Relação Agências Reguladoras e CADE o caso ANATEL
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1 Relação Agências Reguladoras e CADE o caso ANATEL Seminário IBRAC UFMG Setembro de 2015
2 CADE e Agências Reguladoras: o caso da ANATEL sob a ótica do administrado Agenda 1. Histórico 2. Lei /2011 redução no escopo de atuação da ANATEL? 3. Estrutura da agência dedicada a temas de competição 4. Produção regulatória a respeito de competição crescente 5. Cooperação e aproximação com CADE 6. Atuação em casos concretos envolvendo temas de concorrência 7. E o futuro? 2
3 Ponto de Partida da LGT até lei /2011 Lei 8884/94 combinada com artigo 7o. da LGT: competência da ANATEL para instruir processos (condutas e concentração) Na prática, o que se observou: ACs: Com anuência concorrencial a posteriori, administrados buscavam a aprovação prévia regulatória, deixando instrução AC para segundo plano Condutas: Poucas ocorrências, pois acabavam instruídas/reprimidas na própria ANATEL, baseada em dispositivos regulatórios Mesmo assim, houve alguns casos importantes Casos Relevantes AC WORLDCOM / MCI Criação GVT Consolidação Móveis BRT Oi Aquisição TVA (6 anos) TI e Telefonica PRODAM/PRODESP Venda Embratel VU-M Provedores de Internet Uma palavra sobre competência SDE e ANATEL Diversos caso se arrastaram por anos até chegarem ao CADE 3
4 Com aprovação da Lei /2011, a ANATEL passou a se considerar incompetente para instruir condutas e concentrações Parecer PFE/ANATEL 225/2013 (proc /2012 Embratel Vs Telefonica parecer adotado pelo Conselho Diretor da ANATEL análise MP 150/2013) 38 Assim, temos que no modelo antitruste adotado pelo legislador no âmbito da Lei , de 2011, as funções públicas relativas à análise das estruturas e condutas contra a ordem econômica eventualmente praticadas no âmbito de todo e qualquer mercado foram reunidas em uma mesma estrutura CADE com fins de incrementar a eficiência do Estado. 39 Neste contexto, não mais existe razoabilidade ou qualquer fundamento legal em se manter no âmbito da ANATEL as competências instruturórias relativas ao controle de estruturas e condutas contra a ordem econômica. O modelo inaugurado pela Lei indica que estas competências foram integralmente transferidas para a Superitendência- Geral do novo CADE 4
5 No entanto, paralelamente, verificou-se na ANATEL um processo de reforço institucional no que diz respeito à defesa da concorrência 1. Reforço na estrutura organizacional da ANATEL (abril 2013)
6 No entanto, paralelamente, verificou-se na ANATEL um processo de reforço institucional no que diz respeito à defesa da concorrência 2. Atuação regulatória ANATEL vem aprovando normas regulamentares buscando aumentar competição PGMC MVNO Modelo de custos Compartilhamento postes (res. conj. Aneel) - Medidas de acesso e transparência para insumos atacado (SNOA) - Homolocação pela ANATEL de ofertas - Procedimento administrativo célere para resolução de conflitos - Separação funcional - Modelo flexível para novos entrantes (credenciado e autorizado) - Acesso a recursos de rede em condições - Supervisão da ANATEL sobre negociações e resolução de conflitos - Valores de remuneração de redes voltados a custos - valores e tarifas foram publicados, também, em , por meio de atos com vigência a partir de fev/2016 (Atos 6.210, e 6212) - Aprova o preço de referência para o compartilhamento de postes entre distribuidoras de energia elétrica e prestadoras de telecomunicações, a ser utilizado nos processos de resolução de conflitos.
7 No entanto, paralelamente, verificou-se na ANATEL um processo de reforço institucional no que diz respeito à defesa da concorrência 3. Cooperação Verifica-se, na ótica do administrado, um aumento da cooperação entre ANATEL e CADE
8 No entanto, paralelamente, verificou-se na ANATEL um processo de reforço institucional no que diz respeito à defesa da concorrência 4. Casos concretos Avaliação concorrencial de concentrações e condutas Anuência prévias Art. 97. Dependerão de prévia aprovação da Agência a cisão, a fusão, a transformação, a incorporação, a redução do capital da empresa ou a transferência de seu controle societário. Parágrafo único. A aprovação será concedida se a medida não for prejudicial à competição e não colocar em risco a execução do contrato, observado o disposto no art. 7 desta Lei. +art. 98, III e art. 71 Resolução 101 indício de transferência de controle ampliado Outra hipóteses previstas de forma difusa na Regulamentação (RFs, MVNOs, Art 86) Telefonica+TIM Telefonica+GVT Ran-Sharing (Oi+TIM e Claro+Vivo) Claro+Net+Embratel imposição de separação funcional da unidade de negócio do atacado
9 No entanto, paralelamente, verificou-se na ANATEL um processo de reforço institucional no que diz respeito à defesa da concorrência 4. Casos concretos Avaliação concorrencial de concentrações e condutas Intensa atividade associada a PGMC - Contra-prova de PMS - Identificação e avaliação de mercados relevantes - Identificação dos critérios de PMS - Discussão de medidas ex-ante, mercado a mercado Contencioso entre operadoras arbitradas pela ANATEL - VU-M e preços predatórios - Medida ex-ante (remuneração VU-M): até 20% - Arbitragens de contratos de interconexão
10 E para o futuro? Quais os desafios da ANATEL na defesa da concorrência? Aprofundamento da AIR, em particular nos temas relacionados a concorrência, medindo-se eficiências e custos de medidas assimétricas ou outras obrigações relacionadas Reconhecer a necessidade de resregulamentar o setor (há milhares de comandos em vigor) para aumentar eficiência e concorrência Atenção para agentes que estão passando a competir, mas sem os encargos regulatórios associados Same services, same rules (o caso WhatsApp) Diferenciação clara dos mandamentos reacionados à universalização e os relacionados a competição Estreitar relacionamento com CADE 10
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