Confronto com o Inconsciente

Tamanho: px

Começar a partir da página:

Download "Confronto com o Inconsciente"

Jónatas Lancastre da Cunha
6 Há anos
Visualizações:

1 HISTÓRICO Em 1912, Jung separa-se definitivamente do movimento psicanalítico, com a publicação do livro Símbolos da Transformação, C.W. vol. V. Neste livro expõe suas idéias sobre dois tipos de pensamento, que classifica como: pensamento lógico e pensamento de fantasia. Apresenta o conceito de energia psíquica e a natureza mito-poética da psique Durante seis anos, permanece em um período introvertido que denomina confronto com o inconsciente. Neste período, passa por intensas experiências interiores.

2 Confronto com o Inconsciente Sem perder o contato com a realidade, aceita a emergência das imagens autônomas do inconsciente. Participa ativamente nas fantasias que se apresentam, personificando as figuras arquetípicas de sua psique As figuras possuem uma natureza mítica, demonstram a Jung a objetividade psíquica e a realidade da alma

3 Na medida em que conseguia traduzir as emoções em imagens, isto é, ao encontrar as imagens que se ocultavam nas emoções, eu readquiria a paz interior.

4 Os anos durante os quais me detive nessas imagens interiores constituíram a época mais importante da minha vida. Neles todas as coisas essenciais se decidiram. Foi então que tudo teve início, e os detalhes posteriores foram apenas complementos e elucidações. Toda a minha atividade ulterior consistiu em elaborar o que jorrava do inconsciente naqueles anos e que inicialmente me inundara: era a prima materia para a obra de uma vida inteira.

5 LIVRO VERMELHO As fantasias que nessa época me vieram ao espírito foram primeiro anotadas no Livro Negro e mais tarde as transcrevi no Livro Vermelho, que ornei com imagens. A elaboração estética do Livro Vermelho foime necessária, através dela cheguei à compreensão da responsabilidade ética em relação às imagens.

FILEMON Filemon, da mesma forma que outros personagens da minha imaginação, trouxe-me o conhecimento decisivo de que existem na alma coisas que não são feitas pelo eu, mas que se fazem por si mesmas,

9 FILEMON Filemon, da mesma forma que outros personagens da minha imaginação, trouxe-me o conhecimento decisivo de que existem na alma coisas que não são feitas pelo eu, mas que se fazem por si mesmas, possuindo vida própria. Filemon representava uma força que não era eu. Em imaginação, conversei com ele e disse-me coisas que eu não pensaria conscientemente. Percebi com clareza que era ele, e não eu, quem falava. Foi assim que, pouco a pouco, me informou acerca da objetividade psíquica e da realidade da alma.

11 Esta pintura ilustra um dos numerosos sonhos que Jung experimentou no início de 1914, sonhos que ele sentia pressagiarem o início da Primeira Guerra. Nesta imagem, em particular, uma figura divina ou humana paira como um pendente de um disco marcado por uma cruz. E o conjunto todo, envolto em chamas, flutua bem acima da paisagem, que retrata cenas de guerra e de tecnologia.

MANDALA Só perto do fim da Primeira Guerra Mundial, Jung completa este período de confronto com o inconsciente. Em 1916, pinta sua primeira mandala.

15 MANDALA Só perto do fim da Primeira Guerra Mundial, Jung completa este período de confronto com o inconsciente. Em 1916, pinta sua primeira mandala. Entre , começa sua compreensão sobre estas imagens que desenhava. À base dessas imagens podia observar, dia após dia, as transformações psíquicas que se operavam. Compreendi sempre mais claramente que a mandala exprime o centro e que é a expressão de todos os caminhos: é o caminho que conduz ao centro, à individuação.

16 SELF E MANDALA A meta do desenvolvimento psíquico é o Simesmo. A aproximação em direção ao centro não é linear, mas circular; isto é, circum-ambulatória. O movimento circular leva à configuração da personalidade, à individuação O processo de individuação apresenta-se nas imagens como envolvimento circular de um centro. O objetivo do processo, o Self, aparece como círculo ou mandala. Em 1927, um sonho confirmou as idéias de Jung sobre o centro e o Si-mesmo. Ele representou o sonho na forma de uma mandala que chamou A janela para a eternidade.

21 A imaginação transcende o ego e proporciona insights sobre a natureza do Si-mesmo. A imaginação é a sabedoria do si-mesmo, o meio pelo qual ele guia e estimula os processos de sua própria manifestação. O ego que segue a percepção proporcionada pelas experiências imaginativas está em harmonia com o si-mesmo e a caminho de sua própria redenção. Reff, Jeffrey A imaginação alquímica

22 Tal arte ou técnica do diálogo consiste em emprestar uma voz ao interlocutor invisível, pondo à sua disposição o mecanismo da expressão Jung

Documentos relacionados

ABORDAGEM JUNGUIANA PSICOLOGIA CURSO DE

ABORDAGEM JUNGUIANA PSICOLOGIA CURSO DE CURSO DE PSICOLOGIA ABORDAGEM Torne se uma Analista Junguiano, empreendendo na jornada mais importante da sua vida, a sua jornada pessoal, a busca da compreensão de si mesmo, uma vivencia profunda, um