O que é a Projeção UTM?
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- Valentina Azenha Almada
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2 O que é a Projeção UTM? É a projeção Universal Transversa de Mercator. Assim como a Projeção de Mercator, é uma projeção cilíndrica. Como foi visto na aula de projeções, uma projeção transversa é aquela onde o eixo do cilindro está no plano do equador. É um sistema universal, isto é, utilizado internacionalmente para representação da superfície da Terra. 2 2
3 Qual a característica da Projeção UTM? A projeção UTM é uma projeção analítica que tem como objetivo minimizar todas as deformações de um mapa a níveis toleráveis, representando-os em um sistema ortogonal. Como foi visto na aula de projeções, a projeção cilíndrica tem distorção mínima na área próxima à circunferência de tangência/secância. 3 3
4 Esquema da Projeção UTM 4 4
5 Os 60 fusos da Projeção UTM 180ºW 150ºW 120ºW 90ºW 60ºW 30ºW 0º 30ºE 60ºE 90ºE 120ºE 150ºE 180ºE 5 5
6 Esquema da Projeção UTM sobreposição de fusos nos pólos Fuso central da Projeção Transversa 6 6
7 Cada fuso desenvolvido é um segmento da projeção transversa centrada no respectivo meridiano. Há sobreposição de fusos com o aumento da latitude. Fuso central da Projeção Transversa 7 7
8 Qual a importância do Estudo da Projeção UTM para a Engenharia? Em projetos de Engenharia, é fundamental que se adote um sistema de coordenadas ortogonal. 8 8
9 Qual a importância do Estudo da Projeção UTM para a Engenharia? Quando realizamos levantamentos topográficos (pequena porção da superfície da Terra), usamos sistemas de coordenadas ortogonais. No caso de um levantamento cartográfico (distâncias superiores a 25 km), por exemplo, grandes cidades, municípios, é impossível utilizar um sistema ortogonal sem distorção, devido à curvatura da superfície da Terra. A projeção UTM permite abranger uma área extensa em um sistema ortogonal com significativo controle de distorções. 9 9
10 Qual a importância do estudo do Sistema UTM para a Engenharia? Por suas características particulares, é a que mais se emprega em mapeamento, em trabalhos científicos, no planejamento, no projeto básico e no projeto executivo de um empreendimento de Engenharia. Atualmente, a falta de familiaridade dos engenheiros com o sistema têm prejudicado o andamento de muitos projetos
11 GRID Legenda de uma carta em UTM ORTOGONAL Você sabe interpretar essas informações? PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR Datum vertical:imbituba SC Datum horizontal: SAD-69 Origem das coordenadas do UTM: equador e meridiano central do fuso Meridiano Central: -45º. Convergência meridiana do centro da folha: Fator escala: 0,
12 Projeção UTM: Breve Histórico Mercator foi o introdutor das projeções cilíndricas, e um dos pioneiros na confecção de Mapas de Navegação e Atlas. Gerardus Mercator ( ) 12 12
13 Projeção UTM: Breve Histórico J. H. Lambert, notável pelo desenvolvimento das projeções cônicas conformes, desenvolveu matematicamente o Sistema Universal Transverso de Mercator como se conhece atualmente. Este sistema foi utilizado sob a denominação de Projeção de Gauss desde 1866, quando foi feito o cálculo da triangulação de Hanover (Alemanha). J. H. Lambert ( ) 13 13
14 Projeção UTM: Breve Histórico Em 1912 surge o sistema Gauss-Kruger, em que os cálculos são logarítmicos e necessitam da obtenção de outros termos através de tabelas complexas. Entre as duas grandes guerras mundiais diversos países da Europa e a ex-urss adotaram essa projeção para a confecção de seus mapas militares
15 Projeção UTM: Breve Histórico O sistema em sua forma atual surgiu em 1947, em cartas militares do exército norte-americano. Em 1950, os EUA propuseram uma combinação para abranger a totalidade das longitudes, e o sistema, anteriormente chamado de Mercator- Gauss, recebeu a denominação atual: Sistema de Projeção Universal Transverso de Mercator (UTM)
16 Especificações da Projeção UTM O sistema proposto prevê a adoção de 60 cilindros de eixo transverso, obtidos através da rotação do mesmo no plano do equador, de maneira que cada um cubra a longitude de 6º, a partir do anti-meridiano (180º) de Greenwich. Cada fuso de 6º do Elipsóide terrestre corresponde a um dos 60 cilindros
17 Especificações da Projeção UTM Projeção cilíndrica secante, conforme (conserva os ângulos), de acordo com os princípios de Mercator-Gauss, com uma rotação de 90º do eixo do cilindro, de maneira a ficar contido no plano do equador. Adota-se um elipsóide de referência para representar a Terra
18 Esquema da Projeção UTM N Elipsóide de Referência Transformação analítica E N NQ NV E Cilindro de Projeção Carta TM Fuso TM 18 18
19 Fator de redução de Escala Ko Ko = 1-1/2500 = 0,9996 Deformação nula (K = 1) nas linhas de secância; Redução entre as linhas de secância (K<1); Ampliação na área exterior às linhas de secância (K>1). k=1 k=0,9996 k=1 K>1 K<1 K>
20 A precisão da Projeção UTM Por que a projeção UTM é secante? Cilindro Tangente k=1 k 1 >1 k 2 >k 1 Cilindro Tangente k 1 <1 k=1 k 2 >1 Elipsóide Elipsóide Cilindro tangente: fator k aumenta na medida em que se afasta do ponto de tangência. Cilindro secante: considerando o mesmo arco na superfície do elipsóide, temos valores de k maiores e menores que 1. fator k tem margem de aumento menor
21 K=1, Fator de redução de Escala Ko Cilindro Tangente Ko=0,9996 K=1 K=1, Elipsóide Obs: sem escala 21 21
22 Características da Universal Transversa de Mercator A projeção UTM é limitada em latitude (de 80 Na 84 S); Meridianos Centrais: Múltiplos de 6 ; Origem das coordenadas plano-retangulares: Na interseção do Plano do Equador com o meridiano central (MC) do fuso N = 0 m para o Hemisfério Norte N = m para o Hemisfério Sul E = m 22 22
23 8.000 km km km km km km km km km Características da Universal Transversa de Mercator 0 Equador MC 80º 650 GRID UTM Meridianos e palalelos Meridianos de secância Obs: croqui sem escala º 40º 20º 0º -20º -40º -60º -80º 23 23
24 Características da Universal Transversa de Mercator Fuso MS N = 0 N = MC = - 45º E= º 37' MS 1º 23' Fuso Equador m m 24 24
25 Fuso MS MC MS N=0 m N= m E= m 1º 37' Fuso Equador E= º 23' m m 25 25
26 Território brasileiro dividido em fusos do Sistema UTM Meridiano Central: -51º e 45º com Greenwich (em São Paulo) 26 26
27 Território brasileiro dividido em fusos e zonas SF 23: região da Cidade de de São Paulo Meridiano Central Número do Fuso Fonte: Adaptado de Ferreira, 1997 SB 21 SF Zonas NB NA SA SB SC SD SE SF SG SH SI
28 Superfícies a serem consideradas Superfície Física Materializada por levantamentos topográficos, aerofotogrametria e GPS Plano UTM Fuso UTM Geóide Materializado por marégrafos e gravímetros Elipsóide Definido matematicamente 28 28
29 Esquema de projeção entre superfícies HB DH (na altitude média) DI HA Superfície Física Transformações Geométricas DG (geóide) DE (elipsóide) DP (plano UTM) Transformação Analítica 29 29
30 Cálculo da distância sobre a Superfície de Raio Médio ( geóide) Transformação Geométrica 2 DH. H DH. H DG= DH + DG 2 DE R R Onde: DG = distância sobre a superfície de raio médio ( geóide) DH = distância horizontal (na altitude média) H = altitude média R = raio médio terrestre ( m) DH DP 30 30
31 Transformação Geométrica Cálculo da distância DE = DG + sobre o Elipsóide DG R 2 DH DG DE DP Onde: DE = distância sobre o elipsóide DG = distância sobre a superfície de raio médio (geóide) R = raio médio terrestre ( m) 31 31
32 Transformação Analítica Cálculo da distância sobre o plano UTM SP = k. SE DH DG DE DP Onde: SP = distância sobre o plano UTM SE = distância sobre elipsóide k = fator de escala na região considerada (UTM) 32 32
33 Distorção Linear K = K 0 / 1 [cos φ m sen (λ m - λ o )] 2 Onde: K 0 = 0,9996 (Fator de escala no meridiano central) K = Fator de escala no ponto de interesse Φm, λm = Latitude e Longitude Médias do Segmento 33 33
34 Distorção Angular Diferença entre o ângulo projetado β e o ângulo geodésico α : 1 α ψ21 β 2 ψ23 3 Meridiano Central Transformadas entre o plano UTM e o elipsóide α = β + ψ 21 - ψ 23 β = α + ψ 23 - ψ 21 Fonte: Ferreira,
35 Diferença entre o Norte de Quadrícula - NQ - e o Norte Verdadeiro NV (ou, Norte Geodésico NG). NQ - paralelo à direção das ordenadas do quadriculado NV ou NG - direção da tangente à transformada do meridiano O γ = 0 γ < 0 NV NQ NV NQ γ NO γ = 0 N Meridiano Central Paralelo Origem NV γ NE NQ NQ NV γ > 0 γ = 0 E γ > 0 γ SO γ = 0 S γ γ < 0 SE 35 Fonte: Ferreira,
36 AzG NQ γ NV NV γ NQ AzG AzP AzP Ψ12 P1 P1 Ψ12 AzP = AzG + γ - Ψ12 AzP = AzG - γ + Ψ12 P2 Equador P2 AzP = AzG - γ + Ψ12 NV NQ AzG γ AzP AzP = AzG + γ - Ψ12 Meridiano Central NQ NV γ AzG AzP P2 Ψ12 P1 P1 Ψ
37 RTM Regional Transverso de Mercator Amplitude do Fuso: 2 em longitude (180 fusos) Meridiano Central: Nas longitudes de grau ímpar Coeficiente de deformação de escala no meridiano central k = 0, Origem das coordenadas plano-retangulares: Na interseção do Plano do Equador com o meridiano central (MC) do fuso N = 0 m para o Hemisfério Norte e, N = m para o Hemisfério Sul E = m 37 37
38 LTM Local Transverso de Mercator Amplitude do Fuso: 1 em longitude (360 fusos) Meridiano Central: a cada 30 Coeficiente de deformação de escala no meridiano central k = 0, Origem das coordenadas plano-retangulares: Na interseção do Plano do Equador com o meridiano central (MC) do fuso N = 0 m para o Hemisfério Norte e, N = m para o Hemisfério Sul E = m 38 38
39 Local Transversa de mercator Ko=0, LTM / UTM / RTM UTM Ko=0,9996 Regional Transversa de Mercator Ko=0, Obs: dimensões exageradas 39 39
40 Características das TMs Plano TM ELIPSÓIDE Fuso TM Redução de Distâncias Ampliação de Distâncias TM Arco de Fuso (1) Origem Falso Norte (2) Falso Este K 0 (3) K máximo (4) UTM 6º MC e Equador km 500 km 0, , RTM LTM 2º 1º MC e Equador MC e Equador km km (1): borda do primeiro fuso no anti-meridiano de Greenwich; (2): para o hemisfério Sul; (3): no meridiano central (4): borda do fuso 400 km 200 km 0, , , ,
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