RESPONSABILIDADE OBJETIVA
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- Ester Clementino Martini
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1 RESPONSABILIDADE DO ESTADO 1. EVOLUÇÃO 1.1. Primeira Fase Princípio da Irresponsabilidade do Estado 1.2. Segunda Fase Responsabilidade Subjetiva do Estado 1.3. Terceira Fase Responsabilidade objetiva do Estado 2. RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO BRASIL 2.1. Fundamento Constitucional art. 37, 6º DISTINÇÃO RESPONSABILIDADE SUBJETIVA procedimento ilícito (dever de fazer e não fez) Elementos: depende de conduta do agente, dano, nexo causal e a culpa ou dolo Excludente: exime-se do dever se demonstrar a ausência de qualquer dos elementos, inclusive a ausência de culpa ou dolo, mostrando que se comportou com diligência, perícia e prudência RESPONSABILIDADE OBJETIVA procedimento lícito ou ilícito Elementos: só depende de conduta do agente, dano e nexo de causalidade. Dispensando a culpa e o dolo. Excludente: exime-se do dever se provar a inexistência de qualquer um dos elementos, inclusive do nexo causal. São exemplos a culpa exclusiva da vítima, o caso fortuito e a força maior (rol somente exemplificativo) 2.3. Teorias da Responsabilidade Objetiva a) risco integral - o Estado responde sempre, não admite excludente no Brasil admite-se em caso de danos decorrentes de material bélico, substâncias nucleares e dano ambiental;
2 b) risco administrativo - admite-se excludentes afastando a responsabilidade do Estado, por exemplo são consideradas hipóteses excludentes: o caso fortuito, a força maior e a culpa exclusiva da vítima. Esta é a regra adotada no Brasil. - a culpa concorrente (vitima e Estado são culpados) o Estado continua responsável, entretanto o valor da indenização deve ser reduzido. 3. TIPOS DE RESPONSABILIDADE - responsabilidade civil, penal e administrativa, - independência das instâncias em regra uma mesma conduta pode gerar a instauração de um processo civil, um processo penal e um processo administrativo, sendo possível decisão diferente em cada processo, o que significa que o agente pode ser condenado em um e absolvido em outro. ATENÇÃO: Esta independência não existe quando a hipótese for de absolvição no processo penal tendo como fundamento a negativa de autoria ou a inexistência do fato, neste caso o agente também será absolvido nos demais processos. 4. ELEMENTOS DEFINIDORES 4.1. SUJEITOS - Observações importantes: - Responsabilidade Subsidiária x Responsabilidade Solidária - Titular de serventia extrajudicial Atividade Delegada Responsabilidade subsidiária do Estado (...) É subsidiária a responsabilidade do Estado membro pelos danos materiais causados por titular de serventia extrajudicial, ou seja, aquele ente somente responde de forma subsidiária ao delegatário. Por outro lado, a responsabilidade dos notários equipara-se às das pessoas jurídicas de Direito Privado prestadoras de serviços públicos, pois os serviços notariais e de registros públicos são exercidos por delegação da atividade estatal (art. 236, 1º, da CF/1988),
3 assim seu desenvolvimento deve dar-se por conta e risco do delegatário (Lei n /1995) (...).(REsp AM). - Outros julgados sobre o tema: REsp PE, STF: RE SP. - Responsabilidade das pessoas privadas prestadoras de serviços públicos e não usuário do serviço. - Para pessoas privadas prestadores de serviços públicos, por um determinado período, subsistiu, na jurisprudência do STF, uma discussão quanto à aplicação da teoria objetiva em face de terceiros, usuários ou não usuários do serviço. Hoje essa questão, já superada, foi objeto de decisão pela Corte Suprema em sede de recurso extraordinário, o RE nº , com o reconhecimento de repercussão geral, admitindo que a responsabilidade é objetiva independentemente de ser usuário ou não usuário, importando apenas a caracterização de um serviço público. A decisão ressalta que, se a Constituição não fez essa restrição, não cabe ao intérprete fazê-la e que em nome do princípio da isonomia, a regra deve ser a mesma para os beneficiários diretos ou não do serviço. - Tema - Nº 130 (Responsabilidade objetiva do Estado em caso de responsabilidade civil da pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público em relação a terceiros nãousuários do serviço.) MÉRITO JULGADO EMENTA: CONSTITUCIONAL. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. ART. 37, 6º, DA CONSTITUIÇÃO. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO. CONCESSIONÁRIO OU PERMISSIONÁRIO DO SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA EM RELAÇÃO A TERCEIROS NÃO-USUÁRIOS DO SERVIÇO. RECURSO DESPROVIDO. I - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, 6º, da Constituição Federal. II - A inequívoca presença do nexo de causalidade entre o ato administrativo e o dano causado ao terceiro não-usuário do
4 serviço público, é condição suficiente para estabelecer a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito privado. III - Recurso extraordinário desprovido. (RE , Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 26/08/2009, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe ) 4.2. Conduta Estatal Lesiva - pode ser em decorrência de comportamentos unilaterais, - lícitos ou ilícitos, - comissivos ou omissivos, - materiais ou jurídicos. I) Danos por ação do Estado = ATO COMISSIVO a) por comportamentos lícitos (ATOS JURÍDICOS E MATERIAIS) b) por comportamentos ilícitos II) Danos por omissão ATO OMISSIVO - Divergências - REPERCUSSÃO GERAL - Tema Responsabilidade civil do Estado por danos decorrentes de omissão do dever de fiscalizar comércio de fogos de artifício em residência. EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL DO PODER PÚBLICO POR OMISSÃO (ART. 107, EC 1/69). EXPLOSÃO DE LOCAL DESTINADO AO COMÉRCIO DE FOGOS DE ARTIFÍCIO. COMUNICAÇÃO PRÉVIA À AUTORIDADE MUNICIPAL COMPROVADA. EFETIVO PAGAMENTO DE TAXA PARA EXPEDIÇÃO DE LICENÇA. AUSÊNCIA DE PRECEDENTES ESPECÍFICOS. NECESSIDADE DE SUBMISSÃO AO PLENÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. A Turma, ao apreciar agravo regimental interposto pelo município de São Paulo à decisão monocrática proferida pelo min. relator, reconheceu a existência de repercussão geral (art. 543-A, 4º, CPC) e, considerando a inexistência de precedentes específicos - responsabilidade civil do poder público por
5 omissão relativa à fiscalização de local destinado ao comércio de fogos de artifício cujo proprietário requerera licença de funcionamento e recolhera a taxa específica -, deu provimento ao agravo regimental para submeter o recurso extraordinário a julgamento do Plenário, oportunizando-se às partes a possibilidade de sustentações orais.(re AgR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em 01/02/2011, DJe ) CURIOSIDADE - RG - Tema Nº 19 - Indenização pelo não-encaminhamento de projeto de lei de reajuste anual dos vencimentos de servidores públicos. VENCIMENTOS REPOSIÇÃO DO PODER AQUISITIVO ATO OMISSIVO INDENIZAÇÃO INCISO X DO ARTIGO 37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL RECURSO EXTRAORDINÁRIO REPERCUSSÃO DO TEMA. Ante a vala comum da inobservância da cláusula constitucional da reposição do poder aquisitivo dos vencimentos, surge com repercussão maior definir o direito dos servidores a indenização. (RE RG, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, julgado em 13/12/2007, DJe ) Sem julgamento de mérito ainda. - REPERCUSSÃO GERAL Tema Responsabilidade civil do Estado por danos materiais causados a candidatos inscritos em concurso público em face do cancelamento da prova do certame por suspeita de fraude. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. ANULAÇÃO DO CONCURSO POR ATO DA PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, EM FACE DE INDÍCIOS DE FRAUDE NO CERTAME. DIREITO À INDENIZAÇÃO DE CANDIDATO PELOS DANOS MATERIAIS RELATIVOS ÀS DESPESAS DE INSCRIÇÃO E DESLOCAMENTO. APLICABILIDADE DO ART. 37, 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EXISTÊNCIA DE
6 REPERCUSSÃO GERAL.(RE RG, Relator(a): Min. LUIZ FUX, julgado em 15/12/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe ) Sem julgamento de mérito III) Danos dependentes de situação produzida pelo Estado OUTRAS REPERCUSSÕES GERAIS SOBRE RESPONSABILIDADE CIVIL - Tema Responsabilidade civil objetiva do Estado por morte de detento. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO POR MORTE DE DETENTO. RELEVÂNCIA DA MATÉRIA E TRANSCENDÊNCIA DE INTERESSES. MANIFESTAÇÃO PELA EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.(ARE RG, Relator(a): Min. LUIZ FUX, julgado em 20/09/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe ) - Tema Responsabilidade civil do Estado por ato praticado por preso foragido. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO DANO DECORRENTE DE CRIME PRATICADO POR PRESO FORAGIDO. Possui repercussão geral a controvérsia acerca da responsabilidade civil do Estado em face de dano decorrente de crime praticado por preso foragido, haja vista a omissão no dever de vigilância por parte do ente federativo. (RE RG, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, julgado em 03/02/2011, DJe ) 4.3. DANO INDENIZAVEL a) DANO JURÍDICO b) DANO CERTO c) DANO ESPECIAL d) DANO ANORMAL
7 4.4. INDENIZAÇÃO 4.5 HIPÓTESES DE EXCLUSÃO - TEORIAS - a responsabilidade objetiva se divide em 2 teorias: - I) risco integral - II) risco administrativo 5. AÇÃO REGRESSIVA - caso o Estado seja condenado a indenizar a vítima pelos prejuízos causados pelo agente, tendo esse agido com culpa ou dolo, é possível que o Estado busque a compensação de suas despesas por meio de uma ação de regresso, aplicando a parte final do art. 37, 6º, da CF. Trata-se de uma ação autônoma para o exercício do direito de regresso, que garante o ressarcimento pelas despesas que o Estado suportou em razão da condenação. - quanto à possibilidade de denunciação da lide a doutrina e a jurisprudência são muito divergentes. Inúmeros administrativistas defendem a impossibilidade da denunciação considerando que introduzirá para o processo um fato novo, a discussão sobre a culpa ou o dolo do agente, dispensável em responsabilidade objetiva. Também alegam o efeito procrastinatório desse novo conjunto probatório. De outro lado, a jurisprudência do STJ reconhece que a denunciação é aconselhável porque representa economia e celeridade para o processo, admitindo que essa é uma decisão da Administração e que sua ausência não vai gerar nulidade para o processo e nem impedir o direito de regresso. - Algumas decisões: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO: 6O DO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. AGENTE PÚBLICO. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da RE n , Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de , fixou entendimento no sentido de que "somente as pessoas jurídicas de direito público, ou as pessoas jurídicas de direito privado que prestem serviços públicos, é que poderão responder, objetivamente, pela reparação de danos a
8 terceiros. Isto por ato ou omissão dos respectivos agentes, agindo estes na qualidade de agentes públicos, e não como pessoas comuns". Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.(re AgR, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 18/08/2009, DJe ) OUTROS JULGADOS: AI AgR/MG e RE /SP No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: RE nº /MG, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 9/9/11; RE nº , Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 19/11/10; e RE nº /DF, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 15/9/09, RE601104/DF CURIOSIDADE: Posição também do TST RR Rel. Min. Hugo Scheuermann DJE ) DECISÃO DO STJ DIVERGENTE DO ENTENDIMENTO DO STF Na hipótese de dano causado a particular por agente público no exercício de sua função, há de se conceder ao lesado a possibilidade de ajuizar ação diretamente contra o agente, contra o Estado ou contra ambos. De fato, o art. 37, 6º, da CF prevê uma garantia para o administrado de buscar a recomposição dos danos sofridos diretamente da pessoa jurídica, que, em princípio, é mais solvente que o servidor, independentemente de demonstração de culpa do agente público. Nesse particular, a CF simplesmente impõe ônus maior ao Estado decorrente do risco administrativo. Contudo, não há previsão de que a demanda tenha curso forçado em face da administração pública, quando o particular livremente dispõe do bônus contraposto; tampouco há imunidade do agente público de não ser demandado diretamente por seus atos, o qual, se ficar comprovado dolo ou culpa, responderá de qualquer forma, em regresso, perante a Administração. Dessa forma, a avaliação quanto ao ajuizamento da ação contra o agente público ou contra o Estado deve ser decisão do suposto lesado. Se, por um lado, o particular abre mão do sistema de responsabilidade objetiva do Estado, por outro também não se sujeita ao regime de precatórios, os quais, como é de cursivo conhecimento, não são rigorosamente adimplidos em algumas unidades da Federação. Posto isso, o servidor público possui legitimidade passiva para responder, diretamente, pelo dano gerado por atos praticados no exercício de sua função pública, sendo que, evidentemente, o dolo ou culpa, a ilicitude ou a própria existência de dano indenizável são questões meritórias. Precedente citado: REsp SE,
9 Quarta Turma, DJe 4/5/2009. REsp PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 5/9/2013, publicado DJE e no Informativo de QUESTÕES SOBRE O ASSUNTO 1 - Q ( Prova: TRT 8R TRT - 8ª Região (PA e AP) - Juiz do Trabalho / Direito Administrativo / Responsabilidade civil do estado; Reparação do dano, ação de indenização, ação regressiva e prescrição.; ) Sobre a responsabilidade extracontratual do Estado, assinale a única alternativa INCORRETA: a) A responsabilidade patrimonial pode decorrer de atos jurídicos, atos ilícitos, de comportamentos materiais ou de omissão do Poder Público, mas está sempre condicionada à existência de um dano causado a terceiro por comportamento omissivo ou comissivo do agente público. b) Na esfera constitucional, o dever de indenizar o dano causado pelo Estado está condicionado à configuração dos seguintes elementos: que o agente causador seja pessoa jurídica de direito público ou de direito privado prestadora de serviços públicos; que exista o nexo de causalidade entre o dano causado a terceiros e o ato ilícito derivado de dolo ou culpa do agente público. c) Diferentemente do que ocorre no âmbito do direito privado, no qual a responsabilidade civil está estreitamente vinculada à existência de ato ilícito, no direito administrativo a responsabilidade pode se originar de atos ou comportamentos que, não obstante lícitos, causem danos a terceiros. d) É correto afirmar que a Constituição Federal de 1988 acolheu a responsabilidade objetiva do Estado, ou seja, desnecessário aferir a existência de dolo ou culpa do agente, o mau funcionamento ou a falha da Administração, bastando a existência da relação de causa e efeito entre a ação ou omissão administrativa e o dano sofrido pela vítima.
10 e) A Constituição vigente assegura à Administração Pública o direito de regresso contra o agente responsável pelo ato ou omissão administrativa que causa dano a terceiro. Todavia, condicionou esse direito de regresso à prova de dolo ou culpa do agente, o que confere a essa relação o caráter subjetivo, diverso daquele que caracteriza a relação entre a Administração Pública e a vítima. 2 - Q ( Prova: CESPE PGE-PI - Procurador do Estado Substituto / Direito Administrativo / Responsabilidade civil do estado; Agentes públicos e Lei de 1990; Provimento e vacância; Previsão constitucional e elementos da responsabilidade civil objetiva do Estado; ) Acerca da responsabilidade civil do Estado e de servidores públicos, assinale a opção correta. a) De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, compete ao presidente da República prover os cargos públicos de todos os poderes da República. b) Se, em razão de reforma administrativa realizada pelo governo federal, uma autarquia for extinta e seus servidores forem colocados em disponibilidade, e, após negociações com entidades de classe, esses servidores reingressarem no serviço público em cargos de atribuições e vencimentos compatíveis, esse reingresso se dará por aproveitamento. c) Um indivíduo que, aprovado em concurso público, for nomeado para o cargo e, dias antes da posse coletiva com os demais nomeados, for acometido por dengue deverá apresentar atestado médico e solicitar o adiamento do ato de sua posse, tendo em vista que tal ato só se efetiva mediante o comparecimento pessoal do interessado. d) De acordo com o entendimento do STF, empresa concessionária de serviço público de transporte coletivo responderá apenas subjetivamente pelos danos que forem gerados à família de vítima de atropelamento causado por motorista de veículo dessa empresa. e) A ausência de previsão de acesso a cargo público de caráter efetivo por estrangeiros se coaduna com a política de soberania do Estado brasileiro, razão
11 por que eles só poderão ocupar função pública de caráter transitório, e sem vínculo estatutário. 3 - Q ( Prova: VUNESP TJ-PA - Juiz de Direito Substituto / Direito Administrativo / Responsabilidade civil do estado; ) O Supremo Tribunal Federal já decidiu, em matéria de responsabilidade estatal, que: a) os atos administrativos praticados por órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, por conta de sua atipicidade, geram responsabilidade subjetiva. b) poderá ser indenizada a vítima que demonstre especial e anormal prejuízo decorrente de norma declarada inconstitucional pelo próprio Supremo Tribunal Federal. c) em princípio, o Estado possui responsabilidade subjetiva pelos atos jurisdicionais. d) os atos tipicamente jurisdicionais, dentre eles incluídos o erro judicial, não produzem direito à indenização. e) os danos praticados pelo agente público, ainda que fora do exercício da função pública, são imputáveis subjetivamente ao Estado. 4 - Q ( Prova: VUNESP TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento / Direito Administrativo / Responsabilidade civil do estado; Evolução da responsabilidade civil estatal - Teoria da irresponsabilidade, teorias civilistas e teorias publicistas; ) A respeito da teoria da imputação normativa aplicada à responsabilidade patrimonial do Estado, é correto afirmar: a) deve ser considerada exclusivamente em relação aos atos da Administração Pública Direta, pois a delegação ou a outorga de um serviço público a particulares implica a incidência, ainda que não predominante, de elementos de responsabilidade do direito privado.
12 b) o nexo causal apurado não é exclusivamente sobre os fatos naturais, mas, antes e principalmente, refere-se à aferição da existência de uma competência pública prescritiva de um dever objetivo de evitar o resultado, independentemente de tratar-se da responsabilidade por ação ou por omissão. c) é vinculada à denominada responsabilidade pela perda de uma chance com incidência tanto em relações jurídicas submetidas ao direito privado quanto às regidas pelo direito público. d) aplica-se subsidiariamente à Administração Pública Direta sempre que o delegado do serviço público não apresente condições de sozinho reparar o dano. 5 - Q ( Prova: VUNESP TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção / Direito Administrativo / Responsabilidade civil do estado; Evolução da responsabilidade civil estatal - Teoria da irresponsabilidade, teorias civilistas e teorias publicistas; ) Sobre a teoria da responsabilidade patrimonial do Estado, pode-se afirmar: a) há responsabilidade do Estado, ou de quem exerce em seu nome uma função pública, mesmo diante de atos lícitos, desde que o dano causado não afete indistintamente a toda sociedade, e sim a uma pessoa ou a um grupo determinável, e que o prejuízo reclamado não se possa qualificar como razoável pelo convívio em sociedade. b) a responsabilidade do Estado por atos praticados por agentes privados que exercem a função pública por delegação é solidária, e caso indenize o particular, em relação a quem se reconhece judicialmente o dever de reparar o dano, deve o Estado, em ato subsequente, exercer o direito de regresso, desde que comprove a culpa do agente. c) excludentes de responsabilidade, tais como força maior ou culpa exclusiva de terceiro, são irrelevantes à responsabilização do Estado porque prevalece a incidência da denominada teoria do risco integral.
13 d) a responsabilidade patrimonial do Estado incide em relação a atos e fatos submetidos à função administrativa, o que exclui, portanto, a função legislativa em razão de as normas editadas serem gerais e abstratas, salvo quando uma lei é promulgada para tratar de uma situação jurídica específica porque, neste caso, equipara-se, em conteúdo, a um ato administrativo. 6 - Q ( Prova: CESPE TJ-CE - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito Administrativo / Responsabilidade civil do estado; Evolução da responsabilidade civil estatal - Teoria da irresponsabilidade, teorias civilistas e teorias publicistas; Excludentes e atenuantes da responsabilidade civil objetiva e teoria do risco integral; Reparação do dano, ação de indenização, ação regressiva e prescrição.; ) Acerca da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta. a) As autarquias respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, devendo, para tanto, estar caracterizado o dolo ou a culpa na hipótese da prática de atos comissivos. b) A culpa concorrente da vítima, a força maior e a culpa de terceiros são consideradas causas excludentes da responsabilidade objetiva do Estado. c) A reparação de danos causados pelo Estado a terceiros pode ser feita tanto no âmbito administrativo, quanto na esfera judicial. Caso a administração não reconheça desde logo a sua responsabilidade e não haja entendimento entre as partes quanto ao valor da indenização, o prejudicado poderá propor ação de indenização contra a pessoa jurídica causadora do dano. d) De acordo com a teoria da culpa do serviço público, não há o dever do ente público de indenizar os terceiros pelos danos causados pela omissão do Estado. e) No que tange à evolução da temática relacionada à responsabilidade civil do Estado, a regra adotada inicialmente foi a da responsabilidade subjetiva, caminhando-se, posteriormente, para a teoria da irresponsabilidade.
14 7 - Q ( Prova: CESPE TJ-CE - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Administrativo / Responsabilidade civil do estado; Previsão constitucional e elementos da responsabilidade civil objetiva do Estado; ) Um policial militar do estado do Ceará, ao voltar do trabalho para casa, sofreu uma tentativa de assalto e, ao tentar reagir, alvejou com um tiro um transeunte que passava pelo local. Acerca dessa situação hipotética e da responsabilidade extracontratual do Estado, assinale a opção correta. a) O particular terá de provar unicamente a ação do agente do Estado e o dano para que obtenha a reparação do Estado pelo dano sofrido. b) No ordenamento jurídico brasileiro, adota-se a teoria da responsabilidade objetiva do Estado, que se fundamenta na teoria do risco exclusivo. c) De acordo com entendimento do STF, as empresas concessionárias de serviços públicos respondem objetivamente somente pelos danos causados aos usuários. d) A culpa concomitante da vítima não exclui a responsabilidade do Estado. e) O estado do Ceará não responderá pelo dano causado pelo policial ao transeunte, uma vez que o agente não estava em serviço no momento em que ocorreu o evento. ATENÇÃO: Esta questão foi anulada pela banca que organizou o concurso.") 8 - Q ( Prova: CESPE TC-DF - Auditor de Controle Externo / Direito Administrativo / Responsabilidade civil do estado; Reparação do dano, ação de indenização, ação regressiva e prescrição.; ) Acerca da convalidação e atributos dos atos administrativos e da responsabilidade civil do Estado, julgue os itens subsequentes. De acordo com o sistema da responsabilidade civil objetiva adotado no Brasil, a administração pública pode, a seu juízo discricionário, decidir se intenta ou não ação
15 regressiva contra o agente causador do dano, ainda que este tenha agido com culpa ou dolo. ( ) Certo ( ) Errado 9 - Q ( Prova: FCC TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito Administrativo / Responsabilidade civil do estado; ) Com relação à responsabilidade civil na atuação estatal, considere as seguintes afirmações: I. Em ação de responsabilidade por dano causado a particular, o ente público réu pode buscar a responsabilização do agente público autor do dano, por meio da nomeação à autoria. II. O regime de responsabilidade objetiva da pessoa jurídica prestadora de serviços públicos pelos danos que causar em razão de sua atividade se aplica tanto em favor de usuários do serviço prestado quanto em favor de terceiros não-usuários. III. A absolvição do agente público causador de dano a particular, na esfera penal, nem sempre impede sua responsabilização perante a Administração, em ação regressiva. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.
16 10 - Q ( Prova: TRT 14R TRT - 14ª Região (RO e AC) - Juiz do Trabalho / Direito Administrativo / Responsabilidade civil do estado; Reparação do dano, ação de indenização, ação regressiva e prescrição.; ) Quanto a responsabilidade civil do estado por ato de sentidor público federal, é CORRETO afirmar que: a) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável, em todas as hipóteses; b) A responsabilidade civil do servidor público federal decorre apenas de ato comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros; c) Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva, estendendo-se a obrigação de reparação aos sucessores, até o limite do valor da herança recebida; d) A responsabilidade administrativa do servidor não será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria; e) Nenhuma das alternativas anteriores. GABARITOS: 1 - B 2 - B 3 - B 4 - B 5 - A 6 - C 7 - D 8 - E 9 - E 10 - C
Conceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado
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