Insper Instituto de Ensino e Pesquisa Faculdade de Economia e Administração. Samantha Nunes Cardoso da Silva ESTUDO DE CASO SADIA - PERDIGÃO

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1 Insper Instituto de Ensino e Pesquisa Faculdade de Economia e Administração Samantha Nunes Cardoso da Silva ESTUDO DE CASO SADIA - PERDIGÃO São Paulo 2012

2 1 Samantha Nunes Cardoso da Silva ESTUDO DE CASO SADIA - PERDIGÃO Projeto Final de Monografia II apresentado ao curso de Ciências Econômicas, como requisito final da disciplina Monografia II do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa. Orientador: Professor Doutor Eduardo Luiz Machado Insper São Paulo 2012

3 2 Cardoso da Silva, Samantha Nunes Estudo de Caso Sadia- Perdigão / Samantha Nunes Cardoso da Silva. 38 pags São Paulo: Insper, Monografia: Faculdade de Economia e Administração. Insper Instituto de Ensino e Pesquisa. Orientador: Prof. Dr. Eduardo Machado 1.Ato de Concentração 2. CADE

4 3 Samantha Nunes Cardoso da Silva Estudo de Caso Sadia Perdigão Monografia apresentada à Faculdade de Economia do Insper, como parte dos requisitos para conclusão do curso de graduação em Economia. EAMINADORES Prof. Dr. Eduardo Machado Orientador Prof. Eraldo Genin Fiore Examinador Prof. Dra. Tatiana M. Q. Farina Examinadora

5 4 Agradecimentos Agradeço a minha família, meu orientador, meus amigos e as bibliotecárias que me ajudaram nessa monografia, com apoio e paciência.

6 5 Resumo CARDOSO DA SILVA, Samantha Nunes. Estudo de Caso Sadia Perdigão. São Paulo, p. Monografia Faculdade de Economia e Administração. Insper Instituto de Ensino e Pesquisa. Nas últimas décadas o número de fusões e aquisições vem crescendo significativamente. No ano de 2011 o Cade aprovou a fusão entre as empresas Sadia e Perdigão, essa monografia tem como objetivo rever a decisão do Cade com base na Analise Horizontal feita, para assim argumentar se a decisão de aprovação foi a melhor para o bem estar da população nacional. Após a analise pode se concluir que a decisão de reprovação do conselheiro Carlos Ragazzo foi a mais adequada, uma vez que a fusão vai de encontro com o principio da livre concorrência em quase todos os mercados analisados. Palavras-chave Ato de concentração, Perdigão, Sadia, Cade

7 6 Abstract CARDOSO DA SILVA, Samantha Nunes. The function of the state government in the induction of investment. São Paulo, p. Monograph Faculdade de Economia e Administração. Insper Instituto de Ensino e Pesquisa. In recent decades the number of mergers and acquisitions has increased significantly. In the year of 2011 CADE approved the merger between Sadia and Perdigao, this monograph aims to review the decision of Cade based on a Horizontal Analysis made to be able to argue that the approval decision was best for the welfare of the population national. After the analysis can be concluded that the decision of disapproval of the director Carlos Ragazzo was the best since the merger goes against the principle of free competition in almost all markets analyzed. Keywords: Merger, Perdigão, Sadia, Cade.

8 7 Sumário 1 Introdução Revisão da Literatura Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência Portaria Conjunta SDE/SEAE n. 50/ Estudos Realizados Metodologia Resultados Histórico das Empresas Sadia S.A Perdigão S.A Operação BRF Brasil Foods Análise Horizontal Conclusão Referências

9 8 Lista de tabelas Tabela 1 Dados Financeiros Sadia Tabela 2 Market Share Sadia Tabela 3 Dados Financeiros Perdigão Tabela 4 Market Share Perdigão Tabela 5 Mercado de Atuação das Empresas Tabela 6 Mercado Relevante Considerado Tabela 7 Teste HHI Tabela 8 Novos Entrantes 5 Anos Anteriores à Operação Tabela 9 Pressão Bruta por Aumento de Preços (GUPP) Lista de Quadro Quadro 1 - Análise Horizontal Etapas Quadro 2 - Terceira Etapa Detalhada da Análise Horizontal Quadro 3 - Acordo de Fusão entre a Sadia e a Perdigão

10 9 1. Introdução O controle da estrutura dos mercados por parte das agências de defesa da concorrência constitui prática comum em países maduros, e vem ganhando importância crescente em economias emergentes. Tal atividade envolve exame de atos de concentração econômica tais como fusões, aquisições, joint ventures e incorporações. Especificamente, fusões e aquisições entre grandes empresas despertam o interesse a respeito de seus efeitos reais e potenciais sobre a economia. Especificamente, nas últimas décadas o número de fusões e aquisições vem crescendo significativamente e gerando grande movimentação no mundo e também no Brasil. Segundo definição da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), em conformidade com o 3º do artigo 54 da Lei n.º 8.884/94, atos de concentração são atos que visam a qualquer forma de concentração econômica (horizontal, vertical ou conglomeração), seja através de fusão ou de incorporação de empresas, de constituição de sociedade para exercer o controle de empresas ou qualquer forma de agrupamento societário, que implique participação da empresa, ou do grupo de empresas resultante, igual ou superior a 20% (vinte por cento) de um mercado relevante, ou em que qualquer dos participantes tenha registrado faturamento bruto anual no último balanço equivalente a R$ ,00 (quatrocentos milhões de reais). A SEAE também distingue entre os dois tipos de atos: Concentração horizontal envolve agentes econômicos distintos e competidores entre si, que ofertam o mesmo produto ou serviço em um determinado mercado relevante. Concentração vertical envolve agentes econômicos distintos, que ofertam produtos ou serviços distintos e que fazem parte da mesma cadeia produtiva. Os atos de concentração envolvendo grandes empresas podem, às vezes, vir contra o princípio da livre concorrência. A livre concorrência é a disputa das empresas por um lugar no mercado, ela impede situações de privilégio do agente econômico sob os demais agentes ou consumidores, como por exemplo, empresas tomadoras de preços. Portanto a livre concorrência acaba por estimular a criatividade e inovação das empresas, garantindo um menor preço aos consumidores.

11 10 No Brasil, em 1962, criou-se o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão responsável por fiscalizar os atos de concentração com a finalidade de evitar qualquer limitação ou prejuízo ao princípio da livre concorrência. Um ato de concentração horizontal recente de grande repercussão foi a fusão entre as empresas Sadia e Perdigão. Ambas empresas que atuam no setor de alimentos, oferecendo carnes in natura, industrializadas e congeladas, massas, vegetais congelados, margarinas, derivados de sojas e outros produtos. Cronologicamente, em 2006 a Sadia fez uma oferta hostil à Perdigão com o intuito de conseguir o controle acionário da companhia, porém não conseguiu a aprovação necessária da maioria dos acionistas. Já no ano de 2009 a Sadia e a Perdigão anunciaram o início do processo de associação a fim de unificar as operações das duas empresas, criando assim uma nova empresa, a Brasil Foods S.A (BR Foods). A idéia da operação da criação da BR Foods era constituir uma grande multinacional brasileira de alimentos processados, que se tornaria um dos maiores players mundiais no setor de alimentos. Apesar de ter sido anunciada em 2009, somente em julho de 2011 o CADE aprovou a formação da Brasil Foods a partir da fusão entre a Sadia e a Perdigão. Essa monografia tem como objetivo analisar a decisão de aprovação tomada pelo CADE sobre a fusão entre a Sadia e a Perdigão, pretendo estudar mais o tema, uma vez que existem poucos trabalhos sobre este caso, devido a sua aprovação ter sido feita recentemente. Também se procura entender com essa monografia quais motivos levaram apenas um conselheiro do CADE (de cinco) dar seu voto contra a fusão. Para a realização deste estudo de caso é necessário uma análise do mercado das duas empresas antes e após a fusão e assim julgar se a decisão tomada pelo CADE foi a mais adequada.

12 11 2. Revisão da Literatura 2.1 Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência A livre concorrência estimula a criação e inovação das empresas e acaba por garantir melhores preços aos consumidores. Para que esse princípio seja garantido, existe o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, o SBDC, prevenindo e reprimindo ações prejudiciais ao princípio, promovendo uma economia competitiva. O SBDC é composto por três órgãos: Secretaria de Direito Econômico (SDE); Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE); Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (CADE). A SDE é o órgão responsável pela instrução da análise concorrencial nos atos de concentração e responsável também pela investigação a infrações a ordem econômica. A SEAE fica responsável por emitir pareceres econômicos em atos de concentração, elabora facultativamente pareceres em investigação sobre condutas anticoncorrenciais a fim de oferecer representação à SDE. O CADE (2007) fica responsável pela decisão final dos processos abertos pela SDE ou SEAE, após receber os pareceres dos dois órgãos o CADE julga tanto os processos administrativos que tratam de condutas anticoncorrenciais quanto as análises de atos de concentração econômica. Em 1994, foi editada a Lei n , que transformou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica CADE em autarquia, dotando de mandato fixo seus dirigentes, e fortaleceu os poderes do órgão, instituindo, inclusive, o controle de fusões e aquisições, como ocorre hoje em quase uma centena de países. Destaque-se que em 2011 foi aprovada a nova legislação que reduz para dois os órgãos do SBDC. 2.2 Portaria Conjunta SDE/SEAE n. 50/2001 No documento do ministério da fazenda, Portaria 50, o artigo 1 apresenta um guia para análise econômica de atos de concentração horizontal. A partir desse guia pode-se estabelecer etapas para esse processo, conforme mostrado no Quadro 1. 1 Em 11 de junho de 1994.

13 12 Quadro 1 - Análise Horizontal Etapas Fonte: Elaborado a partir da PORTARIA CONJUNTA SEAE/SDE Nº 50 A primeira etapa numa analise de atos de concentração horizontais é a definição do mercado relevante. A discussão das questões concorrenciais no caso em tela requer a devida delimitação do mercado relevante. Por sua vez, este último é definido como um espaço no qual é plausível supor a possibilidade de exercício de poder de mercado, podendo ser especificado em termos dos produtos e serviços que o compõem (dimensão do produto) e da área geográfica para qual a venda destes produtos é economicamente viável (dimensão geográfica). Assim, deve-se estudar quais produtos as empresas oferecem, ou seja, quais são os relativos portfólios de produtos e qual é a área de venda desses produtos, estados (cidades) em que as empresas atuam oferecendo seus produtos e possuindo um mercado. A definição do mercado relevante é importante para estimar o nível de concentração a fim de verificar possíveis exercícios de poder de mercado abusivos dos agentes. Segundo Salgado (1997), a jurisprudência norte-americana criou o conceito de mercado relevante, um híbrido jurídico-econômico, cujo significado é o de delimitar as fronteiras do espaço econômico da análise antitruste. No teste do monopolista hipotético 2, entende-se mercado relevante como o menor grupo de produtos e a menor área geográfica necessários para que um suposto monopolista 2 O teste do monopolista hipotético consiste em considerar, para um conjunto de produtos e área específicos, começando com os bens produzidos e vendidos pelas empresas que estão se concentrando e com a extensão territorial em que estas empresas atuam, qual seria o resultado final de um pequeno, porém significativo e não transitório aumento dos preços para um suposto monopolista destes bens nesta área.

14 13 tenha condições de impor um pequeno porém significativo e não transitório 3 aumento de preços. Na dimensão produto considera-se dentro de um mesmo mercado os produtos que são substitutos próximos na demanda e na oferta. Na dimensão geográfica, observa-se a região próxima de onde pode vir o mesmo produto ou um substituto capaz de concorrer com o produto do mercado original. Nesse caso, deve-se observar o custo de transporte envolvido. Como continuação da análise de atos de concentração horizontal, deve ser verificada a posição dominante. Uma empresa possui poder de mercado uma vez que ela consegue alterar os preços independentemente dos atos tomados por seus concorrentes no mercado relevante. Para a verificação da posição dominante dois índices são mais utilizados. O HHI (Herfindahl-Hirschman) que se baseia no número total e market share de cada empresa e o CR (Razão de Concentração) que mede o market share das n maiores firmas em um mercado total. O índice C4 é calculado pela soma da participação de mercado das quatro maiores empresas, portanto: 4 C 4, onde si é a participação de mercado da firma i. Esse índice é definido no intervalo 0 < C Por sua vez, o HHI reflete a soma dos quadrados da participação de mercado de todas as firmas do mercado relevante. Esse índice pode ser expresso como: HHI onde s i é a participação percentual de cada uma das n empresas do mercado relevante. Este índice é definido no intervalo 0 < HHI Note-se que um monopólio tem uma participação igual a 100% e atinge o valor máximo de Calculados esses índices, faz-se a análise se eles mostram que a empresa possui parcela substancial no mercado, se ela não possuir a fusão pode ser aprovada, caso contrário parte-se para a terceira etapa que consiste em verificar se é favorável à empresa exercer seu poder de mercado. Na tradição da Organização Industrial, e por extensão na análise econômica antitruste, poder de mercado é simplesmente definido como poder de fixação discricionária de preços em i 1 n s i i 1 2 s i 3 A SEAE adota como referência um aumento de preço de 5%, 10% ou 15% por um período não inferior a um ano.

15 14 um dado mercado relevante. Ou seja, quando uma empresa tem o poder de manter seus preços acima do nível competitivo sem perder seus clientes. Mesmo que a empresa possua o poder de mercado, seu exercício pode não ser realizado, ocorrendo apenas se for rentável para a própria. O exercício de poder de mercado é considerado unilateral quando uma empresa detém uma participação igual ou maior do que 20% do mercado. O exercício pode também ser considerado coordenado, isso é, quando a empresa possui participação maior ou igual a 10%, ou C4 maior ou igual a 75% (HHI) Segundo Shapiro (1996) no caso de concentrações horizontais, o market share de cada empresa envolvida na fusão determina o aumento de preços a ser exercido. Se a concentração envolver um portfólio de marcas, a fusão resultaria em maior poder de mercado caso os consumidores dessem uma marca como melhor que a outra. Para Barbosa e Camargos (2003) umas das motivações para atos de concentração é a busca por poder de monopólio, devido à concentração e eliminação da concorrência. Para essa identificação de exercício do poder de mercado pode ser seguido o modelo descrito no Quadro 2: Quadro 2 - Terceira etapa detalhada da Análise Horizontal Fonte: Elaborado a partir da PORTARIA CONJUNTA SEAE/SDE Nº 50 Na quarta etapa são identificados os benefícios econômicos derivados dos atos de concentração. Esses benefícios podem ser calculados a partir do excedente total de Williamson (1968). Se o aumento do excedente do produtor for maior do que a perda do

16 15 excedente do consumidor, a economia terá um aumento do bem-estar. Podem ser considerados benefícios econômicos: economias de escala, de escopo, da redução dos custos de transação, da introdução de uma tecnologia mais produtiva, de apropriação de externalidades positivas ou eliminação de externalidades negativas; e da geração de um poder de mercado compensatório. Uma vez diagnosticado que existe provável exercício de poder de mercado e identificadas as eficiências, parte-se para a quinta etapa. A quinta etapa consiste em analisar se os custos do exercício de poder de mercado são maiores do que as eficiências geradas. Se os custos forem maiores, não deve ser aprovada a fusão, caso contrário, se os custos forem menores que as eficiências geradas a fusão pode ser aprovada sem que a sociedade seja prejudicada. 2.3 Estudos Realizados A fusão entre a Sadia e a Perdigão com a formação da BRFoods ainda não foi muito estudada, por se tratar de um caso recentemente aprovado. Porém existem alguns estudos antecedentes a fusão. Matsumoto, Ribeiro e Ferreira (2009) realizaram um estudo sobre a criação da Brasil Foods ser uma caso de necessidade ou oportunidade. Fazendo um estudo descritivo analisando demonstrativos financeiros da Sadia e da Perdigão e os comparando. Os resultados que obtiveram foi que a fusão representou uma necessidade para a Sadia e uma oportunidade para a Perdigão. Uma necessidade para a Sadia, devido às perdas significativas apresentadas com a crise mundial de Tafarrel, Gerigk e Garcia (2009) estudaram a trajetória da Sadia e da Perdigão antes de sua fusão. Compararam a receita bruta, lucro líquido, ativo total, número de funcionários e índices contábeis e financeiros das duas empresas. A partir dessa análise constataram que as empresas tiveram trajetória de crescimento bem semelhante, apresentando além de crescimentos parecidos, como produtos também. Devido a grande semelhança entre as empresa foi confirmado com os estudos uma grande competitividade entre ambas resultando em uma fusão. Com esses estudos eles constataram também que apesar de ser dito que foi um caso de fusão, o que se pode perceber que se parece mais com um caso de incorporação da Sadia pela Perdigão, pois a Perdigão apresentou melhores resultados a partir de Um breve estudo durante a fusão foi realizado por Carmona e Araújo (2009), para analisar o que levou as duas empresas a se fundirem eles utilizaram indicadores financeiros e

17 16 operacionais de ambas. Após a análise eles concluíram que a crise de 2008 afetou as duas, porém trouxe piores resultados para a Sadia. Assim concluem que a fusão foi uma necessidade para a Sadia e uma oportunidade estratégica para a Perdigão. Para a Sadia a fusão pode ser apontada como uma solução para seus problemas financeiros enquanto para a Perdigão ela é uma oportunidade de crescimento, de ganhos de escala e redução dos custos.

18 17 3. Metodologia Será feito um estudo de caso nesse trabalho, sobre a fusão da Sadia com a Perdigão, o qual foi aprovado pelo CADE em julho de 2011, para avaliar assim a decisão tomada pelo CADE. Pretende-se verificar se o nível de concentração nos mercados relevantes da fusão das empresas, não irá causar danos à concorrência e aos consumidores. Segundo Yin (1989) o estudo de caso pode ser utilizado para fazer uma avaliação, ainda que de forma descritiva, da intervenção realizada. A essência de um estudo de caso, a principal tendência em todos os tipos de estudo de caso, é que ela tenta esclarecer uma decisão ou um conjunto de decisões: o motivo pelo qual foram tomadas, como foram implementadas e com quais resultados. (Scharamm 1971) Para Yin (2001) existem 3 tipos de estudos de caso: os estudos causais ou explanatórios, os estudos descritivos e os estudos exploratórios. Cada um deles podendo ser estudos simples ou estudos múltiplos. Porém Robert ressalta que os tipos muitas vezes se sobrepõem, podendo assim ser utilizado varias formas de estudo em um mesmo caso. O tipo explanatório é mais comumente usado para explicação das causas, o tipo descritivo para a descrição da situação, usando uma descrição de uma teoria que sustentará o caso, e por fim o tipo exploratório que tem a finalidade de se aprofundar nas questões menos conhecidas, utilizados normalmente em pesquisas sociais, projetos pilotos. Utilizando um estudo de caso descritivo irá se aplicar a Análise Horizontal de Etapas elaborada pela Portaria Conjunta SEAE/SDE nº 50.

19 18 4. Resultados 4.1 Histórico das empresas Neste item pretende-se apresentar informações e dados sobre as empresas envolvidas no Ato de Concentração sob análise. Também será descrito a operação envolvendo as duas empresas Sadia S.A A Sadia (2008) foi fundada no estado de Santa Catarina por Attilio Francisco avier Fontana, que foi convidado em 1939 a dirigir um frigorífico em dificuldades com o direito a participação nos resultados. Com o passar dos anos houve uma melhora nos resultados, então em 1944 Attilio comprou as cotas dos outros sócios e foi assim que se iniciou a Sadia, no começo possuía apenas um abatedouro de suínos e um moinho de trigo. Em 1947 a Sadia expandiu seus horizontes para fora do estado de Santa Catarina e abriu uma distribuidora em São Paulo e posteriormente outras no interior do estado. Na década de 60 a Sadia expandiu seu portfólio com o lançamento de produtos semi-prontos e com o início da avicultura aumentando seu desempenho em criação e abate de frangos. Em 1964 foi inaugurada a primeira indústria de carnes e derivados fora de Concórdia, localizada em São Paulo. Também nessa mesma década a empresa começou suas exportações com a venda de carne bovina e suína in natura para a Europa e constituiu canais de distribuição em praticamente todo o território nacional. Em 1971 a Sadia resolveu iniciar seu processo de abertura de capital e já em meados da década de 70 a empresa já exportava para Europa, Estados Unidos e Oriente Médio. Na década de 80 a empresa inaugurou abatedouros de suínos e bovinos, além de unidades de processamento de soja. Em 1980 as exportações da empresa já ultrapassavam US$ 100 milhões e no final dos anos 80 a Sadia comercializava seus produtos para 40 países, sendo considerada uma das maiores exportadoras do Brasil. E em 1988 a Sadia atinge o faturamento de mais de um bilhão de dólares. Na década de 90 a empresa decide entrar no segmento de margarinas e acabar com suas atividades nos segmentos de bovinos e soja. Especializando-se assim em produtos industrializados congelados e resfriados, deixando de ser uma empresa agroindustrial. No ano de 1994 a empresa comemorou seus 50 anos,

20 19 encerrando o ano com um faturamento de US$ 2,9 bilhões e uma receita de exportações de mais de meio bilhão de dólares. A Sadia aderiu ao Nível 1 de Governança Coorporativa da Bolsa de Valores de São Paulo, no ano de 2001, e também lançou ADRs (American Depositary Receipts) na Bolsa de Nova York, possibilitando a entrada de investidores estrangeiros. Em 2001 e 2003 foi eleita a marca mais valiosa do setor de alimentos do Brasil pela consultoria inglesa Interbrand. No ano de 2005 decidiu voltar as suas atividades com bovinos, retomando o abate e aumentando seu portfólio de produtos. A Sadia entrou para o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), em 2007, criado pela BMF&Bovespa para analisar e reconhecer as empresas mais sustentáveis. Em 2008, um ano antes do anúncio de união com a Perdigão, a Sadia era uma das maiores empresas da América Latina no setor alimentício e a líder no setor de alimentos industrializados no Brasil. Seu portfólio continha cerca de 700 produtos, produzidos pelas 17 indústrias instaladas no Brasil e uma na Rússia. Não só produzia mais alimentos à base de carne como também massas, sobremesas, margarinas. Em 2008 o mercado interno foi responsável por 48% das vendas. Na Tabela 1 se tem alguns dados financeiros da Sadia, enquanto na Tabela 2 são apresentadas algumas participações de mercado da empresa: Tabela 1 - Dados Financeiros Sadia R$ milhões Receita Bruta Receita Líquida Lucro Líquido (2.485) Ebitda Margem Ebitda 13,4% 12,2% 9,6% 13,5% 10,9% Fonte: Elaborado a partir do Relatório Anual 2008 da Sadia Tabela 2 - Market Share Sadia Refrigerados 30,6 31,0 Congelados 43,7 43,7 Margarinas 42,0 46,1 Fonte: Elaborado a partir do Relatório Anual 2008 da Sadia

21 Perdigão S.A Fundada em 1934, por Saul Brandalise, a Perdigão (2011) também nasceu no estado de Santa Catarina. Com uma trajetória semelhante a da Sadia iniciou suas atividades industriais em 1939 com um abatedouro e fábrica de produtos suínos. Em 1943 buscou diversificar suas atividades processando pele suína com a aquisição da Sociedade Curtume Catarinense. Também nesse mesmo ano a Perdigão se constituiu com o uma sociedade anônima. O segmento de couro foi abandonado pela Perdigão em Em 1955 começou com o abate de aves, exportando essa carne para a Arábia Saudita. No ano de 74 a empresa decide também entrar no ramo de rações para animais. Em meados da década de 70 a Perdigão era a pioneira na exportação de carne de franco do Brasil, tendo seu principal destino a Arábia Saudita. Com o objetivo de desenvolver uma ave melhorada com 70% da carne concentrada no peito e nas coxas, a empresa importou dos Estados Unidos uma espécie Gallus gallus e deu início ao programa de melhoramento genético, foi assim que nasceu o Chester. No ano de 1981 a empresa passou a ser negociada na Bolsa de Valores de São Paulo com a realização da abertura de seu capital. Durante a década de 80 investiu no ramo agropecuário e frigorífico, iniciando também o abate de bovinos. Mas ao mesmo tempo a Perdigão se desfez da atividade frutícola, supermercado, posto de gasolina e serrarias. No ano de 1990 a Perdigão se internacionaliza estabelecendo uma joint-venture com uma empresa de Portugal para a produção de linguiças e salsichas, porém um ano depois essa aliança é desfeita. Diferentemente da Sadia, a Perdigão encontrou algumas dificuldades financeiras ao longo de sua trajetória. Entre os anos de 1990 e 1993 a empresa teve grandes prejuízos em decorrência da falta de investimento em novos produtos, na falta de investimento da divulgação de seus produtos já existentes e também devido ao aumento de seus custos. Em 1993 diante de uma dívida de US$ 190 milhões, Flávio Brandalise foi pressionado a deixar o comando da empresa. Em 1994 a fase de administração familiar é encerrada e o controle acionário é adquirido por um grupo de Fundo de Pensão (compostos principalmente pelo Banco de Brasil, Telebrás e Petrobrás). Passado esse período, em 2008 a Perdigão já era um dos maiores conglomerados de alimentos da América Latina. Exportando seus produtos para mais de 110 países, o mercado externo foi responsável por 44% das vendas. No mercado interno possuía 44 indústrias em 11

22 21 estados. Seu portfólio contava com mais de 2500 produtos, divididos nos segmentos de carnes, lácteos, margarinas, massas, pizzas, vegetais congelados, entre outros. Na Tabela 3 são apresentados dados financeiros da Perdigão, enquanto na Tabela 4 algumas participações de mercado são mostradas: Tabela 3- Dados financeiros Perdigão R$ milhões Receita Bruta Receita Líquida Lucro Líquido Ebitda Margem Ebitda 12,2% 14,5% 8,7% 12,1% 10,2% Fonte: Elaborado a partir do Relatório Anual 2008 da Perdigão Tabela 4- Market Share Perdigão Massas 41,8 37,4 Congelados de Carne 35,8 35,5 Industrializados de Carne 25,2 25,7 Pizzas Congeladas 36,4 34,5 Margarinas 16,5 18,0 Lácteos 15,0 14,0 Fonte: Elaborado a partir do Relatório Anual 2008 da Perdigão Operação BRF Brasil Foods Em maio de 2009 foi anunciada a criação da BRFoods, a partir da fusão das empresas Sadia e Perdigão. A Sadia passou a ser uma subsidiaria da Perdigão, e a Perdigão mudou seu nome para BRF Brasil Foods, sendo concluída a troca de ações em setembro do mesmo ano. Devido ao porte das duas empresas a BRFoods já nasceu sendo considerada um dos maiores players globais no setor alimentício. A BR Foods (2009) atua nos segmentos de aves, suínos, bovinos, massas, margarinas e lácteos. Entre suas marcas estão: Sadia, Perdigão, Qualy, Batavo, Elegê, entre outras. A empresa possui 115 mil funcionários distribuídos pelas suas 61 fábricas localizadas no Brasil, e mais 3 no exterior, estando elas localizadas na Argentina, Holanda e Reino Unido. A BR Foods em 2010 exportou para mais de 140 países, representando assim a terceira maior

23 22 exportadora do país. Estima-se que esse número de exportação equivalha a pouco mais de 20% da balança comercial brasileira. Em junho de 2010 a SEAE, Secretária de Acompanhamento Econômico, emitiu um parecer em que afirmou que a fusão resulta em concentrações significativas em diversos mercados relevantes de oferta de carne in natura e produtos industrializados. A negociação de fusão foi levada ao CADE, o qual em maio de 2011 recomendou fortes restrições ao acordo ou a reprovação do mesmo. Porém em Junho do mesmo ano, foi feita a votação final do caso, a fusão foi aprovada pelo CADE por 4 votos contra 1 (do conselheiro Carlos Ragazzo). O Quadro 3 mostra as restrições impostas pelo CADE para que o acordo de fusão fosse aprovado. Como pode ser visto acima o acordo exige a suspensão por 3 anos de presunto, pernil, tender, lingüiça e paio, 4 anos de salame e 5 anos de lasanha, pizza, quibes, almôndegas e frios da marca Perdigão. Para a marca Batavo foi exigida uma suspensão de 4 anos para os seguintes produtos: derivados de carnes processadas, empanados e margarinas. A BRFoods deverá alienar 80% da produção da Perdigão voltada para o mercado brasileiro, entre eles deverá se desfazer de 10 fábricas, 2 abatedouros de aves, 2 abatedouros de suínos, 4 fábricas de ração, 12 granjas de frango, 2 incubatórios de aves e 8 centros de distribuição. E Por fim a Brasil Foods fica proibida de lançar novas marcas para substituir as que foram suspensas.

24 23 Quadro 3 - Acordo de fusão entre a Sadia e a Perdigão Fonte: Globo economia.

25 24 O único voto contrário à fusão foi dado pelo conselheiro Carlos Ragazzo, que justificou seu voto pelo fato de acreditar que existe uma tendência dos consumidores em migrar para a Sadia com a ausência dos produtos da Perdigão. Devido ao tamanho das empresas e de seu market share, ele acredita que não existirá uma competição no setor, fazendo com que novos entrantes não consigam cobrir esse mercado, e que as marcas já existentes como, por exemplo, a Batavo também não consiga competir. Acreditando ainda que apenas a alienação total da Perdigão consiga trazer competição para o setor. 4.2 Análise Horizontal A Análise Horizontal será feita de acordo com o modelo da Portaria 50, já apresentado anteriormente. E os dados serão obtidos a partir do documento do Ato de Concentração feito pelo CADE. Etapa I: Definição do Mercado Relevante. Para essa definição, deve-se olhar para o mercado da forma mais segmentada possível. A Tabela 5 mostra a atuação de cada empresa. Tabela 5- Mercado de atuação das empresas Oferta de produtos Sadia Perdigão Carnes in natura Frango Suínos Peru Bovino Peixes e Frutos do Mar Congelados Congelados Pratos Prontos Pizza Hamburguer Empanados Tortas Lanches Prontos Salgadinhos Pão de Queijo Kibes Almôndegas Batatas Vegetais Pães Frios e embutidos Industrializados de Carne Presunto

26 25 Apresuntado Afiambrados Mortadela Salame Salsichas Linguiças Frios Especiais(Copa/Lombo/Parma) Frios Saudáveis (Peito de Peru/Blanquet) Bacon Patês Cárneos Margarinas Lácteos Linha Seca Leites UHT Sucos Achocolatado Líquido (Aromatizado) Molhos Prontos e Congelados Doce de Leite Creme de Leite Leite em Pó Leite condensado Bebidas de Soja Linha Refrigerada Queijos Leite Pasteurizado Iogurtes e Bebidas Sobremesas Lácteas Alimentos a base de soja Manteiga Leite Fermentado Creme de Leite Pasteurizado/Nata Petit-Suisse Requeijão Cream Cheese Massas frescas Sobremesas Kit Festa (Cesta Natalina vários itens) Vendas Diversas Matérias Primas Medicamentos e vacinas Farelo de Soja Animais vivos Ovos Rações Farinhas e derivados de soja Óleos vegetais Outros Fonte: Elaborada a partir do Ato de Concentração n /2009 Analisando a oferta de ambas as empresas, dado o portfólio de produtos define-se como mercado relevante apenas os produtos ofertados pelas duas empresas; com exceção aos mercados de queijos, batatas, vegetais, pães congelados e pães de queijo, pois as participações

27 26 das empresas nesses segmentos são equivalentes a menos de 20%. Em relação à geografia, o mercado relevante seria todo o mercado nacional. Analisando a demanda, os mercados relevantes em relação aos produtos seriam os: a aquisição de suínos para o abate, a aquisição de frangos para o abate e a aquisição de perus para o abate. Em relação à geografia, os mercados relevantes seriam: Suínos PR, SC e RS; Frangos PR, SC, RS, MT e GO; Peru PR. Dada a análise da oferta e demanda dos produtos de ambas empresas, o mercado relevante considerado será o da tabela 6: Tabela 6 - Mercado Relevante Considerado Grupo Segmento Mercados relevantes Mercados geográficos Frangos Aquisição de frangos para abate GO, MT, RS e SC Aquisição de animais para Perus Aquisição de perus para abate 150 Km abate Suínos Aquisição de suínos para abate RS, PR e SC Frangos Carne in natura de frango Perus Carne in natura de perus Carnes in natura Suínos Carne in natura suína Bovinos Carne in natura bovina Kit festa aves Tender de frango, chester, peru temperado congelado Kit festa Kit festa suíno Lombo suíno temperado congelado, paleta suína defumada, pernil com osso temperado, pernil sem osso temperado, presunto tender, tender suíno Congelados Carnes processadas Pratos prontos congelados Pratos semi-prontos congelados Carnes processadas para consumo a frio Carnes processadas cozidas semi-prontas Lasanhas e pratos prontos Pizzas congeladas Hambúrgueres Kibes e almôndegas Empanados de frango Presunto, apresuntado e afiambrado Mortadela Salame Frios especiais (copa, lombo, parma) Frios saudáveis (peito de peru, blanquet) Patês cárneos Salsicha Nacional

28 27 Carne processada fresca Lingüiça frescal Carne processada curada Lingüiça defumada Bacon Bacon Margarinas Margarinas Margarinas Fonte: Elaborada a partir do Ato de Concentração n /2009 Etapa II: Parcela Substancial do Mercado. O próximo passo é definir se há parcela substancial do mercado, para isso foi utilizado o teste HHI o qual reflete a soma dos quadrados da participação de mercado de todas as firmas do mercado relevante. Tabela 7 - Teste HHI Grupo Mercados relevantes Perdigão Sadia Conjunta HHI HHI Aquisição de animais para abate Carnes in natura Aquisição de frangos para abate Aquisição de perus para abate 30%-40% 30%-40% 70%-80% - - Aquisição de suínos para abate Carne in natura de frango 0%-10% 0%-10% 0%-10% - - Carne in natura de perus 30%-40% 30%-40% 70%-80% >5000 >2000 Carne in natura suína 0%-10% 0%-10% 0%-10% - - Carne in natura bovina 0%-10% 0%-10% 0%-10% - - Tender de frango, chester, peru temperado congelado 30%-40% 50%-60% 80%-90% >7.000 >3.000 Kit festa Lombo suíno temperado congelado, paleta suína defumada, pernil com osso temperado, pernil sem osso temperado, presunto tender, tender suíno 20%-30% 40%-50% 60%-70% >5.000 >1.500 Lasanhas e pratos prontos 30%-40% 50%-60% 80%-90% >7.000 >3.000 Congelados Carnes processadas Pizzas congeladas 30%-40% 30%-40% 60%-70% >4.000 >2.000 Hambúrgueres 30%-40% 30%-40% 70%-80% >5.000 >2.000 Kibes e almôndegas 30%-40% 30%-40% 70%-80% >6.000 >3.000 Empanados de frango 30%-40% 30%-40% 70%-80% >6.000 >3.000 Presunto, apresuntado e afiambrado 20%-30% 40%-50% 60%-70% >4.000 >2.000 Mortadela 30%-40% 20%-30% 50%-60% >3.000 >1.500 Salame 20%-30% 30%-40% 50%-60% >2.000 >1.000

29 28 Frios especiais (copa, lombo, parma) Frios saudáveis (peito de peru, blanquet) 0%-10% 20%-30% 30%-40% <1.500 <500 40%-50% 40%-50% 90%-100% >8.000 >4.000 Patês cárneos 0%-10% 20%-30% 30%-40% - <400 Salsicha 20%-30% 20%-30% 40%-50% >2000 >1.000 Lingüiça frescal 10%-20% 20%-30% 30%-40% <1500 <600 Lingüiça defumada 30%-40% 30%-40% 60%-70% >4000 >2.000 Bacon 0%-10% 20%-30% 20%-30% <1500 <500 Margarinas Margarinas 10%-20% 40%-50% 50%-60% >4000 >1.000 Fonte: Elaborada a partir do Ato de Concentração n /2009 Os mercados de carne in natura suína, bovina e frango não precisam mais ser analisados, pois apresentam um market share menor do que 20%, para os demais deve-se analisar o HHI. Para um HHI>1800 e HHI>50 após a operação, presume-se mudanças das relações de concorrência; Para um HHI entre 1000 e 1800 e HHI>100, presume-se mudança nas relações de concorrência; Para um HHI<1000 presume-se manutenção da concorrência. Portanto o mercado de frios especiais, lingüiça frescal e bacon não representam uma parcela substancial do mercado, não apresentando assim perigos a livre concorrência. Em todos os outros mercados o HHI é maior do que 2000 e suas variações superiores a 1000, isso configuram mercados altamente concentrados. Portanto há a preocupação quanto à concorrência fazendo com que a análise horizontal continua para esses mercados. Etapa III: Probabilidade de Exercício de Poder de Mercado Nesta etapa da análise verificasse se existe probabilidade de ser exercido o poder de compra. Segundo a análise da SEAE não há evidencias de um possível exercício de poder de monopsônio por parte da Sadia e da Perdigão no mercado de aquisição de animais para o abate. Apesar do alto market share das empresas nesse mercado a rivalidade dele é muito grande, isso faz com que a probabilidade do exercício de mercado seja baixa. No mercado de frango, localizado no Mato Grosso isso já não acontece, nesse nicho as duas empresas detém uma altíssima parcela do mercado. No mercado de oferta de carnes in natura o único nicho que necessita ser analisado é o de peru, pois os mercados de bovinos, suínos e frangos apresentaram baixas participações. O mercado de carne de peru é constituído unicamente pelas duas empresas requerentes e mais a Marfrig, assim o mercado após a fusão será constituído por um duopólio. A SEAE constatou

30 29 por dados não revelados que não há rivalidade efetiva ao poder de mercado, isso é suficiente para se concluir que há a probabilidade de exercício do poder de mercado. Na oferta de processados e de margarina foi analisado o histórico de entrantes nos respectivos mercados, pois a entrada de um novo agente é pode ser considerada um obstáculo ao poder de mercado. Tabela 8 Novos Entrantes 5 Anos Anteriores à Operação Segmento Pratos prontos congelados Pratos semi-prontos congelados Carnes processadas para consumo a frio Carnes processadas cozidas semi-prontas N de entradas em Mercado relevante 2008 Com pelo menos Total 2% de share Lasanha e pratos prontos 5 1 Pizzas congeladas 2 1 Empanados de frango 3 0 Hambúrgueres 3 1 Kibes e almôndegas 3 2 Presuntos e afiambrado 10 0 Mortadela 4 1 Salame 4 0 Frios saudáveis 1 0 Salsicha 9 1 Carnes processadas curadas Linguiça defumada 11 0 Margarinas Margarinas 3 0 Kit Festa aves Tender de frango, chester, peru congelado 7 1 Kit Festa suíno Lombo suíno congelado, paleta defumada, tender 4 1 Fonte: Elaborada a partir do Ato de Concentração n /2009 Na tabela anterior observa-se que mesmo nos mercados onde houve uma grande entrada de novos agentes, eles conquistaram uma baixa porcentagem desse mercado. Portanto isso facilita a probabilidade do exercício de poder de mercado, devido à falta de probabilidade de novos entrantes. Outro teste também realizado pelo conselheiro foi o UPP, teste depressão bruta por aumento de preços em decorrência do ato de concentração. As respostas obtidas foram:

31 30 Tabela 9 Pressão Bruta por Aumento de Preços (GUPP) Produto Empanados Mortadela Margarina Salsichas Presuntaria Pizza Linguiça Def. Hamburguer Pratos prontos Pressão de Preços da Empresa Pressão Bruta por Aumento (GUPP) Perdigão 52,78% Sadia 53,86% Perdigão 29,28% Sadia 40,44% Perdigão 31,94% Sadia 13,79% Perdigão 26,41% Sadia 17,89% Perdigão 58,29% Sadia 43,75% Perdigão 26,91% Sadia 18,40% Perdigão 20,95% Sadia 21,59% Perdigão 23,88% Sadia 24,06% Perdigão 73,94% Sadia 55,66% Fonte: Elaborada a partir do Ato de Concentração n /2009 O teste realizado mostrou que o cenário seria extremamente não concorrencial após a fusão, dado que a pressão por aumento de preços é muito grande nos mercados relevantes. Eliminada a probabilidade de exercício de compra no mercado de aquisição de carnes para o abate a análise parte para a quarta e quinta etapas nas quais serão identificadas as eficiências nos mercados de carnes in natura de perus, processados e margarinas. E depois medidas se elas serão maiores ou menos do que o custo do exercício de poder de mercado. Etapas IV e V: Definição das Eficiências e Comparação com os Custos do Exercício de Poder de Mercado As duas empresas apresentaram a SEAE um relatório de prováveis eficiências geradas pela fusão, elaborado pela Consultoria McKinsey. O relatório apresentado alega por meio de testes econométricos e uma série de notas que os efeitos negativos gerados pela fusão seriam pequenos perto dos benefícios gerados pela mesma. A SEAE apresentou as seguintes razões

32 31 para justificar que os argumentos desse relatório não são suficientes para gerar as eficiências/ganhos: - as reduções de custos elucidadas são resultado de economias de escala de operações comerciais ou incremento do poder de barganha (não economias físicas), ou de reorganização de processos intra-firma (exemplo: processo de compras de passagens aéreas), e não de sinergias; - não existe, no trabalho, evidências de que a junção de ativos resulta em novos produtos e/ou novos processos distintos daqueles que já existiam antes da operação; - não existe, no trabalho, evidências de inexistência de tecnologias substitutas no mercado nem de custos ou especificidades de outras tecnologias que justifiquem a fusão; - não foi apresentado como as eficiências seriam repartidas com os consumidores. 4 O conselheiro Ragazzo analisou as eficiências com testes de simulações e UPPs. O teste de UPP apresentou que a pressão por aumentos de preços é positiva e significativa, como pode se observar na tabela nove. O conselheiro ainda alega no Ato de Concentração que mesmo se as pressões brutas de aumentos de preços expostas nos referidos testes de UPP e simulação fossem comparadas com os ganhos de eficiências em montante exato ao alegado pelas Requerentes, permaneceria uma pressão positiva e significativa por aumentos de preços. Concluindo que os ganhos gerados pelo ato de concentração são ínfimos perto dos danos causados. Remédios Sugeridos Com a conclusão da análise fica evidente que se aprovada sem restrições, esse ato de concentração não trará benefícios à sociedade. Por isso a SEAE, a ProCade e as duas empresas propuseram algumas restrições. A SEAE propôs duas alternativas: 1) Licenciamento temporário (no mínimo 05 anos) de um ativo marca principal (Sadia ou Perdigão), acompanhado da alienação do conjunto de ativos produtivos correspondentes à participação de mercado detida pela marca objeto do licenciamento considerando a média dos últimos 03 anos anteriores à operação. Tal conjunto de ativos produtivos contempla um pacote integrado dos seguintes elementos: unidades de industrializados (pessoal, instalações e equipamentos); Unidades de abate correlatas (fornecedoras de insumos carne de aves ou suínos às unidades de industrializados); Carteiras de contratos de fornecedores integrados, correspondentes às unidades de abate supracitadas. 4 Conselho Administrativo de Defesa Econômica Ato de Concentração n /

33 32 Alienação de ativos de abate de frango no Mato Grosso e de perus no Paraná, incluindo as respectivas carteiras de produtores integrados de frangos e perus, respectivamente. 2) Alienação de um bloco de ativos correspondentes às marcas de combate das requerentes, a saber: Batavo, Rezende, Confiança, Wilson e Escolha Saudável. A alienação das marcas acima deverá ser acompanhada da venda de um conjunto de ativos produtivos que corresponda à participação de mercado detida pelas respectivas marcas objeto da alienação considerando a média dos últimos 03 anos anteriores à operação. Tal conjunto de ativos produtivos contempla um pacote integrado dos seguintes elementos: unidades de industrializados (pessoal, instalações e equipamentos); unidades de abate correlatas (fornecedoras de insumos carne de aves ou suínos às unidades de industrializados); carteiras de contratos de fornecedores integrados, correspondentes às unidades de abate supracitadas. Alienação de ativos de abate de frango no Mato Grosso e de perus no Paraná, incluindo as respectivas carteiras de produtores integrados de frangos e perus, respectivamente. 5 A ProCade analisou as alternativas propostas pela SEAE e concluiu que quanta a alternativa A o licenciamento temporário das marcas não é suficiente, deveria ser algo mais definitivo. E quanto à alternativa B não seria plausível, pois: a alienação de marcas de combate apenas, ao ver desta Procuradoria, segundo estudo realizado pela própria SEAE de rivalidades, não seria suficiente para, de uma maneira geral, atribuir a um agente econômico poder de mercado necessário para contrastar eventual exercício de posição dominante por parte da BRF 6 Segundo o Ato de Concentração n / as requerentes apresentaram como proposta de remédios: (i) Com relação a marcas: a cessão das marcas (a) Rezende, (b) Wilson, (c) Excelsior, (iv) Delicata880 e (v) Deline881 (e dos direitos de propriedade intelectual a elas relacionados). Apenas a cessão da marca Excelsior compreenderia a alienação da totalidade dos bens e direitos a ela vinculados. (ii) Com relação ao acesso a insumos de origem animal (aves e suínos): as Requerentes celebrariam, com o(s) adquirente(s) das referidas marcas, contratos de fornecimento de insumos de aves e suínos, na forma de carne in natura, por prazo não inferior a 2 (dois) anos e em condições razoáveis e não discriminatórias. 5 Conselho Administrativo de Defesa Econômica Ato de Concentração n / Conselho Administrativo de Defesa Econômica Ato de Concentração n /

34 33 A celebração dos contratos de fornecimento poderia, a critério exclusivo das Requerentes, ser substituída pela alienação, a preço de mercado, de determinadas unidades de abate de sua propriedade atreladas a contratos com os produtores agropecuários. (iii) Com relação à capacidade produtiva: a fim de garantir a oferta de capacidade produtiva, as Requerentes celebrariam contratos de industrialização por encomenda, por prazo não inferior a 2 (dois) anos, e em condições razoáveis e não discriminatórias, às linhas de produto das marcas (a) Rezende e (b) Wilson, obedecido cronograma gradual de fornecimento. (iv) Com relação ao acesso aos canais de distribuição: as Requerentes abster-seiam de celebrar contratos, em regime de exclusividade, com operadores logísticos, centros de distribuição e supermercados e, por meio de contrato específico de prestação de serviços, disponibilizaria sua rede de distribuição com os cessionários das marcas especificadas, por prazo não inferior a 2 (dois) anos e em condições razoáveis e nãodiscriminatórias. A decisão final sobre os remédios a serem tomados pode ser vista no quadro 3.

35 34 5. Conclusão Por quatro votos contra um, a fusão entre Sadia e Perdigão foi aprovada. Feita a análise horizontal anterior não há como concordar com a aprovação dessa fusão. Em quase todos os mercados observa-se que o ato de concentração é prejudicial aos consumidores nacionais. Na primeira etapa foi apenas definido qual seriam os mercados relevantes, em termos de produtos e geografia a serem analisados. A partir da segunda etapa é que se começou a análise e a possível eliminação de mercados que não representassem perigos a concorrência. Os mercados relevantes definidos foram: abate de frangos, peru e suínos; carne in natura de frangos, perus, suínos e bovinos; kit festa de aves e suínos; pratos prontos congelados (lasanha e pizzas); pratos semi-prontos congelados (hambúrgueres, kibes e empanados de frango); carnes processadas para consumo a frio (presunto, mortadela, frios especiais, frios saudáveis e patês cárneos); salsicha; linguiça frescal; linguiça defumada; bacon; e margarina. A partir dessa definição dos mercados relevantes foi feito o teste HHI que mostrou que não havia mais a necessidade de continuar a analise para os mercados de carne in natura suína, bovina e frango, frios especiais, lingüiça frescal e bacon. Na terceira etapa foi eliminado o mercado de aquisição de animais para o abate de perus e suínos, pois a rivalidade nesse mercado é muito grande. Já no mercado de abate de frango existe a probabilidade de exercício do poder de compra, por isso foi decidido um remédio, o recomendado foi a alienação de ativos de abate de frango no MT. A alienação do abate de frangos é suficiente para acabar com os problemas da concorrência. O mercado de oferta de carnes in natura de peru mostrou-se um grande risco a concorrência, pois com a fusão ele ficaria apenas constituído por dois participantes. A SEAE concluiu que nesse mercado há a probabilidade de exercício do poder de mercado, apesar de os dados para essa conclusão serem confidenciais, devido ao duopólio que será formado já se pode confirmar que não há rivalidade efetiva ao poder de mercado, isso é suficiente para se concluir que há a probabilidade de exercício do poder de mercado. No mercado de processados e margarina foi analisada a entrada de novos agentes, a qual se concluiu que apesar de haver grande entrada de agentes em alguns mercados a porcentagem é baixa, facilitando a probabilidade de se exercido o poder de mercado. Também foi realizado um teste de pressão por aumento de preços a qual foi altamente existente,

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