FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA TRANSPESSOAL MAPEAMENTO DA CONSCIÊNCIA E NÍVEIS DE REALIDADE

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1 1 CURSO À DISTÂNCIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA TRANSPESSOAL 4º Módulo: MAPEAMENTO DA CONSCIÊNCIA E NÍVEIS DE REALIDADE Rua Nuporanga. 355 Bairro Chácara da Barra Campinas - SP F: Coordenadora acadêmica e Tutora: Profa. Mani Alvarez contato@clasi.org.br

2 2 MAPEAMENTO DA CONSCIÊNCIA E NÍVEIS DE REALIDADE Definição de Pierre Weil sobre a Psicologia Transpesoal: Um ramo da Psicologia especializada no estudo dos estados de consciência que lida mais especificamente com a Experiência Cósmica ou estados ditos Superiores ou Ampliados da consciência. Estes estados de consciência consistem na entrada numa dimensão fora do espaço-tempo tal como costuma ser percebida pelos nossos cinco sentidos. É uma ampliação da consciência comum com visão direta de uma realidade que se aproxima muito dos conceitos de física moderna (WEIL, 1999, p. 9).

3 3 ESTADOS DE CONSCIÊNCIA Mani Alvarez Sempre enganados pela lentidão dos movimentos da ampliação cósmica, experimentamos vagamente uma extrema dificuldade em pensar o Homem a deslocar-se ainda em sua trajetória evolutiva. A fixidez que agora já reconhecemos como ilusória com relação ás estrelas, às montanhas e ao imenso passado da Vida continuamos a atribuí-la a nós mesmos. Teilhard de Chardin Psicologia Transpessoal tem por foco o estudo da consciência e seus múltiplos estados de expansão. De certa forma, ela resgata uma perspectiva que a Psicologia ocidental, ao longo do tempo, foi perdendo. Deixando-se influenciar pelo espírito newtoniano e cartesiano da ciência, a Psicologia tornou-se muito dependente dos métodos científicos ortodoxos medição, verificação, comprovação, objetividade etc), e com isso, foi se afastando de questões que são fundamentais para sua área (psique significa alma ). Não podemos esquecer que primordialmente, a Psicologia é a ciência do psiquismo, da consciência, da alma. O ramo transpessoal da psicologia é aquele que se centra na evolução da consciência, tanto no plano universal e cósmico, quanto no plano da mente humana. Isto é muito complexo, porque compreende várias questões para as quais ainda não temos resposta. Por exemplo, qual é a etapa seguinte no processo de nossa evolução? Qual é o papel da intuição, da criatividade, da imaginação, na criação do futuro? Será que nossa evolução pessoal e nossas decisões afetam o futuro do universo? Existe alguma evidência que o universo está se tornando consciente através de nossa evolução? Cada vez mais se torna evidente que nosso sistema neuronal é dotado de extrema plasticidade, ou seja, que cada uma de nossas experiências cria e recria a estrutura do nosso cérebro e de todas as células de nosso corpo. Já existe uma nova disciplina que estuda esse fenômeno, a neuroplasticidade, demostrando diversas técnicas de como mudar conscientemente as conexões neuronais do cérebro. Podemos mudar a forma como compreendemos as coisas, a forma de sentir, de imaginar, de criar, e assim reestruturar uma situação de saúde. Isso demonstra que nos não somos determinados por nossos genes. Nascemos com uma configuração genética que nos predispõe a certas tendências particulares, mas isso não é determinante. Esta compreensão nos mostra uma maneira totalmente nova de

4 4 compreender que podemos ter o controle de nosso corpo, de nossa saúde, do processo de envelhecimento, de morte e de revolucionar o próprio futuro da espécie humana. Neuroplasticidade, ou plasticidade cerebral, é a capacidade de remapeamento das conexões das nossas células nervosas, o processo que nos ajuda a continuamente aprender. Ela se refere à maneira do nosso cérebro agir e reagir à medida que experimentamos uma mudança em nosso ambiente ou desenvolvemos uma habilidade. Tudo começa com o desenvolvimento da consciência, a conquista do silêncio interior, do aquietamento mental, da expansão de sentimentos de unidade, amor e espiritualidade. E aqui já nos deparamos com uma dificuldade, que é o desconhecimento desse fenômeno chamado consciência. Por mais de 300 anos a ciência se pautou por um método que excluía a subjetividade. A ciência chamada newtoniana e cartesiana moldaram nosso modo de ver o mundo através das lentes do cálculo, da medição, da lógica, do materialismo. A psicologia, enquanto jovem disciplina no início do século XX, para se auto afirmar teve de render-se às exigências do método científico, e pautar seus estudos do psiquismo por aquilo que pode ver, medir, controlar, calcular, prevenir. E assim nasceu a psicologia comportamentalista e behaviorista. O estudo dos animais era o modelo para a análise do ser humano. Não havia lugar para o psiquismo nem para a subjetividade. Isso não aconteceu com a psicologia oriental, presente nos textos védicos e nas tradições indianas. Sabe-se que há mais de 5 mil anos havia estudos sobre o psiquismo na literatura védica. Tudo que hoje sabemos a respeito da meditação, das práticas de Yoga, dos efeitos da respiração, das ásanas (posições do yoga), dos sons e repetição dos mantras, são verdadeiras técnicas e ferramentas para estimular a evolução psíquica e o desabrochar de todo o potencial humano. Então, a verdade é que sabemos muito pouco sobre nós mesmos. E o pouco que sabemos confirma que é necessário uma atitude de enfrentamento de toda uma metodologia científica quantitativa e acumulativa, o que faz com que muitos desanimem e se tornem passivos e acomodados. Nós últimos 100 anos tem havido mudanças na psicologia que foram iniciadas pelo resgate de práticas ancestrais, tradições de sabedoria dos povos antigos e ensinamentos trazidos pelos mestres indígenas e nativos, chamados xamãs. Quero ressaltar que a importância de resgatar a perspectiva originária da Psicologia enquanto estudo da consciência e de promover a integração dessas tradições milenares com as mais modernas teorias científicas, como a física quântica, a psiconeurofisiologia, a teoria sistêmica, entre outras, não é simplesmente um interesse acadêmico ou um modismo. Nós estamos vivendo um momento de crise social e planetária como nunca aconteceu na história. O nível de desequilíbrio físico, moral e social atingiu um grau de ameaça tamanho que não só a vida humana está em perigo, como a do próprio planeta. Voltamos a conviver com a ameaça de uma guerra nuclear, a violência urbana atinge níveis assustadores, aumentam os crimes ecológicos e ambientais, desmoronam os pilares da verdade, da ética, da honra. Nos sentimos impotentes diante da impunidade e da corrupção política, e assistimos a

5 5 decadência do modelo político e econômico que nos sustentava. Nossa saúde declina a olhos vistos diante de tanta poluição, alimentos contaminados e geneticamente modificados, hábitos estressantes de vida. Será que nossa civilização está doente? Mas a civilização em si mesma só existe enquanto abstração, porque, concretamente, nós somos a civilização. Então, nós estamos doentes. Sim, nós estamos psicologicamente desequilibrados. Desconhecemos nossa capacidade mental, não recebemos educação para o autodesenvolvimento, para o autoconhecimento. Vivemos como zumbis, teleguiados pela mídia e pelos interesses econômicos de potencias mundiais. Seria esta uma questão política? Teria a política interesse em seres mais lúcidos e conscientes? Talvez seja a psicologia a última chave que pode abrir nossa mente e nosso coração para a compreensão de nós mesmos. Por um lado, a física, a biologia, a neurociência, nos dão a compreensão da teoria, mas é a psicologia que aplica tudo isso terapeuticamente. Somente a psicologia atua no âmago da alma humana visando o seu bem maior, o seu desenvolvimento, o seu despertar. Mas, para que haja um crescimento e uma abertura maior da Psicologia, enquanto ciência, em primeiro lugar, é preciso que haja uma abertura das consciências ao novo paradigma que está sendo posto por uma ciência de vanguarda. 2- A evolução da consciência Por muito tempo se acreditou que o máximo que podíamos chegar em termos de evolução era conquistar um diploma universitário, um cargo de chefia, uma posição de destaque na sociedade. Esse ideal de evolução já não satisfaz algumas mentes mais exigentes, que percebem que para além dessas metas culturais existem outras, que nascem do interior e apontam para um desenvolvimento do ser, e não da pessoa (persona, ego). Todas as produções culturais de nossa civilização foram obras de seres que conseguiram sair fora desse círculo vicioso imposto pelo sistema em que vivemos. Portanto, a criatividade tem a ver com um estado evolutivo da consciência. A capacidade criativa no ser humano coloca uma questão epistemológica: existem outras formas de se experimentar a realidade? Se existe, realidade não é um conceito estático nem fixo; como explicar que algumas pessoas conseguem perceber outras realidades? Haverá realmente uma evolução na trajetória humana? Isso já havia sido observado por Freud, quando descobriu que nós podemos transformar e sublimar a energia que temos dentro de nós, e que ele chamou de libido. Embora ele não tenha sistematizado o modo como transformamos essa energia em obras culturais, deixou uma mensagem bastante clara de que o ser humano é um transformador de energia. Por isso vamos tomar Freud como ponto de partida para o estudo de um tema que pode revolucionar o pensamento e as formas lógicas da mente e do pensar.

6 6 Assim como hoje utilizamos a física quântica para explicar as descobertas sobre a realidade psíquica, em sua época Freud utilizou as teorias de Lupasco (Stéphane Lupasco, filósofo, físico e matemático, ele foi um dos maiores pensadores do século passado, em Paris, foi um dos primeiros a extrair todas as conseqüências das descobertas da física quântica, elaborando a sua teoria sobre uma nova lógica e a ciência do contraditório), para entender de que modo se processa a transformação da energia no ser humano. Tanto no oriente quanto no ocidente, já se conhecia a existência de uma energia processada pelo psiquismo. Vejamos: Na Yoga, existem os conceitos de energia chamados de Prana, Kundalini e Shakti Na China chamam-na de Khi, Yin-Yang, Tao. No Egito era chamada de Ka. Na Polinésia, Mana. No ocidente, a antiga escola da Alquimia de Paracelso chamava a energia de Fluido Vital. Newton, de Fluido eletromagnético. Mesmer, no séc. XVIII, chamou a energia de Fluido Universal. Freud, de Libido. Reich, com sua teoria da Bioenergética chamou de Orgone. Jung chamava a energia de Energia Psíquica. Moreno, de Fator S (espontaneidade). Bergson, de Elã Vital e Krippner de Energia psicotrônica. Em todos esses sistemas, fala-se que a energia presente no ser humano está em processo de transformação. Alguns falam em transformação, outros em sublimação (alquimia e Freud). O conceito de libido, em Freud, é uma forma de energia ligada ao sexo e ao amor. Mas essa energia podia assumir duas formas, de atração e repulsão. Essa é uma propriedade da energia em qualquer uma de suas manifestações, mas no psiquismo, Freud iria chamá-la de Eros e Thanatos, ou pulsão de vida e de morte. Vários conceitos freudianos contém idéias inspiradas na física e nos estudos sobre a energia da época: investimento libidinal, quantum de afeto, deslocamento, condensação, sublimação, circulação e ligação da energia no aparelho psíquico. Assim sendo, compreendemos que sublimação poderia ser uma forma de transformação da libido, que passa de uma forma sexual para outra, intelectualizada, artística ou espiritual. O recalque, a repressão ou as atuações patológicas da psique seriam manifestações de uma energia ligada (a conteúdos, imagens, palavras) e impedida de fluir livremente. Hoje, após as descobertas da psicologia transpessoal sobre estados de consciência, podemos falar de uma cartografia da consciência e de vivências multdimensionais da realidade. 3- Estados de consciência Se nossa mente se caracteriza por ser dual, por separar, dividir, julgar, como poderemos perceber uma outra realidade que seja una, global, conectada? Será que existe no ser humano uma outra função cognitiva para perceber realidade? Para o senso comum, realidade é o que pode ser visto, tocado, sentido através de nossos órgãos sensoriais. Quando sonhamos acordados é comum ouvirmos alguém dando um toque:

7 7 acorda! Põe o pé no chão! Cai na real! Essas e muitas outras expressões significam que o que entendemos por real é aquilo que é material, sólido, concreto, visível, racional. Mas, esta idéia do que significa real é fruto de uma visão de mundo que nos foi imposta principalmente pela ciência nos últimos 350 anos. Foi a partir de Newton que o mundo passou a ser visto como blocos de construção, ou seja, formado por partículas que se organizam e formam a matéria e as coisas. Depois veio Descartes e dividiu a realidade em 2 partes: uma física e uma mental. Então passamos a ver o mundo como composto por objetos sólidos externos e não-sólidos internos (mentais). O primeiro era considerado objetivo, verdadeiro, matemático, confiável; o segundo tinha a ver com a subjetividade, não havia certezas, era confuso e pouco confiável. Logo, o critério para o que é a verdade científica passou a ser um modo de raciocinar sem envolvimento da subjetividade. Uma das consequências desse modo de ver o mundo é que ele passou a ser algo fora de nós, sendo a realidade algo exterior à nossa vontade e nossos sentimentos, portanto, o que pensamos ou desejamos não faz a menor diferença. Isso deu origem à uma ciência realista e a uma mecânica baseada em leis racionais e matemáticas, favorecendo a criação de uma tecnologia avançada, porém, sem compromisso com o ser humano. Ao explicar os fenômenos do universo sem se basear numa metafísica, a ciência pretendia ser exata, mas só conseguiu criar mais dogmas. No auge da exaltação racionalista, surgiram questionamentos profundos quanto aos fundamentos desse paradigma. Do lado da psicologia, começou-se a questionar a pouca atenção dada àqueles anseios humanos até então vistos como patologia, distúrbios mentais, fenômenos parapsicológicos, alienação, etc, e que começaram a ser estudados sob outro enfoque. Surgiu a Psicologia Transpessoal e sua ênfase nas meta-necessidades humanas, que compreendiam toda a gama de valores e buscas espirituais até então relegadas ao domínio da religião e da fé. Isto trouxe de volta o estudo da consciência e sua percepção de realidade. Descobriu-se, a partir de estudos realizados com o LSD e outras drogas, bem como também com yogues em estado de meditação, que existem outras formas de perceber a realidade conforme o estado de consciência que se encontra o experimentador. Isto colocou um novo problema: se a realidade não é a percepção que eu tenho a partir dos meus cinco sentidos e daquilo que eu compreendo racionalmente, o que é então? Do lado da física quântica, outras descobertas faziam os cientistas questionar os mitos de uma ciência materialista e mecanicista. Um novo paradigma estava sendo criado, no qual a consciência tem um papel decisivo na configuração da realidade. A física quântica se baseia no conceito de quanta, ou seja, a menor quantidade de matéria existente num átomo. Só que, ao atingir o âmago da matéria, os cientistas só encontraram o vazio e, nesse vazio, ondas de possibilidades. E o que define a realização dessas

8 8 ondas de possibilidades é a consciência. Portanto, por outra via chegamos à conclusão de que o que cria, em última análise, a realidade, é a nossa consciência. Na verdade a maior parte do universo está vazia. Gostamos de imaginar o espaço vazio e a matéria sólida, mas, na verdade, não tem nada na matéria, ela não possui substância! Veja um átomo. Pensamos que é uma bola sólida. Mas na verdade é esse pontinho pequeno com matéria densa no centro, cercado por uma nuvem de elétrons que aparecem e desaparecem. Mas acontece que tal descrição também não está correta. Até o núcleo, que pensávamos ser tão denso, aparece e desaparece assim como os elétrons. A coisa mais sólida que pode existir nessa matéria desprovida de substância é um pensamento, um bit de informação concentrada. O que faz as coisas são idéias, conceitos e informação. Percebemos então que o conceito que temos sobre consciência está profundamente relacionado com a noção de realidade. Certos níveis de realidade são vividos em determinados níveis de consciência. Por exemplo, nosso contato com nosso corpo, como o mundo exterior, com a sociedade, são regulados por determinado estado de consciência que chamamos vigília. À noite, em estado de sonho, a mesma realidade pode se transformar e adquirir conotações completamente diferentes, onde se misturam percepções alucinógenas, simbólicas, afetivas, e o sonhador se torna simultaneamente o observador, o observado e a observação. Isto significa que perdem-se as delimitações da dualidade, do sujeito e do objeto, da lógica. Uma conseqüência dessa descoberta é que, como observou Charles Tart, se nossa percepção da realidade difere conforme o nosso estado de consciência, então naturalmente a ciência difere também conforme o nosso estado de consciência. Ele afirma que a nossa ciência foi elaborada por pessoas em estado de consciência de vigília, por isto ela é pautada pelo raciocínio lógico-formal e pelos cinco sentidos. Sendo assim, ele sugere a possibilidade de outras ciências criadas a partir de outros estados de consciência. Isto implicaria numa verdadeira revolução epistemológica, com amplas repercussões para a educação e a cultura em geral. Charles Tart definiu um estão de consciência como um sistema estruturado por determinada quantidade de energia sob a forma de atenção. Quando essa atenção flutua ou muda de foco, muda também o estado de consciência. Por exemplo, a concentração da atenção sobre cálculos numéricos leva a consciência a um estado mental de vigília; uma música suave provoca uma oscilação da atenção para objetos mais abstratos, fluidos, sentimentais, e a consciência se altera. A preocupação é a atenção focada num problema, gerando um estado de consciência aflitivo e estressado. Apenas no estado de consciência cósmico desaparece a percepção da dualidade, e a realidade passa a ser percebida de forma não-perceptível, ou seja, em forma de uma vivência da unidade. Os principais estados de consciênca, segundo Pierre Weil, são: Estado de consciência de sono profundo (sem sonhos) Nesse estado não há propriamente um estado de consciência, porque acreditamos estar em estado de inconsciência total. Isto se deve a existência de um véu impenetrável que separa este estado do estado de vigília.

9 9 No sono profundo o ego desaparece totalmente, e com ele a noção de tempo e espaço e de separação entre o eu e o mundo. A consciência volta a ser o que ela é verdadeiramente, formando uma unidade com a Consciência Cósmica (ou Deus). Parece ocorrer nesse estado uma espécie de reabastecimento energético na própria Fonte, e despertamos com uma nova disposição para o dia. Por isso os problemas de insônia causam tão mal ao organismo e ao psiquismo. Nesse estado de sono profundo são registradas no eletroencefalograma ondas delta, muito lentas (menos de 4 ciclos por segundo). Além disso, os olhos não se movimentam como no estado de sonho, eles permanecem imóveis. Alguns yogues conseguiram permanecer em estado de sono profundo com consciência, ou seja, eles dormiram conscientes. E afirmam que este é um estado muito mais desenvolvido do que o estado de vigília. Estado de consciência de sonho Primeiramente, ao dormirmos à noite, caímos num estado de sono profundo, depois de sonho.sonhamos em média 4 vezes por noite. Um grande mistério representam os sonhos. Estudados profundamente por Freud, eles revelam conteúdos que se relacionam com desejos não realizados ou reprimidos, Ele diz que tudo aquilo que recalcamos, que rejeitamos e suprimimos de nossa consciência, por motivo de vergonha, de culpa ou desejos proibidos, é projetado num lugar desconhecido e distante da razão, uma espécie de porão psíquico onde guardamos coisas velhas e sem uso o inconsciente. Só que esse lugar onde não há escoamento da energia psíquica vai se inflamando, vai fermentando seu conteúdo, até não caber mais em si e explodir num sintoma físico, numa explosão de nervos, num ataque histérico ou num sonho. Então, os sonhos, numa visão freudiana, são válvulas de escape necessários para o equilíbrio psicológico. Jung chega logo em seguida neste panorama histórico ampliando esta noção freudiana de inconsciente. Ele demonstra que esse estado inconsciente é formado não só por aquilo que rejeitamos de nossa história pessoal, mas também tudo que a humanidade produziu, pensou, sofreu em toda a sua história. A este novo e mais amplo estado de consciência ele chamou de inconsciente coletivo. Portanto, houve um alargamento da noção de inconsciente. E neste alargamento, temos a impressão que o inconsciente foi se ampliando para cima, de forma a incluir também as criações artísticas da humanidade, os mitos, as obras que representam o que de mais belo o ser humano é capaz de criar. Se Freud abriu as portas do porão onde escondemos nossos fantasmas, Jung abriu as janelas que dão para um vasto horizonte onde produzimos nossas mais belas obras de arte. Nesse andar de cima, ele pôde ver os arquétipos, ou modelos arcaicos inconscientes, que preexistem à forma, mas são a causa de todas as formas. Jung, por seu profundo conhecimento das tradições orientais, aproximou sua concepção de psiquismo da visão budista, hinduísta e gnóstica, que compreende o universo como sendo uma grande Mente divina autoconsciente e criativa. Sua concepção de sonho também se alargou, contendo as manifestações de um inconsciente coletivo e seus arquétipos. Estado de consciência de devaneio Este é um estado intermediário entre o sonho e o estado de vigília. Geralmente surge sempre que ouvimos uma música que nos toca o coração, quando estamos em oração ou quando estamos prestes a dormir. Passam por nossa mente idéias meio desconexas, imagens inesperadas e muitas vezes surgem criações artísticas, literárias, científicas. Nesse estado surgiram grandes descobertas. Por isso, muitas pessoas tem o hábito de deixar à mão papel e caneta para anotar seus insights. Depois que entramos em estado de vigília dificilmente conseguimos lembrar das idéias maravilhosas que tivemos em devaneio.

10 10 O eletroencefalograma registra ondas alfa de 9 a 13 ciclos por segundo. Esse estado é também chamado pela psiquiatria de hipnagógico, e é também o estado mais receptivo às sugestões hipnóticas. Estado de consciência de vigília É o mais comum e conhecido de todos. Quando estamos acordados, trabalhando, dirigindo, planejando, estamos em alerta, e julgamos que só nesse estado estamos conscientes. Na verdade, esse é um grande engano. O que ocorre é que há um esquecimento entre um estado e outro. A importância e a prioridade que normalmente damos a este estado se deve apenas ao fato de que toda nossa cultura foi organizada e funciona a partir de uma realidade definida nesse estado. No registro eletroencefálico, estamos em ondas beta, de freqüência bastante rápida, entre 14 a 26 ciclos por segundo. Estado do despertar Este é um do trabalho interior estado que resulta do desenvolvimento. Só as pessoas que se dedicam ao autoconhecimento chegam a este estado. Ele é um estado intermediário entre a consciência cósmica e a consciência individual em estado de vigília. Ele começa a se manifestar quando a pessoa se dá conta de que vive na verdade num estado de torpor, de condicionamento e alienação de sua verdadeira natureza, e começa a tomar nas mãos seu próprio processo evolutivo. É quando começa a despertar em sua consciência a percepção de um observador interno. Ele sente que é mais do que seu corpo, suas emoções, suas identificações, sua mente, todas essas características do estado de consciência de vigília. Nesse estado intermediário do despertar, o campo da consciência se amplifica, a energia do amor atinge o estado de sublimação, amor a todos os seres, começa a desaparecer a noção de separatividade, e a pessoa pode vivenciar a consciência cósmica. A grande diferença desse estado reside em que há uma ampliação da consciência em relação aos outros estados de consciência, (o de devaneio, de sono profundo e sonho), seu campo de percepção da realidade se alarga e a pessoa experimenta uma sensação de despertar para algo maior, que na verdade é a percepção do seu Ser. Estado transpessoal (ou consciência cósmica) Se no estado de despertar ocorre uma ampliação da consciência, nesse estado se vivencia a integração do sono profundo, do sonho, do devaneio e de vigília. Entrar em consciência cósmica é o mesmo que entrar conscientemente em estado de sono profundo, ou seja, com todas as percepções alertas. O Swami Rama demonstrou, em laboratório, esse fenômeno, e confirmou que é possível estar com a atividade cerebral em ondas extremamente lentas, e ao mesmo tempo estar consciente de tudo que se passava ao redor. Parece haver uma lei dentro da freqüência energética das ondas cerebrais que quanto mais expandida está a consciência, tanto menor a freqüência das ondas do cérebro. Isto confirma o ponto de vista da Yoga, que diz que a consciência pode funcionar sem o cérebro. Na experiência da meditação, o yogue consegue acompanhar a corrente dos pensamentos até sua fonte, ou seja, até o ponto onde eles começam a se formar. Como o pensamento é uma forma refinada de energia, chegar à fonte do pensamento consiste em chegar à fonte da energia. Ao fazer isto, as ondas eletroencefalográficas diminuem de freqüência, até chegar ao seu limite mínimo, que corresponde ao estado de sono profundo. Existem outros estados de consciência induzidos por drogas, pela bebida, por estados de transe auto-induzidos, etc. São chamados de estados psicodélicos, hipnagógicos ou anestésicos. Alguns são estados de consciência simplesmente alterados, outros representam uma verdadeira

11 11 expansão da consciência. O que difere um do outro são os resultados. Uma vivência de expansão da consciência pode mudar completamente a vida de uma pessoa, seus valores, seus interesses. Isto acontece porque em cada um desses estados de expansão da consciência podemos vivenciar diferentes níveis de realidade. 4- As experiências de pico Experiências do psicólogo Abraham Maslow demonstram a existência de certos estados superiores de consciência, que ele chamou de peak experience, ou experiências culminantes que são muito parecidas com as experiências relatadas pelos místicos. Elas se caracterizam por um estado onde não existe a noção de tempo-espaço e por uma sensação intensa de unidade. São momentos de paz interior indescritível, onde o ego desaparece e se funde com a totalidade cósmica. O mesmo se dá com as experiências místicas descritas por santos e sábios da humanidade, como Santa Tereza d Ávila e São João da Cruz, e mesmo entre homens da ciência considerados evoluídos, tanto no ocidente quanto no oriente. O estudo dos conteúdos dessas experiências se aproximam muito de descrições feitas por pessoas que fizeram uso do LSD e de drogas psicodélicas, conforme relata Timoty Leary. Isso demonstra que existem alguns procedimentos que provocam uma expansão da consciência a níveis muito profundos e desconhecidos da mente. Pensava estar próximo da morte, quando, subitamente, minha alma tornou-se cônscia de Deus, que estava por assim dizer, manifestamente se dirigindo a mim, me guiando, como uma realidade intensamente presente. Eu o senti como luz sobre mim... não posso descrever o que

12 12 senti. Então, à medida que gradualmente saí do efeito do anestésico, o antigo sentido de minha relação com o mundo começou a voltar, e o novo sentido de minha relação com Deus começou a se desvanecer. Desse modo William James citou uma experiência causada pela aspiração de clorofórnio. 5- Um mapa da consciência Para fins didáticos é possível fazer um mapeamento dos estados de consciência. Na realidade, os estados se alternam e não existe uma ordem hierárquica entre eles. Ou seja, pode-se pular de um nível para o outro. A ciência ocidental só agora começa a se ocupar com o estudo dos diferentes estados possíveis à mente humana. Mesmo assim é muito difícil falar de algo quando sequer existem palavras para denominar essa realidade. Em sânscrito existem vinte palavras para diferenciar estados de consciência (Charles Tart, 1969). Nós, porém, apenas distinguimos um nível inconsciente e um consciente. Por isso, é importante empreender um mapeamento da consciência para evitar que surjam interpretações equivocadas que rejeitem como irreal ou mesmo patológicas algumas de suas manifestações. Alguns estudiosos contribuíram para essa tarefa, como o psicólogo Timoty Leary, o cientista John Lilly, o psiquiatra Stanislav Grof e o filósofo Ken Wilber, entre outros. O mapeamento mais detalhado e didático é o de Kenneth Ring, da University of Connecticut, onde ele apresenta as diversas regiões da mente e sua relação com funções cognitivas e perceptivas. São elas: a) A consciência de vigília. É o estado onde permanecemos a maior parte do tempo. É por demais conhecida para que nos detenhamos nela. b) A região pré-consciente, intimamente ligada à consciência de vigília normal. Compõe-se de conteúdos esquecidos mas que podem ser relembrados a qualquer momento, dada a sua proximidade com a consciência. c) O inconsciente psicodinâmico é geralmente compreendido como o campo onde estão armazenados pulsões libidinais, desejos, recalques e padrões mentais. Foi bastante estudado por Freud e pela psicanálise. d) O Inconsciente ontogenético guarda conteúdos ligados ao nascimento e ao estado intra-uterino, por isso Grof o chamou de perinatal. Representa uma zona de transição entre o inconsciente pessoal e o transpessoal. Aqui já não existe influência do ego e seus apegos. As forças são mais institivas e ligadas a impressões de vida e morte. Esse nível foi bastante estudado pela escola de Stanislav Grof através do uso terapêutico de LSD e também da respiração holotrópica. e) O inconsciente transindividual marca a mudança de consciência pautada pelo ego e pelas identificações com o inconsciente coletivo e arquetípico observado por Jung. As experiências são sempre marcadas por elementos ancestrais, experiências dramáticas de cenas em outro tempo e lugar, emoções muito fortes ligadas a lembranças que parecem evocar vidas passadas. São observadas também experiências arquetípicas de símbolos coletivos da história da humanidade. f) O inconsciente filogenético nos leva para além das formas humanas e conhecidas. Seu conteúdo evoca a vida em sua forma animal e vegetal. São experiências em nível celular filogenético ou evolutivo desde a origem da vida, passando pela organização do órgão e da célula, depois na vida animal, vegetal, inorgânica até culminar num nível de consciência planetária.

13 13 g) O inconsciente extra-terreno marca um domínio da consciência que se estende para além de nosso planeta, e que envolve experiências difíceis de serem pensadas e relatadas, porque extrapolam completamente o plano de nossas leis naturais. Alguns tipos desse nível podem ser classificados como experiência de estar fora do corpo, encontro com entidades e guias espirituais, viagens para outros locais do universo, fenômenos de percepção extra-sensorial, como telepatia e clarividência, fenômenos mediúnicos, como escrita automática e possessão por espíritos, etc. h) O supraconsciente é a região mais extrema do mapa e indica o próprio limite da consciência. A partir daí as experiências são absolutamente inefáveis e indescritíveis. Nesse nível há um profundo êxtase espiritual. Não há palavras para descrevê-la, apenas aproximações, como Mente Universal, sabedoria infinita, bem-aventurança. Assim se expressou Yogananda,em seu livro Autobiografia de um Iogue : A divina irradiação emanava de uma Fonte Universal, delineando as galáxias, transfiguradas com auras inefáveis, Cada vez mais vi os raios criadores condensarem-se em constelações, transformando-se então em lâminas de chama transparente. (...) conheci o centro do firmamento como um ponto de percepção intuitiva no meu coração... i) O vácuo é experienciado como subjacente a toda criação, além do tempo e do espaço, das polaridades do bem e do mal, da luz e da sombra, da agonia e do êxtase (Grof, 1972). Não há uma palavra em nossos conceitos que o exprima com exatidão. Para os budistas, este é o Nirvana, quando ocorre a cessação da consciência. Seria o equivalente ao fim da viagem. Para além desse estado é o vácuo. Esse mapeamento não se refere a um processo biológico do cérebro, nem a lugares ou regiões cerebrais demarcadas. Significa simplesmente uma rota que mostra um caminho de evolução da consciência, deixando claro que existe um propósito evolutivo na vida. Se pensarmos que a vida é uma viagem, na qual se desloca do domínio do pessoal, ou do ego, para um outro lugar cada vez mais transpessoal da consciência. Pensando ainda nesta metáfora de viagem, o destino último seria a chegada da consciência à fonte ou origem. Estar fixado em qualquer ponto desta viagem é o mesmo que estar numa prisão. Por exemplo, a consciência de vigília, por mais brilhante e inteligente que seja, é limitada pelas paredes do pensamento racional. Se uma pessoa vive toda sua vida dentro dos muros desta prisão como os prisioneiros da caverna de Platão ela não sabe disso, sequer imagina o que pode existir lá fora, mas é uma prisioneira de si mesma. Seja qual for o nível em que se encontra, se a consciência permanece num só estado, ela não consegue chegar ao seu destino final. Kenneth Ring faz uma associação muito interessante entre este mapeamento da consciência e quatro estados conhecidos: aqueles induzidos por drogas, a meditação, a psicose e a morte. De acordo com ele, cada um desses estados pode ser considerado como representando uma estação da viagem, partindo da estação central (consciência de vigília) para uma doa regiões transpessoais da mente. Para os viajantes, a diferença não reside tanto no caminho percorrido, mas sim, na qualidade da viagem. Por exemplo, no caso de estados induzidos por droga, a viagem tem todas as chances de sair do controle. O viajante pode se sentir totalmente desorientado, perdido e sem capacidade de usufruir plenamente da viagem, uma vez que ele foi literalmente tomado e lançado a uma região desconhecida de seu universo interior.

14 14 A viagem conduzida pela meditação é mais lenta, gradual e está mais sob controle do meditante. Será mais fácil assimilar os insights, o sistema nervoso vai se acelerando gradualmente e é possível inclusive aprender a dirigir a consciência de uma para outra região. A psicose é uma jornada totalmente desordenada e abrupta da consciência por territórios transpessoais. Seus sintomas tradicionais como, ouvir vozes, ter visões, sentir-se possuído, acreditar possuir poderes divinos, etc, são todos explicáveis como fenômenos transpessoais. A crença numa alucinação só é compreensível no contexto das leis e normas do estado de vigília. Ficar louco é um caminho de exploração do espaço transpessoal. Quase nunca ocorre por uma escolha pessoal, mas sempre pode ser vista como uma ruptura, uma transcendência abrupta e aterrorizante para a pobre e despreparada consciência. É nisso que ela difere da experiência mística. O místico se prepara e embarca voluntariamente para a jornada. O louco é aquele que é atirado nela sem bagagem. A morte é considerada como uma estação obrigatória, pela qual todos passamos. Não deve ser vista como o fim da jornada, mas como uma experiência profundamente transcendente em direção à fonte da consciência. Muitas são as evidências de que a consciência continua após a morte física, atestadas por pesquisas de EQM (estados quase-morte). Ao sentir a proximidade da morte física, a consciência é impelida fortemente de um estado de consciência de vigília para regiões extremas e extraterrestres do espaço interior. Relatos budistas muito antigos descrevem essa viagem da consciência com todos os detalhes no famoso Livro Tibetano dos Mortos. A semelhança entre vivenciar um estado de expansão da consciência ou uma experiência mística, e entrar num surto psicótico é muito grande. Mas, embora seja difícil distinguir um estado do outro, existe uma diferença. Mesmo assim muitos estudiosos comparam uma crise psicótica a um estado místico. Semelhanças entre alguns aspectos das experiências esquizofrênicas e das experiências místicas são tão contundentes que alguns clínicos realmente consideram o misticismo como uma esquizofrenia, enquanto outros vêem a esquizofrenia como misticismo deturpado ou mal compreendido (Elizabeth Mintz, 1983).

15 15 Tudo isso indica que existe em todos nós um impulso para a transcendência, um anseio para voltar às origens ou para as fontes do ser, que se localizam nas regiões transpessoais. Este mapeamento, além de ser uma referência didática, pode significar também a viagem que todos nós estamos destinados a fazer, mais cedo ou mais tarde, para as mais remotas regiões de nosso espaço interior. 6- A transformação da energia através dos chakras Jung costumava dizer que a árvore da vida é um símbolo arquetípico do que acontece com a transformação da energia no ser humano. Nós iniciamos nossa vida nos alimentando quase exclusivamente da energia do chakra básico, como a raiz de uma árvore; o desenvolvimento nos ensina a desenvolver novas fontes de energia e a árvore vai crescendo, se transformando, dando folhas, frutos e flores, e aí atinge o seu ápice, que é o pleno desenvolvimento transpessoal. Já não vive só da energia da terra, mas também do céu. Freud falou de sublimação da energia libidinal, Jung falou do processo de individuação, que representa também uma sutilização da energia, a Transpessoal aponta para os níveis superiores da consciência, e tudo indica que o grande propósito da vida é proporcionar um meio de aprendizado de como transformar a energia da matéria densa a um estado sutil e espiritualizado. No mundo humano isto se dá pelo aprendizado do desapego. A cada nível de atividade dos chakras corresponde um apego. Este apego é responsável ao mesmo tempo, pelo prazer de conseguir os objetivos ligados a ele, quanto também do medo da perda dos objetos do apego. Assim, três são os tipos de medo: o medo de não conseguir, o medo de perder e o medo de não reencontrar, caso já perdeu. Sabemos que tudo é energético, portanto o medo é um desgaste inútil de energia. O apego é responsável pela estagnação da pessoa em determinado nível evolutivo e toda estagnação é considerada, na psicologia Transpessoal, como patológica. Vamos apresentar alguns esquemas onde Pierre Weil representa o seu modelo teórico de transformação da energia no ser humano. Nesse primeiro esquema ele mostra um modelo fechado, de reincorrência, onde não acontece nenhuma evolução. Tudo que há é aquilo que Freud chamou de compulsão-repetição, e que os indianos e budistas chamam de Karma. A pessoa repete situações, relacionamentos doentios, doenças crônicas, hábitos perniciosos, vícios, sem que consiga dar um passo para ir além de si mesmo. O desconhecimento barra qualquer possibilidade de avanço e só o sofrimento pode abrir um caminho para a evolução. Tudo começa com a ignorância do processo cósmico, que é a Unidade; desse desconhecimento a mente se percebe separada da realidade (ego), surgem os sentimentos de apego ou repulsa a tudo que agrada ou desagrada ao ego, esses sentimentos originam o medo, que por sua vez vai causar um desgaste emocional imenso ao psiquismo, gerando as doenças do estresse, a resposta de luta e fuga e as doenças. Por não conseguir compreender esse processo, a pessoa repete incessantemente esse mesmo padrão que só traz doenças e sofrimentos.

16 16 Figura 1- Modelo teórico do processo de reinconrrência. Pierre Weil se inspirou nesse segundo modelo teórico (Fig. 2) pelo budismo e hinduísmo. Segundo essas tradições, cada um dos chakras preenche uma função fundamental, trazendo à consciência a energia que necessitamos para cada fase de nossa vida. Ele deu um destaque especial para o sentimento de medo, que é o que bloqueia a energia que recebemos do cosmos. Assim, o primeiro chakra é um nível primário em toda a atividade (do adulto e da criança recém nascida) está relacionada à busca de segurança, da conservação, do ponto de vista orgânico e material. O medo que se manifesta nesse nível é o ser atacado, ferido, morto, por isso ele também desenvolve a agressividade e a capacidade de auto-defesa. A projeção nesta fase é paranóide, o que significa que é sempre o outro que é o mau. Esta é a dualidade característica desta fase, e a síntese, ou seja, a auto-consciência de que nem sempre o outro está errado, e que não pode culpar o outro sempre, é que vai abrir o caminho para a evolução rumo ao chakra seguinte. Naturalmente a criança vai sendo dirigida para o despertar do segundo nível energético, que irá trazer a consciência do sexo, logo do outro e do relacionamento. Aqui começa a busca pelo prazer sexual, que pode manter o processo evolutivo fechado por muito tempo, sendo sustentado apenas pela busca de relacionamentos prazerosos. A saída deste nível se dá pela experiência da sublimação, que pode ser iniciada tanto pela educação, pelo estudo, pelo interesse por questões sociais, artísticas, culturais ou espirituais. Quando se dá esta subida energética, passa-se para o terceiro níveil, que é o terceiro chakra. Neste nível reside a consciência do poder, que se desdobra em poder de acumular coisas materiais (alimento, dinheiro, objetos) ou não-materiais ( prestígio, status, fama). Aqui a pessoa

17 17 descobre a energia do poder pessoal e esse é um nível tão complexo que pode gerar doenças gástricas, hepáticas e biliares, por causa do estresse gerado pelos desvios dessa energia (dominação/submissão). Qualquer ameaça à posição de poder ou à posse é sentida como uma queimação na boca do estômago. A luta pelo poder também conduz a outras deformações da personalidade, como o orgulho, a vaidade, a inveja. Como mostra muito bem o hinduísmo, e depois também o budismo, o poder é uma ilusão da mente dual, que vê o mundo externo como causa / objeto do desejo. Por isso insiste no caminho do desapego. A resolução desse nível energético se dá quando a pessoa desperta para o amor, a amizade, o trabalho em equipe, a colaboração e a compaixão. Na verdade, todas as terapias, sejam elas fisiológicas, medicinais ou psicológicas, procuram aliviar o sofrimento em qualquer um dos níveis onde ele se instalou. A medicina e a psicoterapia intervém sempre depois que a doença ou o desequilíbrio se instalaram; especialmente as psicoterapias, atuam no sentido de ajudar no processo de desapego que está causando o sofrimento. Algumas das intervenções possíveis para sair desse círculo vicioso estão no Yoga,, Zenbudismo, Tantra-yoga, no Cosmodrama (Weil) e na Psicossíntese (Assagioli). Pierre Weil ainda não havia inserido a psicologia Transpessoal em seu quadro esquemático. As práticas de meditação e os recursos vivenciais da psicologia Transpessoal podem facilitar o sentimento de medo e desapego, proporcionando o desenvolvimento evolutivo da energia dos chakras em direção à Fonte, ou Eu Superior. Quero destacar que no quarto chakra o grande desafio é despertar para o amor incondicional e a compaixão. Este sentimento não é o mesmo que o amor romântico ou afetivo que geralmente se conhece. Aqui o medo da perda se torna menor, porque não há um objeto, o amor incondicional não é posse nem é exclusivo, por isso também não exige nada. O ato de doar, de amar incondicionalmente, vai conduzindo a consciência progressivamente para uma abertura de sua consciência para as idéias criativas, para a comunicação, para a inspiração. No quinto chakra o estado de consciência já se representa bastante evoluído. Mas o instinto de posse ainda existe se refere aos objetos criados e o medo se localiza na perda daquilo que se criou. Daí as assinaturas em obras de arte, as garantias dos direitos autorias, etc. O sexto chakra encontra a pessoa num estado de consciência aberto às manifestações dos fenômenos PSI, ou percepção extra-sensorial. O perigo que ronda a estagnação nesse nível é o fascínio pelo poder que advém à pessoa pelo espanto dos outros. E o sétimo chakra representa o estado de consciência capaz de perceber a Unidade, onde ocorre a superação da mente, da percepção dual da realidade, e a pessoa realiza a integração entre razão e emoção, masculino e feminino, e todas as dualidades são resolvidas numa síntese.

18 18 Na Fig 2 se vê o processo evolutivo da energia, e os apegos aos objetos de prazer de cada um dos chakras e estados de consciência. Os traços representam o potencial para a evolução em qualquer um dos níveis; e a linha e as setas representam aspectos do prazer, do apego e do medo ligados a todos eles. Observar que só através da conscientização do apego é que se dá sua ultrapassagem para um nível energético e de consciência superior. Fig. 2 Modelo teórico da transformação da energia através dos chakras.

19 19 7- Estados de consciência, segundo Ken Wilber Ken Wilber, ( ), nascido em Oklahoma City (EUA), tornou-se um famoso pensador por seu envolvimento com a filosofia contemporânea, criando a Psicologia Integral, que por sua vez deu origem ao chamado Movimento Integral. Sua obra concentra-se basicamente na integração de todas as áreas do conhecimento (ciência, filosofia, arte, ética e espiritualidade). A preocupação em unir ciência e religião apoia-se em sua própria experiência e na de diversos místicos de todas as grandes tradições de sabedoria, tanto ocidentais quanto orientais; aliando-se a isso a sua releitura transpessoal da psicologia analítica de Carl Gustav Jung. Mesmo sendo considerado um dos pioneiros da escola orientada pela Psicologia Transpessoal, dissociou-se dela e em 1998, fundou o Instituto Integral (Integral Institute), organização que reúne sua teoria sobre ciência e sociedade, de maneira integral. Ele tem sido pioneiro no desenvolvimento da Psicologia Integral, da Política Integral - e, mais recentemente, de uma nova Espiritualidade Integral. Segundo Ken Wilber, os estados de consciência são realidades subjetivas: a vigília, o sonho e o sono profundo. Wilber acredita que o desenvolvimento desses três estados universais da consciência humana corresponde, em várias mitologias tradicionais, a estados de consciência superiores (ou seja, à experiência dos corpos físico, sutil e causal) e acrescenta ainda a experiência de um quarto estado de consciência superior: a não-dualidade.

20 20 Níveis são qualidades emergentes relevantes, e Wilber reconhece a existência de três níveis de consciência: pré-convencional (ou egocêntrico), o convencional (ou etnocêntrico) e o pósconvencional (ou mundicêntrico). Os níveis são graduações em uma escala vertical que podem ser subdivididos em unidades menores. No sistema de chackras, por exemplo, os três primeiros (alimento, sexo e poder) correspondem ao egocêntrico; os dois centrais (o laríngeo e o cardíaco), ao convencional; e os dois superiores (o intuitivo e o espiritual), ao mundicêntrico. Willber diferencia o termo estado de consciência de estágio. Os estados de consciência são permanentes, marcos do desenvolvimento, conquistas definitivas da pessoa. Os estágios ou níveis de consciência são cíclicos e podem mudar, mesmo estágios de consciência superiores podem ser apenas eventos passageiros. Pode-se, assim, ser uma pessoa culturalmente atrasada (preconceituosa, moralista) e se alcançar estágios de consciência mística elevados; como também se pode ser uma pessoa bastante desenvolvida em vários aspectos cognitivos e não se conseguir experimentar esses estágios ou transes espirituais. Mas o seu estado de consciência indica que ela já conquistou definitivamente um certo patamar superior de consciência. NÍVEIS (ou estágio): PERCEPÇÃO DA REALIDADE OSCILA ESTADO: PERCEPÇÃO DA REALIDADE SE ESTABILIZA O estudo da cartografia da consciência é o ponto essencial da psicologia Transpessoal. Ele se relaciona com o que chamamos de realidade, com o conceito de normalidade e patologia, com as estruturas neurológicas e psíquicas, e o modo como os seres humanos produziram a cultura e a sociedade. Aplica-se em todos os estudos sobre o desenvolvimento da personalidade.

21 21 A psicologia do desenvolvimento é o estudo dos processos que envolvem a expansão da consciência na história da humanidade. Diversos autores de variadas tendências teóricas Abraham Maslow, Jurgen Habermas, Jane Loevinger, Robert Kegan, Clare Graves, entre outros reconhecem que há um movimento ascendente de evolução da consciência através de uma série de estágios, ou ondas, que se desdobram. E que isto define um tipo de organização social, religiosa e cultural. Por exemplo, o modelo de Clare Graves, citado por Ken Wilber, é chamado de Dinâmica em Espiral: é a idéia de que a psicologia do ser humano maduro seja compreendida como um processo espiralar evolutivo, emergente e instável, marcado pela subordinação progressiva dos sistemas mais antigos de comportamento, de ordem inferior, aos sistemas mais novos, de ordem superior, à medida que os problemas existenciais do indivíduo vão mudando. Cada estágio, onda ou nível sucessivo de existência é um estado pelo qual os indivíduos passam, no seu caminho rumo a outros estados de ser. Graves delineou oito grandes níveis ou ondas da existência humana, baseada em estudos e dados empíricos. Não se trata de meramente de idéias conceituais. Foram estudos feitos em países do primeiro, segundo e terceiro mundos, e aplicados em mais de cinqüenta mil pessoas ao redor do mundo. Essa pesquisa é uma das mais abrangentes até então já realizadas, e envolve o mapeamento intercultural de todos os estados, estruturas, tipos, níveis, estágios e ondas da consciência humana, à semelhança do que foi feito com o Projteo do Genoma Humano, que envolve o mapeamento científico de todos os genes do DNA. Escreve Clare Graves: " Este é um processo em espiral, emergente, oscilante, e marcado por uma progressiva subordinação de sistemas de comportamento mais antigos e de ordem inferior a sistemas mais recentes, de ordem superior, que ocorrem à medida que os problemas existenciais de um indivíduo se alteram". Os oito estágios descritos na Dinâmica em Espiral são: 1. Instinto de sobrevivência 2. Espíritos ancestrais 3. Deuses de Poder 4. Força da Verdade 5. Impulso para a Realização 6. Ligações Humanas 7. Flexibilidade e Fluidez 8. Visão Global 9. Integral-holístico (está surgindo lentamente)

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