INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza"

Transcrição

1 INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ: RELATÓRIO TRIMESTRAL (OUTUBRO/12 a DEZEMBRO/12) FASE RESERVATÓRIO Fevereiro 2013

2 LACTEC Instituto de Tecnologia Para o Desenvolvimento BR-116 KM 98 S/Nº Centro Politécnico da UFPR Jardim das Américas - Caixa Postal: Cep: RESPONSÁVEIS TÉCNICOS Nome Profissão Registro de Classe Assinatura Qualidade de Águas Superficiais Nicole M. Brassac de Arruda Bióloga CRBio D Marianne S. F. Sieciechowicz Engenheira Ambiental CREA PR 85343/D Gheysa do R. Morais Pires Tecnóloga em Quím. Ambiental CREA PR /D Letícia Uba da Silveira Engenheira Ambiental CREA SC /D Tânia Lúcia Graf de Miranda Engenheira Agrônoma CREA D/RS Comunidade Fitoplanctônica Priscila Izabel Tremarin Bióloga CRBio D Thelma Alvim Veiga Ludwig Farmacêutica CRF Comunidade Zooplanctônica Moacyr Serafim Júnior Biólogo D Comunidade de Macroinvertebrados Bentônicos Rosemary Brogim Bióloga D Monitoramento de Limnoperna fortunei Camila Cardoso Fontanella Bióloga D Comunidade de Macrófitas Aquáticas Letícia Larcher Bióloga D Maria Regina Torres Boeger Bióloga D Águas Subterrâneas André Virmond Bittencourt Engenheiro Químico CREA PR 3885/D Hidrologia e Atividades de Campo Osneri Andrioli Engenheiro Civil CREA PR 13589/D Paulo Cavichiolo Franco Engenheiro Civil CREA PR 12671/D EQUIPE DE APOIO Adilson José de Lara Equipe de Campo/LACTEC Bruno Dalla Nora Santos Estagiário/DPRA Roberta Gregório Estagiária/DPRA Karen Bueno Estagiária/DPRA Divisão de Meio Ambiente - Departamento de Recursos Ambientais i

3 SUMÁRIO 1 Introdução Metodologia Área de Estudo Procedimentos Técnicos Sub-Programa de Monitoramento de Águas Superficiais Malha amostral e frequência de amostragem Análises Físico-Químicas e Bacteriológicas Análises da Comunidade Fitoplanctônica Análises da Comunidade Zooplanctônica Análises de Macroinvertebrados bênticos Análises para verificação da presença de larvas de Limnoperna fortunei Sub-Programa de Monitoramento de Macrófitas Aquáticas Sub-Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas Malha amostral e freqüência de amostragem Resultados Preliminares Sub-Programa de Monitoramento de Águas Superficiais Monitoramento de parâmetros físico-químicos e biológicos de qualidade de água Índice de Qualidade de Água IQA Índice de Estado Trófico IET Índice de Qualidade de Água de Reservatórios IQAR Perfis de Temperatura e Oxigênio Dissolvido Monitoramento da Comunidade Fitoplanctônica Comentários sobre as algas que ocorreram em maiores densidades ou que se caracterizam pela potencialidade tóxica Monitoramento da Comunidade Zooplanctônica Monitoramento de Macroinvertebrados bênticos Monitoramento da Presença de Limnoperna fortunei (mexilhão dourado) Sub-Programa de Monitoramento de Macrófitas Aquáticas Sub-Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas ii

4 3.3.1 Atividades Realizadas Piezômetros Medições automáticas do nível do freático e da temperatura Interpretação preliminar dos resultados obtidos das baterias de piezômetros Poços Profundos Campanhas de medições e amostragens dos aquíferos profundos Resultados analíticos dos poços profundos Interpretação preliminar dos resultados obtidos para os poços profundos Conclusões Referências Bibliográficas Justificativa de atraso de resultados de macroinverbrados bentônicos Errata do Primeiro relatório trimestral (julho/12 a setembro/12) Anexos iii

5 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Localização da Área de Estudo Figura 2 - Localização das estações de amostragem de águas superficiais na área de estudo Figura 3 - Coletas em ambiente lótico e lêntico com rede de plâncton de 64 µm Figura 4 Localização das estações de amostragem de macrófitas aquáticas Figura 5 Vista Geral das estações M1 (esquerda) e M2 (direita) Figura 6 Vista Geral das estações M3 (esquerda) e M4 (direita) Figura 7 Vista Geral das estações M6 (esquerda) e M9 (direita) Figura 8 Vista Geral das estações M10 (esquerda) e M11 (direita) Figura 9 Vista Geral das estações M Figura 10 Localização dos poços de monitoramento dos aqüíferos profundos e situação das baterias de piezômetros BP1 e BP2, no contexto de um esboço dos compartimentos hidrogeológicos considerados pelo Instituto das Águas do Paraná (extinta SUDERHSA) Figura 11 Poço BP1-P01 da bateria de piezômetros BP1 (dezembro/2012) Figura 12 - Poços BP2-P01 e BP2-P02 da bateria de piezômetros BP2 (dezembro/2012) Figura 13 Poços P2 Parque Ecológico (maio/2010) Figura 14 Poço P3 Pesquisa florestal da Klabin (maio/2010) Figura 15 Poço P4 ViveiroFflorestal-1 da Klabin (maio/2010) Figura 16 Poços P5 Viveiro Florestal-2 da Klabin (fevereiro/2013) Figura 17 Cabeça do Poço P7 e estação de tratamento da água para instalações da UHE Mauá (fevereiro/2013) Figura 18 Variações espaciais e temporais do fósforo total na região de estudo Figura 19 Variações espaciais e temporais do nitrogênio total na região de estudo Figura 20 Variações espaciais e temporais do Índice de Qualidade de Água (IQA) na região de estudo Figura 21 Variações espaciais e temporais do Índice de Estado Trófico (IET) na região de estudo Figura 22 Perfis verticais de Temperatura e Oxigênio Dissolvido na estação E Figura 23 Perfis verticais de Temperatura e Oxigênio Dissolvido na estação E Figura 24 Perfis verticais de Temperatura e Oxigênio Dissolvido na estação E Figura 25 - Representantes do fitoplâncton no rio Tibagi e afluentes, na região do empreendimento UHE Mauá Figura 26 - Representantes do fitoplâncton no rio Tibagi e afluentes, na região do empreendimento UHE Mauá iv

6 Figura 27 - Contribuição mensal das classes do fitoplâncton, dos valores de densidades celulares e da clorofilaa, por estação de coleta, no período entre outubro/12 e dezembro/ Figura 28 - Contribuição percentual das classes do fitoplâncton, dos valores de densidades celulares e da clorofila-a, por estação de coleta, no período entre outubro/ Figura 28 - Contribuição percentual das classes do fitoplâncton, dos valores de densidades celulares e da clorofila-a, por estação de coleta, no período entre outubro/12 e dezembro/ Figura 29 Número de táxons de rotíferos identificados nos pontos de coleta na área de influência da UHE de Mauá Figura 30 Número de táxons de cladóceros identificados nos pontos de coleta na área de influência da UHE de Mauá Figura 31 Número de táxons de copepódes identificados nos pontos de coleta na área de influência da UHE de Mauá Figura 32 Abundância de rotíferos (org.m -3 ) amostrados na área de influência da UHE de Mauá Figura 33 Abundância de cladóceros (org.m -3 ) amostrados na área de influência da UHE de Mauá Figura 34 Abundância de copepódes (org.m -3 ) amostrados na área de influência da UHE de Mauá Figura 35 - Gráfico das médias, desvios e erros padrão do Número Total de Táxons dos macroinvertebrados aquáticos nas estações de coletas sob influência da Usina Hidrelétrica de Mauá, de julho a outubro de Figura 36 - Gráfico das médias, desvios e erros padrão da Densidade Total de Táxons dos macroinvertebrados aquáticos nas estações de coletas sob a influência da Usina Hidrelétrica de Mauá, de julho a outubro de Figura 37 - Relação entre o hábito de vida e número de espécies encontradas nas margens do Rio Tibagi na região do Empreendimento UHE Mauá Figura 38 - Apinagia yguazuensis encontrada no ponto amostral M Figura 39 - Commelina sp., encontrada no ponto amostral M Figura 40 - Echinodorus grandiflorus encontrado no ponto amostral M Figura 41 - Eichhornia crassipes encontrada no ponto amostral M Figura 42 - Eleocharis sp. encontrado no ponto M Figura 43 - Lemna sp. encontrada no ponto amostral M Figura 44 - Ludwigia sp1. encontrada no ponto amostral M Figura 45 - Ludwigia sp2. encontrada no ponto amostral M Figura 46 - Pistia stratiotes encontrada no ponto amostral M Figura 47 - Polygonum sp. encontrado no ponto M Figura 48 - Polygonum sp. encontrado no ponto M Figura 49 - Pontederia sp. encontrada no ponto amostral M v

7 Figura 50 - Salvinia minima encontrada no ponto amostral M Figura 51 - Associação de espécies com potencial de crescimento excessivo encontrada nos pontos amostrados Figura 52 Altitudes do freático, obtidas por medidor automático nos piezômetros BP1-P01 e BP1-P13 entre julho/12 e janeiro/ Figura 53 Altitudes do freático, obtidas por medidor automático nos piezômetros BP2-P01 e BP2-P13 entre julho/12 e janeiro/ Figura 54 Temperaturas obtidas por medidor automático nos piezômetros BP1-P01 e BP1-P13 entre julho/12 e janeiro/ Figura 55 - Temperaturas, obtidas por medidor automático nos piezômetros BP2-P01 e BP2-P13 entre julho/12 e janeiro/ Figura 56 Perfis piezométricos medidos em oito campanhas na BP1, situada na margem direita do rio Tibagi, no município de Telêmaco Borba. A figura foi construída com os dados constantes da Tabela Figura 57 Perfis piezométricos medidos em oito campanhas na BP2, situada na margem esquerda do rio Tibagi no município de Ortigueira. A figura foi construída com os dados constantes da Tabela Figura 58 Variação na condutividade da água medida em nove campanhas em amostras coletadas na BP1, nos piezômetros P1 a P13. Os dados apresentados na figura constam da Tabela Figura 59 Valores de ph ao longo da secção do terreno coberta pela bateria de piezômetros BP1. Os dados usados nos gráficos constam da Tabela Figura 60 Variação na condutividade da água medida em nove campanhas em amostras coletadas na BP2, nos piezômetros P1 a P13. Os dados apresentados na figura constam da Tabela Figura 61 Valores de ph ao longo da secção do terreno coberta pelos pela bateria de piezômetros BP2. Os dados usados nos gráficos constam da Tabela Figura 62 Diagrama de Durov representando a água do freático nos pontos BP1 P1 e P13 e também em BP2 P1 e P13. O diagrama foi construído com os dados constantes da Tabela Figura 63 Distribuição das concentrações de elementos químicos no BP1-P Figura 64 Diagrama de Durov representando a água dos aquíferos profundos. O diagrama foi construído com os dados constantes da Tabela vi

8 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Descrição e localização das estações de amostragem Tabela 2 Pesos dos parâmetros do IQA... 6 Tabela 3 Classificação do Índice de Estado Trófico... 8 Tabela 4 Variáveis para o IQAR e seus respectivos pesos Tabela 5 - Matriz da Qualidade de água Tabela 6 Descrição dos pontos amostrados e respectivas coordenadas geográficas (UTM) Tabela 7 Localização dos poços tubulares profundos utilizados para o monitoramento da qualidade da água subterrânea na área do reservatório da UHE Mauá Tabela 8 Dados de Qualidade de água das estações E1, E2, E3 e E4, nos meses de outubro/12, novembro/12 e dezembro/ Tabela 9 Dados de Qualidade de água das estações E6, E7, E9 e E10, nos meses de outubro/12, novembro/12 e dezembro/ Tabela 10 Resultados do IET por estação de amostragem Tabela 11 Resultados analíticos de qualidade de água do reservatório da UHE Mauá, estação E6, em diferentes profundidades Tabela 12 Resultados analíticos de qualidade de água do reservatório da UHE Mauá, estação E10, em diferentes profundidades Tabela 13 Profundidades Máximas medidas nas estações de amostragem do reservatório da UHE Mauá, ao longo do monitoramento (enchimento) Tabela 14 - Ocorrência de cianobactérias (cél.ml -1 ) potencialmente tóxicas no reservatório de Mauá, no período entre outubro/12 e dezembro/ Tabela 15 - Lista e frequência de ocorrência do zooplâncton registrados nas amostras de zooplâncton na área de influência da UHE de Mauá no mês de outubro/ Tabela 16 - Lista e frequência de ocorrência do zooplâncton registrados nas amostras de zooplâncton na área de influência da UHE de Mauá no mês de novembro/ Tabela 17 - Lista e frequência de ocorrência do zooplâncton registrados nas amostras de zooplâncton na área de influência da UHE de Mauá no mês de dezembro/ Tabela 18 - Lista de Táxons de macroinvertebrados aquáticos amostrados nas 8 estações de coletas ao longo do rio Tibagi e tributários sob influência do reservatório da Usina Hidrelétrica Mauá, durante os meses de julho e outubro de Tabela 19 - Resultados de análises da possível presença de larvas de mexilhão dourado nas amostras coletadas em julho e outubro de vii

9 Tabela 20 - Lista das espécies encontradas nas margens do Rio Tibagi (Paraná, Brasil), respectivas famílias, nome comum, hábito e ocorrência nos pontos amostrais Tabela 21 Atividades de campo desenvolvidas nas baterias de piezômetros entre dezembro de 2010 e dezembro de Tabela 22 Perfis piezométricos anotados na BP1 nas campanhas de Tabela 23 Perfis piezométricos anotados na BP2 nas campanhas de Tabela 24 Perfis de condutividade elétrica, anotados na BP1 nas campanhas realizadas em Tabela 25 Perfis de condutividade elétrica, anotados na BP2 nas campanhas realizadas em Tabela 26 Componentes iônicos majoritários determinados em amostras de água do freático, coletadas nas baterias de piezômetros BP1 e BP Tabela 27 Temperatura, condutividade, ph, alcalinidade e sólidos totais dissolvidos medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros, em Tabela 28 Li, Be, B, Na, Mg, Al, Si, P, S e Cl em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros Tabela 29 K, Ca, Sc, V, Cr, Mn, Fe, Co, Ni e Cu em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros Tabela 30 Zn, Ga, Ge, As, Se, Br, Rb, Sr, Y e Zr em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros Tabela 31 Nb, Mo, Ru, Rh, Pd, ag, Cd, In, Sn e Sb em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros Tabela 32 Te, Cs, Ba, La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu e Gd em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros Tabela 33 Tb, Dy, Ho, Er, Tm, Yb, Lu, Hf, Ta e W em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros Tabela 34 Re, Pt, Au, Hg, Ti, Tl, Pb, Bi, Th e U em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros Tabela 35 - Poços tubulares profundos amostrados nas campanhas de Tabela 36 - Componentes iônicos majoritários determinados em amostras de água coletadas em poços tubulares profundos em Tabela 37 - Condutividade, ph, alcalinidade e sólidos totais dissolvidos medidos em amostras de água coletadas nos poços tubulares profundos, em Tabela 38 - Elementos em solução em poços profundos medidos por ICP-MS nas campanhas de setembro e dezembro de viii

10 1 INTRODUÇÃO O presente relatório refere-se ao acompanhamento do Programa de Monitoramento da Qualidade de Água do Projeto Básico Ambiental do Empreendimento Hidrelétrico UHE Mauá, localizado no rio Tibagi. Neste documento são apresentados resultados preliminares de três sub-programas inseridos no Programa supracitado. São eles: Sub-Programa de Monitoramento das Condições Limnológicas e da Qualidade da Água, Sub-Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas e Sub-Programa de Macrófitas Aquáticas. O Sub-Programa de Monitoramento das Condições Limnológicas e da Qualidade da Água apresenta dados físicos, químicos e biológicos da água superficial e das comunidades de fitoplâncton, zooplâncton e macroinvertebrados bentônicos das águas do rio Tibagi na região do empreendimento. Também são apresentados resultados preliminares do monitoramento da possível ocorrência de Limnoperna fortunei (mexilhão dourado) na área de estudo. O presente trabalho refere-se ao segundo trimestre de monitoramento da fase reservatório, iniciada no mês de outubro/12. Desta forma, este relatório corresponde ao monitoramento ocorrido nos meses de outubro/12, novembro/12 e dezembro/12 para dados de águas superficiais. O Sub-Programa de Monitoramento de Macrófitas Aquáticas teve suas atividades retomadas em novembro/12, com nova incursão ao campo, no intuito de registrar a possível ocorrência de macrófitas aquáticas e com potencial de infestação em ambientes lênticos. Este sub-programa segue uma temporalidade própria, sendo que estão previstas novas atividades de campo para os meses de fevereiro/13, maio/13 e julho/13, visando uma amostragem sazonal na região do empreendimento. O Sub-Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas apresenta características físicas e químicas das águas subterrâneas do freático da região, através da análise de dados coletados em piezômetros instalados na área onde se insere o empreendimento, bem como de aquíferos estabelecidos em rochas paleozóicas, a partir de dados coletados em poços profundos na área supracitada. Para o monitoramento de água subterrânea, o presente relatório apresenta dados de janeiro/12 a dezembro/12. 1

11 2 METODOLOGIA 2.1 Área de Estudo O empreendimento UHE Mauá (Figura 1) está situado no trecho médio do rio Tibagi, região centro-leste do Estado do Paraná. As nascentes do rio Tibagi localizam-se entre os municípios de Campo Largo, Palmeira e Ponta Grossa (Segundo Planalto Paranaense), no centro-sul do Estado, e tem sua foz na margem esquerda do rio Paranapanema, que faz divisa entre os estados do Paraná e São Paulo. Figura 1 - Localização da Área de Estudo. A barragem está situada nas coordenadas UTM (N) e (E) , na divisa dos municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira. Este barramento situa-se a montante da atual PCH Presidente Vargas (pertencente à empresa Klabin Papel e Celulose S.A.) e está acompanhado das estruturas do vertedouro e de uma casa de força complementar, que turbinará a vazão ecológica. A casa de força principal está projetada a jusante, próxima à foz do ribeirão das Antas. 2

12 No que concerne à geologia, a região da usina é imposta sobre um pacote sedimentar de rochas granulares, onde dominam as frações finas com alguns estratos mais grosseiros com características aqüíferas. Ocorrem alguns níveis pouco espessos contendo carbonatos, geralmente sob a forma de cimento carbonático. Todo este conjunto sedimentar foi seccionado por um sistema de fraturas que abrigam diques de diabásio, interrompendo a continuidade das unidades sedimentares. 2.2 Procedimentos Técnicos Os procedimentos aqui adotados seguem as orientações descritas no PBA da UHE Mauá para o Programa de Monitoramento da Qualidade da Água, bem como os Sub-programas de Monitoramento das Condições Limnológicas e da Qualidade da Água, Monitoramento das Águas Subterrâneas e Macrófitas Aquáticas Sub-Programa de Monitoramento de Águas Superficiais Malha amostral e frequência de amostragem O monitoramento da qualidade de águas superficiais do empreendimento UHE Mauá teve iniciou-se em dezembro de 2009, com a Fase Rio. A Fase Reservatório, referente ao o Sub-Programa de Monitoramento de Águas Superficiais, iniciou-se em julho/12, com o enchimento do reservatório, e contou com análises físico-químicas e bacteriológicas da água, bem como análises das comunidades fitoplanctônica, zooplanctônica e de macroinvertebrados bênticos. No presente relatório são apresentados os dados do último trimestre (outubro/12, novembro/12 e dezembro/12). As estações de amostragem utilizadas para o monitoramento das águas superficiais formam uma malha amostral de oito pontos. A maior parte destas estações corresponde a estações monitoradas na Fase Rio. Assim como já reportado no relatório trimestral anterior, duas delas foram alteradas para melhor contemplar a nova estrutura do ecossistema, com a formação do reservatório. Estas alterações contaram com a anuência do órgão ambiental, e encontram-se descritas a seguir: A estação E5, localizada na foz do rio Barra Grande, foi desativada e realocada no próprio rio Barra Grande, mas na região lacustre, próximo à ponte sobre o reservatório, sendo agora denominada estação E10. A estação E4, localizada na região do Salto Aparado, agora porção média do reservatório 3

13 foi reativada e a estação E8, a jusante do empreendimento, localizada no ribeirão das Antas foi desativada. A descrição de todas as estações de amostragem encontra-se na Tabela 1 e está ilustrada na Figura 2. As coordenadas UTM apresentadas são referentes à ultima campanha realizada, uma vez que a posição das mesmas pode variar em função do processo de enchimento do reservatório. Figura 2 - Localização das estações de amostragem de águas superficiais na área de estudo. Tabela 1 - Descrição e localização das estações de amostragem. Estação Descrição Coordenadas (UTM) E N E1 Rio Tibagi, a montante de Telêmaco Borba E2 Rio Tibagi, início do reservatório da UHE Mauá, a jusante da fábrica da Klabin E3 Rio Imbauzinho, a montante do futuro reservatório E4 Rio Tibagi, porção média reservatório da UHE Mauá E6 Rio Tibagi, reservatório da UHE Mauá, proximidades da barragem (montante) E7 Rio Tibagi, a jusante da casa de força E9 Rio Tibagi, a jusante da barragem E10 E10 - Rio Barra Grande, sob ponte do reservatório da UHE Mauá

14 Análises Físico-Químicas e Bacteriológicas DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E A metodologia de coleta de amostras de água seguiu o estabelecido por Santos et al. (2001). As amostras coletadas foram do tipo simples, caracterizado por uma única amostra coletada em um ponto, em um determinado instante e depositada em um frasco individual. Esse tipo de amostra representa somente o local específico, naquele determinado tempo em que a coleta foi realizada. As amostragens foram realizadas manualmente pela imersão de um frasco no corpo de água até a profundidade desejada, sendo o mesmo inclinado com a boca direcionada contra a corrente até se obter o volume desejado. Em seguida, os frascos foram devidamente vedados. Nas estações E6 e E10 foram realizadas coletas em diferentes profundidades, com o auxílio de garrafa de Van Dorn, e de acordo com o método do IQAR, descrito posteriormente. Quanto ao acondicionamento das amostras, os frascos utilizados são quimicamente inertes, a fim de evitar reações com as amostras. De acordo com a análise desejada, os frascos podem ser de polietileno, vidro neutro ou borossilicato âmbar. Os frascos foram devidamente identificados com etiquetas contendo o nome do projeto, o local de amostragem (estação de coleta), data e horário da coleta, tipo de preservação e parâmetro a ser determinado. Para transporte os mesmos foram acondicionados em caixas térmicas. As amostras para fins de determinação microbiológica (coliformes totais e termotolerantes) foram coletadas antes de qualquer outra amostra, para evitar risco de contaminação do local por frascos não-estéreis. Uma ficha de campo a ser preenchida pela equipe de coleta foi elaborada, contendo as seguintes informações: procedência da amostra, data e hora de coleta, técnico responsável pela coleta, tipo de amostra coletada, descrição das condições climáticas no momento da coleta e no período de 48 horas anteriores, informações sobre a localização do ponto de amostragem incluindo as coordenadas geográficas, altitude, profundidade do local e de coleta, largura da seção transversal, medição de parâmetros no campo tais como ph, OD, temperatura do ar e da água, profundidade do disco de Secchi e leitura de nível (esta última, quando aplicável). Após a coleta, as amostras foram enviadas sob refrigeração para cada um dos laboratórios responsáveis pelas respectivas análises na maior brevidade possível, a fim de evitar alterações físicas, químicas ou biológicas no material coletado. 5

15 Quanto ao diagnóstico da qualidade da água do rio Tibagi, na região do empreendimento UHE Mauá, tomou-se como base a análise de uma série de variáveis de qualidade de água. Para tanto, os valores obtidos para as variáveis foram comparados com os limites dispostos pela legislação ambiental, quando pertinente. O diagnóstico também se valeu dos resultados obtidos a partir do Índice de Qualidade da Água (IQA), que incorpora nove parâmetros considerados relevantes para a avaliação da qualidade das águas e do Índice do Estado Trófico (IET), que tem por finalidade classificar corpos d água em diferentes graus de trofia, ou seja, avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo das algas ou ao aumento da infestação de macrófitas aquáticas (CETESB, 2010). Para a avaliação da qualidade das águas do reservatório foi utilizado o IQAR (Índice de Qualidade de Água de Reservatórios), desenvolvido pelo IAP (2009), que incorpora diferentes variáveis de qualidade de água em até três profundidades de coleta. A metodologia dos ensaios realizados mantém-se a mesma de relatórios anteriores. Para maior referência, consultar LACTEC (2011). Cabe destacar que as medições de concentração de oxigênio dissolvido são realizadas in situ por meio de sonda multiparamétrica modelo YSI 6820 e Hidrolab MS5. Índice de Qualidade da Água (IQA) Na metodologia do IQA, que irá auxiliar no diagnóstico da qualidade da água do rio Tibagi, para cada uma das nove variáveis (ou parâmetros) de qualidade de água que compreendem o índice corresponde uma curva de variação da qualidade da água, que o correlaciona a um sub-índice q, e um peso de importância w (Tabela 2). Tabela 2 Pesos dos parâmetros do IQA Parâmetro Peso (w) Oxigênio dissolvido (OD) 0,17 Coliformes fecais 0,15 ph 0,12 Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) 0,10 Nitrogênio total 0,10 Fósforo total 0,10 Temperatura (desvio) 0,10 Turbidez 0,08 Sólidos totais 0,08 6

16 A formulação do índice é o produtório ponderado dos sub-índices (q i ) de cada parâmetro (i): w IQA q i 1 wi i A classificação da qualidade da água superficial pelo IQA é dividida em cinco classes: ÓTIMA (IQA: ); BOA (IQA: 52-79); ACEITÁVEL (IQA: 37-51); RUIM (IQA: 20-36) e PÉSSIMA (IQA: 0-19). Índice do Estado Trófico (IET) O cálculo do Índice de Estado Trófico (IET) segue a mesma metodologia adotada pela CETESB que utiliza o Índice de Estado Trófico de Carlson (1977) modificado por Toledo et al. (1983 e 1984). Desta forma, das iniciais três variáveis apenas duas são aplicadas para o cálculo do índice, clorofila-a e fósforo total. O emprego dos valores de transparência (disco de Secchi) para a obtenção do IET, de acordo com CETESB (2011), pode não ser ideal, visto que tais valores muitas vezes não são representativos do estado de trofia, pois podem ser afetados pela elevada turbidez decorrente de material mineral em suspensão e não apenas pela densidade de organismos planctônicos Na avaliação correspondente a clorofila-a, o índice é tido como medida da resposta do corpo hídrico ao agente causador do processo de eutrofização, indicando de forma adequada o nível de crescimento de algas que tem lugar em suas águas (CETESB, 2011). Em relação ao fósforo, consideram-se os resultados como uma medida do potencial de eutrofização do corpo hídrico, uma vez que este nutriente atua como o agente causador do processo (CETESB, 2011). Assim o Índice do Estado Trófico, será composto pelo Índice do Estado Trófico para o fósforo IET(PT) e o Índice do Estado Trófico para a clorofila-a IET(CL), modificados por Lamparelli (2004), sendo que as equações para rios e reservatórios serão utilizadas, respectivamente, para ambientes lóticos e lênticos, seguindo a classificação presente na CONAMA 357/05. RIOS 0,7 0,6.lnCL IET( CL) ln2 0,42 0,36.lnPT IET( PT) ln2 7

17 RESERVATÓRIOS 0,92 0,34lnCL IET( CL) ln2 0,42.lnPT IET( PT) ,77 ln2 onde: PT: concentração de fósforo total medida à superfície da água, em µg.l -1 ; CL: concentração de clorofila a medida à superfície da água, em µg.l -1 ; ln: logaritmo natural. Nos meses em que estejam disponíveis dados de ambas variáveis, o resultado apresentado nas tabelas será a média aritmética simples dos índices relativos ao fósforo total e a clorofila-a, segundo a equação: IET PT IET CL IET 2 O resultado final segue a classificação abaixo (Tabela 3). Tabela 3 Classificação do Índice de Estado Trófico Categoria Ponderação Ultraoligotrófico IET 47 Oligotrófico 47 < IET 52 Mesotrófico 52 < IET 59 Eutrófico 59 < IET 63 Supereutrófico 63 < IET 67 Hipereutrófico IET > 67 Índice de Qualidade de Água de Reservatórios (IQAR) A metodologia do IQAR foi desenvolvida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP, 2002) e atualizada em 2009 (IAP, 2009) com o objetivo de conhecer as principais características ecológicas de cada reservatório, determinando, em particular, a qualidade das águas e sua tendência ao longo do tempo. O método define amostragens de água em duas profundidades (Prof.I e Prof.II) para todas as variáveis que compõem este índice (Tabela 4) e, nos casos de anóxia (ausência de oxigênio), em uma terceira profundidade da coluna de água (Prof.III). Exceção se faz à clorofila-a, amostrada apenas na 8

18 profundidade I, e às variáveis OD e temperatura, cujas medidas são feitas metro a metro ao longo da profundidade. As medidas de oxigênio dissolvido e temperatura foram utilizadas para o cálculo da porcentagem de saturação e déficit de oxigênio dissolvido em cada profundidade. Para o cálculo do IQAR o déficit de OD representou a média desta variável ao longo da coluna de água. Tabela 4 Variáveis para o IQAR e seus respectivos pesos. (*) média da coluna de água (**) média das profundidades I e II (***) Concentração da profundidade I Variáveis Pesos (wi) Déficit de oxigênio dissolvido (%) * 17 Fósforo Total (mg.l -1 P) ** 12 Nitrogênio Inorgânico Total (mg.l -1 N) ** 8 Clorofila "a" (mg/m3) *** 15 Profundidade Secchi (metros) 12 DQO (mg.l -1 O2) ** 12 Cianobactérias (nº de cél./ml) *** 8 Tempo de residência (dias) 10 Profundidade Média (metros) 6 O cálculo das profundidades I, II e III, onde devem ser realizadas as amostragens, é realizado com o valor da profundidade do corpo de água e da medida do Disco de Secchi, segundo as fórmulas: Profundidade I = Z ds x 0,54, onde: Z ds = profundidade de Secchi; 0,54 = fator de cálculo da profundidade da zona eufótica onde há 40% da luz incidente (representativa da camada de maior produção primária, i.e, da zona trofogênica). Profundidade II = (Z max + Z eu ) / 2, onde: Z max = profundidade máxima (m) na estação de amostragem; Z eu =zona eufótica, que é igual à profundidade de Secchi x 3 (sendo 3 o fator de cálculo da profundidade onde há aproximadamente 1% da luz que incide na superfície da água e na qual a respiração e a decomposição predominam sobre a produção). Profundidade III = (início Z anox + final Z anox ) / 2, onde: Z anox = zona de anóxia; a profundidade III representa a porção intermediária da zona de anóxia. O cálculo do IQAR é feito segundo a fórmula: IQAR ( wi qi) wi onde: wi é o peso da variável e qi a classe da variável 9

19 A classe de cada variável (qi) é um valor numérico entre 1 e 6 (Tabela 5) e é definida pela média dos valores de cada variável nas Profundidades I e II, e, nos casos excepcionais, também na profundidade III, observando-se os intervalos da Matriz de Qualidade de Água. Com relação ao déficit de OD, o valor que define a respectiva classe (qi) representa a média dos déficits calculados metro a metro na coluna de água (o déficit é calculado a partir das medidas de OD e dos respectivos percentuais de saturação). Tabela 5 - Matriz da Qualidade de água Variáveis Classes (qi) * Déficit de Oxigênio (%) > 70 Fósforo Total (mg.l -1 ) 0,010 0,011-0,025 0,026-0,040 0,041-0,085 0,086-0,210 > 0,210 Nitrogênio Inorg. Total (mg.l -1 ) 0,15 0,16-0,25 0,26-0,60 0,61-2,00 2,00-5,00 > 5,00 Clorofila a (mg.m -3 ) 1,5 1,5-3,0 3,1-5,0 5,1-10,0 11,0-32,0 > 32 Disco de Secchi (m) 3 3-2,3 2,2-1,2 1,1-0,6 0,5-0,3 < 0,3 DQO (mg.l -1 ) > 30 Tempo de residência (dias) > 550 Profundidade média (m) ,1 3-1,1 < 1 Cianobactérias (cel. ml -1 ) * > * Modificada pelo IAP em 2009 A cada campanha de monitoramento são calculados IQAR parciais, sendo que o IQAR final, que define a classe do reservatório, é obtido pela média dos índices parciais. O valor numérico do IQAR final classifica o reservatório em uma das seis classes, que representam diferentes níveis de comprometimento, conforme descrição abaixo: Classe I (não impactado a muito pouco degradado): corpos de água saturados de oxigênio, baixas concentrações de nutrientes e matéria orgânica, alta transparência das águas, densidade de algas muito baixa, normalmente com pequeno tempo de residência das águas e/ou grande profundidade média. A qualidade da água é excelente/ótima; Classe II (pouco degradado): corpos de água com pequeno aporte de nutrientes, orgânicos e inorgânicos, e matéria orgânica, pequena depleção de oxigênio dissolvido, transparência das águas relativamente alta, baixa densidade de algas, normalmente com pequeno tempo de residência das águas e/ou grande profundidade média. A qualidade da água é muito boa/boa; Classe III (moderadamente degradado): corpos de água com déficit considerável de OD na coluna d água, podendo ocorrer anoxia na camada de água próxima ao fundo, em determinados períodos, médio aporte de nutrientes e matéria orgânica, grande variedade e/ou densidade de 10

20 algumas espécies de algas (sendo que algumas espécies podem ser predominantes), tendência moderada à eutrofização, tempo de residência das águas considerável. A qualidade da água é regular/aceitável; Classe IV (criticamente degradado a poluído): corpos de água com entrada de matéria orgânica capaz de produzir uma depleção crítica nos teores de OD da coluna de água, consideráveis aportes de nutrientes, alta tendência a eutrofização, ocasionalmente com desenvolvimento maciço de populações de algas e/ou cianobactérias, ocorrência de reciclagem de nutrientes, baixa transparência das águas associada principalmente à alta turbidez biogênica, ocorrência possível de mortandade de peixes em determinados períodos de acentuado déficit de OD. A qualidade da água é crítica/ruim; Classe V (muito poluído): corpos de água com altas concentrações de matéria orgânica, geralmente supersaturação de OD na camada superficial e baixa saturação na camada de fundo, grande aporte e alta reciclagem de nutrientes, corpos de água eutrofizados, com florações de algas e/ou cianobactérias que frequentemente cobrem grandes extensões da superfície da água, o que limita a sua transparência. A qualidade da água é muito ruim; Classe VI (extremamente poluído): corpos de água com condições bióticas seriamente restritas, resultantes da severa poluição por matéria orgânica ou outras substâncias consumidoras de OD, ocasionalmente ocorrem processos de anoxia em toda a coluna de água, aporte e reciclagem de nutrientes muito altos, águas hipereutróficas, com intensas florações de algas e/ou cianobactérias cobrindo todo o espelho d água e eventual presença de substâncias tóxicas. A qualidade da água é péssima Análises da Comunidade Fitoplanctônica As amostras de fitoplâncton para estudo quali-quantitativo foram coletadas mergulhando-se um frasco de polietileno (1.000 ml) na sub-superfície da água e fixadas com solução de lugol acético a 1%. Alíquotas de 5 a 30 ml foram colocadas para sedimentar em câmaras de Ütermohl (ÜTERMOHL, 1958) e analisadas em microscópio ótico invertido Olympus BX70, sob aumento de 400 a 600x. A contagem dos organismos seguiu as indicações de Huszar & Giani (2004), que considera transectos e curva de estabilização de espécies. Recomenda-se que pelo menos 100 indivíduos da espécie mais freqüente sejam contados. Os resultados da densidade fitoplanctônica total e individual foram expressos de duas maneiras, em células e em indivíduos por ml. Foram considerados indivíduos: talos 11

21 unicelulares, coloniais e filamentosos. Os diferentes grupos fitoplanctônicos (Cyanophyceae, Chlorophyceae, Zygnemaphyceae, Chlamydophyceae, Bacillariophyceae, Cryptophyceae, Euglenophyceae e outros) foram analisados, quantificados e identificados no menor nível taxonômico possível (gêneros e espécies). A densidade celular de cianobactérias potencialmente hepato ou neurotóxicas e presença ou ausência de florações foram destacadas. As análises de clorofila-a seguiram as recomendações da USEPA (1997). As amostras foram filtradas através de filtro de fibra de vidro GF/C e os pigmentos foram extraídos através de acetona alcalina 90% (hidróxido de amônia) e estimados em espectrofotômetro Hitachi U2001. O cálculo baseou-se no método tricromático de Humphrey & Jeffrey (1975) Análises da Comunidade Zooplanctônica As amostras de zooplâncton (um total de 24) foram obtidas entre outubro/12 a dezembro/12 de acordo com os pontos de coleta descritos no item 2.1 (área de estudo). As coletas foram realizadas com uma rede de plâncton com abertura de malha de 64 µm. Nos pontos de coleta com características lóticas filtrou-se aproximadamente 200 litros de água por amostra com o auxílio de um balde graduado de 20 litros. Com a formação do reservatório, as coletas dos pontos com características lênticas começaram a ser feitas através de arrastos verticais filtrando a partir de 10 metros de profundidade até a superfície (Figura 3). Nesses pontos, o volume filtrado em cada arrasto é calculado através da fórmula descrita abaixo do volume do cilindro, considerando a altura como a distância do arrasto (m). Vf = π.r 2.d Onde: Vf = o volume de água filtrada; R = o raio da rede de plâncton; d = a distância percorrida pela rede 12

22 Figura 3 - Coletas em ambiente lótico e lêntico com rede de plâncton de 64 µm O material coletado foi acondicionado em frascos plásticos de 500 ml, fixados com solução de formaldeído a 4 % e tamponado com borax. No laboratório, o material coletado foi transferido para frascos plásticos de 120 ml com adição de corante vital Rosa-de-Bengala, para posteriormente serem identificados e quantificados. Os grupos zooplanctônicos, rotíferos (pertencentes à Classe Monogononta) e os microcrustáceos (cladóceros e copépodos), foram quantificados e identificados a nível específico, utilizando bibliografia especializada. Os náuplios e copepoditos de Cyclopoida e Calanoida foram apenas quantificados. As análises quali-quantitativas do zooplâncton foram realizadas através de subamostragens com pipeta do tipo Stempell, sendo essas contadas em câmaras de Sedgwick-Rafter e placa de Petri, sob microscópios óptico e estereoscópico. Foram contados pelo menos 100 indivíduos de cada grupo zooplanctônico, e a densidade final expressa em indivíduos por m 3. As amostras com menores densidades foram analisadas em sua totalidade. Dados sobre a composição específica da comunidade zooplanctônica foram ordenados em tabelas considerando-se as famílias de cada grupo e a ocorrência dos táxons foi discriminada nos 8 pontos de amostragem nesta fase que antecede o represamento do rio Tibagi no trecho estudo Análises de Macroinvertebrados bênticos Um total de oito estações de coletas está sendo monitorado mensalmente através da comunidade de macroinvertebrados no reservatório da UHE Mauá. As estações E1, E2 e E3 são as mesmas localidades dos dois primeiros anos do monitoramento e localizam-se a montante do reservatório. As E4, E6 e E10 localizam-se no eixo do reservatório. As estações E7 e E9 ficam a jusante 13

23 da barragem e da Usina Presidente Vargas. Doze meses consecutivos serão amostrados durante a Fase Reservatório. O monitoramento Fase Reservatório iniciou-se em julho/12 com cerca de 40% do volume total do reservatório preenchido. Até o momento já foram realizadas sete campanhas. A primeira deu-se em julho/12 entre os dias 26 a 28, e as demais em agosto/12 (dias 23 a 25), setembro/12 (dias 27 a 29), outubro/12 (dias 25 a 27), novembro/12 (dias 28 a 30), dezembro/12 (dias 13 a 15) e no mês de janeiro/13, nos dias 26 a 28. Todas as amostras das campanhas já foram triadas, contudo, a identificação dos organismos dos meses de novembro/12 a janeiro/13 ainda está sendo realizada, sendo seus dados apresentados no próximo relatório trimestral. Para maiores detalhes sobre o atraso na leitura das amostras supracitadas, consultar o anexo deste relatório. Para a coleta dos macroinvertebrados bênticos foram utilizadas várias técnicas de captura dependendo do substrato amostrado e da profundidade (Bicudo & Bicudo, 2004). Nas estações que apresentaram mais de 1,0 m de profundidade, foi utilizado um pegador de fundo do tipo Petit Ponar, solto através de um guincho elétrico. Esta técnica de amostragem foi realizada nas estações E3, E4, E6 e E10. Embora tenham sido feitas várias tentativas de coletas nas estações localizadas no reservatório poucas amostras foram bem sucedidas, em função da vegetação submersa nas regiões mais rasas. Em algumas tentativas o equipamento ficou preso na vegetação não conseguindo atingir o fundo, sendo difícil até o resgate do mesmo. Neste estudo, as coletas dos macroinvertebrados no reservatório estão sendo coletados na zona litoral já que as regiões mais profundas possivelmente sejam anóxicas (EPA, 1998). Para as coletas dos macroinvertebrados bênticos associados aos fundos rochosos nas estações E1, E2, E7 ee 9 foi utilizado um amostrador do tipo Surber posicionado junto às margens em locais mais rasos. Nas duas técnicas quantitativas foram realizadas cinco réplicas amostrais em cada estação de coleta. Coletas manuais em troncos, restos de vegetação submersa e em raízes e partes aéreas de macrófitas foram realizadas para a obtenção de uma amostragem qualitativa dos organismos. Nos ambientes marginais, como gramíneas, macrófitas emersas ou baixios não vegetados, uma rede do tipo puçá, com malha de 0,5 mm de diâmetro, foi arrastada sob a vegetação. 14

24 As amostras foram fixadas em campo com formalina a 10 %. Em laboratório as amostras foram lavadas em uma peneira com malha 0,5 mm e transferidas para cubas plásticas para o procedimento das triagens. Os animais foram coletados com auxílio de pinças e preservados em álcool 70 %. Os organismos foram contados e identificados sob microscópio estereoscópico até a menor categoria taxonômica possível. Os exemplares serão tombados junto às coleções de invertebrados do Museu de História Natural Capão da Imbuia em Curitiba e ficarão disponíveis para consultas Análises para verificação da presença de larvas de Limnoperna fortunei Para análise da possível presença de larvas de Limnoperna fortunei (mexilhão dourado), amostras de água são coletadas trimestralmente nos pontos E2 (rio Tibagi a jusante da Kablim) e E6 (rio Tibagi, nas proximidades da futura barragem), através da técnica de arrasto com rede de plâncton de malha de 64 μm, pelo período de 5 minutos. As amostras são concentradas, transferidas para recipientes adequados e fixadas com álcool 70%. Em laboratório, estas são analisadas com duas diferentes técnicas, uma analise morfológica preliminar é realizada sob microscópio estereoscópio, posteriormente as amostras são submetidas à técnica molecular de monitoramento por meio de identificação do DNA do mexilhão dourado. Através dessa técnica, extremamente precisa, uma única larva de mexilhão em uma amostra de até litros de água é detectada, o processo é rápido e seguro. Para a realização da análise morfológica a amostra é homogeneizada e filtrada em peneira com malha de 64 μm. O filtrado é depositado em placas de petri com superfície quadriculada e diluído em álcool. A placa é levada ao microscópio estereoscópio onde é percorrida em sua integridade em busca de larvas, quando encontradas é realizada a identificação morfológica de larvas de moluscos, considerando como larvas possivelmente de mexilhão dourado ou não (a confirmação da espécie das larvas é realizada na análise molecular). Para a análise molecular, as amostras de plâncton são filtradas com auxílio de uma bomba a vácuo, assim separando o plâncton da água e possibilitando a extração mais eficiente do DNA dessas amostras. A extração do DNA do plâncton ocorre com a utilização de protocolo especial definido previamente pela equipe de trabalho. Em seguida, o DNA extraído é amplificado com marcadores específicos para a espécie Limnoperna fortunei. Após a amplificação, o DNA é submetido à 15

25 eletroforese de agarose (1,5%) e o padrão de bandas visualizado é utilizado na determinação da presença ou ausência de larvas de L. fortunei na amostra. Essa análise é feita pela comparação com o padrão de bandas formadas por um controle positivo (DNA L. fortunei adulto). Também são amplificadas diluições de 1:10, 1:100 e 1:1000 de todas amostras de DNA extraído, a fim de melhor visualização dos resultados, já que em testes realizados anteriormente, bandas de amostras diluídas em comparação às concentradas foram mais evidentes, pois o excesso de DNA pode inibir sua própria amplificação. As duas análises realizadas são complementares, a análise molecular é mais sensível e está menos suscetível ao erro humano. A análise sob microscópio estereoscópio, embora menos sensível, é a única capaz de quantificar as larvas encontradas (a metodologia para quantificar as larvas de mexilhão na análise molecular não está totalmente concluída), essa técnica também é menos sujeita a falha na conservação da amostra. Em algumas situações como calor intenso, excesso de matéria orgânica e substrato, o DNA pode ser degradado impossibilitando a confiabilidade da análise molecular. Para otimizar o resultado das análise das amostras optou-se em realizar tanto a análise sob microscópio estereoscópio quanto a análise molecular Sub-Programa de Monitoramento de Macrófitas Aquáticas A primeira campanha para o levantamento de macrófitas aquáticas foi realizada em novembro/12. Outras expedições complementares serão realizadas nos meses de fevereiro/13, maio/13 e julho/13, no intuito de avaliar a comunidade de forma sazonal. O material botânico fértil foi coletado e processado segundo técnicas usuais de secagem e montagem e, posteriormente, incorporado aos acervos do Herbário UPCB, pertencente ao departamento de Botânica da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR. Para identificação das espécies foram feitas consultas à bibliografia especializada, como floras, descrições, chaves de identificação, dentre outros estudos a respeito de plantas aquáticas. Além disso, quando necessário, as duplicatas coletadas foram enviadas aos especialistas das diversas famílias botânicas, para confirmação ou determinação das identificações. Neste estudo, as macrófitas aquáticas foram classificadas da seguinte maneira (Pott & Pott, 2000): 16

26 DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E Planta anfíbia: plantas que vivem em áreas alagadas, de hábito arbustivo, arbóreo ou herbáceo. Planta emergente: planta enraizada no fundo, parcialmente submersa. Planta enraizada com folhas flutuantes: planta enraizada no fundo, com caule e/ou ramos e/ou folhas flutuantes. Planta flutuante livre: planta não enraizada no fundo, podendo ser levada pela correnteza. Planta submersa livre: planta não enraizada no fundo, totalmente submersa. Planta submersa fixa: planta enraizada no fundo, com caule e folhas submersas. As espécies de plantas aquáticas e semi-aquáticas, ocorrentes nas margens dos Rios Tibagi, Imbaú, Barra Grande e áreas adjacentes, além de vários pontos no reservatório, em contato com a água, parcialmente emersas ou totalmente submersas foram observadas e registradas nos pontos amostrados (Tabela 6 e Figura 4). Tabela 6 Descrição dos pontos amostrados e respectivas coordenadas geográficas (UTM). Estações Coordenadas Geográficas Descrição E N M Rio Tibagi, a montante de Telêmaco Borba. Margem em alguns pontos sem vegetação, arenosa. Em alguns pontos, o solo está revolvido devido à dragagem. Em outras áreas, mata ciliar preservada (presença de Araucaria). M Rio Tibagi, a jusante da Fábrica da Klabin. Mata ciliar preservada, alguns pontos da margem bem poluídos (lixo doméstico), margem bem íngreme. M Rio Imbauzinho. Margem com mata ciliar preservada, com presença de macrófitas flutuantes e certo grau de poluição doméstica. M Rio Tibagi. Área inundada. M Rio Tibagi, eixo da barragem margem esquerda. M Usina Presidente Getúlio Vargas - Vegetação de margem de braço presente. M Rio Barra Grande, próximo a foz. Margem pouco preservada, em algumas áreas. O ponto está localizado dentro de uma fazenda (Fazenda Santana). Margens com bambus, gramíneas e outras áreas com mata ciliar. M Rio Tibagi Cidade de Tibagi/Parque. Margem exposta. M Rio Imbaú. Margem com mata ciliar preservada, com presença certo grau de poluição doméstica. 17

27 Figura 4 Localização das estações de amostragem de macrófitas aquáticas As estações de amostragem encontram-se ilustradas nas figuras abaixo. Figura 5 Vista Geral das estações M1 (esquerda) e M2 (direita) 18

28 Figura 6 Vista Geral das estações M3 (esquerda) e M4 (direita) Figura 7 Vista Geral das estações M6 (esquerda) e M9 (direita) Figura 8 Vista Geral das estações M10 (esquerda) e M11 (direita) 19

29 Figura 9 Vista Geral da estação M Sub-Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas Malha amostral e freqüência de amostragem No que concerne ao monitoramento do aqüífero freático, este foi realizado através de duas baterias de poços de monitoramento, cada uma composta por 13 poços, com 20 m de profundidade, distanciados 12,5 m uns dos outros, ao longo de uma linha com cerca de 150 m de comprimento. As baterias de piezômetros estão localizadas na margem direita (BP1) e esquerda (BP2) do rio Tibagi, conforme apresentado na Figura 10. A bateria BP1 (Figura 11) se localiza contígua a uma drenagem situada na margem direita do rio Tibagi, na antiga estrada de acesso às minas desativadas da Klabin e ao canteiro de obras da UHE Mauá, logo após as linhas de transmissão de alta tensão que cruza a estrada. Após o enchimento do reservatório, a estrada foi interrompida pelo referido corpo d água a poucos metros da bateria de piezômetros. A bateria BP2 (Figura 12) está localizada na área do segmento do reservatório correspondente ao rio Barra Grande, nas proximidades onde foi construída a ponte sobre este rio que constitui atualmente um braço do reservatório. A bateria de piezômetros encontra-se em uma área coberta por pastagem artificial à esquerda da estrada, antes da cabeceira do flanco direito da ponte referida. Os piezômetros do aqüífero freático implantados nas imediações das margens do reservatório da UHE Mauá foram perfurados em rochas clásticas finas paleozoicas, sendo o substrato constituído 20

30 por folhelhos, síltico-argilosos e algumas lentes de arenitos finos. Geralmente as propriedades hidráulicas são desfavoráveis à infiltração da água e seu acúmulo em subsuperfície. O monitoramento dos aqüíferos profundos foi realizado no período relatado, em cinco poços tubulares profundos localizados na região linderia ao reservatório da UHE Mauá. Aspectos da boca dos poços tubulares profundos estão ilustrados nas figuras abaixo (Figura 13, Figura 14, Figura 15, Figura 16 e Figura 17). As coordenadas de localização dos poços profundos (Tabela 7) e a indicação do início da bateria de piezômetros estão ilustradas na Figura 10. Tabela 7 Localização dos poços tubulares profundos utilizados para o monitoramento da qualidade da água subterrânea na área do reservatório da UHE Mauá. Poço Local Situação UTM (N) UTM (E) P2 IKPC - Parque ecológico Em produção P3 IKPC - Pesquisa florestal Em produção P4 IKPC Viveiro Poço 1 Em produção P5 IKPC - Viveiro Poço 2 Em produção P7 JM - Acesso Em produção Figura 10 Localização dos poços de monitoramento dos aqüíferos profundos e situação das baterias de piezômetros BP1 e BP2, no contexto de um esboço dos compartimentos hidrogeológicos considerados pelo Instituto das Águas do Paraná (extinta SUDERHSA). 21

31 Figura 11 Poço BP1-P01 da bateria de piezômetros BP1 (dezembro/2012). Figura 12 - Poços BP2-P01 e BP2-P02 da bateria de piezômetros BP2 (dezembro/2012). 22

32 Figura 13 Poços P2 Parque Ecológico (maio/2010). Figura 14 Poço P3 Pesquisa florestal da Klabin (maio/2010). 23

33 Figura 15 Poço P4 ViveiroFflorestal-1 da Klabin (maio/2010). Figura 16 Poços P5 Viveiro Florestal-2 da Klabin (fevereiro/2013). 24

34 Figura 17 Cabeça do Poço P7 e estação de tratamento da água para instalações da UHE Mauá (fevereiro/2013). 3 RESULTADOS PRELIMINARES 3.1 Sub-Programa de Monitoramento de Águas Superficiais Monitoramento de parâmetros físico-químicos e biológicos de qualidade de água A Tabela 8 e a Tabela 9, a seguir, mostram os resultados das análises físicas, químicas e microbiológicas das amostras de água coletadas mensalmente nas estações de amostragem localizadas no rio Tibagi e afluentes, além dos respectivos Índices de Qualidade das Águas IQA e Índice de Estado Trófico - IET, referentes ao período monitorado entre os meses de outubro/12 e dezembro/12. Os resultados considerados fora dos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/05 foram destacados em vermelho. Com relação à avaliação da qualidade de água do rio Tibagi e afluentes no período compreendido neste relatório, foram registradas não conformidades com relação à Resolução CONAMA 357/05 para as variáveis ph, fósforo, coliformes termotolerantes, densidade de cianobactérias, clorofila-a e fenóis totais, sendo as mesmas discutidas a seguir. 25

35 Tabela 8 Dados de Qualidade de água das estações E1, E2, E3 e E4, nos meses de outubro/12, novembro/12 e dezembro/13 PONTO Limites* E1 E2 E3 E4 Data da coleta - 22/10/ /11/ /12/ /10/ /11/ /12/ /10/ /11/ /12/ /10/ /11/ /12/2012 Altitude (m) Profundidade de Coleta (m) - 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,97 0,30 0,30 T água ( C) - 22,7 22,4 26,7 23,6 23,2 28,0 21,3 22,7 26,7 26,5 29,6 27,6 OD (mg.l -1 ) 5,00 8,9 8,7 8,2 8,8 8,3 7,3 7,1 7,4 7,2 6,6 8,5 6,8 OD sat (%) - 110,5 108,3 109,7 111,6 104,2 100,6 85,7 92,6 97,0 87,4 119,9 92,7 Secchi (m) - 0,65 0,20 0,50 0,50 0,20 0,30 0,85 0,35 0,95 1,80 0,80 0,45 ph 6,0 a 9,0 7,9 7,0 7,5 8,3 7,1 7,5 7,0 6,9 7,6 7,2 7,7 7,1 Condutividade (µs.cm -1 ) P Total (mg.l -1 ) ** 0,040 0,080 0,059 0,051 0,094 0,093 0,037 0,035 0,035 0,028 0,032 0,026 P Reativo (mg.l -1 ) - 0,011 0,015 0,011 0,013 0,013 0,018 < 0,010 < 0,010 0,010 0,010 < 0,010 < 0,010 N Total (mg.l -1 ) 2,18 *** 2,00 5,30 3,60 1,80 8,00 3,30 1,70 7,90 3,20 1,10 4,30 4,60 Amônia (mg.l -1 ) **** < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 0,08 < 0,08 < 0,08 Nitrito (mg.l -1 ) 1,00 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 Nitrato (mg.l -1 ) 10 0,40 0,80 0,64 0,30 0,79 0,67 0,10 0,27 0,22 0,27 0,55 0,39 Sólidos Totais (mg.l -1 ) Turbidez (NTU) Sulfato Total (mg.l -1 ) 250 1,30 1,41 1,30 5,30 2,85 2,70 0,80 0,80 0,60 3,10 2,87 3,80 Cloreto Total (mg.l -1 ) 250 2,00 2,33 2,20 4,20 2,92 2,90 1,00 0,70 0,60 4,80 2,84 3,60 Sódio (mg.l -1 ) - 2,54 1,94 2,45 6,35 3,51 4,41 2,63 2,74 2,62 5,24 4,73 5,10 Magnésio (mg.l -1 ) - 1,58 1,51 1,48 1,63 1,51 1,46 1,87 1,78 1,76 1,54 1,41 1,44 Potássio (mg.l -1 ) - 2,06 2,37 1,94 2,48 2,57 2,35 2,12 2,29 2,05 2,67 2,48 2,20 Cálcio (mg.l -1 ) - 2,61 2,01 1,97 3,42 2,32 2,15 3,62 3,15 3,32 2,84 2,52 2,50 Alcalinidade Total (mg.l -1 ) Dureza Total (mg.l -1 ) Coliformes Totais (NMP.100mL -1 ) Coliformes Termotolerantes (NMP.100mL -1 ) < 1,8 Fitoplâncton (cel.ml -1 ) Cianobactérias (cel.ml -1 ) DBO (mg.l -1 ) 5,00 3,03 1,76 1,33 3,40 2,83 1,89 1,09 2,02 < 1,00 1,88 1,39 < 1,00 DQO (mg.l -1 ) - 16,91 19,09 16,05 26,37 21,10 16,08 7,02 15,92 10,05 13,06 11,05 4,52 Clorofila-a (10 6 g.l -1 ) 30 45,50 5,30 8,55 34,60 4,30 5,58 4,60 4,51 3,02 10,40 12,62 31,90 N/P Carbono Orgânico Total (mg.l -1 ) - 1,40 2,60 3,30 3,10 2,80 4,70 < 1,00 1,70 1,30 3,40 2,70 4,30 Fenóis Totais (mg.l -1 ) 0,003 0,06 0,03 0,01 Óleos e graxas (mg.l -1 ) Virtualmente ausentes < 1,0 < 1,0 < 1,0 IQA IET * Estabelecidos pela resolução CONAMA 357/05, para rios de classe 2; ** 0,1 mg.l -1 para Ambientes Lóticos (E7 e E9); 0,05 mg.l -1 para Ambientes Intermediários e tributários diretos de ambientes lênticos (E1, E2 e E3), 0,03 mg.l -1 para ambientes lênticos (E4, E6 e E10); *** Ambientes lóticos, quando o nitrogênio for fator limitante para a eutrofização. ****Padrão de qualidade para águas doces de Classe II (Resolução CONAMA 357/2005): Amônia: 3,7 mg/l N, para ph <= 7,5; 2,0 mg/l N, para 7,5 < ph <= 8,0; 1,0 mg/l N, para 8,0 < ph <= 8,5; 0,5 mg/l N, para ph > 8,5. 26

36 Tabela 9 Dados de Qualidade de água das estações E6, E7, E9 e E10, nos meses de outubro/12, novembro/12 e dezembro/13 PONTO Limites* E6 E7 E9 E10 Data da coleta - 24/10/ /11/ /12/ /10/ /11/ /12/ /10/ /11/ /12/ /10/ /11/ /12/2012 Altitude (m) Profundidade de Coleta (m) - 1,00 0,54 1,03 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,84 0,43 0,97 T água ( C) - 22,8 27,7 28,1 20,2 21,8 25,0 20,4 23,4 24,0 23,6 26,4 28,2 OD (mg.l -1 ) 5,00 6,7 11,5 5,7 7,9 6,0 6,2 7,5 8,3 12,1 5,7 9,5 7,8 OD sat (%) - 83,7 156,7 77,5 92,5 72,0 79,1 88,8 103,4 153,9 72,6 125,8 107,6 Secchi (m) - 1,85 1,00 1,90 0,90 1,00 0,90 1,30 1,50 1,00 1,55 0,80 1,80 ph 6,0 a 9,0 7,5 9,6 7,5 7,0 7,1 6,5 7,2 7,7 7,1 7,0 9,0 8,3 Condutividade (µs.cm -1 ) P Total (mg.l -1 ) ** 0,030 0,030 0,023 0,038 0,038 0,029 0,026 0,025 0,033 0,035 < 0,010 0,029 P Reativo (mg.l -1 ) - < 0,010 < 0,010 < 0,010 < 0,010 < 0,010 < 0,010 < 0,010 < 0,010 < 0,010 < 0,010 0,036 < 0,010 N Total (mg.l -1 ) 2,18 *** 1,00 3,10 1,20 2,50 2,40 4,60 1,20 4,50 2,00 1,00 6,50 2,00 Amônia (mg.l -1 ) **** 0,09 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 0,13 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 Nitrito (mg.l -1 ) 1,00 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 Nitrato (mg.l -1 ) 10 0,06 < 0,03 < 0,03 0,20 0,17 0,19 0,11 0,15 0,16 < 0,03 0,04 < 0,03 Sólidos Totais (mg.l -1 ) Turbidez (NTU) Sulfato Total (mg.l -1 ) 250 2,20 3,13 3,60 2,40 1,34 2,00 2,10 3,04 3,50 3,20 3,40 3,30 Cloreto Total (mg.l -1 ) 250 2,30 3,05 3,40 2,40 1,01 1,70 2,20 3,07 3,90 3,20 3,33 3,40 Sódio (mg.l -1 ) - 3,86 5,11 4,58 3,32 3,93 3,58 3,54 4,94 4,27 4,69 5,40 4,55 Magnésio (mg.l -1 ) - 1,34 1,42 1,44 1,44 2,15 1,84 1,33 1,41 1,44 1,46 1,52 1,53 Potássio (mg.l -1 ) - 2,64 2,83 3,37 2,57 2,54 3,14 2,50 2,69 2,99 2,77 2,93 3,52 Cálcio (mg.l -1 ) - 2,47 2,69 2,74 2,78 4,59 4,32 2,38 2,67 2,79 2,74 2,70 2,83 Alcalinidade Total (mg.l -1 ) Dureza Total (mg.l -1 ) Coliformes Totais (NMP.100mL -1 ) Coliformes Termotolerantes (NMP.100mL -1 ) < 1, < 1, Fitoplâncton (cel.ml -1 ) Cianobactérias (cel.ml -1 ) DBO (mg.l -1 ) 5,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 1,49 1,19 < 1,00 1,98 1,38 < 1,00 1,88 4,78 4,28 DQO (mg.l -1 ) - 8,50 11,05 10,55 13,57 8,54 2,01 13,57 11,05 9,55 14,54 27,36 17,59 Clorofila-a (10 6 g.l -1 ) 30 11,40 19,19 8,68 5,50 3,61 2,85 4,60 7,81 3,56 16,90 32,10 14,93 N/P Carbono Orgânico Total (mg.l -1 ) - 2,10 3,20 4,30 1,60 < 1,00 2,30 1,50 2,10 5,00 2,20 3,50 5,40 Óleos e graxas (mg.l -1 ) Virtualmente ausentes < 1,0 < 1,0 < 1,0 IQA IET * Estabelecidos pela resolução CONAMA 357/05, para rios de classe 2; ** 0,1 mg.l -1 para Ambientes Lóticos (E7 e E9); 0,05 mg.l -1 para Ambientes Intermediários e tributários diretos de ambientes lênticos (E1, E2 e E3), 0,03 mg.l -1 para ambientes lênticos (E4, E6 e E10); *** Ambientes lóticos, quando o nitrogênio for fator limitante para a eutrofização. ****Padrão de qualidade para águas doces de Classe II (Resolução CONAMA 357/2005): Amônia: 3,7 mg/l N, para ph <= 7,5; 2,0 mg/l N, para 7,5 < ph <= 8,0; 1,0 mg/l N, para 8,0 < ph <= 8,5; 0,5 mg/l N, para ph > 8,5. 27

37 O ph das águas da região de estudo esteve fora do limite estabelecido pela Resolução CONAMA 357/05, entre 6,0 e 9,0, para rios de Classe 2, somente na estação E6 (reservatório, proximidade da barragem), no mês de novembro/12. Apesar de que nos demais meses e estações, os valores registrados estiveram dentro do limite, vale registrar valor também elevado na estação E10 (rio Barra Grande, reservatório de Mauá), também no mês de novembro/12, com valor de 9,0. Coliformes termotolerantes ultrapassaram o limite estabelecido pela Resolução CONAMA 357/05, para rios de Classe 2 ( NMP.100mL -1 ), nas estações E1, E2, E3 e E7. Nas estações E1 e E2, localizadas a montante e no início do reservatório, estes desacordos variaram entre NMP.100mL -1 (E1) e NMP.100mL -1 (E2) e foram registrados somente no mês de novembro/12. Nas estações E3 (rio Embauzinho) e E7 (rio Tibagi a jusante da casa de força), os desacordos foram registrados em outubro/12, com valores de NMP.100mL -1 (E3) e NMP.100mL -1 (E7). A presença de coliformes termotolerantes, neste caso medidos em concentração de Escherichia coli, é indicativo de contaminação das águas em estudo por material de origem fecal, uma vez que estas bactérias são exclusivas do trato intestinal de animais de sangue quente. A ocorrência de concentrações elevadas de coliformes termotolerantes pode inviabilizar os usos múltiplos da água, conforme preconizado pela Resolução CONAMA 357/05. Fenóis totais vêm sendo avaliados na estação E2, localizada a jusante da cidade de Telêmaco Borba e também da indústria Klabin Papel & Celulose. Desde o início do monitoramento da Fase Rio, e também na atual Fase Reservatório, as concentrações medidas na estação E2 estão acima do limite máximo de 0,003 mg.l -1, estabelecido pela Resolução CONAMA 357/05. No presente período de monitoramento, de outubro/12 a dezembro/12, os valores registrados estiveram até 20 vezes acima do limite, chegando à concentração de 0,06 mg.l -1, no mês de outubro/12. No trimestre de monitoramento anterior, o valor registrado no mês de julho foi 45 vezes superior ao limite. Nas águas naturais, os padrões para os compostos fenólicos são bastante restritivos. Nas águas tratadas, os fenóis reagem com o cloro livre formando os clorofenóis que produzem sabor e odor na água (CETESB, 2009). Segundo Yabe e colaboradores (2000), os fenóis e seus derivados aparecem nas águas naturais através das descargas de efluentes industriais. Podem também ser encontrados em pequenas concentrações em águas superficiais por serem constituintes das plantas, podendo também ser formados durante os processos de humificação no solo, além de serem liberados para o ambiente pela degradação de pesticidas com estrutura fenólica. Também, indústrias de processamento da 28

38 Fósforo Total (mg.l -1 ) DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E borracha, colas e adesivos, resinas impregnantes, componentes elétricos (plásticos) e as siderúrgicas, entre outras, são responsáveis pela presença de fenóis nas águas naturais. Os fenóis são encontrados também em efluentes de indústrias que não tem como base principal de produção o fenol ou seus derivados. Exemplos de indústrias que tem fenóis em seus efluentes são a de papel e celulose, têxtil, cerâmica, mineradoras de carvão, coquerias entre tantas outras (BARBOSA et al., 1994 citado por CESCONETTO-NETO, 2002). Para a avaliação do fósforo total (Figura 18), de acordo com a Resolução CONAMA 357/05, o reservatório de Mauá (estações E2, E4, E6 e E10) foi classificado como ambiente lêntico, em função do seu tempo de residência, que é superior a 40 dias (cerca de 88 dias). Para esta situação, o limite do fósforo para a Classe 2 (0,030 mg.l -1 ) foi ultrapassado nas estações E4 e E10. Na estação E4 (porção média do reservatório), o limite foi ultrapassado no mês de novembro/12, com concentração de 0,032 mg.l -1. Na estação E10, localizada no rio Barra Grande, no reservatório da UHE Mauá, o desacordo ocorreu no mês de outubro/12, quando a concentração de 0,035 mg.l -1 foi registrada. Na estação de reservatório E6, os valores observados não ultrapassaram o limite, no entanto, atingiram o limite (0,030 mg.l -1 ) no período monitorado. Fósforo Total (mg.l -1 ) 0,100 0,090 0,080 0,070 0,060 0,050 0,040 0,030 0,020 0,010 0,000 E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 out/12 nov/12 dez/12 Figura 18 Variações espaciais e temporais do fósforo total na região de estudo. Ainda com relação ao fósforo total, as estações E1, E2 e E3 classificadas como tributários diretos de ambiente lênticos tem seu limite de concentração de fósforo em 0,05 mg.l -1. Este limite foi ultrapassado também na estação E1, a montante do reservatório e da cidade de Telêmaco Borba, nos meses de novembro/12 (0,080 mg.l -1 ) e dezembro/12 (0,059 mg.l -1 ). A estação E2, localizada a 29

39 Nitrogênio Total (mg.l -1 ) DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E montante do reservatório, a jusante do município de Telêmaco Borba e da Indústria Klabin apresentou desacordos em todos os meses de monitoramento, com concentrações que variaram entre 0,051 mg.l -1 e 0,094 mg.l -1. Estas situações vêm sendo registradas ao longo do monitoramento e aportes de fósforo podem contribuir para processos de eutrofização no reservatório. Nas estações E9 e E7, classificadas como ambientes lóticos (0,100 mg.l -1 ), não foram registrados desacordos. Assim como registrado no relatório anterior, também se observa que as estações E1 (montante) e E2 (jusante de Telêmaco Borba) são aquelas onde são registradas as concentrações mais elevadas de fósforo total (Figura 18). No intuito de contribuir com o diagnóstico de nutrientes que influenciam o estabelecimento da comunidade fitoplanctônica, o comportamento espacial e temporal da variável nitrogênio total foi ilustrado na Figura 19. Valores elevados de nitrogênio total foram observados na região de estudo, especialmente nas estações do início do reservatório (E1, E2), bem como dos tributários (E3 e E10). No trimestre anterior, os valores já haviam sido considerados elevados, quando concentrações ao redor de 4,0 mg.l -1 foram registradas. No presente trimestre de monitoramento, valores expressivamente mais elevados foram registrados em novembro/12, e em menor grau em dezembro/12. Em novembro/12, concentrações altas foram observadas em todas as estações, com exceção de E7 (2,4 mg.l -1 ), variando nestes locais entre 3,1 mg.l -1 e 8,0 mg.l -1. No mês de dezembro/12, valores altos foram registrados nas estações E1, E2, E3, E4 e E7, variando entre 3,2 mg.l -1 e 4,6 mg.l -1. Nitrogênio Total (mg.l -1 ) 9,00 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 out/12 nov/12 dez/12 Figura 19 Variações espaciais e temporais do nitrogênio total na região de estudo. 30

40 Apesar do nitrogênio não ser o fator limitante ao crescimento da comunidade fitoplanctônica no reservatório de Mauá, trata-se de um macronutriente que influencia o crescimento dos produtores primários, e pode contribuir para o estabelecimento de processos de eutrofização. A avaliação do nutriente limitante é feita através da análise da relação molar nitrogênio/fósforo (N/P). Segundo Jorgensen & Vollenweider (1989), quando o resultado desta relação é um número superior a 12, o fator limitante é o fósforo, e quando o valor está entre 7 e 12, o fator limitante é o nitrogênio (Tabela 8 e Tabela 9). Os valores registrados para DBO estiveram dentro do limite de 5,0 mg.l -1, constante na Resolução CONAMA 357/05. Assim como no trimestre anterior de monitoramento, a concentração mais elevada registrada ocorreu na estação E10, no mês de novembro/12, de 4,78 mg.l -1. Com relação ao oxigênio dissolvido, não foram registrados desacordos com relação às concentrações de superfície, legisladas pela Resolução CONAMA 357/05. Nesta situação, o limite mínimo é de 5,0 mg.l -1. No entanto, na avaliação do perfil vertical (a ser detalhada em item posterior ) das estações E4, E6 e E10, foi registrada anóxia no reservatório. A comunidade fitoplanctônica, avaliada através da densidade de cianobactérias e a concentração de clorofila-a, também são legisladas pela Resolução CONAMA 357/05. Em ambientes de Classe 2, o limite máximo para a densidade de cianobactérias é de cél.ml -1 e para a clorofila, de 30 µg.l -1. No mês de outubro foram registradas concentrações de cianobactérias que ultrapassaram cél.ml -1, tanto na estação E1, quando na estação E2, demonstrando contribuições de montante ao reservatório. Também a clorofila-a foi observada em valores acima do limite máximo da Resolução nos meses de outubro (E1 e E2), novembro/12 (E10) e dezembro/12 (E4). Pela especificidade do grupo, estas variáveis foram tratadas em detalhes em item a parte (3.1.2) Índice de Qualidade de Água IQA Os índices de qualidade das águas (Figura 20) indicam uma classificação para a qualidade dos corpos hídricos a partir da integração de variáveis de qualidade específicas, de acordo com os múltiplos usos desse recurso (CETESB, 2009). Os valores de IQA, no período avaliado, estiveram entre 60 e 91, indicando águas de boa e ótima qualidade, segundo critérios da CETESB, desde que não apresentem qualquer grau de 31

41 toxicidade. Cabe salientar que este índice apresenta algumas limitações, entre elas a de considerar apenas a sua utilização para o abastecimento público. Temporalmente observa-se que os valores observados foram mais baixos no mês de novembro/12 e, espacialmente, também mais baixos nas estações de montante (E1, E2 e E3), assim como registrado no trimestre anterior. 100 IQA Péssima Ruim Aceit. Boa Ótima E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 out/12 nov/12 dez/12 Figura 20 Variações espaciais e temporais do Índice de Qualidade de Água (IQA) na região de estudo Índice de Estado Trófico IET O Índice de Estado Trófico (IET) tem por finalidade classificar os corpos d água em diferentes graus de trofia (Figura 21). Assim, o IET avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo de cianobactérias, algas e macrófitas aquáticas. O Índice de Estado Trófico foi calculado com base nos valores de Fósforo Total e Clorofila-a obtidos para as estações de monitoramento. Para as estações E1, E2, E3, E7 e E9, foi utilizada a fórmula específica para rios, sendo que para as estações E4, E6 e E10 foi aplicada a fórmula do IET para reservatórios (LAMPARELLI, 2004). Valores mais elevados de IET, que indicam águas mais enriquecidas por nutrientes, foram registrados nas estações E1, E2, E4, E6 e E10, sendo o índice mais elevado registrado para as estações E1 e E2, no mês de outubro/12. Ressalta-se que as estações de reservatório indicaram valores mais 32

42 elevados de IET em relação às estações de rio, por ser mais restritiva a situação encontrada em um reservatório, refletido nas fórmulas de cálculo do índice (Tabela 10). Tabela 10 Resultados do IET por estação de amostragem. Campanha E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Outubro/12 Hipereutrófico Hipereutrófico Mesotrófico Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Mesotrófico Eutrófico Novembro/12 Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Eutrófico Eutrófico Dezembro/12 Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Mesotrófico Eutrófico Média Período Supereutrófico Eutrófico Mesotrófico Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Mesotrófico Eutrófico Hipereutrófico Supereutrófico Eutrófico M esotrófico Oligotrófico Ultraoligotrófico IET - Fase Resevatório E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 out/12 nov/12 dez/12 Figura 21 Variações espaciais e temporais do Índice de Estado Trófico (IET) na região de estudo Índice de Qualidade de Água de Reservatórios IQAR Algumas variáveis limnológicas foram analisadas em duas estações no reservatório, E6 e E10, em duas profundidades ou três profundidades, com objetivo do cálculo do IQAR. Os resultados analíticos relativos à estação E6 encontram se na Tabela 11. Os valores calculados a partir das médias dos meses dos meses de outubro/12, novembro/12 e dezembro/12, para as estações E6 e E10 para o Índice de Qualidade de Água de Reservatórios resultaram nos valores de 3,53 e 4,13, respectivamente. Para a estação E6, o valor calculado classifica as águas do reservatório daquela porção do Mauá como moderadamente degradadas, de acordo com critérios do IAP (2009). Segundo a metodologia do IAP (2009), reservatórios como este são incluídos na Classe III e caracterizam se por 33

43 apresentar déficit considerável de OD na coluna de água, médio aporte de nutrientes e matéria orgânica, grande variedade e/ou densidade de algumas espécies de algas e tendência moderada à eutrofização. A qualidade de água é regular/aceitável. Tabela 11 Resultados analíticos de qualidade de água do reservatório da UHE Mauá, estação E6, em diferentes profundidades. Limites* Reservatório de Mauá - Estação E6 Data da coleta - 24/10/12 21/11/12 12/12/12 Profundidade - Prof. I Prof. II Prof. III Prof. I Prof. II Prof. III Prof. I Prof. II Prof. III Prof. de Coleta (m) - 1,00 19,78 20,50 0,54 28,50 29,50 1,03 31,85 31,00 T água ( C) - 22,8 16,6 16,6 27,7 16,5 16,4 28,1 16,1 16,2 OD (mg.l -1 ) 5,00 6,72 0,14 0,14 11,50 0,00 0,00 5,65 0,00 0,00 P Total (mg.l -1 ) 0,03 0,030 0,019 0,034 0,030 0,034 0,032 0,023 0,044 0,043 N Total (mg.l -1 ) ** 1,00 2,30 2,70 3,10 2,50 2,70 1,20 1,60 1,80 N-NH 3 (mg.l -1 ) *** 0,09 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 N-Nitrito(mg.L -1 ) 1,00 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 N-Nitrato (mg.l -1 ) 10 0,06 0,25 0,18 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 N Total Inorgânico(mg.L -1 ) - 0,18 0,36 0,29 0,14 0,14 0,14 0,14 0,14 0,14 DBO (mgo 2. L -1 ) < 5,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 1,89 < 1,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 DQO (mg.l -1 ) - 8,50 10,05 7,54 11,05 6,03 9,04 10,55 6,53 4,02 Clorofila-a (μg.l -1 ) 30 11,40 19,19 8,68 Fitoplâncton (cel.ml -1 ) Cianobactérias (cel.ml -1 ) Cianobactérias potencialmente tóxicas (cel.ml -1 ) Nível Médio do Reservatório (m) Média Deficit OD da coluna d água (%) , , ,70 Disco de Secchi (m) - 1,9 1,0 1,9 Profundidade Média (m) - 25,50 Profundidade Máx. (m) - 77,50 Tempo de Residência (dias) - 88 IQAR Parcial - 3,59 3,71 3,28 IQAR Trimestral - 3,53 Classe III Moderadamente Degradado * Estabelecidos pela resolução CONAMA 357/05, para rios de classe 2 **Ambientes lênticos: < 1,27mg.L-1 e ambientes lóticos: < 2,18mg.L-1; quando o nitrogênio for fator limitante para a eutrofização. *** 3,7mg/L em águas de ph 7,5; 2,0mg/L em águas de ph entre 7,5 e 8,0; 1,0mg/L em águas de ph entre 8,0 e 8,5; 0,5mg/L em águas de ph> 8,5 Para a estação E10 (Tabela 12), o resultado do índice, de 4,13, classificou a porção do reservatório referente ao braço do rio Barra Grande como um ambiente criticamente degradado a poluído. Segundo a metodologia do IAP (2009), reservatórios como este são incluídos na Classe IV e apresentam entrada de matéria orgânica capaz de produzir uma depleção crítica nos teores de oxigênio dissolvidos na coluna de água, aporte considerável de nutrientes, alta tendência à eutrofização, ocasionalmente desenvolvimento maciço de populações de algas, ocorrência de reciclagem de nutrientes, baixa transparência da água associada à alta turbidez biogênica. A partir desta classe é possível a ocorrência de mortandade de peixes em determinados períodos de déficit de oxigênio dissolvido. A qualidade da água é crítica/ruim. Para a estação E6, os fatores que mais influenciaram o valor do índice foram o déficit de oxigênio na coluna de água (95,7% em dezembro/12) e a concentração de clorofila-a (19,19 µg.l -1 em novembro/12). Na estação E10, as variáveis influenciadoras foram o déficit de oxigênio dissolvido 34

44 (91,23% em dezembro/12), a concentração de clorofila-a (32,10 µg.l -1 em novembro/12), a média da concentração de fósforo e de nitrogênio inorgânico, além da DQO. Tabela 12 Resultados analíticos de qualidade de água do reservatório da UHE Mauá, estação E10, em diferentes profundidades. Limites* Data da coleta - 23/10/12 20/11/12 12/12/12 Profundidade - Prof. I Prof. II Prof. III Prof. I Prof. II Prof. III Prof. I Prof. II Prof. III Prof. de Coleta (m) - 0,84 14,32 16,00 0,43 25,70 29,50 0,97 26,20 25,50 T água ( C) - 23,6 18,2 17,5 26,4 17,1 16,5 28,2 17,3 17,6 OD (mg.l -1 ) 5,00 5,74 0,16 0,16 9,45 0,06 0,06 7,84 0,00 0,00 P Total (mg.l -1 ) 0,03 0,035 0,034 0,043 < 0,010 0,121 0,119 0,029 0,160 0,189 N Total (mg.l -1 ) ** 1,00 1,60 1,40 6,50 4,30 5,50 2,00 3,40 3,40 N-NH 3 (mg.l -1 ) *** < 0,08 0,21 0,26 < 0,08 0,63 0,61 < 0,08 1,39 < 0,08 N-Nitrito(mg.L -1 ) 1,00 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 N-Nitrato (mg.l -1 ) 10 < 0,03 < 0,03 < 0,03 0,04 0,06 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 N Total Inorgânico(mg.L -1 ) - 0,14 0,27 0,32 0,15 0,72 0,67 0,14 1,45 0,14 DBO (mgo 2. L -1 ) < 5,00 1,88 < 1,00 1,49 4,78 10,08 10,96 4,28 < 1,00 < 1,00 DQO (mg.l -1 ) - 14,54 14,04 12,54 27,36 24,87 23,38 17,59 14,57 7,03 Clorofila-a (μg.l -1 ) 30 16,90 32,10 14,93 Fitoplâncton (cel.ml -1 ) Cianobactérias (cel.ml -1 ) Cianobactérias potencialmente tóxicas (cel.ml -1 ) Nível Médio do Reservatório (m) Média Deficit OD da coluna d água (%) , , ,23 Disco de Secchi (m) - 1,6 0,8 1,8 Profundidade Média (m) - 25,50 Profundidade Máx. (m) - 77,50 Tempo de Residência (dias) - 88 IQAR Parcial - 3,63 4,46 4,31 IQAR Trimestral - 4,13 Classe IV Criticamente Degradado à Poluído * Estabelecidos pela resolução CONAMA 357/05, para rios de classe 2 Reservatório de Mauá - Estação E10 **Ambientes lênticos: < 1,27mg.L-1 e ambientes lóticos: < 2,18mg.L-1; quando o nitrogênio for fator limitante para a eutrofização. *** 3,7mg/L em águas de ph 7,5; 2,0mg/L em águas de ph entre 7,5 e 8,0; 1,0mg/L em águas de ph entre 8,0 e 8,5; 0,5mg/L em águas de ph> 8, Perfis de Temperatura e Oxigênio Dissolvido As medidas de temperatura e oxigênio dissolvido foram realizadas com o intuito do estabelecimento dos padrões de circulação em diferentes regiões do reservatório. Neste sentido, estas variáveis são avaliadas metro a metro nas estações E4 (porção média do reservatório), E6 (porção lacustre próximo à barragem) e E10 (porção alagada do rio Barra Grande). No período monitorado, as profundidades totais observadas em cada estação de amostragem variaram, especialmente em função de se tratar do período de enchimento do reservatório, onde o nível está em contínua alteração e também em função dos acessos aos locais de amostragem, que se alteram de um mês para outro, em função de alterações nas margens do corpo hídrico. Estas profundidades estão indicadas na Tabela

45 Tabela 13 Profundidades Máximas medidas nas estações de amostragem do reservatório da UHE Mauá, ao longo do monitoramento (enchimento). Estação Data Profundidade 24/10/12 30 m E4 21/11/12 37 m 13/12/12 45 m 24/10/12 30 m E6 21/11/12 54 m 12/12/12 58 m 23/10/12 24 m E10 20/11/12 49 m 12/12/12 47 m No presente trimestre de monitoramento, as três estações avaliadas apresentaram estratificação térmica e química, com hipóxia ou anóxia de fundo. Na estação E4 (Figura 22), a estratificação do reservatório inicia-se próximo à superfície. No mês de outubro/12, há perda de mais de 4 o C, nos primeiros 4 metros e perda gradativa de temperatura em direção ao fundo, caracterizando a estratificação térmica. Em relação ao oxigênio dissolvido, há perda de quase 4 mg.l -1, também nos primeiros 4 metros, e mais significativamente em relação ao fundo do reservatório, naquela estação. Em 7 metros, há o registro de hipóxia hipolimnética, com concentração de 2,5 mg.l -1. A partir de 18 metros as concentrações são inferiores a 1,0 mg.l -1, chegando a 0,3mg.L -1 na região de fundo. No mês de novembro/12, observam-se duas camadas distintas de estratificação no reservatório, na estação E4, uma estabelecida nos primeiros três metros, com perda de mais de 3 o C, e outra em, aproximadamente 18 metros de profundidade, com nova perda de mais de 4 o C, em menos de 1 m. O perfil químico também acompanhou o perfil térmico, apresentando-se estratificado, com anóxia de fundo, a partir de 17 m de profundidade. No mês de dezembro/12, verifica-se pequena circulação nos primeiros 3 a 4 metros, com forte estratificação térmica e de oxigênio dissolvido a partir desta profundidade. A termoclina pode ser observada a partir de três metros, com perda gradativa de temperatura da superfície em relação ao fundo. Com relação às concentrações de oxigênio dissolvido, registra-se hipóxia hipolimética em 6 m (OD = 2,4 mg.l -1 ). A partir desta profundidade as concentrações de OD caem fortemente, com concentração de 0,7 mg.l -1 em 7 m e anóxia a partir de 8 m. 36

46 profundidade (m) profundidade (m) N. m = 628 m profundidade (m) N. m = 632 m N. m = 631 m DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E de outubro de 2012 temperatura ( C) secchi oxigênio dissolvido (mg.l -1 ) de novembro de 2012 temperatura ( C) secchi oxigênio dissolvido (mg.l -1 ) de dezembro de 2012 temperatura ( C) secchi oxigênio dissolvido (mg.l -1 ) Figura 22 Perfis verticais de Temperatura e Oxigênio Dissolvido na estação E4. Na estação E6 (Figura 23), bons nível de oxigenação de superfície foram observados nos três eventos de amostragem. No mês de outubro/12, ocorreu circulação da camada superficial, até, aproximadamente 5 m. A partir desta profundidade observou-se estratificação térmica e de oxigênio dissolvido, com hipóxia estabelecida em 6 m (2,1 mg.l -1 ) e oxiclina iniciada em 7 m. A partir desta profundidade, as concentrações de oxigênio variaram entre 0,6 mg.l -1 e 0,1 mg.l -1 até o fundo do reservatório, naquela estação de monitoramento. Nos meses de novembro/12 e dezembro/12, os perfis observados foram semelhantes, com estratificação térmica e química desde a superfície e anóxia a partir de 4 m (dezembro/12) e 5 m (novembro/12). Em ambos os meses, o perfil de temperatura mostrou-se estratificado com perda significativa e contínua de temperatura da superfície em relação ao fundo. 37

47 profundidade (m) profundidade (m) N.m = 628 m profundidade (m) N. m = 632 m N. m = 631 m DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E de outubro de 2012 temperatura ( C) secchi oxigênio dissolvido (mg.l -1 ) de novembro de 2012 temperatura ( C) secchi oxigênio dissolvido (mg.l -1 ) de dezembro de 2012 temperatura ( C) secchi oxigênio dissolvido (mg.l -1 ) Figura 23 Perfis verticais de Temperatura e Oxigênio Dissolvido na estação E6. Na estação E10 (Figura 23), o comportamento observado dos perfis verticais de oxigênio e temperatura foram semelhantes aos descritos para a estação E6. Bons níveis de oxigenação de superfície foram observados nos três eventos de amostragem. No mês de outubro/12, ocorreu circulação da camada superficial, mas somente nos 3 primeiros metros. Na sequência, observou-se estratificação, tanto térmica quanto química, a partir de 4 m de profundidade. A partir desta profundidade, as concentrações de oxigênio variaram entre 2,8 mg.l -1 e 0,1 mg.l -1 até o fundo do reservatório, naquela estação de monitoramento. Nos meses de novembro/12 e dezembro/12, os perfis observados também foram semelhantes entre si, com estratificação térmica e química desde a superfície, hipóxia registrada a partir de 7 m (novembro/12) e 4 m (dezembro/12) e anóxia a partir de 11 m (dezembro/12) e 18 m (novembro/12). Em ambos os meses, o perfil de temperatura mostrou-se estratificado com perda significativa e contínua de temperatura da superfície em relação ao fundo. 38

48 profundidade (m) profundidade (m) N.m = 628 m profundidade (m) N. m = 632 m N. m = 631 m DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E 23 de outubro de 2012 temperatura ( C) secchi de novembro de 2012 temperatura ( C) secchi oxigênio dissolvido (mg.l -1 ) oxigênio dissolvido (mg.l -1 ) 12 de dezembro de 2012 temperatura ( C) secchi oxigênio dissolvido (mg.l -1 ) Figura 24 Perfis verticais de Temperatura e Oxigênio Dissolvido na estação E10. 39

49 3.1.2 Monitoramento da Comunidade Fitoplanctônica A comunidade fitoplanctônica foi representada pelas seguintes classes de algas: Cyanophyceae, Chlorophyceae, Prasinophyceae, Chlamydophyceae, Zygnemaphyceae, Bacillariophyceae, Cryptophyceae, Chrysophyceae, Euglenophyceae, Dinophyceae e Xanthophyceae. Espécies, representando as diferentes classes, encontram-se ilustradas a seguir (Figura 25 e Figura 26). Cyanophyceae Aphanocapsa delicatissima Aphanocapsa incerta Aphanocapsa holsatica Microcystis aeroginosa Coelomoron sp. Chroococcus sp.1 Chroococcus sp.2 Dolichospermum sp.2 Merismopedia tenuissima Merismopedia trolleri Dinophyceae Cylindrospermopsis raciborskii Chlamydophyceae Dolichospermum planctonicum Pseudoanabaena mucicola Peridinium wisconsinense Peridinium sp.9 Zygnemaphyceae Chlamydomonas sp.2 Prasinophyceae Chlamydonephris pommiformis Chlorogonium fusiforme Volvox sp. Mougeotia sp.1 Cryptophyceae Pedinomonas sp. Nephroselmis sp. Cryptomonas brasiliensis Cryptomonas sp.2 Rhodomonas lacustris Figura 25 - Representantes do fitoplâncton no rio Tibagi e afluentes, na região do empreendimento UHE Mauá. 40

50 A comunidade fitoplanctônica ao longo do rio Tibagi foi analisada em estudos prévios, com registro de 139 e 170 algas, respectivamente na fase rio (LACTEC, 2011) e nos primeiros três meses de monitoramento da fase reservatório (LACTEC, 2012), predominando as Bacillariophyceae (diatomáceas) e as Chlorophyceae (algas verdes). Chlorophyceae Characium sp. Nephrochlamys subsolitaria Dyctiosphaerium pulchellum Micractinium pusillum Diplochloris lunata Coronastrum sp. Coronastrum sp. Diplochloris raphidioides Eutetramorus fottii Eutetramorus sp. Xanthophyceae Desmodesmus acuminatus Desmodesmus sp.38 Desmodesmus sp.40 Pediastrum duplex Tetraëdriella jovetii Bacillariophyceae Urosolenia longiseta Urosolenia eriensis Aulacoseira pusilla Aulacoseira granulata var. australiensis Euglenophyceae Chrysophyceae Discostella stelligera Asterionella formosa Trachelomonas sp.2 Kephyrion sp.2 Chromulina gyrans Chrysophyceae sp.6 Figura 26 - Representantes do fitoplâncton no rio Tibagi e afluentes, na região do empreendimento UHE Mauá. Estudos desenvolvidos por Bittencourt-Oliveira (2002), baseada em amostras coletadas no ano de 1990 e 1991, nas quais se registraram 202 táxons de microalgas em amostras coletadas com rede. 41

51 Segundo Round (1979), diatomáceas e clorofíceas cocóides tendem a ser as algas mais comuns em ambientes límnicos, pois necessitam de pouca turbulência para completarem seu ciclo de vida. Bittencourt-Oliveira (2002), analisando amostras do rio Tibagi, encontrou predominância de 48,5% de Zygnemaphyceae, 25% de Bacillariophyceae e 10% de Chlorophyceae. Estudos quantitativos do fitoplâncton e estimativas da clorofila-a (Figura 27, Figura 28 e Figura 29) foram realizados e apresentaram boa correlação p = 0,88 (outubro/12); p = 0,96 (novembro/12) e p = 0,98 (dezembro/12). O valor médio referente à quantificação de clorofila-a (12,6 µg.l -1 ) foi relativamente mais elevado do que o obtido na fase rio do empreendimento (1,0 µg.l -1 ), e semelhante ao encontrado no trimestre anterior julho/agosto/setembro de 2012 (13,8 µg.l -1 ). Estes valores, superiores aos da fase rio do empreendimento, eram esperados, pois ambientes mais lênticos facilitam o crescimento de algas. As densidades celulares médias dos períodos entre julho/12 e setembro/12 ( cél.ml -1 ) e outubro/12 a dezembro/12 ( cél.ml -1 ), também foram bem superiores à da fase rio de monitoramento (894 cél.ml -1 ). No trimestre foco deste relatório, os valores foram mais elevados em outubro/12 (média cél.ml -1 ) e em novembro/12 ( cél.ml -1 ), sendo inferior em dezembro/12 ( cél.ml -1 ). Os valores correspondem ao esperado para ambientes límnicos, onde as algas encontram maior facilidade de sobrevivência pela menor turbulência e turbidez das águas (TUNDISI & TUNDISI, 2005) (Figura 27). Densidade celular do Fitoplâncton - trimestral Clorofila-a - trimestral cél.ml Outubro Novembro Dezembro E1 E2 E4 E6 E7 E9 E3 E10 µg.l Outubro Novembro Dezembro E1 E2 E4 E6 E7 E9 E3 E10 Figura 27 - Contribuição mensal das classes do fitoplâncton, dos valores de densidades celulares e da clorofila-a, por estação de coleta, no período entre outubro/12 e dezembro/12. 42

52 As classes que predominaram em outubro/12 foram Cyanophyceae e Chlorophyceae. As estações localizadas no rio Tibagi apresentaram elevada biomassa algal (densidades acima de cél.ml -1 e clorofila-a de 30 µg.l -1 ) neste mês, pela abundância de cianobactérias coloniais, tais como: Aphanocapsa spp., Merismopedia spp. e Coelomoron sp. (estações E1 e E2), e de Microcystis aeruginosa e Pseudanabaena mucicola (estação E4). A clorofícea Eutetramorus spp foi representativa nas demais estações de coleta, destacando-se que em E6 registraram-se cerca de cél.ml -1 (Figura 28). 100% Outubro Outubro % 60% 40% 20% cél.ml µg.l -1 0% E1 E2 E4 E6 E7 E9 E3 E Cyanophyceae Chlorophyceae Prasinophyceae Chlamydophyceae Zygnemaphyceae Bacillariophyceae Cryptophyceae Chrysophyceae Outros 0 Densidade Celular Clorofila 0 Figura 28 - Contribuição percentual das classes do fitoplâncton, dos valores de densidades celulares e da clorofila-a, por estação de coleta, no período entre outubro/12. Em novembro/12, as Zygnemaphyceae, Chlorophyceae e Cyanophyceae foram representativas (Figura 29). A alga verde Mougeotia, uma Zygnemaphyceae filamentosa, de biomassa elevada, foi proporcionalmente representativa nas estações E1, E2, E4, em novembro/12. Este grupo de algas apresenta afinidade com águas de ph mais baixo (Figura 29). Em E6, detectou-se a Chlamydophyceae Vovox sp, espécie cenobial móvel ( cél.ml -1 ), que juntamento com Eutetramorus e Aphanocapsa delicatissima totalizaram 98,5% do total do fitoplâncton ( cél.ml -1 ). A clorofícea colonial Eutetramorus fottii foi a responsável pela floração, na estação E10, e pela elevação da densidade celular registrada na estação E6, que correspondem, respectivamente aos rios Barra Grande e Tibagi (próximo ao eixo da barragem) (Figura 29). Em dezembro/12, proporcionalmente, também predominaram espécies das classes Zygnemaphyceae, Chlorophyceae e Cyanophyceae (Figura 29). Novamente, foi Mougeotia a responsável pela densidade mais alta na estação E4 ( ind.ml -1 ) no mês. Em E10, Aphanocapsa delicatissima e Eutetramorus sp. perfizeram 94,5% do total de algas do plâcton ( cél.ml -1 ). 43

53 100% 80% 60% 40% 20% 0% Novembro 2012 E1 E2 E4 E6 E7 E9 E3 E10 cél.ml Novembro µg.l -1 Cyanophyceae Chlorophyceae Prasinophyceae Chlamydophyceae Zygnemaphyceae Bacillariophyceae Cryptophyceae Chrysophyceae Outros 0 Densidade Celular Clorofila 0 100% 80% 60% 40% 20% 0% Dezembro 2012 E1 E2 E4 E6 E7 E9 E3 E10 cél.ml Dezembro µg.l -1 Cyanophyceae Chlorophyceae Prasinophyceae Chlamydophyceae Zygnemaphyceae Bacillariophyceae Cryptophyceae Chrysophyceae Outros 0 Densidade Celular Clorofila 0 Figura 29 - Contribuição percentual das classes do fitoplâncton, dos valores de densidades celulares e da clorofila-a, por estação de coleta, no período entre outubro/12 e dezembro/12. Registros de cianobactérias potencialmente tóxicas constam na Tabela 14. Microcystis aeruginosa foi a cianobactéria que ocorreu em maior densidade ( cél.ml -1 ), mas abaixo dos valores considerados floração ( cél.ml -1 ). Tabela 14 - Ocorrência de cianobactérias (cél.ml -1 ) potencialmente tóxicas no reservatório de Mauá, no período entre outubro/12 e dezembro/12. Outubro/12 Novembro/12 Dezembro/12 Espécie E1 E2 E3 E4 E6 E9 E10 E4 Dolichospermum planctonicum Dolichospermum solitarium Dolichospermum sp Microcystis aeruginosa Cylindrospermopsis raciborskii Phormidium sp Pseudanabena sp

54 Comentários sobre as algas que ocorreram em maiores densidades ou que se caracterizam pela potencialidade tóxica. Espécies do gênero Microcystis, presentes em novembro/12 (particularmente, na estação E4, com densidade de cél.ml -1 ), são potencialmente produtoras de microcistina, substância hepatotóxica que pode provocar necrose dos hepatócitos ou aparecimento de tumores no fígado (bioensaios). A toxicidade varia de espécie para espécie, ou seja, dentro dos gêneros podem ocorrer cepas produtoras e não produtoras de toxinas, dependendo da dinâmica populacional e competição entre as populações, ou da presença de estressores ambientais. As cianobactérias apresentam elevada capacidade adaptativa aos mais diversos ambientes, sendo consideradas excelentes colonizadoras ambientais. Os mecanismos que favorecem sua dominância em sistemas aquáticos eutrofizados são as habilidades de armazenamento do fósforo e de migração na coluna d água. A presença de aerótopos nas células de Microcystis spp. possibilita melhor posicionamento na zona eufótica e proteção contra a fotoinibição, quando as colônias encontram-se na superfície da coluna d água. Conseqüentemente, as estratégias altamente competitivas da cianobactéria passam a inibir o aparecimento de outras algas planctônicas. Outros fatores que contribuem para a ocorrência de florações de cianofíceas são as temperaturas da água acima de 20 C, a possibilidade de estes organismos realizarem fotossíntese em profundidades com menor luminosidade, em não constituírem o alimento prefencial do zooplâncton e maior competitividade quando o ph do ecossistema é elevado e há baixa disponibilidade de CO 2 (CALIJURI et al., 2006). Cylindrospermopsis raciborskii, cianobactéria potencial produtoras de toxinas, foi detectada nas amostras coletadas durante o trimestre, mas em baixa densidade. A ocorrência da espécie já havia sido reportada em coletas anteriores, com certa frequência. Cylindrospermopsis raciborskii é uma espécie potencialmente tóxica freqüente em sistemas límnicos brasileiros eutrofizados. Várias cepas produtoras de saxitoxinas e neosaxitoxinas já foram identificadas no país. Estas neurotoxinas estão entre as mais potentes já analisadas (SANT ANNA et al., 2008; CALIJURI et al., 2006; BOUVY et al., 2000). A ocorrência de florações de Cylindrospermopsis raciborskii tem sido constantemente relatada em águas superficiais para abastecimento público, caracterizando sérios problemas às estações de tratamento, riscos à saúde e comprometimento da qualidade da água (FUNASA, 2003; TUCCI & SANT ANNA, 2003). Segundo Beyruth & Pereira (2002), Cylindropermopsis raciborskii foi associada à mortandade de peixes em vários reservatórios paulistas. Sua permanência nos ambientes está associada às eficazes estratégias de sobrevivência que possuem 45

55 e alta capacidade de adaptação. Estes organismos conseguem migrar na coluna d água, buscando as melhores condições de vida, estocando boa quantidade de fósforo em suas células. Desenvolvem-se bem sob baixa luminosidade e temperaturas mais elevadas. São impalatáveis ao zooplâncton, não sendo sensíveis à herbivoria, podendo inclusive oferecer certa toxicidade a esta biocenose. Os tricomas finos e alongados não promovem sombreamento como outras cianobactérias (Microcystis spp), permitindo a coexistência de outras espécies (TUCCI & SANT ANNA, 2003). Há possibilidade de ocorrerem problemas de superpopulação de Cylindrospermopsis raciborskii no reservatório da UHE Mauá, pois se acredita que, com a instalação da barragem e consequente diminuição da velocidade das águas do rio, haverá maior concentração de nutrientes, condições ideais para ocorrência de florações. Salienta-se que, Cylindrospermopsis raciborskii tem sido registrada em elevadas concentrações nos reservatórios de UHEs instaladas no rio Pitangui (UHE São Jorge e UHE Pitangui) localizados na bacia do Tibagi, a mesma da UHE Mauá. O conhecimento das condições que favorecem o desenvolvimento desta espécie, potencialmente neurotóxica e fortemente competitiva, dará suporte às decisões de manejo no caso de florações de Cylindrospermopsis. Alerta-se sobre a ocorrência de Dolichospermum spp., apesar de presentes em baixas densidades, são frequentes causadoras de florações em reservatórios e potenciais produtoras de microcistina (hepatotóxica), anatoxina-a (neurotóxica) e saxitoxina (neurotóxica). A anatoxina, em animais selvagens e domésticos, podem provocar sinais de envenenamento, tais como: desequilíbrio, contrações musculares desordenadas, respiração ofegante, convulsões e cianose, podendo ocorrer morte por parada respiratória. A ingestão de saxitoxinas pode ocasionar tontura, adormecimento da boca e extremidades, fraqueza muscular, náusea, vômito, sede e taquicardia, desaparecendo os sintomas entre 1 e 6 dias. Mas, em doses letais, pode haver morte em minutos (CALIJURI et al. 2006). São conhecidas algumas espécies de Pseudoanabaena produzindo microcistinas (hepatotoxinas) e MIB (Metil-isoborneol), esta última substância atribui forte odor de BHC (Hexaclorociclo-hexano) às águas (CHORUS & BARTRAM, 1999). As espécies de cianofíceas Aphanocapsa spp. e Merismopedia sp., da mesma forma que todos os gêneros de cianobactérias, contêm lipopolissacarídeos (LPS) com efeitos dermatotóxicos na composição dos envoltórios celulares. Após o contato direto com as dermatotoxinas pode haver manifestação da seguinte sintomatologia: vermelhidão e lesões na pele, irritação nos olhos, 46

56 conjutivite, urticária, obstrução nasal e asma (CALIJURI et al., 2006), mas não são potencialmente produtoras de hepatotoxinas ou neurotoxinas. Eutetramorus fottii, uma clorofícea cocóide colonial com mucilagem, e Mougeotia sp., uma espécie de alga verde filamentosa, de elevada biomassa, foram registradas em elevadas densidades no trimestre. Refletem as condições moderadamente degradadas das águas, que possuem maior disponibilidade de nutrientes. Florações de algas verdes, apesar de não serem potencialmente tóxicas, podem ser nocivas, pois causam entupimento de filtros, alteração no odor e no sabor da água tratada e dificultam a sobrevivência dos demais grupos fitoplanctônicos (YUNES et al., 2005) Monitoramento da Comunidade Zooplanctônica O represamento de um rio resulta em grandes transformações nas comunidades biológicas a jusante e montante da barragem. Segundo Thornton (1990) os reservatórios possuem características espaciais bem definidas, apresentando geralmente uma sequência longitudinal onde predominam zonas fluviais, zonas de transição e zonas lacustres. As interações que ocorrem entre o fluxo do rio, a bacia do reservatório e a coluna de água conduzem à formação de um gradiente longitudinal (no corpo central do reservatório) das variáveis abióticas e bióticas (KENNEDY, 1999). Por outro lado, tributários e canais laterais do rio represado podem contribuir para a formação de um gradiente lateral (WARD, 1989; VAN DEN BRINK et al., 1994). O zooplâncton nestes ecossistemas artificiais responde a essas interações apresentando um gradiente longitudinal e lateral, onde são esperadas maiores densidades nas zonas de transição entre o rio principal e reservatório e entre tributários e reservatório (zonas de remanso) (MARZOLF, 1990). Ainda, outras funções de força, como alterações climatológicas e o tempo de residência de água, podem interferir na estrutura e dinâmica dessa comunidade em reservatórios (TUNDISI et al., 2008). Após a formação do reservatório, a sucessão de espécies zooplanctônicas é evidenciada durante a colonização. Espécies r estrategistas, como protozoários e rotíferos, são as primeiras a colonizar o novo ambiente, seguidas por espécies k estrategistas, como copepódes calanóides (ROCHA et al., 1995). De modo geral, esses organismos são favorecidos nessas condições, estabelecendo assembléias em um curto período de tempo após o represamento. 47

57 Composição e riqueza Nas 24 amostras analisadas qualitativamente e quantitativamente no trimestre de outubro/12 a dezembro/12, foi identificado um total de 78 táxons, dos quais 51 pertencem aos rotíferos, 17 aos cladóceros e dez aos copepódes. Entre as 16 Famílias registradas para os rotíferos, Brachionidae (12 táxons), Notommatidae e Trichocercidae (seis táxons) foram as mais representativas. Para os cladóceros sete Famílias foram registradas, sendo Chydoridae (seis táxons) e Daphniidae (cinco táxons) as que apresentaram maior riqueza de táxons. Os copepódes registraram duas Famílias (Cyclopidae e Diaptomidae) com maior número de táxons observado para Cyclopidae. No mês de outubro/12, os rotíferos mais frequentes nas amostras foram Polyarthra vulgaris (100%), Kellicottia bostoniensis (75%), Keratella lenzi (75%) e os Bdelloidea (63%). Os cladóceros com maior ocorrência no período foram Diaphanosoma brevireme com 75%, Bosmina hagamanni e Ceriodaphnia reticulata com 63%. Para os copepódes da Ordem Cyclopoida, os náuplios ocorreram em 100 % das amostras e os copepoditos em 88 %, dados similares aos obtidos no trimestre passado. As espécies mais frequentes foram Microcyclops sp. e Acanthocyclops sp. (Tabela 15). Tabela 15 - Lista e frequência de ocorrência do zooplâncton registrados nas amostras de zooplâncton na área de influência da UHE de Mauá no mês de outubro/2012. UHE MAUÁ Outubro/12 E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. % ROTIFERA Brachionidae Anuraeopsis navicula X 13 Brachionus angularis X 13 Brachionus calyciflorus X X 25 Brachionus mirus angustus X 13 Brachionus quadridentatus X X 25 Kellicottia bostoniensis X X X X X X 75 Keratella americana X X X 38 Keratella cochlearis X X X X X 63 Keratella lenzi X X X X X X 75 Keratella tropica X X 25 Platyias quadricornis X X 25 Collothecidae Collotheca sp. X 13 Conochilidae Conochilus unicornis X X X 38 Colurellidae Lepadella patella X 13 Epiphanidae 48

58 UHE MAUÁ Outubro/12 E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. % Epiphanes clavulata X X 25 Euchlanidae Euchlanis dilatata X X X 38 Fillinidae Filinia longiseta X 13 Filinia pjeleri X X 25 Hexarthridae Hexarthra intermedia braziliensis X X X 38 Lecanidae Lecane bulla X X 25 Lecane lunaris X X X X 50 Lecane stenroosi X 13 Notommatidae Cephalodella gibba X X X 38 Notommata copeus X X 25 Notommata sp. X X 25 Gastropodidae Ascomorpha ecaudis X 13 Synchaetidae Ploesoma truncatum X X X 38 Polyarthra vulgaris X X X X X X X X 100 Synchaeta longipes X X 25 Testudinellidae Testudinella patina X 13 Trichocercidae Trichocerca capuccina X 13 Trichocerca cylindrica chattoni X X X X 50 Trichocerca mus X X 25 Trichocerca pusilla X X X X 50 Trichocerca scipio X 13 Trichocerca similis grandis X X 25 Trichotriidae Trichotria tetractis X X 25 Ordem Bdelloidea X X X X X 63 CLADOCERA Bosminidae Bosmina hagmanni X X X X X 63 Bosminopsis deitersi X 13 Chydoridae Alona monacantha X 13 Chydorus eurynotus X X 25 Daphniidae Ceriodaphnia cornuta X 13 Ceriodaphnia reticulata X X X X X 63 49

59 UHE MAUÁ Outubro/12 E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. % Ceriodaphnia silvestrii X X X X 50 Daphnia gessneri X X X 38 Daphnia parvula X X X 38 Ilyocryptidae Ilyocryptus spinifer X X 25 Moinidae Moina minuta X 13 Sididae Diaphanosoma brevireme X X X X X X 75 COPEPODA Cyclopidae Acanthocyclops sp. X X X X X 63 Mesocyclops longisetus X 13 Microcyclops sp. X X X X X X 75 Paracyclops fimbriatus andinus X 13 Thermocyclops decipiens X 13 Cyclopoida sp. 2 X X 25 Diaptomidae Argirodiaptomus furcatus X X 25 Calanoida sp. 1 X X X 38 Calanoida sp. 2 X X 25 Náuplios Calanoida X X X X X 63 Cyclopoida X X X X X X X X 100 Copepodito Calanoida X X 25 Cyclopoida X X X X X X X 88 Em novembro/12, os rotíferos Trichocerca cylindrica chattoni e a Ordem Bdelloidea foram registradas em 63% das amostras. Entre os cladóceros, Bosmina hagmanni registrou 75% de frequência e Ceriodaphnia reticulata, Ceriodaphnia silvestrii, Daphnia gessneri e Diaphanosoma brevireme 50%. Os náuplios (88%) e copepoditos de Cyclopoida (75%) mantiveram-se como os táxons mais frequentes para os copepódes seguidos de Acanthocyclops sp. (63%) (Tabela 16). Tabela 16 - Lista e frequência de ocorrência do zooplâncton registrados nas amostras de zooplâncton na área de influência da UHE de Mauá no mês de novembro/2012. UHE MAUÁ Novembro/12 E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. % ROTIFERA Brachionidae Brachionus mirus angustus X 13 50

60 UHE MAUÁ Novembro/12 E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. % Kellicottia bostoniensis X X X X 50 Keratella americana X 13 Keratella cochlearis X X X X 50 Keratella lenzi X X X 38 Keratella tropica X 13 Collothecidae Collotheca sp. X 13 Conochilidae Conochilus coenobasis X 13 Conochilus unicornis X X 25 Dicranophoridae Aspelta angusta X 13 Dicranophorus epicharis X 13 Fillinidae Filinia longiseta X 13 Filinia pjeleri X 13 Hexarthridae Hexarthra intermedia braziliensis X X 25 Lecanidae Lecane bulla X 13 Lecane lunaris X 13 Notommatidae Cephalodella gibba X 13 Notommata cerberus X 13 Gatropodidae Gastropus hyptopus X 13 Synchaetidae Ploesoma truncatum X 13 Polyarthra vulgaris X X X X 50 Synchaeta longipes X 13 Testudinellidae Testudinella patina X 13 Trichocercidae Trichocerca cylindrica chattoni X X X X X 63 Trichocerca pusilla X X 25 Ordem Bdelloidea X X X X X 63 CLADOCERA Bosminidae Bosmina hagmanni X X X X X X 75 Bosminopsis deitersi X 13 Chydoridae 51

61 UHE MAUÁ Novembro/12 E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. % Alona karua X 13 Alona poppei X 13 Daphniidae Ceriodaphnia reticulata X X X X 50 Ceriodaphnia silvestrii X X X X 50 Daphnia gessneri X X X X 50 Daphnia parvula X 13 Moinidae Moina minuta X 13 Sididae Diaphanosoma brevireme X X X X 50 COPEPODA Acanthocyclops sp. X X X X X 63 Mesocyclops longisetus X 13 Microcyclops sp. X X X 38 Cyclopoida sp. 2 X X 25 Argirodiaptomus furcatus X X X 38 Náuplios Calanoida X X X X 50 Cyclopoida X X X X X X X 88 Copepodito Calanoida X X X X 50 Cyclopoida X X X X X X 75 Os rotíferos apresentaram baixa frequência de ocorrência em dezembro/12 e apenas Trichocerca cylindrica chattoni registrou valor superior a 50%. Os microcrustáceos seguiram a mesma tendência, com os cladóceros Ceriodaphnia reticulata e Diaphanosoma brevireme apresentando 63% de ocorrência nas amostras. Os náuplios (100%) e copepoditos de Cyclopoida (63%) mantiveram-se como os táxons mais frequentes do zooplâncton (Tabela 17). Tabela 17 - Lista e frequência de ocorrência do zooplâncton registrados nas amostras de zooplâncton na área de influência da UHE de Mauá no mês de dezembro/2012. UHE MAUÁ Dezembro/12 ROTIFERA E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. % Brachionidae Kellicottia bostoniensis X 13 Keratella cochlearis X 13 Keratella lenzi X X X 38 Keratella tropica X 13 52

62 UHE MAUÁ Dezembro/12 ROTIFERA E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. % Platyias quadricornis X 13 Conochilidae Conochilus coenobasis X X X 38 Conochilus unicornis X X X X 50 Colurellidae Lepadella benjamini X 13 Epiphanidae Epiphanes clavulata X 13 Epiphanes sp. X 13 Euchlanidae Euchlanis dilatata X X X 38 Fillinidae Filinia longiseta X X 25 Gatropodidae Gastropus hyptopus X 13 Hexarthridae Hexarthra intermedia braziliensis X X 25 Lecanidae Lecane bulla X X 25 Lecane hamata X 13 Lecane lunaris X 13 Lecane stenroosi X 13 Lecane stichaea X 13 Notommatidae Cephalodella gibba X 13 Monommata sp. X 13 Notommata sp. X 13 Synchaetidae Polyarthra vulgaris X X 25 Synchaeta longipes X 13 Testudinellidae Testudinella patina X X X X 50 Pompholyx complanata X X 25 Trichocercidae Trichocerca capuccina X 13 Trichocerca cylindrica chattoni X X X X X 63 Trichocerca pusilla X X 25 Trichotriidae Trichotria tetractis X 13 Ordem Bdelloidea X X X X 50 CLADOCERA 53

63 UHE MAUÁ Dezembro/12 ROTIFERA E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. % Bosminidae Bosmina hagmanni X X X X 50 Bosminopsis deitersi X 13 Chydoridae Alona intermedia X X 25 Alona monacantha X 13 Chydorus eurynotus X 13 Daphniidae Ceriodaphnia cornuta X X 25 Ceriodaphnia reticulata X X X X X 63 Ceriodaphnia silvestrii X X 25 Daphnia gessneri X X X X 50 Ilyocryptidae Ilyocryptus spinifer X 13 Macrothricidae Macrothrix laticornis X 13 Moinidae Moina minuta X X X X 50 Sididae Diaphanosoma brevireme X X X X X 63 COPEPODA Acanthocyclops sp. X X X X 50 Mesocyclops longisetus Microcyclops sp. X X X 38 Thermocyclops decipiens X X 25 Cyclopoida sp. 1 X X X X 50 Argirodiaptomus furcatus X X X 38 Notodiaptomus sp. X X 25 Náuplios Calanoida X X X X 50 Cyclopoida X X X X X X X X 100 Copepodito Calanoida X X X X 50 Cyclopoida X X X X X 63 Para os rotíferos a maior riqueza de táxons ocorreu no mês de outubro/12, nos pontos E1 (23) e E2 (17) e as menores no mês de novembro/12, nos pontos E2 e E7, onde foram registrados apenas dois táxons. Para esse grupo, os pontos com características lóticas e a região intermediária 54

64 apresentaram as maiores riquezas e os pontos com características mais lênticas, as menores (Figura 30). 25 Rotifera Riqueza de Táxons E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 out/12 nov/12 dez/12 Figura 30 Número de táxons de rotíferos identificados nos pontos de coleta na área de influência da UHE de Mauá. Os cladóceros registraram suas maiores riquezas de táxons nos meses de outubro/12, no ponto E4 (7 táxons), e dezembro/12, no ponto E9 (8 táxons). Os menores valores ocorreram no mês de outubro/12 no ponto E3 (1 táxon). A Figura 31 mostra que em termos de riqueza, os cladóceros foram favorecidos com a formação do reservatório, principalmente nos pontos E4, E6 e E9. Cladocera 10 Riqueza de Táxons E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 out/12 nov/12 dez/12 Figura 31 Número de táxons de cladóceros identificados nos pontos de coleta na área de influência da UHE de Mauá. Entre os copepódes, a riqueza apresentou um padrão similar ao observado para os cladóceros, com maiores valores registrado nos pontos do reservatório. A maior riqueza ocorreu no mês de 55

65 dezembro/12, no ponto E6 (9 táxons). Os menores valores para riqueza de táxons foram registrados nos pontos E1, E2 e E3 (Figura 32). 10 Copepoda Riqueza de Táxons E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 out/12 nov/12 dez/12 Figura 32 Número de táxons de copepódes identificados nos pontos de coleta na área de influência da UHE de Mauá Abundância No período estudado, os maiores picos de abundância do zooplâncton foram registrados nos pontos localizados nos pontos com características lênticas e os menores nos ambientes lóticos. As maiores abundâncias para os rotíferos ocorreram nos pontos E4 (rio Tibagi, porção média do reservatório da UHE Mauá) e E10 (rio Barra Grande, no reservatório de Mauá), no mês de outubro/12, com registros de org.m -3 e org.m -3, respectivamente. As menores abundâncias ocorreram no ponto E3 (rio Imbauzinho), com valores inferiores a org.m -3 nos três meses amostrados (Figura 33). Rotifera Org./m³ E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 out/12 nov/12 dez/12 Figura 33 Abundância de rotíferos (org.m -3 ) amostrados na área de influência da UHE de Mauá. 56

66 Os cladóceros registraram os maiores picos de abundância para o zooplâncton. Bosmina hagmanni foi responsável pelo maior pico de abundância com org.m -3 registrados no ponto E10, em de outubro/12. Os menores valores foram registrados em ambientes lóticos da área de influência da UHE Mauá (Figura 34). Org./m³ Cladocera 0 E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 out/12 nov/12 dez/12 Figura 34 Abundância de cladóceros (org.m -3 ) amostrados na área de influência da UHE de Mauá. Os náuplios e copepoditos de Cyclopoida foram dominantes entre os copepódes. As maiores abundâncias desse grupo foram registradas no mês de outubro/12 nos pontos E6 e E10, e os menores nos pontos localizados nos ambientes lóticos (Figura 35). Copepoda Org./m³ E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 out/12 nov/12 dez/12 Figura 35 Abundância de copepódes (org.m -3 ) amostrados na área de influência da UHE de Mauá. O maior número de táxons registrados para os rotíferos em relação aos demais grupos, nesse estudo, nas duas fases de estudo, é um padrão observado na maioria dos ecossistemas aquáticos 57

67 continentais (SERAFIM-JUNIOR et al., 2011). Com a formação do reservatório (fase pósrepresamento), houve uma dominância de táxons planctônicos que foram favorecidos pelo ambiente recém-formado. Entre os microcrustáceos as formas de náuplios e copepoditos mantiveram-se dominantes na fase pós-represamento. Nesse último trimestre foi possível observar nas amostras um número maior de indivíduos adultos de copepódes e maior riqueza de cladóceros. A dominância de náuplios na fase de enchimento do reservatório da UHE Mauá pode ser atribuída fatores como: i) estratégia reprodutiva do grupo, onde as fêmeas portam um grande número de ovos, especialmente Cyclopoida, e ii) predação. Alguns estudos apontam que embora os rotíferos sejam dominantes numericamente na maioria dos ambientes aquáticos, os microcrustáceos contribuem com maior participação relativa em termos de biomassa (MELÃO, 1999). Estudos mostram que a composição, riqueza e abundância do zooplâncton em reservatórios está associada às condições morfométricas da bacia hidrográfica e climáticas regionais, as quais governam importantes características físicas dos corpos de água; e químicas, que geralmente são determinadas pela cobertura vegetal e condições edáficas do solo (MARGALEF, 1983). Fatores biogeográficos podem influenciar na colonização de espécies e interações bióticas, principalmente na competição por recursos e presas (ROCHA et al., 1995) Monitoramento de Macroinvertebrados bênticos Os reservatórios são ecossistemas que estabelecem padrões distintos em relação ao tempo de renovação da água, morfometria e principalmente, o desenvolvimento da zona litoral. Quanto à sazonalidade, alterações na altura do nível do reservatório produzem mudanças na zona litoral, modificações nas margens e, em alguns casos, mortandade das macrófitas, além de interferir na sucessão das comunidades planctônicas, bênticas e de peixes (TUNDISI, 1993). As comunidades biológicas, em geral, sofrem modificações envolvendo redução da abundância de determinadas espécies, dando lugar a espécies com maior capacidade de adaptação a ambientes lênticos, como é o caso das larvas de dípteros e a espécie invasora Corbicula fluminea. Isto ocorre porque nem todas as espécies possuem adaptações para estes ambientes, gerando a redução de riqueza. Na Tabela 18 estão listados os táxons amostrados durante os meses de julho/12 a outubro/12 na fase de enchimento do reservatório. 58

68 Em julho/12, foram capturados 28 táxons e em agosto/12, setembro/12 e outubro/12 respectivamente 32, 36 e 20 táxons. Estes valores foram mais baixos do que os coletados no mesmo período nos dois anos anteriores. Estes resultados embora possam refletir a ausência de amostras coletadas nas estações do reservatório, também sugerem a diminuição da riqueza em função do alagamento e ao impacto causado pela redução da vazão nas estações a jusante da barragem. O maior número de táxons registrados em setembro/12 se deve ao período reprodutivo das efemerópteros, odonatos, plecópteros e tricópteros. Com a estabilização da zona litoral alguns grupos de macroinvertebrados poderão colonizar os novos ambientes. Como por exemplo, os animais mais tolerantes às baixas concentrações de oxigênio e os comedores de depósitos, como os oligoquetos e larvas de quironomídeos. A transformação na dinâmica da água e a alteração na profundidade propiciada pelo represamento são as principais determinantes das alterações nas comunidades biológicas. Os padrões de distribuição dos fatores físicos, como a incidência da luz e temperatura da água e químicos, como a concentração de oxigênio dissolvido e de nutrientes refletem na disponibilidade de recursos alimentares para todo o ambiente (JULIO-JÚNIOR et al., 1997). Tabela 18 - Lista de Táxons de macroinvertebrados aquáticos amostrados nas 8 estações de coletas ao longo do rio Tibagi e tributários sob influência do reservatório da Usina Hidrelétrica Mauá, durante os meses de julho e outubro de Família Táxons Julho Agosto Setembro Outubro Turbellaria X X X Nematoda X X Oligochaeta X X X X Hirudinea X Bivalvia Corbiculidae Corbicula fluminea X X Insecta Diptera Chironomidae Chironominae X X X X Ortocladinae X X X Tanypodinae X X X X Ceratopogonidae X Culicidae Culicidae (pupa) X X Empididae Empididae sp X Simulidae Simulium sp (pupa) X X X X Psycodidae Psychodidae sp X Coleoptera Elmidae Heterelmis sp X X Macrelmis sp X X Hexanchorus sp X X X Larva E X X X Xenelmis sp X 59

69 Família Táxons Julho Agosto Setembro Outubro Haliplidae Haliplidae sp X Hydrophilidae Hidrophilidae X Psephenidae Psephenus sp X X Ephemeroptera Baetidae Baetis sp X X X Baetodes sp X X X Cloeodes sp X X Camelobaetidius sp X X Caenidae Caenis sp X Leptophleibiidae Farrodes sp X X X X Needhamella sp X Thraulodes sp X X X Traveryphes sp X Hagenulopsis sp X Leptohyphidae Leptohyphes sp X X X X Hylister sp X Tricorythodes sp X Tricorytropsis sp X Polymirtacidae Campsurus sp X X Hemiptera Veliidae Rhagovelia sp X X X Lepidoptera Pyralidae Pyralidae sp X X Odonata Coenagrionidae Ischura sp X Gomphidae Archeogomphus sp X Desmogomphus sp X Gomphoides sp X Praevigomphus sp X X Progomphus sp X Libellulidae Elasmothemis sp X Perilestidae Perilestis sp X Plecoptera Perlidae Anacroneuria sp X X X Paragrypopteryx sp X X Polycentropodidae Cyrnellus sp X Trichoptera Hydrobiosidae Atopsyche sp X Hydropsychidae Leptonema sp X Smicridae sp X X X X Leptoceridae Nectopsyche sp X Crustacea Decapoda Aeglidae Aegla sp X O número médio de táxons não ultrapassou a média de 10 táxons por estação em nenhum dos quatro meses amostrados. A estação que obteve o maior número de táxons amostrados foi a E9 durante agosto/12 (Figura 36). Mesmo nas estações E1, E2 e E3 onde não houve alterações nas margens ou redução da vazão o número de táxons também foi muito baixo quando comparado aos anos anteriores de monitoramento. 60

70 Os valores médios do número de táxons registrados em todas as estações durante o período do monitoramento foi inferior ao apresentado por Jorcin & Nogueira (2008) em uma estação situada na foz do rio Tibagi. Contudo, as percentagens dos grandes grupos taxonômicos foram semelhantes. Os grupos com maior número de táxons foram Diptera, Ephemeroptera e Coleoptera que possuem organismos mais resistentes às alterações no ambiente, além de alguns táxons de Odonata. Nas estações E1, E7 e E9 localizadas no rio Tibagi o número de táxons foi maior na maioria dos meses analisados (Figura 36). Número médio de táxons julho 2012 agosto 2012 setembro 2012 outubro 2012 E1 E2 E3 E7 E9 E10 Estações Figura 36 - Gráfico das médias, desvios e erros padrão do Número Total de Táxons dos macroinvertebrados aquáticos nas estações de coletas sob influência da Usina Hidrelétrica de Mauá, de julho a outubro de Na estação E1, o ambiente foi pouco alterado, ainda que a atividade de mineração de areia e poluição pronunciada de lixo sólido sejam problemas ambientais inerentes da região. Nesta estação foram registradas maior riqueza de dípteros e coleópteros em julho/12 e ephemerópteros, odonatos e tricópteros em setembro/12 (Tabela 18). De maneira geral, a estação E2 situada no rio Tibagi a jusante da indústria Klabin e a montante da barragem e a estação E3 no rio Imbauzinho foram as localidades que obtiveram os menores valores do número de táxons ao longo do período estudado. Os grupos mais frequentes e abundantes foram os oligoquetas, dípteros e os efemerópteros Baetes sp, Baetodes sp e Cloeodes sp, que são mais tolerantes a ambientes alterados. Em E7 e E9, o fundo rochoso e as margens íntegras, continuam proporcionando maior aporte de nutrientes para as larvas e abrigo para os adultos alados. Nestas estações foi registrada a 61

71 substituição, da macrófita Apinagia sp utilizada pelos dípteros como substrato, pelas algas filamentosas epilíticas que normalmente são indicadoras de poluição moderada (BEIRUTH, 2000). Em função deste fato, não foram registradas altas abundâncias de larvas de simulídeos durante o período do inverno como nos anos anteriores. A densidade média nas estações de coletas ao longo do período estudado foi baixa não ultrapassando 20 indivíduos na maioria das estações (Figura 37). Estes valores foram menores que dos anos anteriores nas mesmas estações. A estação E9 apresentou maiores densidades durante os meses de julho/12 e agosto/12 em função das abundâncias de simulídeos e chironomídeos que reproduziram na região (Figura 37). As baixas densidades registradas na E7 podem ser atribuídas a maior alteração na região. Além da grande supressão de hábitats pela pouca vazão do rio em função do barramento, as margens na região da casa de força também foram alteradas. Apenas os grupos mais resistentes foram mais abundantes na estação como baetídeos e dípteros. Os macroinvertebrados bênticos apresentaram grande sensibilidade aos diversos tipos de impactos, como poluentes domésticos e industriais, represamentos, uso do solo, mineração dentre outros que ocorrem no ambiente. A continuidade do monitoramento dos ecossistemas através das respostas dos macroinvertebrados em função do meio em que vivem, está sendo uma boa estimativa das influências deletérias ao ambiente. Os organismos tendem a integrar as condições ambientais durante todo o ciclo da sua vida, permitindo que a avaliação biológica seja utilizada com eficiência em impactos pontuais ou difusos. 62

72 Densidade média julho 2012 agosto 2012 setembro 2012 outubro 2012 E1 E2 E3 E7 E9 E10 Estações Figura 37 - Gráfico das médias, desvios e erros padrão da Densidade Total de Táxons dos macroinvertebrados aquáticos nas estações de coletas sob a influência da Usina Hidrelétrica de Mauá, de julho a outubro de Monitoramento da Presença de Limnoperna fortunei (mexilhão dourado) Nos dias 22 e 24 de outubro de 2012 foi realizada a coleta trimestral de água para análise da possível presença de larvas de Limnoperna fortunei (mexilhão dourado) na área de influencia da UEH Mauá. Foram amostrados os pontos A jusante da Klabin (E2) no dia 22 de outubro e Próximo ao eixo da futura barragem (E6) no dia 24 do mesmo mês. A análise morfológica sob microscópio estereoscópico revelou a ausência de larvas de moluscos na amostra da estação de amostragem 2, por consequência, ausência de larvas de mexilhão dourado. A análise molecular também teve resultado negativo para a presença de DNA de L. fortunei nessa amostra. Nessa campanha a amostra da estação 6 apresentou problemas de conservação, o fixador foi ineficiente (provavelmente devido ao grande volume de substrato e matéria orgânica na amostra) inviabilizando a análise. Medidas foram tomadas para evitar que o fato volte a ocorrer, como ajuste do protocolo de coleta e repetição da coleta se necessário. As amostras coletadas no mês de julho de 2012 apresentaram DNA degradado (conforme errata em anexo). Diante da ausência de larvas de molusco na análise morfológica, entretanto, as amostras podem ser consideradas negativas, levando-se em conta a menor sensibilidade da análise. 63

73 Número de espécies DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E Ajustes de coleta e conservação das amostras também foram realizados para otimizar a conservação do DNA das amostras em condições diversas. Tabela 19 - Resultados de análises da possível presença de larvas de mexilhão dourado nas amostras coletadas em julho e outubro de Campanha Data Ponto 1ª 2ª 16/07/2012 Jusante Klabin (E2) 18/07/2012 Próximo ao eixo da barragem (E6) 22/10/2012 Jusante Klabin (E2) 24/10/2012 Próximo ao eixo da barragem (E6) Resultado microscopia Negativo - Larvas ausentes Negativo - Larvas ausentes Negativo - Larvas ausentes Resultado molecular DNA degradado DNA degradado Negativo - DNA de L. fortunei ausente Amostra degradada Sub-Programa de Monitoramento de Macrófitas Aquáticas Até o momento, foram encontradas 16 espécies de macrófitas, pertencentes a 10 famílias do grupo das angiospermas e Salvinia minima Baker, pertencente ao grupo das pteridófitas (Tabela 20). As espécies emergentes foram as mais frequentes, seguidas das flutuantes livres (Figura 38) Emergente Flutuante livre Submersa fixa Anfíbia Hábito de vida Figura 38 - Relação entre o hábito de vida e número de espécies encontradas nas margens do Rio Tibagi na região do Empreendimento UHE Mauá Tabela 20 - Lista das espécies encontradas nas margens do Rio Tibagi (Paraná, Brasil), respectivas famílias, nome comum, hábito e ocorrência nos pontos amostrais. Espécie Família Nome comum Hábito Ocorrência Echinodorus sp Alismataceae Chapeu-de-couro Flutuante M9 Pistia stratiotes L. Araceae Alface-dágua Flutuante M3 Commelina sp. Commelinaceae Trapoeraba Anfíbia M2 64

74 Espécie Família Nome comum Hábito Ocorrência Eleocharis sp. Cyperaceae Junco manso Emergente M1 Lemna sp Lemnaceae Lentilha-dágua Flutuante M3, M6, M10 Ludwigia sp 1. Onagraceae Cruz-de-malta Emergente M2, M9, M12 Ludwigia sp 2. Onagraceae Cruz-de-malta Emergente M2 Apinagia yguazuensis Chodat & Vischer Podostemaceae - Submersa fixa M12 Polygonum sp. Polygonaceae Erva-de-bicho Emergente M2, M12 Polygonum hydropiperoides Michx. Polygonaceae Erva-de-bicho Emergente M2, M12 Eichhornia crassipes (Mart.) Solms** Pontederiaceae Aguapé Flutuante M1, M6 Pontederia sp. Pontederiaceae Aguapé Emergente M1 Salvinia minima Baker Salviniaceae Orelha-de-onça Flutuante M3, M6, M10 A seguir, são apresentadas as descrições das espécies encontradas nos locais amostrados, incluindo aspectos morfológicos e ecológicos: Apinagia yguazuensis: planta submersa, herbácea e fixa (Figura 39). Forma um manto denso aderido fortemente sobre as rochas, em sítios com corrente forte e pouco turbulenta. Essa espécie apresenta duas formas morfológicas, de acordo com a velocidade da água e exposição ao sol. Em águas mais rápidas e com insolação direta, as plantas são mais rígidas e com folhas finamente divididas e orientadas a favor da corrente, apresentando uma coloração verde amarelo brilhante. As plantas que vivem mais a sombra e em águas com menor turbulência, possuem folhas menos rígidas e com coloração verde mais escura. Essa espécie é endêmica de rios e cachoeiras. Figura 39 - Apinagia yguazuensis encontrada no ponto amostral M11 Commelina sp. conhecida como trapoeraba, é uma planta perene, herbácea, com caule semisuculento e semiprostado (Figura 40). As flores apresentam coloração azulada. É bastante frequente em lavouras e margens dos corpos de água. Apresenta preferência por solos férteis e sombreados 65

75 Figura 40 - Commelina sp., encontrada no ponto amostral M2 Echinodorus grandiflorus: planta herbácea, perene, emergente, que pode atingir até 2 m de altura (Figura 41). Possui folhas coriáceas, de grandes dimensões. A inflorescência é formada por séries florais (6 a 15) com 12 a 14 flores por série. Infesta canais, margens de lagos, lagoas e várzeas. Apresenta crescimento vigoroso, podendo influenciar o fluxo de águas de drenagem. Utilizada ocasionalmente como ornamental e medicinal. Figura 41 - Echinodorus grandiflorus encontrado no ponto amostral M9 Eichhornia crassipes: planta aquática flutuante, com raízes que podem atingir até 60 cm de comprimento e caule curto (Figura 42). As folhas apresentam pecíolo inflado, esponjoso. Em águas muito eutrofizadas, os pecíolos das folhas podem se alongar, alterando a forma da planta. É considerada a planta de maior poder invasor de corpos d água em vários países, com distribuição generalizada, principalmente nas regiões tropicais. 66

76 Figura 42 - Eichhornia crassipes encontrada no ponto amostral M6 Produz milhares de sementes, que podem ficar dormentes por vários anos, além de se reproduzir vegetativamente. Apresenta um crescimento vigoroso, podendo dobrar sua biomassa em curto período de tempo (6 a 7 dias), principalmente em águas eutrofizadas. Acarreta vários danos aos ambientes aquáticos, como a cobertura total da superfície, impedindo a penetração de luz na coluna d água, incrementa a perda de água por evapotranspiração, além de ser vetor de doenças como a esquistossomose. Eleocharis sp.: As espécies deste gênero são emergentes (ocasionalmente submersas), perenes, herbáceas, rizomatosas, eretas, formando touceiras. O caule é oco e seccionado internamente (Figura 43). As inflorescências são terminais, em espiguetas. Figura 43 - Eleocharis sp. encontrado no ponto M1 67

77 A reprodução se dá por sementes e por rizomas. Possui distribuição ampla na América tropical. Apresenta um crescimento bastante vigoroso e é frequente em locais úmidos, beira de lagos, lagoas, reservatórios. Infesta lavouras de arroz inundado e águas poluídas, germinando no lodo. Alguns autores sugerem que seu controle pode ser feito por carpas, quando a planta encontra-se submersa. Lemna sp.: as espécies pertencentes a este gênero em geral possuem tamanho diminuto, providas apenas de folhas solitárias ou em grupos de 2 ou 4 e raízes não ramificadas (Figura 44). Propaga-se por sementes e principalmente por meios vegetativos. Apresenta grande vigor vegetativo e reprodutivo, cobrindo vastas superfícies em pouco tempo. Figura 44 - Lemna sp. encontrada no ponto amostral M10 Ludwigia sp.: subarbusto emergente ou anfíbio, ereto, podendo atingir até 3 m de altura (Figura 45 e Figura 46). A flor é característica do gênero, formada por quatro pétalas geralmente amarelas, que deram origem ao nome comum, cruz de malta. As flores são solitárias e florescem de outubro a maio. A semente pode ser dispersada pela água e coloniza áreas abertas, desnudas por perturbação ou devido à cheia. Invasora de culturas irrigadas. 68

78 Figura 45 - Ludwigia sp1. encontrada no ponto amostral M2 Figura 46 - Ludwigia sp2. encontrada no ponto amostral M2 Pistia stratiotes: planta flutuante, com folhas dispostas em roseta, densamente pilosas (Figura 47). Reproduz-se por propagação vegetativa e sementes. As sementes podem permanecer dormentes por vários meses, mesmo no solo seco e no frio. Acredita-se que tenha origem na América do Sul, mas atualmente, é uma das espécies de macrófitas aquáticas de maior distribuição mundial, com exceção da Europa e Antártica. Apresenta altas taxas de crescimento, sendo considerada danosa onde se prolifera, por aumentar as taxas de evapotranspiração, ser vetor de doenças (esquistossomose) e comprometer a qualidade da água. 69

79 Figura 47 - Pistia stratiotes encontrada no ponto amostral M3 Polygonum sp: planta geralmente emergente, ereta, com folhas alternadas. As inflorescências terminais são formadas por flores pequenas que variam de coloração entre brancas a rosáceas (Figura 48 e Figura 49). Reproduzem-se por sementes e foram densos agrupamentos nas margens dos rios, açudes. Tem propriedades medicinais. Figura 48 - Polygonum sp. encontrado no ponto M12 70

80 Figura 49 - Polygonum sp. encontrado no ponto M2 Pontederia sp.: planta enraizada e com folhas flutuantes, o que facilita o acompanhamento da subida da água, nos períodos de cheia, mantendo-se assim, parcialmente emersa (Figura 50). Floresce durante grande parte do ano e pode se reproduzir por sementes e, por propagação vegetativa, através de pedaços de rizomas e folhas. Pode apresentar crescimento excessivo em condições favoráveis. Figura 50 - Pontederia sp. encontrada no ponto amostral M1 Salvinia minima: é uma pteridófita flutuante, nativa da América Tropical. Essa espécie apresenta folhas pequenas, ovais e flutuantes (Figura 51). As folhas são cobertas por pelos e destas, projetam-se raízes filiformes. Essa espécie ocorre principalmente em ambientes de água doce. A maioria das espécies do gênero Salvinia tem sido classificadas como uma espécie daninha devido ao 71

81 seu rápido crescimento. Por exemplo, Salvinia minima tem o potencial de dobrar o seu tamanho em aproximadamente em 3,5 dias. Figura 51 - Salvinia minima encontrada no ponto amostral M10 Os resultados indicaram a presença de várias espécies com potencial de crescimento excessivo: Pistia stratiotes, Eichhornia crassipes, Lemna sp. e Salvinia minina (Tabela 20; Figura 52). Figura 52 - Associação de espécies com potencial de crescimento excessivo encontrada nos pontos amostrados No período avaliado, essas espécies encontravam-se restritas as margens de alguns pontos, mas com a tendência à ocupação de outras áreas. Dependendo das condições ambientais favoráveis como alta taxa de nutrientes e altas temperaturas devido verão, o crescimento dessas espécies pode 72

82 se intensificar, levando ao crescimento excessivo de macrófitas aquáticas. Estudos com Lemna sp., sob essas condições, mostrou que o crescimento dessa espécie pode dobrar a cada três dias (ASSESSORIA, 2002). O grau de colonização dos pontos amostrais está associado às condições ambientais. No ponto (M6), a área ocupada por estas espécies é maior do que no ponto (M10) do rio Barra Grande. Thomaz (2003) afirma que em determinadas situações, o incremento de nutrientes na água estimula a colonização por espécies macrófitas aquáticas livres-flutuantes, que extraem os nutrientes da coluna de água. Esse fato é comum no início da formação de reservatórios, como o encontrado no reservatório da UHE Mauá. As demais espécies registradas estão restritas às áreas de margens do rio e, sob condições favoráveis ao crescimento excessivo, podem formar agrupamentos localizados mas pouco provavelmente formarão bancos extensos de macrófitas, como as flutuantes livres. Em geral, estas espécies colonizam áreas de remanso ou locais em que a mata ciliar está ausente, com o solo exposto, e espalham-se rapidamente quando não há competidores ou predadores naturais presentes no ecossistema. Ao final, até o presente momento, foi encontrada uma baixa diversidade de macrófitas aquáticas. Apesar da baixa diversidade, a ocorrência de algumas espécies flutuantes e emergentes indica a necessidade do monitoramento dos pontos amostrados, principalmente aqueles que se caracterizam por serem ambientes lênticos, como os pontos localizados no reservatório da UHE Mauá. 3.3 Sub-Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas Atividades Realizadas Entre dezembro/10 e dezembro/12, foram realizadas 14 campanhas de medições nos piezômetros distribuídos nas duas baterias, BP1 e BP2, e em quatro poços profundos, conforme a Tabela 21. Tabela 21 Atividades de campo desenvolvidas nas baterias de piezômetros entre dezembro de 2010 e dezembro de Campanha Data Atividades de campo (*) Locais /12/2010 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) c BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) 73

83 Campanha Data DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E Atividades de campo (*) Locais /02/2011 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) c, d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) /05/2011 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) c, d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) 14 31/08-01/09/2011 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) 15 06/10/2011 a, b, BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) c,d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) /11/2011 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) c,d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) a BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) 17 24/01/2012 b BP1 (P01, P05, P09 e P13) e BP2 (P01, P06, P10 e P13) c, d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) /03/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) c,d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) /05/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) c,d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) 20 04/07/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) c,d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) /09/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) c,d,e P2, P4 e P /10/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) c,d,e P2, P3, P5 e P /11/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) c,d,e P2, P3, P5 e P /12/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) c,d,e P2, P3, P5 e P7 (*) a) Medições de nível de água do freático com sonda elétrica a cabo; b) Medições de ph e condutividade; c) Coleta de amostras para análise laboratorial de constituintes majoritários; d) Coleta de amostras para análise laboratorial de constituintes minoritários por ICP-MS; e) Coleta de água em poços profundos Piezômetros As baterias de piezômetros, já descritas em relatórios anteriores (LACTEC, 2011), são divididas em dois conjuntos, sendo a bateria de piezômetros BP1 implantada na margem direita do rio Tibagi, no município de Telêmaco Borba, enquanto a bateria de piezômetros BP2 está situada na margem esquerda do Tibagi na bacia do afluente Barra Grande. Atualmente ambas estão próximas à margem do reservatório da UHE Mauá. Os resultados das medições de piezometria na BP1 e BP2 estão registrados na Tabela 22 e na Tabela 23 e de condutividade na Tabela 24 e na Tabela

84 Tabela 22 Perfis piezométricos anotados na BP1 nas campanhas de 2012 Piezômetro DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E Altitude ortométrica do nível de água do freático (m) 24/01/12 19/03/12 29/05/12 04/07/12 12/09/12 17/10/12 14/11/12 05/12/12 P1 635, , , , , , , ,146 P2 635, , , , , , , ,148 P3 635, , , , , , , ,100 P4 636, , , , , , , ,719 P5 638, , , , , , , ,943 P6 639, , , , , , , ,333 P7 640, , , , , , , ,910 P8 641, , , , , , , ,780 P9 641, , , , , , , ,772 P10 642, , , , , , , ,952 P11 641, , , , , , , ,160 P12 641, , , , , , , ,442 P13 643, , , , , , , ,239 Tabela 23 Perfis piezométricos anotados na BP2 nas campanhas de Altitude ortométrica do nível de água do freático (m) Piezômetro 24/01/ /03/ /05/ /07/ /09/ /10/ /11/ /12/2012 P1 641, , , , , , , ,370 P2 642, , , , , , , ,729 P3 642, , , , , , , ,990 P4 643, , , , , , , ,951 P5 643, , , , , , , ,284 P6 643, , , , , , , ,629 P7 638, , , , , , , ,012 P8 644, , , , , , , ,604 P9 644, , , , , , , ,485 P10 644, , , , , , , ,461 P11 645, , , , , , , ,060 P12 646, , , , , , , ,793 P13 648, , , , , , , ,834 Tabela 24 Perfis de condutividade elétrica, anotados na BP1 nas campanhas realizadas em Piezômetros Condutividade elétrica (µs.cm -1 ) 24/01/12 19/03/12 29/05/12 04/07/12 08/08/12 12/09/12 17/10/12 15/11/12 05/12/12 75

85 P1 19,1 18,9 16,8 17, P2 30,4 37,2 33, P P4 62,6 69,2 85, P5 231, P P P P9 104, P10 24,5 24,3 29, ,2 27,3 P11 25,6 25,1 33, ,8 185 P12 61,8 64,4 58, ,1 89,4 P13 32,2 32,2 29,0 29, ,5 32,1 Tabela 25 Perfis de condutividade elétrica, anotados na BP2 nas campanhas realizadas em Piezômetros Condutividade elétrica (µs.cm -1 ) 24/01/12 20/03/12 30/05/12 04/07/12 08/08/12 11/09/12 17/10/12 14/11/12 04/12/12 P1 37,2 42,4 41,3 24, ,3 102 P2 31,9 30,6 33, ,1 50,5 P3 40,5 42,4 38, ,8 73,4 P4 34,8 38,8 39, ,7 48,4 P5 97,1 84,6 71, ,4 100 P6 100, ,8 80, P P , P , P10 339, P ,2 P12 85,1 95, P13 86,2 64,5 78,8 61, Em todas as amostras coletadas foram analisados os componentes químicos majoritários, além de variáveis físico-químicas totalizadoras, conforme especificado na Tabela 26 e na Tabela 27. Nas amostras coletadas nos piezômetros, nas cinco campanhas de 2012 foram realizadas análises de constituintes elementares minoritários por ICP/MS. Os resultados constam da Tabela 28 à Tabela 34. Alguns analitos foram determinados em algumas amostras através de dois conjuntos de metodologias e por dois laboratórios diferentes, como é o caso dos elementos alcalinos sódio, potássio, cálcio e magnésio. Os resultados obtidos não foram idênticos, porém apresentaram coerência, o que pode ser utilizado como validação dos resultados para os respectivos analitos. Detalhes e especificações das metodologias adotadas foram apresentados em referências de relatórios anteriores (LACTEC, 2011). 76

86 Tabela 26 Componentes iônicos majoritários determinados em amostras de água do freático, coletadas nas baterias de piezômetros BP1 e BP2 Local Data HCO 3 - Cl - SO 4 2- NO 3 - Ca 2+ Mg 2+ Na + K + (mg,l -1 ) BP1-P1 24/01/2012 7,37 0,83 0,05 0,16 1,56 0,39 0,70 0,60 BP1-P13 24/01/ ,56 0,36 0,05 0,05 1,93 0,44 3,00 1,30 BP2-P1 24/01/ ,70 1,61 0,05 0,04 4,27 0,41 1,80 1,00 BP2-P13 24/01/ ,35 0,83 0,05 0,13 9,03 1,58 4,30 1,10 BP1-P1 19/03/ ,67 0,29 0,05 0,17 1,66 0,82 0,6 1 BP1-P13 19/03/ ,03 0,29 0,05 0,06 2,51 0,39 3,1 1,5 BP2-P1 20/03/ ,34 1,23 0,05 0,02 5,5 1,48 1,4 1,1 BP2-P13 20/03/ ,59 1,17 0,05 0,09 7,69 1,2 4 1,3 BP1-P1 04/07/2012 9,86 0,11 0,5 0,15 1,53 0,51 0,80 0,90 BP1-P13 04/07/ ,96 0,33 0,5 0,15 1,66 0,51 4,20 1,60 BP2-P1 04/07/ ,19 1,27 0,5 0,02 2,90 0,49 1,80 0,70 BP2-P13 04/07/ ,45 1,05 0,5 0,15 5,89 1,65 6,00 1,50 BP1-P1 08/08/2012 5,41 0,18 0,5 0,12 1,18 0,19 0,80 1,10 BP1-P13 08/08/ ,68 0,18 0,5 0,05 1,94 0,24 4,10 1,70 BP2-P1 08/08/ ,06 1,01 0,5 0,09 3,69 0,46 1,60 0,90 BP2-P13 08/08/ ,52 1,24 0,5 0,19 5,85 1,02 5,60 1,60 BP1-P1 12/09/2012 6,13 0,46 0,5 0,11 1,51 0,46 0,90 0,80 BP1-P13 12/09/ ,07 0,29 0,5 0,05 2,53 0,09 3,10 1,50 BP2-P1 11/09/ ,78 1,33 0,5 0,02 4,08 0,99 1,40 0,80 BP2-P13 11/09/ ,85 1,56 6,3 0,01 13,13 6,34 9,70 2,10 BP1-P1 17/10/2012 7,44 0,16 0,5 0,06 1,28 0,24 0,70 0,90 BP1-P13 17/10/ ,96 0,56 0,5 0,08 1,70 0,49 3,00 1,10 BP2-P1 17/10/ ,84 1,67 1 0,03 5,95 1,46 1,50 0,50 BP2-P13 17/10/ ,94 1,28 6,3 0,04 27,20 8,51 20,40 2,70 BP1-P1 14/11/ ,8 1,33 0,5 0,12 31,56 3,16 1,50 1,00 BP1-P13 14/11/ ,57 1,15 0,5 0,02 1,26 0,97 3,50 1,60 BP2-P1 13/11/ ,42 10,67 0,5 0,04 8,42 3,16 3,80 0,50 BP2-P13 13/11/ ,18 1,45 0,5 0,04 26,10 8,27 15,50 2,80 BP1-P1 05/12/ ,93 0,36 4,22 0,005 21,05 12,15 6,30 1,80 BP1-P13 05/12/ ,86 0,1 0,5 0,005 6,31 0,24 3,60 1,60 BP2-P1 04/12/ ,36 1,09 0,5 0,005 21,05 0,48 3,40 1,10 BP2-P13 04/12/ ,67 1,19 0,5 0,03 17,68 1,21 7,20 1,40 Tabela 27 Temperatura, condutividade, ph, alcalinidade e sólidos totais dissolvidos medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros, em Local Data temp Cond, ph alcalinidade total STD ( o C) (µs cm -1 ) (mg,l -1 CaCO 3 ) (mg,l -1 ) 24/01/2012 BP1-P1 3,9 5,32 6, /01/2012 BP1- P13 5,7 6,39 15, /01/2012 BP2-P1 7, 7 5,5 12, /01/2012 BP2- P13 17,0 5,92 34, /03/2012 BP1-P ,9 5,53 9,

87 Local Data temp Cond, ph 19/03/2012 BP1- P13 alcalinidade total STD ( o C) (µs cm -1 ) (mg,l -1 CaCO 3 ) (mg,l -1 ) 22 32,2 6,02 16, /03/2012 BP2-P ,4 5,96 19, /03/2012 BP2- P ,5 5,98 29, /05/2012 BP1-P1 28,5 8,01 18, /05/2012 BP1- P13 15,3 8,35 10, /05/2012 BP2-P1 78,0 8,03 50, /05/2012 BP2- P13 40,6 7,93 26, /07/2012 BP1-P1 20,5 17,2 5,83 8, /07/2012 BP1- P13 29,4 6,29 29, /07/2012 BP2-P ,8 6,13 10, /07/2012 BP2- P ,7 6,27 30, /08/2012 BP1-P1 16,0 5,16 4, /08/2012 BP1- P13 31,0 5,83 12, /08/2012 BP2-P1 33,0 5,68 11, /08/2012 BP2- P13 63,0 5,95 25, /09/2012 BP1-P ,0 6,82 5, /09/2012 BP1- P ,0 6,19 21, /09/2012 BP2-P ,0 7,13 14, /09/2012 BP2- P ,46 53, /10/2012 BP1-P ,0 5,83 6, /10/2012 BP1- P ,0 5,46 15, /10/2012 BP2-P ,0 5,89 25, /10/2012 BP2- P ,46 128, /11/2012 BP1-P1 20, ,28 85, /11/2012 BP1- P ,5 6,1 18, /11/2012 BP2-P ,3 6,26 38, /11/2012 BP2- P ,77 120, /12/2012 BP1-P1 21, ,97 106, /12/2012 BP1- P ,1 5,42 17, /12/2012 BP2-P ,2 5,76 55,21 66,4 78

88 Local Data temp Cond, ph 04/12/2012 BP2- P13 Obs: os valores em itálico foram gerados por correlação linear pela condutividade. alcalinidade total STD ( o C) (µs cm -1 ) (mg,l -1 CaCO 3 ) (mg,l -1 ) 21, ,8 60,39 77 Tabela 28 Li, Be, B, Na, Mg, Al, Si, P, S e Cl em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros Local Data Li Be B Na Mg Al Si P S Cl PPB PPB PPB PPM PPM PPB PPM PPB PPM PPM 20/03/2012 BP1-P01 2,7 0, , /03/2012 BP1-P13 4,3 < , <1 19/03/2012 BP2-P01 5,9 0, , <1 19/03/2012 BP2-P13 4,0 < , /09/2012 BP1-P01 2,4 0,07 <5 0,80 0, <1 <1 12/09/2012 BP1-P13 1,8 <0.05 <5 2,99 0, <1 <1 11/09/2012 BP2-P01 3,8 <0.05 <5 1,36 0, <1 <1 11/09/2012 BP2-P13 3,9 < ,57 2, <1 12/10/2012 BP1-P01 2,2 <0.05 <5 0,67 0, <1 <1 12/10/2012 BP1-P13 2,2 0,05 <5 3,32 0, <1 <1 11/10/2012 BP2-P01 4,7 <0.05 <5 2,35 0, <1 <1 11/10/2012 BP2-P13 6,7 0, ,23 7, <1 12/11/2012 BP1-P01 3,0 <0.05 <5 1,19 2, <1 <1 12/11/2012 BP1-P13 2,4 0,05 <5 3,30 0, <1 <1 11/11/2012 BP2-P01 4,8 < ,16 1, <1 11/11/2012 BP2-P13 8,5 < ,61 7, <1 12/12/2012 BP1-P01 7,5 <0.05 <5 6,72 10, <1 12/12/2012 BP1-P13 2,1 <0.05 <5 3,22 0, <1 <1 12/12/2012 BP2-P01 4,4 < ,24 1, <10 1 <1 12/12/2012 BP2-P13 7,3 < ,89 2, <10 <1 <1 Tabela 29 K, Ca, Sc, V, Cr, Mn, Fe, Co, Ni e Cu em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros. Local Data K Ca Sc V Cr Mn Fe Co Ni Cu PPM PPM PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB 20/03/2012 BP1-P01 1,33 1,51 <1 <10 <0.2 <0.5 24,55 <10 0,31 4,0 20/03/2012 BP1-P13 1,82 1,60 2 <10 0,3 0,6 13,18 <10 0,16 1,3 19/03/2012 BP2-P01 1,32 5,47 1 <10 <0.2 <0.5 98, ,46 3,3 19/03/2012 BP2-P13 1,53 7,06 2 <10 <0.2 < ,79 <10 1,41 2,3 12/09/2012 BP1-P01 0,97 1,23 <1 <10 0,2 5,8 24, ,19 3,1 12/09/2012 BP1-P13 1,44 1,04 <1 <10 0,3 5,0 11, ,13 0,8 11/09/2012 BP2-P01 0,88 4,23 <1 <10 <0.2 5,4 64, ,77 1,9 11/09/2012 BP2-P13 1,52 10,31 <1 <10 0,2 4,6 330, ,35 1,8 12/10/2012 BP1-P01 0,89 0,79 <1 <10 <0.2 <0.5 10,22 <10 0,06 2,6 79

89 Local Data K Ca Sc V Cr Mn Fe Co Ni Cu PPM PPM PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB 12/10/2012 BP1-P13 1,51 1,28 <1 <10 0,3 <0.5 13, ,10 0,8 11/10/2012 BP2-P01 0,97 5,49 <1 <10 <0.2 <0.5 77,27 <10 0,12 2,8 11/10/2012 BP2-P13 2,64 26,34 <1 <10 <0.2 <0.5 15, ,07 0,4 12/11/2012 BP1-P01 1,20 32,97 <1 <10 <0.2 <0.5 3,92 <10 0,31 3,2 12/11/2012 BP1-P13 1,50 1,11 <1 <10 0,4 <0.5 5, ,10 0,8 11/11/2012 BP2-P01 1,36 9,23 <1 <10 0,4 2,2 289, ,25 4,5 11/11/2012 BP2-P13 2,53 27,58 <1 <10 0,5 < , ,22 1,2 12/12/2012 BP1-P01 2,34 21,66 <1 <10 0,7 < ,37 <10 0,23 1,2 12/12/2012 BP1-P13 1,54 1,28 <1 <10 0,4 0,6 8, ,05 0,7 12/12/2012 BP2-P01 1,26 11,21 <1 <10 <0.2 < , ,15 3,8 12/12/2012 BP2-P13 1,65 13,10 <1 <10 0,4 < , ,20 1,0 Tabela 30 Zn, Ga, Ge, As, Se, Br, Rb, Sr, Y e Zr em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros. Local Data Zn Ga Ge As Se Br Rb Sr Y Zr PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB 20/03/2012 BP1-P01 77,2 <0.05 <0.05 <0.5 < ,92 6,40 0,04 0,03 20/03/2012 BP1-P13 63,8 <0.05 <0.05 <0.5 < ,81 10,13 0,02 < /03/2012 BP2-P01 57,2 <0.05 <0.05 <0.5 < ,48 15,76 0,03 0,02 19/03/2012 BP2-P13 32,7 <0.05 <0.05 <0.5 < ,12 31,14 0,04 < /09/2012 BP1-P01 57,6 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 3,39 7,11 0,36 0,13 12/09/2012 BP1-P13 26,3 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 4,16 9,58 0,06 0,07 11/09/2012 BP2-P01 44,8 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 1,62 13,44 0,05 0,06 11/09/2012 BP2-P13 29,4 <0.05 <0.05 <0.5 < ,16 64,04 0,16 0,04 12/10/2012 BP1-P01 37,1 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 3,47 5,20 <0.01 < /10/2012 BP1-P13 38,8 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 4,13 10,74 <0.01 < /10/2012 BP2-P01 66,3 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 1,85 20,05 <0.01 < /10/2012 BP2-P13 10,1 <0.05 <0.05 <0.5 < ,44 206,34 0,03 < /11/2012 BP1-P01 164,2 <0.05 <0.05 <0.5 < ,19 41,08 0,10 < /11/2012 BP1-P13 18,3 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 4,04 10,29 0,07 < /11/2012 BP2-P01 162,5 <0.05 <0.05 5,9 <0.5 <5 2,58 30,67 0,11 0,04 11/11/2012 BP2-P13 28,8 <0.05 <0.05 <0.5 < ,92 220,10 0,07 < /12/2012 BP1-P01 24,4 <0.05 <0.05 0,7 <0.5 <5 4,21 186,60 0,02 < /12/2012 BP1-P13 44,7 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 4,21 10,84 0,02 < /12/2012 BP2-P01 60,0 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 2,46 32,77 <0.01 < /12/2012 BP2-P13 15,7 <0.05 <0.05 <0.5 < ,01 92,89 <0.01 <0.02 Tabela 31 Nb, Mo, Ru, Rh, Pd, ag, Cd, In, Sn e Sb em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros. Local Data Nb Mo Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB 20/03/2012 BP1-P01 <0.01 1,0 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,35 <0.01 0,07 < /03/2012 BP1-P13 <0.01 1,0 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,12 <0.01 0,08 <

90 Local Data Nb Mo Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB 19/03/2012 BP2-P01 <0.01 1,1 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,16 <0.01 0,09 < /03/2012 BP2-P13 <0.01 0,7 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,11 <0.01 <0.05 < /09/2012 BP1-P01 0,01 5,0 <0.05 <0.01 <0.2 0,07 0,52 <0.01 0,37 < /09/2012 BP1-P13 <0.01 3,4 <0.05 <0.01 <0.2 0,05 0,27 <0.01 0,25 < /09/2012 BP2-P01 <0.01 4,0 <0.05 <0.01 <0.2 0,05 0,32 <0.01 0,33 < /09/2012 BP2-P13 <0.01 3,3 <0.05 <0.01 <0.2 0,05 0,24 <0.01 0,26 < /10/2012 BP1-P01 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,06 <0.01 <0.05 < /10/2012 BP1-P13 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,06 <0.01 <0.05 < /10/2012 BP2-P01 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,19 <0.01 <0.05 < /10/2012 BP2-P13 <0.01 0,3 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 <0.05 < /11/2012 BP1-P01 <0.01 0,1 0,08 <0.01 <0.2 <0.05 0,72 <0.01 <0.05 < /11/2012 BP1-P13 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 <0.05 < /11/2012 BP2-P01 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,45 0,01 0,16 1,46 11/11/2012 BP2-P13 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,06 <0.01 <0.05 < /12/2012 BP1-P01 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,07 <0.01 <0.05 < /12/2012 BP1-P13 <0.01 0,1 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 0,27 < /12/2012 BP2-P01 <0.01 <0.1 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,20 <0.01 0,07 < /12/2012 BP2-P13 <0.01 <0.1 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 <0.05 <0.05 Tabela 32 Te, Cs, Ba, La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu e Gd em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros Local Data Te Cs Ba La Ce Pr Nd Sm Eu Gd PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB 20/03/2012 BP1-P01 <0.05 0,01 48,24 0,02 0,05 <0.01 0,03 <0.02 <0.01 < /03/2012 BP1-P13 <0.05 < ,31 0,03 0,07 <0.01 0,04 <0.02 <0.01 < /03/2012 BP2-P01 <0.05 < ,93 0,02 0,06 <0.01 0,02 <0.02 <0.01 < /03/2012 BP2-P13 <0.05 < ,63 0,02 0,07 <0.01 0,02 <0.02 <0.01 < /09/2012 BP1-P01 <0.05 0,04 107,69 0,69 1,43 0,18 0,71 0,13 <0.01 0,12 12/09/2012 BP1-P13 <0.05 < ,18 0,11 0,23 0,02 0,13 <0.02 <0.01 < /09/2012 BP2-P01 <0.05 < ,09 0,08 0,17 0,01 0,06 <0.02 <0.01 < /09/2012 BP2-P13 <0.05 0,02 104,89 0,21 0,50 0,05 0,20 0,03 <0.01 0,04 12/10/2012 BP1-P01 <0.05 < ,69 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 < /10/2012 BP1-P13 <0.05 < ,14 <0.01 0,02 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 < /10/2012 BP2-P01 <0.05 < ,49 <0.01 <0.01 <0.01 0,01 <0.02 <0.01 < /10/2012 BP2-P13 <0.05 0,02 211,94 0,02 0,07 <0.01 0,04 <0.02 <0.01 < /11/2012 BP1-P01 <0.05 0,04 64,77 0,10 0,10 0,07 0,09 0,06 0,04 0,06 12/11/2012 BP1-P13 <0.05 0,03 39,14 0,08 0,09 0,07 0,07 0,06 0,05 0,05 11/11/2012 BP2-P01 <0.05 0,05 97,58 0,20 0,13 0,08 0,13 0,08 0,04 0,09 11/11/2012 BP2-P13 <0.05 0,04 220,89 0,06 0,10 0,04 0,05 0,02 <0.01 0,03 12/12/2012 BP1-P01 <0.05 0,03 319,05 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 < /12/2012 BP1-P13 <0.05 < ,44 0,02 0,05 <0.01 0,01 <0.02 <0.01 < /12/2012 BP2-P01 <0.05 < ,92 <0.01 0,02 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 <

91 Local Data Te Cs Ba La Ce Pr Nd Sm Eu Gd PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB 12/12/2012 BP2-P13 <0.05 0,02 122,07 <0.01 0,04 <0.01 0,01 <0.02 <0.01 <0.01 Tabela 33 Tb, Dy, Ho, Er, Tm, Yb, Lu, Hf, Ta e W em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros. Local Data Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu Hf Ta W PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB 20/03/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 < /03/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 < /03/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 < /03/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 < /09/2012 BP1-P01 <0.01 0,07 0,01 0,03 <0.01 0,02 <0.01 <0.02 <0.02 < /09/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 0,17 11/09/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 < /09/2012 BP2-P13 <0.01 0,02 <0.01 0,01 <0.01 0,01 <0.01 <0.02 <0.02 < /10/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 < /10/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 < /10/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 < /10/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 < /11/2012 BP1-P01 0,06 0,06 0,05 0,06 0,06 0,05 0,06 <0.02 <0.02 < /11/2012 BP1-P13 0,07 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,07 <0.02 <0.02 < /11/2012 BP2-P01 0,08 0,07 0,08 0,07 0,07 0,05 0,08 <0.02 <0.02 < /11/2012 BP2-P13 0,04 0,04 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 <0.02 <0.02 < /12/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 < /12/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 < /12/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 < /12/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02 Tabela 34 Re, Pt, Au, Hg, Ti, Tl, Pb, Bi, Th e U em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros. Local Data Re Pt Au Hg Ti Tl Pb Bi Th U PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB 20/03/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.05 0,3 0,02 9,2 <0.05 <0.05 <0.02 < /03/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.05 0,2 <0.01 5,5 <0.05 <0.05 <0.02 < /03/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.05 0,4 0,03 3,5 <0.05 <0.05 <0.02 < /03/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.05 0,1 0,03 5,9 <0.05 <0.05 <0.02 < /09/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.05 1,0 0,03 9,9 0,07 0,06 0,03 < /09/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.05 0,6 <0.01 5,5 0,06 <0.05 <0.02 < /09/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.05 1,3 0,02 4,3 0,06 <0.05 <0.02 < /09/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.05 1,2 0,02 8,7 <0.05 <0.05 0,02 < /10/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.05 0,8 0,02 3,8 <0.05 <0.05 <0.02 < /10/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.05 0,4 < ,9 <0.05 <0.05 <0.02 < /10/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.05 0,2 0,02 0,4 <0.05 <0.05 <0.02 < /10/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 0,02 2,0 <0.05 <0.05 0,04 <

92 9/7/12 3:27 14/7/12 3:27 19/7/12 3:27 24/7/12 3:27 29/7/12 3:27 3/8/12 3:27 8/8/12 3:27 13/8/12 3:27 18/8/12 3:27 23/8/12 3:27 28/8/12 3:27 2/9/12 3:27 7/9/12 3:27 12/9/12 3:27 17/9/12 3:27 22/9/12 3:27 27/9/12 3:27 2/10/12 3:27 7/10/12 3:27 12/10/12 3:27 17/10/12 3:27 22/10/12 3:27 27/10/12 3:27 1/11/12 3:27 6/11/12 3:27 11/11/12 3:27 16/11/12 3:27 21/11/12 3:27 26/11/12 3:27 1/12/12 3:27 6/12/12 3:27 11/12/12 3:27 16/12/12 3:27 21/12/12 3:27 26/12/12 3:27 31/12/12 3:27 5/1/13 3:27 10/1/13 3:27 15/1/13 3:27 altitude do n.a. (m) 8/7/12 12:32 13/7/12 12:32 18/7/12 12:32 23/7/12 12:32 28/7/12 12:32 2/8/12 12:32 7/8/12 12:32 12/8/12 12:32 17/8/12 12:32 22/8/12 12:32 27/8/12 12:32 1/9/12 12:32 6/9/12 12:32 11/9/12 12:32 16/9/12 12:32 21/9/12 12:32 26/9/12 12:32 1/10/12 12:32 6/10/12 12:32 11/10/12 12:32 16/10/12 12:32 21/10/12 12:32 26/10/12 12:32 31/10/12 12:32 5/11/12 12:32 10/11/12 12:32 15/11/12 12:32 20/11/12 12:32 25/11/12 12:32 30/11/12 12:32 5/12/12 12:32 10/12/12 12:32 15/12/12 12:32 20/12/12 12:32 25/12/12 12:32 30/12/12 12:32 4/1/13 12:32 9/1/13 12:32 14/1/13 12:32 altitude do n.a. (m) DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E Local Data Re Pt Au Hg Ti Tl Pb Bi Th U PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB 12/11/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 0,02 80,0 <0.05 <0.05 0,03 < /11/2012 BP1-P13 <0.01 0,01 <0.05 <0.1 <0.01 5,9 <0.05 <0.05 <0.02 < /11/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 < ,7 0,08 13,3 0,08 <0.05 0,03 < /11/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.05 2,2 0,02 6,9 <0.05 <0.05 0,04 < /12/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 0,03 7,2 <0.05 <0.05 0,11 < /12/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 < ,2 <0.05 <0.05 <0.02 < /12/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 0,03 4,3 <0.05 <0.05 <0.02 < /12/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 0,02 1,7 <0.05 <0.05 <0.02 < Medições automáticas do nível do freático e da temperatura As medições automáticas do nível do freático e da temperatura tiveram seqüência e foram realizadas por equipamentos medidores da coluna de água pela pressão exercida sobre uma célula baro-sensível, marca Solinst modelo Levelogger gold As altitudes do nível da água anotadas nos piezômetros podem ser observadas nas Figura 53 e Figura BP1-P BP1-P Figura 53 Altitudes do freático, obtidas por medidor automático nos piezômetros BP1-P01 e BP1-P13 entre julho/12 e janeiro/13. 83

93 4/7/12 2:19 9/7/12 2:19 14/7/12 2:19 19/7/12 2:19 24/7/12 2:19 29/7/12 2:19 3/8/12 2:19 8/8/12 2:19 13/8/12 2:19 18/8/12 2:19 23/8/12 2:19 28/8/12 2:19 2/9/12 2:19 7/9/12 2:19 12/9/12 10:19 17/9/12 10:19 22/9/12 10:19 27/9/12 10:19 2/10/12 10:19 7/10/12 10:19 12/10/12 10:19 17/10/12 10:19 22/10/12 10:19 27/10/12 10:19 1/11/12 10:19 6/11/12 10:19 11/11/12 10:19 16/11/12 18:19 21/11/12 18:19 26/11/12 18:19 1/12/12 18:19 6/12/12 18:19 11/12/12 18:19 16/12/12 18:19 21/12/12 18:19 26/12/12 18:19 31/12/12 18:19 5/1/13 18:19 10/1/13 18:19 altitude do n.a. (m) 2012/07/04 00:44: /07/09 00:44: /07/14 00:44: /07/19 00:44: /07/24 00:44: /07/29 00:44: /08/03 00:44: /08/08 00:44: /08/13 00:44: /08/18 00:44: /08/23 00:44: /08/28 00:44: /09/02 00:44: /09/07 00:44: /09/12 00:44: /09/17 00:44: /09/22 00:44: /09/27 00:44: /10/02 00:44: /10/07 00:44: /10/12 00:44: /10/17 00:44: /10/22 00:44: /10/27 00:44: /11/01 00:44: /11/06 00:44: /11/11 00:44: /11/16 00:44: /11/21 00:44: /11/26 00:44: /12/01 00:44: /12/06 00:44: /12/11 00:44: /12/16 00:44: /12/21 00:44: /12/26 00:44: /12/31 00:44: /01/05 00:44: /01/10 00:44: /01/15 00:44:19.0 altitude do n.a. (m) DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E Os valores foram obtidos a partir dos registros automáticos dos dataloggers, foram calculados utilizando-se valores da pressão barométrica média da região. Os dados apresentados nas figuras estão sendo reavaliados frente a variáveis levantadas na estação meteorológica operada pelo SIMEPAR em Telêmaco Borba. Para facilitar a comparação entre os níveis dos quatro piezômetros, os perfis das figuras estão apresentados na mesma escala. Os registros automáticos da temperatura estão ilustrados nas Figura 55 e Figura 56. Como nos períodos anteriores, as variações de temperatura continuaram sendo mais regulares e de menor amplitude no BP1-P13. As maiores variações foram observadas no BP1-P01 e as temperaturas mais baixas foram registradas no BP1-P13. As temperaturas mais elevadas foram registradas no BP2-P BP2-P BP2-P Figura 54 Altitudes do freático, obtidas por medidor automático nos piezômetros BP2-P01 e BP2-P13 entre julho/12 e janeiro/13 84

94 temperatura (oc) temperatura (oc) DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E 21,0 BP1-P1 20,5 20,0 19,5 19,0 18,5 18,0 4-jul-12 4-ago-12 4-set-12 4-out-12 4-nov-12 4-dez-12 4-jan-13 21,0 BP1-P13 20,5 20,0 19,5 19,0 18,5 18,0 4-jul-12 4-ago-12 4-set-12 4-out-12 4-nov-12 4-dez-12 4-jan-13 Figura 55 Temperaturas obtidas por medidor automático nos piezômetros BP1-P01 e BP1-P13 entre julho/12 e janeiro/13. 85

95 temperatura (oc) temperatura (oc) DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E BP2-P1 21,0 20,5 20,0 19,5 19,0 18,5 18,0 4-jul-12 4-ago-12 4-set-12 4-out-12 4-nov-12 4-dez-12 4-jan-13 21,0 BP2-P13 20,5 20,0 19,5 19,0 18,5 18,0 4-jul-12 4-ago-12 4-set-12 4-out-12 4-nov-12 4-dez-12 4-jan-13 Figura 56 - Temperaturas, obtidas por medidor automático nos piezômetros BP2-P01 e BP2-P13 entre julho/12 e janeiro/ Interpretação preliminar dos resultados obtidos das baterias de piezômetros No período que se seguiu ao relatório final da fase rio, ademais dos aspectos salientados naquele documento alguns mais merecem destaque. No que concerne à piezometria do freático, ficou evidenciada a diferença de comportamento hidrogeológico entre as duas baterias de piezômetros. Enquanto na BP1 a variação da altura do nível 86

96 de água foi de no máximo 5,3 m, no BP1-P01, esta foi de apenas 45 cm no BP1-P13. Por outro lado, na BP2, a variação foi bem mais acentuada, variando em cerca de 10 m, tanto no P01 como no P13. Em ambas as baterias, o efeito do enchimento do reservatório da UHE-Mauá está se manifestando nos piezômetros BP1-P01 e BP1-P13. A maior heterogeneidade e anisotropia no padrão de circulação de água subterrânea ocorre na área da BP2, o que pode ter relação com a intrusão do corpo de diabásio nas proximidades. Este fenômeno geológico veio acompanhado de fraturamento nas rochas sedimentares do substrato, rochas estas com graus diferentes de permeabilidade, em função da proporção relativa variada das frações granulométricas. Estes aspectos levam a que o fluxo subterrâneo seja descontinuado por zonas de baixa permeabilidade, promovendo desvios e consequentes interferências no nível piezométrico. A temperatura da água variou muito pouco nos quatro poços piezométricos monitorados (Figura 55 e Figura 56). No BP1-P13 a temperatura decresceu continuamente de 18,4 o C a 19,05 o C. No BP2-P13 a variação foi de cerca de 0,3 o C, com um máximo de 20,06 o C, por outro lado no BP2-P01 a temperatura praticamente ficou constante, em torno de 20 o C. No BP1-P01 a temperatura pouco variou, permanecendo no entorno de 19,8 o C. Uma interpretação mais consolidada dos registros será apresentada ao final da presente fase do programa de monitoramento, quando se tiver acesso aos dados de um período maior de observações. O monitoramento dos perfis piezométricos através de dados obtidos em oito campanhas confirmou comportamentos distintos entre os sítios das duas baterias de piezômetros, o que é reforçado pelos dados dos datalogers. A BP1 apresentou uma boa homogeneidade no perfil piezométrico (Figura 57), com um aumento regular no nível do freático entre P1 e P10, havendo um abaixamento em P11 e P12, e uma retomada do perfil anterior no P13. Este aspecto pode estar relacionado a uma zona de fluxo facilitado naquele setor do perfil. 87

97 Figura 57 Perfis piezométricos medidos em oito campanhas na BP1, situada na margem direita do rio Tibagi, no município de Telêmaco Borba. A figura foi construída com os dados constantes da Tabela 22. subterrânea. A bateria BP2 (Figura 58) indica uma maior anisotropia nas condições de fluxo de água Figura 58 Perfis piezométricos medidos em oito campanhas na BP2, situada na margem esquerda do rio Tibagi no município de Ortigueira. A figura foi construída com os dados constantes da Tabela 23. O padrão de fluxo indica, como seria de se esperar, a tendência geral de uma elevação no nível do freático entre P1 e P13, no entanto ocorrem no mínimo três importantes descontinuidades, 88

98 condutividade (µs/cm) DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E caracterizando um padrão de fluxo transversal à linha da bateria de piezômetros. O perfil da BP2 é cruzado por duas ou três faixas de maior facilidade para o fluxo de água subterrânea, caracterizadas por abaixamentos sensíveis no nível piezométrico do aquífero livre, perto do P3, P7 e do P10. O perfil da condutividade (Figura 59) também explicita as descontinuidades no perfil da BP1. Enquanto em determinados poços há diferença muito pequena entre todas as medições, em P3, P4, P9 e P13, ocorre uma dispersão maior dos valores de condutividade. Perfís de condutividade na BP1 - Mauá (margem direita) 500,0 450,0 400,0 350,0 24/01/ /03/ /05/ ,0 04/07/ ,0 08/08/ ,0 150,0 100,0 50,0 - P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 12/09/ /10/ /11/ /12/2012 Figura 59 Variação na condutividade da água medida em nove campanhas em amostras coletadas na BP1, nos piezômetros P1 a P13. Os dados apresentados na figura constam da Tabela 24. O comportamento do perfil de ph (Figura 60), em linhas gerais, é coerente com a condutividade, sendo que as descontinuidades da sequencia de valores coincidem, estando os valores inferiores de ph correspondentes às condutividades mais baixas. 89

99 ph DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E Perfís do ph na BP1 - Mauá (margem direita) 9,0 8,5 8,0 7,5 7,0 6,5 24/01/ /03/ /05/ /07/ /08/2012 6,0 5,5 5,0 4,5 4,0 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 12/09/ /10/ /11/ /12/2012 Figura 60 Valores de ph ao longo da secção do terreno coberta pela bateria de piezômetros BP1. Os dados usados nos gráficos constam da Tabela 27. Em algumas campanhas, como em 29/05/12 e em 17/10/12, os valores de ph registrados podem não estar corretos, devido aos valores diferirem muito daqueles medidos até então, em alguns pontos. A BP2 apresenta um substrato com padrões de fluxo mais heterogêneo, o que tem consequências nos perfis de condutividade e ph. A anormalidade no perfil obtido na campanha de 17/10/2012 reforça a conclusão de que os dados obtidos na ocasião são espúrios. Em se tratando da BP2, há que se considerar que, nos últimos meses o local sediou a montante da bateria, uma guarita da empresa construtora da ponte sobre o rio Barra Grande. No local circularam alguns veículos e funcionários da construtora, além de um coxo de sal para plantéis de gado que eventualmente eram colocados no terreno, podendo ter havido alguma contaminação do freático. Também nas proximidades da BP2 foi estabelecido um sítio provisório para armazenagem de troncos de árvores seccionados e dispostos em pilhas na superfície do terreno. Para tal atividade o sítio sediou circulação de operários e equipamentos podendo ter causado alguma contaminação da água. Notável foi o acréscimo nos valores de condutividade em P12 e P13 da BP2, o que pode ser atribuído também à presença de um rebanho bovino, que permaneceu por certo tempo aproveitando o pasto do local. 90

100 ph condutividade (µs/cm) DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E Perfís de condutividade na BP2 - Mauá (margem esquerda) 600,0 24/01/ ,0 20/03/ ,0 30/05/ /07/ ,0 08/08/ ,0 11/09/ /10/ ,0 14/11/2012 0,0 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 04/12/2012 Figura 61 Variação na condutividade da água medida em nove campanhas em amostras coletadas na BP2, nos piezômetros P1 a P13. Os dados apresentados na figura constam da Tabela 25. Na BP2, o perfil do ph, como a condutividade, em P2 apresenta máximos em P7 e P10 e entre estes extremos superiores há um abaixamento no valor da variável em P8. A tendência geral de P1 a P13 é de um aumento do ph. Perfís do ph na BP2 - Mauá (margem esquerda) 9,0 8,5 8,0 7,5 7,0 24/01/ /03/ /05/ /07/2012 6,5 6,0 5,5 5,0 4,5 4,0 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 08/08/ /09/ /10/ /11/ /12/2012 Figura 62 Valores de ph ao longo da secção do terreno coberta pelos pela bateria de piezômetros BP2. Os dados usados nos gráficos constam da Tabela

101 Um panorama geral do quimismo das águas do freático nos dois sítios estudados, representado pela distribuição relativa dos macro-constituintes iônicos, por meio de um Diagrama de Durov (Figura 63), foi descrito no relatório relativo ao final da fase rio. No presente documento o diagrama foi refeito tendo sido acrescidos os pontos correspondentes às demais campanhas realizadas no período. Para facilitar a visualização e interpretações, foram construídos polígonos de relações intercatiônicas (PRIC) envolvendo os pontos das campanhas anteriores ao período prioritariamente aqui relatado. Os pontos recentes estão locados individualmente no diagrama para visualizar sua relação com o polígono envolvente dos pontos anteriores. No apêndice do diagrama que representa a concentração total de materiais dissolvidos, está indicada por setas a relação dos pontos mais distantes dos conjuntos anteriores, notadamente no caso do BP2-P13. O diagrama evidencia alguns fatos, destacando-se a maior dispersão dos pontos caracterizadores da composição do BP2-P13. As águas do referido P13 ficaram mais sódicas, o que não deixa de ser coerente com alguma contaminação de atividades humanas e da presença de gado no local. No último trimestre, a maior diferença de composição detectada foi no BP1-P01. As duas últimas campanhas mostraram uma água, em novembro, proporcionalmente mais rica em cálcio e nos dois últimos meses mais condutiva, ou seja, mais concentrada em material dissolvido. 92

102 Figura 63 Diagrama de Durov representando a água do freático nos pontos BP1 P1 e P13 e também em BP2 P1 e P13. O diagrama foi construído com os dados constantes da Tabela 26. O BP1-P13, com suas águas mais sódicas, apresentou pequena variação composicional, principalmente pela presença mais baixa de magnésio detectada em algumas ocasiões. O mesmo ocorreu com o BP1-P01 e causa desta pequena variação ainda não está clara. 93

103 Quanto à concentração de elementos menos abundantes por ICP-MS, muito há que ser explorado e interpretado. Se os elementos majoritários da solução são sobretudo controlados pela solubilização de compostos minerais próprios, grande parte dos elementos minoritários não estão alojados em minerais dos quais eles são componentes principais. Neste relatório, a título de exemplo de possibilidades de organização de dados de composição, está apresentado um diagrama triangular contendo a proporção relativa de bário, rubídio e estrôncio, expresso em termos de percentuais molares (Figura 64). Tais elementos foram selecionados por serem todos ou alcalino-terrosos, como o bário e o estrôncio ou alcalinos como é o caso do rubídio. Eles, comumente acompanham outros elementos do grupo 1A e 2A da Tabela Periódica, notadamente o cálcio, o magnésio, sódio e potássio. Ao diagrama triangular foi acrescido um apêndice na parte inferior em que os pontos do triângulo são projetados para baixo e locados conforme a concentração dos três elementos somada. Dos três elementos, o rubídio é o menos abundante, sendo que a relação bário x estrôncio é um fator que discrimina os diversos piezômetros quanto à composição das águas. A relação Ba/Sr mais elevada corresponde a BP1-P01 e mais baixa ao conjunto das amostras do BP2-P13. As águas correspondentes aos meses de novembro e dezembro do BP1-P01 apresentaram pontos que diferem bastante do conjunto do pontos anteriores devido à relação Ba/Sr mais baixa nas amostras recentes. Semelhantemente, as duas últimas amostras do piezômetro BP2-P01 também apresentam valores relativamente mais elevados para estrôncio. A relação Ba/Sr está na mesma faixa em BP1-P13 e BP2-P01, porém as concentrações de rubídio, via de regra, são mais elevadas no caso de BP1-P13. A dispersão maior de valores corresponde ao BP2-P13, o que reforça a hipótese da influência de contaminações locais nos últimos meses de

104 Figura 64 Distribuição das concentrações de elementos químicos no BP1-P Poços Profundos No período compreendido por este relatório foram realizadas cinco campanhas de amostragem de qualidade de água nos poços profundos P2, P3, P5 e P7. A amostragem e análise de água dos aquíferos profundos, realizada em sete poços tubulares profundos, foi interrompida em 95

105 2011, visto que as principais características químicas dos respectivos corpos de água já haviam sido levantadas. Em agosto/12, em vistas do período de enchimento do reservatório, foram retomadas as medidas em alguns poços selecionados dentre aqueles amostrados na fase inicial dos trabalhos Campanhas de medições e amostragens dos aquíferos profundos As medições e amostragens dos aquíferos profundos foram realizadas nas mesmas ocasiões das medições e amostragens nas baterias de piezômetros no freático, BP1 e BP2. A partir de outubro/12, foram selecionados para a continuidade dos trabalhos, os poços P2, P3, P5 e P7, cujas características constam da Tabela 7. A despeito disso, a análise dos dados é feita considerando todo o histórico disponível sobre a qualidade da água subterrânea do contexto estudado. No período entre agosto e dezembro de 2012 foram realizadas cinco campanhas de amostragens conforme a Tabela 35. Tabela 35 - Poços tubulares profundos amostrados nas campanhas de 2012 Campanha Data Atividades de campo Locais 11 08/08/2012 Amostragem em poços profundos P2 e P /09/2012 Amostragem em poços profundos P2, P4 e P /10/2012 Amostragem em poços profundos P2, P4, P5 e P /11/2012 Amostragem em poços profundos P2, P4, P5 e P /12/2012 Amostragem em poços profundos P2, P4, P5 e P Resultados analíticos dos poços profundos Nas amostras coletadas foram analisados os componentes químicos majoritários, além de variáveis físico-químicas totalizadoras, conforme especificado na Tabela 36 e na Tabela 37. Tabela 36 - Componentes iônicos majoritários determinados em amostras de água coletadas em poços tubulares profundos em Local Data HCO 3 - CO 3 - Cl - SO 4 2- NO 3 - (mg.l -1 ) Ca 2+ Mg 2+ Na + K + P2 08/08/ ,88 0 0,71 <1,0 0,14 2,15 1,12 5,60 2,40 P7 08/08/ ,66 13,36 49,08 - <0,01 4,21 0,53 91,30 0,70 P2 12/09/ ,39 0 0,87 <1.0 0,17 2,31 1,70 6,60 2,50 P4 12/09/ ,20 0 0,87 4,2 0,39 27,91 4,06 9,20 1,40 P7 12/09/ ,36 39,96 36,48 39,2 0,33 2,99 0,48 133,70 0,30 96

106 Local Data HCO 3 - CO 3 - DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E Cl - SO 4 2- NO 3 - (mg.l -1 ) Ca 2+ Mg 2+ Na + K + P2 17/10/ ,68 0 0,61 <1,0 0,16 2,13 1,22 4,40 2,00 P3 17/10/ ,07 0 0,89 <1,0 <0,01 12,75 2,67 14,00 1,00 P5 17/10/ ,31 0 0,33 <1,0 <0,01 4,25 0,73 40,50 0,60 P7 17/10/ ,92 21,64 26,95 28,7 <0,01 2,55 0,24 132,0 1,60 P2 14/11/ ,85 0 0,42 <1,0 0,15 2,11 1,95 5,6 2,300 P3 14/11/ ,56 0 1,7 <1,0 <0,01 6,32 1,22 23,3 0,500 P5 14/11/ ,48 0 0,42 <1,0 <0,01 4,21 0,97 40,4 0,700 P7 14/11/ ,79 5,1 56,48 130,8 0,01 5,47 0,49 158,8 0,500 P2 05/12/ ,59 0 0,16 <1,0 0,1 2,1 1,7 5,2 2,000 P3 05/12/ ,34 0 0,16 <1,0 <0,01 14,73 2, ,700 P5 05/12/ ,13 0 0,47 10 <0,01 4,63 2,19 43,6 0,500 P7 05/12/ ,15 5,72 38,13 109,7 <0,01 4,63 2,19 91,8 0,900 Tabela 37 - Condutividade, ph, alcalinidade e sólidos totais dissolvidos medidos em amostras de água coletadas nos poços tubulares profundos, em Local Data Cond, ph alcalinidade total alcalinidade à fenolftal. (µs cm -1 ) (mg.l -1 CaCO 3 ) (mg.l -1 ) P2 08/08/ ,45 28, P7 08/08/ ,38 144,11 11, P2 12/09/ ,65 19, P4 12/09/ ,59 92, P7 12/09/ ,34 139,67 32, P2 17/10/ ,42 21, P3 17/10/ ,83 64, P5 17/10/ ,85 74, P7 17/10/ ,36 129,72 26, P2 14/11/ ,35 25, P3 14/11/ ,9 8,38 83, P5 14/11/ ,1 8,25 87, P7 14/11/ ,68 155,87 4, P2 05/12/ ,5 6,13 34, P3 05/12/ ,4 8, P5 05/12/ ,1 9,41 86,19 1, P7 05/12/ ,32 161, A Tabela 38 é continente dos resultados analíticos por ICP-MS, obtidos nos poços tubulares profundos nas campanhas realizadas em STD 97

107 Tabela 38 - Elementos em solução em poços profundos medidos por ICP-MS nas campanhas de setembro e dezembro de Local Data Li Be B Na Mg Al Si P S Cl PPB PPB PPB PPM PPM PPB PPM PPB PPM PPM P2 12/09/2012 4,4 <0.05 <5 5,10 1, <1 2 P4 12/09/ ,4 < ,01 4, <1 P7 12/09/ ,1 < ,35 0, P2 05/12/2012 4,0 <0.05 <5 4,87 1, <1 <1 P3 05/12/2012 5,0 <0.05 <5 13,54 1, <1 <1 P5 05/12/2012 3,9 < ,97 0, <1 P7 05/12/ ,3 < ,17 0, Local Data K Ca Sc V Cr Mn Fe Co Ni Cu PPM PPM PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB P2 12/09/2012 2,21 1,81 <1 <10 0,3 5,9 2,95 56 <0.02 0,8 P4 12/09/2012 1,32 25,25 <1 <10 2,2 <0.5 1,78 <10 <0.02 <0.2 P7 12/09/2012 0,63 3,23 <1 <10 1,3 6,8 9, ,04 8,1 P2 05/12/2012 2,00 1,57 1 <10 0,2 0,8 1,50 <10 <0.02 <0.2 P3 05/12/2012 0,75 12,01 <1 <10 1,5 <0.5 2,26 <10 <0.02 <0.2 P5 05/12/2012 0,35 4,06 <1 <10 <0.2 <0.5 1,76 <10 <0.02 <0.2 P7 05/12/2012 0,64 4,75 <1 <10 0,4 <0.5 7,39 <10 <0.02 <0.2 Local Data Zn Ga Ge As Se Br Rb Sr Y Zr PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB P2 12/09/ ,1 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 0,74 25,50 0,02 0,06 P4 12/09/ ,9 <0.05 <0.05 3,1 6,0 <5 0,93 156,15 0,02 0,05 P7 12/09/ ,2 0,18 2,13 1,0 < ,11 128,28 0,05 0,21 P2 05/12/ ,7 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 0,59 24,14 <0.01 <0.02 P3 05/12/ ,3 <0.05 0,05 2,4 2,4 <5 0,46 194,75 <0.01 <0.02 P5 05/12/2012 9,8 <0.05 0,19 18,9 <0.5 <5 0,68 183,58 <0.01 <0.02 P7 05/12/ ,5 0,12 2,29 0,9 < ,05 229,39 <0.01 0,04 Local Data Nb Mo Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB P2 12/09/2012 <0.01 3,9 <0.05 <0.01 <0.2 0,05 0,32 <0.01 0,40 0,12 P4 12/09/2012 <0.01 0,9 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,07 <0.01 <0.05 0,22 P7 12/09/2012 <0.01 9,4 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,25 <0.01 0,24 1,80 P2 05/12/2012 <0.01 <0.1 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 <0.05 <0.05 P3 05/12/2012 <0.01 0,9 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 <0.05 <0.05 P5 05/12/2012 <0.01 2,0 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 <0.05 0,06 P7 05/12/2012 <0.01 6,1 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 0,07 0,13 Local Data Te Cs Ba La Ce Pr Nd Sm Eu Gd PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB P2 12/09/2012 0,05 < ,76 0,04 0,08 <0.01 0,04 <0.02 <0.01 <0.01 P4 12/09/2012 <0.05 0,02 196,38 0,02 0,05 <0.01 0,03 <0.02 <0.01 <0.01 P7 12/09/2012 <0.05 0,11 34,19 0,13 0,29 0,03 0,12 0,02 <0.01 0,01 98

108 P2 05/12/2012 <0.05 < ,68 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 <0.01 P3 05/12/2012 <0.05 < ,76 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 <0.01 P5 05/12/2012 <0.05 0,03 188,03 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 <0.01 P7 05/12/2012 <0.05 0,07 18,49 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 <0.01 Local Data Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu Hf Ta W PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB P2 12/09/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02 P4 12/09/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02 P7 12/09/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 1,97 P2 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02 P3 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02 P5 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 0,29 P7 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 2,36 Local Data Re Pt Au Hg Ti Tl Pb Bi Th U PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB P2 12/09/2012 <0.01 <0.01 <0.05 0,5 <0.01 7,1 0,11 0,21 <0.02 <0.01 P4 12/09/2012 0,03 <0.01 <0.05 <0.1 <0.01 0,9 <0.05 <0.05 2,21 0,03 P7 12/09/2012 <0.01 <0.01 <0.05 0,7 < ,0 <0.05 0,06 0,21 <0.01 P2 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 <0.01 1,9 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01 P3 05/12/2012 0,01 <0.01 <0.05 <0.1 <0.01 0,2 <0.05 <0.05 0,57 0,01 P5 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 <0.01 0,2 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01 P7 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 <0.01 0,7 <0.05 <0.05 0,09 <0.01 Alguns analitos foram determinados em algumas amostras através de duas metodologias e em dois laboratórios diferentes, como é o caso dos elementos alcalinos sódio, potássio, cálcio e magnésio. Os resultados obtidos não foram idênticos, porém apresentaram coerência, o que pode ser utilizado como validação dos resultados para os respectivos analitos. Detalhes e especificações das metodologias adotadas foram apresentados em referências de relatórios anteriores Interpretação preliminar dos resultados obtidos para os poços profundos Um panorama geral do quimismo das águas dos aquíferos profundos, representado pela distribuição relativa dos macro-constituintes iônicos, por meio de um Diagrama de Durov (Figura 65), foi descrito no relatório relativo ao final da fase rio. No presente documento o diagrama foi refeito tendo sido acrescidos os pontos correspondentes às campanhas de Os pontos recentes estão locados individualmente no diagrama para visualizar sua relação com os polígonos envolventes dos pontos obtidos na fase rio. 99

109 Em termos gerais, o caráter químico das amostras respeitou a posição ocupada pelas amostras coletadas anteriormente nos mesmos pontos, todavia em alguns casos ocorrem variações. Para o caso dos poços tubulares profundos, uma grande diferença em relação aos piezômetros é que os primeiros tem sido constantemente utilizados. Para a utilização é feito um bombeamento, o que provoca fluxo forçado no interior do aquífero. Figura 65 Diagrama de Durov representando a água dos aquíferos profundos. O diagrama foi construído com os dados constantes da Tabela

INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza

INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO

Leia mais

Ciências do Ambiente

Ciências do Ambiente Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil Ciências do Ambiente Aula 29 O meio aquático V: Eutrofização e Índices de Qualidade de Água 2º Semestre/ 2015 1 Mecanismos de circulação de lagos/reservatórios

Leia mais

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CURITIBA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS AMBIENTAIS

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CURITIBA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS AMBIENTAIS UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CURITIBA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS AMBIENTAIS RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Davy Iacoponi Curitiba 2013 DAVY IACOPONI RELATÓRIO FINAL

Leia mais

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CURITIBA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS AMBIENTAIS

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CURITIBA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS AMBIENTAIS UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CURITIBA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS AMBIENTAIS RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Bruno Dalla Nora Santos Curitiba 2013 BRUNO DALLA NORA

Leia mais

Poluição Ambiental Nitrogênio e Fósforo. Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas

Poluição Ambiental Nitrogênio e Fósforo. Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas Poluição Ambiental Nitrogênio e Fósforo Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas Nitrogênio Importância Componente básico da biomassa (proteínas) Fator limitante p/ Produção

Leia mais

Poluição Ambiental Nitrogênio e Fósforo. Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas

Poluição Ambiental Nitrogênio e Fósforo. Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas Poluição Ambiental Nitrogênio e Fósforo Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas Nitrogênio Importância Componente básico da biomassa (proteínas) Fator limitante p/ Produção

Leia mais

Monitoramento da Qualidade da Água na. Região da UHE Mauá: 4 Trimestre da Fase Reservatório

Monitoramento da Qualidade da Água na. Região da UHE Mauá: 4 Trimestre da Fase Reservatório Monitoramento da Qualidade da Água na Região da UHE Mauá: 4 Trimestre da Fase Reservatório RELATÓRIO TÉCNICO NÚMERO: DGEA 097/2013 Setembro de 2013 1. INTRODUÇÃO O presente relatório refere-se à divulgação

Leia mais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA CORRESPONDENTE AO PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL UHE MONJOLINHO

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA CORRESPONDENTE AO PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL UHE MONJOLINHO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA CORRESPONDENTE AO PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL UHE MONJOLINHO CAMPANHA DE MAIO DE 218 APRESENTAÇÃO O presente relatório apresenta

Leia mais

Título: Autores: Filiação: ( INTRODUÇÃO

Título: Autores: Filiação: ( INTRODUÇÃO Título: Avaliação da qualidade das águas do Arroio Tega, Rio Grande do Sul, BR Autores: Maffessoni Daiana (1), Sutil Thaise (1), Benvenuti Tatiane (2) & Rodrigues Marco Antonio S (3) Filiação: (1) Universidade

Leia mais

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS LAGOAS URBANAS DE SALVADOR-BAHIA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS LAGOAS URBANAS DE SALVADOR-BAHIA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS LAGOAS URBANAS DE SALVADOR-BAHIA Ailton dos Santos Júnior¹; Anelise Ribeiro Abreu²; Jucicleide Ramos dos Santos³; Eduardo Farias Topázio 4 1 Especialista em Meio Ambiente e Recursos

Leia mais

SANEAMENTO AMBIENTAL EXPERIMENTAL - TH 758

SANEAMENTO AMBIENTAL EXPERIMENTAL - TH 758 Programa de Pós Graduação em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental Departamento de Hidráulica e Saneamento Universidade Federal do Paraná Profª. Heloise G. Knapik Luciane Prado SANEAMENTO AMBIENTAL

Leia mais

121,8 127,6 126,9 131,3. Sb Te I Xe 27,0 28,1 31,0 32,1 35,5 39,9 69,7 72,6 74,9 79,0 79,9 83, Ga Ge As Se Br Kr. In Sn 114,8 118,7.

121,8 127,6 126,9 131,3. Sb Te I Xe 27,0 28,1 31,0 32,1 35,5 39,9 69,7 72,6 74,9 79,0 79,9 83, Ga Ge As Se Br Kr. In Sn 114,8 118,7. PRVA DE QUÍMICA º 2º 3º 4º 5º 6º 7º TABELA PERIÓDICA DS ELEMENTS (IA),0 3 Li 6,9 Na 23,0 9 K 39, 2 (IIA) 4 Be 9,0 2 Mg 24,3 3 (III B) 4 5 6 7 8 9 0 2 20 2 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Ca Sc Ti V Cr Mn Fe

Leia mais

Tarefa 2 - Monitorização de nutrientes e atividade trófica na albufeira do Enxoé

Tarefa 2 - Monitorização de nutrientes e atividade trófica na albufeira do Enxoé PTDC/AGR-AAM/098100/2008 Gestão integrada de fósforo para controlo da eutrofização de bacias hidrográficas EUTROPHOS Tarefa 2 - Monitorização de nutrientes e atividade trófica na albufeira do Enxoé Âmbito

Leia mais

INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza

INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO

Leia mais

DETERMINAÇÃO DO ESTADO DE EUTROFIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS:

DETERMINAÇÃO DO ESTADO DE EUTROFIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS: GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO S A N E A M E N T O DETERMINAÇÃO DO ESTADO DE EUTROFIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS: ESTUDO DE CASO DO LAGO BARIGUI Msc. Carla Cristina Bem Curitiba, 2009 Dessedentação animal Abastecimento

Leia mais

Somente identifique sua prova com o código de inscrição (não coloque seu nome);

Somente identifique sua prova com o código de inscrição (não coloque seu nome); Orientações gerais Somente identifique sua prova com o (não coloque seu nome); Assim que assinar a lista de presença verifique seu e preencha todos os campos referentes em todas as páginas; Não é permitida

Leia mais

4.2 - Poluição por Nutrientes Eutrofização Aumento de nutrientes, tipicamente compostos contendo N e P, no ecossistema.

4.2 - Poluição por Nutrientes Eutrofização Aumento de nutrientes, tipicamente compostos contendo N e P, no ecossistema. 4.2 - Poluição por Nutrientes Eutrofização Aumento de nutrientes, tipicamente compostos contendo N e P, no ecossistema. O termo vem do grego: "eu bom, verdadeiro "trophein nutrir Assim, eutrófico significa

Leia mais

Somente identifique sua prova com o código de inscrição (não coloque seu nome);

Somente identifique sua prova com o código de inscrição (não coloque seu nome); Minas Gerais PPGMQMG 2/2018 Orientações gerais Somente identifique sua prova com o (não coloque seu nome); Assim que assinar a lista de presença verifique seu e preencha todos os campos referentes em todas

Leia mais

Somente identifique sua prova com o código de inscrição (não coloque seu nome);

Somente identifique sua prova com o código de inscrição (não coloque seu nome); Orientações gerais Somente identifique sua prova com o (não coloque seu nome); Assim que assinar a lista de presença verifique seu e preencha todos os campos referentes em todas as páginas; Não é permitida

Leia mais

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas CONTRIBUIÇÃO DA COMUNIDADE ZOOPLANCTÔNICA NO CÓRREGO BREJO COMPRIDO, PALMAS-TO, PARA O RESERVATÓRIO DA UHE LUIS EDUARDO MAGALHÃES NO MÉDIO TOCANTINS - TO. Nome dos autores: Cecília Marques T. Pereira 1

Leia mais

Ciências do Ambiente

Ciências do Ambiente Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil Ciências do Ambiente Aula 24 O meio aquático III: Parâmetros hidrológicos, estratificação térmica, eutrofização e índices de qualidade de água Prof.ª Heloise

Leia mais

SUMÁRIO PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO MEIO AQUÁTICO - SUBPROGRAMA LIMNOLOGIA E DA QUALIDADE DA ÁGUA

SUMÁRIO PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO MEIO AQUÁTICO - SUBPROGRAMA LIMNOLOGIA E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUMÁRIO PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO MEIO AQUÁTICO - SUBPROGRAMA LIMNOLOGIA E DA QUALIDADE DA ÁGUA 2.18. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO MEIO AQUÁTICO - SUBPROGRAMA LIMNOLOGIA E DA QUALIDADE DA ÁGUA... 2.18-2

Leia mais

Análise de Fitoplâncton, Cianobactérias e Clorofila

Análise de Fitoplâncton, Cianobactérias e Clorofila Análise de Fitoplâncton, Cianobactérias e Clorofila Maria do Carmo Carvalho Gerente Setor de Comunidades Aquáticas marcarvalho@sp.gov.br ou elhc_cetesb@sp.gov.br Importância na Análise da Comunidade Fitoplanctônica

Leia mais

4.2. Programa de Monitoramento Limnológico e Qualidade da Água. Revisão 00 NOV/2013

4.2. Programa de Monitoramento Limnológico e Qualidade da Água. Revisão 00 NOV/2013 PROGRAMAS AMBIENTAIS 4.2 Programa de Monitoramento Limnológico e Qualidade da Água CAPA ÍNDICE GERAL 1. Introdução... 1 1.1. Ações já Realizadas... 3 2. Justificativa... 5 3. Objetivos... 5 4. Área de

Leia mais

Anexo 1. Tabela de constantes. g = 10 m s -2. Velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3, m s -1

Anexo 1. Tabela de constantes. g = 10 m s -2. Velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3, m s -1 Anexo 1 Tabela de constantes Velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3,00 10 8 m s -1 Módulo da aceleração gravítica de um corpo junto à superfície da Terra g = 10 m s - Constante de gravitação universal

Leia mais

II PROJETO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL

II PROJETO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL Pág. 2/7 VII Projeto de Controle Ambiental para o Piloto do Sistema de Produção e Escoamento de Óleo e Gás da Área de Tupi, Bacia de Santos II PROJETO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL... Malha Amostral Para

Leia mais

4.2. Programa de Monitoramento Limnológico e Qualidade da Água. Revisão 00 NOV/2013

4.2. Programa de Monitoramento Limnológico e Qualidade da Água. Revisão 00 NOV/2013 PROGRAMAS AMBIENTAIS 4.2 Programa de Monitoramento Limnológico e Qualidade da Água NOV/2013 CAPA ÍNDICE GERAL 1 Introdução... 1 1.1 Ações já realizadas... 2 2 Justificativa... 5 3 Objetivos... 6 4 Área

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA. TRABALHO PRÁTICO Nº 6 MEIO ABIÓTICO - I Sistemas Lênticos Parâmetros físico-químicos

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA. TRABALHO PRÁTICO Nº 6 MEIO ABIÓTICO - I Sistemas Lênticos Parâmetros físico-químicos ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA CURSOS DE ENGENHARIA DO AMBIENTE E TERRITÓRIO/FLORESTAL ECOLOGIA DE SISTEMAS AQUÁTICOS/ORDENAMENTO DAS ÁGUAS INTERIORES TRABALHO PRÁTICO Nº 6 MEIO ABIÓTICO - I Sistemas

Leia mais

MODALIDADE EM2. 3 a Olimpíada de Química do Rio de Janeiro 2008 EM2 1 a Fase

MODALIDADE EM2. 3 a Olimpíada de Química do Rio de Janeiro 2008 EM2 1 a Fase MODALIDADE EM2 Leia atentamente as instruções abaixo: Esta prova destina-se exclusivamente aos alunos das 2 a séries do ensino médio. A prova contém dez questões objetivas, cada uma com cinco alternativas,

Leia mais

EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL Joab Pires Santana 1 ; Emerson Machado de Carvalho 2 1 Graduando do curso de Ciências Biológicas e

Leia mais

4.2. Programa de Monitoramento Limnológico e Qualidade da Água. Revisão 00 NOV/2013. PCH Jacaré Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS

4.2. Programa de Monitoramento Limnológico e Qualidade da Água. Revisão 00 NOV/2013. PCH Jacaré Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS PROGRAMAS AMBIENTAIS 4.2 Programa de Monitoramento Limnológico e Qualidade da Água NOV/2013 CAPA ÍNDICE GERAL 1 INTRODUÇÃO... 1 1.1 AÇÕES JÁ REALIZADAS... 2 2 JUSTIFICATIVA... 5 3 OBJETIVOS... 5 4 ÁREA

Leia mais

XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE

XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA FORMAÇÃO DE UM PEQUENO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL SOBRE A QUALIDADE DA ÁGUA ESTUDO DE CASO DA PCH CAVERNOSO II Pires, Gheysa do Rocio

Leia mais

Identificação do candidato UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DPTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

Identificação do candidato UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DPTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DPTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA Exame de Seleção Mestrado em Química Turma 2018.

Leia mais

DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E

DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E LACTEC Instituto de Tecnologia Para o Desenvolvimento BR-116 KM 98 S/Nº Centro Politécnico da UFPR Jardim das Américas - Caixa Postal: 19.067 - Cep: 81531-980 www.lactec.org.br EQUIPE TÉCNICA - CAMPANHAS

Leia mais

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010 INDICADORES AMBIENTAIS PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO SANTANA EM CAMACHO - MG ODILON LÚCIO DO COUTO, ANA CAROLINA SANTOS MELONI 1 ; ALEXANDRE ALVES DA SILVA2, KÁTIA DANIELA RIBEIRO3 RESUMO

Leia mais

Exame de Seleção Mestrado em Química Turma 2014 I. Candidato: RG:

Exame de Seleção Mestrado em Química Turma 2014 I. Candidato: RG: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DPTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA Exame de Seleção Mestrado em Química Turma 2014

Leia mais

Titulo do Trabalho: DETERMINAÇÃO DO GRAU DE TROFIA NO BAIXO SÃO JOSÉ DOS DOURADOS ATRAVÉS DO ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO

Titulo do Trabalho: DETERMINAÇÃO DO GRAU DE TROFIA NO BAIXO SÃO JOSÉ DOS DOURADOS ATRAVÉS DO ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO Titulo do Trabalho: DETERMINAÇÃO DO GRAU DE TROFIA NO BAIXO SÃO JOSÉ DOS DOURADOS ATRAVÉS DO ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO Nome do Autor (a) Principal Amanda Alves Domingos Maia Nome (s) do Co-autor (a) (s)

Leia mais

Análise espacial e temporal das características limnológicas do reservatório de Salto Grande (Americana, SP)

Análise espacial e temporal das características limnológicas do reservatório de Salto Grande (Americana, SP) Análise espacial e temporal das características limnológicas do reservatório de Salto Grande (Americana, SP) 1 15 Sumário Lista de Figuras... 17 Lista de Tabelas... 1 1. Introdução.... Objetivos... 1 3.

Leia mais

Determinação do índice de qualidade da água em trechos do Ribeirão São Bartolomeu, município de Viçosa - MG.

Determinação do índice de qualidade da água em trechos do Ribeirão São Bartolomeu, município de Viçosa - MG. Determinação do índice de qualidade da água em trechos do Ribeirão São Bartolomeu, município de Viçosa - MG. PRADO, Eduardo Vicente do [1] MACEDO, Vinicius Duarte Mafia [2] PRADO, Eduardo Vicente do; MACEDO,

Leia mais

MÓDULO 6 MATRIZ DA PROVA

MÓDULO 6 MATRIZ DA PROVA ESCOLA SECUNDÁRIA FERREIRA DIAS AGUALVA - SINTRA FÍSICA E QUÍMICA A (11º ANO) Programa iniciado 2016/2017 TIPO DE PROVA: ESCRITA DURAÇÃO: 90 minutos Cursos Científico - Humanísticos de Ciências e Tecnologias

Leia mais

Diagnóstico da qualidade química das águas superficiais e subterrâneas do Campus Carreiros/FURG.

Diagnóstico da qualidade química das águas superficiais e subterrâneas do Campus Carreiros/FURG. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE Instituto de Oceanografia LABORATÓRIO DE HIDROQUÍMICA Diagnóstico da qualidade química das águas superficiais e subterrâneas do Campus Carreiros/FURG. Coordenadora: MSc.

Leia mais

ASPECTOS DA HIDROLOGIA CONTINENTAL

ASPECTOS DA HIDROLOGIA CONTINENTAL ASPECTOS DA HIDROLOGIA CONTINENTAL Quinta 8 às 12h IC2 Sala 5 Turma: 2016/01 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com Estudos Limnológicos Lagos Lagoas Lagunas LIMNOLOGIA Ciência que estuda as águas

Leia mais

PROGRAMA DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DA ÁGUA UHE BAIXO IGUAÇU. Relatório Consolidado. Agosto de 2013 a Julho de 2016

PROGRAMA DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DA ÁGUA UHE BAIXO IGUAÇU. Relatório Consolidado. Agosto de 2013 a Julho de 2016 PROGRAMA DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DA ÁGUA UHE BAIXO IGUAÇU Relatório Consolidado Agosto de 2013 a Julho de 2016 Março 2017 APRESENTAÇÃO O presente documento se refere ao Relatório Consolidado

Leia mais

SUMÁRIO 1. Considerações iniciais 2. Bacia do rio Macaé 3. Bacia do rio das Ostras 4. Bacia da lagoa de Imboacica 5.

SUMÁRIO 1. Considerações iniciais 2. Bacia do rio Macaé 3. Bacia do rio das Ostras 4. Bacia da lagoa de Imboacica 5. ESTUDOS E INVENTÁRIO QUALITATIVO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS SUMÁRIO 1. Considerações iniciais 2. Bacia do rio Macaé 3. Bacia do rio das Ostras 4. Bacia da lagoa de Imboacica 5. Próximas etapas 1 - Considerações

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI DIAMANTINA MINAS GERAIS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI DIAMANTINA MINAS GERAIS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI DIAMANTINA MINAS GERAIS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EDITAL Nº 009/2017, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2016 SELEÇÃO DO

Leia mais

Procedimento Operacional Regulamento do Serviço ICP. Revisão 01 de 01/06/12 Emissão: Coordenador da Qualidade DQ.PO.016

Procedimento Operacional Regulamento do Serviço ICP. Revisão 01 de 01/06/12 Emissão: Coordenador da Qualidade DQ.PO.016 Procedimento Operacional Regulamento do Serviço ICP 01 de 01/06/12 Emissão: Coordenador da Qualidade DQ.PO.016 Regulamento do Serviço ICP Elaborado Aprovado ÍNDICE 1. FINALIDADE... 3 2. ÂMBITO... 3 3.

Leia mais

Amostragem de água para análise de nitrato e metais pesados. Capítulo 8. Amostragem de água para análise de nitrato e metais pesados

Amostragem de água para análise de nitrato e metais pesados. Capítulo 8. Amostragem de água para análise de nitrato e metais pesados Amostragem de água para análise de nitrato e metais pesados Capítulo 8 Amostragem de água para análise de nitrato e metais pesados Adriana M. Moreno Pires, Manoel Dornelas de Souza e Marco Antonio Vieira

Leia mais

Exame de Seleção Mestrado em Química Turma 2013 II CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 11 1B. 26 Fe 55,8 44 Ru 101,1 76 Os 190,2

Exame de Seleção Mestrado em Química Turma 2013 II CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 11 1B. 26 Fe 55,8 44 Ru 101,1 76 Os 190,2 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DPTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA Exame de Seleção Mestrado em Química Turma 2013

Leia mais

MEIO FÍSICO. ÁREA DE INFLUÊNCIA Bacia de Drenagem para o Reservatório O rio Paranaíba

MEIO FÍSICO. ÁREA DE INFLUÊNCIA Bacia de Drenagem para o Reservatório O rio Paranaíba Qualidade da Água MEIO FÍSICO ÁREA DE INFLUÊNCIA Bacia de Drenagem para o Reservatório O rio Paranaíba Médias mensais de vazão entre os anos de 1931 e 2009 na estação da ANA 60012100 - Ponte Vicente Goulart.

Leia mais

Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema

Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema 2014 02 Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema O presente relatório é um compendio de estudos e dados - referentes ao mês de fevereiro de 2014 - que integra o processo de monitoramento ambiental da

Leia mais

GIAIA - Relatório Comunidade Fitoplanctônica e Zooplanctônica referente à 1ª Expedição ao Rio Doce (dezembro/2015).

GIAIA - Relatório Comunidade Fitoplanctônica e Zooplanctônica referente à 1ª Expedição ao Rio Doce (dezembro/2015). GIAIA - Relatório Comunidade Fitoplanctônica e Zooplanctônica referente à 1ª Expedição ao Rio Doce (dezembro/2015). Equipe responsável amostragem: André Cordeiro Alves dos Santos Flávia Bottino Eliane

Leia mais

ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA NO CÓRREGO ANDRÉ, MIRASSOL D OESTE MT 1

ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA NO CÓRREGO ANDRÉ, MIRASSOL D OESTE MT 1 ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA NO CÓRREGO ANDRÉ, MIRASSOL D OESTE MT 1 2 Anderson Peretto andersonperetto@hotmail.com ²Ione Cristina de Souza Sodré 3 Célia Alves de Souza Celiaalvesgeo@globo.com 3 Juberto

Leia mais

ICHTHYOLOGY Consultoria Ambiental LTDA - EPP

ICHTHYOLOGY Consultoria Ambiental LTDA - EPP ICHTHYOLOGY Consultoria Ambiental LTDA - EPP EMPREENDIMENTO: FASE DO EMPREENDIMENTO: UHE Ferreira Gomes Fase de Operação TÍTULO DO DOCUMENTO: Relatório Parcial do Programa de Monitoramento da Qualidade

Leia mais

PHD-5004 Qualidade da Água

PHD-5004 Qualidade da Água PHD-5004 Qualidade da Água Introdução A água na natureza Usos da água Requisitos de qualidade da água Impactos provocados por cargas pontuais e difusas Estrutura do curso Características de qualidade da

Leia mais

MÓDULO 1 MATRIZ DA PROVA

MÓDULO 1 MATRIZ DA PROVA ESCOLA SECUNDÁRIA FERREIRA DIAS AGUALVA - SINTRA FÍSICA E QUÍMICA A (10º ANO) Programa iniciado 2015/2016 TIPO DE PROVA: ESCRITA DURAÇÃO: 90 minutos Cursos Científico - Humanísticos de Ciências e Tecnologias

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA FERREIRA DIAS AGUALVA - SINTRA QUÍMICA (12º ANO) MÓDULO 3 MATRIZ DA PROVA

ESCOLA SECUNDÁRIA FERREIRA DIAS AGUALVA - SINTRA QUÍMICA (12º ANO) MÓDULO 3 MATRIZ DA PROVA Cursos Científico - Humanísticos de Ciências e Tecnologias ESCOLA SECUNDÁRIA FERREIRA DIAS AGUALVA - SINTRA Ensino Recorrente de Nível Secundário QUÍMICA (12º ANO) MÓDULO 3 TIPO DE PROVA: ESCRITA DURAÇÃO:

Leia mais

CAPÍTULO 2 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS Clima Relevo Hidrografia Solos Vegetação... 13

CAPÍTULO 2 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS Clima Relevo Hidrografia Solos Vegetação... 13 ÍNDICE AGRADECIMENTOS RESUMO ABSTRACT CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO... 01 1.1 Localização e Vias de Acesso 01 1.2 Água e Mineração em Coronel Murta... 01 1.3 Objetivo... 04 1.4 Levantamento de Dados Físico-Químicos

Leia mais

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010 INDICADORES AMBIENTAIS PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO SANTANA EM CAMACHO - MG ODILON LÚCIO DO COUTO 1, ANA CAROLINA SANTOS MELONI 1 ; ALEXANDRE ALVES DA SILVA 2, KÁTIA DANIELA RIBEIRO 3 RESUMO

Leia mais

Tabela Periódica* 1 H 1,0. Massa atômica. 20,2 18 Ar 39,9 2º VESTIBULAR UFOP Fe. 29 Cu. 28 Ni. 27 Co. 58,9 45 Rh 102,9 77 Ir 192,2 109 Mt

Tabela Periódica* 1 H 1,0. Massa atômica. 20,2 18 Ar 39,9 2º VESTIBULAR UFOP Fe. 29 Cu. 28 Ni. 27 Co. 58,9 45 Rh 102,9 77 Ir 192,2 109 Mt Tabela Periódica* 1 1 18 1 1,0 2 Número atômico 1 1,0 13 14 15 16 17 2 e 4,0 2 3 3 Li 6,9 11 Na 23,0 4 Be 9,0 Massa atômica 12 Mg 24,3 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 5 B 10,8 13 Al 27,0 6 C 12,0 14 Si 28,1 7 N

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA FERREIRA DIAS AGUALVA - SINTRA QUÍMICA (12º ANO) MÓDULO 2 MATRIZ DA PROVA

ESCOLA SECUNDÁRIA FERREIRA DIAS AGUALVA - SINTRA QUÍMICA (12º ANO) MÓDULO 2 MATRIZ DA PROVA Cursos Científico - Humanísticos de Ciências e Tecnologias ESCOLA SECUNDÁRIA FERREIRA DIAS AGUALVA - SINTRA Ensino Recorrente de Nível Secundário QUÍMICA (12º ANO) MÓDULO 2 TIPO DE PROVA: ESCRITA DURAÇÃO:

Leia mais

AULA 4 -Limnologia. Patricia M. P. Trindade Waterloo Pereira Filho

AULA 4 -Limnologia. Patricia M. P. Trindade Waterloo Pereira Filho AULA 4 -Limnologia Patricia M. P. Trindade Waterloo Pereira Filho O que é Limnologia É o estudo ecológico de todas as massas d água continentais. Portanto, são inúmeros corpos d água objeto de estudo da

Leia mais

Qualidade das águas do Rio São João

Qualidade das águas do Rio São João 2013 02 Qualidade das águas do Rio São João O presente relatório é um compendio de estudos e dados - referentes ao mês de fevereiro de 2013 - que integra o processo de monitoramento ambiental dos Rios

Leia mais

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA QUALIDADE DA ÁGUA E FONTES DE ABASTECIMENTO Prof. Felipe Corrêa QUALIDADE DA ÁGUA:

Leia mais

Qualidade das águas do Rio São João

Qualidade das águas do Rio São João 2014 01 Qualidade das águas do Rio São João O presente relatório é um compendio de estudos e dados - referentes ao mês de janeiro de 2014 - que integra o processo de monitoramento ambiental dos Rios São

Leia mais

Identificação do candidato UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DPTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

Identificação do candidato UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DPTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DPTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA Exame de Seleção Mestrado em Química Turma 2018.

Leia mais

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ RELATÓRIO TÉCNICO Nº 39 2012 COORDENAÇÃO

Leia mais

DETERMINAÇÃO DO IQA DO ARROIO CLARIMUNDO NA CIDADE DE CERRO LARGO/RS 1 DETERMINATION OF THE IQA OF CLARIMUNDO RIVER IN THE CITY OF CERRO LARGO/RS

DETERMINAÇÃO DO IQA DO ARROIO CLARIMUNDO NA CIDADE DE CERRO LARGO/RS 1 DETERMINATION OF THE IQA OF CLARIMUNDO RIVER IN THE CITY OF CERRO LARGO/RS DETERMINAÇÃO DO IQA DO ARROIO CLARIMUNDO NA CIDADE DE CERRO LARGO/RS 1 DETERMINATION OF THE IQA OF CLARIMUNDO RIVER IN THE CITY OF CERRO LARGO/RS Roselaine Cristina Rejei Reinehr 2, Letiane T. Hendges

Leia mais

Qualidade das águas do Rio São João

Qualidade das águas do Rio São João 2014 03 Qualidade das águas do Rio São João O presente relatório é um compendio de estudos e dados - referentes ao mês de março de 2014 - que integra o processo de monitoramento ambiental dos Rios São

Leia mais

Conceitos. Floração de Algas Nocivas (FANs) Dulcícola. Marinha. Natural x Cultural

Conceitos. Floração de Algas Nocivas (FANs) Dulcícola. Marinha. Natural x Cultural Bianca Catani Catani,, Breno Marques, Camila Carin, Carin, Isadora Carvalho, Letícia Castro e Rosilene Nogueira Conceitos Conceitos Floração de Algas Nocivas (FANs) Dulcícola Marinha Natural x Cultural

Leia mais

QUÍMICA. Questões de 01 a 04

QUÍMICA. Questões de 01 a 04 GRUPO 1 QUÍ. 1 QUÍMICA Questões de 01 a 04 01. Os íons cálcio dissolvidos em água são responsáveis pela dureza desta. Em determinadas regiões do Estado de Minas Gerais, nas estações de tratamento de água,

Leia mais

Linha 45: Rabalais 2003 ou 2002?; Silva et al., 2009 ou 2010? Verificar as referencias bibliográficas. Como há erro em duas, verificar todas!.

Linha 45: Rabalais 2003 ou 2002?; Silva et al., 2009 ou 2010? Verificar as referencias bibliográficas. Como há erro em duas, verificar todas!. REVISOR A Comentários Apesar das correções realizadas, o manuscrito continua com vários problemas, os quais descrevo abaixo. Outro problema verificado foi o mal uso de vírgulas (ausência delas). Recomendo

Leia mais

MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDROELÉTRICA PASSO SÃO JOÃO

MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDROELÉTRICA PASSO SÃO JOÃO MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDROELÉTRICA PASSO SÃO JOÃO RELATÓRIO 23 Março/2016 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 15 2 ÁREA DE ESTUDO... 16 2.1 REDE DE MONITORAMENTO...

Leia mais

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DO RIO PARAGUAÇU E AFLUENTES, BAHIA, BRASIL

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DO RIO PARAGUAÇU E AFLUENTES, BAHIA, BRASIL I Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental - COBESA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DO RIO PARAGUAÇU E AFLUENTES, BAHIA, BRASIL Márcia de Andrade Macêdo, Esp. (SENAI/CETIND) Charlene

Leia mais

Amostragem e monitoramento de corpos d água

Amostragem e monitoramento de corpos d água Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Engenharia Campus de Ilha Solteira Programa de Pós-graduaçãoem Engenharia Civil Amostragem e monitoramento de corpos d água Maurício

Leia mais

PROTOCOLO DE MONITORIZAÇÃO

PROTOCOLO DE MONITORIZAÇÃO PROTOCOLO DE MONITORIZAÇÃO E PROCESSAMENTO LABORATORIAL ELEMENTO FITOPLÂNCTON CATEGORIA COSTEIRAS E TRANSIÇÃO PROTOCOLO DE MONITORIZAÇÃO AMOSTRAGEM Método de amostragem de água As recolhas para o elemento

Leia mais

Ciências do Ambiente

Ciências do Ambiente Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil Ciências do Ambiente Aula 25 O meio aquático IV: Autodepuração Prof.ª Heloise Knapi Balanço de massa Vazão de diluição Sentido do escoamento Montante Jusante

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE ECAÇÃO SUPERIOR DO ALTO VALE DO ITAJAÍ CEAVI PLANO DE ENSINO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE ECAÇÃO SUPERIOR DO ALTO VALE DO ITAJAÍ CEAVI PLANO DE ENSINO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE ECAÇÃO SUPERIOR DO ALTO VALE DO ITAJAÍ CEAVI PLANO DE ENSINO DEPARTAMENTO: Engenharia Sanitária DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE ECOLOGIA E LIMNOLOGIA

Leia mais

Relatório Executivo das amostragens de água superficial do Ribeirão Arrudas e do Córrego Ferrugem Belo Horizonte/MG

Relatório Executivo das amostragens de água superficial do Ribeirão Arrudas e do Córrego Ferrugem Belo Horizonte/MG Relatório Executivo das amostragens de água superficial do Ribeirão Arrudas e do Córrego Ferrugem Belo Horizonte/MG Março/2015 Objetivos O objetivo deste documento é informar o tipo de metodologia utilizada

Leia mais

Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema

Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema 2014 03 Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema O presente relatório é um compendio de estudos e dados - referentes ao mês de março de 2014 - que integra o processo de monitoramento ambiental da Lagoa

Leia mais

Química. A) Considerando-se que o pk a1 é aproximadamente 2, quais os valores de pk a2 e pk a3?

Química. A) Considerando-se que o pk a1 é aproximadamente 2, quais os valores de pk a2 e pk a3? Química 01. O gráfico a seguir representa a variação do ph de 50 ml de uma solução aquosa de um ácido H 3 X em função do volume de NaOH 0,30 moll -1 adicionado. A) Considerando-se que o pk a1 é aproximadamente

Leia mais

MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE ALGUNS AFLUENTES DO RIO IGUAÇU NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - PARANÁ

MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE ALGUNS AFLUENTES DO RIO IGUAÇU NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - PARANÁ MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE ALGUNS AFLUENTES DO RIO IGUAÇU NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - PARANÁ Wosiack, A.C.; Pagioro, T.A.; Dias, L.N.; Azevedo, J.C., Silva, E. F. da IAP (Instituto

Leia mais

A Qualidade da Água Superficial e Subterrânea

A Qualidade da Água Superficial e Subterrânea A Qualidade da Água Superficial e Subterrânea José do Patrocinio Hora Alves Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos Universidade Federal de Sergipe 1 SUMÁRIO A Qualidade da Água; Estrutura de um

Leia mais

CONTAMINAÇÃO NA ÁGUA SUBTERRÂNEA PROVOCADA PELO LIXIVIADO DE ATERRO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

CONTAMINAÇÃO NA ÁGUA SUBTERRÂNEA PROVOCADA PELO LIXIVIADO DE ATERRO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS CONTAMINAÇÃO NA ÁGUA SUBTERRÂNEA PROVOCADA PELO LIXIVIADO DE ATERRO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS Schueler, A.S. e Mahler, C.F. GETRES - COPPE / UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil RESUMO: O presente trabalho apresenta

Leia mais

1 - Objetivos. 2 Materiais e Métodos. Confecção dos Coletores

1 - Objetivos. 2 Materiais e Métodos. Confecção dos Coletores PROTOCOLO PARA MONITORAMENTO DA ASSEMBLÉIA DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS EM SISTEMA DE TANQUES-REDE PARA AQÜICULTURA UTILIZANDO COLETORES COM SUBSTRATO ARTIFICIAL 1 - Objetivos Este protocolo tem por

Leia mais

ANÁLISE INTEGRADA DA QUALIDADE DA ÁGUA E DOS ECOSSISTEMAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DA RIBEIRA DE MELIDES

ANÁLISE INTEGRADA DA QUALIDADE DA ÁGUA E DOS ECOSSISTEMAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DA RIBEIRA DE MELIDES ANÁLISE INTEGRADA DA QUALIDADE DA ÁGUA E DOS ECOSSISTEMAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DA RIBEIRA DE MELIDES Teresa E. LEITÃO Luís OLIVEIRA João Paulo LOBO FERREIRA João VILHENA Alexandre ALMEIDA Marta TOMÉ Ana

Leia mais

EXAME DE SELEÇÃO DO MESTRADO EM QUÍMICA 2009/01

EXAME DE SELEÇÃO DO MESTRADO EM QUÍMICA 2009/01 Universidade Federal de Goiás Instituto de Química Coordenação de Pós-graduação EXAME DE SELEÇÃO DO MESTRADO EM QUÍMICA 2009/01 IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO Número de Inscrição: INSTRUÇÕES: - identifique

Leia mais

ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO DO RESERVATÓRIO PEDRAS BRANCAS CE

ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO DO RESERVATÓRIO PEDRAS BRANCAS CE ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO DO RESERVATÓRIO PEDRAS BRANCAS CE RESUMO Carine Fernandes Praxedes 1 ; Lucas da Silva 2 ; Reinaldo Fontes Cavalcante 3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará

Leia mais

Universidade Federal de Goiás Instituto de Química Coordenação de Pós-graduação

Universidade Federal de Goiás Instituto de Química Coordenação de Pós-graduação Universidade Federal de Goiás Instituto de Química Coordenação de Pós-graduação EXAME DE SELEÇÃO DO MESTRADO EM QUÍMICA 2012/1 IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO Número de Inscrição: INSTRUÇÕES IMPROTANTES: -

Leia mais

COMISSÃO PERMANENTE DE SELEÇÃO COPESE PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PROGRAD CONCURSO VESTIBULAR 2010 PROVA DE QUÍMICA

COMISSÃO PERMANENTE DE SELEÇÃO COPESE PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PROGRAD CONCURSO VESTIBULAR 2010 PROVA DE QUÍMICA Questão 1: A pirita (FeS 2 ), mineral conhecido como ouro de tolo, é utilizada na fabricação de ácido sulfúrico. Uma das formas de produção desse ácido, a partir da pirita, é o aquecimento em etapas sequenciais

Leia mais

121,8 127,6 126,9 131,3. Sb Te I Xe. In Sn 69,7 72,6 74,9 79,0 79,9 83,8 112,4 107,9 85,5 87,6 88,9 91,2 92,9 95,9 (98) 101,1 102,9 106,4 140,1

121,8 127,6 126,9 131,3. Sb Te I Xe. In Sn 69,7 72,6 74,9 79,0 79,9 83,8 112,4 107,9 85,5 87,6 88,9 91,2 92,9 95,9 (98) 101,1 102,9 106,4 140,1 PROVA DE QUÍMICA º 2º 3º 4º 5º 6º 7º TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS (IA) H,0 3 Li 6,9 Na 23,0 9 K 39, 2 (IIA) 4 Be 9,0 2 Mg 24,3 3 (III B) 4 5 6 7 8 9 0 2 20 2 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Ca Sc Ti V Cr

Leia mais

Análise Ambiental de Dados Limnológicos Areeiro Rosa do Vale Relatório nº 001/2013

Análise Ambiental de Dados Limnológicos Areeiro Rosa do Vale Relatório nº 001/2013 Análise Ambiental de Dados Limnológicos Areeiro Rosa do Vale Relatório nº 001/2013 BELO HORIONTE / MG JANEIRO/2013 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 3 2. METODOLOGIA... 3 2.1 Levantamento de dados... 3 2.2 Pontos

Leia mais

Fluorescênciaderaios-X

Fluorescênciaderaios-X 4 Fluorescênciaderaios-X XRF, TXRF http://en.wikipedia.org/wiki/x-ray_fluorescence Possível analisar materiais sólidos directamente sem preparação Existe equipamento portátil Permite analisar componentes

Leia mais

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ RELATÓRIO TÉCNICO Nº 39 2012 COORDENAÇÃO

Leia mais

Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema

Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema 2014 04 Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema O presente relatório é um compendio de estudos e dados - referentes ao mês de abril de 2014 - que integra o processo de monitoramento ambiental da Lagoa

Leia mais

QUANTIDADE

QUANTIDADE ÁGUAS CONTINENTAIS QUANTIDADE Países com renda baixa Países com renda média inferior % Agricultura Países com renda média superior Países com renda alta % Uso Doméstico % Indústria Retirada anual de

Leia mais

O meio aquático I. Bacia Hidrográfica 23/03/2017. Aula 3. Prof. Dr. Joaquin Bonnecarrère Garcia. Zona de erosão. Zona de deposição.

O meio aquático I. Bacia Hidrográfica 23/03/2017. Aula 3. Prof. Dr. Joaquin Bonnecarrère Garcia. Zona de erosão. Zona de deposição. O meio aquático I Aula 3 Prof. Dr. Joaquin Bonnecarrère Garcia Bacia Hidrográfica Área de drenagem Zona de erosão Zona de armazenamento e transporte Lago ou Oceano Zona de deposição Zona de erosão Maior

Leia mais

2.4. Zoobentos. PELD Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração 89. Introdução. Materiais e métodos. Resultados e discussão

2.4. Zoobentos. PELD Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração 89. Introdução. Materiais e métodos. Resultados e discussão PELD Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração 89 2.4. Zoobentos Alice Michiyo Takeda Daniele Sayuri Fujita Gisele Cristin Rosin Sandra Maria de Melo Adriana Félix dos Anjos Sue Ellen Prata Fernandes

Leia mais

Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema

Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema 212 8 Qualidade das águas da Saquarema O presente relatório é um compendio de estudos e dados - referentes ao mês de agosto de 212 - que integra o processo de monitoramento ambiental da Saquarema. Em 1

Leia mais

Exame de Seleção Mestrado em Química Turma Candidato: CPF:

Exame de Seleção Mestrado em Química Turma Candidato: CPF: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DPTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA Exame de Seleção Mestrado em Química Turma 2014.2

Leia mais