SUMÁRIO APRESENTAÇÃO BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS

Transcrição

1 Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS EDIÇÃO N o 84 Janeiro/2015 SUMÁRIO Destaques 2 Biodiesel Produção 10 Capacidade 10 Localização 11 Atos Normativos 12 Preços e Margens 12 Entregas dos Leilões 13 Preço das Matérias-Primas 14 Participação das Matérias- Primas 17 Produção Regional 19 Não Conformidades no Diesel B 19 Consumo Internacional 19 Etanol Produção e Consumo 20 Exportação e Importações 21 Frota Flex-Fluel 22 Preços da Cana-de-Açúcar 22 Preços 22 Margens 23 Paridade de Preços 24 Preços do Açúcar 25 Não Conformidades 25 Consumo Internacional 26 Biocombustíveis Variação de Matérias- Primas e do IPCA 26 Números do Setor 27 APRESENTAÇÃO Nesta edição, são apresentadas informações e dados atualizados relativos à produção e aos preços dos biocombustíveis. Como destaques principais do mês, temos: Fim da safra na Região Centro-sul; ANP publica resolução acerca de Biometano; ANP publica resolução que estabelece os requisitos para cadastramento de produtor de biocombustível para fins de pesquisa e para consumo próprio; Em 2014 a produção de biodiesel ultrapassa 3,4 milhões de m³; Resultados do 41º Leilão de Biodiesel; Evolução dos Leilões de Biodiesel 26º ao 41º; e Resultados do 11º Leilões de Opções de Compra de Biodiesel da Petrobras. O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgando-as de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral. O Boletim é distribuído gratuitamente por e está disponível para consulta no endereço virtual Muito obrigado, A Equipe do DCR Publicado em

2 DESTAQUES Fim da safra na Região Centro-sul A safra 2014/2015 na região centro-sul foi marcada pela estiagem prolongada e atípica que prejudicou o desenvolvimento da cana-de-açúcar na região, antecipação da moagem em muitas usinas e, consequentemente, redução de rendimento. Com uma menor quantidade de cana, as usinas optaram por reduzir o volume destinado ao açúcar, em favor da produção de etanol. De toda a cana-de-açúcar moída, 57% foi destinada à produção de etanol. Com a produção praticamente encerrada, foram produzidos 25,98 bilhões de litros de etanol na região centro-sul, 1,96% maior que a safra 2013/2014, que foi de 25,48 bilhões de litros (de acordo com UNICA até a primeira quinzena de janeiro). A produção de hidratado aumentou 4,36% em relação à safra anterior, com a produção de 15 bilhões de litros. Já a produção de etanol anidro permaneceu estável, alcançando 10,89 bilhões de litros. Quanto aos preços pagos ao produtor, também houve relativa estabilidade. Na parcial da temporada (de abril a dezembro), a média do Indicador CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo) do etanol hidratado foi de R$ 1,23/litro (sem impostos), 5% maior em relação ao mesmo intervalo de em termos reais, leve recuo de 0,2% (valores deflacionados pelo IGP-M de dez/14). Para o anidro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,38/litro (sem impostos) - em termos reais, baixa de 1% em igual comparação. Em 19 de janeiro último, o Ministério da Fazenda anunciou um pacote econômico que aumentou em R$ 0,22 por litro a alíquota de PIS/Cofins sobre a gasolina no produtor/importador e em R$ 0,15 as alíquotas de PIS/Cofins sobre o diesel no produtor/importador a partir de 1º de fevereiro. A Cide terá aumento apenas em 1º de maio, quando a alíquota de PIS/Cofins terá um recuo na mesma proporção, de forma que o aumento total de tributação para combustíveis seja mantido nos valores acima. O Decreto n o 8.395, de 28 de janeiro de 2015, traz em detalhes as novas tributações. A medida tributária que onera o principal concorrente do hidratado, deve impactar positivamente os preços deste biocombustível. Na mesma semana do anuncio, de 19 a 23/01/2015, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado, que se encontrava estável na casa dos R$ 1,28/litro (sem impostos), subiu para R$1,36/litro, aumento de 6,2%. De acordo com as informações divulgadas pela UNICA, a produção de açúcar na safra 2014/2015 teve uma redução de 6,71% em relação à safra anterior, atingindo o montante de 31,96 milhões de toneladas. Essa diminuição da oferta brasileira, mesmo após um ano de preços baixos do açúcar (2013), não foi suficiente para fazer frente ao impacto do superávit mundial dos estoques da commodity. Na parcial da safra (abril a dezembro), o Indicador CEPEA/ESALQ referente ao estado de São Paulo teve média de R$ 48,87/saca de 50 kg, muito semelhante à do ano anterior, de R$ 49,42/sc em termos reais deflacionado pelo IGP-DI base novembro/14 foram consideradas as médias mensais. No âmbito internacional, os fundamentos do mercado de açúcar estiveram ainda mais desfavoráveis, pois os valores obtidos no spot nacional foram maiores em praticamente todo o ano em comparação com os da Bolsa de Nova York. Cálculos do Cepea mostraram que, somente no final de setembro e início de outubro as exportações foram mais vantajosas. Elaboração: Ministério de Minas e Energia; Fonte: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP ( 2

3 ANP publica resolução acerca de Biometano A ANP - por meio da Resolução ANP nº 8, de estabeleceu regulamentação a cerca do Biometano oriundo de produtos e resíduos orgânicos agrossilvopastoris e comerciais destinado ao uso veicular (GNV) e às instalações residenciais e comerciais. A resolução apresenta em anexo tabela de especificação do biocombustível. ANP publica resolução que estabelece os requisitos para cadastramento de produtor de biocombustível para fins de pesquisa e para consumo próprio A ANP - por meio da Resolução ANP nº 9, de estabeleceu os requisitos para cadastramento de produtor de biocombustível para fins de pesquisa e para autorização para produção de biocombustível para consumo próprio. A Resolução se aplica ao exercício da atividade de produção de biocombustível líquido cuja capacidade de produção de uma ou mais plantas produtoras da mesma requerente supere a 0,3 m3/dia e se limite a 3,0 m³/dia. Aqueles produtores que se enquadram nestas condições e estão em operação tem o prazo de 120 (cento e vinte) dias para regularizar sua situação junto à ANP. Em 2014 a produção de biodiesel ultrapassa 3,4 milhões de m³ A ANP divulgou os dados de produção de biodiesel de dezembro de 2014, apresentado um valor total de metros cúbicos. O volume acumulado produzindo durante o ano de 2014 ficou em metros cúbicos. Este volume é 17% superior ao de 2014 ( ). Resultados do 41º Leilão de Biodiesel Em atendimento às diretrizes definidas pelo MME pela Portaria nº 476 de 2012, foi promovido pela ANP, no início de fevereiro de 2014, o 41º Leilão de Biodiesel, para suprimento do mercado durante o segundo bimestre de O leilão atende a Lei nº que elevou, no período, para 7% o percentual de mistura obrigatória de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor final, em qualquer parte do território nacional. A Lei determinou o aumento de mistura para 6% a partir de 1º de julho de 2014, e para 7% a partir de 1º de novembro de O 41º leilão de biodiesel apresentou uma oferta de 811 mil m³, semelhante aquela apresentada no 37º leilão de biodiesel (815 mil m³). Considerando-se uma demanda de 700 mil m³ para o certame, obtem-se uma sobre-oferta superior a 15%. Quarenta e uma empresas foram habilitadas pela ANP para apresentarem suas propostas, respeitando os preços máximos de referência que variaram em função da região e da detenção do Selo Combustível Social. Nas fases posteriores foram arrematados 699,35 mil m³, de 37 unidades produtoras, ao preço médio de R$ 1,98 por litro, sem a margem do adquirente de R$ 0,020 por litro, mas incluíndo os tributos federais Pis/Pasep e Cofins. A movimentação financeira foi de R$ milhões. Do volume total comercializado, 692,70 mil m³ de litros (99,0%) serão fornecidos por empresas detentoras do Selo Combustível Social. Nos gráficos a seguir apresentam-se o volume vendido e os preços médios de venda por unidade produtora (agrupados por região), por empresa, estado produtor e região; e a perfomance de venda por unidade produtora (% de vendas do total ofertado). Posteriomente, mostram-se os resultados tabelados por estado de origem e por unidade produtora. 3

4 4

5 Tabela 1. Participação por estado de origem do biodiesel UF Região Capacidade (m3 /ano) Volume Vendido (m³) Preço Médio Venda (R$ / litro) Valor Total (R$) Deságio Médio Venda (%)*-1 Participação (%) RS S R$ 1,9130 R$ ,2% 26,2% MT CO R$ 1,9164 R$ ,8% 19,6% GO CO R$ 2,0025 R$ ,2% 18,0% PR S R$ 1,9526 R$ ,6% 9,1% SP SE R$ 2,0184 R$ ,1% 6,4% MS NE R$ 1,9612 R$ ,9% 5,8% BA CO R$ 2,1721 R$ ,0% 6,4% TO NE R$ 2,1208 R$ ,6% 1,3% MG SE R$ 2,0966 R$ ,1% 2,1% CE S R$ 2,2807 R$ ,9% 2,2% SC N R$ 1,8750 R$ ,8% 2,0% RJ SE R$ 2,0837 R$ ,3% 0,6% RO N R$ 2,1300 R$ ,5% 0,3% TOTAL R$ 1,9752 R$ ,6% 100,0% OBS.: Preço descontada a margem do adquirente. 5

6 Tabela 2. Participação por unidade produtora Unidade Produtora UF Região Capacidade (m 3 /ano) Volume Preço Médio Vendido Venda (m³) (R$ / litro) Valor Total (R$) Deságio Participação Médio Venda (%) (%)*-1 ADM SC SC S R$ 1,8750 R$ ,8% 2,0% ADM MT MT CO R$ 1,9134 R$ ,9% 6,8% Amazonbio RO N R$ 2,1300 R$ ,5% 0,3% Bianchini RS S R$ 1,9002 R$ ,8% 4,6% Binatural GO CO R$ 1,9573 R$ ,1% 2,4% Bio Óleo MT CO R$ - R$ - 0,0% 0,0% Bio Vida MT CO R$ - R$ - 0,0% 0,0% Biocamp MT CO R$ 1,9263 R$ ,4% 1,1% Biocapital SP SE R$ 1,8500 R$ ,6% 0,1% Biocar MS CO R$ 2,0850 R$ ,8% 0,1% Biofuga RS S R$ 1,8675 R$ ,1% 1,0% Biopar MT MT CO R$ 1,9374 R$ ,9% 1,1% Bocchi RS S R$ 1,9450 R$ ,9% 0,9% Brejeiro SP SE R$ 2,0365 R$ ,4% 1,7% BSBios/PBio PR PR S R$ 1,9531 R$ ,6% 5,0% BSBios/PBio RS RS S R$ 1,9239 R$ ,8% 3,8% Bunge MT CO R$ 1,9414 R$ ,8% 3,0% Caibiense MT CO R$ 1,9225 R$ ,6% 0,3% Caramuru Ipameri GO CO R$ 2,0489 R$ ,3% 3,1% Caramuru São Simão GO CO R$ 2,0038 R$ ,2% 4,1% Cargill MS CO R$ 1,9829 R$ ,0% 4,3% Cesbra RJ SE R$ 2,0837 R$ ,3% 0,6% Delta MS CO R$ 1,8814 R$ ,3% 1,3% Fertibom SP SE R$ - R$ - 0,0% 0,0% Fiagril MT CO R$ 1,8846 R$ ,1% 2,9% Granol GO GO CO R$ 1,9963 R$ ,5% 8,0% Granol RS RS S R$ 1,9057 R$ ,5% 3,3% Granol TO TO N R$ 2,1208 R$ ,6% 1,3% JBS SP SP SE R$ 2,0197 R$ ,1% 3,7% Minerva GO CO R$ 2,0350 R$ ,9% 0,3% Noble MT CO R$ 1,9161 R$ ,8% 4,4% Oleoplan RS RS S R$ 1,9190 R$ ,0% 6,9% Olfar RS S R$ 1,9256 R$ ,7% 3,4% Pbio BA BA NE R$ 2,1911 R$ ,3% 3,4% Petrobras CE CE NE R$ 2,2807 R$ ,9% 2,2% Petrobras MG MG SE R$ 2,0966 R$ ,1% 2,1% Potencial PR S R$ 1,9520 R$ ,7% 4,1% SP Bio SP SE R$ 1,9938 R$ ,1% 0,9% Três Tentos RS S R$ 1,9016 R$ ,7% 2,3% Oleoplan BA BA NE R$ 2,1503 R$ ,9% 3,0% TOTAL R$ 1,9752 R$ ,6% 100,0% OBS.: Preço descontada a margem do adquirente. 6

7 Evolução dos Leilões de Biodiesel 26º ao 41º Os leilões de biodiesel realizados com os modelo detalhados pelas Portarias MME nº 276 de 2012 (26º Leilão de Biodiesel) e nº 476 de 2012 (27º Leilão de Bioidesel em diante), possibilitaram que os adquirentes no leilão escolham as usinas de acordo com suas necessidades e mediante consulta às distribuidoras, que também participam ativamente do processo. Nesta modalidade, além do preço e fatores logísticos considerados no formato anterior, são incorporados outros fatores como qualidade, regularidade de suprimento e confiabilidade do fornecedor. Outro ponto a considerar é que valores adicionais da revenda do biodiesel são repassados as usinas, descontada a margem de intermediação do produtor. Nos gráficos a seguir apresenta-se a evolução do preço de referência do biodiesel, preços do biodiesel e do óleo de soja; a evolução dos volumes ofertados, vendido e entregues nestes leilões; as vendas regionais; a perfomance regional; e a variação do preço regional em relação ao nacional. Entre os leilões L26 e L36 o percentual de mistura de biodiesel ao óleo diesel foi de 5%, nos leilões L37 e L38 foi de 6%, e a partir do leilão L39 esse percentual passou para 7%. 7

8 8

9 Resultados do 11º Leilões de Opções de Compra de Biodiesel da Petrobras A portaria MME nº116/2013 possibilitou que os estoques reguladores de biodiesel possam ser realizados sobre o formato de leilão de opções. Nesta modalidade, as usinas produtoras de biodiesel se comprometem a manter uma quantidade contratada de biodiesel em disponibilidade, para suprir alguma eventual diminuição das entregas de biodiesel dos leilões regulares durante o período de contrato. A vigência do décimo primeiro leilão de opções é de março a abril de O resultado detalhado do 11º leilão de opções de compras de biodiesel é apresentado a seguir. Tabela 1. Participação por unidade produtora - 11º Leilão de Opções Região Compradora Usina / Município Prêmio Máximo Volume Total Prêmio Prêmio Médio Deságio Exercício Total Exercício Estado R$/m 3 m 3 R$ R$/m 3 (%) R$/m 3 R$ S BIOFUGA - CAMARGO RS 60, ,00 60,00 0,0% 1.867, ,00 S BIANCHINI - CANOAS RS 60, ,00 60,00 0,0% 1.900, ,40 SE BIANCHINI - CANOAS RS 60, ,00 49,00 18,3% 1.900, ,20 N GRANOL - PORTO NACIONAL TO 60, ,00 60,00 0,0% 2.120, ,90 NE GRANOL - PORTO NACIONAL TO 60, ,00 60,00 0,0% 2.120, ,40 CO FIAGRIL - LUCAS DO RIO VERDE MT 60, ,00 52,00 13,3% 1.884, ,00 CO BIOCAR - DOURADOS MS 60, ,00 52,00 13,3% 2.085, ,00 CO BIOPAR - NOVA MARILANDIA MT 60, ,00 60,00 0,0% 1.937, ,00 SE PBIO - MONTES CLAROS MG 60, ,00 28,00 53,3% 2.096, ,30 NE GRANOL - ANAPOLIS GO 60, ,00 60,00 0,0% 1.996, ,80 N GRANOL - ANAPOLIS GO 60, ,00 51,00 15,0% 1.996, ,80 SE GRANOL - CACHOEIRA DO SUL RS 60, ,00 60,00 0,0% 1.905, ,00 SE OLEOPLAN - VERANOPOLIS RS 60, ,00 60,00 0,0% 1.919, ,00 S BOCCHI - MUITOS CAPOES RS 60, ,00 48,00 20,0% 1.945, ,00 Total / Média 60, ,00 57,46 4,2% 1.951, ,80 Tabela 2. Participação por Empresa - 11º Leilão de Opções Prêmio Máximo Empresa Estado Médio Volume Prêmio Total Prêmio Deságio Exercício Total Exercício R$/m 3 m 3 R$/m 3 R$ (%) R$/m 3 R$ GRANOL TO/GO/RS 60, , ,00 1,0% 1.993, ,90 BIANCHINI RS 60, , ,00 6,1% 1.900, ,60 BIOPAR/MT MT 60, , ,00 0,0% 1.937, ,00 OLEOPLAN RS 60, , ,00 0,0% 1.919, ,00 BOCCHI RS 60, , ,00 20,0% 1.945, ,00 FIAGRIL MT 60, , ,00 13,3% 1.884, ,00 BIOCAR MS 60, , ,00 13,3% 2.085, ,00 PBIO BA 60, , ,00 53,3% 2.096, ,30 TOTAL 60, , ,00 4,2% 1.951, ,80 9

10 BIODIESEL Biodiesel: Produção Acumulada e Mensal Dados da produção de biodiesel divulgados pela ANP mostram que a produção em dezembro de 2014 foi de 348 mil m³. No acumulado do ano, a produção atingiu mil m³, um acréscimo de 17,0% em relação ao mesmo período de 2013 (2.917 mil m³). Abaixo, são apresentadas, para os períodos de mistura B5 (até junho de 2014), B6 (julho até outubro de 2014) e B7(a partir de novembro de 2014), a produção acumulada anual e, posteriormente, a produção mensal com a variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior. Biodiesel: Capacidade Instalada A capacidade instalada, autorizada a operar comercialmente, em dezembro de 2014, ficou em mil m³/ano (625 mil m³/mês). Dessa capacidade, 90% são referentes às empresas detentoras do Selo Combustível Social. 10

11 Em dezembro havia 54 unidades aptas a operar comercialmente, com uma capacidade média instalada de 139 mil m³/ano (386 m³/dia). O número de unidades detentoras do Selo Combustível Social em outubro era 42. Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras Região nº usinas Capacidade Instalada mil m 3 /ano % N % NE % CO % SE % S % Total % OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 31/12/

12 Biodiesel: Atos Normativos, Autorizações de Produtores e o endereço eletrônico para o Boletim Mensal do Biodiesel emitido pela ANP Atos Normativos Resolução ANP Nº 08/2015 estabelece as especificações e regras de utilização do biometano; Resolução ANP Nº 09/2015 Estabelece os requisitos para cadastramento de produtor de biocombustível para pesquisa e consumo próprio Aviso de Homologação ANP nº 01/ º Leilão de Biodiesel (L40), biodiesel para o 2º bimestre/ Produtores Autorizações de Operação n os 12/2015 (Orlândia SP, ampliação da capacidade de 150 m³/d para 367 m³/d), 18/2015 (BSBios Marialva PR, ampliação da capacidade de 510 m³/d para 580 m³/d) e 58/2015 (PBIO RN, capacidade de 56 m³/d); Autorizações de Comercialização n os 14/2015 (SPBio SP, ampliação da capacidade de 83,28 m³/d para 200 m³/d), 16/2015 (Orlândia SP, ampliação da capacidade de 150 m³/d para 367 m³/d) e 19/2015 (BSBios Marialva PR, ampliação da capacidade de 510 m³/d para 580 m³/d). Boletim Mensal do Biodiesel emitido pela ANP (endereço eletrônico) > biocombustíveis > biodiesel > Boletim Mensal do Biodiesel Biodiesel: Preços e Margens O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços de biodiesel (B100) e de diesel no produtor, na mesma base de comparação (com PIS/COFINS e CIDE, sem ICMS). Em dezembro de 2014 o preço médio do biodiesel no produtor foi de R$ 2,10, sendo 16,1% superior à média do diesel (R$ 1,80). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra-se, também, o comportamento das margens de revenda. 12

13 No mês de dezembro, o preço médio de venda da mistura, na época com B7, ao consumidor apresentou variação um aumento de 1,6% em relação ao mês anterior. No preço intermediário (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), houve acréscimo de 2,2%. A margem bruta de revenda da mistura registrou decréscimo de 2,2%. Biodiesel: Entregas nos Leilões e Demanda Estimada O gráfico a seguir apresenta as entregas nos leilões promovidos pela ANP e nos leilões de estoque para atender a demanda obrigatória de B5 (até junho de 2014), B6 (de julho a outubro de 2014) e B7 a partir de novembro de

14 O desempenho médio das entregas nos leilões públicos promovidos pela ANP é mostrado no gráfico a seguir. Contratualmente, a faixa de variação das entregas permitida é entre 90% e 110% na média do leilão, atualmente bimestral. Em dezembro, a performance ficou em 90%. Biodiesel: Preços das Matérias-Primas O gráfico abaixo apresenta a evolução do preço da soja em grão no Paraná, Bahia e Mato Grosso. Na continuação, apresentamos as séries históricas do preço do óleo de soja em São Paulo, em Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro. 14

15 No gráfico a seguir, apresentamos as cotações internacionais de outras matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel. Posteriormente, apresentamos as cotações do sebo bovino. No próximo gráfico, é mostrada a variação acumulada do óleo e do grão de soja, com referência a janeiro de No gráfico a seguir, apresentamos as cotações dos preços de exportação e importação brasileiras de matérias-primas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, apresentamos uma 15

16 comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras. O gráfico abaixo apresenta a evolução de preços do biodiesel nos leilões promovidos pela ANP, comparados a outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos. 16

17 As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação. Biodiesel: Participação das Matérias -Primas O gráfico a seguir apresenta a evolução da participação das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel. Em 2014, no acumulado até novembro, a participação das três principais matérias-primas foi: 74,8% (soja), 20,3% (gordura bovina) e 2,2% (algodão). Nos gráficos a seguir, apresentamos a participação das principais matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel para cada região do Brasil. Observa-se que, na maioria das regiões, o óleo de soja é a principal matéria-prima, seguido da gordura bovina e do óleo de algodão. 17

18 18

19 Biodiesel: Distribuição Regional da Produção A produção regional, em novembro de 2014, apresentou a seguinte distribuição: 41,1% (Sul), 37,6% (Centro-Oeste), 8,9% (Sudeste), 8,7% (Nordeste) e 3,7% (Norte). Biodiesel: Não Conformidades no Óleo Diesel (B7) A ANP analisou amostras da mistura B7 comercializada no mês de dezembro. O teor de biodiesel fora das especificações representou 25,3 % do total de não conformidades identificadas. Biodiesel: Consumo em Países Selecionados Em 2013 o Brasil foi o segundo maior consumidor de biodiesel, atrás somente dos Estados Unidos. Até dezembro de 2014, estima-se o consumo brasileiro em 3,4 milhões de metros cúbicos, descontando-se a exportação de aproximadamente 57 mil metros cúbicos. 19

20 Etanol: Produção e Consumo Mensais ETANOL A moagem de cana-de-açúcar, de acordo com o MAPA, fechou o mês de dexembro com um volume total de 617,0 milhões de toneladas. O gráfico a seguir mostra a comparação do cronograma de moagem esperado, de acordo com a previsão de moagem total de cana de açúcar feita pela CONAB, com a moagem realizada. O gráfico anterior já está atualizado com as previsões mais recentes da CONAB, que em seu 3 Levantamento da Safra de Cana-de-Açúcar, referente à safra 2014/2015, prevê que sejam moídas 642,1 milhões de toneladas de cana, volume 2,5% menor se comparado à safra anterior. Até o momento, a moagem seguiu os mesmos padrões de volumes mensais médios das cinco safras anteriores, o que demonstra que as unidades processaram, de fato, a disponibilidade de matéria-prima sem restrições climáticas. A produção de etanol referente à safra 2014/2015 no mês de novembro foi de 976 milhões de litros de etanol. Naquele mês, foram produzidos 397 milhões de litros de etanol anidro e 578 milhões de litros de etanol hidratado. Em dezembro, o consumo de etanol foi de 2,32 bilhão de litros de etanol, sendo 993 milhões de litros de etanol anidro e 1,34 bilhão de litros de etanol hidratado. Os números de novembro e dos meses anteriores foram revisados, de acordo com dados da ANP, que voltam a ser a fonte dos dados de produção e consumo. 20

21 Etanol: Exportações e Importações Em dezembro, as exportações brasileiras de etanol somaram 132,93 mil m³, o que representa um volume 37% maior em relação ao mesmo período do ano anterior e 44% maior se comparado ao mês de novembro de No ano de 2014, o volume exportado de etanol gerou receitas de exportação da ordem de US$ 898 milhões. O preço médio (FOB) das exportações por litro de combustível, em dezembro, foi de US$ 0,57, valor 6% menor em relação ao registrado no mês anterior. No acumulado do ano de 2014, até o mês de dezembro, o volume importado de etanol foi de aproximadamente 446 mil m³, a um custo total de aproximadamente US$ 241 mi, o que resulta em um preço médio de US$ 0,54 por litro. 21

22 Etanol: Frota Flex-Fuel O número de licenciamentos de veículos leves em dezembro de 2014 foi de 353 mil, número de licenciamentos aproximadamente 26,4% maior em relação ao mês de novembro e 5,33% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. Desse total, os carros flex-fuel representaram 89%, os carros exclusivamente movidos à gasolina representaram 5,0%, os carros a diesel 6,0% do total de veículos licenciados. Em 2014 foram licenciados veículos leves, uma queda de 6,89% menor em relação ao ano de Etanol: Preços da Cana-de-Açúcar Etanol: Preços O preço médio do etanol hidratado no produtor em dezembro, sem tributos, teve uma média de R$ 1,27/litro do combustível. O preço médio do etanol anidro ficou em R$ 1,41 por litro do combustível. O preço do hidratado teve uma alta de 4,5% em relação ao mês de novembro. O preço do etanol anidro também aumento, de 5,9% em relação ao mês anterior. Comparando os preços de dezembro de 2014 com os preços do mesmo período ano anterior, o do anidro está 1,06% menor e o hidratado está 3,2% mais barato. Destaca-se que o acompanhamento dos preços semanais realizados pela ESALQ refere-se aos preços praticados no mercado spot, ou seja, não captura os preços praticados nos contratos. 22

23 Etanol: Margens de Comercializaç ão 23

24 Etanol: Paridade de Preços Média Mensal Etanol: Paridade de Preço Semana de a A paridade de preços no varejo, em nível nacional, no final de janeiro de 2015, esteve levemente abaixo dos 70% (valor que torna o consumo de hidratado mais vantajoso do ponto de vista econômico em relação à gasolina). Destaca-se que as regiões sudeste e centro-oeste tiveram paridade favorável ao etanol, reflexo do maior estoque do produto na região. As capitais dos estados produtores apresentaram paridade abaixo dos 70%. As cidades de Macapá, Belém e Porto Alegre mantêm a paridade próxima ou acima de 90%. 24

25 Etanol: Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Etanol Em dezembro, o preço médio do açúcar NY SB11 no mercado internacional foi de US$ 326,37/ton, preço 6,0% menor em relação ao mês anterior. O preço do petróleo tipo Brent foi de US$ 61,71/barril, com uma variação de 21% para menos em relação ao mês anterior, o barril do petróleo do tipo Brent acumula uma queda no preço de 43%. Etanol: Não Conformidades na Gasolina C A ANP analisou amostras de gasolina C no mês de dezembro. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 32,4% do total das não conformidades. 25

26 Etanol: Não Conformidades no Etanol Hidratado A ANP analisou amostras de etanol hidratado no mês de dezembro, das quais 38 apresentaram não conformidades. A maioria das não conformidades se refere à Soma de Massa Específica/Teor de álcool. Etanol: Consumo em Países Selecionados Biocombustíveis: Variação de Matérias-Primas em Comparação à do IPCA O gráfico a seguir mostra a variação acumulada das principais matérias-primas de biocombustíveis usadas no Brasil (cana-de-açúcar e óleo de soja) em comparação com o Petróleo tipo Brent e o índice de inflação dado pelo IPCA, com referência a janeiro de

27 Biocombustíveis: Números do Setor em e 2013 NÚMEROS DO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS (2012 e 2013) Etanol Biodiesel Produção (safras 2012/13 e 2013/14 milhões de m³) 23,5 27,9 n.a. n.a. Produção (ano civil milhões de m³) 23,5 27,8 2,7 2,9 Consumo combustível (milhões de m³) 19,0 23,9 2,7 2,9 Exportações (milhões de m³) 3,1 2,9-0,04 Importações (milhões de m³) 0,5 0, Preço médio no produtor EH e B100 (1) (R$/L) 1,12 1,17 2,42 2,11 Preço médio no distribuidor EH (2) e B5 (2) (R$/L) 1,94 2,00 1,81 1,95 Preço médio no consumidor final EH (2) e B5 (2) (R$/L) 2,21 2,29 2,05 2,20 Capacidade de produção instalada nominal (milhões de m³) n.d. n.d. 6,9 7,5 (1) Inclui os tributos federais. (2) Com todos os tributos. Ressalva do Editor A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte. Distribuição do Boletim A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é feita gratuitamente por . Aqueles interessados em receber mensalmente essa publicação, favor solicitar cadastramento na lista de distribuição, mediante envio de mensagem para o endereço dcr@mme.gov.br. O Boletim também está disponível para download no sítio Equipe do Departamento de Combustíveis Renováveis Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Poliana Ferreira de Souza, Diego Oliveira Faria, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa, Raphael Ehlers dos Santos, Renato Lima Figueiredo Sampaio e Ricardo Borges Gomide. 27