MACROTENDÊNCIAS GLOBAIS E OPORTUNIDADES PARA CABO VERDE 2030
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- Angélica Ribeiro Amaro
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1 MACROTENDÊNCIAS GLOBAIS E OPORTUNIDADES PARA CABO VERDE 2030 Infraestruturas e transportes: Caminhos percorridos e a percorrer Carlos Correia da Fonseca Ministério das Infraestruturas e Economia Marítima 14 de Maio de 2014 WS 1.5 Desenvolvimento das Infraestruturas
2 AS (NOVAS) MACROTENDÊNCIAS DA GLOBALIZAÇÃO QUE CONSTITUEM OPORTUNIDADES PARA CABO VERDE MACROTENDÊNCIA CONSEQUÊNCIAS OPORTUNIDADES CV Classe média afluente nos países emergentes Transnacionalização de empresas de países emergentes Reforço do comércio muito centrado nos países emergentes Necessidade de polos de conhecimento Procura crescente de espaços de qualidade de vida Descoberta dos Oceanos Ambiente e Revolução energética Procura mundial acrescida de bens e serviços. Procura de oportunidades de investimento no exterior Necessidade de plataformas logísticas de interface no transporte marítimo e no aéreo Necessidades de centros de criatividade e inovação em especial em relação a TI Procura de segundas residências e de meeting points (MICE) em áreas seguras e de clima aprazível O mar como plataforma de transporte e como pesca e os fundos oceânicos como fonte de minerais raros Gás do xisto (shale gas). Nova geoestratégia; Abaixamento do preço do LNG; Navegação LNG; SECA; combustíveis alternativos *Meetings, Incentives, Conferences and Exhibition (thank you Bernard Berger for the tip) Turismo; Saúde; Investimento externo nas infraestruturas e nos setores produtivos Transshipment; portos adequados e eficientes; aeroportos; Centros de tratamento de dados Segunda residência; Parque habitacional; Congress halls; Portos e logística; Centro de investigação sobre o mar; plataforma continental. Bunkering em geral e LNG em especial; Purgueira; microalgas
3 Como financiar os investimentos necessários ao bom aproveitamento das oportunidades, num quadro de fortes restrições orçamentais? 1. Dívida de 100% do PIB é muito ou é pouco? Não será o serviço da dívida a variável importante? 2. O QUE OS PARCEIROS DE DESENVOLVIMENTO TÊM DE COMPREENDER: Numa perspetiva neoliberal radical nenhum investimento se justificará. Conselho troikista : pegue-se nos 500 mil caboverdianos residentes e distribuam-se pelos arredores de Boston, Lisboa, Amsterdão, Dakar ou Luanda Felizmente nunca nos conformámos com os critérios mais ou menos tecnocráticos. Os instrumentos técnicos são muito importantes: mas não são tudo Por isso estamos aqui, com um porto em cada ilha (irracional do ponto de vista tecnocrático) 7 aeroportos certificados, escolas, postos de saúde, etc., distribuídos de forma a promover valores como a equidade (igualdade de oportunidades) respeitando as pessoas e as suas inserções culturais e a coesão territorial O que levou Cabo Verde de um país de fomes periódicas e miserável à realidade atual, que é internacionalmente reconhecida e louvada Ou seja, há mais mundo para além da Taxa Interna de Rendibilidade 3. Linhas estratégicas para o financiamento Boas avaliações de projetos para definir prioridades Utilizador / pagador (FAMR e outras formas de consignar receitas de taxas) Parcerias Público-Privadas (cuidado com a repartição dos riscos) Investimento público, sim, investimento público onde e quando a PPP não for possível. Porque não temos o direito de parar
4 Reservas mundiais de gás do xisto (shale gas)
5 O driver ambiental para a mudança de paradigma Limites às emissões de enxofre e Óxidos de Azoto Limites às emissões de enxofre e Óxidos de Azoto ECA zones
6 LNG-powered ATB container carrier
7 CABO VERDE NA NOVA FASE DA GLOBALIZAÇÃO A GRANDE VANTAGEM COMPARATIVA: LOCALIZAÇÃO Densidade das rotas Situação da navegação marítima às 9:00 do dia 13 de Maio Navios na Região
8 Idem para o transporte aéreo
9 PENSEMOS O MAR: Como aproveitar as potencialidades de Cabo Verde nesta nova fase da globalização? O Cluster do mar nos documentos de Política Económica de Cabo Verde Diamante de Porter
10 Cluster do Mar (1): Companhias de shipping HOJE FUTURO PORTLINE MAERSK 2 navios dedicados por empresa AÇÃO: Road shows de promoção de Cabo Verde como hub marítimo (e aéreo). Trazer para Cabo Verde parceiros privados. Melhorar a performance dos portos
11 Cluster do mar (2): Portos, transportes marítimos e logística Grandes Objetivos Objetivo: Melhorar a performance dos portos tornando-os atrativos para os grandes fluxos de comércio internacional Portos com capacidade para receber os navios da Região, atuais e futuros Menos tempo de carga / descarga Operação 24/24 horas Tarifas competitivas Estratégia ENAPOR já transformada em Concessionário Geral, com a incumbência de fazer subconcessões com privados para as operações e outras atividades portuárias; Lei dos Portos revista abrindo nomeadamente o mercado a portos privados de uso próprio ou de serviço público (fora da Concessão ENAPOR) Criado um regulador (AMP) com a incumbência, i.a., de fiscalizar os contratos de concessão e subconcessão. Lei de Bases das Concessões e Subconcessões portuárias aprovada Alterações ao Código Marítimo em relação ao regime de taxas e ao acesso e exercício da atividade (transitários, agentes marítimos e armadores) em fase de aprovação Plano Nacional de Logística em fase de conceção
12 Cluster do mar (3): Portos, transportes marítimos e logística Programa de ampliação e modernização das infraestruturas portuárias Porto Fase do ciclo de obra Financiamento Porto Novo Concluido em 2012 Portugal Vale de Cavaleiros Concluído Portugal Furna Concluído Portugal Praia (inclui plataforma logística) Concluído Portugal Acesso Norte ao Porto Grande Concluído Portugal Complexo de Frio P. Grande Em conclusão Espanha Palmeira, 2ª fase Iniciada BEI Construção novo Porto do Maio, c/ RO-RO Em estudo (ACB) BAD Dragagem, ampliação e RO-RO do Porto de Tarrafal (SN) Em estudo Terminal contentores P.Grande Em fase de identificação Privado ou PPP Terminais de Cruzeiros P. Grande e Praia Em fase de identificação Privado ou PPP BAD
13 Turismo e recreio náutico (3) Novo diploma Regime das Atividades de Recreio e Turismo Náutico em fase de aprovação, contemplando Tipologia de Embarcações de recreio Classificação e reconhecimento e emissão de licenças para o comando de embarcações de recreio Mergulho desportivo com garrafas Pesca desportiva Atividades marítimo-turísticas Janela de oportunidade: Marinas para invernagem de embarcações de recreio, com a oferta de serviços de manutenção e apoio aos passantes Turismo de cruzeiros
14 Pescas e indústrias do pescado (4) Investigação no setor dos recursos haliêuticos (Redefinição do Curriculum da Universidade do Mar, em curso) Programa de desenvolvimento da investigação aplicada às pescas Formação de pessoal marítimo, nomeadamente para as pescas (em curso) Centro de processamento de pescado no Porto Grande para a pesca industrial Acreditação do Laboratório Oficial dos Produtos da Pesca
15 No setor dos aeroportos e transporte aéreo A Oportunidade A empresa TACV poderá seguir um caminho semelhante ao da ICELANDAIR? Oiçam o Bernard amanhã Criação de um hub (no SAL?) que traga os passageiros (e carga) europeus para a América Central e do Sul e os de África para a América do Norte e Europa A estrategia Aposta num aeroporto (Sal?) dotando-o das condições para a função de hub Transformar a ASA em concessionário geral dos aeroportos e gestora dos serviços de navegação aérea, podendo privatizar um conjunto de atividades aeroportuárias e obter fortes melhorias de eficiência dos serviços em terra. (já se começou com o spin-off do handling) Busca de parceiro estratégico que invista capital e saber-fazer nos TACV. Os aeroportos já estão maioritariamente preparados para acolher os fluxos turísticos. Existem contudo ainda necessidades (melhor balizagem e sinalização em S. Vicente e Boavista, ampliação de alguns terminais, por exemplo) Viabilizar o transporte aéreo inter-ilhas através de contratos de concessão de serviço público, que poderão prever o pagamento de indemnizações compensatórias onde o mercado não justificar certas linhas.
16 Transportes, infraestruturas, equidade e desenvolvimento Estradas Estradas bem mantidas através de contratos REMADOR, com financiamento pelo FAMR (princípio do utilizador pagador). Obras de reabilitação e construção priorizadas na base de critérios objetivos Transporte marítimo inter-ilhas Elaborado estudo que aponta para duas concessões de serviço público. Os (2) operadores ficarão sujeitos à exploração obrigatória de rotas com horários acordados, assegurando uma cobertura adequada de todo o território. MAS COMO CRIAR UM CONCESSIONÁRIO A PARTIR DOS OPERADORES ATUAIS, COM NAVIOS VELHOS E INEFICIENTES? Afundar os navios velhos transformados em hatcheries para a reprodução das espécies?
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