APRESENTAÇÃO SUMÁRIO BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS

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1 Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis EDIÇÃO N o 99 Maio/2016 BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS SUMÁRIO Destaques 2 Biodiesel Produção 6 Capacidade 6 Localização 7 Atos Normativos 8 Preços e Margens 8 Entregas dos Leilões 9 Preço das Matérias Primas 10 Participação das Matérias Primas 13 Produção Regional 14 Não Conformidades no Diesel B 14 Consumo Internacional 14 Etanol Produção e Consumo 15 Exportação e Importações 16 Frota Flex Fluel 17 Preços da Cana de Açúcar 17 Preços 17 Margens 18 Paridade de Preços 19 Preços do Açúcar 20 APRESENTAÇÃO Nesta edição, são apresentadas informações e dados atualizados relativos à produção e aos preços dos biocombustíveis. Como destaques do mês, trazemos: BNDES estabelece as regras do Programa de Renovação dos Canaviais para a safra 2016/17; Estimativa da Safra 2016/17 de cana de açúcar realizada pela CONAB; Criado o Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias Veiculares e Emissões (PCVE); EPE Publica Documento Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis ; e EPA Revisa Mandato de Biocombustíveis no EUA e Anuncia Volumes Obrigatórios. O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgando as de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral. O Boletim é distribuído gratuitamente por e mail e está disponível para consulta no endereço virtual gasnatural e combustiveis renovaveis/publicacoes. Muito obrigado, A Equipe do DCR Não Conformidades 20 Consumo Internacional 21 Biocombustíveis Variação de Matérias Primas e do IPCA 21 Números do Setor 22 Publicado em

2 DESTAQUES BNDES estabelece as regras do Programa de Renovação dos Canaviais para a safra 2016/17 O BNDES aprovou a reedição do Programa de Apoio à Renovação e Ampliação de Canaviais (BNDES Prorenova). O Programa disponibilizará para safra 2016/17 um total de R$ 1,5 bilhão. Lançado no início de 2012, o BNDES Prorenova visa incentivar a produção de cana de açúcar por meio de financiamento à renovação dos canaviais antigos e à ampliação da área plantada. Essa é uma condição fundamental para aumentar a produtividade da lavoura brasileira de cana e, consequentemente, expandir a produção de etanol. Nesta edição de 2016, o Prorenova sofreu algumas alterações, com destaque para o incentivo à maior utilização de variedades chamadas protegidas de cana de açúcar, com maior potencial de produtividade. A nova versão está em acordo com as prioridades estratégicas do BNDES no que tange ao incentivo à difusão tecnológica e ao aumento de produtividade. Segundo estimativas do próprio banco de fomento, 40% da lavoura nacional utiliza variedades de cana de domínio público, ou seja, desenvolvidas há pelo menos 25 anos. O Programa manteve o limite de financiamento por Grupo Econômico de até R$ 150 milhões, sendo que os recursos baseados na Taxa de Juros de Longo Prazo TJLP, antes limitados a R$ 20 milhões, foram ampliados para até 70% do valor financiado, sendo o restante referenciado em Selic. O limite mínimo para solicitações de financiamento será de R$ 20 milhões, que deverão ser realizadas apenas na modalidade indireta não automática e já podem ser protocoladas junto ao BNDES. Para valores abaixo de R$ 20 milhões, os pedidos deverão ser encaminhados por meio da modalidade indireta automática, considerando as regras de apoio do Produto BNDES Automático. Somente poderão ser financiados no âmbito do BNDES Prorenova os projetos de plantio de cana de açúcar realizados entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de Entretanto, todos os gastos para a preparação do plantio que tenham sido feitos a partir de 1º de julho de 2015 poderão ser reembolsados no âmbito do Programa. O prazo para protocolo das solicitações de financiamento se encerra em 31 de dezembro próximo. Fonte: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES ( Estimativa da Safra 2016/17 de cana de açúcar realizada pela CONAB No inicio de abril, a Companhia Nacional de Abastecimento Conab divulgou a primeira estimativa da safra 2016/17 de cana de açúcar. O levantamento realizado no mês de março de 2016 aponta para uma moagem de 690,98 milhões de toneladas, aumento de 3,8% em relação à moagem da safra 2015/16. A região centro sul será responsável por 92,28% da moagem total, o que representa 637,6 milhões de toneladas, terá um incremento de 3,4% em relação à safra anterior. As áreas em produção aumentaram 4,8% e totalizam 9,07 milhões de hectares, incremento de aproximadamente 419 mil hectares. O aumento é resultado da cana bisada da safra 2015/16, do aumento de área própria de algumas unidades de produção e da reativação de uma unidade em São Paulo. Destaca 2

3 se, ainda, a expansão da cultura nos estados: do Paraná, 20,6%, do Tocantins, 5,8%, de Goiás, 5,6% e de São Paulo, 5,5%. A expectativa é que a produtividade média caia 1% em relação à safra 2016/17, saia de kg/ha para kg/ha. Essa redução 1% é reflexo da queda de produtividade no Centro Sul, onde as lavouras da safra anterior tiveram, na sua maioria, produtividades recordes. A expectativa é de produtividades próximas das médias históricas. Na Região Nordeste, há expectativa de recuperação do potencial produtivo das lavouras. A safra anterior (2015/16) apresentou forte queda da produção em face das más condições climáticas da safra anterior e da baixa tecnologia empregada nas lavouras dos fornecedores. Para a nova safra (2016/17), por conta da melhora nas condições climáticas, espera se crescimento significativo em relação à safra anterior. O ATR (Açúcar Total Recuperável), também influenciado por condições climáticas, terá um valor de 132,1 kg por tonelada de cana contra os 130 kg da safra anterior. Com a matéria prima disponível, é esperado que 46,8% da cana sejam destinados à produção de açúcar, o que equivale à produção de 37,5 milhões de toneladas de açúcar, crescimento de 12%. A produção de etanol deve se manter acima de 30 bilhões de litros, redução de apenas 0,4%. Deverão ser produzidos 11,7 milhões de m 3 de anidro e 18,6 milhões de m 3 de hidratado. A região Centro Sul é responsável por 93% da produção deste biocombustível. Fonte: Companhia Nacional de Abastesctimento(CONAB) ( Criado o Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias Veiculares e Emissões (PCVE) No inicio de maio, foi dada publicidade ao extrato do Acordo de Cooperação Técnica que institui o Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias Veiculares e Emissões (PCVE), que desenvolverá informações científicas sobre a influência dos combustíveis e das tecnologias veiculares nas emissões automotivas. A iniciativa é uma parceria do Ministério de Minas e Energia (MME) com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) e a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA). Dentre as ações do Acordo, está o desenvolvimento de estudos que contribuirão para o aprimoramento de soluções tecnológicas para a melhoria da qualidade do ar no Brasil, que levarão a uma melhor modelagem da qualidade do ar e do seu monitoramento, com vista a se conhecer os impactos da queima dos combustíveis na frota brasileira na qualidade do ar. Como resultado, espera se que o Brasil esteja em linha com os programas governamentais dos EUA, União Europeia e Japão. Esses programas, denominados Auto Oil, analisam a influência da tecnologia veicular e a da composição dos combustíveis na emissão de poluentes. O PCVE terá um comitê gestor, uma coordenação executiva e grupos técnicos para cada tema abordado. O Acordo de Cooperação Técnica terá vigência de cinco anos, podendo ser prorrogado. Fonte: Assessoria de Comunicação Social / Ministério de Minas e Energia ( 3

4 EPE Publica Documento Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis A Empresa de Pesquisa Energética EPE publicou neste mês de maio sua sétima Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis, com os fatos mais relevantes ocorridos no ano de 2015 e uma avaliação da evolução recente da produção de biocombustíveis no Brasil nos últimos 10 anos. O documento está dividido em 10 capítulos. Os principais temas abordados são: a oferta de etanol e sua infraestrutura de produção e transporte, a demanda para o Ciclo Otto, o mercado de biodiesel, a participação da bioeletricidade na matriz elétrica e nos leilões de energia, o mercado internacional de biocombustíveis, as expectativas para os novos biocombustíveis produzidos a partir de tecnologias inovadoras e as emissões de gases de efeito estufa evitadas pela utilização dessas fontes de energia. Esta edição também apresenta um texto sobre as políticas públicas de incentivo ao mercado de biocombustíveis no Brasil. A Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis (Ano 2015) da está disponível no site da EPE. Fonte: Assessoria de Comunicação Social / Ministério de Minas e Energia ( Empresa de Políticas Energéticas ( EPA Revisa Mandato de Biocombustíveis no EUA e Anuncia Volumes Obrigatórios O Governo Norte Americano, por meio da sua Agência de Meio Ambiente (US Environmental Protection Agency EPA), propôs aumento nos volumes para o mandato de mistura de biocombustíveis vigentes no âmbito do programa Renewable Fuel Standard (RFS2), lançado em 2005 e revisado em Os volumes obrigatórios anunciados pela Agência Norte americana têm impacto sobre o mercado de biocombustíveis, especialmente para o comércio internacional de etanol, uma vez que o etanol brasileiro produzido a partir da cana de açúcar é classificado como biocombustível avançado. De acordo com a EPA, esses aumentos têm por objetivo incentivar a produção por meio de metas ambiciosas, porém factíveis. Os requisitos de volume propostos e padrões percentuais associados (RVO) foram estabelecidos para o ano calendário de 2017 para: 1) o biocombustível celulósico; 2) diesel de biomassa; 3) biocombustível avançado; e 4) combustível renovável total. A EPA também propôs volumes obrigatórios para diesel à base de biomassa para Os volumes propostos representam um crescimento em relação aos níveis históricos: O volume total de combustíveis renováveis deve crescer cerca de 700 milhões de galões entre 2016 e Biocombustível Avançado que exige a redução das emissões de carbono do ciclo de vida de pelo menos 50% deve crescer cerca de 400 milhões de galões entre 2016 e Volume total de Biocombustíveis que exige a redução das emissões de carbono do ciclo de vida de pelo menos 20% proposta aumenta em 300 milhões de galões o volume total de 2016 para Biodiesel baseado em biomassa que exige a redução das emissões de carbono do ciclo de vida de pelo menos 50% proposta aumenta em 100 milhões de galões o volume de 2017 para

5 Biocombustível celulósico que exige a redução das emissões de carbono do ciclo de vida de pelo menos 60% proposta aumenta volume em 82 milhões de galões, ou 35% entre 2016 e Volumes Obrigatórios para Biocombustíveis Período Biocombustível Celulósico (milhões de galões) * n/a Diesel de Biomassa (bilhões de galões) 1,63 1,73 1,90 2,00 2,1* Biocombustível Avançado (bilhões de galões) 2,67 2,88 3,61 4,0* n/a Biocombustíveis (bilhões de galões) 16,28 16,93 18,11 18,8* n/a (*Volumes Obrigatórios Propostos) RVOs Propostos para 2017 Biocombustível Celulósico 0,173% Diesel de Biomassa 1,670% Biocombustível Avançado 2,220% Biocombustíveis 10,440% Fonte: EPA (US Gov) / Elaboração: DCR/Ministério de Minas e Energia ( 5

6 BIODIESEL Biodiesel: Produção Acumulada e Mensal Dados preliminares, com base nas entregas dos leilões promovidos pela ANP, mostram que a produção de biodiesel, em abril de 2016, foi de 301 mil m³. No acumulado do ano, a produção atingiu mil m³, um decréscimo de 6% em relação ao mesmo período de 2015 (1.270 mil m³). Abaixo, são apresentadas, para os períodos de mistura B5 (até junho de 2014), B6 (julho até outubro de 2014) e B7 (a partir de novembro de 2014), a produção acumulada anual e, posteriormente, a produção mensal, com a variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior. Biodiesel: Capacidade Instalada A capacidade instalada autorizada a operar comercialmente em abril de 2016 ficou em mil m³/ano (604 mil m³/mês). Dessa capacidade, 91% são referentes às empresas detentoras do Selo Combustível Social. 6

7 Em abril, havia 49 unidades aptas a operar comercialmente, do ponto de vista legal e regulatório, com uma capacidade média instalada de 148 mil m³/ano (411 m³/dia). Dessas, 38 detinham o Selo Combustível Social. Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras Região nº usinas Capacidade Instalada mil m 3 /ano % N % NE % CO % SE % S % Total % OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 30/04/

8 Biodiesel: Atos Normativos, Autorizações de Produtores e o endereço eletrônico para o Boletim Mensal do Biodiesel emitido pela ANP Atos Normativos Aviso de Homologação ANP nº 02/ º Leilão de Biodiesel (L47), biodiesel para o 3º bi/2016; Consulta Pública ANP nº 11/2016 Divulgar a proposta de revisão das Resoluções ANP nº 18, de 22 de junho de 2007, e nº 2, de 29 de janeiro de 2008, que tratam dos usos experimental e específico do biodiesel e suas misturas com óleo diesel A; Resolução ANP nº 21/2016 Estabelece regras para o uso de Combustível Experimental e suas misturas com combustíveis ou biocombustíveis especificados; Resolução ANP nº 26/2016 Disciplina a atividade de produção de combustível líquido especificado pela ANP, por meio de Processo Alternativo, que abrange construção, ampliação de capacidade, modificação e operação de Planta Produtora de Combustível líquido; e Memorando de Entendimento entre a República Federativa do Brasil e a República de Moçambique sobre a cooperação na área de Energias Renováveis, publicado em maio de Produtores Despachos do Superintendente de Refino da ANP nº 485/2016 (Revoga as autorizações n os 557/2010, 645/2010, 465/2012 e 647/2012 FERTIBOM/Catanduva/SP capacidade de 333,3 m³/d); e nº 499/2016 (Mudança de razão social da usina NOBLE para COFCO, Rondonópolis/MT). Boletim Mensal do Biodiesel emitido pela ANP (endereço eletrônico) > Biocombustíveis > Biodiesel > Boletim Mensal do Biodiesel (link). Biodiesel: Preços e Margens O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços no produtor de biodiesel (B100) e de diesel, na mesma base de comparação (com PIS/Cofins e CIDE, sem ICMS). Em abril de 2016, o preço médio do biodiesel no produtor foi de R$ 2,56. Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra se, também, o comportamento das margens de revenda. 8

9 No mês de abril, o preço médio de venda da mistura ao consumidor, na época com B7, não apresentou variação em relação ao mês anterior. No preço intermediário (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), houve acréscimo de 0,1%. A margem bruta de revenda da mistura registrou decréscimo de 0,4%. Biodiesel: Entregas nos Leilões e Demanda Estimada O gráfico a seguir apresenta as entregas nos leilões promovidos pela ANP para atender a demanda obrigatória de B5 (até junho de 2014), B6 (de julho a outubro de 2014) e B7 (a partir de novembro de 2014). 9

10 O desempenho médio das entregas nos leilões públicos promovidos pela ANP é mostrado no gráfico a seguir. Contratualmente, a faixa de variação das entregas permitida é de 90% a 110% na média do leilão, atualmente bimestral. Em abril, a performance ficou em 96%. Biodiesel: Preços das Matérias Primas O gráfico abaixo apresenta a evolução do preço da soja em grão no Paraná, Bahia e Mato Grosso. Em seguida, são apresentadas as séries históricas do preço do óleo de soja em São Paulo, em Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro. 10

11 No gráfico a seguir, estão as cotações internacionais de outras matérias primas utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, têm se as cotações do sebo bovino. O gráfico a seguir mostra a variação acumulada do óleo e do grão de soja, com referência a janeiro de

12 No gráfico a seguir, estão as cotações dos preços de exportação e importação brasileiras de matériasprimas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, apresentamos uma comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras. Comparados no gráfico abaixo, estão a evolução de preços do biodiesel nos leilões promovidos pela ANP e os de outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos. 12

13 As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação. Biodiesel: Participação das Matérias Primas O gráfico a seguir apresenta a evolução da participação das matérias primas utilizadas na produção de biodiesel. Em 2016, no acumulado até o mês de março, a participação das três principais matérias primas foi: 75,2% soja, 18,0% gordura bovina e 1,7% algodão. 13

14 Biodiesel: Distribuição Regional da Produção A produção regional, em março de 2016, apresentou a seguinte distribuição: 49,1% Centro Oeste, 40,1% Sul, 6,0% Sudeste, 7,4% Nordeste e 3,5% Norte. Biodiesel: Não Conformidades no Óleo Diesel (B7) A ANP analisou amostras da mistura B7 comercializada no mês de abril. O teor de biodiesel fora das especificações representou 50,0 % do total de não conformidades identificadas. Biodiesel: Consumo em Países Selecionados Em 2014, o Brasil foi o segundo maior consumidor de biodiesel (3,4 milhões de m³), atrás somente dos Estados Unidos (5,3 milhões de m³). Em 2015, o consumo brasileiro ficou em 3,9 milhões de m³, descontando se a exportação de aproximadamente 12 mil metros cúbicos. 14

15 Etanol: Produção e Consumo Mensais ETANOL De acordo com o primeiro levantamento da safra 2016/2017 realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a previsão de moagem de cana para essa safra é de 690,98 milhões de toneladas. A moagem de cana de açúcar, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), fechou o mês de abril com um volume total de 71,6milhões de toneladas, relativas à safra 2016/17. O gráfico a seguir mostra a comparação do cronograma de moagem esperado, de acordo com a previsão de moagem total de cana de açúcar feita pela CONAB, com a moagem realizada. De acordo com o MAPA, no primeiro mês da safra 2016/17, a produção de etanol foi de 2,89 bilhões de litros, aumento de 59% em relação à produção do ano anterior. A produção de hidratado foi de 1,9 bilhão de litros, aumento de 48% em relação à safra anterior. Já a produção de anidro nesta safra foi de 0,96 bilhão de litros. A variação expressiva em relação à safra anterior é explicada por dois fatores: o primeiro devido a condições climáticas favoráveis que fizeram acelerar a colheita na região centro sul; o segundo devido à nova metodologia de apuração da safra proposta pelo MAPA. Destaca se que, no final de janeiro, a Coordenação de Açúcar e Etanol do MAPA emitiu comunicado aos produtores de açúcar e etanol determinando que a safra 2016/17 será iniciada no sistema SAPCANA em 1º de abril de 2016 nas regiões de Centro sul e Norte. Segundo o comunicado, as unidades localizadas nessas regiões devem fazer lançamentos regulares nos registros da colheita 2015/16 até a segunda quinzena de março de 2016 (a última metade da temporada para estas regiões), independentemente de terem iniciado a nova temporada. Em abril, o consumo de etanol foi de 1,9 bilhões de litros, sendo 0,8 bilhão de litros de anidro e 1,1 bilhões de litros de hidratado. Em 2016, já foram consumidos 8,33 milhões de litros de etanol. 15

16 Etanol: Exportações e Importações Em abril, as exportações brasileiras de etanol somaram 71,8 milhões de litros, o que representa um queda de 65% em relação ao mês anterior. Nesse mesmo mês, o preço médio (FOB) das exportações por litro do combustível foi de US$ 0,54 e o volume importado foi de aproximadamente 81,8 milhões litros, a um custo total de aproximadamente US$ 34,16 milhões. No acumulado entre janeiro e abril, as exportações totalizaram 704,9 milhões de litros. 16

17 Etanol: Frota Flex Fuel O número de licenciamentos de veículos leves, em abril de 2016, foi de 157 mil, volume aproximadamente 25% maior que o do mês anterior e 9% menor em relação ao mesmo período do ano anterior. Desse total, os carros flex fuel representaram 87,9%, os carros exclusivamente movidos à gasolina, 3,9% e os carros a diesel, 8,1%. Etanol: Preços da Cana de Açúcar Etanol: Preços O preço do etanol no produtor teve uma sensível queda em abril devido ao aumento da oferta do biocombustível dado pelo início da safra 2016/17 na região Centro Sul. O preço médio do etanol hidratado no produtor, em abril, sem tributos, teve uma média de R$ 1,38/litro. O preço médio do etanol anidro foi de R$ 1,58 por litro. O preço do anidro foi 23,3% menor que o mês anterior. E o etanol hidratado teve uma redução de 26% em relação ao mês anterior. O acompanhamento dos preços semanais realizado pela ESALQ refere se aos preços praticados no mercado spot, ou seja, não captura os preços praticados nos contratos. A redução dos preços no produto teve grande impacto nas margens de lucro apresentadas no distribuidor e no revendedor do biocombustível. Tendo em vista, que a redução dos preços não foi acompanhada na mesma velocidade nos outros dois elos da cadeia. 17

18 Etanol: Margens de Comercialização 18

19 Etanol: Paridade de Preços Média Mensal Etanol: Paridade de Preço Semana de a Em meados de maio, as capitais da região Sudeste já começaram a ter paridade de preços no varejo abaixo dos 70% (valor que, do ponto de vista econômico, torna o consumo de hidratado mais vantajoso em relação à gasolina). 19

20 Etanol: Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Etanol O preço médio do açúcar NY SB11 teve um leve recuo de 3% em relação ao mês anterior. O petróleo tipo Brent alcançou os US$ 40,63/barril, aumento de 8% em relação ao mês anterior. O preço do etanol hidratado, em dólar, no mercado interno, teve uma redução de 23%. Etanol: Não Conformidades na Gasolina C A ANP analisou amostras de gasolina C no mês de abril. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 70,0 % do total das não conformidades. 20

21 Etanol: Não Conformidades no Etanol Hidratado A ANP analisou amostras de etanol hidratado no mês de abril, das quais 14 apresentaram não conformidades. Na sua maioria, referem se à Soma de Massa Específica/Teor de álcool. Etanol: Consumo em Países Selecionados Biocombustíveis: Variação de Matérias Primas em Comparação à do IPCA O gráfico a seguir mostra a variação acumulada das principais matérias primas de biocombustíveis usadas no Brasil (cana de açúcar e óleo de soja) em comparação com o petróleo tipo Brent e com o índice de inflação dado pelo IPCA, com referência a janeiro de

22 Biocombustíveis: Números do Setor em 2014 e 2015 NÚMEROS DO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS (2014 e 2015) Etanol Biodiesel Produção (safras 2014/15 e 2015/16 milhões de m³) 28,65 30,46 n.a. n.a. Produção (ano civil milhões de m³) 27,9 29,97 3,4 3,9 Consumo combustível (milhões de m³) 24,4 28,96 3,4 3,9 Exportações (milhões de m³) 1,39 1,78 0,04 0,01 Importações (milhões de m³) 0,44 0,52 Preço médio no produtor EH e B100 (1) (R$/L) 1,19 1,35 1,96 2,17 Preço médio no distribuidor EH (2) e B5 B7 (2) (R$/L) 1,79 1,90 2,21 2,51 Preço médio no consumidor final EH (2) e B5 B7 (2) (R$/L) 2,43 2,60 2,51 2,82 Capacidade de produção instalada nominal (milhões de m³) n.d. n.d. 7,5 7,3 (1) Inclui os tributos federais. (2) Com todos os tributos. Ressalva do Editor A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte. Distribuição do Boletim A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é feita gratuitamente por e mail. Os interessados em receber mensalmente essa publicação podem solicitar seu cadastramento na lista de distribuição por meio do envio de mensagem para o endereço dcr@mme.gov.br. O Boletim também está disponível para download no sítio gas natural ecombustiveis renovaveis/publicacoes. Equipe do Departamento de Combustíveis Renováveis Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Patricia Bragança Soares, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa, Gustavo Luís de Souza Motta e Ricardo Borges Gomide. 22