Vitivinicultura no Nordeste do Brasil: Um Arranjo Produtivo em Expansão

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1 Vitivinicultura no Nordeste do Brasil: Um Arranjo Produtivo em Expansão Tales WanderleyVital, Cpf: Dr em Economia, Prof. do PADR- UFRPE Rodolfo Araújo de Moraes Filho, Cpf: Dr em Administração, Prof. do PADR- UFRPE Zildo Ernesto Ferraz Filho Cpf: Mestrando do PADR-UFRPE Área Temática: Administração Rural e Gestão do Agronegócio Forma de Apresentação: Em Sessão sem Debatedor Endereço para Correspondência: Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE Programa de Pós-Graduação em Administração e Desenvolvimento Rural - PADR Av. Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos Recife-PE Cep:

2 Vitivinicultura no Nordeste do Brasil: Um Arranjo Produtivo em Expansão Resumo O presente trabalho mostra o surgimento e a evolução da vitivínicultura do Vale do São Francisco no Nordeste do Brasil. Explica como esse arranjo produtivo local vem se expandindo e se consolidando em decorrência da ação organizada e cooperativa das empresas produtoras de vinho entre elas e com os demais agentes vinculados à atividade. Destaca a ação do setor público, através das políticas de crédito subsidiado, redução de impostos, pesquisa agrícola e agroindustrial, melhoria da infraestrutura de apoio à produção e a comercialização e de campanhas promocionais. Apresenta alguns dados sobre as bases produtiva, institucional e de organização social no território. Concluí destacando a tendência de crescimento da vitivinicultura na região e de certa sustentabilidade desse arranjo, dado às condições favoráveis existente. Palavras Chave: vinho no Nordeste, arranjo produtivo do vinho, vitivinicultura no São Francisco

3 Vitivinicultura no Nordeste do Brasil: Um Arranjo Produtivo em Expansão 1. Antecedentes A vitivinicultura é uma atividade recente no Nordeste do Brasil e vem sendo intensificada nesses últimos anos. Uma explicação desse surgimento na sabedoria popular do enólogo gaúcho Inaldo Tedesco, radicado a mais de vinte anos na área, é de que tendo uva numa região em algum momento vai se produzir vinho. Evidente que a produção de vinho em escala industrial é bem mais complexa e requer a análise de um certo número de variáveis que integram esse arranjo produtivo. É importante verificar a disponibilidade de terras, mão-de-obra especializada, tecnologia, capital, mercado, logística, créditos, subsídios, experiência das empresas no ramo, entre outros componentes, para compreender o surgimento e crescimento dessa atividade no Nordeste. Portanto, para se ter uma explicação razoável do que está ocorrendo é necessário aprofundar o conhecimento para poder interpretar adequadamente a afirmativa do enólogo. A vitivinicultura nordestina está concentrada no pólo Petrolina-Juazeiro, onde já existem oito empresas operando no setor com uma produção de sete milhões de litros de vinhos finos equivalente a 14% da produção nacional (Ruralnet, 26/06/2002). O pioneirismo veio no começo dos anos oitenta do século passado com a Vinícola Vale do São Francisco que iniciou a produção de vinho na Fazenda Milano, localizada no Município de Santa Maria da Boa Vista. A Empresa optou pela produção de vinhos jovens, com tecnologia trazida da Califórnia (USA), cepas de videiras vindas da Europa, Estados Unidos da América e mão-de-obra especializada de jovens enólogos na maioria oriundos do Rio Grande do Sul. Aparentemente, o sucesso dessa Empresa que conseguiu firmar no mercado nacional o seu produto, Vinho Botticelli, de certa forma tem estimulado a vinda de outras empresas que operam na elaboração de vinhos, ou seja, é possível no sertão nordestino produzir o produto. O fundador da Milano, o italiano Franco Pérsico já dizia nos anos setenta em relação a esse assunto, que o Nordeste era viável. Evidente que estando garantido esse aspecto nada desprezível, existe uma série de outros fatores não menos importantes a serem considerados para se entender o que está ocorrendo na área. 2. O Enfoque de Arranjo Produtivo e a Pesquisa 2.1 Referencial Teórico Este enfoque de Arranjo Produtivo Local - APL para estudo de aglomerados de empresas de um mesmo segmento industrial é relativamente novo no País, data dos anos noventa, embora esses aglomerados venham sendo estudados a mais de vinte anos a partir de outras abordagens teóricas (ITP, 2003; Amorim, Mônica A.. et al, 2003). Segundo Lastres&Cassioloto (2003:2), a Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos e Inovativos Locais - RedeSist, define como Arranjos Produtivos Locais aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos, e sociais com foco especifico de atividades econômicas que apresentam vínculos mesmo que incipientes. Geralmente envolvem a participação e a interação de empresas que podem ser desde produtoras de bens e serviços, comercializadoras clientes, entre outros - e suas variadas formas de representação e associação. Inclui também diversas outras instituições púbicas e privadas voltadas para: formação e capacitação de recursos humanos (como escolas técnicas e universidades); pesquisa, desenvolvimento e engenharia; políticas, promoção e financiamento.esses arranjos quando desenvolvidos se transformam em Sistemas Produtivos e

4 Inovativos Locais, ou seja, se tornam arranjos produtivos em que interdependência, articulação e vínculos consistentes resultam em interação, cooperação e aprendizagem, com potencial de gerar o incremento da capacidade inovativa endógena, da competitividade e do desenvolvimento local. Assim, consideramos que a dimensão institucional e regional constitui elemento crucial do processo de capacitação produtiva e inovativa. Diferentes contextos, sistemas cognitivos e regulatórios e formas de articulação e aprendizado interativo entre agentes são reconhecidos como fundamentais na geração e difusão de conhecimentos e particularmente aqueles táticos. Tais sistemas e formas de articulação podem ser tanto formais como informais.lastres&cassioloto (2003:3) argumentam que o enfoque teórico de Arranjos Produtivos Locais, adotados pela RedeSist, para estudos de aglomeração industrial, apresenta as seguintes vantagens: representar uma unidade prática de investigação que vai além da tradicional visão baseada na organização individual (empresa), setor ou cadeia produtiva, permitindo estabelecer uma ponte entre o território e as atividades econômicas, as quais também não se restringem aos cortes clássicos espaciais com os níveis municipais e de micro-região; focalizar um grupo de diferentes agentes (empresas e organizações de P&D, educação, treinamento, promoção, financiamento, etc.) e atividades conexas que usualmente caracterizam qualquer sistema produtivo e inovativo local; cobrir o espaço que simboliza o lócus real, onde ocorra aprendizado, são criadas as capacitações produtivas e inovativas e fluem os conhecimentos tácitos; representar um nível que ao ser contemplado pode tornar as políticas de promoção do empreendedorismo e do desenvolvimento industrial e inovativo mais efetivas, cabendo enfatizar a relevância tanto da participação de agentes locais e de atores coletivos como da coerência e coordenação regionais e nacionais.. Essa abordagem vem sendo aprimorada não só como instrumento de análise de aglomerados de empresas conjuntamente com outras organizações, mas também como base de referência para gerar tecnologia de mobilização de atores de modo a organizá-los em rede para estimular e desencadear processos de mudança. Procura assim contribuir no desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais APLs para se transformarem em Sistemas Produtivos Locais SPLs, forma superior de organização mais sistêmica sustentável e com maior nível de interdependência e cooperação entre os agentes (Amorim, Mônica A. et al, 2003). Esses autores entendem que os APLs devem ser analisados considerando as dimensões produtiva, institucional e comunitária do território. Sugerem o desenvolvimento da capacidade produtiva, a formação e fortalecimento do capital social e boa governança, a formação de competências e o aprendizado dos seus agentes, como vertentes para garantir sustentabilidade e melhoria da competitividade dos APLs. Propõe um modelo de tecnologia de mobilização social para o desenvolvimento de APLs baseado na abordagem cooperativa e com três componentes. O primeiro, Fórum Para a Mudança, deve ser composto por um grupo maior de atores envolvidos de alguma forma com o arranjo produtivo. Esses atores são identificados, selecionados e convidados a participar. O Fórum quando em funcionamento, será desdobrado em diversos grupos de trabalho, ou seja, nos Laboratórios para Inovação, o segundo componente. Esses laboratórios tratam de realizar tarefas especificas necessárias para resolver problemas do APL e para isso estarão vinculados a instituições portadoras do estado da arte referente ao tema abordado. Essas instituições se constituem nos Pontos de Escuta que é o terceiro componente do modelo. Dessa maneira, essa abordagem torna-se tanto unidade de análise quanto objeto de ação de políticas industriais (Cassiolato&Szapiro, 2003). Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae (s/d), Arranjos Produtivos são aglomerados de empresas localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm algum vínculo de articulação, interação,

5 cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais tais como governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa... Um Arranjo Produtivo Local é caracterizado pela existência da aglomeração de um número significativo de empresas que atuam em torno de uma atividade produtiva principal... Território é um campo de forças, uma teia ou rede de relações sociais que se projetam em um determinado espaço, nesse sentido o Arranjo Produtivo Local também é um território onde a dimensão constitutiva é econômica por definição apesar de não se restringir a ela. O enfoque de APL está largamente divulgado, e vem sendo empregado por diversas organizações no País vinculadas ao setor produtivo 2.2- Modelo Analítico e Dados Utilizados O modelo APL que utiliza as dimensões, produtiva, institucional e comunitária do território, como instrumento de análise de aglomerado agroindustrial em formação foi elegido como adequado e suficientemente abrangente para se analisar a expansão recente da Vitivinicultura do Vale do São Francisco, no Nordeste do Brasil. A pesquisa de campo constou de visitas às empresas vitivinícolas instaladas no Vale (em número de oito) e de entrevistas dirigidas com os proprietários e/ou gerentes e técnicos responsáveis pela produção e comercialização dos vinhos produzidos. Essas visitas foram estendidas a empresas de pesquisa, associações representativas desses produtores, agentes financeiros e a supermercados e lojas especializadas em Recife para levantamento de preços em nível do consumidor. Alguns dados secundários como tabelas de preços, áreas plantadas e variedades de uva para vinho, foram fornecidos pelas empresas durante as visitas e/ou através de fax e s. Além disso, foi realizado amplo levantamento bibliográfico pela internet, em bibliotecas de universidades e centros de documentação de instituições publicas, responsáveis pelo desenvolvimento da vitivinicultura no país e no exterior. 3. Análise e Discussão dos Dados 3.1 As Empresas Vitivinícolas do Território Em número de oito, essas empresas têm origens e situações bastante diferenciadas. Dois enólogos que eram vinculados a Vinícola do Vale do São Francisco, iniciaram seus próprios negócios e instalaram duas novas vinícolas, a Bianchetti e a Garziera, ambas com dificuldades de firmarem suas marcas, apesar da boa qualidade dos vinhos produzidos. Na mesma situação de dificuldade de mercado está a Ducos Vinícola Comércio Imp.e Exp. Ltda., que utiliza as instalações da Garziera para produzir seu vinho de marca Château Ducos. A Vitivinícola Santa Maria S/A do grupo Raymundo da Fonte, tinha como principal produto o vinagre de vinho de marca Minhoto e a produção de vinho, com a marca Adega do Vale. Com a entrada no mercado de vinagre de cana de açúcar, essa unidade industrial entrou em crise. Para sobreviver no mercado a Vitivinícola Santa Maria se associou a duas outras empresas, a Expand Store, grande importadora e distribuidora de vinhos no Brasil com sede em São Paulo e mais de 25 lojas (JC, 25/4/2004), e a Dão Sul, empresa portuguesa que fabrica e distribui seus vinhos em Portugal e no restante da Europa. Essas três criaram a Empresa Vinibrasil que produziu um vinho de um único corte das castas Cabernet Sauvignon e Syrah, o Rio-Sol, já lançado no mercado em junho de 2004 com uma produção de 300 mil garrafas e com meta para 1 milhão de garrafas. Outra empresa a maior delas, a Ouro Verde Ltda, adquiriu em leilão do Banco do Brasil, as instalações de uma antiga Vitivinícola Terra Nova, criada pelo japonês Mamoru Yamamoto nos anos oitenta

6 e instalada no município de Casa Nova - BA. Desse empreendimento participam a Vinícola Miolo Ltda. se associou à empresa Lovara Vinhos Finos Ltda, fundando a Empresa Fazenda Ouro Verde Ltda. Verifica-se, portanto, um movimento de concentração de capitais para expansão de investimentos no setor. A empresa Bella Fruta Ltda. do grupo Passarim do Rio Grande do Sul, é a única empresa instalada nessa região, na Fazenda Passarinho, que produz com uvas de descarte, vinho comum (ou de mesa) a granel e tem nessa produção experiência a nível nacional. O grupo econômico Passarim criou este ano, uma outra empresa para suas operações na área, a Vitivinícola Vale do Sol Ltda. A produção de vinhos finos está em teste pelo grupo, que vem utilizado as instalações industriais da Fazenda Ouro Verde, devendo essa produção, ser intensificada em 2005 através de uma unidade industrial própria a ser instalada dentro do Município de Petrolina. No quadro 1 têm-se as datas de instalação dessas empresas na área. Quadro 1: Cronologia da Instalação das Empresas Vitivinícolas no Pólo Juazeiro - Petrolina Nordeste do Brasil Município-Estado Fazenda Empresa(s) Ano de Instalação (*) Santa Maria da Boa Milano Vinícola Vale do São Vista PE Francisco S/A Lagoa Grande PE Adega Bianchetti Tedesco Ltda. Garibaldina Vitivinícola Lagoa Grande Planaltino 1600 ha Ducos 125 ha Passarinho Ltda. Vitivinícola Santa Maria S/A Vitivinícola Vale do Sol Ltda. (outra empresa do mesmo grupo). Ano de Produção de Vinho (*) Marca(s) do Produto Botticelli Bianchetti Carrancas Garziera Adega do Vale do São Francisco Vinibrasil Rio Sol Ducos Vinícola Ltda Château Ducos Bella Fruta Ltda Vinhos do Vale (**) Cave do Sol Casa Nova BA Ouro Verde 700 ha Ouro Verde Ltda Terra Nova Miolo (*) dados sujeitos a correções; (**) previsão de funcionamento. Recentemente outras empresas se instalaram na área com o propósito de produzir vinho, a exemplo da Cooperativa de Colônia de origem Uruguaia, da Baccos de São Paulo, da Fazenda Dom Teodósio de um grupo de Portugal, entre outras Varietais e Vinhos As cepas de uva de vinho tinto importadas da Europa e que se aclimataram bem na região foram a Petite Syrah (França) ou Shiraz (Austrália), Cabernet Sauvignon, Tannat e recentemente a Rubi Cabernet vinda da Califórnia-EUA, onde o clima é de altas temperaturas como no Vale (Ferrante, s/d). Entre as cepas de uva para vinhos brancos predominam a Chenin Blanc, Moscato

7 Cannelli e a Moscato Itália. Os vinhos finos das diferentes vinícolas recebem os nomes desses varietais, mesmo quando são de cortes dos mesmos, em vez de denominação geográfica de origem, apesar da origem Vale do São Francisco - Nordeste do Brasil ser também identificada nos rótulos das empresas. Os vinhos comuns ou de mesa, são fabricados com uvas de descarte. Grande esforço para ampliar o número de varietais de vinho na região vem sendo desenvolvido pela Embrapa Semi-Árido e a Valexport com o Projeto Vinho de Qualidade, financiado pela agência Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP. Os experimentos são realizados dentro de fazendas de empresas. Na fazenda Garibaldina da Garziera, está se testando 28 varietais copa e 5 varietais porta-enxerto ou cavalo. Na Planaltino da Santa Maria, o teste é de 28 varietais copa e 1 porta- enxerto, enquanto na Milano da Vinícola do Vale do São Francisco o experimento é de 28 varietais copa e 1 porta enxerto. Os porta-enxerto são na maioria de uvas silvestres americanas resistentes a fungos de solo e reproduzidos pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC 572, conhecido na área como Jales; IAC 313, conhecido como tropical; IAC 766). Outros cavalos de origem francesa em teste são o SO4 e o 420A. Esses experimentos ainda são novos e, portanto não se pode generalizar os resultados. Outra pesquisa interessante sobre maturação das uvas de cepas de Tannat, Cabernet Sauvignon, Moscato Cannelli, Chenin Blanc e Isabel, é realizada pela Embrapa na Estação de Pesquisa Mandacaru. O laboratório de pós-colheita vem testando concentração de fenóis, ácidos, sólidos solúveis e síntese de pigmentos. Na estação de pesquisa de Bebedouro, a Embrapa está testando manejo de irrigação com déficit controlado e com secamento parcial do sistema radicular em videiras Petite Syrah e Moscato Cannelli. Em termos da matéria-prima para a elaboração do vinho, quanto mais vigorosa a planta menos qualidade tem a uva, ou seja, como diz Jean Luc C. Trille, Gerente da Ducos: a planta tem que sofrer para a uva ser de boa qualidade na elaboração do vinho Área com Uva Vinífera e Vinho Produzido Além da instalação de novas de empresas, um outro indicador de crescimento dessa atividade no Vale do São Francisco é a expansão de área cultivada com uvas de variedades viníferas, outro é o volume de vinho produzido pelas empresas. Em 2003, a Vitivinícola Santa Maria dispunha de 150 ha, esta área deverá aumentar neste ano de 2004 para 200 ha devido ao consórcio que resultou na Vinibrasil. A vinícola Vale do São Francisco do italiano Franco Pérsico que chegou na área nos anos setenta, detentor da marca Botticelli, vem recuperando o cultivo de uvas para vinho, a poucos anos atrás reduziu para 23 ha, estava em 2003 com 90 ha e com perspectiva de expansão passou para 100 ha em A Ouro Verde Ltda tem projeto no Banco de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES para ampliação da indústria e plantio de mais 400 ha de uva para vinho. Em 2003 tinha 50 ha, em 2004 já ampliou para 60 ha, sendo que dos 50 ha existentes houve renovação de 10 ha e expansão de 20 ha. A Garziera passou entre 2003 e 2004 de 45 ha para 60 ha o plantio de uvas viníferas. A Bianchetti passou no mesmo período de 8 ha para 12 ha e a Ducos passou de 16 ha para 18 ha. Pelos dados levantados em campo (Quadro 2), a produção de vinhos passou em milhões de litros, de 6,1 em 2003 para 7,8 em Neste último ano 5,3 milhões são de vinhos finos. Segundo o GVV - Grupo do Vinho do Vale que é a Câmara do Vinho da Valexport, a produção total de vinho na área teve no passado recente, tem na situação atual e terá no futuro próximo, os seguintes números em milhões de litros: 6 em 2003; 7 em 2004; 10 em 2005; e 15 em 2007.

8 Quadro2: Vinícolas do Vale do São Francisco - Área com Uva Vinífera e Produção Empresa Fazenda Área com Uvas Litros de Vinho Produzido Viniferas (ha) (****) (em 1000 litros) (****) Vitivinícola Santa Planaltina Maria S/A Vinhos do Brasil S/A (Vinibrasil) Vinícola Vale do São Milano Francisco Adega Bianchetti Tedesco Vitivinícola Lagoa Garibaldina Grande Ducos Vinícola (*) Vitivinícola Vale do Passarinho (60**) (75**) (2.000**) (2.500**) Sol Ltda (***) Ouro Verde Ouro Verde Total (*) Utiliza as instalações da indústria Garziera para a produção do vinho. (**) Uvas de mesa, as de descarte são para produção de vinho comum em torno de 2,5 milhões de litros. (***) Essa vinícola entrará em produção a partir de 2005, com previsão de plantio de 30ha de uva vinífera (****) Valores sujeitos a pequenas correções 3.4. Mercado e Preços do Produto A afirmativa de Gaspar Garziera de que Vinho é Marca reflete em parte a situação do mercado para os vinhos do São Francisco. O mercado é diferenciado para aqueles que têm marca já conhecida pelos consumidores. Além da marca é preciso que o produto esteja dentro das grandes redes de distribuição, tenha qualidade e preço competitivo. Nesse particular as empresas instaladas no São Francisco diferem em relação à inserção no mercado. As maiores têm marca conhecida e canais de escoamento do produto garantido tanto no país com no exterior. A Ouro Verde da marca Terra Nova Miolo tem um produto nacionalmente conhecido, além de representantes no exterior, portanto, não está tendo dificuldade de colocar o produto no mercado e já começou a exportar os vinhos do Vale para os Estados Unidos, onde existe tradição de consumo de vinhos jovens. Além disso, dado a produção ser maior que a proveniente dos vinhedos próprios, a empresa tem adquirido vinho a granel, do tipo Shiraz, da Garziera para engarrafamento, representando certa integração econômica entre essas duas empresas. A Santa Maria e a Vinibrasil, com as marcas Adega do Vale e Rio-Sol, tem a disposição no país a rede da Expand Store e na Europa a Dão Sul, e seu produto está nas lojas das grandes redes das capitais do país. As menores diferem entre as que conseguiram firmar a marca e entrar nas grandes redes de distribuição e as que ainda estão buscando esse espaço de negócio. A Vinícola do Vale do São Francisco, a mais antiga delas, conseguiu firmar a marca Botticelli através de campanhas

9 promocionais e de um agressivo marketing junto a grandes distribuidores, como as redes de supermercados Bompreço, Comprebem e Carrefour, sendo o produto conhecido em todo território nacional. A Adega Bianchetti Tedesco, mesmo tendo um vinho de boa qualidade, tem tido dificuldade de colocação do produto, estando restrita ao mercado local e regional. A mesma dificuldade enfrenta a Ducos, embora a direção da empresa não vise produção em grande escala, mas se manter num mercado restrito e especializado com o melhor binômio qualidade-preço para o produto. Quanto aos preços médios de abril de 2004 nessa indústria, os vinhos varietais tinto seco (Shiraz, Cabernet Sauvignon) estavam sendo vendidos a R$ 9,15 (U$ 3,10) e R$ 9,28 (U$ 3,15) a garrafa de 750ml. Os brancos secos (Chenin Blanc e Sauvignon Blanc) a R$ 6,57 (U$2,23), os espumantes (Tipo Asti e Moscatel) a R$ 12,29 (U$ 4,18). Os vinhos de corte (Carrancas e Dom Francesco) têm preços mais baixos, sendo a garrafa do vinho branco suave e do rose suave, vendida a R$ 5,38 (U$ 1,83), enquanto o tinto seco e tinto suave custa na fonte de produção R$ 5,88 (U$1,99). Esses preços colocam o produto competitivo no mercado internacional de vinhos populares. Na Europa esses vinhos estão na faixa de até cinco euros (U$ 5,99) (Prix, s/d) e nos EUA, U$ 6,00 a 7,00 (Wine Prices, s/d; Cabernet, s/d) Em termos da comercialização do vinho do Vale nas grandes redes de supermercados da cidade do Recife (Carrefour, Bompreço e Comprebem) à 700km da fonte de produção, em abril- 2004, a garrafa de 750ml o Cabernet Sauvignon estava sendo vendido a R$ 13,90, o Syrah a R$ 14,20 e o Espumante Moscatel a R$ 19,27, com mark-up de 49,78%, 55,19% e 56,79% respectivamente e margens de 33,24%, 35,56% e 36,12%. (Hoffmann, R. et al, 1976:176) A diversificação por tipos de vinhos finos varietais e de corte, de diferentes marcas e embalagens são estratégias de mercado utilizadas pela indústria local para atingir um maior número de consumidores. 1 Em termos de vinhos finos, o Brasil em 2002 produziu em milhões de litros 35,7 (NE - 4,1 e RGS- 31,6), importou 24,2 e exportou 2,5 (Rosa, 2004). No ano de 2003 esses valores passaram para 34,8 (NE-5,3 e RGS-29,5), 26,8 e 1,3, respectivamente (Mello, s/d -2). Verifica-se ligeira tendência de redução da produção no RS compensada pela expansão no NE. As importações com pequena elevação e queda nas exportações. No mercado interno, apesar de redução no consumo de vinhos finos no final da última década, os nacionais vêm cedendo lugar aos importados que já ocupam 50% desse consumo no País (Mello, s/d-4), com destaque para os argentinos e chilenos. Existe, portanto, margem para ampliar a oferta do produto nacional no mercado interno com a reversão desse quadro. Além disso, ainda é muito baixo o consumo per capita de vinho no País (2 l /ano) se comparado a outros Países (Chile 23 l /ano, Argentina 38 l /ano, Portugal 50 l /ano) embora, segundo especialistas, esse consumo interno esteja relativamente estável e com tendência ligeiramente decrescente. A nível internacional, a produção vem caindo, inclusive na Europa, principal área de produção, como resultado da Política Agrícola Comum (PAC) dos últimos anos (Montaigne, & Cousinié, 1 No Vale são produzidos cerca de 42 tipos de vinhos das diferentes marcas. A Terra Nova- Miolo produz 5 (Moscatel Espumante, Shiraz, Cabernet Sauvignon/Shiraz, Muskadel, Late Havest). A Garziera produz 9 (Moscatel espumante, Syrah, Cabernet Sauvingnon, Sauvingnon Blanc, Moscato Itália, e 4 de corte utilizando a marca Carrancas). A Adega do Vale produz 6 (Moscatel Expumante, Cadernet Sauvignon, Shiraz, Moskadel, Moscato Canelli e Porto Vale). A adega Bianchetti Tedesco produz 5 (Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvignon, Petite Syrah, Moscato e Tinto Suave). A Botticelli produz 12 (Petite Syrah, Tannat, Rubi Cabernet, Cabernet Sauvignon, Moscato Canelli, Cheniin Blanc, Espumante Asti, 3 de marca Don Francesco e 2 de marca Filtrado Cristal do Vale). A Ducos produz 2 (Cabernet Sauvignon e Shiraz), Vinhos novos, tem-se do consórcio Santa Maria & Expand Store & Dão Sul o Rio Sol e da Vitívinicola Vale do Sol do grupo Passarim o Cave do Sol e Vinhos do Vale.

10 2004). O consumo também vem caindo devido à campanhas anti-alcoolismo e mudanças de hábito dos consumidores, de um novo estilo de vida e do papel do vinho na alimentação (Mello, s/d-4). Passou de 281,7 milhões de hl na safra , para 260,6 milhões de hl na safra Essa produção está sendo reduzida nos tradicionais países exportadores da União Européia (França, Espanha, Itália, Alemanha e Portugal) e cresce em países exportadores do Hemisfério Sul (Argentina, Chile, África do Sul, Austrália) e Estados Unidos. No cenário mundial, o Brasil figura como o 16º produtor (Mello, s/d-3). As importações pelo Brasil de vinhos da Argentina e do Chile têm sido significativas, devido a proximidade desses mercados, redução de impostos e a conversão cambial favorável 2. Em 2003, no mercado de vinhos finos importados que corresponde a 50% das vendas no país, o Chile ocupava a primeira posição com 29,7% dessas importações (7,9 milhões de litros) e a Argentina, a segunda posição com 21,3 % das importações brasileiras. Por conta da valorização do euro, os países europeus perderam espaço para os sul-americanos. A Itália que em 2000 tinha 28,2% das importações brasileiras encerrou 2003 com apenas 19,5% e a França que em 1998 tinha 16,9% chegou no final de 2003 com apenas 7,3% (Bevtech News, s/d) Apoio do Estado e do Setor Privado à Atividade Vitivinícola Essa atividade privada vem sendo fortemente apoiada pelo Estado, sendo decorrente e beneficiaria da criação do pólo de irrigação, de pesquisa agronômica, de crédito subsidiado, de redução de impostos, de melhoria da infra-estrutura, entre outras ações como a divulgação oficial em ampla escala de atividades emergentes nessa região. A criação em 1968, pelo Governo Federal do pólo de Irrigação de Petrolina - Juazeiro presentemente gerenciado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco Codevasf, se constituiu pré-condição para instalação da vitivinicultura na região. Neste pólo existem 7 projetos de irrigação (Mandacaru, Bebedouro, Curaçá, Maniçoba, Nilo Coelho, Maria Tereza, e Tourão) ocupando uma área total de ha e uma área irrigada de ha, com lotes tipo unidade familiar, lotes empresariais e 113 lotes tipo técnico em ciências agrárias. Dentro das empresas desses perímetros a uva é o segundo produto mais cultivado. No perímetro Bebedouro está instalado o Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-árido da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e no Mandacaru a empresa tem uma estação experimental (Sampaio, et al, 2004). A Embrapa, instalada desde os anos oitenta nessa área vem apoiando a vinicultura da região através da introdução e testes de variedades, manejo integrado de pragas, e mais recentemente com instalação em sua sede de um Laboratório de Microvinificação, para monitorar a qualidade do vinho produzido na região e poder auferir a certificação de procedência. Esse laboratório (vinícola piloto) está sendo construído com recursos da FINEP e da Associação Instituto Tecnológico de Pernambuco - ITEP (Agrolaine, s/d) e nele, funcionará o centro tecnológico da uva e do vinho. Para a gestão desse centro, o ITEP criou a organização social Instituto do Vinho do Vale do São Francisco -Vinhovasf (ITEP, s/d) Na área de capacitação de pessoal, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Petrolina - CEFET- Petrolina (Portal SedSup, s/d) criou este ano, o Curso Superior de Tecnologia 2 O peso argentino em reais, estava em abril de 2004 valendo R$ 0,9660, ou seja, R$ 1,00 vale 1,03539 Pesos, praticamente a mesma paridade. Na mesma época, o peso chileno em real estava a R$ 0, ou R$ 1,00 equivalendo a 212,164 pesos chilenos. (Invertia O portal de economia e finanças do Terra. http//br.invertia.com /mercados/divisas/calcula.asp?accion=calcula)

11 em Viticultura e Enologia. A primeira turma que em três anos, deverá formar tecnólogos de nível superior, será de 34 alunos já selecionados através de vestibular e as aulas terão inícios em fevereiro de Outras ações importantes vêm sendo: i) os financiamentos dos plantios de uva e de instalação das unidades industriais de fabricação de vinho, com juros subsidiados pelos bancos oficiais (Banco do Brasil BB, Banco do Nordeste do Brasil -BNB e o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES). O BNB principal agente financeiro na área é o operador do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste - FNE. O Fundo mantêm programas de investimento para a agricultura irrigada e a agroindústria com taxa de juros de 6% à 14 % ao ano, bônus de adimplência de 25% (área semi-árida) e prazo de pagamento de até 12 anos. O BNDES através dos programas de apoio ao desenvolvimento regional e a fruticultura, ambos com juros subsidiados, também está financiando empresas do setor, a exemplo da Fazenda Ouro Verde Ltda. de propriedade da Miolo Lovara; ii) a pesquisa agronômica dentro das fazendas desenvolvidas em parceria com a Embrapa; iii) a expansão da infra-estrutura em estradas como a dos Vermelhos (a rota do vinho), melhoria de aeroporto, energia e telecomunicações; iv) os subsídios para o produto, pela redução dos impostos sobre circulação de mercadorias (de 80% em Pernambuco e de 90% na Bahia); v) além de eventos promocionais como a Festa da Uva e do Vinho do Nordeste, que acontece nos anos impares, no mês de outubro no Município de Lagoa Grande-PE. Neste evento são desenvolvidas diversas atividades como seminários, visitas técnicas e de enoturismo, exposição de uvas e vinhos, rodada de negócios e feira de municípios dessa região integrada de desenvolvimento econômico 3. Da festa participam mais de cinqüenta mil pessoas (Vinhuva Fest, s/d); v) para melhorar o marketing e expandir os negócios em escala mundial, a vitivinicultura do Vale através do Instituto do Vinho (Vinhovasf), passou presentemente a contar com o apoio do Núcleo de Gestão do Porto Digital 4. Na política comercial externa a desvalorização cambial tem barateado os produtos de exportação e elevando os preços dos importados. Isso tem levado a substituição de produtos fabricados no exterior por produtos nacionais inclusive os vinhos finos, com efeitos positivos no mercado nacional e extensivo a demanda do produto Nordestino. Em termos de atuação do setor privado, cinco das oito Empresas Produtoras de Vinho estão filiadas a Associação dos Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco-Valexport, e participam do Grupo do Vinho do Vale (GVV). Esta câmara setorial do vinho criada em 1999 dentro da Valexport, busca a excelência, nas técnicas de comercialização bem como nas linhas de pesquisa para a qualidade e produtividade... Alguns vinhos da região já conquistaram espaço fora do país. São exportados para Alemanha, Dinamarca, Estados Unidos, Inglaterra e Japão (Valexport, s/d) 3 O Pólo de Desenvolvimento Integrado Petrolina/Juazeiro abrange uma área de km² e uma população de habitantes, tem eixo econômico focado na irrigação com fruticultura, olericultura e vitivinicultura. Desse território, fazem parte, municípios de Pernambuco (Lagoa Grande, Orocó, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista) e da Bahia (Casa Nova, Curaçá, Juazeiro e Sobradinho). O Pólo já tem ha irrigados e tem potencial de irrigar ha. Como vantagens competitivas da área o BNB coloca: disponibilidade de terra e água de boa qualidade; mão de obra abundante; infra-estrutura de irrigação implantada e em expansão; proximidade dos mercados europeu e norte-americano; ciclo produtivo mais precoce e altos níveis de produtividade.(pólo de Desenvolvimento Integrado/Juazeiro. Banco do Nordeste- Notícias. Atuação inovadora potencializa desenvolvimento. 06/04/1998. p.7) 4 O NGPD é uma organização da sociedade civil de interesse público, instalada a mais de três anos na área portuária do Recife e responsável pelo fortalecimento do arranjo produtivo local de tecnologia da informação e comunicação.(porto Digital: Gestão -

12 4. Conclusões O arranjo produtivo do vinho do Vale do São Francisco está em processo de expansão acelerada tendo como fatores determinantes: i) a disponibilidade de terras apropriadas ao cultivo irrigado de uva para vinho com cinco safras a cada dois anos, ou seja, 1 ha cultivado na região, tem produção equivalente a 2 ½ ha cultivados na Serra Gaúcha principal área produtora de vinho no País. Essa é uma vantagem reconhecida por todas as empresas do setor instaladas no Vale; ii) o crédito oficial subsidiado para a instalação de vinhedos e das unidades de beneficiamento que são repassados para o setor privado, tendo o Banco do Brasil-BB o Banco do Nordeste do Brasil- BNB e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-BNDES como os principais agentes financeiros; iii) a entrada de capitais externos na atividade através de empresários que após visitarem a área resolveram investir na vitivinicultura do Vale quer isoladamente quer através de consórcios, a exemplo da Ducos, da Dão Sul, entre outras; iv) existência no Vale de uma base tecnológica de produção irrigada em processo de amadurecimento, onde a viticultura tem papel de destaque, sendo a uva o segundo produto com maior área irrigada; v) existir uma cultura de produção de vinho, trazida a mais de vinte anos por jovens imigrantes da região produtora de vinho do Sul do País e por europeus que se instalaram e permaneceram no submédio São Francisco; vi) ter a Embrapa Semi-Árido, que está completamente envolvida com pesquisas agronômicas para melhoramento de videiras viníferas e também com projetos de Pesquisa & Desenvolvimento em parceria com as empresas; vii) ter disponível uma tecnologia de produção de vinhos jovens trazida a mais de vinte anos da Califórnia EUA e de domínio dos enológos radicados na área; viii) ter desenvolvido estratégias de marketing para melhorar a demanda do vinho do Vale do São Francisco no mercado nacional; ix) contar nesses últimos anos com uma taxa de câmbio favorável à substituição de importações de vinhos europeus e americanos; x) a entrada na região de empresas com redes nacionais e internacionais de distribuição vem facilitando a colocação do vinho do Vale em diversas praças, a exemplo da Miolo, Dão Sul, Expand Store. Contudo, como nem tudo são flores, o mercado interno de vinho, concentrado no Sul e Sudeste onde é consumido mais de sessenta por cento da oferta do produto nacional, esse mercado praticamente desconhece o vinho produzido e engarrafado no Nordeste. A divulgação ainda é muito tênue e a resistência dos distribuidores é muito grande, dão preferência por vinhos do Sul do País e importados, dominando agora os do Chile e da Argentina com preços baixos devido ao câmbio favorável. A escolha do consumidor pelo vinho fino e/ou espumante importado, reflete uma posição até certo ponto preconceituosa de que, o produto de fora é sempre melhor que o de dentro, mesmo sem saber na maioria dos casos, as condições como eles são produzidos, esse é um aspecto negativo para o produto local. Outro aspecto é a falta de marca de território, dada pelo certificado de origem, embora isso esteja sendo resolvido. A produção e o consumo no mercado internacional e no País não vêm crescendo. Contudo internamente verificase um movimento de expansão da produção no Nordeste devido às facilidades que o empresariado tem encontrado. Apesar deste mercado ser bastante concorrencial com uma atomização de produtos e marcas, é possível encontrar nichos de mercado para o produto regional, sobretudo quando atrelado a grandes redes de distribuição no país e no exterior. Mantidas as condições favoráveis atuais, pode-se deduzir que o mais provável, é que esse arranjo produtivo da vitivinicultora do Pólo Petrolina Juazeiro continue a crescer em ritmo acelerado. Devido apresentar uma certa sustentabilidade e dado a significativa cooperação entre os agentes, pode vir a ser considerado como um sistema produtivo e inovativo local.

13 5. Bibliografia AGRONLINE, Seminário Ressalta Vantagens da Produção de Vinho no Vale do São Francisco. Disponível em:< Acesso em 20/10/2004. AMORIM, Mônica A. et al, A Construção de uma Metodologia de Atuação nos Arranjos Produtivos Locais (APLs) no Estado do Ceará: Um Enfoque na Formação e Fortalecimento do Capital e da Governança.. Disponível em Acesso em 27/03/2005 BEVTECH NEWS, Chilenos e argentinos conquistam mercado dos italianos e franceses. Disponível em ( Acesso em 25/10/2004 CABERNET Sauvignon Wine-Find, Compare and Buy at BizRate. Log in to my accont October 20,2004. Disponível em < Acesso em 20/10/2004 CASSIOLATO José E.& SZAPIRO,Mariana, Uma Caracterização de arranjos locais de micro e pequenas empresas in Latres, Helena M. M. et al,pequena Empresa:cooperação e desenvolvimento local, Rio de Janeiro, Relume Dumará, FERRANTE, Daniel Doro. Tinto no Sertão. Brownzilians. February 09. Disponível em: < em 26/04/2004. HOFFMANN, Rodolfo et al. Administração da Empresa Agrícola. São Paulo, Pioneira, p INVERTIA O portal de economia e finanças do terra: Conversor de moedas. Disponível em: <http//br.invertia.com /mercados/divisas/calcula.asp?accion=calcula>. Acesso em 26/10/2004. IPT- Bate Papo Programado Arranjos Produtivos Locais (com Solange Aparecida Machado, Dra. em 9/08/2003). Disponível em Acesso em 27/03/05 ITEP - Difusão Tecnológica: Núcleo de Gestão de Centros Tecnológicos. Disponível em < Acesso em :30/10/2004 JC: São Francisco - empresa do vale lança vinho para exportação. Jornal do Commercio. 2 Economia, Recife, 25 de Abril de 2004 MELLO, Loiva M. R. de: Atuação do Brasil no Mercado Internacional de Uvas e Vinhos - Panorama 2003, Embrapa Uva e Vinho, s/d : Produção e comercialização de Uvas e Vinhos-Panorama 2003 Embrapa Uva e Vinho, s/d : Produção e Comércio Mundial de Vinhos Finos. Embrapa Uva e Vinho. s/d : Tendência de Consumo e Perspectivas do Mercado de Vinhos Finos no Brasil. Embrapa Uva e Vinho, s/d 4. MONTAIGNE, É. & COUSINIÉ, P. Le marche mondial du vin em 2004 p in d HAUTEVILLE, François et al: Bacchus 2005: Enjeaux,Stratégies et pratiques dans la filière vitivinicole. Dunod, Paris p PÓLO Integrado Petrolina/Juazeiro. Banco do Nordeste - Notícias. 06/08/1998. p.7 Atuação inovadora potencializa desenvolvimento. 12 p.

14 PORTAL SiedSup- Informação sobre IES: Educação Superior-Cursos e Instituições. Disponível em < Acesso em30/10/2004 PORTO Digital: Gestão. Disponível em:< Acesso em 30/10/2004 PRIX vin, prix alcool: vins au catalogue Disponível em: < em 20/10/2004 ROSA, Sérgio E. S. & SIMÕES, Pedro M: Desafios da Vitivinicultura Brasileira. Rio de Janeiro. BNDES Setorial (n.16), p:67-90, mar/2004. RURALNET- Notícias : Vale do São Francisco Produtores de uvas refazem os projetos Videiras destinadas à produção de vinhos ganham espaço nas lavouras. Disponível em 27/06/2002< Acesso em 26/4/2004 SAMPAIO Y. et al, Agircultura Irrigada no Pólo Petrolina Juazeiro - Impactos dos Investimentos Públicos e Privados in Sampaio, E. V. S. B. & Sampaio, Y. (Org) Ensaios Sobre Economia da Agricultura Irrigada, Fortaleza, BN, 2004 p: SEBRAE: Arranjos produtivos Locais. Disponibilidade em: < >. Acesso em 10/10/2004. VALEXPORT: GVV- Grupo do Vinho do Vale. Disponível em :< Acesso em 23/10/2004 VINHUVA FEST 2003: III Festa da Uva e do Vinho do Nordeste-Vale do São Francisco, Lagoa Grande-PE. 9 à 11 de Outubro. s/d (Folder) WINE Prices: Wine Prices. Disponivel em:< Acesso em 20/10/2004

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