CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Joseval Martins Viana. (Aula 21/03/2018) Planos de saúde.

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1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Joseval Martins Viana. (Aula 21/03/2018) Planos de saúde. Fundamentação legal: Planos individuais lei 9.656/98 e Código de Defesa do Consumidor. Planos coletivos Código de Defesa do Consumidor e lei 9.656/98, a lei dos planos individuais com aplicação subsidiária. Aumento abusivo. Aumento abusivo de plano de saúde, verificar a Resolução Normativa 63/03 da ANS, se não estiver de acordo com a Resolução é possível ingressar com ação para reajustar os valores. Aumento abusivo para configurar precisa ser acima de 100%, se a diferença do índice aplicado para a ANS for menor que 3%, não dá para pedir que seja aplicado o índice da ANS. Regra geral não se aplica o aumento da ANS nos planos coletivos. A ação revisional é da cláusula abusiva e não do contrato. Quando ingressar com ação revisional de cláusula abusiva de aumento, depois da réplica, pede que a operadora junte a sinistralidade ou aplique o índice da ANS, inversão do ônus da prova, e pedido de perícia. 1

2 Sinistralidade é um indicador que estabelece a relação entre os custos da assistência médica hospitalar e a receita que a operadora tem para um determinado contrato. Para ingressar com a ação precisa dos documentos indispensáveis: contrato, planilha dos valores pagos. Se o cliente não tiver o contrato, primeiro ingressa com ação de exibição para demonstrar o contrato (arts. 396 cc 300 CC). Utiliza como prova para ingressar coma ação de exibição um documento enviado a operadora requerendo a exibição do contrato junto a esta, via de regra, uma AR ou e- mail com prazo fixado para cumprimento e com procuração para tais poderes em anexo. Art O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder. (Grifo nosso). Tutela de urgência requisitos: A) evidência da probabilidade do direito, fumus boni iuris previsão legal. B) perigo da demora do processo. periculum in mora C) perigo da demora ao resultado útil do processo Não entra com execução porque o contrato precisa estar assinado por duas testemunhas, artigo 784, inciso III CPC, como segue: Art São títulos executivos extrajudiciais: I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; 2

3 III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; (...) (Grifo nosso). Previsão contratual de aumento. O que se questiona é o índice aplicado na faixa etária dos 59 anos e não aumento, para verificar o aumento é importante observa o índice aplicado pela ANS aos planos individuais. Para verificar se o aumento da faixa etária está correto soma os índices de contrato da primeira faixa estaria até a sétima e depois da sétima a decima e diminui um do outro o resultado deve ser o valor do reajuste da faixa etária de 59 anos. 3

4 Revisão dos últimos 10 anos. Prazo prescricional: Devolução das parcelas pagas a maior de forma simples dos últimos três anos. O STJ já decidiu que o reajuste de faixa etária é legal, o que se questiona é o índice aplicado. Indébito. A ação para reaver os valores pagos a maior é a Repetição de Ação Declaratória de Nulidade de Cláusula Contratual cumulada com Repetição de Indébito. Não pedir a devolução dos valores em dobro, porque os juízes não concedem, e precisa ter a planilha dos últimos 10 anos. Não adianta pedir tutela de urgência artigo 300 CPC, exceto se o aumento não estiver previsto em contrato. Não cabe dano moral por ser matéria de direito e não fato. A cláusula de aumento é nula por desrespeitar o princípio da informação, Art. 6º, inc. III, do CDC. Quando pedir para abrir a sinistralidade na ação que seja feita por ata notarial. Importante observar que a ação de anulação de cláusula contratual de aumento abusivo de plano de saúde demanda perícia, logo, não deve ingressar no JEC, contudo, alguns advogados preferem este juizado mesmo para este tipo de ação. O ônus da prova é do autor, pois, neste caso ele não é hipossuficiente já que temos a perícia, assim nesta ação deve-se pedir a todo o momento a inversão do ônus da prova, na inicial, na réplica... 4

5 Colocar que não tem interesse na audiência de mediação e conciliação. Documentos: contrato e planilha de ajuste dos últimos 10 anos. Pedidos: não havendo prova dos reajustes aplicados, requer a substituição dos índices aplicados pelos índices aplicados pela ANS aos planos individuais; e que os aumentos futuros sejam aplicados o reajuste da ANS. Legalidade: vai alegar que o aumento está no contrato e apresentar a planilha de aumento contratual. Debater o lucro colocado na contestação, pois não abriu a sinistralidade e apresentar a réplica no último dia junto com a tutela de evidência. Base legal: art. 311, inciso IV CPC, pede para aplicar o aumento da ANS concedido aos planos individuais. Protocolar junto com a réplica, pedindo a aplicação da ANS, pois, não ajuntou a sinistralidade. Ônus da prova é do autor, por ser relação de consumo pedir a inversão do ônus da prova, pedir perícia e para abrir a sinistralidade para provar como chegou no aumento de p. ex. 45%. Via de regra o juiz defere pela perícia, sinistralidade e inversão do ônus da prova Bons Estudos!!! Prof.ª. Adriana Aparecida Duarte. 5