Parte 1 Sessão 2 Fundamentos analíticos gerais. Reinaldo Gonçalves
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- Diana Bennert
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1 Parte 1 Sessão 2 Fundamentos analíticos gerais Reinaldo Gonçalves
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4 Sumário 1. Foco 2. Antecedentes 3. Smith 4. Ricardo 5. Papel do Estado na Economia Clássica 6. Marx 7. Schumpeter 8. Síntese Bibliografia 4
5 5. Papel do Estado na Economia Clássica Defensores do regime de propriedade privada Preocupados quanto aos limites da intervenção Rejeição à intervenção em inúmeras áreas Dogmatismo liberal não se expressou contrário à evolução dos fatos sociais durante o séc. XIX Intervencionismo funcional/localizado 5
6 Rejeição à intervenção em inúmeras áreas Fixação de preços Regulação de processos industriais Protecionismo Regulação de preços de alimentos Lei de usura (depois de Smith) Estabelecimento de monopólios Tributação de alimentos básicos 6
7 Do laissez-faire ao pragmatismo Aceitavam e defendiam intervenção Condições de trabalho Mecanização Pobreza Educação Sindicato Colônias 7
8 Pensamento clássico: laissez-faire e pragmatismo (O Brien, 1978, cap. 10) Smith: crítica à intervenção do Estado no mercado na defesas dos interesses da burguesia mercantil Coerente quanto ao combate Mercantilismo monopólio corrupção governamental 8
9 Smith: Mercado com restrições Reconhece mercado => eficiência alocativa Entretanto, necessidade de arcabouço de restrições: esferas Legal Religiosa Moral Convenções 9
10 Clássicos e pragmáticos Reconhecem explicitamente a importância da intervenção governamental Exemplos J. S. Mill, Principles, 1848 McCulloch, Treatise, 1848 The principle of laisser-faire may be safely trusted to in some things but in many more it is wholly inapplicable (McCulloch, Treatise, 1848, Apud, 272) 10
11 J. S. Mill e outros clássicos explicitam necessidade de intervenção governamental Defesa Justiça correio estradas portos docas canais canais de irrigação saúde educação 11
12 Smith e outros clássicos defendiam Navigation Acts Reserva de mercado para barcos britânicos Usury Laws Fixar taxa máxima de juros Regular trabalho infantil Combater pobreza Regulação da saúde pública Medidas fitossanitárias Tratamento médico (saúde pública) Regular a expansão das favelas nas cidades 12
13 Áreas de intervenção A. Economia doméstica Factory Acts (legislação trabalhista) Mecanização Pobreza Educação Sindicatos B. Relações internacionais 1. Irlanda 2. Colônias 13
14 A. Intervenção na Economia Doméstica 1. Intervenção no mercado de trabalho Factory Acts (legislação trabalhista) Regulação do trabalho infantil Pagamento de salários com mercadorias Limitação do número de horas Defensores e opositores 14
15 Intervenção 2. Mecanização Efeito sobre emprego Debate: como minimizar Mill: argumenta a favor de medidas para desacelerar progresso técnico poupador de mão-de-obra 15
16 Intervenção, Pobreza Por um lado, Ricardo e Malthus Abolição da Lei dos Pobres Problema: assistência social estimula crescimento populacional Senior e outros Valor da assistência social menor que do que salário não desestimular o trabalho Assistência aos deficientes e idosos 16
17 Intervenção, Educação Consenso de Smith em diante Educação (primária) pública Alguns defendiam sistema combinado de remuneração de professores: pagamento de fees pelos alunos e salários Contrários ao monopólio da educação pelo Estado 17
18 Intervenção, Sindicatos Favoráveis (sem consenso) Sindicatos defendiam salários mais altos Salários baixos diminuem produtividade Salários mais altos implicam mais demanda e crescimento Contrabalançar o poder das empresas - justiça 18
19 B. Relações internacionais: Intervenção 1. Irlanda Redução de tributação Remoção de restrições ao comércio e à indústria irlandesa Reforma da magistratura Controle do aluguel das terras Favorecer emigração Educação Investimento em infra-estrutura Assistência social (sem consenso) 19
20 2. Intervenção: Colônias Duas fases Fase I: De Smith até 1820s: perfil baixo/contrários Gastos de defesa Corrupção Monopólio do comércio colonial: nenhum benefício, distorce alocação de capital Integração completa ou emancipação 20
21 Intervenção: Relações internacionais: Colônias, cont... Fase II: 1820s Apoio aos esquemas de financiamento estatal à emigração para as colônias Cobrar pelas terras disponíveis nas colônias Orientar concentração de atividades econômicas nas colônias: externalidades/economias de escala 21
22 Pensamento clássico: Estado vs mercado Pragmatismo Pragmatismo e flexibilidade Convergência do interesse individual e do interesse público requer arranjos jurídicos e institucionais Laissez-faire não poderia impedir o avanço de reformas econômicas e sociais 22
23 Síntese: Smith e Ricardo Pensamento clássico: lei de Say Toda produção encontra mercado flexibilidade de preços, salários e taxas de juros Ausência do Estado: funções reguladora, planejadora e distributiva Mercado garante correção de eventuais desvios acumulação de capital Estado - função alocativa: bens públicos (consumo coletivo) 23
24 Marx Síntese: Marx (será visto em maiores detalhes mais adiante) Relação fundamental da reprodução ampliada Acumulação de capital ocorre sem qualquer problema de mercado e de demanda efetiva Estado: função acumulação e reprodução do K legitimação e reprodução da dominação Crise e Estado-serviçal Função distributiva: atuar a favor do capital Função reguladora, estabilizadora e distributiva Legitimidade do Estado Interesse de longo prazo do capital 24
25 Estado e mercado: Ideias-chave Smith Mão Invisível: interesse individual converge com interesse coletivo Ricardo Marx Vantagem Comparativa e ganhos do livre comércio Conflito de classes, trabalho como mercadoria, apropriação do excedente econômico e o Estadoserviçal do K 25
26 Pensamento clássico: Pragmatismo Grande parte do Pensamento clássico: Estado e mercado Pragmatismo e flexibilidade Convergência do interesse individual e do interesse público requer arranjos jurídicos e institucionais Laissez-faire não poderia impedir o avanço de reformas econômicas e sociais 26
27 Bibliografia Adam Smith Uma Investigação sobre a Natureza e Causas da Riqueza das Nações, 1776 David Ricardo Sobre os Princípios da Economia Política e Tributação, 1817 Karl Marx, O Capital. Crítica da Economia Política, vol. I,
28 Bibliografia, cont... O Brien, D. P. The Classical Economists. Oxford: Clarendon Press, 1975, cap. 10. Screpanti, E., Zamagni, S. An Outline of the History of Economic Thought. Oxford: OUP, W. J. Samuels, Biddle, J.E., Davis, J. B. A Companion to the History of Economic Thought. Blackwell Publishing Inc., 2003 Greffe, X, Lallement, J., De Vroey, M. de. Dictionnaire des Grandes Ouvres Économiques. Paris: Éditions Dalloz,
29 Bibliografia, cont... Manual de Economia. Equipe de Professores da USP. São Paulo: Editora Saraiva, Barber, W. J. Uma História do Pensamento Econômico. Rio de Janeiro: Zahar Editores, Blaug, M. La Teoría Económica em Retrospección. Barcelona: Editorial Luis Miracle, Heilbroner, R. A História do Pensamento Econômico. São Paulo: Ed. Nova Cultural Ltda,
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