MEIRE MERCIA PEREIRA SILVA TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: UM LINK PARA A APRENDIZAGEM
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- Rayssa Carvalho da Rocha
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1 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CECOP 2 MEIRE MERCIA PEREIRA SILVA TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: UM LINK PARA A APRENDIZAGEM Salvador 2013
2 2 MEIRE MERCIA PEREIRA SILVA TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: UM LINK PARA A APRENDIZAGEM Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica. Orientadora: Prof.ª Ms. Gilmária Oliveira dos Santos Salvador 2013
3 3 Capítulo 03: As TIC e a formação continuada: um link para a aprendizagem Ao observar o cotidiano da escola, ficou evidente que fazer uso das tecnologias de informação e comunicação já se tornou uma necessidade. Isso é constatado nas conversas e nas comparações feitas pelos próprios estudantes quando um pequeno número de professores utilizam algumas TIC como um recurso em suas aulas e outros não, por não saberem como usá-las. Por identificar que esse pode ser um dos maiores problemas para que de fato, a aprendizagem ganhe um aspecto mais dinâmico e próximo da realidade, foi elaborado o seguinte projeto de intervenção que tem por objetivo o estudo e capacitação para o uso das tecnologias de informação e comunicação nas salas de aula. 3.1 Projeto de Intervenção 1. Caracterização da Instituição: A Escola XXX está situada na sede do município de XXX Bahia. Oferece o Ensino Fundamental séries iniciais e finais e a Educação de Jovens e Adultos. A matrícula atual conta com um total de 700 alunos e para atender esta demanda, a escola funciona nos três turnos (matutino vespertino e noturno). Seu corpo técnicoadministrativo é formado por uma diretora, duas vice-diretoras, uma secretária escolar e uma coordenadora pedagógica que atende os três segmentos de ensino oferecidos pela escola, ocupando-se de todas as funções específicas da coordenação. O corpo docente é composto por 22 professores, sendo que 100% desses profissionais são licenciados e 85% deles atuam em sua área de formação, mas precisam complementar a carga horária com disciplinas de outras áreas. A escola conta ainda com os serviços de nove funcionários que atuam nos serviços gerais como zeladores, merendeiras e porteiros. No que se refere aos aspectos físicos pode-se concluir que a Escola XXX está instalada num prédio de boa construção e reformado em Conta com uma estrutura física composta de dez salas de aula, uma sala onde funciona o laboratório de informática composto por onze computadores, uma impressora e acesso a rede mundial de computadores, uma sala de áudio e vídeo, um espaço para merenda improvisado, já que não há um refeitório, uma secretaria que serve também como
4 4 diretoria, um almoxarifado (em condições precárias), uma dispensa, uma sala pequena onde se improvisou um espaço para leitura, seis banheiros e uma cozinha pequena. As salas são amplas, bem arejadas, com bom aproveitamento da luz natural. A conservação em geral é regular. No que se refere a equipamentos técnicos e pedagógicos, a escola está bem equipada, pois adquiriu muitos bens a partir da elaboração do PDE como jogos, livros paradidáticos e para a formação do professor, materiais permanentes, materiais esportivos, entre outros. Existem alguns recursos tecnológicos disponíveis como: um aparelho de DVD, um aparelho de som, uma televisão, um projetor de imagens, um notebook, uma tela de projeção, duas impressoras e onze computadores com acesso a rede mundial de computadores. A escola elaborou seu projeto político pedagógico em 2011 de acordo com as diretrizes nacional, estadual e municipal. Está bem fundamentado, cita claramente sobre suas concepções filosóficas, teóricas e metodológicas onde o currículo vigente tem como base teórica o eixo filosófico-epistemológico sócio cultural inserida numa concepção dialética que evidencia ênfase nos processos históricos do sujeito social em construção permanente. Neste sentido, a escola propõe assumir seu caráter como espaço de crescimento mútuo, no processo de conscientização, o que implica uma escola diferente, que existe num contexto histórico de uma determinada sociedade. Especificamente sobre as tecnologias de informação e comunicação, o projeto não traz nenhuma abordagem, embora as diretrizes educacionais já sinalizem deste a elaboração da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional em 1996 sobre o tema. Diante de tal situação, as tecnologias chegaram à escola, mas são subaproveitadas ou pouco utilizadas. 2. Diagnóstico da Instituição: Os recursos tecnológicos estão cada vez mais presentes nas escolas, sejam através de programas federais ou adquiridos por recursos próprios do município ou da própria unidade escolar. Embora a Escola XXX tenha certa quantidade de recursos tecnológicos disponíveis, são poucos profissionais que os utilizam. Por vários motivos, muitas vezes estes recursos ficam guardados em armários por um longo tempo sendo subaproveitados ou usados esporadicamente, em geral pela
5 5 coordenação ou por algum profissional de fora da escola que faça algum trabalho na escola como palestras, cursos e oficinas. Segundo os professores, existem dois principais motivos para que tal fato ocorra: a ausência de formação e a demora da administração em viabilizar a instalação dos computadores do laboratório de informática, pois os mesmos chegaram à escola em 2009 e ainda não estão liberados para o uso. De acordo com as conversas estabelecidas entre a coordenação pedagógica e os professores, eles reconhecem a necessidade de usar mais os recursos tecnológicos e são conhecedores de que na sociedade atual dominada pela tecnologia, a escola não pode ficar atrasada e precisa se atualizar, mesmo porque a tarefa de ensinar hoje carece de uma nova dinâmica já que a escola também está inserida numa nova realidade onde tanto o ensino como a aprendizagem se dá de um novo jeito e as tecnologias têm muito a colaborar sendo instrumentos mediadores entre a pessoa e o conhecimento. 3. Contextualização do Problema: Segundo a pesquisa realizada pelo Centro de Estudos sobre Tecnologias de Informação e Comunicação em 2012, 95% dos estudantes brasileiros já utilizam computador e 92% navegam na internet. Isso demonstra a necessidade que a escola tem em transformar a atual realidade que ainda persiste: o ensino distante da realidade das crianças, adolescentes, jovens e adultos. O acesso às mídias digitais fora da escola e o distanciamento desta realidade dentro da unidade de ensino tem causado uma desmotivação nos alunos, pois a escola passa a ser vista como um lugar distante do mundo no qual eles vivem, desconectada da realidade onde ainda predomina um forma mais tradicional de ensino centrada na figura do professor, no uso de livro didático, do quadro e do giz. O Ministério da Educação - MEC por meio do Programa Nacional de Tecnologia Educacional - PROINFO, vem desde 1999 equipando as escolas públicas com laboratórios de informática, até 2012 já foram instalados mais de 85 mil. No entanto, nem sempre os professores estão preparados para fazer bom uso desses recursos. De acordo com diversas pesquisas realizadas no Brasil, percebe-se que um dos fatores que geram o não uso ou o uso esporádico das tecnologias da informação e comunicação na sala de aula como um importante e eficaz recurso pedagógico se deve a falta de formação ou capacitação. Ao analisar o uso de tais
6 6 recursos na escola, foi detectada a necessidade urgente de realizar uma formação que possibilite aos professores o uso das TIC de uma maneira mais eficiente e que as mesmas sejam suas aliadas no processo de ensino e aprendizagem, rompendo assim com as resistências existentes com relação ao uso em sala de aula. A oportunidade da elaboração de um plano de intervenção surgiu a partir da escolha do tema para a realização do Trabalho de Conclusão de Curso no curso de Especialização em Coordenação Pedagógica da Escola de Gestores em parceria com a Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia onde o eixo temático escolhido refere-se justamente o problema ora abordado. Diante da necessidade manifestada pelos professores e dos estudos realizados, levando em conta as demandas da escola, foi elaborada a presente proposta de intervenção com a finalidade de sanar o problema detectado referente ao uso das TIC enquanto recurso pedagógico para melhorar a aprendizagem. 4. Objetivos: Objetivo Geral: Promover a formação continuada dos professores em relação ao uso das TIC na Educação; Objetivos Específicos: Aprofundar e ampliar os conhecimentos sobre o uso das TIC na escola; Estudar experiências trazidas pelos próprios professores desenvolvidas em sala de aula ou que foram encontradas em pesquisas; Elaborar atividades para serem aplicados em sala de aula usando as TIC, tornando-as um instrumento pedagógico naturalmente integrado à prática docente. Criar um blog para publicação de atividades, eventos e informações da escola. 5. Metodologia: A formação continuada será realizada por meio de estudos mensais que acontecerão na própria unidade de ensino, envolvendo também os alunos que já fazem as atividades propostas pelos professores usando recursos como computador, vídeos, som, etc. e que podem colaborar bastante neste processo. Em
7 7 cada encontro serão feitas diversas atividades como leitura de textos sobre as TIC, experimentação dos recursos, preparação de atividades para serem aplicadas nas salas de aula, apresentação de experiências exitosas já desenvolvidas pelos próprios professores e pelos alunos que já utilizam os recursos tecnológicos para apresentação das atividades propostas pelos professores. A proposta é intercalar a teoria e a prática durante todo o período de duração do curso, pois assim os professores terão maior domínio e segurança para utilizar as TIC em suas salas de aula bem como desenvolverão uma parceria maior com alunos uma vez que a maioria deles já sabe usar as tecnologias disponíveis na escola e poderão colaborar para tais práticas. 5. Plano de Ação: Ação nº 01: Realizar uma reunião com os membros da equipe gestora e corpo docente para a apresentação da proposta de intervenção que visa a formação continuada dos professores. Público Alvo: Equipe gestora e corpo docente; Responsável: Gestora da Escola e coordenação pedagógica; Período: Novembro de 2013; Resultado Esperado: Uma reunião realizada. Ação nº 02: Realizar uma reunião para elaboração do cronograma dos encontros mensais para a formação continuada e a definição das TIC que serão estudadas. Público Alvo: Equipe gestora e corpo docente; Responsável: Coordenação Pedagógica e gestora da escola; Período: Dezembro de 2013; Resultado Esperado: Cronograma elaborado e TIC definidas. Ação nº 03: Realização de um encontro por mês com carga horária total de 80 horas para a formação continuada. Público Alvo: Corpo docente; Responsável: Coordenação Pedagógica e um técnico em informática da Secretaria Municipal de Educação; Período: De março a Dezembro de ;
8 8 Resultado Esperado: Encontros realizados mensalmente. Ação nº 04: Criação do blog da escola para divulgação das atividades desenvolvidas durante todo o ano letivo, além da publicação de informações, eventos e demais assuntos de interesse da comunidade. Público Alvo: Professores, alunos e a comunidade; Responsável: Professores, alunos e coordenação pedagógica; Período: Abril de ; Resultado Esperado: Blog criado e publicado. Ação nº 05: Encontro para culminância das atividades desenvolvidas e troca de experiências diante dos conhecimentos adquiridos. Público Alvo: Corpo docente, equipe gestora e convidados; Responsável: Coordenação Pedagógica e corpo docente; Período: Dezembro de ; Resultado Esperado: Encontro realizado e plano de atividades elaborado. 6. Cronograma: Período para a realização das ações Ação Nov Dez Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 01 X 02 X 03 X X X X X X X X X X 04 X Vale ressaltar que o seguimento do cronograma dependerá do ritmo com que os professores se apropriarão dos conhecimentos adquiridos. Possa ser que durante a realização da capacitação seja demandado mais tempo para que os objetivos possam ser alcançados. Por isso este planejamento é flexível. 6. Recursos: Para a execução das ações planejadas serão necessários os seguintes recursos:
9 9 Recursos Humanos: professores, coordenadora, técnico em informática gestora; Recursos Materiais: Módulos disponibilizados pelo Ministério da Educação/ Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional, computadores, impressoras, aparelhos celulares, máquina fotográfica, projetor, papel ofício, pincéis, quadro branco, cartolinas, cd s, vídeos, aparelho de DVD, caixa de som, entre outros. Recursos Financeiros: Não há previsão de nenhuma despesa extra com a realização da proposta, uma vez que os recursos materiais e humanos necessários estão disponíveis na escola. 6. Resultados esperados: Ao final do processo de formação continuada, espera-se que os envolvidos compreendam o potencial pedagógico de recursos das TIC no ensino e na aprendizagem na escola, que sejam colocadas em prática as atividades planejadas incluindo-as no currículo da escola. E principalmente, corroborando com um dos objetivos propostos pelo Programa de Formação Continuada em Tecnologia Educacional - edição 2010, que as TIC utilizadas na prática pedagógica, promovendo situações de ensino que levem os alunos à construção de conhecimento, à criatividade, ao trabalho colaborativo e que resultem, efetivamente, na construção dos conhecimentos e habilidades esperados em cada série. Mesmo sabendo que em educação as mudanças não acontecem de forma imediata, mas seguem um caminho mais lento e que requer persistência sabe-se, contudo que ao atingir tais resultados, a escola passará por uma grande e esperada mudança no seu contexto de ensino e de aprendizagem onde todos os professores e alunos possam trabalhar em regime de colaboração tendo em comum o objetivo de construir uma nova realidade escolar na qual as tecnologias são aliadas na promoção e divulgação do conhecimento, na integração das diferenças e na busca por caminhos para novos avanços socialmente válidos onde as atitudes e valores pessoais e sociais concorrem para uma vida de melhor qualidade.
10 10 Referências: ALVES, Lynn. Relações entre jogos digitais e aprendizagem:delineando percurso. In Educação, Formação & Tecnologias; vol. 1(2); p. 3-10, novembro de JORDÃO, Tereza Cristina. A formação do professor para a educação em um mundo digital. In Tecnologias digitais na educação. Série Salto para o futuro. Ano XIX, boletim 19;p. 9-17, novembro/dezembro de KENSKI, Vani M. Aprendizagem mediada pela tecnologia. Revista Diálogo Educacional. Curitiba, v.4, n.10, p , set./dez Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Papirus, MIRANDA, Guilhermina Lobato. Limites e possibilidades das TIC na educação. Sísifo. Revista de Ciências e Educação, 03, p , maio/agosto de PORTO,Tania Maria E. As tecnologias de comunicação e informação na escola; relações possíveis, relações construídas. Revista Brasileira de Educação, v. 11, n. 31, p , jan./abr
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