INFORMATIVO DO SINDICATO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES DE CARGAS E DE OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DE JOINVILLE SETRACAJO JANEIRO DE 2016 Nº 136 ANO 14

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1 INFO trans INFORMATIVO DO SINDICATO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES DE CARGAS E DE OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DE JOINVILLE SETRACAJO JANEIRO DE 2016 Nº 136 ANO 14 FOTO: ELAIR FLORIANO INVESTIMENTO EM Turma que concluiu o curso resultante da parceria do Setracajo com a OpenTech e Fundamas QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL Oano de 2015 terminou com a sensação de dever cumprido para os 15 alunos que concluíram o curso de Desenvolvimento Profissional em Gerenciamento de Risco (GR) e Logística, oferecido pela OpenTech, em parceria com o Setracajo. A iniciativa envolve ainda a Fundação Municipal Albano Schmidt (Fundamas), que cede o espaço para as aulas, e onde ocorreu a formatura, no auditório Ine Frank, em 14 de dezembro. Na solenidade, o diretor de Comunicação, Alex Breier (acima: primeiro, da direita para a esquerda), representou a presidência do sindicato. Temos aqui pessoas mais qualificadas para o mercado de trabalho, numa demonstração evidente de que a união em prol de um bem maior torna possível realizar. Vamos continuar esta parceria, declarou Breier. Márcio Willwock, gerente de Comunicação da OpenTech, empresa especialista em Gestão de Risco, reforçou que o modelo do curso será mantido: gratuito e aberto à comunidade. Leia mais na página 3.

2 2 EDITORIAL FINAL DE UMA ETAPA N o próximo dia 31, estará se encerrando o período de quatro anos, durante o qual, junto com a equipe que tive a honra de liderar, estive na presidência do Setracajo. Portanto, é chegado o momento de registrar os agradecimentos aos diretores e conselheiros, pessoas que estiveram sempre unidas, em especial nos momentos menos confortáveis. Igualmente, ao quadro social, pela pronta resposta e participação, sempre que solicitadas, facilitando nossa missão. Também é importante agradecer aos mantenedores e apoiadores da Esatran, pois sua colaboração foi fundamental para a consolidação do projeto. Ao apoio recebido dos parceiros do Infotrans, nosso órgão de comunicação impressa, graças ao qual circulou todos os meses, ininterruptamente. Aos instrutores e ao quadro funcional, agradeço pela dedicação ao projeto do Setracajo e pela postura profissional, prestando relevante serviço à entidade. Concluo meu mandato, com a satisfação de, em companhia de todos, ter contribuído para promover maior visibilidade ao Sindicato, por meio da presença nos eventos para os quais fomos convocados, seja para prestigiar ou para defender os interesses da categoria. Tivemos sempre como objetivo primeiro a atenção aos interesses dos empresários do transporte de cargas e logística de nossa base sindical. Assim, representantes do Sindicato igualmente participaram de momentos importantes do setor, no âmbito estadual e nacional, contribuindo para o seu aprimoramento. Ao passar a presidência para o empresário Wilson Steingräber Junior, desejo a ele e sua equipe uma gestão realizadora e inovadora, para que o nosso Sindicato, continue atuante, reconhecido e respeitado, como representante da categoria econômica no nordeste de Santa Catarina. Obrigado a todos. EXPEDIENTE Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e de Operações Logísticas de Joinville. Endereço: Rua Ottokar Doerffel, 401, esquina com Rua Araçá. Bairro: Anita Garibaldi - Joinville/SC - CEP Fone/Fax: (47) / setracajo@setracajo.com.br Jornalista Responsável: Elair Floriano- SC JP. Reportagem e Diagramação: Elair Floriano. Conselho Editorial: Luiz Carlos Lopes e Irineu Spath. Tiragem: 2000 exemplares - Impressão: Ipiranga - Fone (47) ARI RABAIOLLI PRESIDENTE RÁPIDA R$ 40 BI POR ANO COM ACIDENTES DE TRÂNSITO Conforme dados de um estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) e pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), com base em números de 2014, anualmente, o Brasil perde cerca de R$ 40 bilhões em decorrência de acidentes de trânsito. São R$ 12,3 bilhões relacionados a rodovias federais e o restante em vias estaduais e municipais. Estes R$ 40 bilhões, por exemplo, representam quase metade de todo o orçamento do Ministério da Saúde, que é R$ 91,5 bilhões. Além disso, o País arrecada, aproximadamente, R$ 6 bilhões com multas, por ano, que devem ser investidos em educação para o trânsito. O custo médio por acidente é de R$ 72 mil. Nos casos em que há morte, o valor chega a R$ 646 mil. Fonte CNT CURSO FEVEREIRO MOPP De 15 a 26 R$ 280

3 3 FOTOS: ELAIR FLORIANO Jovens da turma de Gestão Administrativa com Tecnologia da Informação e Comunicação, coordenada pelo IOS Auditório Ine Frank, na Fundamas, ficou lotado para formaturas de alunos da OpenTech e IOS Convênio proporciona curso gratuito O curso Desenvolvimento Profissional em Gerenciamento de Risco (GR) e Logística e Gestão Administrativa com Tecnologia da Informação e Comunicação é oferecido gratuitamente, por meio da parceria do Setracajo com a OpenTech e a Fundamas. A educação com qualidade nos permitirá ter uma cidade melhor e superar os momentos de crise, ressaltou o vice-prefeito Rodrigo Coelho, que esteve presente no evento. O balanço desta primeira turma é bem positivo. As vagas foram preenchidas em três dias, tivemos uma grande procura. Atingimos o nosso objetivo, que era de oferecer uma capacitação diferenciada, pois até então não havia nada sobre gerenciamento de risco em Santa Catarina. E agora estamos formando mão de obra qualificada para as transportadoras e gerenciadoras de risco, avaliou Marcio Willwock, gerente de Ofertas & Marketing da OpenTech. Para o diretor presidente da Fundamas, Gilberto Leal Junior, tais parcerias são essenciais para atender a comunidade na formação de mão de obra especializada. Na noite de formatura dos 15 alunos da primeira turma de Desenvolvimento Profissional em Gerenciamento de Risco (GR) e Logística, em 14 de dezembro, também foram entregues os certificados para 45 jovens da terceira turma de Gestão Administrativa com Tecnologia da Informação e Comunicação, coordenada pelo IOS (Instituto da Oportunidade Social) com a Fundamas. Parceria continua Os alunos de Desenvolvimento Profissional em Gerenciamento de Risco (GR) e Logística têm a oportunidade de participar gratuitamente do mesmo curso que é ministrado aos novos funcionários da OpenTech e de realizar os cursos on-line da OpenUniversidade. O conteúdo programático abrange itens como logística, direção defensiva, o funcionamento prático do rastreamento, além de noções sobre apresentação, comunicação e atendimento ao cliente. Em fevereiro, terá início a segunda turma de Desenvolvimento Profissional em Gerenciamento de Risco (GR) e Logística, com 30 vagas disponíveis na Fundamas. Para participar, é preciso ter mais de 18 anos, conhecimentos básicos de informática e o ensino médio em andamento ou concluído. A carga horária total é de 261 horas, com aulas de segunda a quinta-feira, à noite, que duram três horas. O curso é gratuito. Mais informações: (47) , na Fundamas.

4 4 Detran uniformiza TAMANHO DAS PENAS Apartir de agora, motoristas infratores que atingiram 20 pontos ou mais na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) poderão saber qual o tempo da penalidade que será aplicada, de acordo com as infrações cometidas em Santa Catarina. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) editou uma dosimetria em que uniformiza o tamanho das penas, de acordo com a pontuação e a gravidade das infrações no Estado. A medida saiu em atendimento a uma determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que fez uma auditoria no ano passado e apontou deficiências nos procedimentos efetuados pelo Detran para a penalização das infrações de trânsito. Isso significa que o tamanho da punição independerá do local em que o processo tramitar e de quem fará o julgamento administrativo. Não fica mais a critério dos delegados definir quantos meses. Isso evita qualquer tipo de favorecimento com o abrandamento da pena a um motorista pelo julgador. A dosimetria já existe desde 2005, mas antes ficava livre para o julgador definir quantos meses ele ia dar, dentro do mínimo e do máximo. A tabela é dividida em motoristas não reincidentes e reincidentes, e pela natureza da infração (fator multiplicador). PARA INFRATORES NÃO REINCIDENTES Suspensão da CNH por excesso de pontos (Infrações não agravadas) Pontos Tempo 20 a 29 1 mês 30 a 39 2 meses 40 ou mais 3 meses Infrações agravadas com fator multiplicador x3 20 a 29 2 meses 4 meses 30 a 39 3 meses 5 meses 40 ou mais 4 meses 6 meses PARA INFRATORES REINCIDENTES Suspensão da CNH por excesso de pontos (Infrações não agravadas) 20 a 29 6 meses 8 meses 30 a 39 7 meses 9 meses 40 ou mais 8 meses 10 meses 20 a 29 8 meses 12 meses 30 a 39 9 meses 13 meses 40 ou mais 10 a 12 meses 14 a 16 meses* * A suspensão acima de 40 pontos varia com o acréscimo de pontuação na carteira e pode chegar a 16 meses Infrações agravadas com fator multiplicador x5 20 a 29 4 meses 7 meses 30 a 39 5 meses 8 meses 40 ou mais 6 meses 9 ou 10 meses* * Acima de 80 pontos, a penalidade é 10 meses 20 a meses 15 meses 30 a meses 16 meses 40 ou mais 12 a 15 meses 17 a 20 meses* * A suspensão acima de 40 pontos varia com o acréscimo de pontuação na carteira e pode chegar a 20 meses Infrações agravadas com fator multiplicador x10 Pontos 1Infração 2 ou mais infrações 20 a 29 8 meses 10 meses 30 a 39 9 meses 11 meses 40 ou mais 10 meses 12 meses Pontos 1Infração 2 ou mais infrações 20 a meses 20 meses 30 a meses 21 meses 40 ou mais 18 a 20 meses 22 a 24 meses* * A suspensão acima de 40 pontos varia com o acréscimo de pontuação na carteira e pode chegar a 24 meses Fonte: Detran SC e Jornal A Notícia

5 5 Adquirida no terceiro trimestre de 2015 pela Senior referência no desenvolvimento de sistemas para gestão empresarial no Brasil a SOFtran começou o ano de 2016 oficialmente como empresa do grupo. Quem ganha são os clientes principalmente as transportadoras, que além de contarem com uma das melhores soluções direcionadas a transporte de carga, logística e frotistas, podem investir em softwares completos e integrados, otimizando suas rotinas empresarias e conquistando ainda mais produtividade. No mercado há 21 anos, a SOFtran atende todo o território nacional e gerencia mais de 18 mil usuários online todos dias, abrangendo os setores de carga fracionada, e-commerce, retalhista, química, granel, carga seca, e milk run. Com a Senior, a empresa passa a oferecer soluções com redução de custos ainda mais fortes. Os sistemas de ambas as empresas já são configurados com as mais atuais orientações do Governo. Estamos aptos a atuar na gestão administrativa e em toda a cadeia de negócio dessas empresas, incluindo soluções em cloud computing e segurança da informação, afirma o diretor de Marketing e Produto da Senior, Alencar Berwanger. Há cerca de um ano, a Senior adquiriu a Sythex, líder em WMS (Warehouse Management System ou gerenciamento de armazéns), por entender que logística é um dos mercados mais promissores no Brasil. A nova aquisição consolida a presença da companhia, tornando-a uma das mais completas fornecedoras de softwares para o segmento. FOTO DIVULGAÇÃO Equipe da SOFtran, que agora tem seu ERP integrado aos sistemas de gestão de uma das maiores desenvolvedoras do Brasil SOFtran amplia portfólio com entrada no grupo Senior Caminhoneiros ameaçam parar Se o governo não cumprir os pontos do acordo feito com os caminhoneiros em fevereiro de 2015, eles ameaçam com novas paralisações, em fevereiro deste ano. O alerta ocorreu ainda em dezembro, no dia 9, quando o Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas se reuniu com o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, em Brasília, para entregar uma uma pauta de reivindicações. Uma delas é o refinanciamento das dívidas autorizado pelo BNDES. Segundo os caminhoneiros, apenas bancos públicos estão prorrogando o pagamento por doze meses. Outro item é a cobrança do eixo suspenso nos pedágios. Concessionárias de rodovias estaduais, principalmente em Mato Grosso, Paraná e São Paulo, seguem cobrando o pedágio de caminhões que trafegam vazios. Fonte Transvias

6 6 ENTIDADES DE CLASSE: o que elas podem e não podem fazer Se há algo que tenho obrigação de conhecer bem é o funcionamento das entidades de classe, sobretudo as do TRC. Afinal, vivo intensamente esse ambiente desde As circunstâncias me fizeram partícipe e, em alguns momentos, protagonista, desse esforço de construção do sistema nacional de representação do setor, do qual sempre fui entusiasta, certo de que, sem ele, o TRC jamais seria respeitado como atividade empresarial relevante. Depois, acabei tendo a honrosa oportunidade de presidir a NTC por dois mandatos (de 2002 a 2007) e sou, até hoje, conselheiro da entidade, além de diretor da CNT. Nessas condições, pude acompanhar de perto cada passo da elaboração, discussão e aprovação de leis essenciais, como a /07, a /12 e a /15, além da grande vitória representada pela desoneração da folha de pagamento, primeiro com a inclusão do TRC (que originariamente não estava contemplado), na faixa de 1% do faturamento e, depois, com a sua permanência na faixa de 1,5%, quando o Governo pretendia elevar a contribuição do setor para 2,5%. Todas essas reminiscências vêm a propósito de certas coisas que tenho ouvido de empresários do setor, distantes da vida associativa/sindical e, naturalmente, pressionados por prejuízos crescentes e, em alguns casos, por um forte endividamento, por conta do desequilíbrio entre oferta e demanda de transporte. A oferta, turbinada pela bolha rodoviária e por outros fatores que tenho examinado em artigos anteriores. Já a demanda, minguando sem parar, puxada pela pior recessão em muitas décadas. Não bastasse isso, a tempestade que desaba sobre o país e sobre o TRC em particular torna-se ainda mais devastadora com a volta da inflação de dois dígitos, trazendo o forte aumento de alguns dos principais insumos do setor, diesel à frente. Diante desse quadro, empresários desorientados, assustados, cansados não sabendo mais o que fazer e a quem recorrer, voltam sua ira para as entidades de classe, exigindo que elas façam alguma coisa. E logo, como ouvi de um empresário há poucos dias, porque, se demorar, estaremos todos mortos... Não deixa de ser significativo embora isso, na prática, não faça a menor diferença que muitos dos que exigem isso não sejam sequer associados às entidades. E que em todas as situações se mostrem insensíveis a contribuir para que elas possam ter a capacidade técnica e a força política que imaginam que elas deveriam ter. Mas digo que isso é indiferente, simplesmente porque não há entidade, governo ou qualquer força do universo capaz de revogar a lei da oferta e da procura, da mesma forma que seria ridículo esperar que alguém pudesse anular a lei da gravidade. Entidades são boas para veicular anseios, para intermediar entendimentos com governantes e políticos, para construir soluções legislativas e lutar pela sua aprovação, para organizar eventos que reúnam o setor e debatam ideias e soluções, para transmitir conhecimentos. E as entidades de transporte têm feito essas coisas desde sempre, como penso ter evidenciado na apertadíssima síntese de mais de 40 anos de história. Enfim, as entidades de classe podem muito, mas não podem fazer milagres (como revogar as leis de mercado, por exemplo), nem substituir a mão visível e pesada do empresário, no comando do seu negócio. Quem ignorar isso provavelmente se dará muito mal e não sobreviverá à travessia do deserto... GERALDO VIANA EX-PRESIDENTE NTC