ICTERÍCIA FISIOLÓGICA NEONATAL E SUA RELAÇÃO COM O SIFILINISMO
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1 ICTERÍCIA FISIOLÓGICA NEONATAL E SUA RELAÇÃO COM O SIFILINISMO Dra. Silvia Bardella Marano Orientador : Dr. Romeu Carillo Jr. Associação Brasileira de Reciclagem e Assistência em Homeopatia ABRAH Unidade de Homeopatia do Hospital do Servidor Público Municipal UH-HSPM
2 OBJETIVO da PESQUISA: Verificar a distribuição diatésica familiar das crianças que apresentaram icterícia fisiológica do RN Verificar se existem diferenças diatésicas familiares entre RN que cursaram com e sem icterícia
3 OBJETIVO da PESQUISA Verificar a hipótese da influência da diátese sifilínica dos pais, no comprometimento do processo de conjugação da bilirrubina no RN
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA CLÁSSICA ICTERÍCIA RN Todas as crianças no período neonatal apresentam bilirrubina plasmática mais alta que a do adulto normal Mesmo os RN sem risco para hiperbilirrubinemia,muitas vezes apresentam icterícia fisiológica Fatores metabólicos + fatores genéticos regem a adaptação do RN a vida extra uterina *
5 ICTERÍCIA NO RECÉM NASCIDO A maioria( 1/2 a 2/3) dos RNs desenvolve um concentração sérica de bilirrubina não conjugada ou indireta ( BI) maior que 2mg/dl durante a primeira semana de vida de maneira transitória e geralmente benigna A icterícia reflete as limitações do RN em metabolizar, transportar e eliminar a BI
6 DEFINIÇÃO E ORIGEM DA BILIRRUBINA Pigmento amarelo alaranjado encontrado no soro normal dos mamíferos 70 % provém da degradação da hemoglobina liberada dos eritrócitos 20-30% da bilirrubina formada provém de outras fontes
7 SANGUE origem SMF formação PLASMA transp HEPATÓCITO conjugação V. BI INTESTI- NO Eritrócitos destruidos OUTRAS FONTES Hb Fe+ glob HEME Biliverdina BILIRRUBINA Bi-Al-Bi Prot Y+Z Retículo endoplasm BI+radicais glicurônicos enz glic transf BD ou CONJ + Bi-indetermi Bi-não conj E X C R E Ç Ã O liberação captação excreção Urobolinogênio Ação bacteriana BD ou CONJ Eliminado urina e reabs p/ plasma
8 Sistema Mononuclear Fagocitário e Hepatócito FIGADO
9 RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO REL RER
10 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA HOMEOPÁTICA DIÁTESES: Predisposições ou vulnerabilidades gerais do organismo para desenvolver determinados grupos de instabilidades ( moléstias )
11 DIÁTESES Possuem caráter hereditário Pertencem a constituição do indivíduo Estão subordinadas a penetração dos genes envolvidos Tem caráter homo ou heterozigótico Outros fatores que não os genéticos, ainda não identificados, podem colaborar com a transmissão dos caracteres diatésicos
12 SIFILINISMO TEORIA CLÁSSICA Sifilinismo diátese decorrente da impregnação hereditária ou adquirida pela toxina sifilínica Tais manifestações estariam de acordo com patogenesias de Luesinum, Mercurius e outros medicamentos ditos sifilinicos ( teoria utilidade prática) O estado luético modalidade reacional orgânica frente ao agente agressor, toxina sifilínica ou agente mórbido similar, que possam originar reações orgânicas análogas às da sifilis
13 SIFILINISMO TEORIA CLÁSSICA A fisiopatologia relacionada a processos irritativos conseqüentes a endovasculite inflamatória com propriedade de evoluir para ulceração ou esclerose Lesões vasculares comprometeriam o tecido elástico vascular do sistema linfoganglionar, glandular, vísceral, ósteoarticular, das mucosas, pele, SN
14 SIFILINISMO TEORIA DE CARILLO Transmissão genética da toxina sifilínica - indefensável sob o ponto de vista histológico, fisiológico e fisiopatológico Desenvolveu teoria sobre a gênese das diáteses toxínicas ( sifilinismo e tuberculinismo )
15 SIFILINISMO Teoria de Carillo Uma das causas da destruição tecidual atribuída ao sifilinismo deve ser a alteração do metabolismo intermediário de assimilação Compromete a sobrevivência das células parenquimatosas que, privadas de seus nutrientes definham e morrem
16 SIFILINISMO Teoria de Carillo Provoca deterioração e predispõe a estrutura acometida a transtornos como fibrose, endurecimento ou necrose A lesão parenquimatosa dificulta a eliminação do organismo, de toxinas endógenas e exógenas
17 SIFILINISMO Teoria de Carillo As toxinas geneticamente transmitidas, na realidade, não passam de toxinas endógenas e exógenas, não removidas pelo organismo, devido a deficiências específicas para cada tipo. As conseqüências da ineficiência de remoção toxínica, originada pela lesão parenquimatosa hepática, são as bases dos sintomas sifilínicos.
18 MATERIAL E MÉTODO Foram selecionados 311 prontuários entre pacientes com e sem icterícia que preenchiam os critérios de inclusão no estudo
19 FATORES DE INCLUSÃO CRITÉRIOS CLÁSSICOS PARA ICTERÍCIA FISIOLÓGICA RN têrmo, sem fatores etiológicos de risco para hiperbilirrubinemia,
20 Fatores ligados à Icterícia Fisiológica segundo a Teoria Tradicional Maior oferta de bilirrubina a célula hepática -Maior volume de hemácias circulantes -Menor vida média das hemácias -Aumento da circulação êntero-hepática Captação deficiente de bilirrubina do plasma -Menos proteína Y disponível -Ligação de Y e Z com outros ânions -Baixa ingestão energética nas 1ª h de vida
21 Fatores ligados à Icterícia Fisiológica segundo a Teoria Tradicional Conjugação deficiente da bilirrubina -Redução da glicuroniltransferase -Inibição por esteróides no soro materno Excreção deficiente da bilirrubina - Diminuição de suprimento de oxigênio para o fígado ao nascimento - Não fechamento do ducto venoso após o nascimento
22 FATORES DE EXCLUSÃO DA PESQUISA ICTERÍCIA NEONATAL NÃO FISIOLÓGICA Coleções sangüíneas extravasculares -Hemorragia intracraniana, pulmonar ou gastrointestinal - Céfalo- hematoma, hematomas e equimoses -Sangue deglutido
23 FATORES DE EXCLUSÃO DA PESQUISA ICTERÍCIA NEONATAL NÃO FISIOLÓGICA Sobrecarga de bilirrubina ao hepatócito A) Doenças Hemolíticas - Hereditárias: - Imunes: incompatibilidade RH,ABO e outros Ag - Enzimáticas :defic G6PD, piruvato-quinase e hexoquinase - Defeitos da membrana eritrocitária: esferocitose e aliptocitose - Hemoglobinopatias : alfatalassemia - Adquiridas : infecções bacterianas e virais
24 FATORES DE EXCLUSÃO DA PESQUISA ICTERÍCIA NEONATAL NÃO FISIOLÓGICA Policitemias Rn PIG Rn de mãe diabética Transfusão feto-fetal e materno-fetal Clampeamento tardio ou ordenha de cordão umbelical
25 FATORES DE EXCLUSÃO DA PESQUISA ICTERÍCIA NEONATAL NÃO FISIOLÓGICA Circulação êntero-hepática aumentada de bilirrubina Má formações gastrointestinais, estenose hipertrófica do piloro Jejum ou baixa oferta láctea enteral Síndrome da icterícia pelo LM
26 FATORES DE EXCLUSÃO DA PESQUISA ICTERÍCIA NEONATAL NÃO FISIOLÓGICA Deficiência ou inibição genética de conjugação hepática de bilirrubina Sindrome de Criler Najjar tipos 1 e 2 Sindrome de Gilbert Hipotireoidismo congênito
27 Antecedentes de sifilinismo familiar Critérios utilizados : Hepatite, cirrose Alcoolismo com lesão hepática Doença de Chagas Doenças psiquiátricas Epilepsia e convulsões Aneurisma cerebral Autismo Toxoplasmose
28 MATERIAL E MÉTODO Foram selecionados prontuários de pacientes com e sem icterícia que preenchiam os critérios de inclusão no estudo Foi feito estudo comparativo entre pacientes com e sem icterícia e as diáteses encontradas As amostras foram comparadas e analisadas estatisticamente pelo teste do X² para um p=0.01, mostrando-se significativamente diferentes
29 Distribuição diatésica familiar entre RN com e sem icterícia neonatal Icterícia Psora Sicose Sifilinismo Tuberculinismo Indeter minada Total Presente (43,6%) (21,5%) (29,6%) (3,5%) (1,8%) Ausente (47%) (23,2%) (20,2%) (7%) (2,6%) Tabela 1
30 DISTRIBUIÇÃO DIATÉSICA FAMILIAR ENTRE RN COM E SEM ICTERÍCIA 50,00% 45,00% 40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% COM ICTERÍCIA SEM ICTERÍCIA PSORA SICOSE SIFILINISMO TUBERCULINISMO INDETERMINADO
31 DISTRIBUIÇÃO DIATÉSICA FAMILIAR ENTRE RN COM E SEM ICTERÍCIA ICTERÍCIA COM SIFILINISMO OUTRAS DIÁTESES TOTAL DE DIÁTESES PRESENTE AUSENTE SIFILINISMO FAMILIAR: X² OBTIDO = 7,9 p=0,01 X² crítico = 6,6
32 CONCLUSÕES Baseado nos dados obtidos pelo levantamento dos prontuários, segundo os diagnósticos diatésicos de Carillo, concluimos que : Existe predomínio da diátese familiar sifilínica nos RN que cursaram com icterícia
33 CONCLUSÕES Tais manifestações estariam de acôrdo com a modalidade reacional do sifilínico frente a um agente agressor A provável alteração do parênquima hepático pela diátese sifilínica, comprometeria a função de conjugação da bilirrubina
34 A MEDICINA SOB A LUZ DA HOMEOPATIA OBRIGADA!
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