SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Transcrição

1 Instituto de História COLEGIADO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA PLANO DE ENSINO 1. IDENTIFICAÇÃO COMPONENTE CURRICULAR: Leitura e Produção de Textos em História UNIDADE OFERTANTE: Instituto de História - INHIS CÓDIGO: INHIS31003 PERÍODO/SÉRIE: 1º. TURMA: (H, HA, I ou IA) CARGA HORÁRIA: 90h/a NATUREZA: TEÓRICA: 60h PRÁTICA: 30h PROFESSOR(A): Mara Regina do Nascimento TOTAL: 90h OBRIGATÓRIA: (x) OPTATIVA: ( ) ANO/SEMESTRE: 2019/1º. OBSERVAÇÕES: 2 de 3

2 2. EMENTA Leitura, interpretação e análise de diferentes tipos de fontes documentais; desenvolvimento da habilidade da escrita de textos acadêmicos, tais como sínteses, resenhas, fichamentos, resumos, esquemas, artigos científicos e textos didáticos. Interpretação de textos historiográficos segundo os métodos de análise conceitual e argumentativa do campo; Elaboração de textos científicos, conforme as normas técnicas pertinentes e critérios de clareza e consistência lógica da argumentação. 3. JUSTIFICATIVA A disciplina justifica-se por sua importância na formação do historiador e historiadora, pela sua contribuição para enriquecer o perfil do bacharel e da bacharela, ou licenciado e licenciada, em História, cujo foco de atuação profissional direciona-se, de acordo com o Projeto Pedagógico do Curso de História da UFU, à reflexão, à crítica, à pesquisa, à produção e à difusão de conhecimentos históricos, estabelecendo diálogo com as demais áreas do conhecimento das humanidades. Faz parte do ofício do historiador e da historiadora trabalhar em atendimento às demandas sociais, como as relativas ao ensino de História, mas também, às políticas de preservação de documentos, produção e gestão de acervos em centros culturais, arquivos e museus, assim como às de preservação e gestão do patrimônio histórico e cultural. Neste sentido, esse e essa profissional devem dominar os elementos epistemológicos básicos do ofício que incluem, entre outros, adquirir habilidades relacionadas à produção e divulgação dos conhecimentos históricos para públicos diversos: acadêmico, escolar, não especializado etc. A formação do historiador e da historiadora busca torná-lo e torná-la agentes fomentadores e fomentadoras de debates públicos em torno das questões éticas, culturais e sociais da contemporaneidade, entendendo-as em sua temporalidade/historicidade mais ampla. Neste universo de compromissos, é de suma importância o estímulo a envolver-se com a leitura, a interpretação de texto e as práticas da escrita. 4. OBJETIVO Objetivo Geral: Conhecer e produzir textos acadêmicos, observando aspectos de adequação de linguagem, método e exposição característicos do ofício do historiador. Objetivos Específicos: 1- Identificar e analisar diferentes tipos de fontes documentais e, a partir delas, produzir textos científicos. 2 - Ler, interpretar e debater textos fundamentais para a História e historiografia, atentando-se para as estratégias metodológicas e retóricas de exposição e divulgação do conhecimento histórico. 3 - Produzir textos dissertativos específicos da área de História, a partir de técnicas pertinentes à área. 5. PROGRAMA I - Leitura, interpretação e análise de textos historiográficos. II - Leitura, interpretação e análise de fontes documentais. III - Protocolos de escrita e especificidade da produção do saber em história. IV - Metodologia científica em História características da produção do texto científico. V - Formas narrativas em história e exposição do saber historiográfico. VI - Narração histórica: fundações, tipos e razão. 6. METODOLOGIA As aulas serão conduzidas de acordo com os conteúdos listados no programa e conforme previstos no cronograma. As aulas serão expositivas e dialogadas, intercaladas de leitura de documentos e interpretação de textos, a partir de técnicas de oficinas práticas. As atividades práticas serão realizadas individualmente, ou em grupos, em sala, e ainda demandadas para desenvolvimento extraclasse (buscas na internet, pesquisas bibliográficas, fichamento de leituras, redação de resenhas, consulta de fontes documentais, preparação de apresentação oral). Serão enfocados e discutidos conteúdos teóricos e aplicados em práticas de leitura/produção de fichas e textos. O curso se realizará por meio de seminários, debates, exibição de slides de datashow, estudos dirigidos, exposições dialogadas, exercícios voltados para o que fazer e o que não fazer na escrita historiográfica. 7. AVALIAÇÃO A avaliação será feita ao longo do curso, valorizando-se a participação dos e das discentes em todas as atividades propostas, nas oficinas práticas de escrita, nas reflexões críticas e argumentativas a partir das leituras da bibliografia 3 de 3

3 sugerida e nas visitas técnicas propostas. Os critérios de correção levarão em conta o domínio dos conteúdos, a clareza e a consistência lógica da argumentação da escrita. As formas avaliativas e o valor atribuído a estas, serão assim distribuídos: - entrega de 10 fichamentos, de acordo com a ficha modelo [anexo A] (relativos aos textos do programa): 25 pontos; - entrega de descrição e análise de 4 fontes documentais (livre escolha. Uma por mês): 25 pontos - entrega de 01 resenha de um livro no final do curso, máximo 5 laudas (livre escolha; a obra não precisa estar entre as listadas no programa, podendo inclusive ser uma obra de ficção): 25 pontos; - seminários: exercício reflexivo: apresentação de um tema de pesquisa: o que é um tema? O que é uma : 25 pontos (apresentação oral e escrita) 8. BIBLIOGRAFIA Básica ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz. O Tecelão dos Tempos: o historiador como artesão das temporalidades. In: BELLINI, Ligia; NEGRO, Antônio Luigi e SOUZA, Everton Sales (Org.). Tecendo Histórias: espaço, política e identidade. 1ed. Salvador: EDUFBA, 2009, v. 1, p [versão em PDF]. ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz. A Hora da Estrela: História e literatura, uma questão de gênero? e História: a arte de inventar o passado. In:. História. A arte de inventar o passado. Ensaios de teoria da História. Bauru, SP: Edusc, 2007, pp e pp BAUER, Caroline Silveira & NICOLAZZI, Fernando Felizardo. O historiador e o falsário. Usos públicos do passado e alguns marcos da cultura histórica contemporânea. In: Varia Historia, Belo Horizonte, vol. 32, n. 60, p , set/dez [versão em PDF] CERTEAU, Michel de. A operação historiográfica. In:. A Escrita da História. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008, pp CHARTIER, Roger. Línguas e leituras no mundo digital. In: Os desafios da escrita. São Paulo: Editora da Unesp, 2002, pp CHARTIER, Roger. A operação historiográfica. In:. A Escrita da História. Rio de Janeiro: Forense Universitária, FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Edições Loyola, [versão em PDF] LE GOFF, Jacques. Documento/Monumento. In:. História e Memória. Campinas: Editora da Unicamp, 2003, pp MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto, relatório, publicações e trabalhos científicos. 7.ed. São Paulo: Atlas, [ Acesso em 01/02/2019] SALIBA, Elias Thomé, Pequena história do documento. Aventuras modernas e desventurar pós-modernas. In: PINSKY, Carla e LUCA, Tania Regina de. O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2011, pp TURIN, Rodrigo. A polifonia do tempo: ficção, trauma e aceleração no Brasil contemporâneo. ArtCultura (UFU), v. 19, pp , VIEIRA, Maria do Pilar de Araújo. A pesquisa em história. 4. ed. São Paulo: Ática, VEYNE, Paul. O objeto da História e Tudo é histórico, logo, a história não existe. In:. Como se escreve a História. Foucault revoluciona a História. Brasília: Editora da UnB, 1982, pp e pp Cartilhas sobre plágio: Plágio Acadêmico. Versão 1 - agosto de São Paulo: Insper/Unesp. Nem tudo que parece é: entenda o que é o plágio. Rio de Janeiro: UFF, s/d. Plágio Acadêmico: conhecer para combater. Serviço de Edição e Informação Técnico-Científica/CEDC, Brasília: MEC, Obras de Referência: FRANÇA Maira Nani; PINHEIRO, Maria Salete de Freitas e FUCHS, Ângela Maria Silva. Guia para normalização de publicações técnico-científicas. Uberlândia, EDUFU, [versão em PDF] HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Objetiva, 2009, 1ª. Ed. (versões on line atualizadas). POMBO, Rocha. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa. [1914]. Rio de Janeiro: ABL, Disponível em: cams- 10-dicionario_de_sinonimos_da_lingua_portuguesa-para_internet.pdf Acesso em 02/02/2019. DICIONÁRIOS de sinônimos, disponíveis on line. 4 de 3

4 Complementar ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 10.ed. São Paulo: Atlas, DINIZ, Débora; TERRA, Ana. Plágio: palavras escondidas. Brasília: Letras Livres; Rio de Janeiro: Fiocruz, BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Zahar, BOSCHI, Caio. Exercícios de pesquisa histórica. Belo Horizonte: Editora PUCMinas, 2011 CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro A.; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. 6.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, CHARTIER, Roger. Inscrever e Apagar. Cultura escrita e literatura. São Paulo: Unesp, FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. São Paulo: Martins Fontes, GNERRE, Maurizio. Linguagem, Escrita e Poder. São Paulo: Martins Fontes, LE GOFF, Jacques. A História deve ser dividida em pedaços?. São Paulo: Unesp, KOSELLECK, Reinhart. Uma história dos conceitos: problemas teóricos e práticos. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, vol.5, n.10, 1992, pp KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado. Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto/PUC- Rio, MALERBA, Jurandir (org.). A História Escrita. Teoria e história da historiografia. São Paulo: Contexto, RICOUER, Paul. Tempo e Narrativa. Campinas: Papirus, TURIN, Rodrigo. 'Entre o passado disciplinar e os passados práticos: figurações do historiador na crise das humanidades'. Tempo (Niterói. Online), v. 24, p , WHITE, Hayden. Meta-História. A imaginação histórica do século XIX. São Paulo: Edusp, Anexo A: FICHAMENTO DE LEITURA: Referência bibliográfica completa (autor(a), título, cidade, editora, ano, paginação, de acordo com as Normas da ABNT) Dados biográficos do(a) autor(a) Palavras-chave do texto Tema central Ideias e problemas levantados pelo(a) autor(a), com o número da página. Conclusões do(a) autor(a) Meus Comentários (diálogo com o(a) autor(a)) 5 de 3

5 9. APROVAÇÃO Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: / / Coordenação do Curso de Graduação em: ANEXO 1 CRONOGRAMA DATA ATIVIDADE 13 de março Recepção da Coordenação aos Ingressantes. Substituição de atividades. 20 de março Apresentação do Programa do Curso Dinâmica da aula: dialógica. Distribuição dos dias de apresentação dos Seminários. apresentação da bibliografia do curso 27 de março Temática: o historiador como artesão Dinâmica da aula: primeiro momento - discussão de texto/segundo momento como organizar arquivos de textos em programas digitais (word e similares) ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz. O Tecelão dos Tempos: o historiador como artesão das temporalidades. In: BELLINI, Ligia; NEGRO, Antônio Luigi e SOUZA, Everton Sales (Org.). Tecendo Histórias: espaço, política e identidade. 1ed. Salvador: EDUFBA, 2009, v. 1, p [será utilizada uma versão em PDF] 03 de abril Temática: História, Literatura e a invenção do passado oficina prática de escrita (fichamentos de textos) ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz. A Hora da Estrela: História e literatura, uma questão de gênero? e História: a arte de inventar o passado. In:. História. A arte de inventar o passado. Ensaios de teoria da História. Bauru, SP: Edusc, 2007, pp e pp de abril Temática: O que é plágio? Como não cometê-lo. Dinâmica da aula: análise de legislação e de cartilhas em datashow 17 de abril Visita técnica ao CDHIS Centro de Documentação e Pesquisa em História da UFU e à Biblioteca Central 24 de abril Temática: Os desafios da escrita hoje: mutações e duração do tempo análise de escrita das redes sociais em Datashow. Entrega da análise da fonte n. 1 CHARTIER, Roger. Línguas e leituras no mundo digital. In: Os desafios da escrita. São Paulo: Editora da Unesp, 2002, pp TURIN, Rodrigo. A polifonia do tempo: ficção, trauma e aceleração no Brasil contemporâneo. ArtCultura (UFU), v. 19, pp , de maio Temática: História e suas fontes análise de fontes em Datashow, exploração de sites de arquivos históricos (fontes documentais e suas possibilidades) SALIBA, Elias Thomé, Pequena história do documento. Aventuras modernas e desventurar pós-modernas. In: PINSKY, Carla e LUCA, Tania Regina de. O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2011, pp LE GOFF, Jacques. Documento/Monumento. In:. História e Memória. Campinas: 6 de 3

6 Editora da Unicamp, 2003, pp de maio Visita técnica ao Arquivo Público Municipal - Rua Ceará, 3105, esquina com R. Delfim Moreira - B. Custódio Pereira 22 de maio Temática: Metodologia científica em História características da produção do texto científico Dinâmica da aula: primeiro momento - discussão de texto/segundo momento oficina prática da escrita (refletindo sobre as partes que compõem um texto científico. O que fazer e o que não fazer num trabalho acadêmico e científico) VIEIRA, Maria do Pilar de Araújo. A pesquisa em história. 4. ed. São Paulo: Ática, de maio Temática: Metodologia científica em História características da produção do texto científico oficina prática da escrita (refletindo sobre as partes que compõem um texto científico. O que fazer e o que não fazer num trabalho acadêmico e científico) Entrega da análise da fonte n. 2 MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto, relatório, publicações e trabalhos científicos. 7.ed. São Paulo: Atlas, [ Acesso em 01/02/2019] 05 de junho Temática: Formas narrativas em história e exposição do saber historiográfico Dinâmica da aula: primeiro momento - discussão de texto/segundo momento oficina da escrita. Início dos Seminários de apresentação do exercício reflexivo: apresentação oral e escrita de um tema de pesquisa: o que é um tema? O que é uma CERTEAU, Michel de. A operação historiográfica. In:. A Escrita da História. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008, pp de junho Temática: Formas narrativas em história e exposição do saber historiográfico Dinâmica da aula: primeiro momento - discussão de texto /Segundo momento oficina prática da escrita. Continuidade dos Seminários de apresentação do exercício reflexivo: apresentação oral e escrita de um tema de pesquisa: o que é um tema? O que é uma VEYNE, Paul. O objeto da História e Tudo é histórico, logo, a história não existe. In:. Como se escreve a História. Foucault revoluciona a História. Brasília: Editora da UnB, 1982, pp e pp de junho Temática: Formas narrativas em história e exposição do saber historiográfico Dinâmica da aula: primeiro momento - discussão de texto /Segundo momento oficina prática da escrita. Continuidade dos Seminários de apresentação do exercício reflexivo: apresentação oral e escrita de um tema de pesquisa: o que é um tema? O que é uma FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Edições Loyola, [versão em PDF] 26 de junho Temática: Formas narrativas em história e exposição do saber historiográfico Dinâmica da aula: primeiro momento - discussão de texto /Segundo momento oficina prática da escrita. Continuidade dos Seminários de apresentação do exercício reflexivo: apresentação oral e escrita de um tema de pesquisa: o que é um tema? O que é uma Entrega da análise da fonte n. 3 7 de 3

7 BAUER, Caroline Silveira & NICOLAZZI, Fernando Felizardo. O historiador e o falsário. Usos públicos do passado e alguns marcos da cultura histórica contemporânea. In: Varia Historia, Belo Horizonte, vol. 32, n. 60, p , set/dez [versão em PDF] 03 de julho Apresentação oral da versão final das resenhas, para análise crítica e contribuições coletivas aos textos dos e das colegas. Entrega da análise da fonte n de julho Encerramento e avalição da dinâmica do curso 8 de 3