Fernando Ribeiro Camaz UNREDUC/SMS/MA

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1 Fernando Ribeiro Camaz UNREDUC/SMS/MA Tel.:

2 CONTEXTUALIZAÇÃO A crescente preocupação com a imagem das empresas As indústrias brasileiras buscam alternativas tecnológicas mais limpas e matérias primas menos tóxicas e mais ecoeficientes, a fim de reduzir o impacto e a degradação ambiental A conscientização da sociedade e a legislação ambiental têm induzido as empresas a uma relação mais sustentável e adequada com relação aos recursos disponíveis Investimentos em modificações de processo, aperfeiçoamento de mão-de-obra, substituição de insumos, redução de geração de resíduos e racionalização de consumo de recursos naturais

3 O Diagnóstico da Situação Ambiental no setor industrial CONTROLE DE FIM DE LINHA (DÉCADA DE 70) RECICLAGEM RECUPERAÇÃO REDUÇÃO (3Rs) (DÉCADA DE 80) PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO (DÉCADA DE 90) PROJETO

4 Dificuldades na avaliação do desempenho ambiental de empresas de petróleo e petroquímicas -Dificuldade para o estabelecimento de indicadores ambientais comparáveis e consistentes. - Falta de registros, dificuldade em se valorar os passivos ambientais. Isto dificulta a implantação de medidas que poderiam melhorar o desempenho econômico e sócioambiental empresa. Conhecimentos precários sobre a contabilidade sócioambiental, alimentam a visão distorcida de que investimentos na área ambiental reduzem a competitividade da empresa.

5 Localização da Refinaria Duque de Caxias

6 Avaliar cientificamente aspectos ou impactos ambientais do fechamento do sistema de refrigeração aberto fase I e fase II, ações 32 e 33, do Termo de Compromisso de Ajustamento Ambiental (TCAA /, com suas múltiplas variáveis envolvidas em um processo socioeconômico e ambiental dinâmico. Analisar o comportamento do teor de óleos e graxas globais lançados, conforme dados da DZ R-7 - Diretriz do Programa de Autocontrole de Efluentes Líquidos - PROCON-ÁGUA, enviados ao Órgão Ambiental (FEEMA) no período da pesquisa.

7 A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA Basicamente, a Legislação Ambiental Brasileira está alicerçada em 4 grandes LEIS: Lei de 31 de agosto de 1981 (regulamentada pelo decreto /90): Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Constituição Federal de 1988 (principalmente os Artigos 23, 24 e 225). Constituições dos Estados. Lei Nº de 12 de fevereiro de 1998: Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

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9 SISTEMA DE COMBUSTÍVEIS GÁS NATURAL GÁS NATURAL PLANTAS DE GÁS NATURAL TRAT. GLP U s 2300/2500/2600/3400/3500 GLP U-1280 NAFTA PETROQUÍMICA REFORMA CATALÍTICA UPF U-2400 PETRÓLEO CABIÚNAS U-1220 H2S UNIDADES DE DESTILAÇAO TRATAMENTOS U-1210 HDT - QAV e DIESEL (U-2700) RV H2S CRAQUEAMENTO DESASFALTAÇÃO CATALÍTICO ODES U-1250 URE U-3300 DIESEL USPP U-3100 GLP UMTBE GASOLINA U-3200 LCO e OCL ASFALTOS ÓLEOS COMBUSTÍVEIS RASF UNIDADE DE COQUE e IDROTRATAMENTO ENXOFRE QAV BENDER - QAV (U-1260) U-1240 GASOLINA PRODUTOS DA UNIDADE DE COQUE: GLP, NAFTA/GASOLINA, DIESEL, DILUENTE e COQUE PROPENO MTBE

10 Rio Iguaçu

11 Baía de Guanabara Rio Sarapuí

12 Os custos para implantação do Sistema de Refrigeração fechado foram de: R$ ,53 cerca de US$ 46,8 milhões, disponibilizados em 03 (três) anos.

13 ESTUDO DE CASO: ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DO FECHAMENTO DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO DA REDUC AS INTERAÇÕES COM OS ÓRGÃOS AMBIENTAIS 1970 Aparecimento dos requisitos legais visando o controle de poluição industrial no Estado do Rio de Janeiro A REDUC iniciou um projeto básico para adaptação dos seus sistemas já existentes.

14 AS INTERAÇÕES COM OS ÓRGÃOS AMBIENTAIS 1991 Outro Termo de Compromisso Ambiental e Obrigações (TCA) assinado pela REDUC com oito itens, seis de responsabilidade desta, para atender às demandas ambientais do Pólo Petroquímico, e dois de responsabilidade do Pólo Petroquímico A Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECT/RJ) criou um consórcio, composto por Universidades do Estado do Rio de Janeiro. A equipe foi formada para avaliar as reais condições do funcionamento REDUC e as suas implicações ambientais. Foram feitas recomendações como a necessidade da obtenção da ISO e do tratamento de destinação final de todos os passivos ambientais, através de um plano de ação emergencial.

15 AS INTERAÇÕES COM OS ÓRGÃOS AMBIENTAIS A REDUC assinou: Em 25 de abril - O Compromisso de Ajustamento de Conduta (CAC): Petrobrás, Ministério Público Federal, Agência Nacional de Petróleo (ANP), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e FEEMA. Em 18 de maio - O Termo de Compromisso (TC): Dutos e Terminais do Sudeste/Ilha D`Água (DTSE), FEEMA e Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMADS). Em 30 de novembro - Ambiental (TCAA): O Termo de Compromisso para Ajuste DTSE, SEMADS, FEEMA e Ministério Publico Federal.

16 Sistema de Gestão da REDUC Qualidade ISO 9001:2000 Meio-ambiente Sistemas de Gestão Integrada Saúde Ocupacional ISO 14001:1996 OHSAS 18001:1999 Segurança OHSAS 18001:1999

17 CONCLUSÕES Os ganhos ambientais com a Implantação foram principalmente à redução no consumo de recursos hídricos e a minimização na geração efluentes industriais aproximadamente m³/dia. Ganhos significantes foram reduções na carga de óleos & graxas, nitrogênio, amônia, metais pesados e descartados para Baía de Guanabara. Redução do custo no tratamento de efluentes cerca de US$633,6 mil/dia, que deixaram de ser tratados e descartados. A quantidade de Óleos & Graxas lançado no rio Iguaçu em 1998 foi de 330 t / ano igual barris de petróleo / ano equivalente a l / ano.

18 CARGA POLUIDORA DE ÓLEOS E GRAXAS 350,0 Carga Poluidora (Ton./ano) 300,0 250,0 200,0 150,0 100,0 50,0 0, Fonte: autor(2008)

19 CARGA POLUIDORA DE NITROGÊNIO 900,0 800,0 700,0 600,0 500,0 400,0 300,0 200,0 100,0 0, Fonte: autor(2008) C arg a P o lu id o ra (T o n./an o )

20 Carga Poluidora (média anual) 9,6 9,1 7,6 6,8 0,2 0,3 2,2 0,4 1,2 Ano Evolução da Redução da Carga Poluidora de Metais Pesados (toneladas/ano) Fonte: O autor (2008) (*) Nos anos de 1998 e 1999, as principais concentrações de metais pesados analisados foram cobre, vanádio e cádmio, na Saída das Lagoas e na Bacia de Resfriamento. (* *) Os anos de 2000 a 2003 apresentaram uma alta concentração de zinco, cádmio e níquel na Bacia de Resfriamento, para uma vazão de m³/dia.

21 CONCLUSÕES(2) A redução do custo com desperdício de matéria prima (2407 barris de petróleo/ano) foi de US$ 207 mil/ano, que poderiam gerar cerca de US$ 500 mil em faturamento com a geração de produtos de maior valor agregado em 1998 caindo gradualmente para US$ 44 mil em outubro de 2006 quando o sistema foi totalmente fechado. Estes poderiam gerar cerca de US$ 106 mil em faturamento com a geração de produtos com maior valor agregado que deixaram de ser produzidos.

22 REDUÇÃO VOLUME E CUSTO Litros/Óleo/ano Custo em US$ Redução de Volume e Custo Fonte: autor(2008)

23 CONCLUSÕES (3) A qualidade das águas do Rio Iguaçu e da Baía de Guanabara encontram-se comprometidas, com sinais claros de degradação ambiental, principalmente pela maciça quantidade de esgoto doméstico in natura. No Rio Iguaçu os monitoramentos realizados acusam uma situação de deficiência de oxigênio dissolvido para suportar a vida aquática (baixo OD), resultado da alta demanda biológica por oxigênio (alta DBO), parâmetros estes que estão fora do padrão estabelecido pela CONAMA. Verifica-se um alto índice de coliformes fecais, lixo, etc, reflexo da ausência de uma estrutura adequada de saneamento básico. A FEEMA (1984) classificou as águas do rio Iguaçu como de má qualidade, similares a valas de esgoto a céu aberto. Embora estejam disponíveis dados da qualidade das águas do Rio Iguaçu antes e após o fechamento da bacia de refrigeração, em 2002 e 2007, não ocorreram mudanças significativas e detectáveis na qualidade de suas águas.

24 CONCLUSÕES (4) Com relação a metais pesados, amônia e óleos & graxas, os resultados dos efluentes líquidos da refinaria quando comparados com os padrões estabelecidos encontram-se em conformidade com a Resolução CONAMA n 357 de 2005 e a NT R-10 da FEEMA, estando em alguns casos inferiores ao valor máximo permitido em várias ordens de grandeza. Entretanto, as águas fluviais apresentaram valores acima dos padrões em quase todos os pontos de amostragem, o que indica grande contaminação dos rios por fontes difusas, ou seja, efluentes domésticos. O padrão de qualidade das águas estabelecido na Resolução CONAMA 357/2005 escolhido para comparação foi o das águas de classe 2 mais restritivo em suas condições e padrões, e, que vem sendo utilizada nos monitoramentos subseqüentes à assinatura do TCAA encaminhados pela REDUC à FEEMA.

25 CONCLUSÕES (5) Na avaliação ecotoxicológica e de mutagenicidade dos efluentes da REDUC e corpos hídricos próximos, segundo a NT R-4 da FEEMA que determina os critérios e padrões para controle da toxicidade em efluentes líquidos industriais realizados no referido estudo, foi possível concluir que: No rio Iguaçu foi detectada toxicidade a jusante do canal Perimetral e após o encontro com o Rio Sarapuí, não tendo sido observados efeitos tóxicos no ponto amostrado após os lançamentos de efluentes da REDUC (efluente final da ETDI e da Bacia de Resfriamento). No rio Sarapuí, e na Baía de Guanabara foram observados efeitos tóxicos para ambos os organismos usados como indicador ecológico; Finalizando, destacamos a importância de utilização de indicadores, que mostram toda sua eficácia como instrumentos de gestão ao apresentar de forma clara e incontestável as condições operacionais e ambientais, direcionando os esforços das empresas rumo a ações preventivas e/ou corretivas ambientalmente corretas.

26 Obrigado a todos! Fernando Ribeiro Camaz UNREDUC/SMS/MA fernandocamaz@petrobras.com.br Tel.: