Status PNE. Exportação. Julho 2015/ ,0% +3,2% Importação
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- Catarina Prado Mascarenhas
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1 CONTEXTO Status PNE - De acordo com dados oficiais divulgados no começo do mês, a queda no preço de importantes produtos da pauta exportadora brasileira afeta, de maneira significativa, o saldo da balança comercial. A quantidade exportada de janeiro a julho de 2015 foi 7,2% maior em comparação com o mesmo período de Exportação Preço Quantum Julho 2015/ ,0% +3,2% Janeiro-Julho 2015/ ,8% +7,2% Importação Preço Quantum Julho 2015/ ,9% -13,6% Janeiro-Julho 2015/2014-9,1% -9,6% - Como é possível observar, quase todos os principais produtos estão verificando queda de preço, com exceção de café, aviões e óxidos e hidróxidos de alumínio. - O Minério de ferro, por exemplo, mesmo com aumento de 7,4% na quantidade exportada, apresentou queda de receita de 47,4%. O preço em julho/2015 foi de US$40,4/ton. COMPARAÇÃO DE PREÇOS JAN/JUL 2015/2014 Básicos Valor Quant Preço - Soja em Grão -18,4 +7,5-24,1 - Minério de Ferro -47,4 +7,4-51,0 - Petróleo em Bruto -21,4 +52,5-48,5 - Carne de Frango in natura -6,4 +6,3-11,9 - Farelo de Soja -13,0 +15,7-24,8 - Café em Grão +4,0-1,2 +5,3 Semimanufaturados - Açúcar em bruto -16,3-2,0-14,6 - Celulose +0,8 +9,4-7,9 - Semimanufaturados de ferro/aço +8,1 +43,9-24,9
2 Manufaturados - Aviões +16,9 +10,0 +6,3 - Automóveis de passageiros -2,2 +4,5-6,4 - Óxidos e hidróxidos de alumínio +18,0 +5,6 +11,7 Tendência de melhor desempenho do comércio exterior no 2º semestre. Desde 2001, o desempenho do saldo comercial do 2º semestre tem sido superior ao do 1º semestre. As únicas exceções foram em 2007 e Em relação ao desempenho das exportações, se, por um lado, caem os embarques de soja (- 52,0%), registram-se aumentos significativos em: (i) Minério de ferro - tradicionalmente embarques 20% mais expressivos no 2º semestre; (ii) Petróleo em bruto - apesar de não ter um comportamento sazonal bem definido, espera-se manutenção da tendência de incremento nas quantidades exportadas, desempenho este influenciado pelo aumento da produção, +15,0% no primeiro semestre; (iii) Milho em grão - maior parte dos embarques ocorrem no 2º semestre (+149,0%); Quanto à importação, não há sinais de aumento em relação ao 1º semestre. Taxa de Câmbio - Taxa de câmbio mais depreciada deverá constituir uma oportunidade para os exportadores ao propiciar maiores receitas em reais e favorecer a competitividade do produto nacional. - O resultado da Balança Comercial neste ano está fortemente ligado às cotações internacionais de commodities. Apesar da perspectiva positiva em relação aos Estados Unidos (apenas no primeiro semestre, houve aumento das exportações brasileiras de manufaturados de +5,8%), bem como da perspectiva positiva em relação ao câmbio, continuaremos tendo incertezas quanto ao desempenho da economia mundial. - O comportamento de todas essas variáveis escapa ao controle do governo. - O que não pode escapar ao governo e à sociedade como um todo é a visão sobre a importância fundamental do comércio exterior para a economia e, portanto, sobre a necessidade de se ter uma política consistente de comércio, representada hoje pelo Plano Nacional de Exportações. PLANO NACIONAL DE EXPORTAÇÕES - Novo Status do comércio exterior brasileiro: comércio Exterior como elemento estratégico e permanente da agenda de competitividade e de crescimento econômico do País. - O comércio exterior é o tribunal da competitividade. Quem exporta é mais competitivo porque tem mais economias de escala na produção, melhoria nos padrões tecnológicos e de qualidade, propiciados pelo acesso a tecnologias ou por exigência das cadeias produtivas em nível global.
3 - O Plano Nacional de Exportações apresenta um conjunto de diretrizes e metas para o fortalecimento do comércio exterior brasileiro, entendido como indutor de competitividade, geração de renda e crescimento econômico do País. - Construído em estreita parceria com o setor privado. - O Plano Nacional de Exportações identifica cinco pilares estratégicos de atuação (para cada pilar, são estabelecidas diretrizes e metas específicas): 1. Acesso a mercados; 2. Promoção comercial; 3. Facilitação de comércio; 4. Financiamento e garantia às exportações; e 5. Aperfeiçoamento de mecanismos e regimes tributários de apoio às exportações. - O Plano propôs metas qualitativas para o ano de As metas para os próximos anos, até 2018, serão anunciadas no início de cada ano. - Na governança do Plano, está prevista também a participação direta do setor privado, com destaque para o CONEX (apresentamos, na reunião do dia 29/07, os resultados alcançados até aqui e as ações com resultado iminente). - Essa participação será fundamental para orientar os esforços do governo, apontando correções de rumo e o que precisa ser aperfeiçoado. - Em complemento às metas, o Plano definiu indicadores de desempenho, que servirão para acompanhar os resultados almejados e assegurar maior eficácia a suas diretrizes. - Monitoramento dos seguintes indicadores, que terão como base de aferição o ano de 2015, incluem: Volume e valor das exportações: monitoramento do quantum exportado e da receita advinda das exportações brasileiras Valor agregado nas exportações: monitoramento do valor agregado no processo produtivo realizado no Brasil em seus produtos exportados; Número de novas empresas exportadoras: monitoramento da entrada de novos atores na atividade exportadora, em sua totalidade e por região do Brasil, de forma a averiguar o grau de regionalização da origem das exportações brasileiras; Índice de concentração das exportações: monitoramento do perfil da pauta de exportações e dos destinos atingidos pelos bens e serviços exportados pelo Brasil. PILARES (DESTAQUE PARA ACESSO A MERCADOS E FACILITAÇÃO DE COMÉRCIO) - Acesso a mercados: O Pilar de acesso a mercados objetiva uma maior integração do Brasil à rede de acordos comerciais com países de todas as regiões, a negociação de temas tarifários e não tarifários, a remoção de barreiras e a abertura de novas oportunidades para as exportações de bens e serviços brasileiros. - Alguns resultados concretos: ACFI: - Assinatura com Angola, Moçambique, México e Malaui - Novos ACFIs em negociação
4 Estados Unidos: - Memorando sobre Facilitação de Comércio - Memorando sobre Convergência Regulatória - Negociação de acordos setoriais de convergência - Renovação do SGP até Abertura do mercado americano para a carne bovina in natura brasileira (remoção de barreiras sanitárias/fitossanitárias; coordenação do MAPA) México: - Lançamento de negociações do Acordo Comercial Expandido. - Aprofundamento de preferências tarifárias - Ampliação temática - Publicamos, na última sexta-feira, uma consulta pública abrangente para avaliar a posição ofensiva e defensiva do setor privado em relação ao acordo com o México (além de outros 5 mercados, sobre os quais ainda falaremos). A partir dessa consulta, teremos subsídios detalhados para buscar as metas definidas no Plano Bacia do Pacífico: - Lançamento de pacote amplo de negociações com Peru - Negociação de nova moldura comercial com a Colômbia - Aproximação com o Chile União Europeia: - Realização de troca de ofertas entre os blocos no último trimestre do ano. Os próximos passos compreendem reunião técnica entre os sócios do Mercosul no próximo mês de agosto e reunião técnica entre Mercosul e União Europeia, possivelmente em setembro. Outros acordos comerciais (Canadá, Cuba, EFTA, Líbano, Tunísia, SACU) - O pilar de acesso a mercados também definiu como metas retomar o diálogo exploratório com o Canadá; aprofundar o Acordo com Cuba visando um acordo de livre comércio; avançar as tratativas do diálogo exploratório com a EFTA; e avançar nas negociações de acordos comerciais com Líbano e Tunísia. - Realizamos nos últimos meses missão negociadora ao Líbano e Tunísia (maior); reunião da Comissão Administradora do Acordo Mercosul-Cuba (maio); e a primeira reunião do diálogo exploratório com EFTA (junho). - Publicamos, na última sexta-feira, uma consulta pública abrangente para avaliar a posição ofensiva e defensiva do setor privado em relação aos acordos com todos esses cinco mercados. A partir dessa consulta, teremos subsídios detalhados para buscar as metas definidas no Plano. - SACU: finalizando processo de internalização. Concluídas as retificações necessárias, o instrumento foi reexaminado pela Casa Civil e enviado ao Congresso Nacional, para republicação, em 8 de julho de 2015 (Mensagem nº 252, de 8 de julho de 2015). A conclusão do processo de ratificação é necessária para que se avance às tratativas relativas a um aprofundamento do acordo. SISTEMA DE MONITORAMENTO DE BARREIRAS COMERCIAIS:
5 - Primeira fase do sistema em desenvolvimento. Disponibilizar ao setor privado um sistema para estruturar o recebimento, a análise, o processamento e o tratamento pelo Governo brasileiro de demandas a respeito de barreiras comerciais às suas exportações. - Facilitação de comércio - Os problemas de infraestrutura e de logística no Brasil são extremamente custosos à competitividade do setor privado. No âmbito de competência da Secretaria de Comércio Exterior, o pilar de facilitação de comércio proporcionará um ganho soft em logística, tornando mais competitivo o comércio exterior brasileiro. O principal programa é o Portal Único de Comércio Exterior. - Portal Único de Comércio Exterior: a premissa do Portal é a unificação da interlocução entre o usuário e o governo (single window). Todos os 22 órgãos de governo intervenientes no comércio exterior participam do Programa. É uma iniciativa de reformulação dos processos de importação, exportação e trânsito aduaneiro. Com essa reformulação, busca-se estabelecer processos mais eficientes, harmonizados e integrados entre todos os intervenientes públicos e privados no comércio exterior. Meta de 40% de redução de prazos médios (referencial modal marítimo): Exportação: 13 para 8 dias Importação: 17 para 10 dias Potenciais ganhos econômicos da redução de prazos prevista (FGV-EESP) : - Impacto sobre o PIB: acréscimo de 1,52% (US$ 23,8 bi) do PIB no momento da implementação completa, prevista para 2017, ascendendo ao aumento de 2,52% (US$ 74,9 bi) de acréscimo ao PIB em Corrente de comércio sobre o PIB: acréscimo anual entre 6 e 7% na corrente de comércio, equivalentes a US$ 36,18 bi em 2017 e US$ 68,42 bi em Diversificação das exportações: aumento progressivo das exportações brasileiras de produtos oriundos da indústria de transformação, de 10,3% em 2017 e de 26,5% em Incremento dos investimentos na economia equivalentes a 8% em 2017 e 5,15% em ENTREGAS 2015 E PRÓXIMOS PASSOS: - Previsão de implementação completa em 2017 (eliminação do papel em 2015; fluxo de exportação em 2016; e fluxo de importação em 2017). - Eliminar o uso do papel nos controles administrativo e aduaneiro das operações de comércio exterior: SECEX e RFB já utilizam a ferramenta para anexação eletrônica de documentos. ANVISA em projeto piloto. Previsão de entrada do VIGIAGRO em piloto nos próximos dias. Previsão de utilização por todos os órgãos anuentes até o fim de NOVO FLUXO DE EXPORTAÇÃO: Está desenhado o novo processo simplificado de exportação a ser implementado por meio do Portal Único de Comércio Exterior, construído com intensa colaboração do setor privado. A proposta do novo fluxo vem sendo validada e, em breve, faremos uma consulta pública para o envio de comentários e sugestões.
6 O processo de exportação será simplificado ao extremo. Principais exemplos de alterações simplificadoras: - Eliminação de anuências em operações de exportação para a maioria das situações. - Eliminação de etapas, com a criação da Nova Declaração de Exportação, que substituirá os atuais Registro de Exportação (RE), Declaração de Exportação (DE) e Declaração Simplificada de Exportação (DSE). - SIMULTANEIDADE entre os pedidos de licença e a declaração de exportação. Hoje, as etapas são sequenciais RE e DE. No novo fluxo, o exportador pode solicitar a licença antes ou durante o registro da operação de exportação. - Possibilidade de autorizações em lote ou por período para operações de exportação, e não operação por operação, com conferência automatizada, se dando instantaneamente pelo sistema no momento de registro da DUE. Elimina-se assim tempo hoje gasto com a conferência manual operação a operação. - Integração da DUE com a Nota Fiscal Eletrônica (NFe). As informações sobre a mercadoria a ser exportada terão como fonte direta a NFe por meio de integração com o SPED. Financiamento (integração ao Portal Único) - Desburocratizar a concessão de financiamento público às exportações: Desenvolvimento de sistema de concessão de financiamento público às exportações, integrado ao Portal Único de Comércio Exterior. Grupo Técnico em fase de conclusão do mapeamento do fluxo de processos atual. Próxima fase construção de proposta de novo fluxo. OBJETIVO PRINCIPAL: redução de prazos e custos para o exportador. - Redesenhar um fluxo inteligente e integrado de concessão de financiamento público. - Atualmente, por exemplo, o exportador preenche o RC (Registro de Crédito) e encaminha, via papel, informações adicionais ao BB. O BNDES também precisa receber documentos para comprovar a exportação financiada. Tudo isso acarretando prazos mais longos e custos mais elevados. - Será criado um sistema informatizado que permitirá a comunicação via sistema entre BB, BNDES e Tesouro Nacional (feita hoje via s e telefonemas). - Maior flexibilidade ao processo para permitir alterações usuais no decorrer da aprovação de uma operação, evitando o retrabalho e atrasos para a concessão de crédito. - Através da anexação eletrônica de documentos, eliminaremos a utilização do papel nos processos de concessão de financiamento público às exportações.
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