JUSTIÇA RESTAURATIVA E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO OLHAR AOS CONFLITOS FAMILIARES

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1 JUSTIÇA RESTAURATIVA E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO OLHAR AOS CONFLITOS FAMILIARES Mayara Pellenz (1), Gabriel Ferreira dos Santos (2) (1) Aluna da Pós Graduação em Direito Penal e Processo Penal, 3ª edição, IMED, Brasil. maypellenz@hotmail.com (2) Professor Mestre em Direito, IMED, Brasil. gabrielsantos@imed.edu.br

2 JUSTIÇA RESTAURATIVA E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO OLHAR AOS CONFLITOS FAMILIARES Resumo: Este breve estudo, através da interdisciplinaridade, tem por objetivo analisar um novo modelo de justiça criminal chamado Justiça Restaurativa e a Violência sofrida pelas mulheres em âmbito doméstico. Hoje, há uma clara necessidade de rever o sistema criminal, que se encontra em decadência e a Justiça Restaurativa possui diversos benefícios, no sentido de fortalecer laços e possibilitar entendimento entre autor do crime e vítima, ainda mais quando o conflito é instaurado em âmbito familiar. No ciclo restaurativo, os envolvidos e a comunidade são atores direitos, podendo ouvir e serem ouvidos. A punição pelo crime não ocorre, mas sim, a reparação dos danos e o entendimento, tão necessário no âmbito familiar. As mulheres vítimas de violência doméstica, se desejarem, optam pela justiça restaurativa para dialogar com o autor e não bater às portas do Judiciário, pois no processo criminal não há espaço para essa comunicação direta e aberta sobre o fato. Se sentir parte do ciclo restaurativo e abrir espaço para um entendimento traz benefícios à toda a família, e muitas vezes os laços de afeto são resgatados e fortalecidos. Esse novo modelo de justiça tem se mostrado eficiente em diversas partes do mundo e caminha, no Brasil, para uma efetivação em um futuro breve. Palavras-chave: Justiça Restaurativa;Violência Doméstica; Mulheres Vítimas. Abstract: This brief study through interdisciplinary, aims to analyze a new model of criminal justice called restorative justice and violence suffered by women in the domestic sphere. Today, there is a clear need to review the criminal justice system, which is in decay and Restorative Justice has many benefits, to strengthen ties and facilitate understanding between perpetrator and victim, even when the conflict is brought into the family. Restorative cycle, the actors involved and the community are rights and can hear and be heard. The punishment for the crime does not occur, but rather, the remediation and understanding, so necessary in the family. Women victims of domestic violence, if they wish, opt for restorative justice to talk with the author and do not knock on the doors of the judiciary because the criminal case there is no room for such direct and open communication about the fact. Feel part of the restorative cycle and open space for an understanding brings benefits to the whole family, and often emotional bonds are redeemed and strengthened. This new model of justice has been shown effective in various parts of the world and walks in Brazil, for a realization in the near future Keywords: Restorative Justice, Domestic Violence; Women Victims 1. INTRODUÇÃO Este trabalho científico pretende correlacionar dois temas comumente abordados pelos estudiosos no Brasil: A Justiça Restaurativa e a Violência Doméstica. Não é a toa que inúmeras abordagens são desenvolvidas com estes títulos. Entende-se por Justiça Restaurativa o processo colaborativo em que as partes afetadas mais diretamente por um crime determinam a melhor forma de reparar o dano causado pela transgressão (JESUS, 2005). Isso ocorre através do entendimento e do diálogo, com a reparação do dano e com a reintegração do infrator á sociedade; objetivando ainda o fim dos sentimentos negativos, em detrimento da pena que simplesmente pune, sem qualquer outra finalidade. Esta nova proposta já é

3 realidade em países como a Nova Zelândia e está sendo implementada também no Brasil, como forma de resolução de conflitos, especialmente através da mediação. Em outros países, a medida vem se mostrado eficaz em muitos aspectos. Violência Doméstica também é tema recorrente e objeto de análise de estudiosos das mais diversas áreas, inclusive aos operadores do direito. À estes, há uma forte referência processual penal, com o advento da Lei Maria da Penha, em 2006, que significou um avanço sem precedentes no Brasil, no tocante às garantias e a proteção dos direitos das mulheres vítimas de violência doméstica. Conjugar o problema da violência doméstica, que infelizmente ainda é realidade hoje no nosso país, e um novo modelo de resolução de conflitos nos parece uma tarefa árdua, mas extremamente instigante. Isso porque, as nuances por de trás do assunto são riquíssimas e alguns aspectos serão abordados neste artigo. 2. JUSTIÇA RESTAURATIVA E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO OLHAR AOS CONFLITOS FAMILIARES O tema da Justiça Restaurativa e da Violência Doméstica, no que se refere àquela sofrida pelas mulheres, é rico e envolvente. Ambas as questões são abordadas pela Organização das Nações Unidas. Há um Projeto de Declaração da ONU, relativa aos Princípios Fundamentais da Utilização de Programas de Justiça Restaurativa em Matéria Criminal que define como Justiça Restaurativa um processo no qual a vítima, o infrator e/ou outros indivíduos ou membros da comunidade afetados por um crime participam ativamente e em conjunto na resolução das questões resultantes daquele, com a ajuda de um terceiro imparcial (Em: Acesso em: 02 set. 2013). Usando a interdisciplinaridade e correlacionando os dois temas, questionamos: a violência doméstica sofrida há séculos pelas mulheres (e presente até nos dias de hoje) pode ser inserida em uma proposta de entendimento de maneira consensual, ativa, bilateral, transformando problemas familiares em ciclos restaurativos positivos? É possível que isto aconteça? Entendemos que é sempre pertinente buscar novas formas de resolução de conflitos de qualquer natureza. Isso porque os problemas da vida acabam chegando à via judicial, sobrecarregando o sistema. O magistrado, ao decidir questões familiares e de foro íntimo, se impõe sobre as partes. Porém, a decisão de conflito com a violência inserida no contexto da vida familiar enseja preparo e experiência, pois se trata de decisões sérias acerca da vida do outro. O entendimento entre as partes só traz benefícios, como veremos mais adiante. Tanto é verdade esta afirmação, que o próprio magistrado tem o dever de fazer uma tentativa de conciliação entre as partes, explicando os ganhos que as partes terão caso cheguem a um denominador comum. Ressaltamos, desde já, o que nos parece uma contribuição positiva da justiça restaurativa: servir de alternativa para que questões de violência doméstica sejam resolvidas pelas partes, preservando a vida da família e a

4 intimidade do casal, permitindo que haja um entendimento sem traumas, sem exposição e sem sobrecarregar o Judiciário. A Justiça Restaurativa é utilizada já há muito tempo. Segundo Neto (2000), nas sociedades primitivas, em lugar de isolar e punir o infrator, a meta da justiça era atingir consenso, envolver família e comunidade na busca de harmonia e reconciliação, promover acordo entre as partes. A preocupação principal não era a lei nem explorar o medo do castigo e mecanismos de culpa, mas determinar as razões mais abrangentes do malfeito (partindo do pressuposto de que freqüentemente todos os envolvidos têm a sua parcela de responsabilidade). E salienta que os transgressores prejudicam seu relacionamento com suas comunidades ao trair a confiança das pessoas e para recriar esse laço, as relações deveriam ser fortalecidas com o intuito de o infrator vir a poder assumir a responsabilidade por suas más ações (NETO, 2000). Quando se fala em Justiça Restaurativa e Violência Doméstica, a necessidade de resgatar a confiança, recriar laços e fortalecer relações ganha um sentido muito maior, especialmente no tocante à mulher. Utilizando a Justiça Restaurativa como método resolutivo de conflitos domésticos, fica evidente o enfoque humanizado dado á esta vítima de violência, na proteção da dignidade e na necessidade de se preservar o respeito e o afeto dentro da família. Os laços afetivos e matrimonias não somem no tempo e nem desaparecem de forma rápida. É necessária uma abordagem a todos os envolvidos, pois o crime tem um impacto significativo na vida da família. Neste sentido (...) a violência tem seu ritmo próprio e, dentre os inúmeros motivos que levam uma queixante a retirar a queixa contra o acusado, figura em um particular: romper o ciclo da violência é um processo prolongado e, por natureza, cheio de hesitações. Supor que o ato da denúncia seja o momento definitivo desse processo é não conhecer o ciclo da violência. É ignorar a dinâmica das relações abusivas. É imaginar que, para a vítima, seu casamento, sua família e sua história tenham o mesmo significado de um assalto sofrido na esquina por um ladrão qualquer (SOARES, 1999) É importante destacar que a prática restaurativa não tem por finalidade a punição, mas sim a reparação dos danos oriundos do delito causados às partes envolvidas e ao desenvolvimento do ciclo restaurativo entre elas. A Justiça Restaurativa pode reabilitar a família, reconstruir sentimentos e conjugar medidas reparatórias ao dano causado. Essa nova forma de justiça é um novo olhar sendo construído, e surge em decorrência das falhas constatadas no sistema punitivo atual, que vem se mostrando ineficiente por diversos motivos: segrega a vítima ao mesmo tempo em que fracassa na responsabilização do autor. O poder de punir do Estado passou a ser usado indiscriminadamente para controlar a sociedade, suprimindo os direitos e garantias fundamentais. Já o sistema prisional não possui a estrutura necessária para cumprir as funções da pena, e tão pouco garantir a dignidade dos seus apenados. O Estado deve intervir minimamente possibilitando as partes participarem das soluções dos problemas a quais estão inseridas, através de um enfretamento pacífico e voluntário, à fim de encontrar respostas adequadas

5 aquele conflito. A autonomia nestes casos permite que os envolvidos acreditem na resolução de problemas advindos dos conflitos domésticos, pois são afetados diretamente pelo fato delituoso. Vejamos: Quando um crime é cometido, assumimos que a coisa mais importante que pode acontecer é estabelecer a culpa. Este é o ponto focal de todo o processo criminal: estabelecer quem praticou o crime. A preocupação, então, é como passado, não como futuro. Outra afirmação que incorporamos é a que as pessoas devem ter aquilo que merecem; todos devem receber as conseqüências de seus atos...e o que merecem é a dor. A lei penal poderia ser mais honestamente chamada de Lei da Dor porque, em essência, esse é um sistema que impõe medidas de dor (ZEHR, 2008) As medidas de dor mencionadas por Zehr (2008), em sua obra intitulada Trocando as Lentes, são uma realidade. Basta analisarmos o cenário da justiça criminal no Brasil hoje. Os problemas vão desde a condenação tardia, impunidade, sensação de insegurança à superlotação dos estabelecimentos prisionais, sem, ainda, levar em conta o estigma social de uma acusação em processo penal. Todas estas mazelas são agravadas quando envolve um crime que foi cometido pelo companheiro contra companheira. As dores são maiores porque há laços emocionais formados aí. Já há muito tempo se discute a relação entre homem e mulher, e não caberia nestas breves linhas aprofundar um assunto tão rico, mas sabemos a delicadeza que envolve as relações entre as pessoas. Ainda nos dias de hoje, percebemos um resquício dominador por parte do homem, utilizando-se da violência. As mulheres, muitas vezes, são incapazes de resistir a dominação. No entanto, a Justiça Restaurativa permite reparação e cura para a mulher vítima de violência doméstica, dirimindo as diferenças e ampliando horizontes de maneira sincera, onde haja espaço para a reestruturação, para o arrependimento, para a reconciliação, se assim for a vontade dos envolvidos. O objeto da Justiça Restaurativa não é o crime em si, nem a reação social, nem a pessoa do delinqüente, focos tradicionais da intervenção penal estatal, mas as conseqüências do crime e as relações afetadas pela conduta (SICA, 2002). As falhas do modelo de justiça criminal que temos hoje são muitas. Atentos à isso, os legisladores atuaram para melhorar a situação: como exemplo, podemos citar a Lei 9.099/95 e a Lei /2011: A Lei dos Juizados Especiais e a Lei das Medidas Cautelares de Natureza Pessoal diversas da Prisão. Mais especificamente a respeito da proteção dos direitos das mulheres vítimas de violência, ressaltamos a Lei Maria da Penha, promulgada em Foram criados métodos alternativos a fim de que a sanção penal seja aplicada com parcimônia, funcionando a prisão como última ratio na sistemática penal. Apesar da boa intenção dos legisladores, As populações carcerárias continuam a crescer ao mesmo tempo em que as alternativas também crescem, aumentando o número de pessoas sob o controle e supervisão do Estado. A rede de controle e intervenção se ampliou, aprofundou e estendeu, mas sem

6 efeito perceptível sobre o crime e sem atender as necessidades essenciais da vítima e ofensor (Zehr, 2008) Fica evidente a necessidade de uma mudança de pensamento, onde o modelo inquisitorialencarceirizador não prevalece: os espaços são abertos e surgem inúmeras alternativas para solucionar os conflitos de ordem penal, dentre elas a Justiça Restaurativa. Nossa justiça criminal, no modelo que se apresenta hoje, coloca os envolvidos no crime como expectadores, sem espaço para entendimento e transparência, impedindo o processo de pacificação. No âmbito familiar, isso não deve prosperar. Dialogar é não suprimir as emoções, é ter a dignidade assegurada através da possibilidade de reconciliação. As responsabilidades pelo cometimento do delito exigem coragem e são reconhecidas à medida que o pacto restaurativo for desenvolvido. Segundo Zehr O que a Justiça Restaurativa oferece não só uma nova prática de justiça, mais um olhar diferente de crime e um novo objetivo para justiça: o crime é visto como uma fonte de prejuízo que deve ser reparado. Além disso, o dano essencial do crime é a perda de confiança, tanto ao nível interpessoal e social. O que as vítimas e as comunidades precisam é ter sua confiança restaurada. A obrigação fundamental do delinquente é mostrar que eles são confiáveis. O objetivo da justiça deve ser para incentivar este processo. O objetivo primordial da justiça, então, deveria ser o restabelecimento da confiança. A tentativa de conseguir isso em ambos os níveis pessoal e social pode fornecer um guarda-chuva unificador para a nossa resposta ao crime. Ao invés de substituir outros, os objetivos mais tradicionais, que se tornaria a principal consideração na sentença, oferecendo razões e limites para a aplicação de metas, como a incapacitação e punição (Zehr, 2008) As práticas restaurativas são inovadoras, pois satisfazem vítima e ofensor de uma forma que a Justiça Retributiva não o faz. São necessárias muito mais que respostas punitivas aos criminosos. As lacunas são preenchidas pela promoção da inclusão da vítima e ofensor em processos colaborativos a fim de se reduzir os danos da prática criminosa, através do entendimento e do diálogo. A Justiça Restaurativa promove a democracia participativa das partes, superando o modelo retributivo pois vítima, o infrator e a comunidade se apropriam de significativa parte do processo decisório. É uma busca compartilhada de cura e transformação, mediante uma recontextualização construtiva do conflito: é, em suma, uma vivência restauradora. Segundo Pinto (2005), o processo atravessa a superficialidade e mergulha fundo no conflito, enfatizando as subjetividades envolvidas. Evidente que todo processo restaurativo possui dificuldades, mas o fato da violência ter sido cometida em âmbito familiar viabiliza a restauração dos laços e a evolução para um relacionamento satisfatório. Há muito a ser estudado, mas acreditamos que o modelo restaurativo seja adequado para resolver os conflitos familiares. É preciso segurança e confiança entre o casal. Restaurar as relações não significa dizer, necessariamente, que o vínculo conjugal vai ser restabelecido ou que voltarão a dividir a vida. Às vezes, o rompimento é inevitável. Porém, significa dizer que se agiu errado de uma vez, pode agir de maneira correta em outro momento, e assim o convívio respeitoso se dá em prol dos filhos, por exemplo. Essa atitude positiva já demonstra entendimento, pois

7 trata-se, ainda, de um modelo que, com a participação das partes, procura solucionar a situação problemática, e não simplesmente em atribuir culpa em um único sujeito, nas palavras de Achutti (2009). As considerações sobre Justiça Restaurativa e Violência Doméstica são pertinentes pois trata-se de uma nova forma de pensar o crime e a vitimização. O fenômeno da violência exige atenção com os envolvidos e apoio para a família. Vítima e autor devem assumir uma postura restaurativa. A Justiça Retributiva, atual e ineficaz, coloca os envolvidos em segundo plano, atuando passivamente. Já a Justiça Restaurativa permite que haja envolvimento, através da responsabilização dos autores do crime bem como a assistência a vítima, reparação do dano e consciência da extensão das conseqüências, encerrando o ciclo restaurativo com consciência e não com imposições. Por certo, a reparação do dano não se dá somente no âmbito material, mas há reparações nos próprios relacionamentos. De outra banda, na Justiça Retributiva, não há espaços para estes entendimentos, pois o Estado está preparado para resolver conflitos jurídicos penais conforme a norma, obedecendo à legalidade. Neste sentido, destacamos que Possivelmente, a maior diferença entre os dois modelos de justiça seja a definição de crime adotada por cada um deles. Morris refere que o sistema de Justiça Criminal convencional enxerga o crime principalmente como uma violação de interesses do Estado. Em contraste, a Justiça Restaurativa vai além, oferecendo decisões sobre como melhor atender àqueles que mais são afetados pelo crime, dando prioridade aos seus interesses (Em: Acesso em: 05 set. 2013) Por certo, podemos utilizar essa nova forma de pensamento, esse novo modelo de justiça no âmbito da violência doméstica, já que há clara intenção de restaurar relações, promover direitos e manter a dignidade. São deixados de lado preceitos como culpa e punição para dar espaço ao entendimento, ao diálogo, à recomposição dos laços e a reparação dos prejuízos para a vítima e para a comunidade. Além disso, há uma clara prioridade dos interesses dos envolvidos no delito e não mais do Estado, que no modelo tradicional, exclui os envolvidos e atua exercendo o jus puniendi.a vítima comumente se vê em uma posição distante do Judiciário, participando muito timidamente do processo penal. As frustrações se acumulam: primeiro por ter sido vítima de um crime e segundo por estar distanciada do processo (ressalta-se aqui o papel dos advogados). Isso tem um impacto grandioso quando a violência ocorreu em âmbito doméstico e familiar. Utilizar um modelo transformador para se fazer justiça, modernizando um sistema que vem se mostrando ineficaz, nos parece um considerável avanço, ainda mais quando o novo modelo pode atuar no âmbito das relações domésticas, preservando a família e priorizando o entendimento. Nesse sentido Em que pese os enormes esforços empreendidos nas últimas décadas por grande parte da doutrina e por um pequeno número de operadores, não há como avançar na direção de uma justiça penal mais humana, mais legítima e mais democrática enquanto o atual

8 paradigma permanecer intocado nos seus contornos mais marcantes: o processo penal como manifestação de autoridade, o direito penal como exercício do poder (SICCA, 2007) Desta forma, fica evidenciado que adotar a justiça restaurativa em substituição a justiça criminal, traz benefícios para o sistema processual penal: para desafogar os estabelecimentos prisionais, para garantir a dignidade da pessoa humana e dar a oportunidade de laços serem restabelecidos no seio da família. Em que pese a violência doméstica contra mulher ser delito grave e ter micro sistema processual próprio para ser processado, entendemos que restaurar é melhor do que punir. Restaurar laços é melhor do que rompê-los, com a figura do Estado intervindo na família. Utilizando a Justiça Restaurativa como método resolutivo de conflitos domésticos, fica evidente o enfoque humanizado dado á esta vitima de violência familiar. Com efeito, as partes interagem em prol da pacificação, protegendo a família, preservando os laços, através de uma experiência emocional que revela um novo modelo de resolver conflitos, permitindo o desenvolvimento de uma sociedade livre e assegurando os direitos da mulher. Como alternativa para resolver os conflitos, através do diálogo, pode surgir a figura do mediador, que intervirá a fim de evitar possíveis recaídas e dar suporte social aos envolvidos. A mediação é, na atualidade, a forma predileta de resolução de conflitos da chamada Justiça restaurativa. Por meio dela, que deve ser dirigida por terceiros imparciais (mediadores profissionais), objetiva-se a integração social de todos os envolvidos no problema, a preservação da liberdade, a ampliação dos espaços democráticos dentro da Justiça penal, redução do sentido aflitivo e retributivo da pena, superação da filosofia do castigo a todo preço, restauração do valor da norma violada, da paz jurídica e social etc. Conforme Sicca, (2007), a mediação não pode ser concebida como uma panacéia porque parece válida apenas para alguns delitos (normalmente de média gravidade), excluindo-se os fatos de alta ou altíssima potencialidade lesiva. Criar uma consciência tanto na vítima quanto no autor, permite que o tecido social se recomponha, que a família se reestruture através da superação e da vontade. Logo, os conflitos são resolvidos com o envolvimento das vítimas, dos infratores, das famílias e das comunidades (NETO, 2000). Já é sabido que o aumento da punição não é capaz de reduzir a criminalidade, ainda mais no âmbito doméstico, onde muitas vezes a violência encontra-se velada. A violência familiar deve sim ser combatida. No mundo moderno, torna-se imprescindível o combate à violência em todas as suas formas. No entanto, restaurar as relações diminui os impactos do crime, alem de romper o ciclo da violência. Com isso, é possível que haja uma emancipação e uma independência por parte desta mulher violentada, através do dialogo. A inclusão desta na resolução do conflito permite se fazer justiça e não apenas reparar o dano. A mulher passa a ter poder de decisão, resolvendo um problema que é seu e levando em consideração suas próprias vontades. Possibilitar o encontro entre vítima e agressor traz benefícios em relação à consciência e à humanização. Além disso, ouvir e ser ouvido, entender motivos, dar espaço para o perdão são atitudes essencialmente familiares. O afastamento e o julgamento provocados pela Justiça

9 Retributiva (que leva em consideração a imperiosa lei e a atribuição da culpa) não vem surtindo efeitos pois não há prevenção nem solução de problemas. Sobre isso, destacamos: Crimes causam danos a pessoas e relacionamentos, e que a justiça restaurativa não é feita porque é merecida e sim porque é necessária, através de um processo cooperativo que envolve todas as partes interessadas principais na determinação da melhor solução para reparar o dano causado pela transgressão - a justiça restaurativa é um processo colaborativo que envolve aqueles afetados mais diretamente por um crime, chamados de "partes interessadas principais", para determinar qual a melhor forma de reparar o dano causado pela transgressão (MCOLD; WACHTEL, 2003) Quando os envolvidos no delito procedem de forma voluntária à fim de buscar soluções aos danos sofridos e não simplesmente punir os transgressores, faz-se a Justiça Restaurativa. Logo, são diversos os benefícios da construção de um novo olhar a resolução de conflitos no âmbito familiar. Cada vez mais, precisamos estar atentos e dispostos as novas formas de dirimir os conflitos da vida. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A justiça penal ganha um novo enfoque quando se discute as necessidades emocionais e sociais da vítima e da comunidade que foram afetadas, restaurando sentimentos positivos e preenchendo necessidades para reduzir o impacto da conduta criminosa sobre a relação doméstica e familiar. Nestas linhas conclusivas, focamos nos benefícios trazidos por esse modelo inovador, que esta sendo construído, chamado Justiça Restaurativa, que recupera e restaura, obrigando o infrator a assumir responsabilidade e a tomar consciência dos seus atos, se comprometendo a reparar os danos. Inegável constatar a necessidade de apoio e de estrutura a vítima, quando a violência é cometida no âmbito familiar. Muitas são as questões práticas a serem desenvolvidas para que o modelo de justiça apresentado seja uma realidade, mas ressaltamos que o objetivo é a harmonia e a restauração, em detrimento da discórdia e do afastamento da família, quando se trata de conflitos que envolvem a violência entre homem e mulher. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal: Justiça Terapêutica, Instantânea, Restaurativa. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009 JESUS, Damásio E. de. Justiça Restaurativa no Brasil. Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n. 819, 30 set Disponível em: < Acesso em: 9 set MCOLD, Paul e WACHTEL, Ted. Em Busca de um Paradigma: Uma Teoria de Justiça Restaurativa. Trabalho apresentado no XIII Congresso Mundial de Criminologia, 2003.

10 MORRIS, Alisson. Criticando os críticos: uma breve resposta aos críticos da justiça restaurativa. In: Bastos, Márcio Thomaz; Lopes, Carlos; Renault, Sérgio Rabello Tamm (Orgs.). Justiça restaurativa: Coletânea de artigos. Brasília: MJ e PNUD, Disponível em Acesso em: 02 setembro, NETO, Pedro Scuro, Renato Tardelli Pereira. A justiça como fator de transformação de conflitos: princípios e implementação. Contribuição ao Simpósio Internacional da Iniciativa Privada para a Prevenção da Criminalidade. NEST/Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, São Paulo, abril de PINTO, Renato Sócrates Gomes. Justiça restaurativa é possível no Brasil? In: Slakmon, C.; De Vitto, R.; Pinto, R. (Orgs.). Justiça restaurativa. Brasília: Ministério da Justiça e Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento, SICA, Leonardo. Justiça restaurativa e mediação penal: o novo modelo de justiça criminal e de gestão de crime. Rio de Janeiro: Lumen Juris, SOARES, Barbara Musumeci. Mulheres Invisíveis: violência conjugal e novas políticas de segurança. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999, pag. 224 ZEHR, Howard. Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a justiça. São Paulo: Palas Athena, 2008.

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