Prefeitura Municipal de Cairu publica:

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1 Prefeitura Municipal de 1 Ano Nº 2990 Prefeitura Municipal de publica: Decisão Impugnação ao Edital de Licitação em Epígrafe nº 101/2018 do Pregão Presencial nº 032/2018 do Processo Administrativo no 537/2018. Impugnante: BS Conceito e Empreendimentos Ltda. Gestor - Fernando Antonio Dos Santos Brito / Secretário - Governo / Editor - Ass. Comunicação Praça Marechal Deodoro, nº 03

2 2 - Ano - Nº 2990 Editais EDITAL DE LICITAÇÃO Nº 101/2018 PREGÃO PRESENCIAL Nº 032/2018 PROCESSO ADMINISTRATIVO N O 537/2018 DECISÃO IMPUGNAÇÃO AO EDITAL DE LICITAÇÃO EM EPÍGRAFE Ementa: Decisão Impugnação. Requisitos legais e editalícios. Assunto: Decisão à Impugnação ao Edital de Licitação referente ao Pregão Presencial nº 032/2018. OBJETO: A presente licitação tem por escopo a contratação de Empresa Produtora de Eventos, capaz de prestar os serviços de planejamento, gestão, organização, promoção, operacionalização, assessoramento e produção de festas e eventos com o fornecimento de infraestrutura e apoio logístico a fim de atender as necessidades da Prefeitura Municipal de,, conforme especificações, quantidades e condições constantes do Anexo I Termo de Referência e Anexo II - Proposta de Preços.. IMPUGNANTE: BS CONCEITO E EMPREENDIMENTOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, com sede na Rua Quintino Bocaiuva, nº 500, Sala 201, Centro, na cidade de Valença,, CEP , inscrita no CNPJ sob o nº / A através do Pregoeiro, vem responder impugnação interposta ao edital de Licitação na modalidade de Pregão Presencial nº 032/2018 apresentado pela IMPUGNANTE, qualificada nos autos do processo em epígrafe, nos termos que seguem: I DOS FATOS A IMPUGNANTE representada pelo seu Sócio-Administrador, Bertolino de Jesus Junior, protocolou no Setor de Licitações da Prefeitura Municipal de, impugnação aos temos do Edital em questão, com base no art. 109, inciso I, alínea a, da Lei 8.66/93, alegando: ser desnecessário e excesso de formalidade a exigência do item 18.3 D e que o item 18.4 letra C diverge com o objeto licitado. II - DOS PEDIDOS Diante de todo o exposto, requer seja recebido a presente impugnação, analisando-se os seus argumentos e reconhecendo que o motivo de tal solicitação, principalmente porque tal motivo implica diretamente em restringir a competitividade, fato este que solicita a decisão da Comissão de Licitação, julgando PROCEDENTE a presente impugnação, para o fim de que seja corrigido o item mencionado no edital. III- DA FUNDAMENTAÇÃO É fato que as licitações públicas devem ser processadas e julgadas em estrita conformidade com os princípios constitucionais, e aqueles previstos no art. 3º da Lei Geral de Licitações e Contratos: da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da Vinculação ao Instrumento Convocatório, do julgamento objetivo, do caráter competitivo e dos que lhe são correlatos. O doutrinador Jessé Torres, defende a importância de compatibilizar as regras do edital com o quanto disposto na lei ao lecionar que: o princípio da vinculação ao instrumento convocatório faz do edital a lei interna de cada licitação, impondose a observância de suas regras à Administração Pública e aos licitantes, estes em face dela e em face uns dos outros, nada podendo ser exigido, aceito ou permitido além ou aquém de suas cláusulas e condições. Os apontamentos da IMPUGNANTE versam sobre matéria da Lei Federal nº 8.666/93 e de exigências editalícias que foram estabelecidas pela Unidade Interessada não com intuito de macular o procedimento ou restringir a participação, mas o de selecionar as empresas que possuam as melhores condições para prestar o serviço e que contenha a qualificação técnica capaz de suportar às exigências de um serviço especializado a ser prestado em locais com as mais diversas especificidades, notadamente a de ser um Arquipélago, permeado por canais e rios. A IMPUGNANTE certamente se equivocou quanto aos fatos motivadores para tal impugnação, pois em sua introdução (página 1) e ao apresentar os fatos da tempestividade (página 2), menciona ter por base o art. 109 da Lei 8.666/93, que trata não de IMPUGNAÇÃO mas de Recurso, Representação ou Pedido de reconsideração. Praça Marechal Deodoro, nº 03, Centro, BA - CEP:

3 3 - Ano - Nº 2990 Equivoucou-se ainda ao fundamentar tal ato, em face da decisão proferida pela Comissão de Licitação na fase de habilitação. Ora, o certame ainda não aconteceu e não será conduzida pela Comissão e seim pelo Pregoeiro Oficial e Equipe de Apoio. Além disso, a previsão é para acontecer no próximo dia 09 de outubro, e não no dia 09 de setembro, outro erro da IMPUGNANTE e portanto, não houve ainda nenhuma decisão proferida quanto a habilitação. Mas passemos a análise das alegações da IMPUGNANTE. A primeira diz respeito ao exigido no item 18.3 REGULARIDADE FISCAL E TRABALHISTA do Edital, na qual trata da Prova de regularidade para com a Fazenda Municipal (mobiliaria e imobiliária), do domicílio ou sede do licitante e do Município de. A alegação é de que essa exigência causa estranheza... entendendo-o como desnecessário e excesso de formalidade e até menciona um posicionamento do Município que, através do Seu Pregoeiro, decidiu quanto à impugnação realizada por outra empresa, sendo este (referindo-se ao ato como pedido de esclarecimento) acolhido na íntegra e que a IMPUGNANTE é uma emrpesa que atua na Cidade de Valença-BA desde o dia 16 de novembro de 2010, não sendo considerada nova no âmbito trabalhista, e desde a sua abertura que comprova regularidade fiscal perante seu município de sede. Cumpre-nos esclarecer que, a regularidade fiscal de uma empresa, não se dá pela comprovação do tempo de sua existência e funcionamento, mas sim por documentos que integram a lista do Art 29 da Lei Geral de Licitações em vigor desde 1993 e no caso em questão, exige-se a comprovação da regularidade dos Débitos Mobiliários e dos Débitos Imobiliários. Tais exigências se respaldam na legislação e neste sentido cabe destacar o que leciona o doutrinador Jessé Torres ao dispor que: Cabe bem atender ao interesse público, a Administração é dotada de poderes adminsitrativos adequados e proporcionais aos encargos que lhe são atribuídos. Tais poderes são verdadeiros instrumentos, apropriados à realização das tarefas adminsitrativas. Os poderes administrativos nascem com a Adminsitração e se apresentam diversificados segundo as exigências do serviço público, o interesse da coletividade e os objetivos a que se dirigem. São classificados, consoante a liberdade da Adminsitração para a prática de seus atos, em poder vinculado e poder discricionário. Segundo o artigo 27, IV, da Lei 8.666/93, para habilitação nas licitações é necessário comprovar a regularidade fiscal do interessado e visando a aplicação material do referido dispositivo, o art. 29, tratou /genericamente, da documentação relativa à regularidade fiscal conforme transcrito a seguir Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal, conforme o caso, consistirá em: ( ) III prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei. O Sistema Jurídico em vigência garante o direito de participação em licitações públicas a todos os que estejam devidamente habilitados. Por isso, a qualificação é um limite legal ao amplo direito de concorrer em certames. Diante da unidade desse sistema, os diversos ramos do Direito, que hoje é marcado pelo pluralismo de fontes legislativas, devem ser interpretados de forma sistemática e complementar. Nesse escorço, empregando a complementaridade entre os ramos do Direito, o art. 29, III, da Lei 8.666/93, deve ser interpretado em conjunto com o art. 193, do Código Tributário Nacional CTN: Art Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. O poder discricionário é o que o Direto concede à Administração, de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. Discricionariedade é liberdade de ação administrativa, dentro dos limites permitidos em lei e neste sentido, diz ainda o doutrinador Jessé que...na suposta presença, nas regras do edital, de contrariedades à lei. Não é via adequada para debater com a administração sobre a conveniência ou a oportunidade da compra, da obra, do serviço ou da alienação. Portanto, tal exigência visa certificar que a licitante interessada em participar do certame não esteja incluída nos cadastros de contribuintes inadimplentes com a Fazenda Pública do Município onde esteja sediado e com a Fazenda Pública do Município de. Já quanto ao segundo elemento, questiona-se a exigência do item 18.4 letra C, que assim dita: 18.4 A Qualificação Técnica será comprovada através da apresentação dos seguintes documentos: Praça Marechal Deodoro, nº 03, Centro, BA - CEP:

4 4 - Ano - Nº 2990 c) Comprovação de Registro ou Inscrição e Quitação da empresa e do(s) seu(s) responsável(is) técnico(s) para com o Conselho Regional de Administração - CRA da Região onde está sediada a empresa, obrigatoriamente, visto junto ao CRA/BA, para empresas sediadas em outros Estados, em ramo de atividade compatível com o objeto da licitação c.1. As licitantes sediadas fora do, deverão apresentar seus registros validados no Conselho Regional de Administração do. A alegação é que após consulta informal ao Conselho Regional de Administração da Bahia CRA, a IMPUGNANTE recebeu uma relação contendo as atividades as quais são obrigatórias como registro no conselho, e que nada referente à locação de estruturas se enquadra nesta finalidade, concluindo que o objeto... Organização de festas, diverge LITERALMENTE COM O OBJETO A SER FORNECIDO. Bem verdade que o CRA estabelece algumas considerações quanto à serviços sujeitos à fiscalização do referido Conselho objetivando prevenir a exploração irregular de serviços nos campos da Administração disposto no art. 2 da Lei 4.769/65 e o item em foco do presente questionamento, foi definido, pela Unidade Interessa, com base na orientação emitida pelo Ofício circular nº 002CRA/BA/Fisc. de 31 de janeiro de 2018 visando a contratação de empresa produtora de evento, nos moldes do objeto do Certame em questão. Bem, como demonstrado, as exigências questionadas são cabíveis, no que diz respeito ao item 18.3 letra d. Entendendo que há permissão em Lei como regra de atender a Regularidade Fiscal e Trabalhista, uma vez que o Município não pode contratar com uma empresa que esteja com qualquer débito com a Fazenda Pública Municipal, inclusive para com a Fazenda do Município de, comprovação facilmente obtida diretamente no setor de tributos, desde que não existam débitos de quaisquer naturezas por parte da interessada. Contudo, quanto ao exigido no item 18.4 alínea c, muito embora esteja clara a intenção da Unidade Interessada em contratar empresa especializada para prestar serviços de planejamento, gestão, organização, promoção, operacionalização, assessoramento e produção de festas e eventos, tais elementos não ficam evidenciados nas especificações do objeto relacionados no item 7. do Termo de Referência, Anexo I do edital questionado, pois apenas menciona a figura de Serviço de Mão de Obra Especializada, no item 1, definido como Produtor - profissional administrador, organizardor de eventos com experiência em organização e produção de eventos seguida de vasta relação de infraestrutura a ser fornecida a fim de atender as necessidades da Prefeitura Municipal de. Esta exigência está diretamente ligada à da alínea e do mesmo item, por disciplinar a forma de comprovar a existência de vínculo contratual com o profissional mencionado na alínea c, razão pela qual, perderá o sentido de constar no edital esta exigência. Oportuno lembrar que, o doutrinador Jessé Torres leciona acerca da vinculação ao instrumento convocatório ao dispor que: o princípio da vinculação ao instrumento convocatório faz do edital a lei interna de cada licitação, impondo-se a observância de suas regras à Administração Pública e aos licitantes, estes em face dela e em face uns dos outros, nada podendo ser exigido, aceito ou permitido além ou aquém de suas cláusulas e condições. E por tal razão, é importante compatibilizar as regras do edital com o quanto disposto na lei. Contudo, a condição primordial para a eficácia e validade do ato administrativo é exatamente a adequação aos princípios jurídicos exteriorizados na norma. Desta feita, ainda que um determinado ato seja praticado com certa margem de discricionariedade, este deve respeitar os limites impostos pelos princípios regentes. Esse entendimento se coaduna exatamente com o texto da Lei nº 8.666/93 e com a doutrina brasileira, no sentido de que dentro do juízo de conveniência e oportunidade, é preciso, acima de tudo, respeitar a finalidade da licitação, pois "finalidade é o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do ato...". (Di Petro, Maria Sylvia Zanella. in Direito Administrativo, 7ª ed. Ed. Atlas, 1996, São Paulo, pg Assim sendo, no caso da licitação, como já invocado, se efetivamente a atividade discricionária do administrador não estiver pautada, em especial, pelos princípios da isonomia, da seleção da proposta mais vantajosa, da legalidade e do caráter competitivo do certame, enfim, pela própria finalidade do procedimento, porquanto são estes os valores de todo o processo licitatório e o que lhe dá fundamentação, clara restará a transposição no âmbito de suas prerrogativas discricionárias. Por certo que, a licitação, como procedimento administrativo que é, visa atingir uma dupla finalidade, conforme proclama a lei de licitações e contratos em seu art. 3º. Volta-se, como nesta norma se estabelece, a selecionar a proposta que se apresente como a mais vantajosa para a futura contratação, buscando, no entanto, preservar condições que não se constituam em infundado e desnecessário impedimento à livre competição. Praça Marechal Deodoro, nº 03, Centro, BA - CEP:

5 5 - Ano - Nº 2990 IV DA CONCLUSÃO Pelo exposto com fulcro na Lei Federal nº 8.666/93, decido pelo deferimento parcial da impugnação em questão, mantendo as exigências do item 18.3 alíneas d e retirando as exigências do item 18.4 alínea c e e, esclarecendo aos interessados que: 1. As Licitantes interessadas em participar do certame em epígrafe deverão apresentar - Prova de regularidade para com a Fazenda Municipal (mobiliaria e imobiliária), do domicílio ou sede do licitante e do Município de, sendo que essa última, poderá ser solicitada ao Setor de Tributos através do anilton.rosa@cairu.ba.gov.br; 2. Fica suprimido do edital de licitição na modalidade de Pregão Presencial nº 032/2018, o item 18.4 alíneas c e e ; e 3. Fica mantida a data para realização do certame para o dia 09 de outubro de Bahia, 02 de outubro de Robson Vicente Silva dos Santos Pregoeiro Oficial Praça Marechal Deodoro, nº 03, Centro, BA - CEP: