ALCANCE MATERIAL E TEMPORAL DA SÚMULA VINCULANTE No. 04 DO STF*

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ALCANCE MATERIAL E TEMPORAL DA SÚMULA VINCULANTE No. 04 DO STF*"

Transcrição

1 ALCANCE MATERIAL E TEMPORAL DA SÚMULA VINCULANTE No. 04 DO STF* FABÍOLA BESSA SALMITO LIMA Graduada em Direito pela UNIFOR Pós graduanda em Direito do Trabalho e Previdenciário pelo CIESA Procuradora do Estado de Roraima lotada na Especializada Trabalhista RESUMO O presente trabalho propõe uma análise sobre o alcance material e temporal da Súmula Vinculante No. 04 do STF que vedou a vinculação do salário mínimo para o cálculo de qualquer vantagem conferida a servidor público ou empregado, sob o argumento de que entendimento contrário encontra óbice no determinado pelo art. 7º, inciso IV da Constituição Federal. Dessa forma, em um primeiro momento, fez-se uma análise descritiva do histórico legislativo da força vinculativa das decisões judiciais, bem como o propósito dessa característica. Em seguida, fez-se uma análise sobre a técnica de controle de constitucionalidade utilizada pelo Supremo Tribunal Federal que resultou na edição da Sumula Vinculante No. 04, bem como sua repercussão no tema central da pesquisa. Posteriormente, tendo como fundamento a técnica de controle utilizada, foi realizado um estudo analítico-descritivo sobre os efeitos da Súmula Vinculante em questão, onde se levou em consideração o instituto da coisa julgada, a possibilidade de ajuizamento de ação rescisória com base em lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal e, ainda, qual a base de cálculo do adicional de insalubridade a ser utilizada em face do disposto no verbete sumular. Por fim, analisou-se a repercussão dos entendimentos consubstanciados pela Súmula Vinculante No. 04 do STF na esfera trabalhista, pelo que se fez uma interpretação sistemática dos dispositivos constitucionais e infraconstitucionais que regulamentam a matéria com o propósito de resguardar, ao máximo, o núcleo essencial dos direitos e garantias fundamentais em aparente conflito. PALAVRAS-CHAVE: súmula vinculante; controle de constitucionalidade; adicional de insalubridade; base de cálculo; coisa julgada; ação rescisória; esfera trabalhista. *Artigo apresentado à Coordenadoria de Teses do XXXV Congresso Nacional de Procuradores de Estado

2 2 INTRODUÇÃO A presente dissertação visa analisar a problemática surgida em face da edição da Súmula Vinculante No. 04 do STF, após a análise do Recurso Extraordinário de No SP, já que o disposto no verbete sumular tem reflexos no cálculo do adicional de insalubridade, direito garantido aos trabalhadores em geral, em face do artigo 7º, inciso XXIII da Constituição Federal, quando submetidos a situações consideradas de risco para sua integridade física ou psíquica. A questão da base de cálculo do adicional de insalubridade sempre foi assunto polêmico, principalmente após a promulgação da Constituição Federal que, ao vedar a vinculação do salário mínimo para qualquer fim, no seu art. 7º, inciso IV, foi de encontro com o estabelecido pelo art. 192 da CLT, que determina como base de cálculo para o adicional de insalubridade o salário mínimo e, ainda, pelo consubstanciado na jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho em face da redação originária da Súmula 228 que, no mesmo sentido do dispositivo legal supracitado, determinava que o percentual de insalubridade incidisse sobre o salário mínimo, salvo se o empregado recebesse salário profissional, pois, nesse caso, este seria a base de cálculo. Nesse contexto, parte da doutrina entende que o dispositivo constitucional veda a vinculação do salário mínimo como base de cálculo para o adicional de insalubridade e, portanto, o art. 192 da CLT não teria sido recepcionado pela Carta Magna. Por outro lado, outros argumentam que a Constituição Federal apenas obsta a utilização do salário mínimo como indexador de índices da economia, e não para cálculo de parcelas trabalhistas, pelo que, para esta parcela da doutrina, o art. 192 da CLT não é incompatível com o disposto no art. 7º, inciso IV da Constituição Federal. Em face desse cenário de divergências jurisprudenciais envolvendo dispositivo constitucional, fez-se necessário submeter o debate ao crivo do Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição Federal, nos termos de seu art Não obstante, a celeuma quanto à recepção, ou não, do art. 192 da CLT, chegou ao órgão jurisdicional máximo por meio de controle de constitucionalidade difuso, já que discutida em sede de repercussão geral de recurso extraordinário em que o Tribunal de São

3 3 Paulo discutia a constitucionalidade do art. 3º da Lei Complementar n. 432/1985 do Estado de São Paulo. Nesses termos, por se tratar de um controle difuso de constitucionalidade, os seus efeitos somente incidiriam inter partes, pelo menos até que o Senado editasse resolução suspendendo a execução do dispositivo que teve sua constitucionalidade questionada, nos termos do disposto no art. 52, inciso X da Constituição Federal. Entretanto, este não caracterizou o intento do STF que, diante da repercussão geral da matéria, decidiu editar a Súmula Vinculante No. 04 e determinar que Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de vantagem de servidor público ou de empregado, nem substituído por decisão judicial. Ocorre que, nos termos da referida súmula, não houve declaração expressa da inconstitucionalidade do art. 192 da CLT, pelo que se concluiu que o Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento do RE SP utilizou-se da técnica do direito alemão que declara a inconstitucionalidade de determinado dispositivo legal sem pronúncia de nulidade, ou seja, embora inconstitucional, o dispositivo continua vigente até que norma constitucional regulamentando a mesma matéria seja editada. Trata-se, na verdade, de técnica de controle de constitucionalidade com o propósito de evitar o vazio legislativo e, ainda, o retrocesso social diante da negativa de direitos já incorporados ao patrimônio do jurisdicionado. Entretanto, a problemática quanto a base de cálculo para o adicional de insalubridade não findou com a edição da Súmula Vinculante supramencionada, pois, surgiram questões relacionadas à possibilidade de rescindir as sentenças prolatadas anteriormente à edição da súmula e, que, de acordo com o art. 192 da CLT, utilizaram o salário mínimo como base de cálculo para o adicional de insalubridade. Trata-se, em suma, da possibilidade de se relativizar a coisa julgada em face do Supremo Tribunal Federal ter declarado, em momento posterior a prolatação da sentença a ser rescindida, a inconstitucionalidade da norma que a embasou. Diante do contextualizado, ressalta-se a importância do atual ensaio, em face de procurar delimitar, nessas breves considerações, o alcance material e temporal da Súmula Vinculante No. 04 do STF, bem como sua repercussão na esfera trabalhista, diante da possibilidade de se rescindir, ou não, o julgado prolatado com base em dispositivo declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Com efeito, resta agora saber: Qual o alcance material e temporal da Súmula Vinculante No. 04 do STF?

4 4 A partir da contextualização apresentada define-se como objetivo geral do trabalho: verificar e delimitar o alcance material e temporal da Súmula Vinculante No. 04 do Supremo Tribunal Federal, e, consequentemente, sua repercussão em processos findos ou em andamento, levando-se em consideração o instituto da coisa julgada diante da técnica de controle de constitucionalidade que declara a inconstitucionalidade da norma sem pronunciar sua nulidade e, consequentemente, a possibilidade, ou não, de se manejar ação rescisória. Como objetivos específicos têm-se: apresentar uma análise histórica a respeito da força vinculativa das decisões judiciais; discorrer à respeito da técnica de controle de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade utilizada quando do julgamento do RE SP, bem como seus efeitos no que se refere à base de cálculo do adicional de insalubridade; apresentar a interpretação dada ao disposto pela Súmula Vinculante No. 04, assim como seus efeitos nas decisões já prolatadas com base no art. 192 da CLT, mediante a análise do instituto da coisa julgada e da possibilidade de manejo da ação rescisória; e, por fim, a repercussão da Súmula Vinculante No. 04 do STF na esfera trabalhista, levando em consideração a técnica de ponderação dos direitos e garantias em aparente conflito em face da base de cálculo a ser utilizada. Da análise desses objetivos, para uma melhor estruturação e compreensão da problemática, o artigo científico é dividido em quatro capítulos quais sejam: A Força Vinculativa das Decisões Judiciais, Da Técnica de Controle de Constitucionalidade Utilizada Quando da Edição da Súmula Vinculante No. 04 do STF, Os Efeitos da Súmula Vinculante No. 04 do STF e A Repercussão da Súmula Vinculante No. 04 do STF na Esfera Trabalhista em face da Base de Cálculo do Adicional de Insalubridade. No primeiro capítulo será feito um estudo sobre a força vinculativa das decisões judiciais, a possibilidade, ou não, das mesmas engessarem o Judiciário como um todo e, ainda, uma análise sobre os propósitos que almejam as decisões vinculativas, dentre os quais se destacam a celeridade e segurança jurídica. Logo após, no segundo capítulo, realizar-se-á uma análise da técnica de controle de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade que, uma vez adotada no âmbito do ordenamento pátrio, não restringe a declaração de inconstitucionalidade da lei à sua retirada do sistema legal. No terceiro capítulo, serão analisados os efeitos da Súmula Vinculante No. 04 do Supremo Tribunal Federal, principalmente seu alcance frente às decisões já transitadas em julgado que utilizaram o salário mínimo como base de cálculo para o adicional de insalubridade.

5 5 Por fim, no quarto capítulo serão apontadas as repercussões da Súmula Vinculante No. 04 do STF na esfera trabalhista, levando em consideração a técnica de controle de inconstitucionalidade exercido pelo STF no que se refere ao art. 192 da CLT, bem como a repercussão no passivo trabalhista das Fazendas Públicas, em particular, em face da atual divergência quanto a base que deve ser calculado o adicional de insalubridade. Quanto à metodologia aplicada a pesquisa destaca-se por dois aspectos, quanto aos fins e aos meios. Quanto aos fins, a pesquisa será descritiva e explicativa. A pesquisa descritiva se caracteriza à medida que as mudanças são apresentadas, ante a evolução legislativa no que se refere à força vinculativa das decisões judiciais e as técnicas de controle de constitucionalidade. Será ainda explicativa porque analisará a legislação aplicável, bem como os efeitos e repercussão da Súmula Vinculante No. 04 do STF no que se refere à base de cálculo do adicional de insalubridade. Quanto aos meios, a pesquisa será bibliográfica, visto que será desenvolvida com base em fundamentação teórico-metodológica, investigando os seguintes assuntos: a força vinculativa das decisões judiciais; a técnica de declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade; os efeitos do disposto pela Súmula Vinculante No. 04 do STF nas decisões que, utilizando o salário mínimo com base de cálculo para adicional de insalubridade, já transitaram em julgado; a repercussão do verbete sumular com força vinculativa na esfera trabalhista. Enfim, após as considerações iniciais sobre a matéria do presente artigo cientifico, sua atualidade e importância, a divisão do conteúdo a ser desenvolvido e a exposição da metodologia de pesquisa utilizada, passa-se a adentrar na problemática trazida, não com o propósito de esgotar o tema em debate, mas sim trazer para discussão a questão do alcance material e temporal da Súmula Vinculante No. 04 do STF, ou seja, qual sua repercussão sobre as ações já decididas que utilizaram o salário mínimo como base de cálculo do adicional de insalubridade, bem como qual a base de cálculo que deve ser utilizada em face do entendimento do STF consubstanciado na súmula em análise e, ainda, a possível repercussão no passivo trabalhista. 1. DA FORÇA VINCULATIVA DAS DECISÕES JUDICIAIS

6 6 Em um primeiro momento, para adentrarmos na questão sobre o alcance material e temporal da Súmula Vinculante No. 04 do STF, faz-se necessário uma análise sobre a evolução legislativa das decisões vinculativas no âmbito do ordenamento pátrio, bem como as divergências jurisprudenciais e doutrinárias à respeito do tema. A força vinculativa das decisões judiciais sobre atos e instâncias superiores, embora aparente ter sido inserida quando da promulgação da EC 45/2004, não configura novidade no ordenamento pátrio, pois, a primeira tendência para se conferir força vinculativa às decisões judiciais deu-se com base em antecedentes portugueses, ou seja, com o instituto dos assentos que eram firmados pela Casa de Suplicação, nos termos das Ordenações Manuelinas, com a finalidade de extinguir dúvidas jurídicas nas demandas levadas a julgamento. Posteriormente, em 1828, foi instituído o Supremo Tribunal de Justiça que, dentre outras funções, influenciava na elaboração das leis pelo Legislativo à medida que enviava ao governo uma relação de causas que necessitavam ser revistas em face de vícios, lacunas, incoerência e ineficiência da legislação vigente. Nesse contexto, a República extinguiu a prática dos assentos e instituiu o Prejulgado, com força vinculante no âmbito de cada Tribunal, à época da edição da CLT, ou seja, no Estado Novo. E, na década de 60, instituiu-se a súmula de jurisprudência predominante do Supremo Tribunal, sem caráter vinculante, com o propósito de desafogar a máquina judiciária e proporcionar uma maior estabilidade nas relações jurídicas trazidas ao Judiciário, o que, consequentemente, é condizente com os princípios da isonomia e segurança jurídica. Nesse diapasão, os Tribunais Superiores passaram a editar súmulas que serviam apenas como orientação predominante, ou seja, traduziam o entendimento do referido Tribunal acerca de determinada matéria. Com a Emenda Constitucional 45/2004, foi consagrada a Súmula Vinculante no ordenamento pátrio, em face da inserção do art. 103-A na Constituição Federal, com o propósito de reforçar a idéia de uma única interpretação jurídica para o mesmo texto constitucional ou legal, assegurando o princípio da igualdade e a segurança jurídica ao conceder às normas jurídicas uma interpretação única e igualitária. Nesse contexto, as lições de Gilmar Mendes que afirma: A súmula vinculante, como o próprio nome indica, terá o condão de vincular diretamente os órgãos judiciais e os órgãos da Administração Pública, abrindo a

7 7 possibilidade de que qualquer interessado faça valer a orientação do Supremo, não mediante simples interposição de recurso, mas por meio de uma reclamação por descumprimento de decisão judicial (CF, art. 103-A). 1 Não obstante, alguns doutrinadores manifestaram-se de forma contrária à edição de Súmulas Vinculantes, posto que entendem que o instituto engessaria o Poder Judiciário, entendimento este não condizente com a realidade, já que, a EC 45/2004 previu a possibilidade de revisão ou cancelamento do enunciado com força vinculativa. Ademais, para a edição de Súmula Vinculante, faz-se necessário o preenchimento de determinados requisitos, posto que a norma constitucional exige que, para a aprovação de súmula com força vinculativa, haja uma controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a Administração Pública que acarrete grave insegurança jurídica, bem como uma relevante multiplicação de processos sobre questões idênticas. Nessa linha de raciocínio, observa-se que as Súmulas Vinculantes podem ser editadas após decisão Plenária do Supremo Tribunal Federal ou de repetidas decisões das Turmas a partir de questões processuais com certa homogeneidade que não se restrinjam à esfera particular de cada individuo. E, foi nesse cenário que, diante da repercussão geral no âmbito do Recurso Extraordinário de No SP editou-se a Súmula Vinculante No. 04 que traz em seu enunciado a vedação para se utilizar o salário mínimo como base de cálculo de vantagem para servidor público ou empregado, bem como a substituição da mesma por decisão judicial. Traduz, na verdade, uma evolução jurisprudencial no sentido de proporcionar a máxima eficácia à norma constitucional insculpida no inciso IV do art. 7º da CF, que veda a vinculação do salário mínimo para qualquer fim. Nesse contexto, passa-se à análise da técnica de controle de constitucionalidade utilizada quando da edição da Súmula Vinculante No. 04, qual seja, a declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade para, posteriormente, adentrarmos nos limites objetivos e subjetivos da súmula em questão. 1 MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 2ª Ed. São Paulo. Ed. Saraiva p.966

8 8 2. DA TÉCNICA DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE UTILIZADA QUANDO DA EDIÇÃO DA SÚMULA VINCULANTE No. 04 DO STF Como já sobredito, a decisão que ocasionou a promulgação da Súmula Vinculante No. 04 do STF é originária de Recurso Extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao qual foi negado provimento, onde se discutia a constitucionalidade do art. 3º da Lei Complementar n. 432/85 do Estado de São Paulo, e do 1º do mesmo dispositivo legal, que dispunham: Art. 3º - O adicional de insalubridade será pago ao funcionário ou servidor e acordo com a classificação nos graus máximo, médio e mínimo, em percentuais e, respectivamente, 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento), que incidirão sobre o valor correspondente a 2 (dois) salários mínimos. (...) 1º - O valor do adicional de que trata este artigo será reajustado sempre que ocorrer a alteração no valor do salário mínimo. 2 Nesse cenário, o Supremo Tribunal Federal declarou a não-recepção da expressão salários mínimos pelo fato de estar em confronto com o estabelecido pelo art. 7º, inciso IV da Constituição Federal. Não obstante, não se determinou, em face do princípio da separação dos poderes e, consequentemente, da impossibilidade do Judiciário atuar como legislador positivo, qual a base de cálculo a ser utilizada para o cálculo do adicional de insalubridade, pelo que, sob os mesmos argumentos, proibiu-se a substituição da base de cálculo legal por decisão judicial. Nesse sentido, negando provimento ao recurso, e vedando a substituição da base de cálculo por decisão judicial, o Supremo Tribunal Federal manteve a base de cálculo do adicional de insalubridade como sendo o salário mínimo, em manifesta adoção da técnica de controle de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade, do direito alemão, e consubstanciado, principalmente, na possibilidade de se declarar a inconstitucionalidade de uma norma que, em face de se evitar o vazio legislativo, não é retirada, de imediato, do ordenamento jurídico, ou seja, embora inconstitucional, mantém-se dotada de eficácia e efetividade. 2 BRASIL. Lei Complementar n. 432/85 do Estado de São Paulo. Dispõe sobre a concessão de adicional de insalubridade aos funcionários e servidores da Administração Centralizada e das Autarquias do Estado e dá outras providências.

9 9 Trata-se, em suma, da evolução legislativa no que se refere às técnicas de controle de constitucionalidade, pois não mais prepondera, no direito pátrio, a teoria da nulidade absoluta ao se declarar a inconstitucionalidade das leis, já que se verificam situações práticas que inviabilizariam sua adoção, como a do caso da Súmula Vinculante No. 04 do STF, pois, sendo o adicional de insalubridade um direito essencial dos trabalhadores em geral, não se pode admitir sua supressão em face da declaração de inconstitucionalidade do art. 192 da CLT, que, ressalta-se, por oportuno, não se trata especificamente de inconstitucionalidade, mas de não recepção pela Carta Magna. E, como fundamento legal da modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade, com o propósito de resguardar a segurança jurídica, o direito adquirido, a boa-fé das partes envolvidas, bem como evitar o retrocesso social, tem-se o disposto no art. 27 da Lei 9.868/99, in verbis, que em casos específicos, vem sendo aplicada no âmbito do controle difuso: Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços e seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou outro momento que venha a ser fixado. 3 A técnica utilizada, ao mitigar os efeitos das decisões prolatadas em sede de controle de constitucionalidade, traduz uma ponderação de valores realizada pelo Supremo Tribunal Federal no intento de preservar, em detrimento da adoção irrestrita da teoria da nulidade, o princípio da segurança jurídica, da confiança, da ética jurídica e da boa-fé, já que também constitucionalizados. Nesse contexto, a Excelsa Corte, embora tenha declarado a inconstitucionalidade de determinado dispositivo legal, preservou situações pretéritas com base na lei objeto de controle, pelo que, no caso em análise, o momento oportuno para que a declaração de inconstitucionalidade retire a norma legal do ordenamento pátrio coincide com o da edição de norma que substitua a declarada inconstitucional. A justificativa dessa posição, segundo o ensinamento de Zeno Veloso, citado por Tiago Gonçalves, repousa no argumento de que a retirada da norma inconstitucional do ordenamento pátrio pode trazer maiores prejuízos do que sua manutenção, pois preconiza, nos seguintes termos: 3 BRASIL. Lei 9.868, de 10 de novembro de Dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação direta declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. Vade Mecum Acadêmico de Direito. 8ª Ed. São Paulo. Ed. Ridell p

10 10 Conferir, sem restrições e atenuações, eficácia ex tunc à declaração de inconstitucionalidade, retroagindo a sentença ab initio, determinando-se a nulidade da lei desde o seu nascimento e, portanto, considerando írritos e sem eficácia todos os atos praticados sob a égide da norma invalidada, pode causar, em muitas situações, verdadeiros caos, uma comoção social. 4 E, levando em consideração o decidido no âmbito do RE SP, restou atingido o disposto no art. 192 da CLT, à medida que determina que o exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção do adicional respectivamente de quarenta por cento, vinte por cento e dez por cento do salário mínimo da região segundo se classifique em grau máximo, médio e mínimo. 5 No mesmo contexto, também ficou prejudicado o entendimento consubstanciado por meio da Súmula 228 do TST, em sua redação originária, pelo que o TST, mediante alteração do entendimento anterior, passou a prever o salário básico como base de cálculo para o adicional de insalubridade nos seguintes termos: A partir de 9 de maio de 2008, data de publicação da Súmula Vinculante n. 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. 6 Não obstante, em face de uma liminar concedida na Reclamação Constitucional n. 6266, apresentada pela Confederação Nacional da Indústria, a aplicação da Súmula 228 do TST encontra-se suspensa, pois, ao determinar o salário básico como base de cálculo para o adicional de insalubridade, o TST violou parte final do contido na Súmula Vinculante n.04 do STF. Assim, diante do apresentado no que se refere à técnica de controle de constitucionalidade utilizada quando da edição da Súmula Vinculante n. 04 do STF, passa-se à análise dos efeitos do referido verbete sumular, levando-se em consideração os entendimentos jurisprudenciais e doutrinários a respeito do tema. 3. DOS EFEITOS DA SÚMULA VINCULANTE No. 04 DO STF 4 GONÇALVES, Tiago Figueiredo. Ação declaratória de inexistência de sentença baseada em lei posteriormente declarada inconstitucional. In:NERY JÚNIOR, Nelson; WAMBIER, Teresa Arruda Alvim (Coords.). Aspectos polêmicos e atuais dos recursos e de outros meios de impugnação. São Paulo. Ed. Revista dos Tribunais ( Série aspectos polêmicos e atuais dos recursos; v.6) p COSTA, Armando Casimiro; FERRARI, Irany; MARTINS, Melchíades Rodrigues. CLT-LTR. 36ª Ed. São Paulo. Ed. LTR p.56 6 Idem, ibidem, p. 715

11 11 Para uma análise dos efeitos do enunciado na Súmula Vinculante do STF, ora em discussão, faz-se necessário um estudo, embora sem a pretensão de aprofundar o tema, a respeito do instituto da coisa julgada e, ainda, da ação rescisória, A coisa julgada tem status constitucional na forma do art. 5º, inciso XXXVI da Constituição Federal, que busca, primordialmente, assegurar a estabilidade das relações jurídicas e proporcionar, dessa forma, uma maior segurança jurídica. Por outro lado, a ação rescisória liga-se diretamente ao instituto da coisa julgada, já que é o instrumento adequado para desconstituir sentença de mérito que tenha transitado em julgado, ou seja, que não esteja mais sujeita a qualquer supedâneo recursal e, ainda, que ESTEJA dotada de todos os seus elementos essenciais. Assim, para uma corrente doutrinária que adota a teoria da nulidade irrestrita das normas inconstitucionais, não haveria a possibilidade de se rescindir um julgado que tenha se baseado em norma inconstitucional, pois uma sentença que se baseia numa lei declarada inconstitucional é uma sentença sem dispositivo e, portanto, inexistente. Ocorre que, como já demonstrado, o STF, quando do julgamento do Recurso Extraordinário que resultou na promulgação da Súmula Vinculante n. 04, relativizou a teoria da nulidade irrestrita ao adotar a técnica de controle de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade, pelo que, não se sustenta a teoria de inexistência da sentença fundada em norma declarada inconstitucional, em momento posterior, pelo órgão jurisdicional competente. Nesse cenário, passou-se a discutir a possibilidade de rescindir julgados que, em momento anterior, tenha decidido com base no artigo 192 da CLT, ou seja, em dispositivo declarado inconstitucional, pelo que se tem parte de doutrinadores que admitem a rescisão com fundamento no art. 485, inciso V do CPC e, de outro lado, os que não admitem. Para tanto, a corrente doutrinária que admite a rescisão da sentença que se fundou em lei declarada inconstitucional em momento posterior fundamenta-se na teoria da relativização da coisa julgada material pelo que, em determinadas hipóteses, tendo em vista que a coisa julgada deve se formar em compasso com a lei processual, que não subsiste a coisa julgada contra a Constituição, que a coisa julgada deve refletir justiça, faz-se necessário sua relativização. Argumentam, ainda, que é o principio da constitucionalidade que norteia todo o ordenamento, sendo pressuposto de validade de todo e qualquer ato jurídico, pelo que, ao se admitir a imutabilidade da coisa julgada inconstitucional, estar-se-á preterindo a supremacia

12 12 da Constituição à imutabilidade da decisão, ou seja, fundamentam sua tese na supremacia da Constituição Federal, na máxima eficácia de suas normas e, ainda, de sua aplicabilidade imediata, pelo que não seria admissível a existência de uma decisão judicial fundada em norma inconstitucional. E, o entendimento supra é defendido por Dinamarco, citado por Sérgio Bermunes ao afirmar, nos seguintes termos: Onde quer que se tenha uma decisão aberrante de valores, princípios, garantias ou normas superiores, ali ter-se-ão efeitos juridicamente impossíveis e portanto não incidirá a autoridade da coisa julgada material porque, como sempre, não se concebe imunizar efeitos cuja efetivação agride a ordem jurídica constitucional. 7 Em síntese, a teoria da relativização da coisa julgada traduz a idéia inequívoca de que deve prevalecer o valor justiça em face da segurança jurídica, já que nas lições do mesmo processualista (...) a ordem constitucional não tolera que se eternizem injustiças a pretexto de não se eternizar litígios. 8 Por outro lado, porém, há aqueles que negam sua relativização sob o argumento de que a coisa julgada material, por ser instituto que resguarda a segurança jurídica, diante dos dispositivos constitucionais e infraconstitucionais correlatos, somente pode ser afastada em face de razões relevantes devidamente tipificadas que, por sua vez, devem ser interpretadas de forma restritiva e não ampliativa, como desejam alguns, pois, as hipóteses tipificadas no art. 485 do Código de Processo Civil objetivam o equilíbrio entre segurança jurídica e justiça da decisão sem afrontar o Estado Democrático de Direito, segundo as lições de Luiz Guilherme Marinoni, nos seguintes termos: O que aconteceu, diante da inevitável possibilidade de comportamentos indesejados pelo sistema, foi a expressa definição das hipóteses em que a coisa julgada pode ser rescindida. Com isso, objetivou-se, a um só tempo, dar atenção a certas situações absolutamente discrepantes da tarefa jurisdicional, mas sem eliminar a garantia de indiscutibilidade e imutabilidade, inerentes ao poder estabelecido para dar solução aos conflitos, como também imprescindível à efetividade do direito de acesso aos tribunais e à segurança e à estabilidade da vida das pessoas. 9 Ademais, ainda nas lições de Marinoni, o fato de existirem hipóteses que autorizam a rescisão do julgado traduz a idéia de que, embora o magistrado tenha a obrigação de não emitir decisões contrárias à justiça, tal fato pode acontecer, ou seja, (...) o próprio sistema parte da idéia de que o juiz não deve decidir desse modo, mas não ignora nem 7 BERMUDES, Sérgio. Coisa julgada ilegal e segurança jurídica. In: ROCHA, Cármen Lúcia Antunes (Coord.). Constituição e Segurança Jurídica. Direito Adquirido, Ato Jurídico Perfeito e Coisa Julgada. Estudos em homenagem a José Paulo Sepúlveda Pertence. Belo Horizonte. Ed. Fórum p BERMUDES, Ibidem.p MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Manual do Processo de Conhecimento. 5ª Ed. São Paulo. Ed. Revista dos Tribunais p.664

13 pretéritas. 11 Não obstante, não se pode olvidar que, como no caso em apreço, a declaração de 13 poderia- que isso possa ser feito. Tanto é que prevê a ação rescisória, cabível em casos tipificados pela lei. 10 Nesse contexto, após o decurso de todos os meios de impugnação previstos, todos os vícios, todas as nulidades, toda a injustiça são absorvidos pela coisa julgada, devendo as partes se submeterem a ela, qualquer que tenha sido o seu resultado, fazendo incidir o caráter substitutivo da função jurisdicional, que é a substituição da vontade das partes pela do Estado, em respeito à segurança jurídica, base do Estado Democrático e da República. Ademais, esse entendimento é o predominante nos tribunais superiores, pois, a Súmula 343 do STS e, ainda, a Súmula 83 do TST, não admitem ação rescisória por ofensa a disposição legal quando a decisão rescindenda estiver baseada em texto legal de interpretação controvertida. Logo, não caberia a ação rescisória baseada em violação ao art. 7º, inciso IV da Constituição Federal já que era controvertido o seu alcance, posto que havia súmula do TST determinando que o adicional de insalubridade tivesse como base de cálculo o salário mínimo e, nesse contexto, A tentativa de eliminar a coisa julgada diante de uma nova interpretação constitucional só retira o mínimo que o cidadão pode esperar do Poder Judiciário que é a estabilidade da sua vida após o encerramento do processo que definiu o litígio -, como também parece ser uma tese fundada na idéia de impor um controle sobre situações inconstitucionalidade do art. 192 da CLT deu-se sem pronúncia de nulidade pelo que o dispositivo legal ainda tem status constitucional e, portanto, não é possível o manejo da ação rescisória, com base em literal violação de lei, para desconstituir as sentenças transitadas em julgado que utilizaram o salário mínimo como base de cálculo para o adicional de insalubridade, ou seja, que se fundamentaram no art. 192 da CLT em debate. 4. A REPERCUSSÃO DA SÚMULA VINCULANTE N. 04 DO STF NA ESFERA TRABALHISTA EM FACE DA BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 10 MARINONI, ibidem, p MARINONI, ibidem, p. 671

14 14 Mesmo diante de todos os argumentos que, diante da declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade, preconizam a manutenção do salário mínimo como base de cálculo para o adicional de insalubridade, parte da doutrina ainda diverge sobre este fato, principalmente os aplicadores do direito da área trabalhista que, em regra, fundamentam suas decisões no princípio protetor, ou seja, na idéia de que a norma aplicada deve ser aquela que seja mais favorável ao trabalhador. Nesse contexto, sustentam que, diante da não recepção do art. 192 da CLT pela Constituição Federal, a tendência é que se aplique de forma analógica o 1º do art. 193 da CLT, que trata o adicional de insalubridade, instituto similar ao adicional de insalubridade, já que ambos objetivam resguardar, mediante compensação, a saúde e integridade física do trabalhador. Preconizam, ainda, que o art. 7º, inciso XXIII da Constituição Federal, ao qualificar o adicional que deve ser pago pelo salário prestado em condições penosas, insalubres ou perigosas, utiliza a expressão remuneração em vez de salário, donde se conclui que a intenção do legislador constituinte foi de elevar a base de cálculo do adicional de insalubridade, determinando sua incidência sobre a remuneração, em manifesta consonância com a finalidade social da norma, que é de estimular o empregador a investir em máquinas e equipamento, com o objetivo de neutralizar ao máximo os agentes insalubres existentes no ambiente de trabalho. Além disso, todos os incisos do artigo 7º, da Constituição Federal, devem estar em compasso não só com a melhoria da condição social do trabalhador, mas com a preservação de sua própria dignidade, pelo que, a utilização da remuneração como base de cálculo para o adicional de insalubridade traduz, na verdade, a hipótese de interpretação sistemática dos incisos XXII e XXIII do art. 7º, da CF, em consonância com as lições de Canotilho que preconizam o princípio da máxima eficiência das normas constitucionais. Ademais, entendem os defensores dessa tese, que a aplicação da remuneração como base de cálculo para o adicional de insalubridade, não invade a competência do legislativo, mas sim implementa um direito fundamental, já assegurado pelo art. 7º, XXIII da CF, que, nos ensinamentos de Alexy, deve ser realizado na maior medida possível. Trata de um entendimento semelhante ao esposado pela Súmula 17 do C.TST que, ao reinterpretar o art. 192 da CLT, determinou a utilização do salário profissional como base de cálculo do adicional de insalubridade.

15 15 Dessa forma, à luz o exposto, a utilização da remuneração do trabalhador como base de cálculo para do adicional de insalubridade, para parcela da doutrina, não afronta o disposto na Súmula Vinculante No. 04 do STF, pois, na interpretação de normas constitucionais, deve-se fazer preponderar aquela que seja mais condizente com os ideais da justiça social, da valorização do trabalho e da dignidade da pessoa humana, ainda mais quando se tratar de dar efetividade a um direito fundamental, como é o caso da concessão do adicional de insalubridade. E, por fim, para os que defendem essa tese, em face da interpretação inerente ao processo trabalhista, que sempre deve adotar a norma que seja mais favorável ao trabalhador, seria possível a interposição de ações judiciais pleiteando diferenças salariais, tendo em vista que, em momento anterior, o adicional foi calculado em face de base de cálculo de montante inferior à remuneração. Não obstante, em que pesem todos os argumentos da doutrina e jurisprudência que preconizam pela utilização da remuneração como base de cálculo para o adicional de insalubridade, fundamentada principalmente nos ideais de justiça social, bem como do mínimo existencial, não se pode olvidar que se faz necessário uma análise a respeito da repercussão econômica que referia interpretação pode ocasionar, pois, em se tratando de um Estado Democrático de Direito, nenhum direito ou garantia pode ser considerado absoluto, salvo o direito à vida, por óbvio, pelo que, em determinadas situações, deve-se buscar uma interpretação que leve em consideração o bem maior, a coletividade, em face do direito subjetivo de cada indivíduo isoladamente considerado. Então, nesse cenário, ao se admitir o cálculo do adicional de insalubridade com base na remuneração, inclusive para alcançar situações pretéritas ou, ainda, a rescisão de sentenças que condenaram ao pagamento do adicional com base no salário mínimo, sob o fundamento de não ser possível a permanência no ordenamento pátrio de coisa julgada inconstitucional, estar-se-á levando em consideração, tão-somente, o direito individual de cada trabalhador, sem atentar-se para o fato de que essa interpretação trará sérias repercussões financeiras à medida que promoverá um passivo trabalhista que, na maioria dos casos, os empregadores não terão capacidade para suportar. E, quando se tratar de empregador pessoa jurídica de direito público, a situação será mais gravosa, pois, em última análise, por se tratar de dinheiro público, a onerosidade recairá sobre toda a coletividade. Nesse contexto, entende-se que, o Supremo Tribunal Federal, ao declarar a inconstitucionalidade do art. 192 da CLT sem pronúncia de nulidade, teve o intento de

16 16 harmonizar os interesses da coletividade e dos indivíduos em si mesmo considerados, pois, ao mesmo tempo em que preserva a situação dos trabalhadores, evitando com isso o retrocesso social, já que a retirada dos dispositivos inconstitucionais seria mais prejudicial, impede que a base de cálculo legal seja substituída por decisão judicial, com o propósito de não provocar um aumento no passivo trabalhista. Ademais, a não adoção da teoria da relativização da coisa julgada também se coaduna com esse entendimento, pois, ao adotar a técnica de controle de constitucionalidade supramencionada, o Supremo Tribunal Federal mitigou a teoria da nulidade absoluta das leis inconstitucionais e, portanto, obstacularizou a interposição de ação rescisória com base em lei declarada inconstitucional em momento posterior. Em síntese, a interpretação do Supremo Tribunal Federal, no que se refere à Súmula Vinculante No. 04 do STF, objetiva, em última análise, quando observada sua repercussão no âmbito da Justiça Especializada, evitar um passivo trabalhista em face da interposição de incontáveis ações que postulem a alteração da base de cálculo por decisão judicial, o que se coaduna com o propósito da forca vinculativa das decisões, qual seja, exercer uma filtragem constitucional das causas que possam chegar ao órgão máximo de defesa da Constituição. CONCLUSÃO Em face da dissertação apresentada, mas sem a pretensão de esgotar o tema, foi proposta uma análise a respeito do alcance material e temporal da Súmula Vinculante No. 04 do Supremo Tribunal Federal, pelo que cheguei às seguintes conclusões: 1. No julgamento do RE SP, que resultou na edição da Súmula Vinculante No. 04, o Supremo Tribunal Federal, relativizando a teoria da nulidade absoluta das leis inconstitucionais, declarou a inconstitucionalidade da lei sem pronúncia de nulidade, pelo que, o art. 192 da CLT, que foi atingida pelo julgamento, embora declarada inconstitucional, continua a reger as relações obrigacionais entre empregadores e trabalhadores em geral, sejam empregados ou servidores públicos;

17 17 2. Com referido entendimento, a Súmula Vinculante No. 04 do STF não alcança as decisões já transitadas em julgado que utilizaram o salário mínimo como base de cálculo para o adicional de insalubridade, pois, não sendo declarada a nulidade da norma, não é possível a rescisão do julgado com base em violação literal de dispositivo de lei; 3. E, mesmo que se admita a teoria da relativização da coisa julgada, não é possível a interposição de ação rescisória para atacar decisões que utilizaram o salário mínimo como base de cálculo para o adicional de insalubridade, pois, nos termos das Sumulas 343 do STF e 83 do TST, não é possível o manejo de ação rescisória por ofensa a disposição legal quando a decisão rescindenda estiver baseada em texto legal de interpretação controvertida, o que efetivamente ocorreu no caso em exame, já que o entendimento do TST, consubstanciado na Súmula 228, era pela utilização do salário mínimo como base de cálculo; 4. Dessa forma, ainda com base na declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade, a Excelsa Corte, embora tenha declarado a inconstitucionalidade de determinado dispositivo legal, preservou situações pretéritas com base na lei objeto de controle, pelo que, no caso em análise, o momento oportuno para que a declaração de inconstitucionalidade retire o art. 192 da CLT do ordenamento pátrio coincide com o da edição de norma que o substitua ou, ainda, em face de via negociada onde se estabeleça outra base de cálculo ou fórmula de indexação; 5. Na verdade, considerando as premissas traçadas, o disposto na Súmula Vinculante No. 04, ao impedir a utilização do salário mínimo como indexador de vantagem de servidor público e empregado, e ainda, a substituição da base de cálculo por decisão judicial, não alcança as decisões transitadas em julgado que tenham decidido com base no art. 192 da CLT, pois o dispositivo legal em questão, em face da modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade, em atenção ao principio do não retrocesso social, não foi extirpado do ordenamento pátrio. 6. Nesse mesmo contexto, a não utilização do salário mínimo como base de cálculo, somente será possível, ainda em face da modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade, quando for editada norma que regulamente a matéria, ou seja, a Súmula Vinculante No. 04 do STF, embora com eficácia plena, pois vincula o Poder Judiciário e Legislativo, somente retirará a eficácia do art. 192 da CLT em momento futuro, após a devida atuação legislativa; 7. E, por fim, conclui-se que o alcance material e temporal da Súmula Vinculante No. 04 do STF, em face da interpretação que lhe foi conferida pela Excelsa Corte, preserva, de forma concomitante, tanto o valor social o trabalho e a dignidade humana, como a coletividade como um todo, pois, ao não admitir que se alcancem situações pretéritas, impede a elevação o

18 18 passivo trabalhista, situação extremamente prejudicial, principalmente em se tratando de Fazenda Pública, pois quem arca com os prejuízos é a coletividade como um todo. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição Federal Emenda Constitucional n. 45, de 8 de dezembro de Altera dispositivos dos art. 5º, 36, 52, 92, 93, 95, 98, 99, 10, 103, 104, 105, 107, 109, 111, 112, 114, 115, 125, 126, 127, 128, 129, 134 e 168 da Constituição Federal, e acrescenta os arts. 103-A, 103-B, 111-A e 130-A, e dá outras providências. Vade Mecum Acadêmico de Direito. 8ª Ed. São Paulo. Ed. Ridell p BARROSO, Luiz Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo. 1ª Edição. São Paulo. Ed. Saraiva COSTA, Armando Casimiro; FERRARI, Irany; MARTINS, Melchíades Rodrigues. CLT- LTR. 36ª Ed. São Paulo. Ed. LTR LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 12ª Ed. São Paulo. Ed. Saraiva.2008 MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Manual do Processo de Conhecimento. 5ª Ed. São Paulo. Ed. Revista dos Tribunais MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 2ª Ed. São Paulo. Ed. Saraiva NERY JUNIOR, Nelson; WAMBIER, Tereza Arruda Alvim (Coords.). Aspectos Polêmicos e Atuais dos Recursos e de Outros Meios de Impugnação às Decisões Judiciais. São Paulo. Ed. Revista dos Tribunais (Série aspectos polêmicos e atuais dos recursos; v.6) ROBINSON, Carlos Alberto. A Efetividade da Súmula Vinculante N. 04 do STF e suas Repercussões na Esfera Trabalhista. Revista LTr, São Paulo, n , p ROCHA, Cármen Lúcia Antunes (Coord.). Constituição e Segurança Jurídica. Direito Adquirido, Ato Jurídico Perfeito e Coisa Julgada. Estudos em homenagem a José Paulo Sepúlveda Pertence. Belo Horizonte. Ed. Fórum. 2004

19 WAKI, Kleber de Souza. O Adicional de Insalubridade e a Súmula Vinculante N. 04 do STF. Revista LTr, São Paulo, n , p

BREVE ANÁLISE SOBRE A COISA JULGADA INCONSTITUCIONAL

BREVE ANÁLISE SOBRE A COISA JULGADA INCONSTITUCIONAL BREVE ANÁLISE SOBRE A COISA JULGADA INCONSTITUCIONAL Professor Marco Antonio Corrêa Monteiro i Professor da Faculdade de Direito - UPM Introdução A Constituição brasileira, em seu artigo 5º, XXXVI, garante

Leia mais

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE AULA 10 PROFª KILMA GALINDO

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE AULA 10 PROFª KILMA GALINDO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE AULA 10 PROFª KILMA GALINDO VÍCIO DE INCONSTITUCIONALIDADE VÍCIO FORMAL Lei ou ato normativo com vício em seu processo de formação (processo legislativo ou competência);

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI N 4.330, DE 2004.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI N 4.330, DE 2004. COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI N 4.330, DE 2004. Dispõe sobre o contrato de prestação de serviços terceirizados e as relações de trabalho dele decorrentes.

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.228 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX RECTE.(S) : ALDAIR SCHINDLER E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :TATIANA MEZZOMO CASTELI RECDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Leia mais

EXERCÍCIO. PRÁTICO 1 Valor: 2,5 pontos. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada

EXERCÍCIO. PRÁTICO 1 Valor: 2,5 pontos. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e/ou da Coordenação. PLANO DE CURSO 2014/01 DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL III PROFESSOR: MARCELO ZENKNER TURMA: 5º AM (TERÇAS

Leia mais

EFEITOS PROCESSUAIS NO CONTROLE JUDICIAL DE CONSTITUCIONALIDADE

EFEITOS PROCESSUAIS NO CONTROLE JUDICIAL DE CONSTITUCIONALIDADE ALESSANDRA APARECIDA CALVOSO GOMES PIGNATARI Doutoranda e mestre em direito processual pela USP Especialista em direito processual civil pela PUC-SP Advogada em São Paulo e professora de direito processual

Leia mais

PARECER Nº, DE 2010. RELATOR: Senador GEOVANI BORGES I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2010. RELATOR: Senador GEOVANI BORGES I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2010 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, em caráter terminativo, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 512, de 2007, do Senador Paulo Paim, que acrescenta parágrafo ao art. 764 da Consolidação

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ - CESUT A s s o c i a ç ã o J a t a i e n s e d e E d u c a ç ã o

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ - CESUT A s s o c i a ç ã o J a t a i e n s e d e E d u c a ç ã o EMENTA: Recursos Trabalhistas. Execução Trabalhista. Dissídio Coletivo. Procedimentos Especiais. OBJETIVOS GERAIS Proporcionar ao aluno o conhecimento sobre o processamento dos recursos, execução, dissídio

Leia mais

PARECER DO NÚCLEO DE CÁLCULOS JUDICIAIS DA JFRS

PARECER DO NÚCLEO DE CÁLCULOS JUDICIAIS DA JFRS Página 1 de 7 PARECER DO NÚCLEO DE CÁLCULOS JUDICIAIS DA JFRS 1. Objetivo O presente parecer tem por objetivo verificar a possibilidade de existência de diferenças em processos que versem, exclusivamente,

Leia mais

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Conceito: verificar a adequação (compatibilidade) de uma lei ou de um ato normativo com a Constituição, segundo seus requisitos formais e materiais, ou, ainda, se a omissão do Poder Público contraria a

Leia mais

PARECER Nº, DE 2016. RELATOR: Senador JOSÉ PIMENTEL I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2016. RELATOR: Senador JOSÉ PIMENTEL I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2016 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, à Proposta de Emenda à Constituição nº 18, de 2009, do Senador Paulo Paim e outros, que altera o 8º do art. 201 da Constituição Federal,

Leia mais

PLANO DE ENSINO. INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes

PLANO DE ENSINO. INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes DADOS PLANO DE ENSINO INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes DISCIPLINA Direito Processual Civil II PRÉ-REQUISITO Direito

Leia mais

: MIN. TEORI ZAVASCKI

: MIN. TEORI ZAVASCKI RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 943.713 SÃO PAULO RELATOR RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. TEORI ZAVASCKI :MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO :PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO

Leia mais

: RENATA COSTA BOMFIM E OUTRO(A/S)

: RENATA COSTA BOMFIM E OUTRO(A/S) RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.642 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI RECTE.(S) :ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DOS HOSPITAIS SOROCABANA ADV.(A/S) :JOSÉ MARCELO BRAGA NASCIMENTO E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S)

Leia mais

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 155, DE 2010

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 155, DE 2010 SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 155, DE 2010 Regulamenta o pagamento de adicional de insalubridade e a concessão de aposentadoria especial ao trabalhador que exerça as atividades de coleta de

Leia mais

AULA 8 31/03/11 O RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

AULA 8 31/03/11 O RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL AULA 8 31/03/11 O RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 1 O CONCEITO Alcunha-se de ordinário todo e qualquer recurso que se processa nas vias ordinárias, que são, senão, aquelas que excetuam o Supremo Tribunal

Leia mais

Gestão de demandas repetitivas no Novo CPC Direito do consumidor. Alex Costa Pereira 10 de março de 2016

Gestão de demandas repetitivas no Novo CPC Direito do consumidor. Alex Costa Pereira 10 de março de 2016 Gestão de demandas repetitivas no Novo CPC Direito do consumidor Alex Costa Pereira 10 de março de 2016 Relação entre acesso ao judiciário, litigância repetitiva e morosidade: a) A partir da constituição

Leia mais

O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS: A LEGITIMIDADE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA MODULAR OS EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE

O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS: A LEGITIMIDADE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA MODULAR OS EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE INSTITUTO BRASILIENSE DE DIREITO PÚBLICO MESTRADO EM DIREITO CONSTITUCIONAL O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS: A LEGITIMIDADE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA MODULAR OS EFEITOS DA DECLARAÇÃO

Leia mais

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.499-9 SANTA CATARINA EMENTA

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.499-9 SANTA CATARINA EMENTA SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.499-9 SANTA CATARINA RELATORA: RECORRENTE (S): RECORRIDO (A/S): INTERESSADO (A/S): MIN. CÁRMEN LÚCIA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Leia mais

Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado a quem não foi parte na relação processual

Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado a quem não foi parte na relação processual Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado a quem não foi parte na relação processual Parecer n o 14/00-CRTS Ementa: 1.Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado

Leia mais

A PROBLEMÁTICA DO REENVIO PREJUDICIAL ART. 267º DO TFUE

A PROBLEMÁTICA DO REENVIO PREJUDICIAL ART. 267º DO TFUE A PROBLEMÁTICA DO REENVIO PREJUDICIAL ART. 267º DO TFUE DIREITO COMUNITÁRIO E COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Direito Comunitário primário e Direito Comunitário derivado O princípio do primado (ou primazia)

Leia mais

O Contencioso administrativo e seu Papel no Estado Democrático de Direito

O Contencioso administrativo e seu Papel no Estado Democrático de Direito MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS O Contencioso administrativo e seu Papel no Estado Democrático de Direito OTACÍLIO DANTAS CARTAXO FIESP 25 de novembro de 2013 Foco da

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2 a REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2 a REGIÃO 5ª TURMA - PROCESSO TRT/SP Nº 00338006220095020021 RECURSO ORDINÁRIO - 21ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO RECORRENTE : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO RECORRIDO : MARIA NEUZA DOS SANTOS 1. Contra

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 13.685 DISTRITO FEDERAL RELATOR AGTE.(S) PROC.(A/S)(ES) AGDO.(A/S) ADV.(A/S) INTDO.(A/S) : MIN. LUIZ FUX :UNIÃO :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO :LUZENIR CAMPOS DA SILVA :JOÃO EMILIO FALCÃO

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO 706.357 MINAS GERAIS RELATOR RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. LUIZ FUX :MUNICÍPIO DE IPATINGA : ELCIO REIS E OUTRO(A/S) :RITA CAROLINA SOARES DA SILVA : HUMBERTO

Leia mais

RELATÓRIO DE AÇÕES TRABALHISTAS AJUIZADAS PELO SINDADOS/MG CONTRA A PRODEMGE

RELATÓRIO DE AÇÕES TRABALHISTAS AJUIZADAS PELO SINDADOS/MG CONTRA A PRODEMGE RELATÓRIO DE AÇÕES TRABALHISTAS AJUIZADAS PELO SINDADOS/MG CONTRA A PRODEMGE Processo nº 0000809-32.2011.5.03.0022 Distribuído em 05/05/2011, refere-se ao pleito das quantias devidas em razão da Participação

Leia mais

Eficácia da norma processual no tempo Incidência da LICC (vacatio legis 45 dias); Sucessão de lei no tempo: Unidade processual segundo o qual, apesar

Eficácia da norma processual no tempo Incidência da LICC (vacatio legis 45 dias); Sucessão de lei no tempo: Unidade processual segundo o qual, apesar Eficácia da norma processual no tempo Incidência da LICC (vacatio legis 45 dias); Sucessão de lei no tempo: Unidade processual segundo o qual, apesar de se desdobrar em uma série de atos diversos, o processo

Leia mais

Fanpage: (clique em seguir para receber informações)

Fanpage:  (clique em seguir para receber informações) Área Administrativa FGV - 2015 - DPE-RO - Técnico da Defensoria Publica - Oficial de Diligência 01. Dois estudantes de Direito travaram intensa discussão a respeito da competência do Supremo Tribunal Federal

Leia mais

OS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE E A (IM)POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO. 1

OS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE E A (IM)POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO. 1 OS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE E A (IM)POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO. 1 Daiane Andretta Portella 2, Paulo Marcelo Scherer 3. 1 Resumo expandido resultante do Trabalho de Conclusão do Curso

Leia mais

Toque 11 Isonomia, Capacidade Contributiva e Progressividade

Toque 11 Isonomia, Capacidade Contributiva e Progressividade Olá pessoal! Neste Toque 11 iremos abordar um tema que pode conter algumas armadilhas. Trata se dos princípios da Isonomia, Capacidade Contributiva e Progressividade. Primeiro, faremos uma breve revisão

Leia mais

PARECER Nº, DE 2007. RELATOR: Senador EXPEDITO JÚNIOR I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2007. RELATOR: Senador EXPEDITO JÚNIOR I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2007 Da COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE, em decisão terminativa, ao Projeto de Lei do Senado nº 143, de 2006, que acrescenta parágrafo ao art. 3º

Leia mais

RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EMBARGOS - AÇÃO (Embargos à Execução ou Embargos de Terceiros)

RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EMBARGOS - AÇÃO (Embargos à Execução ou Embargos de Terceiros) RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EMBARGOS - AÇÃO (Embargos à Execução ou Embargos de Terceiros) - RECURSO (Embargos Infringentes, Embargos de Declaração ou Embargos de Divergência). No atual sistema recursal

Leia mais

SUMÁRIO CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS...

SUMÁRIO CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS... SUMÁRIO CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS... 13 Processo X procedimento... 13 Ritos no processo de cognição... 13 Procedimento comum... 14 Procedimento especial... 14 Atividade jurisdicional estrutura...

Leia mais

R E S O L U Ç Ã O. Parágrafo único. O novo currículo é o 0003-LS, cujas ementas e objetivos das disciplinas também constam do anexo.

R E S O L U Ç Ã O. Parágrafo único. O novo currículo é o 0003-LS, cujas ementas e objetivos das disciplinas também constam do anexo. RESOLUÇÃO CONSEPE 12/2015 ALTERA MATRIZ CURRICULAR E APROVA O PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE PÓS- GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL DA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO USF. O Presidente do Conselho

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 849.448 CEARÁ RELATORA RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :ARTUR FALCÃO CATUNDA :GERMANA VASCONCELOS DE ALCÂNTARA E OUTRO(A/S) :INEP -

Leia mais

05/02/2013 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

05/02/2013 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 RELATOR AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. GILMAR MENDES :CONSTRUTORA VARCA SCATENA LTDA :LISE DE ALMEIDA :MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO

Leia mais

Medida Provisória editada pelo Governo para a nova carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho (MP 301) Perguntas e resposta.

Medida Provisória editada pelo Governo para a nova carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho (MP 301) Perguntas e resposta. Medida Provisória editada pelo Governo para a nova carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho (MP 301) Perguntas e resposta. JULHO DE 2006 Medida Provisória editada pelo Governo para a nova carreira

Leia mais

O mercado de trabalho para os engenheiros. Engenheiro Civil Valter Fanini

O mercado de trabalho para os engenheiros. Engenheiro Civil Valter Fanini para os engenheiros Engenheiro Civil Valter Fanini Formação do salário dos engenheiros O contexto macro-econômico O mercado de trabalho As informações do mercado (RAIS) As normas legais O contexto macro-econômico

Leia mais

A QUESTÃO DA INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI NO RECURSO ESPECIAL

A QUESTÃO DA INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI NO RECURSO ESPECIAL A QUESTÃO DA INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI NO RECURSO ESPECIAL HUGO DE BRITO MACHADO Advogado, Professor Titular de Direito Tributário da Universidade Federal do Ceará e Desembargador Federal do Tribunal

Leia mais

Ó R G Ã O E S P E C I A L AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO RESCISÓRIA Nº 0010471- AGRAVANTE: CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

Ó R G Ã O E S P E C I A L AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO RESCISÓRIA Nº 0010471- AGRAVANTE: CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO Ó R G Ã O E S P E C I A L AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO RESCISÓRIA Nº 0010471-17.2016.8.19.0000 AGRAVANTE: CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI AGRAVADOS: MARCIA CRISTINA FERRAZ

Leia mais

Audiência pública Sistema Único de Saúde. O acesso às prestações de saúde no Brasil Desafios ao Poder Judiciário

Audiência pública Sistema Único de Saúde. O acesso às prestações de saúde no Brasil Desafios ao Poder Judiciário Audiência pública Sistema Único de Saúde Definição do tema no STF: O acesso às prestações de saúde no Brasil Desafios ao Poder Judiciário ROTEIRO PARA EXPOSIÇÃO DO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Objeto: Diversos

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.951 SÃO PAULO RELATORA AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :MARBOR MÁQUINAS DE COSTURA LTDA : JOSÉ ROBERTO CAMASMIE ASSAD E OUTRO(A/S) :VALMOR RODRIGUES

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA Nº 794/2013 - PGGB MANDADO DE SEGURANÇA Nº 31706/DF IMPTE : M. ALMEIDA XAVIER MATERIAL DE CONSTRUÇÃO EM GERAL IMPDO : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE

Leia mais

Luiz Flávio Gomes Valerio de Oliveira Mazzuoli. O método dialógico e a magistratura na pós-modernidade

Luiz Flávio Gomes Valerio de Oliveira Mazzuoli. O método dialógico e a magistratura na pós-modernidade Luiz Flávio Gomes Valerio de Oliveira Mazzuoli O JUIZ e o DIREITO O método dialógico e a magistratura na pós-modernidade 01_Mazzuoli - O Juiz e o Direito.indd 3 19/04/2016 16:14:11 Capítulo 7 Controle

Leia mais

MENTORING PGE SP 2015/2016 I. APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA

MENTORING PGE SP 2015/2016 I. APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA MENTORING PGE SP 2015/2016 I. APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA Olá, amigos. O programa MENTORING PGE SP 2015/2016 foi desenvolvido para organizar e potencializar os estudos para fase objetiva do concurso de Procurador

Leia mais

REDENOMINA A CARREIRA GUARDA PENITENCIÁRIA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

REDENOMINA A CARREIRA GUARDA PENITENCIÁRIA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. LEI Nº 14.582, 21 de dezembro de 2009. REDENOMINA A CARREIRA GUARDA PENITENCIÁRIA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono

Leia mais

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE PREVENTIVO E REPRESSIVO

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE PREVENTIVO E REPRESSIVO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE PREVENTIVO E REPRESSIVO Jair Brandão Junior RESUMO: Tema dos mais interessantes acerca do controle de Constitucionalidade é a distinção do momento em que tal controle ocorre,

Leia mais

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 3ª Série Direito Civil III Direito A atividade prática supervisionada (ATPS) é um método de ensinoaprendizagem desenvolvido por meio de um conjunto de atividades programadas

Leia mais

APOSENTADORIA ESPECIAL (enquadramento tempo de serviço)

APOSENTADORIA ESPECIAL (enquadramento tempo de serviço) (enquadramento tempo de serviço) LEI 9.032 28/04/95 MP 1523/96 (Dec. 2172, 05/03/97) 01/01/2004 * ATIVIDADE: (penosa, perigosa ou insalubre) formulário SB-40 * AGENTE NOCIVO: formulário SB-40 + laudo (ruído)

Leia mais

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

REFORMA DA PREVIDÊNCIA MPS Ministério da Previdência Social SPS Secretaria de Previdência Social REFORMA DA PREVIDÊNCIA Regra Atual, PEC n.º 40/03, Substitutivo da Comissão Especial de Reforma da Previdência, Cenários e Projeções

Leia mais

Inconstitucionalidade da obrigação de depósito prévio da totalidade das custas de parte

Inconstitucionalidade da obrigação de depósito prévio da totalidade das custas de parte NEWSLETTER Contencioso Inconstitucionalidade da obrigação de depósito prévio da totalidade das custas de parte O acórdão do Tribunal Constitucional n.º 189/2016, de 30 de Março, julgou inconstitucional

Leia mais

GUIA PARA O ODONTÓLOGO SERVIDOR PÚBLICO, APOSENTADORIA ESPECIAL.

GUIA PARA O ODONTÓLOGO SERVIDOR PÚBLICO, APOSENTADORIA ESPECIAL. GUIA PARA O ODONTÓLOGO SERVIDOR PÚBLICO, APOSENTADORIA ESPECIAL. O QUE É A APOSENTADORIA ESPECIAL? A aposentadoria especial é um benefício previdenciário concedido ao segurado exposto permanentemente a

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 3.743, DE 2008 Acrescenta parágrafo único ao art. 201 da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código de Processo

Leia mais

INFORMAÇÕES PARA FINS DE DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA EXERCÍCIO 2015 (ANO-CALENDÁRIO 2014) PAGAMENTOS DAS AÇÕES DO NÍVEIS DEVIDOS PELA PETROS

INFORMAÇÕES PARA FINS DE DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA EXERCÍCIO 2015 (ANO-CALENDÁRIO 2014) PAGAMENTOS DAS AÇÕES DO NÍVEIS DEVIDOS PELA PETROS INFORMAÇÕES PARA FINS DE DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA EXERCÍCIO 2015 (ANO-CALENDÁRIO 2014) PAGAMENTOS DAS AÇÕES DO NÍVEIS DEVIDOS PELA PETROS As instruções abaixo se referem aos créditos recebidos por

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.577 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :COMPANHIA DE SEGUROS PREVIDÊNCIA DO SUL - PREVISUL ADV.(A/S) :FRANCISCO CARLOS ROSAS GIARDINA E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S)

Leia mais

Plano de exposição. I. As vantagens da arbitragem. A arbitragem no setor portuário

Plano de exposição. I. As vantagens da arbitragem. A arbitragem no setor portuário ARBITRAGEM NO SETOR DE INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA Rafael Wallbach Schwind Plano de exposição I. As vantagens da arbitragem II. A arbitragem no setor portuário III. A arbitragem portuária no Decreto nº 8.465

Leia mais

Liberdade provisória sem fiança.

Liberdade provisória sem fiança. Liberdade provisória sem fiança. OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DO INSTITUTO DA LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA LIBERDADE PROVISÓRIA LIBERDADE PROVISÓRIA A liberdade

Leia mais

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL 05-10-1988

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL 05-10-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL 05-10-1988 É COMPOSTA DE: a) Preâmbulo b) Artigos (250) c) ADCT Atos das Disposições Constitucionais Transitórias) 94 Artigos Observação Geral Em síntese, a atual Constituição

Leia mais

PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador JOSÉ PIMENTEL

PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador JOSÉ PIMENTEL PARECER Nº, DE 2015 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 285, de 2011 Complementar, do Senador Ciro Nogueira, que altera o art. 191-A da Lei nº 5.172, de 25 de outubro

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 743.305 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :ANGÉLICA GHERARDI SINDRA ADV.(A/S) : FLÁVIO LUIZ DOS REIS E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :UNIVERSIDADE FEDERAL DE

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº201070510031968/PR RELATORA : Juíza Andréia Castro Dias RECORRENTE : TERESA FURTUOSO DA SILVA RECORRIDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL VOTO Dispensado o

Leia mais

RELATÓRIO. O Sr. Des. Fed. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO (Relator Convocado):

RELATÓRIO. O Sr. Des. Fed. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO (Relator Convocado): PROCESSO Nº: 0802624-08.2015.4.05.8400 - REEXAME NECESSÁRIO RELATÓRIO O Sr. Des. Fed. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO (Relator Convocado): Cuida-se de reexame necessário de sentença prolatada pelo MM. Juízo

Leia mais

QUESTÕES DE ATO ADMINISTRATIVO PROFº: ALEXANDRE BASTOS

QUESTÕES DE ATO ADMINISTRATIVO PROFº: ALEXANDRE BASTOS QUESTÕES DE ATO ADMINISTRATIVO PROFº: ALEXANDRE BASTOS 01. Atos administrativos discricionários: a) podem ser anulados por motivo de conveniência e oportunidade. b) são sujeitos a controle judicial. c)

Leia mais

SEGUNDA TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

SEGUNDA TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ Processo nº 2007.70.50.003369-6 Relatora: Juíza Federal Andréia Castro Dias Recorrente: UNIÃO FEDERAL Recorrido (a): VANISA GOLANOWSKI VOTO Dispensado o relatório, nos termos dos artigos 38 e 46 da Lei

Leia mais

Eficácia dos Direitos Fundamentais: uma questão principiológica

Eficácia dos Direitos Fundamentais: uma questão principiológica Eficácia dos Direitos Fundamentais: uma questão principiológica Adriano de Bortoli * Em A eficácia dos direitos fundamentais, Ingo Wolfgang Sarlet aborda a problemática da eficácia dos direitos fundamentais

Leia mais

PIRAPREV INSTITUTO DE PREVIDENCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE PIRACAIA

PIRAPREV INSTITUTO DE PREVIDENCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE PIRACAIA PIRAPREV INSTITUTO DE PREVIDENCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE PIRACAIA Piracaia, 24 de Julho de 2.015 APOSENTADORIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS REQUISITO Geral Magistério SEXO HOMEM MULHER HOMEM

Leia mais

PARECER Nº, DE 2016. Relator: Senador JOSÉ MARANHÃO I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2016. Relator: Senador JOSÉ MARANHÃO I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2016 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 34, de 2016 (Projeto de Lei nº 4.251, de 2015, na Câmara dos Deputados), do Presidente da República,

Leia mais

2 PANORAMA ECONÔMICO E JURÍDICO: PERSPECTIVAS PARA A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 2016

2 PANORAMA ECONÔMICO E JURÍDICO: PERSPECTIVAS PARA A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 2016 2 PANORAMA ECONÔMICO E JURÍDICO: PERSPECTIVAS PARA A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 2016 VISÃO ATUAL DA TRIBUTAÇÃO NO BRASIL: - Aumento exponencial da Carga Tributária, especialmente sobre o consumo e não sobre

Leia mais

CONSIDERAÇÕES SOBRE O INSTITUTO DA TUTELA DE URGÊNCIA EM FACE DA FAZENDA

CONSIDERAÇÕES SOBRE O INSTITUTO DA TUTELA DE URGÊNCIA EM FACE DA FAZENDA CONSIDERAÇÕES SOBRE O INSTITUTO DA TUTELA DE URGÊNCIA EM FACE DA FAZENDA Alexandre Moura de Souza Muito já foi dito sobre a possibilidade de concessão de tutela de urgência (liminares, cautelares e tutela

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA OFICINA DO NOVO CPC AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO E EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA OFICINA DO NOVO CPC AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO E EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA OFICINA DO NOVO CPC AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO E EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA A palavra agravo significa prejuízo; dano sofrido; ofensa que se faz a alguém; afronta. O termo agravo

Leia mais

NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL

NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL Gracielle Veloso Advogada. Consultora Notarial, Registral e Imobiliária A eficácia da sentença estrangeira no Brasil depende de prévia

Leia mais

Impacto do novo Código de Processo Civil na Judicialização da Saúde no Brasil SANDRA KRIEGER GONÇALVES

Impacto do novo Código de Processo Civil na Judicialização da Saúde no Brasil SANDRA KRIEGER GONÇALVES Impacto do novo Código de Processo Civil na Judicialização da Saúde no Brasil SANDRA KRIEGER GONÇALVES JUDICIALIZAÇÃO Fenômeno através do qual o Poder Judiciário atua, mediante provocação do interessado

Leia mais

ARTIGO: O controle incidental e o controle abstrato de normas

ARTIGO: O controle incidental e o controle abstrato de normas ARTIGO: O controle incidental e o controle abstrato de normas Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: Nosso ordenamento jurídico estabelece a supremacia da Constituição Federal e, para que esta supremacia

Leia mais

O PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL

O PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL O PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL A Constituição consagra a idéia de que a Administração Pública está submetida, entre outros princípios, ao da legalidade (ninguém faz ou deixa de fazer alguma coisa senão em

Leia mais

RELATÓRIO. 3. Efeito suspensivo indeferido. 4. Não foram apresentadas contrarrazões. 5. É o que havia de relevante para relatar.

RELATÓRIO. 3. Efeito suspensivo indeferido. 4. Não foram apresentadas contrarrazões. 5. É o que havia de relevante para relatar. PROCESSO Nº: 0803387-86.2015.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO AGRAVANTE: FAZENDA NACIONAL AGRAVADO: MUNICIPIO DE GLORIA DO GOITA ADVOGADO: DANIEL HOLANDA DE OLIVEIRA RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL

Leia mais

TRIBUTAÇÃO EM BASES UNIVERSAIS MP nº 627/2013

TRIBUTAÇÃO EM BASES UNIVERSAIS MP nº 627/2013 TRIBUTAÇÃO EM BASES UNIVERSAIS MP nº 627/2013 There are more things in heaven and earth, Horatio, Than are dreamt of in our philosophy. Hamlet, Ato I, Cena V País de tributação normal Paraíso fiscal País

Leia mais

A MORTE COMO ELA É: A DIGNIDADE E A AUTONOMIA INDIVIDUAL NO FINAL DA VIDA. 1. Laura Inês Scarton 2.

A MORTE COMO ELA É: A DIGNIDADE E A AUTONOMIA INDIVIDUAL NO FINAL DA VIDA. 1. Laura Inês Scarton 2. A MORTE COMO ELA É: A DIGNIDADE E A AUTONOMIA INDIVIDUAL NO FINAL DA VIDA. 1 Laura Inês Scarton 2. 1 Projeto de Monografia de Conclusão do Curso de Graduação em Direto. 2 Aluna do curso de Direito da Unijuí,

Leia mais

www.concursovirtual.com.br

www.concursovirtual.com.br Processo do Trabalho Professor Leandro Antunes (FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Quanto ao processo judiciário do trabalho, é correto afirmar: a) Nos casos

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA Nº 526/2012 - PGGB RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO Nº 697156/PI RECORRENTE: COMPANHIA ENERGÉTICA DO PIAUÍ - CEPISA RECORRIDO: GLAUCIO MOURA

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.017 RIO GRANDE DO SUL RELATORA RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :EDIO CAETANO DE SOUZA : ANTONIO LUIS WUTTKE E OUTRO(A/S) :INSTITUTO

Leia mais

DESAPOSENTAÇÃO: breves explanações

DESAPOSENTAÇÃO: breves explanações DESAPOSENTAÇÃO: breves explanações Por: Rosana Zambrzycki* A desaposentação é o ato pelo qual o segurado aposentado que continuou trabalhando após a concessão do benefício de aposentadoria, renuncia o

Leia mais

FEDERAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES DE OFICIAIS MILITARES ESTADUAIS - FENEME - NOTA TÉCNICA

FEDERAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES DE OFICIAIS MILITARES ESTADUAIS - FENEME - NOTA TÉCNICA NOTA TÉCNICA A FEDERAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES DE FENEME, instituição com representatividade nacional, devidamente instituída nos termos da legislação e do ordenamento jurídico brasileiro, congregando

Leia mais

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PARECER N 14.434

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PARECER N 14.434 PARECER N 14.434 Secretaria da Fazenda. Férias. Adicional constitucional (1/3). Valor a ser pago. Momento do gozo efetivo das férias. Vem a esta Equipe de Consultoria da Procuradoria de Pessoal da Procuradoria-

Leia mais

A Impossibilidade de Imputação pelo Delito de Peculato a Funcionários de Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

A Impossibilidade de Imputação pelo Delito de Peculato a Funcionários de Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista Doutrina A Impossibilidade de Imputação pelo Delito de Peculato a Funcionários de Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista RAFAEL BRAUDE CANTERJI Advogado Criminalista, Professor de Direito Penal

Leia mais

Audiência Pública CDH do Senado Federal iniciativa do Senador Paulo Paim Brasília, 5 de outubro de 2015

Audiência Pública CDH do Senado Federal iniciativa do Senador Paulo Paim Brasília, 5 de outubro de 2015 Audiência Pública CDH do Senado Federal iniciativa do Senador Paulo Paim Brasília, 5 de outubro de 2015 O negociado sobre o legislado, que rasga a CLT e arrasa o sistema de proteção dos direitos trabalhistas:

Leia mais

SENADO FEDERAL Gabinete do Senador Fernando Bezerra Coelho PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador FERNANDO BEZERRA COELHO

SENADO FEDERAL Gabinete do Senador Fernando Bezerra Coelho PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador FERNANDO BEZERRA COELHO PARECER Nº, DE 2015 Da COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL, sobre o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 398, de 2014, da COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA, que dispõe sobre a pesquisa

Leia mais

OAB 2010.3 GABARITO COMENTADO SEGUNDA FASE EMPRESARIAL. Artigo 9º e 4º do artigo 10 Lei 11.101/2005, procuração, CPC e estatuto da OAB.

OAB 2010.3 GABARITO COMENTADO SEGUNDA FASE EMPRESARIAL. Artigo 9º e 4º do artigo 10 Lei 11.101/2005, procuração, CPC e estatuto da OAB. OAB 2010.3 GABARITO COMENTADO SEGUNDA FASE EMPRESARIAL PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL Artigo 9º e 4º do artigo 10 Lei 11.101/2005, procuração, CPC e estatuto da OAB. Trata-se de uma habilitação de crédito retardatária.

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 RELATOR AGTE.(S) AGDO.(A/S) : MIN. ROBERTO BARROSO :JOSEFA MARIA DE FRANCA OLIVEIRA :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL :UNIÃO :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Então me aposentei, mas continuei trabalhando na empresa. Quando sair, qual será o valor da minha multa de 40%? Leonardo Tadeu* A interpretação jurídica do artigo 453 da CLT e seus

Leia mais

Teoria geral do controle. de constitucionalidade

Teoria geral do controle. de constitucionalidade Teoria geral do controle de constitucionalidade 53 Capítulo II Teoria geral do controle. de constitucionalidade SUMÁRIO 1. Pressupostos do controle de constitucionalidade 2. Espécies de inconstitucionalidade:

Leia mais

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PARECER Nº 14.267

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PARECER Nº 14.267 PARECER Nº 14.267 Emenda Constitucional n. 41/03. Professor. Aposentadoria proporcional. Valor dos proventos. Fixação de reajustes. O presente expediente administrativo EA n 008568-1900/04-0 teve origem

Leia mais

PROCESSO: 00478-2003-066-01-00-7 RO

PROCESSO: 00478-2003-066-01-00-7 RO Acórdão 1a Turma EQUIPARAÇÃO SALARIAL. O fundamento principal para o deferimento da equiparação salarial, prevista no artigo 461 da CLT, é o pagamento de igual valor para o mesmo trabalho. Se não foi constatado,

Leia mais

PARECER PN TC 18/2006 RELATÓRIO

PARECER PN TC 18/2006 RELATÓRIO 1/6 Processo TC nº 05407/06 DO ESTADO Consulta formulada pelo Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Campina Grande, Sr. Juraci Félix Cavalcante Júnior, acerca da possibilidade

Leia mais

COMUNICADO nº 11/2013, da SUBPROCURADORIA GERAL DO ESTADO DA ÁREA DO CONTENCIOSO GERAL

COMUNICADO nº 11/2013, da SUBPROCURADORIA GERAL DO ESTADO DA ÁREA DO CONTENCIOSO GERAL COMUNICADO nº 11/2013, da SUBPROCURADORIA GERAL DO ESTADO DA ÁREA DO CONTENCIOSO GERAL Orienta a atuação nas ações em que se pleiteia medicamento não registrado pela ANVISA O Subprocurador Geral do Estado

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO 701.484 PARANÁ RELATORA RECTE.(S) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :COMPACTA SERVIÇO INTERMODAL E ARMAZÉNS GERAIS LTDA ADV.(A/S) : ATILA SAUNER POSSE E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :JUNTA COMERCIAL

Leia mais

TABELAS EXPLICATIVAS DAS DIFERENTES NORMAS E POSSIBILIDADES DE APOSENTADORIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL RPPS

TABELAS EXPLICATIVAS DAS DIFERENTES NORMAS E POSSIBILIDADES DE APOSENTADORIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL RPPS TABELAS EXPLICATIVAS DAS DIFERENTES NORMAS E POSSIBILIDADES DE DOS SERVIDORES PÚBLICOS REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL RPPS INGRESSO NO SERVIÇO PÚBLICO ATÉ 19 DE DEZEMBRO DE 2003 Professora por tempo

Leia mais

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Aspectos Gerais.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Aspectos Gerais. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Aspectos Gerais. TIAGO FERNANDES DE SOUZA Advogado inscrito na OAB/RN 6584 Pós Graduado em Direito Privado Sócio da Monte de Hollanda Advocacia Com o escopo de garantir

Leia mais

Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social CAPACITAÇÃO CONSELHEIROS MUNICIPAIS.

Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social CAPACITAÇÃO CONSELHEIROS MUNICIPAIS. CAPACITAÇÃO CONSELHEIROS MUNICIPAIS Maio/2010 1º Dia PROGRAMAÇÃO 08h00 às 09h00 - Credenciamento 09h00 às 09h30 Abertura Boas vindas! 09h30 às 10h15 Exposição dialogada: Retrospectiva Luta por Direitos

Leia mais

Sistema Integrado de Normas Jurídicas do Distrito Federal SINJ-DF

Sistema Integrado de Normas Jurídicas do Distrito Federal SINJ-DF Sistema Integrado de Normas Jurídicas do Distrito Federal SINJ-DF DECRETO Nº 33.564, DE 09 DE MARÇO DE 2012. Regulamenta as hipóteses de impedimento para a posse e exercício na administração pública direta

Leia mais