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1 NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO A REGULAMENTAÇÃO PELOS MUNICÍPIOS E A RESPONSABILIDADE OBJETIVA DAS EMPRESAS Medina Osório Advogados Rua Furriel Luiz Antonio de Vargas, 250/502 Bela Vista Porto Alegre/RS Rua Senador Dantas, 75/1701 a 1707 Centro Rio de Janeiro/RS

2 FÁBIO MEDINA OSÓRIO DADOS PESSOAIS Doutor em Direito Administrativo pela Universidade Complutense de Madri. Mestre em Direito Público pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi Promotor de Justiça no Rio Grande do Sul (primeiro lugar no concurso), exonerando-se para exercer a advocacia privada. Parecerista da Revista CEJ (Centro de Estudos Judiciários) vinculada ao Conselho da Justiça Federal. Parecerista da Revista Brasileira de Direito Administrativo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Professor colaborador nas seguintes escolas: - Escola da Magistratura Federal do Estado do Rio Grande do Sul (ESMAFE); - Escola da Magistratura Federal do Estado do Rio de Janeiro (EMARF) - Escola da Magistratura Estadual do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ); - Escola Superior do Ministério Público de São Paulo (ESMPSP); - Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul (ESMPRS); - Escola Superior da Advocacia Geral da União em Belo Horizonte (AGU); - Escola de Direito do Brasil (EDB). Presidente do Instituto Internacional de Estudos de Direito do Estado IIEDE (

3 SÍNTESE DA PALESTRA Objeto: Análise da Lei nº /13. Objetivos: Debater o alcance e efeitos da Lei nº /13; Prevenir a prática de atos lesivos à Administração Pública; Sugerir aprimoramentos e apontar inconstitucionalidades na Nova Lei Anticorrupção; Analisar a atuação dos Tribunais de Contas, especialmente na cobrança de regulamentações municipais e estaduais; Verificar a importância da regulamentação estadual e municipal.

4 HISTÓRICO DA LEI ANTICORRUPÇÃO Algumas das normativas internacionais mais importantes são: a Conventionon Combating Bribery of Foreign Public Officials in International Business Transactions, da OCDE, de 1994; a Convención Interamericana contra la Corrupción, da OEA, de 1994; a Convention on Combating Corruption, da OCDE, de 1997; a Revised Recommendation, da OCDE, de 1997; a Convention against Corruption, da ONU, de 2000; a Criminal Law Conventionon Corruption, do CoE, de 1999; a Civil Law Conventionon Corruption, do CoE, de 1999; e o Additional Protocoltothe Criminal Law Conventionon Corruption, do CoE, de 2003.

5 HISTÓRICO DA LEI ANTICORRUPÇÃO Dessas normativas, algumas inclusive foram internalizadas pelo Direito brasileiro, sendo precursoras da Lei nº /13. São elas: 1) A Conventionon Combating Bribery of Foreign Public Officials in International Business Transactions, da OCDE, de 1994, aprovada pelo Congresso Nacional em 14 de junho de 2000 e promulgada pelo Decreto nº 3.678, de 30 de novembro de 2000; 1.1) Por meio da Convenção, o Brasil se comprometeu a criminalizar a corrupção de autoridades públicas estrangeiras, proibir a dedução fiscal dos gastos com suborno de autoridades estrangeiras e adotar medidas concretas e efetivas para combater o suborno internacional; 1.2) Como parte dos compromissos assumidos na Convenção, em 11 de junho de 2002 foi editada a Lei nº , incluindo-se o Capítulo II-A ao Código Penal, que tipifica os Crimes Praticados por Particular Contra a Administração Pública Estrangeira ; 1.3) O Brasil teve de adaptar sua legislação penal, pois, à época do Código Penal de 1940, ainda não se vislumbrava o alcance da corrupção no futuro não era nada fácil remeter fundos ao exterior, nem transferi-los, tampouco os negócios transnacionais eram tão frequentes como hoje. Para lidar com essas situações fáticas não tipificadas criminalmente, a adição do Capítulo II-A ao Código Penal expandiu o alcance das regras de repressão à corrupção, criando tipos dotados de efeitos extraterritoriais, tais como corrupção ativa em transação internacional e tráfico de influência em transação comercial internacional;

6 HISTÓRICO DA LEI ANTICORRUPÇÃO 1) A Conventionon Combating Bribery of Foreign Public Officials in International Business Transactions, da OCDE, de 1994, aprovada pelo Congresso Nacional em 14 de junho de 2000 e promulgada pelo Decreto nº 3.678, de 30 de novembro de 2000 (continuação): 1.4) Em 1997, a OCDE elaborou relatório para determinar o nível de adequação do Brasil ao acordo assinado. O relatório foi aprovado e adotado pelo Grupo de Trabalho sobre Corrupção nas Transações Comerciais Internacionais da OCDE, em 31 de agosto de De uma forma geral, a OCDE considerou que o Brasil cumpriu com o acordo e indicou temas pontuais que necessitavam de melhorias, tais como a alteração da lei de defesa da ordem econômica (Lei nº 8.884/94) para incluir a corrupção como um ato expressamente proibido. Outro tema que preocupou a OCDE foi a possibilidade de as empresas mascararem as despesas com corrupção como despesas comerciais legítimas, passíveis de dedução tributária; 1.5) Em 2007, a OCDE elaborou novo relatório para determinar o nível de adequação do Brasil ao acordo assinado. Nesta nova fase, criticou o Brasil por não ser tão enfático no combate à corrupção de funcionários públicos estrangeiros quanto o era no combate à corrupção de nacionais. Além disso, o país foi duramente criticado por ainda não ter, à época, implementado instrumentos legais capazes de impor sanções efetivas e dissuasivas às pessoas jurídicas condenadas por corrupção internacional. Para lidar com parte das críticas, o governo enviou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 6.826/10 (que deu origem à Lei nº /13) para dispor sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a Administração Pública, nacional ou internacional.

7 HISTÓRICO DA LEI ANTICORRUPÇÃO 2) A Convención Interamericana contra la Corrupción, da OEA, de 1994, aprovada pelo Congresso Nacional em 25 de junho de 2002 e promulgada pelo Decreto nº 4.410, de 7 de outubro de 2002; 2.1) Primeiro acordo internacional a tratar tanto de medidas preventivas, quanto de medidas coercitivas contra a corrupção. Lista doze medidas preventivas, que buscam dificultar a ocultação do pagamento e do recebimento de suborno e estimular o controle e denúncia de práticas corruptas. 3) A United Nations Convention Against Corruption, da ONU, de 2000, assinada pelo Brasil em 9 de dezembro de 2003 e promulgada pelo Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro de ) Maior instrumento vinculante internacional de combate à corrupção de funcionários estrangeiros. Trata da criminalização da corrupção, de cooperação internacional e de medidas preventivas anticorrupção. Apesar de já terem sido objeto dos acordos anteriores, esta convenção aborda os temas de forma mais detalhada; 3.2) Ainda, a Convenção regula a recuperação de ativos, tidos como um dos seus princípios fundamentais pouco adianta a dissuasão efetiva imposta pelo FCPA se os recursos desviados permanecerem no exterior ou acabarem nos cofres de outros governos: o importante é que o país prejudicado efetivamente recupere seus recursos desviados; 3.3) Antes mesmo da entrada em vigor da Convenção da ONU, o Brasil já vinha aperfeiçoando seus mecanismos anticorrupção, especialmente no que tange à lavagem de dinheiro: a Lei nº 9.613/98 definiu o crime de lavagem de dinheiro e estabeleceu medidas preventivas e repressivas para combatê-lo.

8 LEIS INTERNACIONAIS RELEVANTES FCPA Foreign Corrupt Practice Act, 1977 (EUA) Atinge a corrupção somente no setor público, mas não no privado. Trata da corrupção de funcionários públicos estrangeiros (oficial estrangeiro, partido político estrangeiro, autoridades públicas estrangeiras, candidatos públicos estrangeiros), MAS NÃO dos funcionários públicos nacionais. É necessário o intuito de corromper. Responsabilidade das Pessoas Jurídicas: Subjetiva, civil e criminal; Responsabilidade das Pessoas Físicas: Subjetiva, civil e criminal; Natureza das sanções: Administrativas, civis e penais. Órgãos competentes: SEC e DOJ

9 LEIS INTERNACIONAIS RELEVANTES Pela lei do FCPA (EUA), foram condenadas 90 empresas e 216 pessoas físicas (83 condenadas à prisão), em 13 países, entre 1999 e Dos 90 casos de responsabilização, 11 terminaram em condenação e 79 em acordos (plea agreements, deferred prosecution agreements DPA e non prosecution agreements NPA). O valor de multas aplicadas (em milhões de dólares): : 28,2-2009: 579,0-2005: 35,3-2010: 1.782,0-2006: 87,2-2011: 508,8-2007: 155,1-2012: 250, : 803,0-2013: 700,0

10 LEIS INTERNACIONAIS RELEVANTES Ley Orgánica 3, 2000 (Espanha) Trata-se de uma lei que altera o Código Penal Espanhol, haja vista a ratificação da Convenção sobre o Combate à Corrupção dos Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais (Convenção da OCDE); Responsabilidade das Pessoas Jurídicas: Subjetiva e criminal; Responsabilidade das Pessoas Físicas: Subjetiva e criminal; Natureza das sanções: Penais.

11 LEIS INTERNACIONAIS RELEVANTES UK Bribery Act, 2010 (Reino Unido) Atinge a corrupção tanto no setor público (de oficial público nacional ou estrangeiro) quanto no privado. Não é necessário o intuito de corromper em alguns dos casos. Responsabilidade das Pessoas Jurídicas: subjetiva, civil e criminal. Há responsabilidade civil objetiva nos casos de ausência de política de compliance; Responsabilidade das Pessoas Físicas: Subjetiva, civil e criminal; Natureza das sanções: Administrativas, civis e penais.

12 LEIS INTERNACIONAIS RELEVANTES Ley Federal Anticorrupción em Contrataciones Publicas, 2012 (México) Estabelece sanções para pessoas físicas e jurídicas envolvidas em processos licitatórios e contratações públicas em geral; Responsabilidade das Pessoas Jurídicas: Subjetiva e administrativa; Responsabilidade das Pessoas Físicas: Subjetiva e administrativa; Natureza das sanções: Administrativas.

13 LEI N /13 Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências Objeto: Responsabilização de pessoas jurídicas por atos contra a Administração Pública; Combate à corrupção de agentes públicos nacionais e estrangeiros.

14 LEI N /13 INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS GERAIS Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público, ou a terceira pessoa a ele relacionada; Comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo subvencionar a prática dos atos ilícitos previstos nesta Lei; Comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular seus reais interesses ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados; Dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes públicos, ou intervir em sua atuação, inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de fiscalização do sistema financeiro nacional.

15 LEI N /13 INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS LICITATÓRIAS Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo de procedimento licitatório público; Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório público; Afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo; Fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente; Criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública ou celebrar contrato administrativo; Obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou prorrogações de contratos celebrados com a administração pública, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação pública ou nos respectivos instrumentos contratuais; Manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados com a administração pública.

16 LEI N /13 SANÇÕES ADMINISTRATIVAS Multa, no valor de 0,1% a 20% do faturamento bruto; Multa de seis mil a sessenta milhões de reais, na hipótese de não ser possível utilizar o critério do valor do faturamento bruto da pessoa jurídica; Publicação extraordinária da decisão condenatória.

17 LEI N /13 SANÇÕES JUDICIAIS Perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direta ou indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa fé; Suspensão ou interdição parcial das atividades; Dissolução compulsória da pessoa jurídica; Proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos; Reparar integralmente o dano causado. As sanções poderão ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa.

18 LEI N /13 SANÇÕES DOSIMETRIA A gravidade da infração; A vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; A consumação ou não da infração; O grau de lesão ou perigo de lesão; O efeito negativo produzido pela infração; A situação econômica do infrator; A cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações; A existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica; O valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública lesados.

19 LEI N /13 ACORDO DE LENIÊNCIA A lei prevê possibilidade de firmar acordo de leniência, que permite ao infrator denunciar a prática às autoridades fiscalizadoras e cooperar com as investigações, recebendo, por isso, redução das penalidades aplicáveis. Requisitos: A pessoa jurídica deve ser a primeira a se manifestar sobre o seu interesse em colaborar; Cessão do seu envolvimento na infração; Colaboração efetiva com a investigação; Admissão da prática do ato ilícito. Benefícios: Redução em até 2/3 da multa; Isenção da publicação obrigatória; Afastamento da proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos; Não aplicação da declaração de idoneidade.

20 LEI N /13 ACORDO DE LENIÊNCIA DIREITO COMPARADO A figura do Acordo de Leniência muito se assemelha à delação premiada, instituto jurídico do Direito Penal presente na maioria dos ordenamentos jurídicos pelo mundo. A lei antifraudes norte-americana estimula cidadãos comuns a denunciarem fraudes na Justiça. Se a fraude for comprovada, o delator recebe de 15% a 25% do valor recuperado da empresa demandada. Em que pese a possibilidade de qualquer cidadão delatar prática de fraude, os melhores delatores são os auditores responsáveis pelo compliance da própria empresa. Na Itália, a delação premiada começou a ser usada na década de 70 para evitar práticas terroristas, mas acabou mostrando-se eficiente para o combate à máfia. No direito italiano, existem três espécies de delatores: o arrependido, o dissociado e o colaborador. Na Alemanha, existe previsão legal de diminuição e até mesmo isenção de pena para agente que voluntariamente impeça a prática de ilícitos ou colabore com a justiça. No Brasil a figura da delação premiada está presente no Direito Penal. Além da Lei Anticorrupção, a Lei Antitruste prevê acordos de leniência a serem celebrados pelo CADE.

21 PONTOS FRACOS DA LEI N /13 Acordo de leniência fraco; Responsabilidade objetiva da PJ; Fragmentação de órgãos fiscalizadores; Excesso de discricionariedade nas margens das penas.

22 PONTOS FORTES DA LEI N /13 Inserção do Brasil no Cenário Internacional, conforme o quadro: Avanço brasileiro na prevenção e no combate à corrupção, reconhecido internacionalmente pela OCDE. Principais antecedentes: USA Foreign Corrupt Practice Act, 1977; OCDE Convention on Combating Bribery of Foreign Public Officials in International Business Transactions, países signatários; OEA Convención Interamericana contra la Corrupción, 1994; EU Criminal Law Convention on Corruption, 1999; UN United Nations Convention Against Corruption, 2000; USA Sarbanes-Oxley Act, 2002; UK UK Bribery Act, 2010; México Ley Federal Anticorrupcion Contrataciones Públicas em

23 LEI N /13 DISPOSITIVOS PASSÍVEIS DE QUESTIONAMENTO NO STF Art. 2 o As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não.

24 LEI N /13 DISPOSITIVOS PASSÍVEIS DE QUESTIONAMENTO NO STF Sobre a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica, assim se manifestou o STF: EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CIVIL. DANO MORAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO E DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO. ATO OMISSIVO DO PODER PÚBLICO: MORTE DE PRESIDIÁRIO POR OUTRO PRESIDIÁRIO: RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: CULPA PUBLICIZADA: FAUTE DE SERVICE. C.F., art. 37, 6º. I. - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público e das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, responsabilidade objetiva, com base no risco administrativo, ocorre diante dos seguintes requisitos: a) do dano; b) da ação administrativa; c) e desde que haja nexo causal entre o dano e a ação administrativa. II. - Essa responsabilidade objetiva, com base no risco administrativo, admite pesquisa em torno da culpa da vítima, para o fim de abrandar ou mesmo excluir a responsabilidade da pessoa jurídica de direito público ou da pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público. III. - Tratando-se de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil por tal ato é subjetiva, pelo que exige dolo ou culpa, numa de suas três vertentes, negligência, imperícia ou imprudência, não sendo, entretanto, necessário individualizá-la, dado que pode ser atribuída ao serviço público, de forma genérica, a faute de service dos franceses. IV. - Ação julgada procedente, condenado o Estado a indenizar a mãe do presidiário que foi morto por outro presidiário, por dano moral. Ocorrência da faute de service. V. - R.E. não conhecido.(re , Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Segunda Turma, julgado em 12/12/1997, DJ PP EMENT VOL PP RTJ VOL PP-00791

25 LEI N /13 DISPOSITIVOS PASSÍVEIS DE QUESTIONAMENTO NO STF Pode-se afirmar, com efeito, que a culpabilidade, em um primeiro momento, aparece como princípio constitucional contrário à responsabilidade objetiva, daí derivando notáveis consequencias teóricas e pragmáticas, a saber: a) não há responsabilidade objetiva pelo simples resultado; b) a responsabilidade penal é pelo fato e não pelo autor; c) a culpabilidade é a medida da pena. (...) Nesse sentido, culpabilidade é um princípio amplamente limitador do poder punitivo estatal, aparecendo como exigência de responsabilidade subjetiva. (OSÓRIO, Fábio Medina. Direito Administrativo Sancionador. P São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010)

26 IMPORTÂNCIA DO COMPLIANCE Lei n /13 Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação das sanções: [...] VIII - a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica;

27 COMPLIANCE AMBIENTAL Surge da ideia de compliance para instituições financeiras e visa a asseverar o compromisso ambiental das empresas; Trata-se, pois, de um mecanismo de compliance que inclui, além das características gerais, uma política voltada à questão da sustentabilidade, auxiliando na implantação de políticas socioambientais. Deve certificar-se de políticas internas de sustentabilidade. O cuidado ao meio ambiente é direito e dever constitucional. A função do compliance ambiental é ser meio através do qual esse direito pode ser viabilizado dentro dos parâmetros éticos, refletindo para o mercado, instituições financeiras e população em geral a seriedade da empresa.

28 CADASTRO PRÓ-ÉTICA Cadastro Nacional de Empresas Comprometidas com a Ética e a Integridade (Cadastro Pró-Ética) - surgido em 2010 de uma iniciativa do Instituto Ethos e da Controladoria-Geral da União. Leia-se, em especial, o excerto a seguir O objetivo da iniciativa é consolidar e divulgar os nomes das empresas que adotam voluntariamente medidas reconhecidamente desejadas e necessárias para que se crie um ambiente de integridade e confiança nas relações entre o setor público e o setor privado, além de conscientizar as empresas de seu papel no enfrentamento da corrupção ao se posicionarem afirmativamente pela prevenção e pelo combate às práticas ilegais e antiéticas e em defesa de relações socialmente responsáveis. Para participar do cadastro é necessário que as empresas possuam uma série de ferramentas para prevenir a corrupção internamente, tais como Código de Conduta, políticas de auxílio ao poder público no combate à lavagem de dinheiro; Sistemas de controle interno e auditoria.

29 POSSÍVEIS CERTIFICAÇÕES - ISO 9001 (alguns tribunais de contas do país tem certificação ISO 9001 sobre programas de qualidade) - Certificação de Profissional em Compliance e Ética Corporativa (Certified Compliance and Ethics Professional), concedida pela SCCE - Society of Corporate Compliance and Ethics. - Desenvolvimento do compliance na área financeira (avaliação de riscos, melhores práticas e plano de resultados). - na Lei de Licitações, os documentos exigidos para habilitação dos interessados tem previsão expressa no art. 27, e sobre a qualificação técnica do licitante no art. 30. Assim, para fins de habilitação não se pode exigir certificados como requisito obrigatório, podendo ser encontrado de forma facultativa na proposta técnica para fins de pontuação no tipo (critério de julgamento) técnica e preço. No art. 37, XXI, da CF fala em...exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

30 LEI N /13 REGULAMENTAÇÃO ESTADUAL E MUNICIPAL ESTADUAIS Tocantins Decreto nº 4.954, de 13 de dezembro de 2013; São Paulo Decreto nº , de 29 de janeiro de 2014; Paraná Decreto nº , de 21 de fevereiro de MUNICIPAIS Cubatão/SP Decreto nº /14 São Paulo/SP Decreto nº /14 Ilhéus/BA Decreto nº 006/2014

31 ATUAÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS A Lei Anticorrupção chama a atenção por não incluir a participação dos Tribunais de Contas. A Lei deixou a instauração e o julgamento dos processos administrativos a cargo da mais alta autoridade de cada órgão ou entidade da Administração. Também é atribuída competência concorrente à Controladoria Geral da União. Art. 8 o A instauração e o julgamento de processo administrativo para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica cabem à autoridade máxima de cada órgão ou entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que agirá de ofício ou mediante provocação, observados o contraditório e a ampla defesa. 2 o No âmbito do Poder Executivo federal, a Controladoria-Geral da União - CGU terá competência concorrente para instaurar processos administrativos de responsabilização de pessoas jurídicas ou para avocar os processos instaurados com fundamento nesta Lei, para exame de sua regularidade ou para corrigir-lhes o andamento.

32 ATUAÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS Nada se mencionou sobre a participação do Tribunal de Contas da União, muito menos dos Tribunais de Contas dos Estados. As instituições ontologicamente destinadas ao combate à corrupção na esfera administrativa, que têm feição quase judicial, na expressão do Supremo Tribunal Federal, que têm larga experiência de realizar julgamentos, de assegurar ampla defesa, em que oficiam até mesmo um Ministério Público especial, enfim, praticamente tribunais administrativos embora fora do Poder Judiciário, foram solenemente ignoradas pela Lei Anticorrupção. LIMA, Edilberto Carlos Pontes. Lei Anticorrupção ignora Tribunais de Contas. In < Acesso em 16/09/2014 Edilberto Carlos Pontes Lima é Vice-Presidente do TCE-CE

33 ATUAÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS A participação do Ministério Público está assegurada na esfera judicial como proponente da ação civil correspondente, como também das procuradorias federais e estaduais. A questão é a esfera administrativa. A despeito dos indiscutíveis avanços, não caminhou bem, em meu juízo, a nova lei ao optar por desconsiderar a larga experiência acumulada pelos Tribunais de Contas, que seriam, por excelência, os órgãos administrativos responsáveis por sua aplicação, julgando os processos a ela referentes. A segurança jurídica seria muito mais facilmente assegurada, pois teríamos um órgão centralizado, independente, de grande tradição e respeitabilidade, responsável pelo julgamento administrativo, o que certamente minimizaria a judicialização. Idem, ibdem.

34 ATUAÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS Constituição Estadual do Estado do Mato Grosso. Art. 47 O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete: IV - realizar, por iniciativa própria da Assembleia Legislativa, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias, de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; IX - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, dentre outras cominações, multas proporcionais ao vulto do dano causado ao erário;

35 ATUAÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso LC 269/07 Art. 5º O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso tem jurisdição própria e privativa sobre as pessoas e matérias sujeitas à sua competência, que abrange: I. qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais os entes federados respondam, ou que em nome deles, assumam obrigações de natureza pecuniária; II. aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao erário; III. todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos à sua fiscalização por expressa disposição de lei, incluindo os responsáveis pelo sistema de controle interno; [...]

36 ATUAÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso LC 269/07 CAPÍTULO II CONTROLE INTERNO Art. 7º Na forma prevista na Constituição Federal, com vistas a apoiar o exercício do controle externo, todos os jurisdicionados deverão, obrigatoriamente, instituir e manter sistemas de controle interno. Art. 8º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade nas contas anuais, dele darão ciência de imediato ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária. Art. 9º A autoridade gestora do órgão emitirá pronunciamento expresso e indelegável sobre as contas anuais e o parecer do controle interno, no qual atestará haver tomado conhecimento das conclusões nele contidas. Art. 10 A falta de instituição e manutenção do sistema de controle interno poderá ensejar a irregularidade das contas e/ou a emissão de parecer prévio contrário à sua aprovação, sem prejuízo das penalidades previstas em lei ao respectivo responsável, por omissão no seu dever legal.

37 ATUAÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso. Art Serão fiscalizados pelo Tribunal de Contas os processos relativos aos contratos, convênios, ajustes e demais instrumentos congêneres, decorrentes de licitação em quaisquer das suas modalidades, ou de dispensa ou inexigibilidade de licitação, bem como os Termos Aditivos ou de Rescisão e as respectivas prestações de contas.

38 Fábio Medina Osório

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