador; Excelente imagem do sector têxtil galego, identificado com atributos de marca, qualidade, design, tecnologia, inovação; Elevado prestígio de algumas empresas que pode gerar um efeito pull; Tendência, entre os fabricantes, para a comercialização direta dos seus produtos através de lojas próprias ou franchisadas, etc.; Aumento progressivo do mercado de alta-costura; Encurtamento do ciclo de vida dos produtos; 57

58 Crescente nível de rendimento entre a população e maior preocupação pelo fator moda nos últimos anos, que se traduz num maior consumo de artigos de moda; Procura por novas oportunidades e alternativas de negócio no setor que permitem ocupar a capacidade produtiva excedente aproveitando o know how tecnológico; Gestão de existências, outsourcing logístico e gestão administrativa das compras, são aspetos suscetíveis de melhoria por parte das empresas; Tendência para a customização dos serviços comerciais de maneira a ajudar o cliente a descobrir os produtos que lhe podem ser mais interessantes; Tendência para procurar novos nichos de mercado. Prioridades Estratégicas A missão do Plano Estratégico do Setor Têxtil Confeção na Galiza, através da identificação dos seus eixos estratégicos, objetivos e linhas de atuação, deverá ter como objetivo a promoção da evolução do setor têxtil galego para um sector com capacidade de inovar, de forma contínua, em produtos e processos, conseguindo desta forma, adaptar-se às mudanças de tendências nos mercados da moda e conseguindo, assim, consolidar a sua posição tanto no mercado espanhol como nos mercados internacionais, favorecendo o fortalecimento do tecido empresarial na Galiza e o desenvolvimento do território galego. 58

59 Eixos Prioritários do Plano Estratégico do Setor Têxtil Confeção na Galiza: Estruturação sectorial Cluster Moda COINTEGA Visão estratégica partilhada Inovação e competitividade Garantia do ciclo de financiamento do ativo circulante e reestruturação da dívida Reconversão e requalificação do capital humano Valorização dos recursos e conhecimento existente no meio envolvente Consolidação do mercado interno Criação de novas empresas e incorporação de talento nas organizações Incorporação das TIC na estandardização dos processos e no favorecimento da inter relação das empresas horizontal e verticalmente: B2B, B2C Espaço de cooperação setorial e territorial Internacionalização Capacidade empresarial e organizativa Integração do comércio independente na gestão Reforço da comercialização. Apoio a projetos individuais e conjuntos de conceitos de pontos de venda Reforço da imagem das marcas galegas Coordenação das ações impulsionadas pelos diversos agentes em matéria de internacionalização Reforço do capital humano para a internacionalização Portal de conteúdos, divulgação e observatório setorial 59

60 SINERGIAS NA CADEIA DE VALOR SECTORIAL DO CLUSTER TRANSFRONTEIRIÇO Embora existam semelhanças na origem dos sectores têxtil e vestuário das duas regiões é de salientar o facto da indústria portuguesa se ter desenvolvido mais cedo, assumindo um carácter industrial de base, com uma forte presença do sector têxtil. Conforme identificado na Análise da Indústria Têxtil e Vestuário no Norte de Portugal e Galiza: Consolidação da Complementaridade do Cluster Transfronteiriço na Euroregião (2009), quando a indústria têxtil e vestuário arranca efetivamente na Galiza, já em finais do século XX, especializa-se no sector do vestuário. Esta especialização, associada à forte promoção da moda galega e à possibilidade de aceder de forma privilegiada ao vasto mercado espanhol, propiciam o desenvolvimento do sector de vestuário na Galiza. Esta evolução potenciou a focalização nas atividades do retalho, inibindo o desenvolvimento ao nível da indústria têxtil de base e, consequentemente, restringindo a relevância dos têxteis técnicos na indústria da região, ou mesmo do têxtil lar, sectores onde a indústria do Norte de Portugal é assumidamente mais expressiva. Outro aspeto apontado como importante no desenvolvimento favorável do sector de vestuário na Galiza, prende-se com o menor número de trabalhadores que as empresas da região empregam, o que, aliado ao menor número de empresas verticalmente integradas, limita os custos e a dependência associados às atividades a montante. Efetivamente, a focalização nas atividades a jusante, associadas a valores acrescentados superiores, a independência em relação a atividades a montante e os menores custos fixos, são fatores que beneficiam a flexibilidade organizacional, tão necessária em períodos de abrandamento económico. 60

61 Os quadros seguintes apresentam a evolução do volume de produção, do número de empresas e trabalhadores da indústria têxtil e vestuário nas duas regiões. Com base nos dados apresentados, é notório o valor significativamente superior do valor de produção, emprego e número de empresas na região Norte de Portugal, face ao valor de produção na Galiza. Produção da ITV (milhões de euros) (p) Galiza Região Norte nd (p) provisório. Fonte: INE e IGE. Nd não disponível. Número de empresas Indústria Têxtil Indústria de Vestuário Fonte: EUROSTAT Galiza Norte de Portugal Galiza Norte de Portugal Número de trabalhadores Indústria Têxtil Indústria de Vestuário Fonte: EUROSTAT Galiza Norte de Portugal Galiza Norte de Portugal Por outro lado, a Galiza exporta cerca de 3 vezes do que o que produz, enquanto as exportações da Região Norte representam um pouco mais de 60% da sua produção têxtil e vestuário. 61

62 Em milhões euros Produção vs Exportações da ITV Produção (milhões ) Norte de Portugal Exportações (milhões ) Exportações vs Produção 61% 63% 64% 63% Produção (milhões ) Galiza Exportações (milhões ) Exportações vs Produção 252% 250% 291% 297% Fonte: INE e IGE Portugal tem vindo a ser um dos fornecedores de confiança da Galiza e, mesmo após a globalização do comércio mundial e o aparecimento de novos players, não deixou de ir conquistando o seu lugar, tendo nos últimos 10 anos, mais do que duplicado o valor dos produtos vendidos no outro lado da fronteira. Galiza: Importações de Têxteis e Vestuário Totais Portugal Portugal tem uma quota de 31% no total das importações de têxteis e vestuário da Galiza e embora os produtos com maior peso no total das importações provenientes de Portugal sejam os artigos de vestuário e acessórios em malha e em 62

63 tecido, 56% do total das importações galegas de outros artigos têxteis confecionados, entre os quais, se incluem os têxteis para o lar, têm origem portuguesa. 52% das importações da Galiza de vestuário e acessórios em malha são de origem lusa. Portugal é ainda importante fornecedor de tecidos de malha (quota de 39%), tapetes e outros revestimentos têxteis (quota de 36%) e pastas, feltros e artigos de cordoaria (com uma quota de 34%). Importações da Galiza 2014 de Portugal Por Tipo de Produto Peso de Portugal no Total das Importações (em milhões de euros) % % Artigos de seda 0,0 0% 2% Artigos de lã 1,7 0% 5% Artigos de algodão 15,0 3% 17% Outras fibras têxteis vegetais 0,0 0% 0% Filamentos sintéticos ou artificiais 5,8 1% 5% Fibras sintéticas ou artificiais descontínuas 19,3 3% 24% Pastas, feltros, artigos de cordoaria, etc 6,3 1% 34% Tapetes e outros revestimentos 2,8 0% 36% Tecidos especiais e tufados 1,9 0% 21% Tecidos impregnados, etc 1,4 0% 15% Tecidos de malha 15,6 3% 39% Vestuário e acessórios de malha 328,1 56% 52% Vestuário e acessórios exceto de malha 143,5 25% 18% Outros artigos têxteis confecionados 43,9 8% 56% TOTAL ITV 585,4 100% 31% Fonte: IGE 63

64 Algumas conclusões sobre as sinergias na cadeia de valor do setor têxtil do cluster transfronteiriço: Sinergias nos recursos: Existência na cadeia de valor de alguns elementos de transferência de conhecimento e de valor acrescentado que se desenvolveu mais na Região Norte de Portugal do que na Galiza, especializadas nas diferentes necessidades setoriais, como sejam, Universidades (com formação diversa, desde áreas mais tecnológicas e de engenharia de produto, a áreas mais imateriais, como a moda, o design, a marca e marketing), vários centros de formação especializados, centros tecnológicos, de I&D e de nanotecnologia, facilitando o acesso a recursos humanos e conhecimentos diversificados em toda a fileira têxtil, confeção e moda; Na Galiza, a oferta na formação superior é mais focada ao nível da gestão e das componentes imateriais, beneficiando ainda das competências altamente especializadas adquiridas no seio das grandes empresas; não existindo centros tecnológicos ou de I&D especializados no setor; maior dificuldade no acesso a recursos humanos e do conhecimento em áreas com pendor mais industrial; O acesso a recursos como tecnologias de informação e comunicação não aparenta ser um obstáculo para nenhuma das regiões; 64

65 Sinergias nos processos/ atividades: Na Galiza, o setor têxtil está focado no design, retalho e consumidor final, com modelos de negócio muito convergentes nesta área; Do lado português da fronteira, com uma fileira completamente integrada, registou-se um ganho de espaço precisamente no desenvolvimento de produto e no design e, se no passado, Portugal era reconhecido pela engenharia de produto, recentemente tem vindo a ganhar espaço, a ser reconhecido e procurado pelo desenvolvimento do produto, do design, da criatividade e da logística, integrando cada vez mais serviços na sua oferta de valor ao cliente. Com uma forte tradição industrial, Portugal tem vindo a assistir ao nascimento de modelos de negócios muito diferentes do tradicional, em áreas diversas, incluindo o retalho cruzado com o comércio eletrónico, alguns deles com sucesso internacional. É o caso, por exemplo, da Farfetch, uma empresa inovadora de comércio eletrónico de vestuário de alta-gama. A cadeia de calor setorial do cluster transfronteiriço poderá ter a seguinte representação gráfica: 65

66 PROJETOS CONJUNTOS DE PROMOÇÃO DO CLUSTER TRANSFRONTEIRIÇO NO SECTOR TÊXTIL O Cluster Transfronteiriço no Sector Têxtil tem vindo a beneficiar da realização de várias iniciativas promovidas por entidades públicas e privadas, as quais têm como principal objetivo melhorar a competitividade das empresas deste setor nesta euro-região. Destas iniciativas, cumpre-nos destacar o desenvolvimento de alguns projetos, como o EUROclusTEX e Euroclustex Plus. Projecto EUROclusTEX O Projecto EUROclusTEX ( ) previa a consolidação de um Cluster Transfronteiriço para a Fileira Têxtil - Vestuário -Moda das Regiões Norte em Portugal e da Galiza em Espanha, tendo surgido de uma parceria entre a ATP Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, a AIPCLOP- Asociación de Industrias de Punto y Confección (Lugo, Orense y Pontevedra) e o CITEVE -Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário. A iniciativa encontrava-se alicerçada num importante capital de cooperação acumulado pelas empresas e agentes económicos das duas regiões fronteiriças. Este projeto pretendia ser entendido como um catalisador dessa complementaridade natural das duas realidades sectoriais, possibilitando o incremento dos fluxos de carácter comercial e produtivo e institucionalizando as modalidades de cooperação. O objetivo estratégico do EUROclusTEX consistia em lançar e consolidar um Cluster de âmbito transfronteiriço que favorecesse os contactos e as práticas de cooperação entre todos os atores da fileira e do território. 66

67 Em termos operacionais, este projeto pretendia: apoiar a iniciativa empresarial; impulsionar a criação de valor acrescentado e a promoção da excelência na fileira transfronteiriça; apoiar a constituição de uma rede entre as principais entidades dos sistemas tecnológico e científico das duas regiões com competências no sector; fomentar a abertura internacional da Indústria Têxtil e Vestuário e a criação de uma imagem de excelência da euro-região Norte Portugal-Galiza num dos seus sectores de atividade com maior representatividade e projeção internacional. Esta intervenção vai estruturou-se em quatro áreas de atividades: 1) INSTITUCIONALIZAR A COOPERAÇÃO, de modo a permitir o reforço das relações económicas e a formalização de uma rede de cooperação sectorial; 2) AUMENTAR A COOPERAÇÃO ENTRE AS EMPRESAS, E ENTRE AS EMPRESAS E CENTROS DE COMPETÊNCIAS, através da criação de uma rede de apoio e dinamização empresarial transfronteiriça, aberta aos atores empresariais e aos agentes da envolvente empresarial da euro-região, a partir de um sistema de polos de dinamização da atividade sectorial; 3) REFORÇAR O CAPITAL DE INOVAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, com a criação de uma rede com as entidades do sistema Inovação com competências na fileira têxtil/vestuário/moda e com a prefiguração de uma Antena Tecnológica na Galiza; 67

68 4) INTERNACIONALIZAR DE MANEIRA CONJUNTA A FILEIRA TÊXTIL/VESTUÁRIO/MODA, apoiando a internacionalização dos atores empresariais no âmbito da euro-região e promovendo a imagem do Cluster transfronteiriço no exterior. A iniciativa contou com o apoio financeiro do Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP). Projeto EUROCLUSTEX PLUS O EUROCLUSTEX PLUS resultou do desenvolvimento natural do processo de consolidação e estruturação de um Cluster da fileira Têxtil/Moda no território transfronteiriço da euro-região Norte de Portugal e Galiza, promovendo a sustentabilidade do Cluster, assegurando a participação e o envolvimento de cada vez mais empresas e agentes com interesses complementares, sob a liderança da ATP Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, da COINTEGA - Confederação das Indústrias Têxteis da Galiza e do CITEVE - Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário, e do apoio financeiro do POCTEP Assim, o objetivo geral desta iniciativa era consolidar o Cluster Têxtil/Moda transfronteiriço e reforçar a cooperação empresarial e a articulação de práticas e interesses cruzados na fileira Têxtil/Moda da euro-região Norte de Portugal- Galiza. Em termos operacionais, o EUROCLUSTEX PLUS, procurou: Fomentar os encontros e as plataformas de intercâmbio e de diálogo; Utilizar articuladamente os recursos do território e serviços para fomentar o empreendedorismo e a competitividade; 68

69 Facilitar a mobilidade do capital humano, sobretudo de jovens estudantes e profissionais; Promover, progressivamente, a emergência de um mercado de emprego transfronteiriço (sobretudo primeiro emprego); Apoiar a introdução de inovação e conhecimento no sector; Articular e promover as áreas de excelência no desenvolvimento de produto e da gestão do negócio moda; Potenciar a imagem de qualidade e a projeção da euro-região no mapa mundial do têxtil/moda. As suas atividades desenvolveram-se, de 2011 a 2012, em torno de quatro eixos de ação: 1. Cluster Development Para a consolidação institucional do Cluster Têxtil/Moda da euro-região Norte de Portugal e Galiza. 2. Business Para promover a competitividade e a presença de empresas com interesses cruzados na euro-região. 3. Skills Para reforçar a qualificação dos recursos humanos numa perspetiva transfronteiriça. 4. Innovation Para articular as áreas de excelência no desenvolvimento do produto e na gestão do negócio moda. 69

70 AGENDA DE COOPERAÇÃO FUTURA No sentido de dar seguimento à dinamização deste cluster transfronteiriço, em particular, aproveitando as suas sinergias na cadeia de valor, acompanhando algumas das prioridades estratégicas apontadas, em particular, as comuns às duas regiões, a ATP e a COINTEGA estão a procurar implementar uma Plataforma para o Desenvolvimento, Crescimento e Incentivo à Internacionalização das PMEs do sector têxtil-moda da Galiza - Norte de Portugal. O principal objetivo é melhorar a competitividade das PME do setor de têxtilmoda do território transfronteiriço Galícia-Norte de Portugal, aumentando a sua produtividade através da inovação em processos, organização e comercialização de produtos e serviços, que promovam a integração vertical no setor e facilitem o acesso aos mercados externos, através de ações conjuntas centradas no reforço das capacidades organizativas e de gestão dos recursos. Procurar-se-á ainda modernizar e melhorar a competitividade das PME tradicionais do sector têxtil-moda através de formação e implementação de ferramentas de TIC, especialmente destinadas à internacionalização. 70

71 CONCLUSÃO GERAL A cadeia de valor do setor têxtil e vestuário da Galiza e do Norte de Portugal é algo praticamente único à escala internacional, uma vez que fez interpenetrar as economias de duas regiões transfronteiriças a níveis que, muitas vezes, em pleno território nacional não se consegue alcançar. A realidade de uma cadeia de valor setorial, no têxtil e vestuário, funcional, facilitada pela relação cultural e económica transfronteiriça entre o Norte de Portugal e a Galiza, é o resultado de um processo que se constrói ao longo de décadas, estruturada pelo aprofundamento das vantagens competitivas nas indústrias (no sentido lato do termo) em cada lado da fronteira do Minho, que, optando não desenvolver uma lógica de competitividade, estruturam relações e ligam complementaridades e sinergias. A Galiza especializou-se essencialmente no modelo de negócio B2C, apresentando propostas criativas no domínio do retalho de vestuário de moda, colocando algumas das suas empresas como referências à escala global. Portugal especializou-se nos modelos de negócio B2B, em que a relação entre empresas da fileira se tornou cada vez mais profissional, de modo a oferecer produtos e serviços de excelência no têxtil e no vestuário, de forma concorrencial à escala planetária. As alterações profundas registadas na arquitetura do negócio global de moda, com o aparecimento de novos e altamente competitivos players, como a China, obrigou a ITV Portuguesa a encontrar novos drivers para o seu desenvolvimento e garantir assim a sobrevivência. Impossibilitada de continuar a concorrer pelo custo, a ITV lusa encontrou novos fatores críticos de sucesso: o design, a moda, a inovação tecnológica e a logística avançada, os elementos de diferenciação que, fazendo-a subir na cadeia de valor, lhe possibilitaram escapar à armadilha de preço. Esta opção, bem conseguida, mercê da enorme capacidade de resiliência e adaptação do 71

72 setor têxtil e vestuário português que, além disso, intensificou as suas investidas internacionais, ganhando quota de mercado, combinou na perfeição com aquilo que as empresas de moda galega necessitavam para a sua afirmação global: uma indústria evoluída tecnologicamente, com forte serviço de apoio, capaz de fornecer num lead-time de 2 a 3 semanas, reforçando as características ganhadoras dos respetivos modelos de negócio: proximidade, reposição rápida, diversificação de coleções e produtos, e tudo a um preço razoável, destacando-se do low cost price da Ásia. Esta cadeia de valor continua a manter os pressupostos da sua validade, até porque os reforçou nos últimos anos, por força dos argumentos atrás referenciados, permitindo perspetivas que, pelo menos, durante a próxima década, permaneçam estáveis e até com potencial de crescimento. A cadeia de valor do sector têxtil e vestuário luso-galelo continuará assim a ser definida pela complementaridade e sinergias ativas geradas por essa complementaridade, sem prejuízo do aparecimento e afirmação de novas empresas industriais na Galiza, dando consequência uma vaga de industrialização de proximidade e de marcas de retalho moda em Portugal, não apenas para o seu mercado doméstico mas com vocação internacional. Não será despropositado ainda apontar a emergência de novas empresas, eventualmente em parceria no espaço da Euroregião, no domínio das tecnologias de informação, aproveitando o crescimento e maturidade do e-commerce, assim como a emergência de um subsector de equipamentos industriais para a ITV, sobretudo em Portugal, apoiando as atividades produtivas, completando o cluster e reforçando a cadeia de valor como um megacluster luso-galelo e com capacidade de se tornar referencia e de se projetar globalmente. 72

73 BIBLIOGRAFIA ATP Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (2014), Têxtil 2020: Projetar o Desenvolvimento da Fileira Têxtil e Vestuário até 2020, disponível em CCDRN e Xunta de Galicia (2014), "Plan de Inversiones Conjuntas de la Eurorregión Galicia- Norte de Portugal ", disponível em CENIT Centro de Inteligência Têxtil (2009), Análise da Indústria Têxtil e Vestuário no Norte de Portugal e Galiza: Consolidação da Complementaridade do Cluster Transfronteiriço na Euroregião, disponível em io_de_portugal_e_galiza.pdf COINTEGA Confederación de Industrias Textiles de Galicia, Plan Textil Moda Visión 2020, disponível em Xunta da Galicia (2013), Anuario estatístico: Galicia Norte de Portugal,

74 Páginas web consultadas:

75 FICHA TÉCNICA Edição: Conteúdos: Data: Outubro 2015 Apoio:

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