ATA DE REUNIÃO DO COMITÊ DE INVESTIMENTOS - COMIN COMIN - Nº 19/2016

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1 ATA DE REUNIÃO DO COMITÊ DE INVESTIMENTOS - COMIN COMIN - Nº 19/2016 Data: 04/10/2016 Participantes Efetivos: Wagner de Jesus Soares Presidente, Mariana Machado de Azevedo Economista, Rosangela Pereira de Lima Diretora de Contabilidade, Débora Ribeiro Duarte Arditti Diretora do Departamento de Pessoal, Ermínia Olga Rocha de Miranda Secretária e Roberto Franco Pereira Tesoureiro. Às dez horas do dia quatro de outubro de dois mil e dezesseis, atendendo a convocação, reuniram-se os participantes supramencionados, devidamente qualificados, passando-se a ser objeto de análise pelos presentes: 1) Fundo de Investimentos Piatã Dando início aos trabalhos, a economista, Sra. Mariana Azevedo informa que no dia 15 de setembro de 2016, o IPMDC recebeu da Gestora do Fundo, Incentivo Investimentos, um contendo o Edital de Convocação para uma Assembleia Geral Extraordinária de Cotistas no dia 06 de outubro de Segundo a gestora, a Administradora do Fundo, Gradual Investimentos, se recusou a convocar a Assembleia Geral Extraordinária de Cotistas nos prazos convencionais conforme havia sido anteriormente solicitado pela Gestora por meio de notificação datada de 11 de julho de

2 Continuando, a economista explica que segundo o comunicado enviado na última sexta-feira, dia 30 de setembro de 2016, pela Administradora do Fundo Piatã, Gradual Investimentos, não ocorrerá a Assembleia Geral de Cotistas, no dia 06 de outubro de 2016, a qual não será atendida em razão de conflito de agenda da Administradora. Ainda com a palavra, a economista destaca que segundo o comunicado da Administradora, o Gestor tem entrado em contato com os cotistas, na tentativa de induzi-los ao erro e fazê-los comparecer à Assembleia nula de pleno direito e sem qualquer validade, uma vez que a convocação de Assembleia Geral de Cotistas é de competência indelegável da Administradora. Em tempo, informa que a solicitação abre prazo de convocação de 30 (trinta) dias, para que a convocação seja realizada pela Administradora. Ou seja, a Administradora realizará a convocação da Assembleia Geral de Cotistas, abordando os temas levantados pelo Gestor, dentro do prazo regulatório que lhe é de direito, portanto, até o dia 15 de outubro de Pedindo a palavra, o tesoureiro, Sr. Roberto Franco, informa que o Instituto aguardará a decisão final do gestor e do administrador, e que caso ocorra a Assembleia, o IPMDC será representado por meio de procuração pela empresa de consultoria financeira Crédito e Mercado. 2) Pesquisa Focus Segundo a Pesquisa Focus, as instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) reduziram, pela terceira vez seguida, a projeção de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, de 7,25% para 7,23%. Para 2017, a projeção foi mantida em 5,07%. Essas estimativas são da pesquisa Focus, elaborada pelo BC com base em 2

3 projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia. Mesmo com as reduções, a estimativa para a inflação em 2016 estoura o teto da meta, que é 6,5%. Para 2017, a projeção não supera o teto da meta (6%), mas ultrapassa o centro, que é 4,5%. O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Por outro lado, quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação. Economistas consultados na pesquisa Focus passaram a ver um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros na próxima reunião do Banco Central, mas não alteraram a perspectiva para o final do ano. O levantamento divulgado pelo BC nesta segunda-feira passou a mostrar expectativa de corte na Selic, atualmente em 14,25 por cento, na reunião dos dias 18 e 19 de outubro do Comitê de Política Monetária (Copom) depois de quatro semanas projetando manutenção. Mas a projeção para a taxa no final do ano permaneceu em 13,75 por cento, portanto os economistas passaram a ver dois cortes de 0,25 ponto, em vez de 3

4 apenas uma redução de 0,50 ponto na reunião de novembro. Para o final de 2017, a expectativa para a Selic continua sendo de 11 por cento. A mudança veio na esteira da divulgação, na semana passada, do Relatório Trimestral de Inflação, documento que era altamente aguardado para que o mercado calibrasse suas apostas em relação à política monetária. Os economistas que mais acertam as previsões, grupo chamado de Top-5, também alteraram a expectativa para a reunião deste mês de manutenção para corte de 0,25 ponto, mantendo as projeções para a taxa básica ao fim de 2016 em 13,75 por cento e em 2017 em 11,25 por cento. No relatório, o BC passou a ver a inflação abaixo do centro da meta tanto em 2017 quanto em 2018, apontando progressos em relação à alta dos preços de alimentos e reforçando no mercado as apostas de corte de juros já na próxima reunião. A expectativa dos economistas é de que o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), encerre o ano de 2016 em 7,94% previsão 0,06% inferior àquela divulgada na semana anterior (8,00%). Para 2017, a previsão dos analistas consultados pelo BC para o IGP-DI é de crescimento de 5,50% projeção semelhante àquela divulgada no relatório anterior (5,50%). Para o acumulado de 2016, a expectativa dos analistas é de que o Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), também divulgado pela FGV, cresça 8,01%. No relatório anterior, os especialistas consultados pelo BC estimavam um crescimento de 8,17% ao longo deste ano. 4

5 Para 2017, as instituições financeiras consultadas pelo BC estimam que o IGP- M crescerá 5,50%. Essa taxa é 0,03% inferior à projetada no último relatório (5,53%). Já o Índice de Preços ao Consumidor aferido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) encerrará 2016 em 7,07%, segundo os analistas financeiros consultados pelo BC para elaboração do Boletim Focus. Essa previsão é 0,14% inferior àquela divulgada na última semana (7,21%). Com relação a 2017, o Boletim Focus aponta para um crescimento de 5,12% do IPC-Fipe taxa percentual 0,20% maior que aquela divulgada na última semana (4,92%). Com relação aos preços administrados pelo Governo Federal, ou seja, aqueles relacionados a insumos e serviços essenciais, os analistas consultados pelo BC estimam uma taxa de crescimento de 6,20% para 2016 taxa de crescimento semelhante àquela projetada no último relatório (6,30%). Para 2017, o Boletim Focus prevê uma alta de 5,50% nos preços administrados 0,05% maior que a taxa divulgada na última semana (5,45%). Com relação ao PIB, de acordo com a projeção das instituições financeiras que colaboram com Banco Central (BC) para elaboração do Boletim Focus, o Produto Interno Bruto brasileiro retrairá 3,14% em 2016 projeção semelhante àquela divulgada no relatório da semana anterior (-3,14%). Há quatro semanas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou que o PIB do país apresentou variação negativa de 0,6% na comparação do segundo com o primeiro trimestre de 2016, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. Na comparação com igual período de 2015, houve contração do PIB de 3,8% no segundo trimestre do ano. No acumulado dos 5

6 quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2016, o PIB registrou queda de 4,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. A divulgação do PIB brasileiro referente ao terceiro trimestre de 2016 está prevista para o dia 30 de novembro de Em 2015, a economia brasileira encolheu 3,8% na comparação com Essa tinha sido a maior queda anual desde que a atual pesquisa do IBGE começou a ser feita, em Se forem considerados os dados anteriores do PIB, que começam em 1948, é o pior resultado em 25 anos, desde 1990 (-4,3%), quando Fernando Collor de Mello assumiu o governo e decretou o confisco da poupança. Esta também foi a sétima vez que o Brasil registrou um PIB negativo desde 1948: 1981 (-4,3%), 1983 (-2,9%), 1988 (-0,1%), 1990 (-4,3%), 1992 (-0,5%), 2009 (-0,1%) e, agora, 2015 (-3,8%). Para o PIB de 2017, o mercado financeiro diminuiu manteve a previsão anterior de crescimento de 1,30% da economia do país. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Um dos principais componentes para o cálculo do PIB, a Produção Industrial, também apresenta projeção de forte contração para 2016: queda de 5,96%. Essa projeção 0,03% inferior à divulgada na semana passada, quando as instituições financeiras estimavam uma queda de 5,93% na produção da indústria brasileira este ano. Para 2017, a previsão dos analistas consultados pelo BC sobre a Produção Industrial ainda é positiva: expansão de 1,00% valor idêntico àquele previsto 6

7 na semana anterior (1,00%) pelos analistas financeiros que colaboram com a elaboração do Boletim Focus. A Balança Comercial, outro componente utilizado para o cálculo do PIB, deve fechar 2016 com superávit estimado em US$ 49,47 bilhões valor US$ 530 milhões menor que o projetado na semana passada (US$ 50,00 bilhões). Para 2017, a expectativa dos analistas é de que a Balança Comercial também encerre o ano com saldo positivo: US$ 45,92 bilhões valor US$ 910 milhões abaixo do projetado na semana passada (US$ 46,83 bilhões). Já com relação ao Investimento Estrangeiro Direto, o Boletim Focus prevê um aporte de US$ 65,00 bilhões em 2016, valor semelhante ao projetado na semana anterior (US$ 65,00 bilhões). Com relação a 2017, o Boletim Focus aponta que o Investimento Estrangeiro Direto será de US$ 65,00 bilhões valor idêntico ao estimado na semana anterior (US$ 65,00 bilhões). O Boletim Focus é um relatório divulgado semanalmente pelo BC. Esse relatório contem uma série de projeções sobre a economia brasileira coletadas junto a alguns dos principais economistas em atuação no país. Cerca de 100 (cem) analistas de mercado, representando as principais instituições financeiras do Brasil, opinam sobre a perspectiva futura de diversos indicadores de nossa economia. O relatório é confeccionado de segunda-feira a domingo, sendo divulgado sempre às segundas-feiras da semana seguinte à sua confecção. O BC criou o Boletim Focus para poder acompanhar as impressões do mercado brasileiro sobre a inflação. Além do IPCA, a autoridade monetária 7

8 também monitora a expectativa do mercado financeiro brasileiro quanto à oscilação de outros indicadores de inflação. 3) Considerações Gerais Foi marcada a próxima reunião do Comitê de Investimentos para o dia 11 de outubro de 2016, às 10 horas. Nada mais. Wagner de Jesus Soares Presidente Roberto Franco Pereira Tesoureiro Mariana Machado de Azevedo Economista Rosangela Pereira de Lima Diretora de Contabilidade Débora Ribeiro Duarte Arditti Diretora do Departamento de Pessoal 8

9 Ermínia Olga Rocha de Miranda Secretária Anexos: Convocação para Assembleia Geral Extraordinária de Cotistas Incentivo Investimentos Comunicado aos Cotistas Gradual Investimentos Relatório de Mercado Focus 30/09/2016 9