APONTAMENTOS SOBRE A INCONSTITUCIONALIDADE DE DISPOSITIVOS DA LEI FEDERAL Nº /2004 QUE TRATA DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "APONTAMENTOS SOBRE A INCONSTITUCIONALIDADE DE DISPOSITIVOS DA LEI FEDERAL Nº /2004 QUE TRATA DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS"

Transcrição

1 APONTAMENTOS SOBRE A INCONSTITUCIONALIDADE DE DISPOSITIVOS DA LEI FEDERAL Nº /2004 QUE TRATA DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS NOTES ON THE UNCONSTITUTIONALITY OF THE FEDERAL LAW N /2004 WHICH REGULATES THE PUBLIC-PRIVATE PARTNERSHIPS Alexandre Salomão Jabra Mestrando em Direito Administrativo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP. Realizou o curso de especialização, pós-graduação latu sensu, em Direito Público na Escola Superior do Ministério Público de São Paulo. Advogado em São Paulo/SP. Resumo: Após a publicação da Lei Federal nº /2004, a qual instituiu a as Parcerias Público-Privadas (PPP) surgiram muitos debates acerca da existência de inconstitucionalidades em seu texto normativo, principalmente em razão da suposta violação ao regime jurídico de direito administrativo. Neste cenário, a partir da análise do conceito de Parceria Público-Privada, o presente artigo objetiva analisar as principais inconstitucionalidades apontadas pela doutrina brasileira. Palavras-chave: Direito Administrativo Parceria Público-Privada - Lei / Inconstitucionalidade Abstract: After the publication of Federal Law No /2004, which established the Public- Private Partnerships (PPP) there were many debates about the existence of unconstitutionality in its legislative text, mainly due to the alleged violation to the legal regime of administrative law. In this scenario, based on an analysis of the concept of Public-Private Partnership, this article aims to analyze the main unconstitutionalities indicated by the Brazilian doctrine. Keywords: Administrative Law Public-Private Partnership Law / Unconstitutionality 243

2 1. CONCEITO DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS Antes de adentrarmos com mais afinco no tema das supostas inconstitucionalidades das parcerias público-privadas (PPPs), faz-se necessário traçarmos breves comentários sobre o conceito do referido instituto contemplado não só pela legislação em vigor, como também pela melhor doutrina brasileira. A Lei Federal nº /2004 que introduziu o instituto no ordenamento jurídico brasileiro prevê o seu conceito e as duas modalidades consagradas de parcerias público-privadas (concessão patrocinada e concessão administrativa), nos seguintes termos: Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa. 1o Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. As parcerias público-privadas não se confundem com os contratos administrativos previstos na Lei Federal n. 8666/93 e as concessões comuns reguladas por meio da Lei Federal n /95 1. Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ao estudar o instituto, formulou o seguinte conceito: a parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão que tem por objeto(a) a execução de serviço público, precedida ou não de obra pública, remuneração mediante tarifa paga pelo usuário e contraprestação pecuniária do parceiro público, ou (b) a prestação de serviço de que a Administração Pública 1 Nesse sentido, o parágrafo terceiro do art. 2º da Lei Federal nº /2004 prevê expressamente que não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. A Lei Federal n /95, por sua vez, define a concessão de serviço público como a delegação da prestação do serviço público, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. 244

3 seja usuária direta ou indireta, com ou sem a execução de obra e fornecimento e instalação de bens, mediante contraprestação do parceiro público 2. André Luiz Freire diferencia as PPPs em sentido amplo e em sentido estrito. Segundo o referido autor, em sentido amplo, costuma-se designar por Parceria Público-Privada todo tipo de ajuste entre o Poder Público e as pessoas privadas. Já em sentido estrito, as PPPs seriam somente os contratos regidos pela Lei Federal nº /2004 (concessão patrocinada e concessão administrativa) 3. Como o próprio nome já diz, a concessão patrocinada pressupõe, além da tarifa cobrada dos usuários, o pagamento de uma contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado ( patrocínio ). Nas lições de Carlos Ari Sundfeld, o que peculiariza a concessão patrocinada é seu regime remuneratório, que deve incluir tanto tarifa cobrada aos usuários, como contraprestação da concedente em forma de pecúnia 4. Já a concessão administrativa pressupõe a prestação de um serviço pelo parceiro privado no qual a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. Em nossa concepção, as PPPs representam a outorga da prestação do serviço público a um parceiro privado, sob o regime jurídico de direito público, cujo regramento específico encontra-se detalhado na Lei Federal nº /2004, a qual já permite diferenciar o instituto dos contratos administrativos e das concessões tidas como comuns. A Lei Federal nº /2004 ainda contempla regras específicas que nos auxiliam a diferenciar as PPPs das concessões comuns e dos contratos administrativos, principalmente ao dispor que é vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: (i) cujo valor do contrato seja inferior a R$ ,00 (vinte milhões de reais), (ii) cujo período de prestação 2 DI PIETRO. Parcerias na administração pública: concessão, permissão, franquia, terceirização, parceria público-privada e outras formas, p DAL POZZO, Augusto Neves; VALIM, Rafael; AURÉLIO, Bruno; FREIRE, André Luiz (Coord.). Parcerias Público-Privadas: teoria geral e aplicação nos setores de infraestrutura. Belo Horizonte: Fórum, SUNDFELD, Carlos Ari. Parcerias Público-Privadas. 2ª edição. São Paulo: Malheiros, 2011, p

4 do serviço seja inferior a cinco anos ou (iii) que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. Após a breve análise do conceito de PPPs, passaremos a abordar a questão da inconstitucionalidade e críticas ao instituto, cuja doutrina brasileira ainda encontra fortes defensores neste sentido. 2. CRÍTICAS ÀS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS E ALEGAÇÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE Parte da doutrina brasileira alega que o instituto das PPPs e determinadas disposições da Lei Federal nº /2004 seria inconstitucionais por violarem premissas básicas da Constituição Federal de Segue abaixo quadro sinótico que contempla as inconstitucionalidades da Lei Federal nº /2004 apontadas por Celso Antônio Bandeira de Mello: INCONSTITUCIONALIDADE Vinculação de Receitas Fundos Especiais COMENTÁRIO Uma receita pública não pode ser vinculada a garantia de créditos de um particular por violação ao interesse público. Ocorre que o art. 8º, I permite que as obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de parceria público-privada poderão ser garantidas mediante: I - vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal. A inconstitucionalidade, neste caso, deriva do fato de que o art. 167 da CF possui expressas restrições que não visam a garantia de créditos de particulares. Nos termos da Lei Federal nº /2004, as 246

5 Empresa Estatal Garantidora Mecanismos Privados de Resoluções de Disputas Assunção do controle da Sociedade de Propósitos Específicos por financiador obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de parceria público-privada poderão ser garantidas mediante: II instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei. Tendo em vista que tais bens são formados por recursos públicos e estes são impenhoráveis, é inconstitucional a utilização de tais fundos em favor de parceiros privados, o que acabar por violar também o sistema de precatórios previsto no artigo 100 da Constituição Federal. Segundo Bandeira de Mello, a criação de Empresa Estatal Garantidora de obrigações oriundas de PPPs burla o sistema de satisfação de créditos contra o Poder Público (precatório), além dos princípios da igualdade, moralidade e impessoalidade. Referidas entidades são criadas para prestar serviços públicos ou para desenvolver empreendimentos econômicos e não para servir de garantia a créditos de terceiros. Uma PPP envolve a prestação de serviço público relacionado ao interesse de toda a sociedade e bens indisponíveis. Assim, não é aceitável que lides oriundas de uma PPP sejam entregues ao poder decisório de árbitro particular, de forma que apenas o Poder Judiciário poderia resolvê-las. A Lei Federal nº /2004 prevê condições em que o parceiro público autorizará a transferência direta (sem licitação) do controle ou a administração temporária da sociedade de propósito específico aos seus financiadores e garantidores com quem não mantenha vínculo societário direto, com o objetivo de promover a sua reestruturação 247

6 financeira e assegurar a continuidade da prestação dos serviços. Ocorre que, mesmo permitindo tal hipótese, a Lei determina expressamente que não será necessário verificar a exigência de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal necessárias à assunção do serviço por parte daquele que irá assumi-lo. Isso revela verdadeira inconstitucionalidade por violar as premissas do artigo 37, XXI da Constituição Federal relativas às contratações da Administração Pública. Válido mencionarmos ainda o posicionamento defendido por Ricardo Marcondes Martins no sentido de que a concessão patrocinada seria uma contrafação de concessão comum, ou seja, um mero disfarce ou fraude que, na realidade, deveria observar o regime jurídico da Lei Federal n /95 e não da Lei Federal nº /2004 nos casos em que a contraprestação pecuniária for mais de 50% da remuneração do concessionário. Segundo o referido autor, (...) quando, na concessão patrocinada, a contraprestação pecuniária importar em mais de cinquenta por cento da remuneração do concessionário, descaracteriza-se a concessão; passa a haver contrato administrativo disfarçado de concessão de serviço público. Além disso, no caso da concessão administrativa, Ricardo Marcondes Martins seguindo os ensinamentos de Celso Antônio Bandeira de Mello, entende que se trata de verdadeiro contrato administrativo de prestação de serviços uma vez que o concessionário é integralmente pago pelo Poder Público. Nesse sentido, Bandeira de Mello indica que o objetivo da Lei Federal nº /2004 é realizar um simples contrato de prestação de serviços e não uma concessão segundo um regime diferenciado e muito mais vantajoso para o contratado que o regime geral dos contratos 5. 5 BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Editora Malheiros, 2010, p

7 Em decorrência disso, o autor ainda critica o fato de que o prazo mínimo da concessão patrocinada e da concessão administrativa (cinco anos) é superior à duração do plano plurianual, o prazo máximo (trinta e cinco anos) representa mais de três décadas sem a realização de uma nova licitação e haveria violação à periodicidade dos mandados dos Chefes da Administração Pública vez que o Chefe do Executivo está autorizado a celebrar um contrato administrativo que vinculará o orçamento do governo subsequente. Ainda é cabível indicarmos o posicionamento defendido, no passado, por Luís Tarcísio Teixeira Ferreira 6 no sentido de que a Lei Federal nº /2004, ao impor um valor mínimo e prazos como requisitos para a formalização de PPPs não poderia ser classificada como lei geral, ao contrário do disposto no seu artigo 1º. Apesar de ter revisto seu entendimento, referido autor defendia que o estabelecimento de um valor mínimo retiraria o caráter de norma geral de contratação ao não guardar relação de proporcionalidade com as possibilidades orçamentárias de cada pessoa política, de forma que a norma deveria ser tida apenas como federal e aplicável à União. Luís Tarcísio Teixeira Ferreira defende também que o artigo 8º, incisos I e II da Lei Federal nº /2004 que tratam da vinculação de receitas e criação de fundos especiais são formalmente inconstitucionais. Isso decorre do fato de que a matéria envolvendo a concessão de garantias por entidades públicas deve ser objeto de lei complementar federal, consoante disposto no artigo 163, III da Constituição Federal ( Art Lei complementar disporá sobre: (...) III - concessão de garantias pelas entidades públicas ). Após indicarmos as críticas doutrinárias sobre as PPPs que visam demonstrar uma série de inconstitucionalidades relacionadas ao instituto, passaremos a expressar nossa opinião sobre o assunto. Realmente concordamos com os autores mencionados ao longo do presente trabalho no sentido de que são materialmente inconstitucionais as modalidades de garantia que tratam da 6 FERREIRA, Luiz Tarcísio Teixeira. Parcerias Público-Privadas: Aspectos Constitucionais. Belo Horizonte: Fórum, 2006, p

8 vinculação de receitas e criação de fundos especiais (artigo 8º, incisos I e II da Lei Federal nº /2004), principalmente em razão da burla ao sistema de execução em face da Fazenda Pública previsto no artigo 100 do texto constitucional. O precatório consiste no modo encontrado pelo sistema jurídico brasileiro para que possam ser cumpridas, observada a ordem do requerimento, as decisões judiciais transitadas em julgado que condenam os entes públicos ao pagamento de pecúnia. Ocorre que o sistema de precatórios é patentemente violado no momento em que se cogita a utilização de fundos especiais e a vinculação de receitas em favor de parceiros privados no âmbito das parcerias público-privadas. Em outras palavras, é plenamente defensável que há violação aos princípios da razoabilidade e impessoalidade nas disposições da Lei Federal nº /2004 que possibilitam tais formas de garantia. Conforme leciona o Professor Celso Antônio Bandeira de Melo sobre o princípio da razoabilidade: "enuncia-se com este princípio que a Administração, ao atuar no exercício de discrição, terá de obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas e respeitosa das finalidades que presidiram a outorga da competência exercida. Vale dizer: pretende-se colocar em claro que não serão apenas inconvenientes, mas também ilegítimas - e, portanto, jurisdicionalmente invalidáveis -, as condutas desarrazoadas, bizarras, incoerentes ou praticadas com desconsideração às situações e circunstâncias que seriam atendidas por quem tivesse atributos normais de prudência, sensatez e disposição de acatamento às finalidades da lei atributiva da discrição manejada". 7 Ou seja, o princípio da razoabilidade, consiste na correlação entre a medida tomada e a conduta que se pretende punir ou coibir, sendo uma faceta que é ínsita à própria legalidade: a lei jamais autorizaria uma atitude de exagero, de megalomania, ou uma autuação desarrazoada, insensata. 8. Ocorre que, no caso ora em comento, a Lei Federal nº /2004 prevê formas de garantia que violam o sistema de precatórios e os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. 7 BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 22.ed. São Paulo : Malheiros Editores, 2006, p in, Lucia Valle Figueiredo (coord.), Devido Processo Legal na Administração Pública, São Paulo, Max Limonad, 2001, p

9 É de destacar ainda que tais formas de garantia não encontram respaldo na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº. 101/00), o que demonstra mais ainda a existência de inconstitucionalidade. Defendemos também que há inconstitucionalidade na regra do artigo 8º, V da Lei Federal nº /2004 que permite abstratamente a criação de fundo ou empresa estatal garantidora. Conforme bem indicado por Celso Antônio Bandeira de Mello referidas entidades são criadas para prestar serviços públicos ou para desenvolver empreendimentos econômicos e não para servir de garantia a créditos de terceiros. No caso, verifica-se desvirtuamento do regime jurídico de direito público e burla ao sistema de precatórios. No que tange ao fato de a Lei Federal nº /2004 determinar expressamente que não será necessário verificar a exigência de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal nos casos de assunção do controle da Sociedade de Propósitos Específicos por financiador, entendemos que também há inconstitucionalidades gritantes. O sistema constitucional brasileiro de contratação pública e prestação de serviço público é baseado, dentre outros aspectos, na seleção da melhor proposta, aptidão para cumprir com os objetivos pretendidos pela Administração Pública, e continuidade, eficiência e qualidade na prestação do serviço. Diante disso, chega a ser absurda cogitar-se a não verificação de tais requisitos nos casos de transferência do controle da Sociedade de Propósitos Específicos para um financiador. Sem dúvidas, isto poderia expor a Administração e os administrados ao risco de não haver a prestação do serviço, ou, que os serviços transferidos sejam prestados de forma deficiente e não minimamente satisfatória. Com relação aos autores que defendem ser inconstitucional a possibilidade de emprego dos mecanismos privados de resolução de disputas, como a arbitragem, também concordamos com tal posicionamento. Tais formas de resolução de conflito devem ser utilizadas somente nos casos de bens disponíveis da Administração Pública. A propósito, a recente Lei nº /2015 que alterou a 251

10 Lei de Arbitragem é expressa ao indicar que A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. No caso das PPPs, entendemos que os interesses públicos prevalecem uma vez que se trata da prestação de um serviço público, ou seja, indisponível e incompatível com a resolução de eventual lide delas oriundas por um árbitro privado. Tendemos a concordar também com a posição defendida por Celso Antônio Bandeira de Mello no sentido de que a concessão administrativa seria, na realidade, mero contrato administrativo de prestação de serviços. Isso decorre do fato de que, nestes casos, a Administração Pública acaba sendo a usuária direta ou indireta do serviço, conforme previsto na Lei Federal nº /2004, o que não diferencia substancialmente do regime jurídico previsto na Lei Federal nº /93. Por outro lado, também reconhecemos que a Lei Federal nº /2004 possui regramentos próprios principalmente no que diz respeito à remuneração, prazo, valor e objeto das PPPs, o que acaba por diferenciar referido instituto dos demais. Diante disso, não concordamos com a posição defendida por Ricardo Marcondes Martins no sentido de que a concessão patrocinada seria uma contrafação de concessão comum, nos casos em que a contraprestação pecuniária for mais de 50% da remuneração do concessionário. Tendo em vista que o legislador houve por bem criar o instituto específico da concessão patrocinada e o percentual a ser repassado do parceiro público ao privado, defendemos que a intenção do legislador não seria criar instituto já contemplado pela Lei 8.987/95, afinal a lei não tem possui palavras inúteis. Destacamos novamente que a Lei Federal nº /2004 possui regramentos próprios principalmente no que diz respeito à remuneração, prazo, valor e objeto das PPPs. Por fim, acerca da instituição de prazos mínimos para as PPPs, apesar de realmente ser possível uma contratação que ultrapassará o período do plano plurianual e englobará governos subsequentes, entendemos que a intenção do legislador foi resguardar o prazo necessário para 252

11 amortização dos investimentos e direcionar o instituto para projetos de grande vulto. Nesse sentido, tais aspectos também são necessários para a persecução do interesse público e não devem ser vislumbrados como violadores ao sistema republicado. Diante do exposto é possível concluirmos que a Lei Federal nº /2004 que introduziu o instituto das parcerias público-privadas no ordenamento jurídico brasileiro é bem polêmica na doutrina brasileira, vez que diversos autores apontam inconstitucionalidades em seus dispositivos, os quais são objeto de crítica mesmo após 11 anos de sua vigência. Por meio do presente trabalho, tentamos apontar as principais críticas e indicar aquelas que, a nosso ver, realmente são consistentes no sentido de revelar, de certo modo, afronta à Constituição Federal e princípios consagrados do nosso ordenamento jurídico. 253

12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Editora Malheiros, DAL POZZO, Augusto Neves; VALIM, Rafael; AURÉLIO, Bruno; FREIRE, André Luiz (Coord.). Parcerias Público-Privadas: teoria geral e aplicação nos setores de infraestrutura. Belo Horizonte: Fórum, DI PIETRO. Parcerias na administração pública: concessão, permissão, franquia, terceirização, parceria público-privada e outras formas, p FERREIRA, Luiz Tarcísio Teixeira. Parcerias Público-Privadas: Aspectos Constitucionais. Belo Horizonte: Fórum, 2006, p FIGUEIREDO, LUCIA VALLE (coord.), Devido Processo Legal na Administração Pública, São Paulo, Max Limonad, 2001, p. 109 MARTINS, Ricardo Marcondes. Estudos de Direito Administrativo Neoconstitucional. 1ª edição. São Paulo, Malheiros, SUNDFELD, Carlos Ari. Parcerias Público-Privadas. 2ª edição. São Paulo: Malheiros, 2011, p

Curso/Disciplina: Direito Administrativo / 2017 Aula: Tipos de PPP / Aula 22 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 22

Curso/Disciplina: Direito Administrativo / 2017 Aula: Tipos de PPP / Aula 22 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 22 Curso/Disciplina: Direito Administrativo / 2017 Aula: Tipos de PPP / Aula 22 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 22 Nesta aula vamos trabalhar em separada a PPP concessão patrocinada e

Leia mais

ASPECTOS CONSTITUCIONAIS POLÊMICOS DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS.

ASPECTOS CONSTITUCIONAIS POLÊMICOS DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS. ASPECTOS CONSTITUCIONAIS POLÊMICOS DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS. III Fórum Brasileiro de Direito Público da Economia Rio de Janeiro 11 de novembro de 2005 GUSTAVO BINENBOJM Prof. Dr. Direito Administrativo

Leia mais

PPPs PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS. DARCI FERNANDES PIMENTEL Advogada, Especialista em Direito Público

PPPs PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS. DARCI FERNANDES PIMENTEL Advogada, Especialista em Direito Público PPPs PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS DARCI FERNANDES PIMENTEL Advogada, Especialista em Direito Público 1 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS, DIRETA E INDIRETA: CONCESSÕES E PERMISSÕES 1.1 FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL:

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO 01. De acordo com a Constituição Federal, constituem princípios aplicáveis à Administração Pública os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Tais princípios

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO Serviços Públicos Prof. Gladstone Felippo As concessões especiais, ou simplesmente Parcerias Público- Privadas (PPP s), previstas na Lei n. 11.079/04, são contratos de prestação

Leia mais

Concessão de Serviço Público e Parceria Público-Privada

Concessão de Serviço Público e Parceria Público-Privada Concessão de Serviço Público e Parceria Público-Privada Câmara de Transporte e Logística FIESC Florianópolis/SC 26 de julho de 2012 Histórico O Reino Unido foi o pioneiro na institucionalização financeira,

Leia mais

Aula 10. Temas da aula: Concessão de serviço público- parte final. Parceria público-privada.

Aula 10. Temas da aula: Concessão de serviço público- parte final. Parceria público-privada. Turma e Ano: MASTER A- 2015 Matéria / Aula: ADMINISTRATIVO Professor: LUIZ OLIVEIRA JUNGSTEDT Monitora: Tatiana Carvalho Aula 10 Temas da aula: Concessão de serviço público- parte final. Parceria público-privada.

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Administrativo Licitações e Parceria Público-Privada. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Administrativo Licitações e Parceria Público-Privada. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Licitações e Parceria Público-Privada Magistratura Federal Período 2008 2016 1) CESPE - JUIZ FEDERAL - TRF 2 (2013) Mediante lei sancionada em 2004, o Brasil adotou a PPP

Leia mais

Direito Administrativo

Direito Administrativo Direito Administrativo Delegação e Serviços Públicos Professor Cristiano de Souza www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Administrativo SERVIÇOS PÚBLICOS Conceito muito amplo: os serviços públicos corresponde

Leia mais

ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO DA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA - FIEB.

ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO DA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA - FIEB. ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO DA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA - FIEB. REF. CONCORRÊNCIA Nº 185/2014. Nelson Wilians & Advogados Associados, pessoa jurídica

Leia mais

LEGISLAÇÃO APLICADA ÀS PPPS E CONCESSÕES Prof a Fernanda Meirelles

LEGISLAÇÃO APLICADA ÀS PPPS E CONCESSÕES Prof a Fernanda Meirelles LEGISLAÇÃO APLICADA ÀS PPPS E CONCESSÕES Prof a Fernanda Meirelles O CONCEITO JURÍDICO DAS CONCESSÕES E PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS PARTE II CONTEXTO HISTÓRICO Estado Nacional Desenvolvimentista: - controle

Leia mais

SERVIÇOS PÚBLICOS. 1) princípio da adaptabilidade atualização e modernização. 3) princípio da impessoalidade veda discriminações entre os usuários

SERVIÇOS PÚBLICOS. 1) princípio da adaptabilidade atualização e modernização. 3) princípio da impessoalidade veda discriminações entre os usuários SERVIÇOS PÚBLICOS 1. CONCEITO - é toda atividade de oferecimento de utilidade e comodidade material destinada à satisfação da coletividade em geral, mas fruível singularmente pelos administrados, que o

Leia mais

PARCERIAS NA OFERTA DE SERVIÇOS PÚBLICOS. Roteiro de aula Curso: Parcerias na Administração Pública DES0417 Noturno 2014

PARCERIAS NA OFERTA DE SERVIÇOS PÚBLICOS. Roteiro de aula Curso: Parcerias na Administração Pública DES0417 Noturno 2014 PARCERIAS NA OFERTA DE SERVIÇOS PÚBLICOS Roteiro de aula Curso: Parcerias na Administração Pública DES0417 Noturno 2014 Concessões Oferta de SERVIÇOS PÚBLICOS Parcerias público-privadas Autorizações Caso

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A remuneração nas concessões comuns (lei 8.987/95), patrocinadas e administrativas (lei 11.079/04) André Luís Tisi Ribeiro * 1. Introdução Através do presente artigo busca-se expor

Leia mais

Nesta aula vamos finalizar o estudo da lei nº 8.987/95, fechando com as colocações sobre. rescisão.

Nesta aula vamos finalizar o estudo da lei nº 8.987/95, fechando com as colocações sobre. rescisão. Curso/Disciplina: Direito Administrativo / 2017 Aula: Rescisão da Concessão/ Extinção da Permissão/ Parceria Público Privada PPP/ Aula 21 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 21 rescisão.

Leia mais

Serviços Públicos. Concessão Permissão Parceria Púbico-Privada. RAD Profa. Dra. Emanuele Seicenti de Brito

Serviços Públicos. Concessão Permissão Parceria Púbico-Privada. RAD Profa. Dra. Emanuele Seicenti de Brito Serviços Públicos Concessão Permissão Parceria Púbico-Privada RAD 2601 - Profa. Dra. Emanuele Seicenti de Brito 1. Introdução Serviço Público: aquele prestado o pela administração OU quem lhe faça as vezes

Leia mais

REVISÃO FCC Direito Administrativo Elisa Faria REVISÃO FCC

REVISÃO FCC Direito Administrativo Elisa Faria REVISÃO FCC ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA PRINCÍPIOS AGENTES PÚBLICOS LEI 8112 IMPROBIDADE PROCESSO ADMINISTRATIVO ATOS ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

Leia mais

LICITAÇÕES: NOÇÕES GERAIS (AULA 2)

LICITAÇÕES: NOÇÕES GERAIS (AULA 2) LICITAÇÕES: NOÇÕES GERAIS (AULA 2) 1. Conceito A administração para prestar serviço aos seus administrados necessita contratar bens e serviços. Ocorre que essa contratação, em decorrência do princípio

Leia mais

Direito. Administrativo. Serviços públicos

Direito. Administrativo. Serviços públicos Direito Administrativo Serviços públicos Serviços Públicos - Constituição Federal Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através

Leia mais

Curso/Disciplina: Direito Empresarial Aula: Direito Administrativo Aula 120 Professor(a): Luiz Jungstedt Monitor(a): Analia Freitas. Aula nº 120.

Curso/Disciplina: Direito Empresarial Aula: Direito Administrativo Aula 120 Professor(a): Luiz Jungstedt Monitor(a): Analia Freitas. Aula nº 120. Página1 Curso/Disciplina: Direito Empresarial Aula: Direito Administrativo Aula 120 Professor(a): Luiz Jungstedt Monitor(a): Analia Freitas Aula nº 120. 1. Fontes do Direito Administrativo As fontes do

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO. Ricardo Alexandre

DIREITO ADMINISTRATIVO. Ricardo Alexandre DIREITO ADMINISTRATIVO Ricardo Alexandre PREPARATÓRIO TCE-SP Para estudar os Princípios da Administração Pública é preciso recordar o Ordenamento Jurídico Brasileiro, que é composto por um conjunto de

Leia mais

Comentários - Prova Tipo AZUL - Direito Administrativo

Comentários - Prova Tipo AZUL - Direito Administrativo Comentários - Prova Tipo AZUL - Direito Administrativo Pessoal, alguns temas novos, a exemplo da questão 31 que abordou aspectos da Lei nº 12.529/11. No entanto, a questão 30, 32, 33 e 34 já são temas

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO LEI 8.666/93. Prof. Luís Gustavo. Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes

DIREITO ADMINISTRATIVO LEI 8.666/93. Prof. Luís Gustavo. Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes DIREITO ADMINISTRATIVO LEI 8.666/93 Prof. Luís Gustavo Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes Periscope: @ProfLuisGustavo Serviços Públicos (Lei 8.987/95) 1) Conceito: Segundo Hely Lopes Meirelles serviço

Leia mais

SERVIÇOS PÚBLICOS: A busca pela Qualidade, Universalização e Transparência

SERVIÇOS PÚBLICOS: A busca pela Qualidade, Universalização e Transparência SERVIÇOS PÚBLICOS: A busca pela Qualidade, Universalização e Transparência Gustavo Eugenio Maciel Rocha AZEVEDO SETTE ADVOGADOS Brasil Digital Telebrasil 2007 51º Painel Telebrasil Ordenamento normativo

Leia mais

Prof. Rafael Oliveira. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO

Prof. Rafael Oliveira.  SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO PROF. RAFAEL OLIVEIRA 1) BIBLIOGRAFIA BÁSICA: CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo, Rio de

Leia mais

PPPs Municipais: instrumento de desenvolvimento das cidades

PPPs Municipais: instrumento de desenvolvimento das cidades PPPs Municipais: instrumento de desenvolvimento das cidades Bruno Ramos Pereira (bruno.pereira@radarppp.com) CIESP Bauru Bauru São Paulo 22 de setembro de 2016 11h55 às 12h35 Estrutura Situação das PPPs

Leia mais

Vamos dar continuidade ao estudo da parceria público-privada.

Vamos dar continuidade ao estudo da parceria público-privada. Curso/Disciplina: Direito Administrativo / 2017 Aula: Diretrizes da PPP e fundo garantidor / Aula 23 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 23 Vamos dar continuidade ao estudo da parceria

Leia mais

PPPs Municipais Fundamentos, Desafios e Oportunidades

PPPs Municipais Fundamentos, Desafios e Oportunidades PPPs Municipais Fundamentos, Desafios e Oportunidades André Dabus 22/09/2016 Agenda Entregas da Administração Publica: Cenário atual - Infraestrutura no Brasil; Desafios; Oportunidades; Licitações : Aspectos

Leia mais

LEI Nº 4.211, DE 13 DE SETEMBRO DE 2013 CAPÍTULO I DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO

LEI Nº 4.211, DE 13 DE SETEMBRO DE 2013 CAPÍTULO I DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO LEI Nº 4.211, DE 13 DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre Programa Municipal de Parceria Público-Privada e dá outras providências. seguinte lei: A Câmara Municipal de Ituiutaba decreta e eu sanciono a CAPÍTULO

Leia mais

AULA 10. A PPP concessão administrativa é mais complicada do que a patrocinada. O seu conceito está no art.2º, 2º, da Lei 11079\04:

AULA 10. A PPP concessão administrativa é mais complicada do que a patrocinada. O seu conceito está no art.2º, 2º, da Lei 11079\04: Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Administrativo / Aula 10 Professora: Luiz Oliveira Castro Jungstedt Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 10 CONTEÚDO DA AULA: PPP Concessão Administrativa.

Leia mais

Saneamento Básico. Parcerias Público-Privadas. Uma solução inteligente para a região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro

Saneamento Básico. Parcerias Público-Privadas. Uma solução inteligente para a região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro Saneamento Básico Parcerias Público-Privadas Uma solução inteligente para a região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro Sumário As PPPs na lei Federal nº 11.079/04 Estrutura econômico-jurídica dos

Leia mais

SUMÁRIO 4. ATOS ADMINISTRATIVOS

SUMÁRIO 4. ATOS ADMINISTRATIVOS SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1 Direito administrativo histórico 1.2 Contextualização histórica 1.3 Conceito 1.4 Órgãos e funções 1.4.1 Distribuição das funções entre os poderes do Estado, nos termos da CF/1988

Leia mais

AULA 09. Do parágrafo único observa-se a força do princípio da continuidade do serviço

AULA 09. Do parágrafo único observa-se a força do princípio da continuidade do serviço Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Administrativo / Aula 09 Professora: Luiz Oliveira Castro Jungstedt Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 09 CONTEÚDO DA AULA: Extinção da Concessão.

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO Serviços Públicos Prof.ª Tatiana Marcello Conceito José dos Santos Carvalho Filho toda atividade prestada pelo Estado ou por seus delegados, basicamente sob regime jurídico de direito

Leia mais

QUESTÕES DE CONCURSOS FISCAL DE RENDAS ICMS/RJ

QUESTÕES DE CONCURSOS FISCAL DE RENDAS ICMS/RJ QUESTÕES DE CONCURSOS FISCAL DE RENDAS ICMS/RJ - 2009 01 Assinale a alternativa que defina corretamente o poder regulamentar do chefe do Executivo, seja no âmbito federal, seja no estadual. a) O poder

Leia mais

Prefeitura Municipal de Porto Alegre. LEI Nº 9.875, de 08 de dezembro de Capítulo I DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Prefeitura Municipal de Porto Alegre. LEI Nº 9.875, de 08 de dezembro de Capítulo I DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO Prefeitura Municipal de Porto Alegre LEI Nº 9.875, de 08 de dezembro de 2005. Dispõe sobre o Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas, cria o Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas do Município

Leia mais

comum natural contraprestação

comum natural contraprestação CONCESSÕES E PPP NO FINANCIAMENTO DOS TRANSPORTES 2 1. O Projeto BR 116/423 1. Minuta do edital 2. Estudo de Viabilidade da PPP 3. Concessão patrocinada 4. Concessão administrativa 2. A escolha da concessão

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO LEI 8.666/93. Prof. Luís Gustavo. Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes

DIREITO ADMINISTRATIVO LEI 8.666/93. Prof. Luís Gustavo. Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes DIREITO ADMINISTRATIVO LEI 8.666/93 Prof. Luís Gustavo Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes Periscope: @ProfLuisGustavo Licitações Públicas Conceitos Introdutórios & Princípios da Licitação 1) Previsão

Leia mais

SEMINÁRIO AMBIENTE DE NEGÓCIOS:

SEMINÁRIO AMBIENTE DE NEGÓCIOS: SEMINÁRIO AMBIENTE DE NEGÓCIOS: SEGURANÇA JURÍDICA, TRANSPARÊNCIA E SIMPLICIDADE Sérgio Guerra Mudanças institucionais nas contratações públicas 23 de setembro de 2016 REGIMES DE CONTRATAÇÕES 1993 Licitações

Leia mais

A DESCENTRALIZAÇÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

A DESCENTRALIZAÇÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS INTRODUÇÃO 1 DA PRIVATIZAÇÃO 1.1 Noção 1.2 Fundamentos 1.2.1 Crescimento desmesurado do Estado: o Estado Social de Direito 1.2.2 Consequências negativas da instauração do Estado Social de Direito 1.2.3

Leia mais

Lei Complementar nº 3.298, de 17 de novembro de 2015.

Lei Complementar nº 3.298, de 17 de novembro de 2015. Lei Complementar nº 3.298, de 17 de novembro de 2015. (institui o Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas e dá outras providências) Daniel Pereira de Camargo, Prefeito Municipal de Pederneiras,

Leia mais

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 30/360

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 30/360 1 DEMAIS SIMULADOS NO LINK ABAIXO CLIQUE AQUI REDE SOCIAL SIMULADO 30/360 ADMINISTRATIVO INSTRUÇÕES TEMPO: 30 MINUTOS MODALIDADE: CERTO OU ERRADO 30 QUESTÕES CURTA NOSSA PÁGINA MATERIAL LIVRE Este material

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Transporte coletivo municipal. Direito à qualidade do serviço Evandro Luis Urnau* Freqüentemente, aqueles que têm a necessidade de andar de ônibus para se locomover, deparam-se com

Leia mais

Elementos de Controle na Licitação e Execução de Contratos

Elementos de Controle na Licitação e Execução de Contratos Elementos de Controle na Licitação e Execução de Contratos Folha de São Paulo 25.07.2016 Plano Normativo de Referência Lei nº 11.079/2004 - PPP Lei Complementar nº 101/2000 - LRF Instrução Normativa

Leia mais

INCORPORAÇÃO DAS GRATIFICAÇÕES DE DESEMPENHO. Governo mais uma vez não cumpre a incorporação da Gratificação

INCORPORAÇÃO DAS GRATIFICAÇÕES DE DESEMPENHO. Governo mais uma vez não cumpre a incorporação da Gratificação INCORPORAÇÃO DAS GRATIFICAÇÕES DE DESEMPENHO Governo mais uma vez não cumpre a incorporação da Gratificação Através das Leis nº 13.324, 13.325, 13.326, 13.327 e 13.328, de 29/06/2016, previram alteração

Leia mais

Regulação dos contratos de concessão e de PPP: teoria regulatória e a experiência da Agência Reguladora ARES-PCJ

Regulação dos contratos de concessão e de PPP: teoria regulatória e a experiência da Agência Reguladora ARES-PCJ Regulação dos contratos de concessão e de PPP: teoria regulatória e a experiência da Agência Reguladora ARES-PCJ CURSO DE INTRODUÇÃO À REGULAÇÃO Americana/SP, 28 de junho de 2018 Carlos Roberto de Oliveira

Leia mais

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO DECORRENTE DOS DANOS POR OMISSÃO DIANTE DA INEFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO DECORRENTE DOS DANOS POR OMISSÃO DIANTE DA INEFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO DECORRENTE DOS DANOS POR OMISSÃO DIANTE DA INEFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA Carla Barbosa de Souza 1 Joaquim Carlos Klein de Alencar 2 RESUMO: Dentre os deveres atribuídos

Leia mais

Concessão, Permissão e Autorização de Serviço Público. Diana Pinto e Pinheiro da Silva

Concessão, Permissão e Autorização de Serviço Público. Diana Pinto e Pinheiro da Silva Concessão, Permissão e Autorização de Serviço Público Diana Pinto e Pinheiro da Silva 1. Execução de Serviço Público Execução de serviço público Dificuldade de definição [...] o conceito de serviço público

Leia mais

Contratos administrativos

Contratos administrativos Direito Administrativo Contratos administrativos Contratos administrativos - Conceito: Ajuste realizado entre a administração pública e um particular (ou até com outro ente da administração) Submissão

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br O Direito Administrativo e o Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse Privado Fernanda Yasue Kinoshita* sábado, 3 de junho de 2006, 09:56h. 1 Conceito Segundo

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO DIREITO ADMINISTRATIVO II DES 0312 PROGRAMA DE AULAS PROFESSOR DOUTOR VITOR RHEIN SCHIRATO MONITORES VICTORIA MALTA CORRADINI FELIPE NAPOLITANO MAROTTA MARCO ANTONIO MORAES ALBERTO 2º Semestre de 2016

Leia mais

INTRODUÇÃO AO MODELO CONCESSIONÁRIO E SUAS DIFERENÇAS EM RELAÇÃO AOS CONTRATOS ORDINÁRIOS DE OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA

INTRODUÇÃO AO MODELO CONCESSIONÁRIO E SUAS DIFERENÇAS EM RELAÇÃO AOS CONTRATOS ORDINÁRIOS DE OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA INTRODUÇÃO AO MODELO CONCESSIONÁRIO E SUAS DIFERENÇAS EM RELAÇÃO AOS CONTRATOS ORDINÁRIOS DE OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA AUTOSSUSTENTABILIDADE FINANCEIRA AUTONOMIA DE GESTÃO FOCO EM OBRIGAÇÕES DE RESULTADO

Leia mais

20 ANOS AN INFRASTRUCTURE LAW FIRM

20 ANOS AN INFRASTRUCTURE LAW FIRM 20 ANOS AN INFRASTRUCTURE LAW FIRM 20 ANOS Curso para Gestores Públicos em Parcerias Público-Privadas e Concessões INDICADORES DE QUALIDADE DE SERVIÇOS EM CONCESSÕES E PPPS JOÃO NEGRINI NETO, sócio do

Leia mais

Diplomacia NOÇÕES DE DIREITO INTERNO

Diplomacia NOÇÕES DE DIREITO INTERNO Diplomacia NOÇÕES DE DIREITO INTERNO PROFESSORA AMANDA ALVES ALMOZARA PÓS-GRADUADA E MESTRA PELA PUC/SP ADVOGADA www.amandaalmozara.com.br 1 1 1º) Conteúdo programático: Noções de direito e ordenamento

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO Conceito e Fontes do Direito Administrativo Prof.ª Tatiana Marcello Conceito de Direito Administrativo Celso Antônio Bandeira de Mello: é o ramo do Direito Público que disciplina

Leia mais

DA ESCOLHA ADMINISTRATIVA DA MODALIDADE DE CONCESSÃO

DA ESCOLHA ADMINISTRATIVA DA MODALIDADE DE CONCESSÃO DA ESCOLHA ADMINISTRATIVA DA MODALIDADE DE CONCESSÃO Kleber Bispo dos Santos Advogado militante em São Paulo, Mestrando e Especialista em Direito Administrativo pela Pontifícia Universidade Católica de

Leia mais

PROJETO DE LEI CAPÍTULO I DO OBJETO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO

PROJETO DE LEI CAPÍTULO I DO OBJETO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO VERS ÃO FINAL ENVIADA AO CONGRESSO NACIONAL PROJETO DE LEI Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria públicoprivada, no âmbito da administração pública. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Leia mais

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Administrativo 08. Professor: Luiz Oliveira Carlos Jungested

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Administrativo 08. Professor: Luiz Oliveira Carlos Jungested Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Administrativo 08 Professor: Luiz Oliveira Carlos Jungested Monitora: Beatriz Moreira Souza Segundo Setor da Administração Pública: Caracteriza-se

Leia mais

INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS (PPP) Carlos Alexandre Nascimento Coordenador Geral MBA PPP e Concessões

INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS (PPP) Carlos Alexandre Nascimento Coordenador Geral MBA PPP e Concessões INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS (PPP) Carlos Alexandre Nascimento Coordenador Geral MBA PPP e Concessões Contato Carlos Alexandre Nascimento Diretor de Programas LSE Enterprise London School of

Leia mais

ESTABILIDADE DA GESTANTE EM EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO

ESTABILIDADE DA GESTANTE EM EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO ESTABILIDADE DA GESTANTE EM EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO Análise da medida liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia * por Bruno Barata Magalhães Em recente decisão interlocutória,

Leia mais

Apoio do BNDES na PPP de Iluminação Pública de Porto Alegre

Apoio do BNDES na PPP de Iluminação Pública de Porto Alegre Apoio do BNDES na PPP de Iluminação Pública de Porto Alegre A Secretaria Municipal de Parcerias Estratégicas de Porto Alegre tem por objetivo auxiliar as demais Secretarias e órgãos da administração municipal

Leia mais

PLANO DE CURSO. Procurar estabelecer as relações entre Direitos Humanos, Direitos Fundamentais e a Organização

PLANO DE CURSO. Procurar estabelecer as relações entre Direitos Humanos, Direitos Fundamentais e a Organização COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Componente Curricular: DIREITO ADMINSTRATIVO II Código: DIR-369-b CH Total: 60h Pré-requisito: DIREITO ADMINSTRATIVO I Período Letivo: 2016.1 Turma: 5ºsemestre Professor:

Leia mais

SISTEMAS DE PAGAMENTOS e INDICADORES DE QUALIDADE DE SERVIÇOS em CONCESSÕES e PPPs

SISTEMAS DE PAGAMENTOS e INDICADORES DE QUALIDADE DE SERVIÇOS em CONCESSÕES e PPPs SISTEMAS DE PAGAMENTOS e INDICADORES DE QUALIDADE DE SERVIÇOS em CONCESSÕES e PPPs CONCESSÕES PPPs LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Lei n 8.987/1995 Lei n 11.079/2004 e Lei nº 12.766/2012 Objetivos: atrair investimentos

Leia mais

SUMÁRIO CAPÍTULO I NOÇÕES INTRODUTÓRIAS

SUMÁRIO CAPÍTULO I NOÇÕES INTRODUTÓRIAS SUMÁRIO CAPÍTULO I NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 1. Funções estatais 2. Conceito e objeto do direito administrativo 3. Codificação e fontes do direito administrativo 4. Sistemas administrativos: sistema inglês

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO Organização da Administração Pública Prof. Denis França Características: Regidos pela Lei 11.107/05: Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Administrativo. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Administrativo. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Período 2006 2016 1) FCC Auditor Fiscal Tributário SP/Pref SP-2007 Nos termos do tratamento legal da matéria, a a) concessão e a permissão de serviços públicos são contratos.

Leia mais

STJ SUMÁRIO CAPÍTULO I NOÇÕES PRELIMINARES

STJ SUMÁRIO CAPÍTULO I NOÇÕES PRELIMINARES STJ00065380 SUMÁRIO xm NOTA DA AUTORA À PRIMEIRA EDIÇÃO NOTA DA AUTORA À SEGUNDA EDIÇÃO VII IX CAPÍTULO I NOÇÕES PRELIMINARES 1. Direito... I 2. Direito Administrativo... 2 2.1. Conceito... 2 2.2. Relação

Leia mais

COMENTÁRIO DAS QUESTÕES DA PROVA PARA AFRE RS BANCA FUNDATEC

COMENTÁRIO DAS QUESTÕES DA PROVA PARA AFRE RS BANCA FUNDATEC COMENTÁRIO DAS QUESTÕES DA PROVA PARA AFRE RS BANCA FUNDATEC DIREITO ADMINISTRATIVO QUESTÃO 32 Os atos administrativos estão sujeitos a um regime jurídico especial, que se traduz pela conjugação de certos

Leia mais

Direito Administrativo

Direito Administrativo Direito Administrativo Serviços Públicos Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Administrativo SERVIÇOS PÚBLICOS Disposições Preliminares CF Art. 175. Incumbe ao Poder Público,

Leia mais

CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 12

CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 12 CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 12 DATA 18/08/15 DISCIPLINA DIREITO ADMINISTRATIVO (NOITE) PROFESSOR BARNEY BICHARA MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 03/08 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes

Leia mais

Espécies do gênero "contratos da Administração"

Espécies do gênero contratos da Administração Espécies do gênero "contratos da Administração" o Contratos administrativos. - Ajustes celebrados pela administração pública, nessa qualidade, com objetivos de interesse público, segundo regime jurídico

Leia mais

2012 MPE/AP Técnico Ministerial

2012 MPE/AP Técnico Ministerial 2012 MPE/AP Técnico Ministerial O Prefeito de determinado Município, a fim de realizar promoção pessoal, utilizou-se de símbolo e de slogan que mencionam o seu sobrenome na publicidade institucional do

Leia mais

Direito Administrativo Brasileiro. Raquel Rivera Soldera

Direito Administrativo Brasileiro. Raquel Rivera Soldera Direito Administrativo Brasileiro Raquel Rivera Soldera raquel.soldera@gmail.com Direito Administrativo Brasileiro! Conceito! Princípios! Legislação aplicável Conceito É o conjunto harmônico de princípios

Leia mais

MÓDULO 07 TÓPICOS AVANÇADOS EM MODELAGEM JURÍDICA EM PPPs E CONCESSÕES. Rodrigo Machado Moreira Santos

MÓDULO 07 TÓPICOS AVANÇADOS EM MODELAGEM JURÍDICA EM PPPs E CONCESSÕES. Rodrigo Machado Moreira Santos MÓDULO 07 TÓPICOS AVANÇADOS EM MODELAGEM JURÍDICA EM PPPs E CONCESSÕES Rodrigo Machado Moreira Santos TV PPP POLÍTICA TARIFÁRIA, REVISÃO E REAJUSTES EM CONCESSÕES E PPPs Egon Bockmann Moreira: O estudo

Leia mais

Conceitos Sentidos subjetivo e objetivo. Serviços Públicos. Classificação Individuais (uti singuli) Classificação Gerais (uti universi)

Conceitos Sentidos subjetivo e objetivo. Serviços Públicos. Classificação Individuais (uti singuli) Classificação Gerais (uti universi) Serviços Públicos Direito Administrativo Prof. Armando Mercadante Nov/2009 Sentidos subjetivo e objetivo 1) Sentido subjetivo serviço público é aquele prestado pelo Estado; 2) Sentido objetivo o serviço

Leia mais

XVII ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA Universidade de Fortaleza 16 a 18 de outubro de 2017

XVII ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA Universidade de Fortaleza 16 a 18 de outubro de 2017 XVII ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA Universidade de Fortaleza 16 a 18 de outubro de 2017 AS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS COMO MECANISMOS VIABILIZADORES DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL. Samuel Vasconcelos

Leia mais

Controles fiscais e PPPs: excluindo as PPPs que geram dívida do limite de despesas com PPPs de Estados e Municípios

Controles fiscais e PPPs: excluindo as PPPs que geram dívida do limite de despesas com PPPs de Estados e Municípios Controles fiscais e PPPs: excluindo as PPPs que geram dívida do limite de despesas com PPPs de Estados e Municípios Mauricio Portugal Ribeiro 1 A Lei 11.079/04 ( Lei de PPP ) estabelece limite de despesas

Leia mais

SUMÁRIO. CAPÍTULO IV ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS 1. Órgãos públicos

SUMÁRIO. CAPÍTULO IV ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS 1. Órgãos públicos SUMÁRIO CAPÍTULO I NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 1. Funções estatais 2. Conceito e objeto do direito administrativo 3. Codificação e fontes do direito administrativo 4. Sistemas administrativos: sistema inglês

Leia mais

Direito Administrativo

Direito Administrativo Direito Administrativo facebook.com/professoratatianamarcello facebook.com/tatiana.marcello.7 @tatianamarcello DIREITO ADMINISTRATIVO Serviços Públicos Prof.ª Tatiana Marcello Conceito José dos Santos

Leia mais

LEGISLAÇÃO APLICADA ÀS PPPS E CONCESSÕES. Prof a Tatiana Matiello Cymbalista

LEGISLAÇÃO APLICADA ÀS PPPS E CONCESSÕES. Prof a Tatiana Matiello Cymbalista LEGISLAÇÃO APLICADA ÀS PPPS E CONCESSÕES Prof a Tatiana Matiello Cymbalista O CONCEITO JURÍDICO DAS CONCESSÕES E PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS PARTE I ALGUNS COMENTÁRIOS INICIAIS - Grupo heterogêneo nem todos

Leia mais

UNIDADE II Regime Jurídico Administrativo: 2.1. Conceito; 2.2. Princípios do Direito Administrativo;

UNIDADE II Regime Jurídico Administrativo: 2.1. Conceito; 2.2. Princípios do Direito Administrativo; 1. IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DA DISCIPLINA: D-30 PERÍODO: 6 CRÉDITO: 04 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO I NOME DO CURSO: DIREITO 2. EMENTA CARGA HORÁRIA SEMANAL: 04 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 Noções

Leia mais

DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR

DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR DIREITO ADMINISTRATIVO DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR Instagram: @coronel_marcelino E-mail: Professormarcelino@hotmail.com Youtube.com/MarcelinoFernandesCoronel Aula 1/4 Princípios Jurídicos Poderes Administrativos

Leia mais

Estrutura da aula. Redação de Parecer - Aula /10/2015. Comentário dos temas da aula 04 Discussão do conteúdo

Estrutura da aula. Redação de Parecer - Aula /10/2015. Comentário dos temas da aula 04 Discussão do conteúdo Redação de Parecer - Aula 05 - Estrutura da aula Comentário dos temas da aula 04 Discussão do conteúdo Discussão sobre a continuidade da preparação Prof. Renato Fenili Outubro de 2015 Conceito de conta

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE HUMANIDADES CAMPUS III DEPARTAMENTO DE DIREITO BACHARELADO EM CIÊNCIAS JURÍDICAS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE HUMANIDADES CAMPUS III DEPARTAMENTO DE DIREITO BACHARELADO EM CIÊNCIAS JURÍDICAS UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE HUMANIDADES CAMPUS III DEPARTAMENTO DE DIREITO BACHARELADO EM CIÊNCIAS JURÍDICAS SAULO DE TÁSSIO FÉLIX SOARES PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS GUARABIRA 2015 SAULO

Leia mais

CURSO PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS. TEMA DA AULA 01: Introdução DATA: 02/05/2016

CURSO PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS. TEMA DA AULA 01: Introdução DATA: 02/05/2016 Nº DATA HORÁRIO 01 02/05/16 seg 19h às 22h30 02 09/05/16 seg 19h às 22h30 03 16/05/16 seg 19h às 22h30 04 23/05/16 seg 19h às 22h30 PROFESSOR: Ricardo Medina Salla TEMA DA AULA 01: Introdução DATA: 02/05/2016

Leia mais

RESPOSTA À IMPUGNAÇÃO AO EDITAL DE LICITAÇÃO N.º 008/2018

RESPOSTA À IMPUGNAÇÃO AO EDITAL DE LICITAÇÃO N.º 008/2018 RESPOSTA À IMPUGNAÇÃO AO EDITAL DE LICITAÇÃO N.º 008/2018 Processo Licitatório n.º: 4085/2018 Referência: Pregão Eletrônico n.º 008/2018 1. Relatório. Trata-se de impugnação apresentada pela empresa Brasil

Leia mais

CURSO JURÍDICO FMB CURSO

CURSO JURÍDICO FMB CURSO CURSO JURÍDICO FMB CURSO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DOS MÓDULOS 2 Sumário DIREITO ADMINISTRATIVO 3 DIREITO ADMINISTRATIVO PROFA. CRISTINA APARECIDA FACEIRA MEDINA MOGIONI MÓDULO I O Direito Administrativo;

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana Autorizada pela Portaria Ministerial nº 552 de 22 de março de 2001 e publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001. Endereço: Rua Juracy Magalhães,

Leia mais

SUMÁRIO. 9 1-ESTADO, ADMINlSTRAÇÃO PÚBLICA E DIREITO ADMINISTRATIVO..

SUMÁRIO. 9 1-ESTADO, ADMINlSTRAÇÃO PÚBLICA E DIREITO ADMINISTRATIVO.. SUMÁRIO Prefácio à primeira edição -LuIz FLAvIO GOMES 9 1-ESTADO, ADMINlSTRAÇÃO PÚBLICA E DIREITO ADMINISTRATIVO 1. Da contextualização da Administração Pública no Estado de Direito contemporâneo 21 2.

Leia mais

Francisco Bernardes Lage Pós-Graduação Direito Administrativo

Francisco Bernardes Lage Pós-Graduação Direito Administrativo Serviços Públicos Obrigação do Estado em prestá-lo e a possibilidade de transferência a terceiros. - Contrato de Permissão - Contrato de Concessão - Ato de Permissão de Servgiço Público Francisco Bernardes

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Estágios da Receita e Despesa Etapas da Despesa Parte 1 Professor Sergio Barata Etapas da Despesa MCASP 2017 Planejamento Fixação Descentralização ou Movimentação

Leia mais

ESTADO DO MARANHÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ GABINETE DO PREFEITO

ESTADO DO MARANHÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ GABINETE DO PREFEITO ESTADO DO MARANHÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ GABINETE DO PREFEITO LEI ORDINÁRIA Nº 1.675/2017 Institui o Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas do Município de Imperatriz e dá outras

Leia mais

Professora Taís Flores

Professora Taís Flores Professora Taís Flores GABARITO - D COMENTÁRIOS Inicialmente, percebam que as alternativas III e IV não correspondem à literalidade da lei. Assim, abre-se uma margem de liberdade para que a banca as considere

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO PROF. MES. BRUNO VARGENS NUNES 1PROFESSOR BRUNO VARGENS CONCEITO Existem vários conceitos para definir o Direito Administrativo. O critério que predomina hoje é o que diz que ele

Leia mais

PONTO 1: Distinção entre Concessão e Permissão PONTO 2: Formas de Extinção da Concessão e Permissão 1. DISTINÇÃO ENTRE CONCESSÃO E PERMISSÃO

PONTO 1: Distinção entre Concessão e Permissão PONTO 2: Formas de Extinção da Concessão e Permissão 1. DISTINÇÃO ENTRE CONCESSÃO E PERMISSÃO 1 DIREITO ADMINISTRATIVO PONTO 1: Distinção entre Concessão e Permissão PONTO 2: Formas de Extinção da Concessão e Permissão 1. DISTINÇÃO ENTRE CONCESSÃO E PERMISSÃO 1.1 CONCESSÃO A concessão é um contrato

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana Autorizada pela Portaria Ministerial nº 552 de 22 de março de 2001 e publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001. Endereço: Rua Juracy Magalhães,

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Pertinência entre condições de participação e a fase de habilitação Juliana Kellen Batista* Analisa a importância da exigência de algumas condições de participação para uma possível

Leia mais

Aula 44 LICITAÇÃO. Conclusão: o que está fora do Capítulo VI é norma geral.

Aula 44 LICITAÇÃO. Conclusão: o que está fora do Capítulo VI é norma geral. Página1 Curso/Disciplina: Direito Administrativo. Aula: Licitação: obrigação de licitar e objeto. Professor (a): Luiz Jungstedt Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 44 LICITAÇÃO Lei da PPP Lei nº 11079/2004.

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA SCL SISTEMA DE COMPRAS, LICITAÇÕES E CONTRATOS Nº 005/2015.

INSTRUÇÃO NORMATIVA SCL SISTEMA DE COMPRAS, LICITAÇÕES E CONTRATOS Nº 005/2015. INSTRUÇÃO NORMATIVA SCL SISTEMA DE COMPRAS, LICITAÇÕES E CONTRATOS Nº 005/2015. DISPÕE SOBRE ORIENTAÇÃOES PARA DISCIPLINAR E PADRONIZAR O PROCEDIMENTO DE ELABORAÇÃO DO PROJETO DE LEI DE CONCESSÃO E PERMISSÃO

Leia mais

DIREITO FINANCEIRO. A Receita Pública. Classificação da Receita Pública Parte 2. Prof. Thamiris Felizardo

DIREITO FINANCEIRO. A Receita Pública. Classificação da Receita Pública Parte 2. Prof. Thamiris Felizardo DIREITO FINANCEIRO A Receita Pública Classificação da Receita Pública Parte 2 Prof. Thamiris Felizardo 1) Receita Tributária Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico,

Leia mais