DIÁLOGO E INTERAÇÃO Volume 9, n.1 (2015) - ISSN

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1 FINANÇAS COMPORTAMENTAIS: A PERCEPÇÃO DOS FUTUROS ECONOMISTAS, CONTADORES E ADMINISTRADORES BEHAVIORAL FINANCE : THE PERCEPTION OF THE FUTURE ECONOMISTS, ACCOUNTANTS AND BUSINESS ADMINISTRATOR Juliana Przepiorski 1 Silvio Roberto Stefano 2 Marcos Roberto Kühl 3 Eric Kutchukian 4 RESUMO: Este estudo teve como objetivo analisar o perfil e as percepções de risco dos estudantes de graduação no processo decisório. Para tal, utilizou-se de uma pesquisa de campo, com o modelo de Kaheneman e Tverski (1979), no que se refere aos efeitos certeza, isolamento e reflexo. Os resultados obtidos reforçam os achados de Rogers, Favato e Securato (2008) e Kahneman e Tversky (1979), ao se verificar que o gênero dos respondentes influencia na decisão. Os resultados também foram semelhantes aos resultados obtidos por Rogers, Favato e Securato (2008), e Kahneman e Tversky (1979). PALAVRAS-CHAVE: Finanças Comportamentais. Teoria dos Prospectos. Aversão ao Risco. ABSTRACT: This study aimed to analyze the profile and risk perceptions of undergraduate students in decision making. To this end, we used a field survey with the Kaheneman and Tverski (1979) models, with regard to certain effects, isolation and reflection. The results support the findings of Rogers, Favato and Securato (2008) and Kahneman and Tversky (1979), it is found that the gender of the respondents influences the decision. The results were similar to the results obtained by Rogers, Favato and Securato (2008) and Kahneman and Tversky (1979). KEY WORDS: Behavioral Finance. Prospect Theory. Risk Aversion. 1 INTRODUÇÃO As Finanças Comportamentais constituem um novo campo de estudos na área de gestão, que se contestam ao pressuposto de racionalidade dos tomadores de decisão adotado pelo Modelo Moderno de Finanças. Trata-se então de uma ruptura teórica em relação aos estudos em Finanças anteriores. Conceitos derivados da economia, finanças, e psicologia cognitiva oferecem subsídios às Finanças Comportamentais com o objetivo 1 Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas e Gestão Econômica e Financeira pela UNICENTRO. 2 Pós-Doutor em Administração pela Univali. Professor do PPGADM UNICENTRO. Dados para correspondência: Rua Padre Salvador, 875 Santa Cruz. Guarapuava PR. CEP professor-silvio@hotmail.com 3 Doutor em Administração pela UFPR. Professor do PPGADM UNICENTRO. 4 Mestre em Administração pela FGV/SP. Professor da UNICENTRO.

2 de construir um modelo mais detalhado do comportamento humano nos mercados financeiros, conforme os autores Silva et al. (2008). As finanças tradicionais e modernas procuram encontrar soluções racionais para problemas de decisão por meio de modelos de processo de tomada de decisão de investimento baseados na relação risco-retorno e nas preferências pessoais com respeito ao risco avaliando os ativos e fornecendo percepção dos riscos e retornos. De acordo com Assaf Neto (2012) para tomar uma decisão racional, selecionam-se ativos que apresentam a melhor relação risco-retorno para as suas preferências de risco, possibilitando clareza nas decisões e tornando as pessoas objetivas no trato das informações sem influencia de vieses tendenciosos. Para Oliveira, Silva e Silva (2005), as Finanças Comportamentais são um dos ramos mais polêmicos da área financeira, reforçado ainda pela atual turbulência do mercado financeiro internacional. De acordo com os autores Silva et al. (2008) as mudanças qualitativas no Modelo Moderno de Finanças proposto pelos estudiosos das Finanças Comportamentais são muito resumidas, uma vez que dizem respeito ao elemento mais importante do mercado financeiro: o investidor. Um dos pilares das Finanças Comportamentais é à aversão a perdas. Esta teoria, da diferença da utilidade no campo das perdas e dos ganhos, é chamada de Teoria do Prospecto, de Kahneman e Tversky (1979). Eles ganharam o prêmio Nobel de Economia de 2002 por este estudo. O modelo afirma que o investidor pondera tanto ganhos como as perdas, porém, não atribui a ambos o mesmo valor psicológico. Castro e Fama (2002) concluem que as pessoas em geral sentem mais a dor da perda de determinada quantia do que no prazer proporcionado pelo mesmo ganho. O presente trabalho justifica-se pelo fato de que as Finanças Comportamentais são um dos ramos mais recentes e relevantes na busca de melhor compreender as atuais turbulências no mercado financeiro internacional. Conhecer o perfil comportamental dos investidores torna-se cada vez mais indispensável em um segmento que tem passado por turbulências e sofre alterações constantemente. As informações quantitativas, durante muito tempo foram determinantes no processo decisório. Entretanto, em estudos recentes, admite-se a presença de elementos pessoais e racionais na tomada de decisão. A área financeira é marcada pela presença de duas correntes, a corrente neoclássica e a outra denominada comportamental. De acordo com Milanez (2003) o fundamento da teoria neoclássica está na racionalidade ilimitada do indivíduo em relação às suas escolhas, porém, em contraposição a ela surge a teoria comportamental, procurando demonstrar que a racionalidade das escolhas dos indivíduos é limitada e que a ocorrência de comportamentos não racionais conduz a resultados economicamente relevantes. Considerando que as decisões são tomadas por indivíduos racionais que possuem percepções diferentes em relação ao risco de investimento, e que se encontra em um ambiente rodeado de incertezas e complexidades, o problema de pesquisa que se pretende responder é: qual perfil e percepção de risco de graduandos de uma Universidade Pública no que se refere à alternativa de investimento? O estudo busca comprovar, ou refutar, a hipótese de que o comportamento e as percepções dos estudantes no processo decisório de investimento de curto e longo prazo por meio de relatórios contábeis ou administrativos. O objetivo geral desse artigo é analisar o perfil e a percepção de risco dos estudantes de graduação dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Economia no processo decisório de investimentos.

3 Este artigo está organizado em cinco seções incluindo esta introdução, a fundamentação teórica, a metodologia da pesquisa, a análise dos resultados obtidos e as considerações finais. 2 QUADRO TEÓRICO O surgimento das Finanças no século XX pode ser descrito cronologicamente da seguinte maneira: Finanças Antigas, Finanças Modernas e as Novas Finanças (HAUGEN, 2000). De acordo com Santos (2006) as Finanças Antigas preocupavam-se com o lado passivo do balanço e fatores legais da empresa, dando atenção especial a análise das demonstrações financeiras. Enquanto que as finanças modernas baseiam-se em conceitos de risco e retorno e partem do princípio do investidor racional e do mercado eficiente. O surgimento das novas finanças deu-se devido à dificuldade de se explicar as diversas anomalias ocasionadas de comportamentos empíricos não explicados pela teoria das Finanças Modernas (HAUGEN, 2000). 2.1 Finanças Modernas Segundo Castro e Fama (2002, p. 1): Teoria Moderna de Finanças é composta por três principais conceitos, a Teoria de Portfólio proposta por Markowitz (1952, 1959), a de Hipóteses de Eficiência de Mercado de Capitais (HEM) proposta pode Fama (1970) e o Modelo de Precificação de Ativos Financeiros (CAPM) desenvolvidos inicialmente por Sharpe (1963, 1964). Os três conceitos partem da premissa que o investidor é racional, avesso ao risco e que se utiliza da curva de utilidade para maximizar seu bem estar. Ou seja, o agente econômico é capaz de decidir com exatidão e racionalidade ilimitada, ignorando aspectos psicológicos do comportamento humano perante decisões de incerteza (THALER; MULLAINATHAN, 2000 apud SILVA et al., 2009) O homem é um ser perfeitamente racional, que no processo de tomada de decisão, é perfeitamente capaz de analisar todas as informações disponíveis e considerar todas as hipóteses para solução do problema (FAMA, 1970 apud SILVA et al., 2009, p. 385). Este modelo neoclássico esta baseado na racionalidade ilimitada. Recentemente, estudos questionam a racionalidade dos indivíduos em investimentos e apontam para um investidor de características psicológicas e com limitações. Na tentativa de aperfeiçoar o modelo Moderno de Finanças, levando-se em consideração as incertezas e complexidades de uma importante decisão, de forma que o investidor não consegue avaliar todas as variáveis envolvidas no processo (ARAUJO; SILVA, 2006 apud SILVA et al., 2009). De acordo com Castro e Fama (2002), nas duas últimas décadas a Teoria das Finanças Modernas vem dividindo espaço com o que Haugen (2000) chamou de as Novas Finanças ou Finanças Comportamentais, que tentam provar que às vezes os mercados financeiros não se comportam de forma eficiente, seja porque os tomadores de decisão não possuem a mesma percepção de risco ou por não usarem o mesmo modelo de precificação. O mesmo autor ainda afirma que recentemente a psicologia ganhou destaque nas finanças dando origem aos chamados Modelos Comportamentais.

4 2.2 Finanças Comportamentais As Finanças Comportamentais surgem em decorrência de críticas às Finanças Modernas e seus modelos de tomada de decisão. Para Shefrin (2000 apud KIMURA; BASSO; KRAUTER, 2006), as Finanças Comportamentais referem-se a uma área do conhecimento em crescimento, preocupando-se com o estudo da influência da psicologia no comportamento dos agentes do mercado financeiro. A Teoria Moderna de Finanças busca a maximização da utilidade esperada, enquanto que as Finanças Comportamentais estabelecem que, algumas variáveis econômicas não podem ser descritas pelas condições de equilíbrio da Teoria Moderna, considerando que os agentes financeiros tomam decisões muitas vezes incompatíveis com atitudes racionais (KIMURA; BASSO; KRAUTER, 2006). Neste sentido, as Finanças Comportamentais surgem como uma tentativa de aperfeiçoar o modelo Moderno de Finanças incorporando estudos sobre o comportamento e a irracionalidade do investidor. Castro e Fama (2002) afirmam que os investidores assumem posição não tão racional na tomada de decisão, contrariando os conceitos da moderna teoria onde os investidores são perfeitamente racionais. Considerando que as decisões financeiras podem ser influenciadas por processos mentais, os defensores das Finanças Comportamentais argumentam que atitudes não racionais dos agentes econômicos podem impactar, de maneira prolongada e consistente, o comportamento de variáveis financeiras (KIMURA, BASSO, KRAUTER, 2006). Para Savage (1964 apud WALTER; FREGA; SILVA, 2010, p. 173) em determinadas situações, as pessoas representam suas escolhas por meio de uma função de utilidade. Hebert Simon foi um dos primeiros a propor que a racionalidade limita-se por restrições internas (as mentais) e externas (o ambiente), sugerindo que o investidor utilize uma estratégia na tomada de decisão que maximize os ganhos e minimize as perdas. (WALTER; FREGA; SILVA, 2010). As Finanças Comportamentais têm por objetivo explicar porque os agentes econômicos cometem erros sistemáticos de avaliação de valores, riscos e probabilidades (ROGERS; RIBEIRO; SECURATO, 2007). Nesse sentindo, as Finanças Comportamentais evidenciam que o investidor nem sempre age racionalmente, muitas vezes propenso a ilusões cognitivas. Um dos principais pilares das Finanças Comportamentais é o conceito de aversão à perda, contrariando os paradigmas de que o investidor tende a arriscar quando está ganhando e é avesso ao risco quando está perdendo (BORSATO, 2009). Segundo Halfeld e Torre (2001), no início da década de 1990 o Modelo de Finanças Modernas começou a apresentar sinais de desgaste, decorrente de constatações de anomalias não englobadas nos modelos frequentes do mercado financeiro. Afirmam ainda que por meio deste cenário fortalecem-se, e podem se consolidar, alguns conceitos como aversão a perdas, autoconfiança excessiva, exageros quanto ao otimismo e ao pessimismo e a sobrereacão as novidades do mercado Aversão a perdas e autoconfiança excessiva Castro e Fama (2002, p. 29) concluem que as pessoas em geral sentem mais a dor da perda de determinada quantia do que o prazer proporcionado pelo mesmo

5 ganho. Segundo os autores, o estudo deste comportamento propicia melhor entendimento da aversão a realização de perdas. Segundo Rekenthaler (1998 apud HALFELD; TORRE, 2001) o principal conceito trabalhado pelas Finanças Comportamentais é a aversão à perda, que foi proposta pela primeira vez por Kahneman e Tverski (1979). Esse conceito baseia-se na comprovação de que as pessoas sentem muito mais a dor da perda do que o prazer obtido com um ganho equivalente. Contrário ao preceito dominante da teoria da utilidade esperada, em que o investidor avalia o risco de um investimento de acordo com a mudança que ele proporciona em seu nível de riqueza. Kahneman e Tversky (1979) sugerem ainda uma nova curva de risco-utilidade, que seria justamente a representação da maneira comportamental de se avaliar o risco de um investimento. Esta curva tem como principais características a descontinuidade na origem do sistema cartesiano como o ponto de referência na avaliação dos riscos de um investimento e o declínio da curva após esse ponto, representando que os investidores sentem mais a dor da perda do que o prazer do ganho (LIMA, 2003). Outra anomalia frequentemente estudada pelas Finanças Comportamentais é a autoconfiança excessiva dos investidores. De acordo com aos autores Rojo et al. (2012, p. 35) a consciência é influenciada pelo inconsciente que revela os desejos de cada um. Os autores ainda afirmam que o êxito em finanças pessoais não está em acumular recursos financeiros, mais sim na habilidade em planejar a disponibilidade deles, com o entendimento dos vieses comportamentais, pois mesmo com o conhecimento de técnicas de análises as decisões sofrem muita influência do comportamento no momento da tomada de decisão. (ROJO; SOUZA; HOSS, 2011, p. 16). Para Halfeld e Torre (2001, p. 42) a autoconfiança excessiva é uma característica de comportamento presente na grande maioria da população mundial. No que se refere aos investidores, o mesmo autor afirma que a maioria considera a sua habilidade de vencer o mercado como acima da média. Os investidores acreditam que suas informações são melhores e mais confiáveis que as dos outros. Em uma negociação de compra e venda as duas partes envolvidas possuem informações diferentes, provavelmente contraditórias e, confiando nelas, assumem posições contrárias em que ambos não estão inteiramente com a razão (HALFELD ; TORRES, 2001) Exageros quanto ao otimismo e ao pessimismo e a sobrereacão as atividades do mercado De acordo com Shiller (2000 apud ROGERS; RIBEIRO; SECURATO, 2007), estudos evidenciam que os indivíduos tendem a dar maiores crédito ao futuro promissor do que ao futuro incerto, e que o aparecimento de novos fundamentos que dão origem ao otimismo exagerado tendem a criam e reforçar o movimento eufórico de qualquer episódio especulativo. Nos mercados financeiros, isto ocorre no momento em que os investidores buscam ações quentes para comprar e evitam as ações que apresentaram um desempenho negativo em um passado recente. Esse comportamento poderia possibilitar uma explicação para os exageros quanto ao otimismo e ao pessimismo, um efeito que foi sugerido por De Bondt e Thaler (1985 apud LIMA, 2003).

6 Outro aspecto na autoconfiança excessiva faz com que os investidores acreditem que suas informações são melhores e mais confiáveis que as dos concorrentes que atuam no mesmo mercado. Na maioria das vezes, durante uma negociação, as partes envolvidas possuem informações diferentes, possivelmente contraditórias (LIMA, 2003). O mesmo autor ainda afirma que os agentes participantes de uma negociação, deveriam refletir mais e apenas tomar decisões quando estivessem certos da confiabilidade das informações que receberam, porém a confiança exagerada em suas habilidades e informações fazem com que tenham uma tendência a realizar um volume de negócios excessivos, arriscando mais do que o previsto. O preço de um papel negociado no mercado é ajustado de acordo com o que o próprio mercado determina ser justo que deve ser pago por ele. Sendo esse papel um investimento, o método de avaliação fundamentalista é justamente o quanto ele vai render ao investidor, ou seja, o valor dos dividendos a serem pagos no final do período de exercício (HAUGEN, 1999 apud HALFELD; TORRES, 2001). Para Cioffi, Fama e Coelho (2008) o efeito de sobrereacão se trata da reação exagerada às boas e más noticias nos mercados acionários. Os investidores não são totalmente racionais no processo decisório, dando mais importância às informações recentes. Neste sentido, as variações do mercado seriam completamente imprevisíveis, não seguindo qualquer padrão identificável. Como consequência disso, as variações de preços do passado não poderia ser usada para se tentar prever as variações de preço no futuro, e a tentativa de vencer o mercado não passaria de um jogo de sorte, em vez de um jogo de habilidade (HALFELD; TORRES, 2001). Para Daniel, Hirshleifer, e Subrahmanyam (1998 apud JORGENSEN, 2004, p.13): Fornecer um modelo alternativo baseado na confiança excessiva em sinais particulares mais tendenciosos auto-atribuição. Excesso de confiança implica reação inicial de preços a informações privadas, enquanto tendenciosa autoatribuição implica que a nova informação pública apoiando informações privadas do investidor leva a ainda mais o excesso de confiança. Isto, em média, leva a mais exagero. O modelo explica, assim, o impulso de médio prazo bem como reversões de longo prazo. Durante o processo de tomada de decisão, os investidores são levados a preferências incoerentes quando a mesma escolha apresenta-se de forma distinta (MINETO 2005; ROGERS, et al. 2007). 3 METODOLOGIA Quanto ao objetivo a pesquisa caracteriza-se como: pesquisa descritiva; quanto ao processo de pesquisa: quantitativo; quanto ao resultado da pesquisa: caracteriza-se aplicada. No que se refere à lógica, trata-se de uma pesquisa indutiva. É uma pesquisa de natureza descritiva, pois segundo Vergara (2004, p. 47) a pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Os meios de investigação caracterizam-se como uma pesquisa de campo. Vergara (2004) aponta a pesquisa de campo, como sendo uma investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-los. Para alcançar os objetivos estabelecidos no trabalho, a realizou-se uma

7 pesquisa de campo no segundo semestre de 2013, na segunda quinzena do mês de outubro, composto nas seguintes etapas: elaboração de instrumento de pesquisa, escolha da população, coleta de dados e análise das respostas. Quanto ao desenvolvimento da pesquisa deu-se primeiramente pelo levantamento da quantidade de discentes do curso de Administração, Ciências Contábeis e Economia de uma Universidade Pública. Como os alunos foram convidados a responder ao questionário de forma voluntária, a amostra é considerada não probabilística. O instrumento de pesquisa foi composto por 28 questões em três partes, a primeira parte do questionário possuía uma mensagem de apresentação, com informações sobre a pesquisa e o caráter confidencial das respostas, agradecimentos à colaboração do respondente e orientações para resposta. A segunda parte do questionário refere-se ao perfil do aluno respondente. A terceira seção e composta por 13 problemas de situações de ganhos e perdas com a opção de escolha entre a alternativa A ou B, replicando o trabalho de Kahneman e Tverski (1979), empregando a mesma metodologia desses, na qual os respondentes deveriam tomar decisões em alternativas hipotéticas de certeza ou incerteza. Foram eliminadas as questões de nº 10, 13, 14 e 16 por erro nas respostas. As questões da segunda parte do questionário permitiram traçar o perfil dos respondentes e as questões da terceira parte do questionário apresentam duas alternativas de resposta (A e B), na qual uma refere-se à situação de ganho e a outra de perda respectivamente. A análise dos questionários deu-se de duas maneiras distintas: por curso dos discentes; por gênero dos discentes. Os instrumentos de pesquisa foram distribuídos aos discentes durante o horário de aula e recolhidos uma hora mais tarde, permitindo tempo hábil para a resolução do mesmo, voluntariamente. Os questionários aplicados permitem evidenciar três efeitos: a) O efeito certeza, presente nas questões nº 16 a 23, as quais enfatizam a probabilidade de ganhos em diferentes proporções; b) O efeito reflexo, presente nas questões nº 24 a 27, as quais se referem à probabilidade de perdas em diferentes proporções; c) O efeito isolamento, presente na questão nº 28 com alternativa de tomada de decisão em diferentes estágios. Os resultados da pesquisa são limitados aos discentes do quarto ano dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Economia do período noturno e seus resultados não devem ser generalizados, contudo parte-se da pressuposição que as respostas refletem situações reais. 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS Nesta seção apresentam-se as caracterizações do perfil dos respondentes pesquisados. Em seguida mostram-se as analises do diagnostico de comportamento dos respondentes em relação a aversão as perdas. 4.1 Caracterizações do Perfil dos respondentes São apresentados os resultados referentes à caracterização do perfil de seus respondentes, no que se refere ao curso, gênero, a faixa etária, renda e estado civil. A

8 amostra foi composta por 35 respondentes, sendo 08 discentes formandos do curso de Economia, correspondente a 23 % da amostra, 10 discentes do curso de Administração, o que corresponde a 29%, e 17 discente do curso de Ciências Contábeis, correspondendo aos 49% restantes. Na Tabela 1, verifica-se o gênero em relação ao curso pesquisado, faixa etária em relação ao curso, renda e estado civil dos respondentes. A maior parte dos respondentes em ambos os cursos refere-se ao sexo masculino, sendo 24 homens, o que corresponde a 69%, contra 11 mulheres que corresponde a 31% dos respondentes. Quanto a faixa etária, 63% dos respondentes possuem idade de até 25 anos, 20% idade entre 26 a 30 anos e 17% acima de 31 anos. No que se refere à renda individual, 50% dos respondentes do curso de Economia possuem renda individual entre R$ 1.090,00 e R$ 1.635,00, 35% dos discentes de Ciências Contábeis possuem renda individual entre R$ 1.635,01 a R$ 2.180,00 e 30% dos respondentes do curso de Administração possuem a renda individual acima de R$ 2.180,01, o que demonstra o poder de compra da maioria dos respondentes, mesmo que um pouco limitado em decorrência de serem jovens e estarem ingressando no mercado de trabalho. Em relação a questão referente ao estado civil dos respondentes, 66% são solteiro, 31% são casados e 3% outras não especificadas a forma da relação. TABELA 1 - Perfil dos respondentes Sexo/Curso Administração % Contábeis % Economia % Total % Masculino 07 70% 11 65% 06 75% 24 69% Feminino 03 30% 06 35% 02 25% 11 31% Total % % % % Faixa etária Administração % Contábeis % Economia % Total % Até 20 anos 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% De 21 a 25 anos 07 70% 10 59% 05 63% 22 63% De 26 a 30 anos 02 20% 04 24% 01 13% 07 20% Acima de 31 anos 01 10% 03 18% 02 25% 06 17% Total % % % % Renda individual Administração % Contábeis % Economia % Total % Até R$ % 04 24% 01 13% 07 20% De R$ 1.090,01 a R$ 1.635,00 De R$ 1.635,01 a R$ 2.180, % 03 18% 04 50% 09 26% 02 20% 06 35% 01 13% 09 26% Acima de R$ 2.180, % 03 18% 01 13% 07 20% Não tem renda 01 10% 01 6% 01 13% 03 9% Total % % % Estado civil Administração % Contábeis % Economia % Total % Solteiro 08 80% 10 59% 05 63% 23 66% Casado 01 10% 07 41% 03 38% 11 31% Viúvo 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% Outros 01 10% 0 0% 0 0% 01 3%

9 Total % % % % Fonte: Elaborado pelos autores. A questão nº 6 (como você avalia seus conhecimentos financeiros?), demonstra que: 63% dos respondentes avaliam possuir um bom conhecimento financeiro, dos quais 55% pertencem ao curso de Ciências Contábeis; 17% avaliaram ter conhecimento financeiro regular, destes 67% do curso de Ciências Contábeis; 14 % consideram seu conhecimento como ótimo, 40% destes correspondem ao curso de Economia e 40% ao curso de Administração; e apenas 6% dos respondentes admite possuir pouco conhecimento financeiro. Na questão nº 7 (qual o percentual de seu salário individual mensal você investe?), observa-se que: 31% dos discentes não possuem investimentos, destes 55% são do curso de Ciências Contábeis; 26% investem entre 1% a 10% do seu salário, distribuídos igualmente entre os três cursos; apenas 9% dos discentes investem acima 30% de seu salário, sendo que destes 2/3 pertencem ao curso de Ciências Contábeis e 1/3 refere-se ao curso de Economia. Uma das possíveis justificativas para o baixo volume de discentes que investem parte de seus recursos, e no percentual reduzido de investimento daqueles que investem, pode ser os baixos salários recebidos, como pode ser observado na Tabela 1, tendo em vista a necessidade de recursos para a própria subsistência. Para a questão de nº 8 (quais tipos de investimentos financeiros do mercado o respondente aplica?), observou-se apenas a tradicional caderneta de poupança foi mencionada. Ações, títulos públicos e títulos bancários CDB/RDB não foram mencionadas pelos respondentes. Este resultado pode indicar que mesmo conhecendo um pouco sobre o mercado financeiro durante a graduação, os discentes dos cursos não se sentem confortáveis para diversificar seus investimentos. Isto também pode estar associado a característica conservadora dos discentes, principalmente dos discentes do Curso de Ciências Contábeis, que historicamente possuem um perfil profissional conservador. Quando perguntado ao respondente se ele se considera preparado para investir no mercado financeiro (Questão nº 9), pode-se observar que: 63% dos respondentes não se consideram preparado para investir no mercado financeiro, destes 55% pertencem ao curso de Ciências Contábeis, 36% de Administração e 9% de Economia; 29% afirmam estar parcialmente preparados para investir no mercado financeiro correspondem, dos quais 40% são dos cursos de Ciências Contábeis, 40% de Economia e 20% do curso de Administração. Deste modo, percebe-se que os discentes se consideram não estar preparados para investir no mercado financeiro. Ressalva-se que os discentes possuem disciplinas ao longo da graduação que lhes permitem compreender o mercado financeiro. Na questão de nº 11 (Em uma carteira hipotética de aplicações, como utilizaria o ganho desses investimentos?), verifica-se que: 14% dos discentes investiriam integralmente os ganhos do investimento; 66% investiriam parcialmente os ganhos destes investimentos, destes respondentes 43% pertencem ao curso de Ciências Contábeis, 35% ao curso de Economia e 22% ao curso de Administração; 20% dos discentes gastariam com a aquisição de bens ou serviços. Este resultado pode estar indicando que a maioria dos discentes não pensa somente em gastar o que ganham, mas que também prezam pelo futuro e investiriam parcialmente uma parte de seus ganhos.

10 A questão nº 12 apresenta três alternativas de investimento no valor de R$ 10,00. A alternativa da mega sena acumulada foi à opção de escolha de 63% dos discentes, dentre estes 50% são do curso de Ciências Contábeis, 27% Economia e 23% Administração. Outros 23% preferem aplicar os R$ 10,00 no jogo de cara ou coroa, e os restantes 12% preferem aplicar em raspadinhas. Percebe-se assim que, grande parte dos discentes age pela emoção, pois a Mega Sena acumulada e a raspadinhas são as aplicações com menor probabilidade de ganho. Apenas 23% agiram com racionalidade aplicando na aposta Cara ou Coroa, onde as chances são de meio a meio. 4.2 Diagnósticos de comportamento de aversão a perdas Inicialmente os respondentes foram classificados por curso (Administração, Ciências Contábeis e Economia), em seguida por gênero (masculino e feminino). Os resultados das análises são apresentados de forma comparativa entre os discentes formandos dos cursos a fim de identificar diferenças nas percepções. Cada questão é composta por duas alternativas de respostas, alternativa A ou B. A escolha pela alternativa A está relacionada ao cenário de maior risco e a alternativa B de menor risco. Analisaram-se a questão que apresentou diferença significativa com nível de significância inferior a 5%. Na Tabela 2, visualizam-se os resultados obtidos com as análises de percepção dos discentes por curso. Ao se analisar os resultados não pode ser verificado semelhança na propensão ao risco nos discentes dos três cursos da área de Ciências Sociais Aplicadas pesquisados. Os resultados encontrados com a pesquisa estão em acordo com os resultados encontrados pelos autores Rogers, Favato e Securato (2008 p. 13), que afirmam que o comportamento dos estudantes não se diferencia em função do grau de instrução financeira, evidenciando os limites ao aprendizado, como sustentam os teóricos das Finanças Comportamentais. Contudo, esta afirmação não é valida para a questão nº 17, entre os discentes do curso de Economia, e a questão nº 22 dos discentes do curso de Administração, que apresentaram diferenças significativas nos seus resultados. Ambas as questões indicam que os agentes econômicos têm capacidade de decidir com exatidão e racionalidade ilimitada, conforme a tese das Finanças Modernas. A questão nº 17 trata de um problema de escolha entre as preferências por prospectos que dependem não somente da utilidade atribuída aos resultados em si, mas também do nível de certeza do resultado. A questão nº 22 refere-se a uma situação em que os valores monetários e as probabilidades em jogo são semelhantes, entretanto, as questões apresentam cenários opostos de ganhos e perdas, seu objetivo também é ponderar o comportamento de aversão ou propensão ao risco em cenários distintos. TABELA 2 - Médias por curso Questão Média Administração Ciências Contábeis Economia Média geral 13 1,50 1,41 1,63 1, ,40 1,53 1,25 1, ,80 1,59 1,50 1, ,90 1,53 1,88 1, ,67 1,88 1, ,80 1,71 1,63 1,71

11 19 1,50 1,47 1,88 1, ,70 1,71 1,63 1, ,50 1,53 1,63 1, ,65 1,88 1, ,40 1,53 1,13 1, ,50 1,24 1,13 1, ,50 1,41 1,38 1, ,40 1,35 1,38 1, ,50 1,41 1,50 1, ,90 1,76 1,75 1,80 Fonte: Elaborado pelos autores. A seguir procurou-se identificar se as respostas poderiam apresenta diferença em função do gênero do respondente. Na Tabela 3 é possível visualizar os resultados. É comum considerar que o comportamento de homens e das mulheres nem sempre é semelhante quando se trata de avaliar as perdas ou a exposição aos riscos, e os resultados indicam que efetivamente existem diferenças significativas de percepção em uma das questões. TABELA 3 - Médias por gênero Q Média Masculino Feminino Média Geral 13 1,38 1,73 1, ,42 1,45 1, ,58 1,73 1, ,63 1,91 1, ,92 1,91 1, ,71 1,73 1, ,58 1,55 1, ,71 1,64 1, ,46 1,73 1, ,79 1,82 1, ,38 1,45 1, ,27 1,29 1, ,38 1,55 1, ,38 1,36 1, ,33 1,73 1, ,75 1,91 1,80 Fonte: Elaborado pelos autores. Considerando apenas as médias, observa-se que as mulheres são mais propensas ao risco, como apontado por Silva et al. (2009. Entretanto, o resultado não é conclusivo pois nenhuma técnica estatística foram utilizadas para confirmar as diferenças. A Tabela 4 apresenta os resultados das análises do efeito reflexo. TABELA 4 Efeito Reflexo Administração Contábeis Economia A B Total A B Total A B Total Masculino

12 Feminino 71% 29% 100% 64% 36% 100% 67% 33% 100% 100% 40% 70% 70% 57% 65% 100% 50% 75% % 100% 100% 50% 50% 100% 0% 100% 100% 0% 60% 30% 30% 43% 35% 0% 50% 25% Total Fonte: Elaborado pelos autores. Por fim, compararam-se simultaneamente os resultados encontrados na pesquisa atual, com os resultados encontrados por Rogers, Favato e Securato (2008) e Kahneman e Tverski (1979), observou-se algumas divergências em determinadas questões. De acordo com Baldo (2007) e Mineto (2005), no efeito certeza as pessoas tendem a darem um maior peso aos eventos com alta probabilidade de acontecer. Tal efeito esta presente entre as questões nº 16 a nº 23, entretanto ela não está evidenciada de forma igual em cada questão. Nas assertivas, nº 16, nº 17, nº 18, nº 20 e nº 22, os resultados evidenciam que maior parte dos respondentes prefere alternativa B, a qual representa maior probabilidade de ganho confirmando assim o efeito certeza. As questões nº 19 e nº 21, os resultados encontrados não convergiam em torno de uma única escolha, semelhantes aos resultados encontrados com as demais pesquisas realizadas. Com exceção dos discentes do curso de Economia que optaram pela alternativa B confirmando o efeito certeza. As questões nº 24, nº 25, nº 26 e nº 27 representam cenários de perdas, confrontado os resultados evidenciam-se o efeito reflexo. Estas são diretamente opostas às questões nº 18, nº 19, nº 20 e nº 21 que possuem cenários de ganhos. Nas questões nº 18 e nº 24, nº 20 e nº 26 e nº 23 e nº 27, apresentam valores iguais, em cenários opostos de ganhos e perdas, respectivamente. O efeito reflexo é observado nas questões na medida em que a maioria dos respondentes demonstra serem conservadores optando pela alternativa B em cenários de ganhos, enquanto que os mesmos no cenário de perda preferem a alternativa A, sendo mais arriscados. Nas questões nº 19 e nº 25 não foi possível identificar o efeito Reflexo à medida que em cenários de ganhos optarem pela alternativa B e em cenários de riscos os mesmos optaram pela Alternativa A. A questão de nº 28 esta relacionada ao efeito isolamento. Nesta questão os resultados obtidos demonstram que o indivíduo tende a ignorar a informação comum e valorizar o ganho certo do prospecto B. Este resultado também é evidenciado pelos autores Kahneman e Tversky (1979) e Cruz, Kimura e Krauter (2003) que afirmam que as evidências mostram indícios dos indivíduos, no processo de tomada de decisão de privilegiar alterações na riqueza ao invés de valores totais de riqueza, ao serem deparados com escolhas alternativas. TABELA 5: Frequência dos prospectos na pesquisa e comparação com outras pesquisas Rogers, Questão Alternativa Administração GERAL Securato TOTAL Favato e Contábeis Economia (2008) 16 Kahneman e Tverski (1979) Alternativa A 10% 47% 13% 29% 25% 18% Alternativa B 90% 53% 88% 71% 75% 82%

13 Alternativa A 10% 12% 0% 9% 81% 83% Alternativa B 90% 88% 100% 91% 19% 17% Alternativa A 20% 29% 37% 29% 25% 20% Alternativa B 80% 71% 63% 71% 75% 80% Alternativa A 50% 53% 12% 43% 57% 65% Alternativa B 50% 47% 88% 57% 43% 35% Alternativa A 30% 29% 37% 31% 25% 22% Alternativa B 70% 71% 63% 69% 75% 78% Alternativa A 50% 47% 37% 46% 46% 67% Alternativa B 50% 53% 63% 54% 54% 33% Alternativa A 0% 35% 12% 20% 19% 14% Alternativa B 100% 65% 88% 80% 81% 86% Alternativa A 60% 47% 88% 60% 54% 73% Alternativa B 40% 53% 12% 40% 46% 27% Alternativa A 50% 26% 88% 71% 75% 92% Alternativa B 50% 74% 12% 29% 25% 8% Alternativa A 50% 59% 63% 57% 52% 42% Alternativa B 50% 41% 37% 43% 48% 58% Alternativa A 60% 65% 63% 63% 76% 92% Alternativa B 40% 35% 37% 37% 24% 8% Alternativa A 50% 59% 50% 54% 55% 30% Alternativa B 50% 41% 50% 46% 45% 70% Alternativa A 10% 24% 25% 20% 41% 16% Alternativa B 90% 76% 75% 80% 69% 84% Fonte: Elaborado pelos autores. A seguir apresenta-se as considerações finais do estudo, com as limitações e apontamentos para outros estudos. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação financeira no Brasil parece não se tão valorizada, tendo em vista as constantes notícias nos meios de comunicação referente ao endividamento dos brasileiros, principalmente os mais jovens e, consequentemente, indicando que boa parte da população não busca, ou não consegue, economizar para investir. Todavia, os acadêmicos das áreas de Administração, Economia e Ciências Contábeis tem em sua formação acadêmica disciplinas direcionadas para as questões financeiras e, por isso, deveriam ter melhor entendimento do funcionamento do mercado financeiro no que tange a investimentos. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o perfil e as percepções de risco dos estudantes de graduação dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Economia no processo decisório de investimentos. Diante da necessidade de conhecer cada vez mais o comportamento dos indivíduos que atuam no mercado financeiro com percepções diferentes, buscou-se investigar, neste trabalho, por meio da replicação e comparação com o estudo realizado por Kahneman e Tversky (1979), na qual foi possível identificar que os indivíduos utilizam de diversos fatores que compõe o uso de vieses cognitivos e emocionais nas tomadas de decisões. Estes argumentos juntos formam a Teoria dos Prospectos (efeito

14 certeza, efeito reflexo e efeito isolamento). Há evidências de que os agentes são limitados e cometem erros não aleatórios e sistemáticos, como conjectura a Hipótese dos Mercados Eficientes, tomando decisão sempre de forma racional. No efeito certeza, as pessoas consideram questões que possuem uma probabilidade mais certa de acontecer, enquanto que no efeito reflexo as pessoas são mais arredias e assumem riscos para fugir das perdas certas e são conservadores em situações de ganho, visando ganhos certos e, por último, o efeito isolamento que se refere à simplificação do processo decisório, e a maneira como o agente recebe e percebe a informação para a tomada de decisão. Com base na análise de dados, observou-se que não houve interferência da evolução racional no processo decisório, tal qual verificado por Rogers, Favato e Securato (2008), uma vez que o curso do aluno não alterou seu modo de perceber o risco e sua intensidade de aversão às perdas, o que está ligada diretamente a heurística de limite de aprendizado. Observou-se também que os resultados obtidos estão alinhados com os achados de Rogers, Favato e Securato (2008) e Kahneman e Tversky (1979), ao se verificar que o gênero dos respondentes influencia na decisão, pois as mulheres possuem uma aversão menos acentuada ao risco que os homens. No entanto, não foram identificadas evidencias estatísticas que confirmem efetivamente esta situação. Por fim, compararam-se simultaneamente os resultados obtidos nesta pesquisa com os achados de Rogers, Favato e Securato (2008) e Kahneman e Tversky (1979), conforme Tabela 5, observou-se que apresentam resultados bastante próximos, exceto por algumas divergências em determinadas questões. As Finanças Comportamentais se desenvolvem em busca de explicar o processo de tomada de decisão que a Hipótese de Mercado Eficiente não atende, considerando as ineficiências acumuladas de poder explicativo desta hipótese e suas previsões. Com isso pode-se afirmar que as Finanças Comportamentais são uma área de estudos importantes devido ao tempo não são influenciados por vieses culturais e racionais, tornando uma área de estudo em desenvolvimento constante. Uma das maiores limitações do estudo ocorreu devido à quantidade de discentes pesquisados e nas opções duais de respostas. Por se tratar de respostas com apenas duas opções e de turmas de formandos da quarta série, com número de acadêmicos formando reduzido, impossibilitaram alguns testes que poderiam ser aplicados aos resultados das pesquisas. Para estudos futuros sugere-se pesquisa entre discentes de um curso diurno e noturno, comparando com discentes de especialização para tentar descobrir em qual período aos discentes são mais propensos a assumir riscos quanto à tomada de decisão. O mesmo instrumento de pesquisa poderia ser aplicado entre os acadêmicos de um curso específico tanto em universidades públicas como em particulares para identificar se o currículo de ensino pode interferir no perfil e no processo de tomada de decisão. REFERÊNCIAS ASSAF NETO, A. Finanças Corporativa e Valor. 6 ed. São Paulo: Atlas, BORSATO, J.M.L.S. Finanças Comportamentais: um estudo descritivo dos vieses ancoragem e falácia da conjunção. Mestrado em Administração, Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Federal de Uberlândia

15 CASTRO JR, F.H.F.; FAMA, R. As novas finanças e a teoria comportamental no contexto da tomada de decisão sobre investimentos. Caderno de Pesquisa em Administração, São Paulo, v. 09, n. 02, p , CIOFFI, P.L.M.; FAMA, R.; COELHO, P.A.R. Contexto das Finanças Comportamentais: Anomalias e Eficiência do Mercado de Capitais Brasileiro. Revista de Gestão USP, São Paulo, v. 15, n. 2, p , abril/junho FAMA, E. F. Efficient Capital Markets: A Review of Theory and Empirical Work. The Journal of Finance. v. 25, n. 2, p , FAMA, E. Random walks in stock market price. Financial Analysts Journal. v. 51, n. 1, p , HALFELD, M.; TORRES, F.F.L. Finanças Comportamentais: aplicações no contexto brasileiro. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 41, n. 02, p-64-71, HAUGEN, R.A. Os segredos da bolsa: como prever resultados e lucrar com ações. Pearson Educação, JORGENSEN, A.V. Perspectives on Behavioral Finance: Does "Irrationality" Disappear with Wealth? Evidence from Expectations and Actions. National Bureau of Economic Research. The MIT Press, v Disponível em: KAHNEMAN, D.; TVERSKI, A. Prospect theory; an analysis of decision under risk. Econometrica, v. 47, n. 2, p , KIMURA. H.; BASSO, L.F.C.; KRAUTER, E. Paradoxos em Finanças: Teoria Moderna Versus Finanças Comportamentais. Revista de Administração de Empresas - Fórum, São Paulo, v. 46, n 01, p , LIMA, M.V. Um estudo sobre finanças comportamentais. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 02 e n. 1, Disponível em: WC&Volume=2&Numero=1&Ano=2003 MARKOWITZ, H. M. Portfolio selection. Jornal of finance. v. 7, p , MILANEZ, D.Y. Finanças comportamentais no Brasil, TESE. Disponível em: MINETO, C.A.L. Percepção ao risco e efeito disposição: uma analise experimental da teoria dos prospectos f. TESE (Doutorado em Engenharia da Produção)- Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC, Florianópolis, OLIVEIRA, E.; SILVA, S.M.; SILVA, W.V. Finanças comportamentais: um estudo sobre o perfil comportamental do investidor e do propenso investidor Anais... Disponível em: ROGERS, P.; FAVATO, V.; SECURATO, J.R. Efeito Educação Financeira no Processo de Tomada de Decisões em Investimentos: Um Estudo a Luz das Finanças Comportamentais. In: Anais do II do ANPCONT, Disponível em:

16 ROGERS, P.; RIBEIRO, K.C.S.; SECURATO, J.R. Finanças comportamentais no Brasil: um estudo comparativo. Revista de Economia e Administração, v. 06, n. 01, p , ROJO, C.; SOUSA, A.; HOSS, O. Análise de Investimentos em Ações: Considerações Sobre o Mercado Eficiente, a Análise Fundamentalista das Finanças Comportamentais. Revista CAP, v. 5, n. 5, ROJO, C. et al. Finanças Pessoais: O ouro do conhecimento de todos os tempos. Editora DRHS 2012 SANTOS, M.C. Utilizando as finanças Comportamentais para promover o desenvolvimento econômico: criação e aplicação de um novo axioma comportamental. 2006, 80 p. Dissertação (Mestrado em Economia), PUC/RS. Porto Alegre, SHARPE, W.F. Capital asset prices: a theory of mark et equilibrium under conditions of risk. Journal of Finance. v. XIX, n. 3, SILVA, W.V.; DEL CORSO, J.M.; SILVA, S.M. da; OLIVEIRA, E. de. Finanças Comportamentais: análise do perfil comportamental do investidor e do propenso investidor. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, v. 7, n. 2, p. 1-14, SILVA, R.F.M da, et al. Finanças Comportamentais: um estudo comparativo utilizando a teoria dos prospectos com alunos de graduação do curso de ciências contábeis. Revista Brasileira de Gestao de Negócios, São Paulo, v.11, n. 33, p , VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 5ª. ed. São Paulo: Atlas, 2004 WALTER, S.A., FREGA, J.R., SILVA, W.V. Análise do comportamento e da percepção do investidor em relação ao risco sob a ótica da teoria de finanças comportamentais. Revista de Administração, São Paulo, v. 45, n. 2, p , Artigo recebido em: Avaliado em: Aceito para publicação em:

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