A filosofia de Espinosa

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A filosofia de Espinosa"

Transcrição

1 A filosofia de Espinosa Para tratar de qualquer âmbito da filosofia de Espinosa, é necessário de antemão compreender a imagem de Deus feita pelo filósofo, bem como a importância d Ele para sua filosofia. Começaremos, então, com isso. Como dito em sala de aula, substância é um termo que designa, na tradição filosófica, como algo que subsiste por si mesmo, ou seja, que é causa de sua própria existência, bem como por se manter existindo. Ora, para Espinosa, a única coisa que pode ser causa de si mesmo é Deus. Porém, é importante destacar que o filósofo possui uma concepção de Deus diferente da tradição judaico-cristã. Para tal tradição, Deus é entendido (...) como pessoa transcendente (isto é, separada do mundo), dotada de vontade onipotente e entendimento onisciente, eterna (a eternidade imaginada como tempo sem começo e sem fim), criadora de todas as coisas a partir do nada (confundindo Deus e a ação dos artífices e artesãos), legisladora e monarca do universo, que pode, à maneira de um príncipe que governa segundo seu bel-prazer, suspender as leis naturais por atos extraordinários de sua vontade (os milagres) e que pune ou recompensa o homem, criado por Ele à Sua imagem e semelhança, dotado de livre-arbítrio e destinatário preferencial de toda a obra divina da criação (CHAUÍ, 2006, p. 116). Espinosa é contrário a essa tradição. Para ele, Deus sive Natura, ou seja Deus e Natureza são a mesma coisa: Deus, demonstra Espinosa, não é causa eficiente transitiva de todas as coisas ou de todos os seus modos, isto é, não é uma causa que se separa dos efeitos após havê-los produzido, mas é causa eficiente imanente de seus modos, não se separa deles, e sim exprime-se neles e eles O exprimem (CHAUÍ, 2006, p. 117). Armandinho por Alexandre Beck

2 As leis da natureza são as leis divinas e ambas expressam uma série de conexões necessárias de causas e efeitos. Percebam, se tudo o que ocorre é uma série de conexões necessárias, logo, tudo está, de certo modo, determinado. Não há escolha na filosofia espinosista, não há livre-arbítrio. Como podemos, pois, ser livres? Espinosa diz que necessidade e liberdade não são ideias opostas, mas concordantes e complementares, pois a liberdade não é a indeterminação que precede uma escolha contingente nem é a indeterminação dessa escolha. A liberdade é a manifestação espontânea e necessária da força ou potência interna da essência da substância (no caso de Deus) e da potência interna da essência dos modos finitos (no caso dos humanos). Dizemos que um ser é livre quando, pela necessidade interna de sua essência e de sua potência, nele se identifica sua maneira de existir, de ser e de agir. A liberdade não é, pois, escolha voluntária nem ausência de causa (ou uma ação sem causa), e a necessidade não é mandamento, lei ou decreto externos que forçariam um ser a existir e agir de maneira contrária à sua essência (CHAUÍ, 2006, pp ). Em outras palavras, há liberdade na filosofia de Espinosa, pois o filósofo não a define como livre-arbítrio. Ao contrário, para ele, liberdade é manifestação da potência interna da essência, ou seja, é exprimir sua própria existência, é mostrar sua potência de vida. Há, assim, uma conexão entre ser livre e expressar a vida. Nesse contexto, o homem pode ser livre e expressar sua liberdade, mas apenas quando conhece maneiras de manifestar a potência interna da substância. Avistamos ao menos dois casos em que tal liberdade parece estar sendo expressa, i) ao conhecer o processo de criar algo novo, pois dessa forma estaríamos exprimindo vida; ou ii) quando conhecemos formas de aumentar nosso conatus, nossa potência de vida. Liberdade como conhecimento i) Para Espinosa existem três gêneros do conhecimento: 1) Gênero da experiência vaga ou Gênero da consciência 2) Gênero da razão ou Gênero da noção comum 3) Ciência intuitiva O primeiro desses gêneros, o da consciência, caracteriza o encontro de corpos com corpos, ou de corpos com a Natureza; aqui se trata apenas dessa relação de encontro. O

3 segundo gênero, da razão, trata do que chamamos cotidianamente de conhecimento, ou seja, a partir da experiência vaga eu começo a usar minha razão para compreender a Natureza, bem como seu funcionamento; aqui se trata apenas do conhecimento de coisas que já existem na Natureza. Por último temos a Ciência intuitiva, a qual caracteriza a produção do novo; aqui temos a manifestação da potência da substância, ou seja, de certa forma nos aproximamos da Natureza, na medida em que também conhecemos o processo de criar vida. Assim, ao entrarmos no âmbito da ciência intuitiva, estamos exercendo nossa liberdade. ii) Espinosa acredita que temos um nós uma certa potência de vida, a qual pode variar em número, essa potência de vida, o filósofo chama de conatus. Podemos compreender melhor esse conceito com um exemplo: ao acordar nosso maior desejo é voltar para a cama e continuar dormindo, porém, eu tomo banho e com isso aumento um pouco meu conatus; depois disso eu tomo café e como algo, o que aumenta um pouco mais o meu conatus e assim sucessivamente, até que meu conatus esteja alto o suficiente para que eu consiga suportar seguir aquele dia. Consideremos também que somos parte da Natureza e somos afetados por causas externas a nós (como a chuva que cai no exato dia que escolhemos ir ao parque) e se somos ainda um grau da potência da Natureza como um todo, podemos nos esforçar para aumentar este grau de potência! Quanto mais conhecemos as causas daquilo que nos afeta e quanto melhor conhecermos nossa relação com estas, melhor poderemos lidar com o mundo. Assim, nos conhecer e conhecer melhor as causas é uma maneira de aumentar nosso conatus, pois através deste conhecimento podemos tentar evitar aquilo que nos faz mal e buscar o que nos fortalece e, quando não pudermos evitar algo que não desejamos (como quando a internet cai no meio do download) podemos nos esforçar para que esta causa negativa nos afete o menos possível. Nesse âmbito a ligação da liberdade com o conhecimento é de extrema importância: pois na medida em que conheço aquilo que aumenta meu conatus, posso agir de tal forma a mantê-lo sempre bem. Assim, estou exercendo minha liberdade.

4 Mafalda por Quino Liberdade é, pois, criar, na medida em que conhecemos os processos para tal criação. Em suma, liberdade é o conhecimento de formas de criar vida. Proposta de resolução exercícios 1) Tanto o autorretrato de Yves Klein quanto o poema de Drummond tratam do tema liberdade, porém, cada um possui uma compreensão distinta de tal conceito. Enquanto que no autorretrato o artista mostra um dos maiores sonhos de liberdade do homem, voar, se concretizando, o poema de Drummond trata das limitações impostas pelo ar e pelo corpo para a nossa liberdade. Nesse sentido, a concepção de liberdade presente no poema de Drummond parece se aproximar mais da concepção de liberdade para Espinosa, posto que para o filósofo a ideia de livre-arbítrio não passa de uma ilusão, uma vez que tudo é determinado, e o poeta passa essa ideia ao considerar o ar como uma prisão para o pássaro e o corpo uma prisão para o espírito. 2) Paul Valéry considera que a liberdade é detestável justamente pelo fato de tal conceito ter mais valor do que sentido, ou seja, o autor considera que a liberdade é muito prezada pelos homens, apesar do fato de parecer não haver liberdade de fato. Por isso, a liberdade é valorada, mas ela não possui sentido, pois não passa de uma enganação acreditar que podemos fazer o que quisermos, ou acreditar que não existem limites nem sanções para nossos atos.

5 3) Para Espinosa o único antídoto contra a falta de liberdade seria o conhecimento de nós mesmos e daquilo que nos certa, pois, é apenas conhecendo tais coisas que podemos agir de modo a manifestar a potência interna da substância (Deus/Natureza). Nesse sentido, somos livres ao agir de modo a criar [vida; algo novo], e só podemos agir de tal modo ao conhecer os processos de tal criação. Tarefa complementar 1) [Resposta pessoal] 2) A pintura de Michelangelo parece expressar um Deus imanente, na medida em que este Deus, além de estar próximo do homem, quase encostando em seu dedo, ele também está quase no mesmo plano que este. Já a pintura de Blake parece caracterizar um Deus transcendente, na medida em que Ele está acima de toda Sua criação [fato que pode ser comprovado quando consideramos que Ele está abrindo Sua mão para abençoar toda a criação].

Título do artigo: Necessidade e contingência na Ética de Espinosa Autor: Laio Serpa de Assis Mestrando do PPGLM - UFRJ

Título do artigo: Necessidade e contingência na Ética de Espinosa Autor: Laio Serpa de Assis Mestrando do PPGLM - UFRJ Título do artigo: Necessidade e contingência na Ética de Espinosa Autor: Laio Serpa de Assis Mestrando do PPGLM - UFRJ Necessidade e contingência na Ética de Espinosa Resumo: O presente trabalho pretende

Leia mais

Opresente trabalho tem como objetivo

Opresente trabalho tem como objetivo A RELAÇÃO CORPO-MENTE: A MENTE COMO IDEIA DO CORPO NA ÉTICA DE BENEDICTUS DE SPINOZA ELAINY COSTA DA SILVA * Opresente trabalho tem como objetivo expor e analisar a relação corpo e mente na Ética de Benedictus

Leia mais

SOMOS LIVRES AO DECIDIR

SOMOS LIVRES AO DECIDIR FILOSOFIA 2º ano Partindo do principio de que liberdade é LIBERDADE DE ESCOLHER Afinal, até onde alcança o poder da nossa liberdade? Nossas escolhas estão ligadas aos princípios morais da nossa sociedade;

Leia mais

ARISTÓTELES ( )

ARISTÓTELES ( ) ARISTÓTELES (384 322) Nascido em Estagira; Juntamente com seu mestre Platão, é considerado um dos fundadores da filosofia ocidental; Professor de Alexandre O Grande. METAFÍSICA Uma das principais obras

Leia mais

AULA 04 A CONTROVÉRSIA MANIQUEÍSTA.

AULA 04 A CONTROVÉRSIA MANIQUEÍSTA. A PREDESTINAÇÃO NA HISTÓRIA DA IGREJA ANTIGA AULA 04 A CONTROVÉRSIA MANIQUEÍSTA. PROFESSOR: THIAGO TITILLO O maniqueísmo era uma seita gnóstica que fundiu ensinamentos de Buda, Zoroastro, e Jesus Cristo.

Leia mais

O legado da Filosofia grega para o Ocidente europeu

O legado da Filosofia grega para o Ocidente europeu O legado da Filosofia grega para o Ocidente europeu Marilena Chauí Por causa da colonização europeia das Américas, nós também fazemos parte - ainda que de modo inferiorizado e colonizado - do Ocidente

Leia mais

Exercitando o raciocínio lógico-dedutivo!

Exercitando o raciocínio lógico-dedutivo! Exercitando o raciocínio lógico-dedutivo! Exercícios de raciocínio lógico-dedutivo a favor de Deus. Primeiramente devemos entender o conceito da dedução lógica, para então, realizarmos o seu exercício.

Leia mais

Roberto Covolan IMERSOS NO MILAGRE

Roberto Covolan IMERSOS NO MILAGRE Roberto Covolan 01.10.17 IMERSOS NO MILAGRE 1. Deus Deus fez isso para que os homens o buscassem e talvez, tateando, pudessem encontrálo, embora não esteja longe de cada um de nós. Pois nele vivemos, nos

Leia mais

RESOLUÇÕES DE QUESTÕES PROFº DANILO BORGES

RESOLUÇÕES DE QUESTÕES PROFº DANILO BORGES RESOLUÇÕES DE QUESTÕES PROFº DANILO BORGES SARTRE (UFU) Liberdade, para Jean-Paul Sartre (1905-1980), seria assim definida: A) o estar sob o jugo do todo para agir em conformidade consigo mesmo, instaurando

Leia mais

Trabalho 2 da UC Teoria do Conhecimento I Camila Cardoso Diniz 9 de maio de 2008

Trabalho 2 da UC Teoria do Conhecimento I Camila Cardoso Diniz 9 de maio de 2008 Camila Cardoso Diniz Universidade Federal De São Paulo Unifesp -Campus Guarulhos A verdade é índice de si mesma e do falso. UC Teoria do Conhecimento Prof. Dr. Fernando Dias Andrade. Guarulhos, 27 de junho

Leia mais

A Ética da Alegria em Baruch Spinoza

A Ética da Alegria em Baruch Spinoza A Ética da Alegria em Baruch Spinoza Contextualizando Fonte: wikipedia.com Spinoza: Polidor de Lentes e Filósofo 1632, Amsterdã Haia, 1677 Cronologia de Suas Obras 1660: Breve Tratado sobre Deus, o Homem

Leia mais

Metafísica & Política

Metafísica & Política Aristóteles (384-322 a.c.) Metafísica & Política "0 homem que é tomado da perplexidade e admiração julga-se ignorante." (Metafisica, 982 b 13-18). Metafísica No conjunto de obras denominado Metafísica,

Leia mais

Aristóteles, Ética a Nicômaco, X 7, 1177 b 33.

Aristóteles, Ética a Nicômaco, X 7, 1177 b 33. 91 tornar-se tanto quanto possível imortal Aristóteles, Ética a Nicômaco, X 7, 1177 b 33. 92 5. Conclusão Qual é o objeto da vida humana? Qual é o seu propósito? Qual é o seu significado? De todas as respostas

Leia mais

Racionalismo. René Descartes Prof. Deivid

Racionalismo. René Descartes Prof. Deivid Racionalismo René Descartes Prof. Deivid Índice O que é o racionalismo? René Descartes Racionalismo de Descartes Nada satisfaz Descartes? Descartes e o saber tradicional Objetivo de Descartes A importância

Leia mais

1 Espinosa e a afetividade humana

1 Espinosa e a afetividade humana 13 1 Espinosa e a afetividade humana Não é apenas uma questão de música,mas de maneira de viver: é pela velocidade e lentidão que a gente desliza entre as coisas, que a gente se conjuga com outra coisa:

Leia mais

FILOSOFIA 11º ano O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

FILOSOFIA 11º ano O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA FILOSOFIA 11º ano O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA Governo da República Portuguesa Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva 1.1 Estrutura do ato de conhecer 1.2 Análise

Leia mais

Limites. Slides de apoio sobre Limites. Prof. Ronaldo Carlotto Batista. 7 de outubro de 2013

Limites. Slides de apoio sobre Limites. Prof. Ronaldo Carlotto Batista. 7 de outubro de 2013 Cálculo 1 ECT1113 Slides de apoio sobre Limites Prof. Ronaldo Carlotto Batista 7 de outubro de 2013 AVISO IMPORTANTE Estes slides foram criados como material de apoio às aulas e não devem ser utilizados

Leia mais

A filosofia da história hegeliana e a trindade cristã

A filosofia da história hegeliana e a trindade cristã A filosofia da história hegeliana e a trindade cristã Resumo: Lincoln Menezes de França 1 A razão, segundo Hegel, rege o mundo. Essa razão, ao mesmo tempo em que caracteriza o homem enquanto tal, em suas

Leia mais

DETERMINISMO E LIBERDADE NA AÇÃO HUMANA capítulo 5

DETERMINISMO E LIBERDADE NA AÇÃO HUMANA capítulo 5 DETERMINISMO E LIBERDADE NA AÇÃO HUMANA capítulo 5 O Problema do livre-arbítrio Professora Clara Gomes 1. A professora levanta o braço para indicar aos alunos que falem um de cada vez. 2. A professora

Leia mais

RESOLUÇÃO FILOSOFIA SEGUNDA FASE UFU SEGUNDO DIA

RESOLUÇÃO FILOSOFIA SEGUNDA FASE UFU SEGUNDO DIA RESOLUÇÃO FILOSOFIA SEGUNDA FASE UFU SEGUNDO DIA 1) Para Parmênides o devir ou movimento é uma mera aparência provocada pelos enganos de nossos sentidos. A realidade é constituída pelo Ser que é identificado

Leia mais

Da Lei Segundo Santo Tomás de Aquino

Da Lei Segundo Santo Tomás de Aquino Da Lei Segundo Santo Tomás de Aquino Autor: Sávio Laet de Barros Campos. Licenciado e Bacharel em Filosofia Pela Universidade Federal de Mato Grosso. E-mail: saviolaet@yahoo.com.br 1.1) A Lei: Regra e

Leia mais

Fil. Monitor: Leidiane Oliveira

Fil. Monitor: Leidiane Oliveira Fil. Professor: Larissa Rocha Monitor: Leidiane Oliveira Moral e ética 03 nov EXERCÍCIOS DE AULA 1. Quanto à deliberação, deliberam as pessoas sobre tudo? São todas as coisas objetos de possíveis deliberações?

Leia mais

ARISTÓTELES: BASES DO PENSAMENTO LÓGICO E CIENTÍFICO

ARISTÓTELES: BASES DO PENSAMENTO LÓGICO E CIENTÍFICO ARISTÓTELES: BASES DO PENSAMENTO LÓGICO E CIENTÍFICO Nasceu por volta de 384 a.c e faleceu por volta de 322 a.c). Natural de Estagira, na Macedônia, era filho de Nicômaco, médico do rei da Macedônia. Aos

Leia mais

Março Cap. 43 As vidas sucessivas são solidárias Abril Cap. 44 A vida das múltiplas vidas Junho Cap. 45 O mal é criação do homem Julho Cap.

Março Cap. 43 As vidas sucessivas são solidárias Abril Cap. 44 A vida das múltiplas vidas Junho Cap. 45 O mal é criação do homem Julho Cap. Março Cap. 43 As vidas sucessivas são solidárias Abril Cap. 44 A vida das múltiplas vidas Junho Cap. 45 O mal é criação do homem Julho Cap. 46 Os castigos não são eternos Agosto Cap. 47 Liberdade de pensamento

Leia mais

Funções e Limites - Aula 08

Funções e Limites - Aula 08 Funções e Limites - Aula 08 Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil 22 de Março de 2013 Primeiro Semestre de 2013 Turma 2013104 - Engenharia de Computação Definição

Leia mais

Aula 09. Gente... Que saudade!!!! Filosofia Medieval Patrística Sto. Agostinho

Aula 09. Gente... Que saudade!!!! Filosofia Medieval Patrística Sto. Agostinho Aula 09 Gente... Que saudade!!!! Filosofia Medieval Patrística Sto. Agostinho Filosofia Patrística (séc. I ao VII) Inicia-se com as Epístolas de São Paulo e o Evangelho de São João. Foi obra não só desses

Leia mais

O ARGUMENTO COSMOLÓGICO KALAM EM WILLIAM LANE CRAIG: UMA CONCEPÇÃO SOBRE A EXISTÊNCIA DO UNIVERSO

O ARGUMENTO COSMOLÓGICO KALAM EM WILLIAM LANE CRAIG: UMA CONCEPÇÃO SOBRE A EXISTÊNCIA DO UNIVERSO O ARGUMENTO COSMOLÓGICO KALAM EM WILLIAM LANE CRAIG: UMA CONCEPÇÃO SOBRE A EXISTÊNCIA DO UNIVERSO Beatriz Teixeira Back bya.back@gmail.com Larissa de Oliveira l_ary_2011@live.com Resumo: Mediante os estudos

Leia mais

No início da sequência de proposições que

No início da sequência de proposições que SOBRE O ERRO NA ÉTICA DE ESPINOSA SILVANA DE SOUZA RAMOS * No início da sequência de proposições que iremos analisar, Espinosa afirma que Toda ideia que é, em nós, absoluta, ou seja, adequada e perfeita,

Leia mais

Ética e Organizações EAD 791. Prof. Wilson Amorim 25/Outubro/2017 FEA USP

Ética e Organizações EAD 791. Prof. Wilson Amorim 25/Outubro/2017 FEA USP Ética e Organizações EAD 791 Prof. 25/Outubro/2017 FEA USP Ética Aula 25/10/2017 Deontologia Referências Sobre Deontologia CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2010. Unidade 8 Cap. 6.

Leia mais

A CONCEPÇÃO IMANENTE DE DEUS EM ESPINOSA

A CONCEPÇÃO IMANENTE DE DEUS EM ESPINOSA A CONCEPÇÃO IMANENTE DE DEUS EM ESPINOSA Pablo Joel Almeida - Filosofia (UEL) Prof. Dr. Carlos Alberto Albertuni (Orientador) RESUMO O filósofo holandês Baruch de Espinosa parte do imanentismo e do princípio

Leia mais

INTRODUÇÃO AO O QUE É A FILOSOFIA? PENSAMENTO FILOSÓFICO: Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior

INTRODUÇÃO AO O QUE É A FILOSOFIA? PENSAMENTO FILOSÓFICO: Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO FILOSÓFICO: O QUE É A FILOSOFIA? Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior INTRODUÇÃO FILOSOFIA THEORIA - ONTOS - LOGOS VER - SER - DIZER - A Filosofia é ver e dizer aquilo que

Leia mais

Boa tarde a todos. É um prazer rever os

Boa tarde a todos. É um prazer rever os DIREITOS SUBJETIVOS NA FILOSOFIA DO DIREITO DE ESPINOSA * FERNANDO DIAS ANDRADE * * Boa tarde a todos. É um prazer rever os amigos do Grupo Filosofia e Direito, é um prazer pessoalmente vir aqui à Universidade

Leia mais

O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA. Greyce Kelly de Souza Jéferson Luís de Azeredo

O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA. Greyce Kelly de Souza Jéferson Luís de Azeredo O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA Greyce Kelly de Souza greycehp@gmail.com Jéferson Luís de Azeredo jeferson@unesc.net Resumo: Neste artigo pretende-se analisar a relação ontológica entre

Leia mais

TEMPO, MEMÓRIA E FILOSOFIA

TEMPO, MEMÓRIA E FILOSOFIA TEMPO, MEMÓRIA E FILOSOFIA Leonardo Guedes Ferreira Aluno do Curso de Filosofia Universidade Mackenzie Introdução A Idade Média é marcada na história principalmente pela grande influência da Igreja perante

Leia mais

ÉTICA AULA 3 PROF. IGOR ASSAF MENDES

ÉTICA AULA 3 PROF. IGOR ASSAF MENDES ÉTICA AULA 3 PROF. IGOR ASSAF MENDES LUDWIG WITTGENSTEIN Texto 2 LUDWIG WITTGENSTEIN 1889-1951 Estudou o significado conceitos filosóficos através da análise lógica da natureza das proposições da linguagem.

Leia mais

All rights reserved by Self-Realization Fellowship SUMÁRIO. Prólogo... Prefácio... Introdução Capítulo 1: O Evangelho... 21

All rights reserved by Self-Realization Fellowship SUMÁRIO. Prólogo... Prefácio... Introdução Capítulo 1: O Evangelho... 21 SUMÁRIO Prólogo................................. Prefácio................................. v vii Introdução.............................. 3 Capítulo 1: O Evangelho.................. 21 Capítulo 2: A Meta.......................

Leia mais

AGRUPAMENTDE ESCOLAS DE CARVALHOS. Planificação Filo sofia 10º ano. Iniciação à atividade filosófica O que é a filosofia?

AGRUPAMENTDE ESCOLAS DE CARVALHOS. Planificação Filo sofia 10º ano. Iniciação à atividade filosófica O que é a filosofia? Iniciação à atividade filosófica O que é a filosofia? 1. O que é a filosofia? 1.1 O problema da definição. A origem etimológica. A filosofia como atitude interrogativa Problemas/áreas da filosofia 1.2

Leia mais

Aula Véspera UFU Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015

Aula Véspera UFU Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015 Aula Véspera UFU 2015 Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015 NORTE DA AVALIAÇÃO O papel da Filosofia é estimular o espírito crítico, portanto, ela não pode

Leia mais

Metafísica: Noções Gerais (por Abraão Carvalho in:

Metafísica: Noções Gerais (por Abraão Carvalho in: : Noções Gerais (por Abraão Carvalho in: www.criticaecriacaoembits.blogspot.com) é uma palavra de origem grega. É o resultado da reunião de duas expressões, a saber, "meta" e "physis". Meta significa além

Leia mais

AULA 02 HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA I

AULA 02 HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA I AULA 02 HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA I Os primeiros Jônicos e a questão do princípio de todas as coisas. TALES DE MILETO O pensador ao qual a tradição atribui o começo da filosofia grega é Tales, que

Leia mais

ADMINISTRAR: CIÊNCIA OU ARTE? INTRODUÇÃO

ADMINISTRAR: CIÊNCIA OU ARTE? INTRODUÇÃO ADMINISTRAR: CIÊNCIA OU ARTE? INTRODUÇÃO Existem duas formas de definirmos a administração, completamente antagônicas e controvérsias. De acordo com Mattos (2009) os predicativos ciência e arte são entendidos

Leia mais

A METAFÍSICA E A TEORIA DAS QUATRO CAUSAS

A METAFÍSICA E A TEORIA DAS QUATRO CAUSAS A METAFÍSICA E A TEORIA DAS QUATRO CAUSAS O que é a metafísica? É a investigação das causas primeiras de todas as coisas existentes e estuda o ser enquanto ser. É a ciência que serve de fundamento para

Leia mais

Ca dernos E spi nosa nos

Ca dernos E spi nosa nos estudos sobre o século xvii Ca der nos E spi no s a no s especial m a r i l e n a c h au i Ca dernos E spi nosa nos n. 36 jan-jun 2017 issn 1413-66 51 e s p e c i a l m a r i l e n a c h au i estudos sobre

Leia mais

Introdução a Filosofia

Introdução a Filosofia Introdução a Filosofia Baseado no texto de Ludwig Feuerbach, A essência do homem em geral, elaborem e respondam questões relacionadas a este tema. 1- Quem foi Feuerbach? PERGUNTAS 2- Qual é a diferença

Leia mais

A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS PELA VIA DO MOVIMENTO EM SÃO TOMÁS DE AQUINO.

A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS PELA VIA DO MOVIMENTO EM SÃO TOMÁS DE AQUINO. doi: 10.4025/10jeam.ppeuem.04006 A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS PELA VIA DO MOVIMENTO EM SÃO TOMÁS DE AQUINO. IZIDIO, Camila de Souza (UEM) Essa pesquisa tem como objetivo a análise da primeira das cinco

Leia mais

O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO : A ESCOLHA, A RESPONSABILIDADE E A ANGÚSTIA EM SARTRE.

O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO : A ESCOLHA, A RESPONSABILIDADE E A ANGÚSTIA EM SARTRE. O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO : A ESCOLHA, A RESPONSABILIDADE E A ANGÚSTIA EM SARTRE. DANILO GOMES FERREIRA 1 Resumo: O presente texto visa refletir sobre a noção de escolha, enunciada por Sartre na

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA II SEMANA DE FILOSOFIA. Perfeição: entre a gradação e a completude

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA II SEMANA DE FILOSOFIA. Perfeição: entre a gradação e a completude UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA II SEMANA DE FILOSOFIA Perfeição: entre a gradação e a completude Aylton Fernando Andrade 1 fs_nandodrummer@hotmail.com O tema da concepção de perfeição é debatido

Leia mais

MITO E FILOSOFIA 1 SÉRIE DO ENSINO MÉDIO COLÉGIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP

MITO E FILOSOFIA 1 SÉRIE DO ENSINO MÉDIO COLÉGIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP MITO E FILOSOFIA 1 SÉRIE DO ENSINO MÉDIO COLÉGIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP QUAL O SIGINIFICADO DA PALAVRA FILOSOFIA? QUAL A ORIGEM DA FILOSOFIA? E O QUE HAVIA ANTES DA FILOSOFIA? OS MITOS A palavra

Leia mais

fragmentos dos diálogos categorias e obras da exortativas interpretação aristóteles introdução, tradução e notas ricardo santos tradução ( universidad

fragmentos dos diálogos categorias e obras da exortativas interpretação aristóteles introdução, tradução e notas ricardo santos tradução ( universidad fragmentos dos diálogos categorias e obras da exortativas interpretação aristóteles introdução, tradução e notas ricardo santos tradução ( universidade e textos introdutórios de lisboa) antónio de castro

Leia mais

O MUNDO VISÕES DO MUNDO ATRAVÉS DA HISTÓRIA

O MUNDO VISÕES DO MUNDO ATRAVÉS DA HISTÓRIA O MUNDO VISÕES DO MUNDO ATRAVÉS DA HISTÓRIA MITO: FORMA DE EXPLICAÇÃO MITO: vem do vocábulo grego mythos, que significa contar ou narrar algo. Mito é uma narrativa que explica através do apelo ao sobrenatural,

Leia mais

PROGRAMA ANUAL DE CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL II - 7ª SÉRIE PROFESSOR EDUARDO EMMERICK FILOSOFIA

PROGRAMA ANUAL DE CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL II - 7ª SÉRIE PROFESSOR EDUARDO EMMERICK FILOSOFIA FILOSOFIA 1º VOLUME (separata) FILOSOFIA E A PERCEPÇÃO DO MUNDO Unidade 01 Apresentação O Começo do Pensamento - A coruja é o símbolo da filosofia. - A história do pensamento. O que é Filosofia - Etimologia

Leia mais

Ética e Organizações EAD 791. Prof. Wilson Amorim 30/Agosto/2017 FEA USP

Ética e Organizações EAD 791. Prof. Wilson Amorim 30/Agosto/2017 FEA USP Ética e Organizações EAD 791 Prof. 30/Agosto/2017 FEA USP Aula de Hoje 30/08 1) Origens da Ética (Sócrates, Aristóteles) 2) Razão, Necessidade, Desejo, Vontade 3) Ética e Psicanálise Referências CHAUÍ,

Leia mais

Professor Roberson Calegaro

Professor Roberson Calegaro L I B E R D A D E L I B Ousadia E R D A D E Liberdade, em filosofia, pode ser compreendida tanto negativa quanto positivamente. Negativamente: a ausência de submissão; isto é, qualifica a ideia de que

Leia mais

Nota sobre os Argumentos Modais. por João Branquinho

Nota sobre os Argumentos Modais. por João Branquinho Nota sobre os Argumentos Modais por João Branquinho Discutimos aqui diversos tipos de réplica aos chamados argumentos modais habitualmente aduzidos contra as teorias descritivistas do sentido e da referência

Leia mais

O predicado é o termo da oração que contém o verbo. Apesar de sujeito e predicado serem termos essenciais da oração, há situações (com verbos

O predicado é o termo da oração que contém o verbo. Apesar de sujeito e predicado serem termos essenciais da oração, há situações (com verbos O predicado é o termo da oração que contém o verbo. Apesar de sujeito e predicado serem termos essenciais da oração, há situações (com verbos impessoais) em que a oração não possui sujeito. Porém, não

Leia mais

Aula 21. Boa Tarde! Filosofia Moderna Nietzsche

Aula 21. Boa Tarde! Filosofia Moderna Nietzsche Aula 21 Boa Tarde! Filosofia Moderna Nietzsche Friedrich Nietzsche 1844-1900 Não sou Homem, sou Dinamite Uma Filosofia para Espíritos Livres A FILOSOFIA A GOLPES DE MARTELO A Filosofia Aforismos: Estilo

Leia mais

Lição 1. Deus existe? Texto Bíblico: Atos

Lição 1. Deus existe? Texto Bíblico: Atos Lição 1 Deus existe? Texto Bíblico: Atos 17.16-34 Introdução: A Bíblia não está preocupada em provar a existência do Senhor e sustentador do universo, mas em afirmar a sua gloriosa e inconfundível existência

Leia mais

3. Limites e Continuidade

3. Limites e Continuidade 3. Limites e Continuidade 1 Conceitos No cálculo de limites, estamos interessados em saber como uma função se comporta quando a variável independente se aproxima de um determinado valor. Em outras palavras,

Leia mais

encontros, relações de composição-decomposição, com outros modos, o que explica a natureza da duração, não pelo tempo, mas pelo modo como flui das

encontros, relações de composição-decomposição, com outros modos, o que explica a natureza da duração, não pelo tempo, mas pelo modo como flui das 6 Conclusão O que pode a multidão? Sendo sua condição imediata a passionalidade, sendo a imaginação a maneira predominante de perceber a si mesma e às coisas, poderíamos supor que a resposta espinosista

Leia mais

O PODER DO AMOR DE DEUS POR NÓS Quanto você tem desfrutado do poder que existe no amor do Pai Celestial por nós? Creia no amor de Deus!

O PODER DO AMOR DE DEUS POR NÓS Quanto você tem desfrutado do poder que existe no amor do Pai Celestial por nós? Creia no amor de Deus! TEMA : O PODER DO AMOR DE DEUS POR NÓS ESTUDO PARA CÉLULAS Nº 066 Líder leia, junto com a célula, todos os textos (versículos) citados. Texto inicial : Jo 1.12 e 1 Jo 3:1-2 TADEL: (05JUN à 09JUN17) PERGUNTE

Leia mais

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO 30 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO Moura Tolledo mouratolledo@bol.com.br Brasília-DF 2006 31 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO

Leia mais

SOFISTAS E SÓCRATES Os sofistas são pensadores que questionam pela retórica o ideal democrático e racionalidade grega que colocava a centralidade da

SOFISTAS E SÓCRATES Os sofistas são pensadores que questionam pela retórica o ideal democrático e racionalidade grega que colocava a centralidade da SOFISTAS E SÓCRATES Os sofistas são pensadores que questionam pela retórica o ideal democrático e racionalidade grega que colocava a centralidade da vida ética na coletividade e no bem comum. Neste sentido,

Leia mais

O GRANDE RACIONALISMO: RENÉ DESCARTES ( )

O GRANDE RACIONALISMO: RENÉ DESCARTES ( ) O GRANDE RACIONALISMO: RENÉ DESCARTES (1596-1650) JUSTIFICATIVA DE DESCARTES: MEDITAÇÕES. Há já algum tempo que eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras,

Leia mais

LIÇÃO 2 - QUEM É DEUS? Prof. Lucas Neto

LIÇÃO 2 - QUEM É DEUS? Prof. Lucas Neto LIÇÃO 2 - QUEM É DEUS? Prof. Lucas Neto A GLÓRIA É DE DEUS INTRODUÇÃO A BÍBLIA SAGRADA REVELA DEUS A Bíblia Sagrada é a melhor fonte para o conhecimento de Deus, porque na pessoa de Jesus Cristo, Deus

Leia mais

IDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari

IDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari IDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/2011 - Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1 PSICOLOGIA: O ESPÍRITO 440 ( ) O Espírito começa, pois, só a partir do seu

Leia mais

PLATÃO O MUNDO DAS IDEIAS

PLATÃO O MUNDO DAS IDEIAS AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos dos temas RUBENS expostos. RAMIRO Todo exemplo JR (TODOS citado

Leia mais

O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura

O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura Jean Carlos Demboski * A questão moral em Immanuel Kant é referência para compreender as mudanças ocorridas

Leia mais

CONHECIMENTO, REALIDADE E VERDADE

CONHECIMENTO, REALIDADE E VERDADE CONHECIMENTO, REALIDADE E VERDADE SERÁ QUE TUDO QUE VEJO É REAL e VERDADEIRO? Realidade Realismo A primeira opção, chamada provisoriamente de realismo : supõe que a realidade é uma dimensão objetiva,

Leia mais

4 - Considerações finais

4 - Considerações finais 4 - Considerações finais Eduardo Ramos Coimbra de Souza SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros SOUZA, ERC. Considerações finais. In: Schopenhauer e os conhecimentos intuitivo e abstrato: uma teoria

Leia mais

Revista Pandora Brasil Número 40, Março de 2012 ISSN A RELAÇÃO ENTRE MENTE E CORPO NA FILOSOFIA DE BARUCH SPINOZA

Revista Pandora Brasil Número 40, Março de 2012 ISSN A RELAÇÃO ENTRE MENTE E CORPO NA FILOSOFIA DE BARUCH SPINOZA A RELAÇÃO ENTRE MENTE E CORPO NA FILOSOFIA DE BARUCH SPINOZA RESUMO: O presente artigo tenciona abordar a relação entre mente e corpo na filosofia de Baruch Spinoza, dentro daquilo que seus intérpretes,

Leia mais

ASPECTOS VISUAIS: CONCEITOS E FUNÇÕES

ASPECTOS VISUAIS: CONCEITOS E FUNÇÕES ASPECTOS VISUAIS: CONCEITOS E FUNÇÕES A existência da Imagem pressupõe sua ocorrência no mundo Entretanto, para que uma imagem ocorra, é necessário admitirmos duas instâncias: Virtualidade e Realização

Leia mais

Trabalho sobre: René Descartes Apresentado dia 03/03/2015, na A;R;B;L;S : Pitágoras nº 28 Or:.Londrina PR., para Aumento de Sal:.

Trabalho sobre: René Descartes Apresentado dia 03/03/2015, na A;R;B;L;S : Pitágoras nº 28 Or:.Londrina PR., para Aumento de Sal:. ARBLS PITAGORAS Nº 28 Fundação : 21 de Abril de 1965 Rua Júlio Cesar Ribeiro, 490 CEP 86001-970 LONDRINA PR JOSE MARIO TOMAL TRABALHO PARA O PERÍODO DE INSTRUÇÃO RENE DESCARTES LONDRINA 2015 JOSE MARIO

Leia mais

C & Q. Uma abordagem da cura e autocura à luz do Espiritismo e da Ciência Moderna.

C & Q. Uma abordagem da cura e autocura à luz do Espiritismo e da Ciência Moderna. C & Q Uma abordagem da cura e autocura à luz do Espiritismo e da Ciência Moderna. C & Q Datas das aulas do minicurso: CURA E QUÂNTICA Instituto de Cultura Espirita do Brasil 15:45h - 17:00h www.ccconti.com

Leia mais

IDEALISMO ESPECULATIVO E ESPÍRITO ABSOLUTO ARTE, RELIGIÃO E FILOSOFIA CURSO DE EXTENSÃO 24/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1

IDEALISMO ESPECULATIVO E ESPÍRITO ABSOLUTO ARTE, RELIGIÃO E FILOSOFIA CURSO DE EXTENSÃO 24/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1 IDEALISMO ESPECULATIVO E ESPÍRITO ABSOLUTO ARTE, RELIGIÃO E FILOSOFIA CURSO DE EXTENSÃO 24/10/2011 - Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1 535 O Estado é a substância ética autoconsciente - a unificação

Leia mais

INTRODUÇÃO A LÓGICA. Prof. André Aparecido da Silva Disponível em:

INTRODUÇÃO A LÓGICA. Prof. André Aparecido da Silva Disponível em: INTRODUÇÃO A LÓGICA Prof. André Aparecido da Silva Disponível em: http://www.oxnar.com.br/aulas 1 CIENCIA E LÓGICA RACIOCINIO LÓGICO NOTAÇÃO POSICIONAL PRINCIPIOS DA LÓGICA CONECTIVOS LÓGICOS REGRAS DE

Leia mais

Doutrina Transcendental do Método, muito díspares em extensão. 2 ADORNO, T. W. Metaphysics. Stanford: Stanford University Press, 2001, p. 25.

Doutrina Transcendental do Método, muito díspares em extensão. 2 ADORNO, T. W. Metaphysics. Stanford: Stanford University Press, 2001, p. 25. 10 1 Introdução Esta dissertação se concentra no marco do pensamento de Kant, a obra Crítica da Razão Pura, embora recorra a trabalhos pré-críticos, à correspondência de Kant, bem como a textos de História

Leia mais

LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA

LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA AULA 2 PG 1 Este material é parte integrante da disciplina Linguagem e Argumentação Jurídica oferecido pela UNINOVE. O acesso às atividades, as leituras interativas, os exercícios, chats, fóruns de discussão

Leia mais

ISSN: X COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 28 a 30 de agosto de 2013

ISSN: X COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 28 a 30 de agosto de 2013 FELICIDADE EM ARISTÓTELES Larisse Silva Andrade * (UESB) Maria Rita Santos ** (UESB) RESUMO Esse texto pretende investigar o Bem- humano na perspectiva da Ética e da Política teorizadas por Aristóteles

Leia mais

SARTRE: FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO LIBERDADE E RESPONSABILDIADE

SARTRE: FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO LIBERDADE E RESPONSABILDIADE SARTRE: FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO LIBERDADE E RESPONSABILDIADE Viver é isto: ficar se equilibrando o tempo todo entre escolhas e consequências Jean Paul Sartre Jean-Paul Sartre - Paris, 1905 1980.

Leia mais

Limites de funções algumas propriedades

Limites de funções algumas propriedades Limites de funções algumas propriedades Good girls go to heaven; Bad girls go everywhere. Frase de pára-choque de caminhão americano, que diz algo como Garotas bem comportadas vão para o céu; Garotas sapecas

Leia mais

IDEALISMO ESPECULATIVO E A FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO CURSO DE EXTENSÃO 22/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari

IDEALISMO ESPECULATIVO E A FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO CURSO DE EXTENSÃO 22/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari IDEALISMO ESPECULATIVO E A FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO CURSO DE EXTENSÃO 22/10/2011 - Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1 20 Se tomarmos o pensar na sua representação mais próxima, aparece, α) antes

Leia mais

O conceito ética. O conceito ética. Curso de Filosofia. Prof. Daniel Pansarelli. Ética filosófica: conceito e origem Estudo a partir de Aristóteles

O conceito ética. O conceito ética. Curso de Filosofia. Prof. Daniel Pansarelli. Ética filosófica: conceito e origem Estudo a partir de Aristóteles Curso de Filosofia Prof. Daniel Pansarelli Ética filosófica: conceito e origem Estudo a partir de Aristóteles O conceito ética Originado do termo grego Ethos, em suas duas expressões Êthos (com inicial

Leia mais

LIÇÃO 1 - TEMPO PARA TODAS AS COISAS. Prof. Lucas Neto

LIÇÃO 1 - TEMPO PARA TODAS AS COISAS. Prof. Lucas Neto LIÇÃO 1 - TEMPO PARA TODAS AS COISAS Prof. Lucas Neto A GLÓRIA É DE DEUS INTRODUÇÃO TRANSCENDÊNCIA E IMANÊNCIA DE DEUS Deus é transcendente (está fora do tempo) e ao mesmo tempo é imanente (se manifesta

Leia mais

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA Nada de grande se realizou no mundo sem paixão. G. W. F. HEGEL (1770-1831) Século XIX Revolução Industrial (meados do século XVIII) Capitalismo; Inovações

Leia mais

Redação e Ideologia. (ou as marcas textuais ideológicas) Prof. Ana Paula Dibbern

Redação e Ideologia. (ou as marcas textuais ideológicas) Prof. Ana Paula Dibbern Redação e Ideologia (ou as marcas textuais ideológicas) Prof. Ana Paula Dibbern apdibbern@gmail.com Prof. Alexandre Linares alexandrelinares@gmail.com Ideologia Cazuza Meu partido É um coração partido

Leia mais

FILOSOFIA E OS PRÉ-SOCRÁTICOS TERCEIRÃO COLÉGIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP

FILOSOFIA E OS PRÉ-SOCRÁTICOS TERCEIRÃO COLÉGIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP FILOSOFIA E OS PRÉ-SOCRÁTICOS TERCEIRÃO COLÉGIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP O CONCEITO E A ORIGEM DA FILOSOFIA A ruptura com o pensamento mítico não se dá de forma imediata, mas de forma progressiva,

Leia mais

BRILHO DO PASSADO, QUE RELUZ NO PRESENTE!

BRILHO DO PASSADO, QUE RELUZ NO PRESENTE! O BRILHO DO PASSADO, QUE RELUZ NO PRESENTE! Autor Antônio José Cordeiro de Freitas. cordeiro_freitas@netsite.com.br cordeirodefreitas.wordpress.com 24/03/2004 Foi um dia nesta vida, Uma vida se mostrou,

Leia mais

Cosmologia físico-poética política e amorosa

Cosmologia físico-poética política e amorosa uma pequena Cosmologia físico-poética política e amorosa RALF RICKLI 2008 A física e astronomia falam hoje de dois impulsos principais no Universo:... o de expansão (que, segundo a teoria predominante,

Leia mais

Tema Rumo ao monismo absoluto

Tema Rumo ao monismo absoluto Tema Rumo ao monismo absoluto Nasceu em Amsterdã, na Holanda era judeu até ser excomungado (cherém) em 1656 acusado de ser um panteísta. Após o cherém adotou o nome de Benedito Considerado um dos grandes

Leia mais

GRAFOS Aula 10 Fluxo em Redes Max Pereira

GRAFOS Aula 10 Fluxo em Redes Max Pereira Ciência da Computação GRAFOS Aula 10 Max Pereira É a transferência de algum tipo de recurso quantificável e sujeito a restrições de equilíbrio, de um local (origem) para outro (destino) através de uma

Leia mais

Filosofia e Ética. Prof : Nicolau Steibel

Filosofia e Ética. Prof : Nicolau Steibel Filosofia e Ética Prof : Nicolau Steibel Objetivo do conhecimento: Conteúdo da Unidade 2.1 Moral, Ética e outras formas de comportamentos humanos Parte I No 1º bimestre o acadêmico foi conduzido à reflexão

Leia mais

AULA FILOSOFIA. O realismo aristotélico

AULA FILOSOFIA. O realismo aristotélico AULA FILOSOFIA O realismo aristotélico DEFINIÇÃO O realismo aristotélico representa, na Grécia antiga, ao lado das filosofias de Sócrates e Platão, uma reação ao discurso dos sofistas e uma tentativa de

Leia mais

FILOSOFIA QUEM É JEAN-PAUL SARTRE?

FILOSOFIA QUEM É JEAN-PAUL SARTRE? FILOSOFIA QUEM É JEAN-PAUL SARTRE? ESSE É O EXISTENCIALISTA SARTRE SARTRE NASCEU EM 21 JUNHO DE 1905 NA FRANÇA. A. ORFÃO DE PAI DESDE 2 ANOS. FEZ SEUS ESTUDOS SECUNDÁRIO EM PARÍS, LYCEE HENRI IV, EM 1924

Leia mais

Plano de Ensino. Seção 1. Caracterização complementar da turma/disciplina. Turma/Disciplina: Estética /2. Professor Responsável:

Plano de Ensino. Seção 1. Caracterização complementar da turma/disciplina. Turma/Disciplina: Estética /2. Professor Responsável: Plano de Ensino Seção 1. Caracterização complementar da turma/disciplina Turma/Disciplina: Estética 1 2018/2 Professor Responsável: Pedro Fernandes Galé Objetivos Gerais da Disciplina A disciplina pretende,

Leia mais

O Mal e o Sofrimento questionam a existência de Deus?

O Mal e o Sofrimento questionam a existência de Deus? O Mal e o Sofrimento questionam a existência de Deus? Michael Horner Tr. Sonia Kobe Por quê um Deus que ama permitiria esse horrível mal e sofrimento causados com os ataques de 11 de setembro de 2001 nos

Leia mais

Paris, 17 de fevereiro de Prezado Senhor,

Paris, 17 de fevereiro de Prezado Senhor, Paris, 17 de fevereiro de 1903 Prezado Senhor, Sua carta só me alcançou há poucos dias. Quero lhe agradecer por sua grande e amável confiança. Mas é só isso o que posso fazer. Não posso entrar em considerações

Leia mais

Descubra por que a Lei da Atração NÃO funciona na sua vida

Descubra por que a Lei da Atração NÃO funciona na sua vida Descubra por que a Lei da Atração NÃO funciona na sua vida Por: Catarina Z. Dias Diariamente recebo dezenas de mensagens parecidas com essa: "Catarina, já tentei de tudo, exercícios de visualização, afirmação,

Leia mais

Aula 08 Terceiro Colegial.

Aula 08 Terceiro Colegial. Aula 08 Terceiro Colegial Cristianismo: Entre a Fé e a Razão Busca por uma base racional para sustentar a fé Formulações filosóficas se estendendo por mais de mil anos Cristianismo Palavra de Jesus, que

Leia mais

Descartes filósofo e matemático francês Representante do racionalismo moderno. Profs: Ana Vigário e Ângela Leite

Descartes filósofo e matemático francês Representante do racionalismo moderno. Profs: Ana Vigário e Ângela Leite Descartes filósofo e matemático francês 1596-1650 Representante do racionalismo moderno Razão como principal fonte de conhecimento verdadeiro logicamente necessário universalmente válido Inspiração: modelo

Leia mais

Tipos de Sujeito. Profª Fernanda Machado

Tipos de Sujeito. Profª Fernanda Machado Tipos de Sujeito Profª Fernanda Machado Sujeito Simples: possui apenas um núcleo e este vem expresso na sentença. Os homens destroem a natureza. Quem destrói a natureza? Os homens Deus é perfeito! Quem

Leia mais