UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS GLEIDVA JÉSSICA DA COSTA FERREIRA ANÁLISE DOS INVESTIMENTOS SOCIOAMBIENTAIS E O DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO: UM ESTUDO COMPARATIVO NAS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA INTEGRANTES E NÃO INTEGRANTES DO ISE DA BOVESPA Natal/RN 2014

2 GLEIDVA JÉSSICA DA COSTA FERREIRA ANÁLISE DOS INVESTIMENTOS SOCIOAMBIENTAIS E O DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO: UM ESTUDO COMPARATIVO NAS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA INTEGRANTES E NÃO INTEGRANTES DO ISE DA BOVESPA Monografia apresentada à Banca Examinadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final à obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientadora: Profª MSc. Mariana Medeiros Dantas de Melo Natal/RN 2014

3 Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA Ferreira, Gleidva Jéssica da Costa. Análise dos investimentos socioambientais e o desempenho econômicofinanceiro: um estudo comparativo nas empresas de energia elétrica integrantes e não integrantes do ISE da BOVESPA / Gleidva Jéssica da Costa Ferreira - Natal, RN, f. : il. Orientadora: Prof.ª M. Sc. Mariana Medeiros Dantas de Melo. Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências Contábeis.

4 GLEIDVA JÉSSICA DA COSTA FERREIRA ANÁLISE DOS INVESTIMENTOS SOCIOAMBIENTAIS E O DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO: UM ESTUDO COMPARATIVO NAS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA INTEGRANTES E NÃO INTEGRANTES DO ISE DA BOVESPA BANCA EXAMINADORA DA MONOGRAFIA: Profª. M.Sc. Mariana Medeiros Dantas de Melo Orientadora Prof. M.Sc. Lis Daiana Bessa Taveira Membro Prof. M.Sc. Maria Aparecida do Nascimento Cavalcanti Membro Aprovada em: Natal, 06 de junho de 2014

5 AGRADECIMENTOS A realização desta monografia é sinônimo de satisfação por está concluindo uma das principais etapas de minha vida, que percorri com muito esforço e dedicação, nesses últimos cinco anos. Agradeço primeiramente a Deus, pela minha existência. Aos meus pais pelo amor incondicional, a minha mãe, Maria Laura, e o meu pai, Mércio Ferreira. O amor, a atenção e o apoio, foram o alicerce que tive dos meus pais em todos os momentos difíceis que passei durante essa trajetória. E hoje, todos os meus esforços é para retribuir de alguma forma todo esse carinho aos meus pais. Agradeço ao meu irmão, Gleidson Costa, pelo companheirismo e o carinho que sempre posso contar quando precisar. Agradeço à minha tia, Raimunda Costa e aos meus primos, pelo amor e o apoio que eu sei que poderei contar em qualquer momento na minha vida. Em memória, a minha avó, Maria de Lourdes, por ter tido a oportunidade de conhecer uma mulher batalhadora, humilde e com um enorme coração. Agradeço a oportunidade de ter feito várias amizades durante esses anos, que foram um alicerce para compartilhar todos os momentos, tristes e alegres, em especial, a minha amiga Lourena Stênia, que sempre esteve ao meu lado. Agradeço aos demais amigos, que de alguma forma contribuíram para superar os obstáculos encontrados nessa trajetória, em especial a Maria Juliana, Jacicleide Filgueira e Selma Sales. À minha orientadora, Profª. M.Sc. Mariana Medeiros Dantas de Melo, pela dedicação, atenção e paciência em me auxiliar na concretização desse trabalho. E também a todos os professores da UFRN que fizeram parte desse aprendizado. Muito Obrigada!

6 Os que transformaram seus sonhos em realidade aprenderam a ser líderes de si mesmos para depois liderar o mundo que os cercava. Augusto Cury

7 RESUMO A busca por soluções para amenizar os impactos sociais e ambientais, oriundos das ações do homem, fez surgir o termo desenvolvimento sustentável. Esse novo termo faz parte da atual gestão operacional e estratégica das organizações, que por sua vez, buscam destacar-se no ambiente ao qual estão inseridas pela prática da sustentabilidade. Nesse sentido, este estudo objetiva verificar a relação existente entre os investimentos socioambientais e os indicadores de desempenho econômico-financeiro das empresas do setor de energia elétrica integrantes e não integrantes da carteira do ISE da BOVESPA. Para atender a esse objetivo, foi realizada uma pesquisa descritiva, documental e qualitativa e foram coletadas informações do Balanço Social, no período de 2010 a 2012 das empresas em estudo. A relação entre as variáveis foi verificada utilizando-se recursos estatísticos, especificamente, os dados em painel, sendo indicado o painel de efeitos fixos conforme o teste de Hausman. Os resultados da regressão apontam que, ao nível de significância de 95%, não há relação estatística significante entre os investimentos socioambientais e os indicadores de desempenho econômico-financeiro das empresas do setor de energia elétrica, integrantes e não integrantes da carteira do ISE. Isso indica que, nesse estudo, o desempenho econômico-financeiro não foi influenciado pela adoção dos investimentos socioambientais. Palavras-chave: Investimentos socioambientais. Desempenho Econômico-Financeiro. Índice de Sustentabilidade Empresarial.

8 ABSTRACT The search for solutions to diminish the social and environmental impacts deriving from human actions gave birth to the term sustainable development. This new term is now part of the current strategic and operational management of the corporations, which, in turn, seek to stand out by their sustainability practice. In that sense, this study aims to verify the relationship involving both the social and environmental investments and the economic and financial performance indicators of the electric power companies which are or are not part of the Corporate Sustainability Index (ISE) portfolio in BOVESPA. For this, a descriptive and qualitative database research was fulfilled, and information on the Social Balance sheets from 2010 through 2012 of such companies was collected. The relation among variables was verified by using statistics resources, specifically, the panel data analysis, from which a fixed effects model according to Hausman test was preferred. The results of the regression show that, within the significance level of 95%, there is not a significant statistical relation between the social and environmental investments and the economic and financial performance indicators of the electric power companies, belonging or not to the ISE portfolio. This indicates that economic and financial performance did not influence the adoption of socialenvironmental investments. Keywords: Social and environmental investments. Economic and financial performance. Corporate Sustainability Index (ISE).

9 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Comparativo dos indicadores socioambientais de 2010 a Figura 2 Comparativos das médias dos indicadores de rentabilidade de 2010 a Figura 3 Comparativos das médias dos indicadores ML e MO de 2010 a Figura 4 Comparativos das médias dos indicadores de liquidez de 2010 a Figura 5 Comparativos das médias dos indicadores de endividamento de 2010 a Figura 6 Teste de Hausman Figura 7 Estimativas de efeitos fixos para as variáveis estudadas... 42

10 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Indicadores de Rentabilidade Quadro 2 Relação das empresas do setor de Utilidade Pública/Energia Elétrica pertencentes ao ISE Quadro 3 Fórmulas dos Indicadores Econômico-Financeiros... 28

11 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Estatística Descritiva dos indicadores socioambientais das empresas do setor de energia elétrica não pertencentes à carteira do ISE Tabela 2 Estatística Descritiva dos indicadores socioambientais das empresas do setor de energia elétrica pertencentes à carteira do ISE Tabela 3 Estatística Descritiva dos indicadores econômico-financeiros das empresas do setor de energia elétrica não pertencentes à carteira do ISE Tabela 4 Estatística Descritiva dos indicadores econômico-financeiros das empresas do setor de energia elétrica pertencentes à carteira do ISE... 35

12 LISTA DE SIGLAS AES SUL AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. AES TIETE AES Tietê S.A. AFLUENTE Afluente Geração de Energia Elétrica S.A AMPLA ENERG Ampla Investimentos e Serviços S.A. ANBIMA Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica C.E. Quociente de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre o Endividamento Total C.T./C.P. Quociente de Participação de Capitais de Terceiros sobre os Recursos Totais CCL Capital Circulante Líquido (CCL) CELESC Centrais Elétricas de Santa Catarina CELGPAR Cia Celg de Participações CELPA Centrais Elétricas do Pará S.A CEMAR Companhia Energética do Maranhão CEMAT Centrais Elétricas Matogrossense S.A. CEMIG Companhia Energética de Minas Gerais CERES Coalition for Environmentally Responsible Economics CES - FGV Centro de Estudo em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas CESP Companhia Energética de São Paulo COELBA Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia COELCE Companhia Energética do Ceará COPEL Companhia Paranaense de Energia COSERN Companhia Energética do Rio Grande do Norte CPFL ENERGIA CPFL Energia S.A. EBE Bandeirante Energia S.A. ELEKTRO Elektro Eletricidade e Serviços S. A. ELETROBRAS Centrais Elétricas Brasileiras S.A. ELETROPAR Eletrobrás Participações S.A.

13 ELETROPAULO Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S. A. ENERGIA AS BR EDP - Energias do Brasil S. A. ENERGISA Energisa Borborema Distribuidora de Energia S.A. ENERSUL Empresa Energética do Mato Grosso do Sul S.A ESCELSA Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. GRI Global Reporting Initiative IA Indicador Ambiental IBASE Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas IBGC Instituto Brasileiro de Governança Corporativa ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial ISEX Indicador Social Externo ISI Indicador Social Interno LI Liquidez Imediata LIGTH Light Serviços de Eletricidade S.A. LS Liquidez Seca ML Margem Líquida MO Margem Operacional ROA Retorno sobre o Ativo ROE Retorno sobre o Patrimônio Líquido ROI Retorno sobre o Investimento SPSS Statistical Package for the Social Sciences TBL Triple Botoom Line TRACTEBEL Tractebel Energia S. A. TRAN PAULIST Companhia Transmissão Energética Paulista S. A.

14 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Específicos JUSTIFICATIVA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL E AS FERRAMENTAS DE EVIDENCIAÇÃO DESEMPENHO EMPRESARIAL E A RELAÇÃO COM OS INVESTIMENTOS SOCIOAMBIENTAIS Indicadores Econômico-Financeiros ESTUDOS RECENTES METODOLOGIA TIPOLOGIA DA PESQUISA AMOSTRA E PERÍODO DE ESTUDO TRATAMENTO DOS DADOS LIMITAÇÕES DO ESTUDO DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA DOS DADOS ANÁLISE DAS VARIÁVEIS ESTUDADAS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS APÊNDICE A BANCO DE DADOS DE APÊNDICE B BANCO DE DADOS DE APÊNDICE C BANCO DE DADOS DE APÊNDICE D MATRIZ DE CORRELAÇÃO DOS INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS E ECONÔMICO-FINANCEIROS... 53

15 11 1 INTRODUÇÃO 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA A Organização das Nações Unidas, na segunda metade do século XX, buscou respostas para os problemas enfrentados pela humanidade no campo social e ambiental, o que fez surgir o termo desenvolvimento sustentável (RUFINO; MAZER; MACHADO, 2014). Segundo Gubiani, Santos e Beuren (2012) o objetivo das organizações nessa época era apenas atingir o seu desenvolvimento econômico, caracterizado por produções em grande escala e evoluções tecnológicas, por exemplo, enquanto isso a preocupação com o meio ambiente não tinha a devida importância. O desenvolvimento sustentável tornou-se o foco de discussões e fez surgir providências para coibir as ações das organizações que visavam apenas o lucro, que por sua vez, passaram a ter uma maior preocupação com o impacto de suas atividades ao meio ambiente, comentam Holanda et al. (2011). O desenvolvimento sustentável tem como objetivo garantir que os mesmos recursos utilizados atualmente possam também ser usufruídos por gerações futuras. Nesse sentido, o termo desenvolvimento sustentável surgiu então para nortear os objetivos das organizações e disseminar a adoção de uma nova estratégia operacional. A postura socioambiental passa então a ser uma estratégia adotada pelas empresas para atrair novos investidores (ALMEIDA-SANTOS et al., 2013). Conforme Rufino, Mazer e Machado (2014), a promoção de ações sustentáveis é uma estratégia praticada pelas empresas em busca da continuidade de suas atividades no médio e longo prazo, como forma de demonstrar a sociedade que as adota como práticas organizacionais. A partir do momento que uma organização adotar o desenvolvimento sustentável como uma estratégia operacional exigirá um devido acompanhamento de suas ações e do resultado desses investimentos, devido à escassez dos recursos da organização, comentam Braga et al. (2011). Dessa maneira, evidencia a necessidade da contabilidade como um mecanismo de controle, organização e divulgação dos dados provenientes da prática de sustentabilidade das organizações. A contabilidade tem o papel de fornecer informações para os seus usuários com a devida clareza e objetividade. Nesse sentido, surge o Balanço Social, definido por Holanda et al. (2011) como um instrumento gerencial que permite divulgar os resultados dos investimentos praticados pelas ações organizacionais na área socioambiental.

16 12 O Balanço Social é um instrumento de prestação de contas das organizações para evidenciar o seu desempenho social, ambiental e econômico, auxiliando também, o acompanhamento da gestão e das ações de sustentabilidade de cada organização (BRAGA et al., 2011). E as empresas que se destacam em sustentabilidade estão reunidas na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), desenvolvido pela BM&FBovespa em parceria com outras entidades. O conceito de sustentabilidade engloba três dimensões: a econômica, a social e a ambiental, conhecido também por Triple Botoom Line (TBL) (RUFINO; MAZER; MACHADO, 2014). Esta carteira engloba vários setores da economia do país, entre eles, o setor de Utilidade Pública/Energia elétrica. No Brasil, o setor de energia elétrica é regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) que desde 2006 promove a divulgação de informações socioambientais das empresas geradores, transmissoras e distribuidoras. Conforme Todeschini e Mello (2013), esse setor de Utilidade Pública/Energia Elétrica é responsável por impactos socioambientais significativos, com maior proporção no momento do processo de instalação das usinas hidrelétricas, todavia é necessário para o desenvolvimento do país, na geração de energia. Então, fica evidente que na busca de minimizar os impactos no meio ambiente as empresas desse setor realizam investimentos na área socioambiental para contribuir com a sociedade onde atua. A partir desses investimentos socioambientais há repercussões no ambiente organizacional, como uma melhor exposição da empresa diante à sociedade, que por sua vez, pode contribuir para atrair mais investidores que estão atentos à essas práticas sustentáveis. Segundo Almeida-Santos et al. (2013), espera-se que uma empresa considerada sustentável possa gerar um maior retorno para os acionistas. Dessa forma, estudos recentes dessa área buscam avaliar se existe relação entre o desempenho econômico-financeiro e os investimentos socioambientais. Todeschini e Mello (2013) analisaram o setor de energia elétrica e segundo os seus resultados o desempenho econômico-financeiro das empresas analisadas, medido pelos indicadores de rentabilidade, pode ter sido influenciado pelos investimentos socioambientais realizados. Diante deste contexto, tem-se o seguinte problema de pesquisa: Qual a relação entre os investimentos socioambientais e o desempenho econômico-financeiro nas empresas do setor de energia elétrica integrantes e não integrantes do ISE da BOVESPA?

17 OBJETIVOS Objetivo Geral O objetivo geral da pesquisa é verificar se há relação existente entre os investimentos socioambientais e o desempenho econômico-financeiro nas empresas do setor de energia elétrica integrantes e não integrantes do ISE da BOVESPA Objetivos Específicos específicos: Com o fim de alcançar o objetivo geral proposto, são traçados os seguintes objetivos Caracterizar os investimentos socioambientais; Identificar os indicadores de desempenho econômico-financeiro; Analisar se existe influência dos investimentos socioambientais sobre o desempenho econômico-financeiro nas empresas do setor de energia elétrica integrantes e não integrantes do ISE da BOVESPA. 1.3 JUSTIFICATIVA O desempenho socioambiental e o desempenho econômico-financeiro atualmente é tema de muitas pesquisas acadêmicas, que buscam respostas sobre essa relação, identificando a existência de fatores que levam às organizações à investirem em ações socioambientais e se há influências entre esses investimentos e o desempenho econômico-financeiro das organizações. As empresas utilizam os recursos (naturais, materiais, financeiros, humanos e tecnológicos) e a maneira como os utilizam ocasiona impacto interno e externo no meio ambiente, e isso, de acordo com Campos (2012), é que está provocando as discussões sobre o tema desenvolvimento sustentável. Conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), reguladora do setor de energia elétrica do Brasil, esse setor é um dos maiores divulgadores de informações

18 14 socioambientais no país em virtude da criação de um modelo de relatório socioambiental que passou a ser divulgado pelas empresas do setor desde 2008 (BRAGA et al., 2011). Dias, Siqueira e Rossi (2006) comentam que o Balanço Social auxilia a tornar mais transparente a atuação das organizações nos seus aspectos econômicos, social e ambiental. Sendo assim, compreende-se que para o acompanhamento do desenvolvimento sustentável das organizações, os usuários da contabilidade (investidores, gestores e o governo) utilizam o Balanço Social como ferramenta para análise do desempenho e a forma de atuação das empresas em relação às suas práticas socioambientais. Todavia, conforme Roldan et al. (2011), a busca por uma relação entre o desempenho econômico e os investimentos socioambientais não obteve ainda resultados conclusivos nos estudos já realizados. Nos resultados de Braga et al. (2011), não foi encontrada relações significativas entre a rentabilidade das organizações e os seus investimentos socioambientais nas empresas de energia elétrica. Diante do exposto, percebe-se que uma das funções da contabilidade perante os seus usuários é mantê-los informados sobre os investimentos socioambientais das organizações através do Balanço Social. Dessa forma, torna-se importante verificar a relação entre esses investimentos e o desempenho econômico-financeiro das empresas de energia elétrica.

19 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 A SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL E AS FERRAMENTAS DE EVIDENCIAÇÃO O tema sustentabilidade tem despertado o interesse da sociedade nas últimas cinco décadas em virtude das causas decorrentes do uso intensificado dos recursos naturais (CAMPOS, 2012). Todeschini e Mello (2013) entendem que a sustentabilidade alia o bem estar atual da sociedade sem intervir nas gerações futuras, e isso resulta no modelo de gestão empresarial baseado em um desenvolvimento sustentável. O bem estar proporcionado através da sustentabilidade deve abranger também as variáveis não econômicas, como: educação, saúde, proteção da beleza natural, entre outros (CAMPOS, 2012). Para Miura, Marcon e Souza (2011), a sustentabilidade empresarial é decorrente da relação do crescimento econômico, com o meio ambiente e a responsabilidade social. Sendo assim, as organizações perceberam a necessidade de atrelar o seu resultado econômico às dimensões ambiental e social (RUFINO; MAZER; MACHADO, 2014). Dessa forma, a utilização do Triple Botoom Line, o tripé da sustentabilidade, integra essas três dimensões (econômica, social e ambiental), possibilitando o desenvolvimento sustentável almejado pelas organizações, a partir da integração dessas variáveis nas suas ações e investimentos. O conceito de sustentabilidade pode estar agregado a vários elementos, como a relação da responsabilidade organizacional com o meio ambiente, a sociedade e os acionistas a partir dos investimentos que são realizados pela organização, (BRANCO, 2013). Segundo Segantini (2012), as condutas ambientais mais divulgadas pelas empresas são das seguintes funções: a função Administração Geral, que divulga as políticas ambientais da empresa; Produção e Manutenção, com a divulgação dos impactos ambientais e do tipo de gestão ambiental que utiliza para solucioná-los e a função de Marketing, retratando os conteúdos do desenvolvimento de novas tecnologias limpas e de selos verdes adquiridos pela organização, para mostrar aos investidores os resultados de suas práticas sustentáveis. Essas informações sobre os investimentos socioambientais são encontradas nos relatórios das organizações, e a maior parte são divulgados em seus websites de forma voluntária. Para Gubiani, Santos e Beuren (2012) a evidenciação das informações socioambientais nos relatórios da administração, não respeitam uma divulgação plena de

20 16 todas as informações sobre a gestão ambiental da organização, que por sua vez, divulga apenas as informações com aspectos positivos para a sua imagem sem mencionar aspectos sobre os danos ambientais de sua atividade. Nesse sentido, os autores estão em consonância ao considerar que o desenvolvimento sustentável será alcançado a partir de uma integração de variáveis, que são abrangidas pelo Triple Botom Line, e que tornou-se um dos focos na gestão empresarial. No mercado mundial há uma tendência dos investidores buscarem as empresas que desenvolvam atividades sustentáveis, pois estas se adaptam melhor aos riscos ambientais, econômicos ou sociais (RUFINO; MAZER; MACHADO, 2014). Dessa forma, surgiu a necessidade de criar parâmetros de evidenciação dessas atividades sustentáveis praticadas pelas organizações, por isso a criação do Índice de Sustentabilidade Empresarial. Então, o ISE foi criado pela BM&Fbovespa aliado às outras instituições, como o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa IBGC e a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - ANBIMA, entre outras, com o intuito de formar uma carteira de ações composta por empresas que obtêm a melhor reputação nos aspectos de sustentabilidade, responsabilidade social e promove as práticas sustentáveis no meio empresarial, define Almeida-Santos et al. (2013). A partir do ISE pode ser feita uma avaliação do desenvolvimento sustentável e a comparação do desempenho das empresas, contribuindo para o processo de decisão na Bolsa de Valores pelos investidores (GARCIA; ORSATO, 2013). Nardy e Famá (2013) explicam que para fazer parte do ISE a organização necessita ser classificada entre as duzentas ações mais negociadas na Bovespa e ter participado em torno de quinhentos e cinco pregões do último ano. O Conselho Deliberativo do ISE contratou o Centro de Estudo em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (CES FGV) para elaborar um questionário que é respondido pelas empresas, composto por elementos do Triple Bottom Line, para avaliar os aspectos econômicofinanceiros, ambientais, sociais, acrescentando também critérios sobre a governança corporativa, evidenciação do balanço social e avaliação dos produtos (RUFINO; MAZER; MACHADO, 2014). Para Garcia e Orsato (2013) esse processo de responder o questionário serve como um momento de reflexão para as organizações sobre suas ações e compará-las em relação às demais organizações. Nesse contexto, pode-se destacar que essa necessidade de expor à sociedade as ações praticadas de sustentabilidade revela a importância que um indicador socioambiental representa para a organização que almeja obter um diferencial no mercado.

21 17 Outra ferramenta de evidenciação de informações acerca da sustentabilidade é o Balanço Social. Essa ferramenta fornece, a partir dos dados qualitativos e quantitativos das organizações, os investimentos realizados em relação ao ambiente (BERTAGNOLLI; OTT; DAMACENA, 2006). Segundo Martins et al. (2011) esse balanço é responsável por manter os investidores informados sobre o posicionamento da organização com o meio ambiente. Dessa forma, compreende-se que a contabilidade tem o papel fundamental de analisar os dados econômicos da entidade e relacioná-los com as variáveis socioambientais para que seja possível a elaboração do Balanço Social. Para Roldan et al. (2011) através do Balanço Social é possível a elaboração de indicadores para identificar a performance ambiental das empresas e assim facilitar o entendimento dos usuários sobre o desenvolvimento sustentável da organização. O lugar pioneiro na utilização do Balanço Social foi a França, no ano de 1977, para evidenciar a responsabilidade social da organização no aspecto da empregabilidade, porém no Brasil, foi apenas em 1997 que a campanha do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), liderada pelo sociólogo Herbert de Souza Betinho, foi lançada visando estimular às organizações na busca por soluções para os desequilíbrios sociais e com isso elaborou um modelo de Balanço Social (CERETTA et al., 2009) Essa campanha do IBASE visa mostrar as organizações e à sociedade a necessidade e a importância para que seja elaborado um Balanço Social em um modelo simples e unificado (BERTAGNOLLI; OTT; DAMACENA, 2006). No momento, de acordo com Martins et al. (2006) as organizações estão utilizando três modelos de Balanço Social: o modelo IBASE, o do Instituto Ethos e o Global Reporting Initiative GRI. O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma organização criada em 1998, com a missão de mobilizar as organizações para buscar a cidadania empresarial, afirmam Holanda et al. (2011). O Global Reporting Initiative GRI, é resultante de uma iniciativa da Organização Não Governamental norte-americana Coalition for Environmentally Responsible Economics (CERES) e sua função é elaborar diretrizes para os relatórios de sustentabilidade com o objetivo de criar um modelo aceito mundialmente (DIAS; SIQUEIRA; ROSSI, 2006). Nesse contexto, pode-se destacar que a partir de um modelo de Balanço Social unificado e divulgação obrigatória no país, será possível uma melhor comparação entre as performances socioambientais das organizações, como também, facilitará o acompanhamento do desenvolvimento sustentável almejado pela sociedade.

22 DESEMPENHO EMPRESARIAL E A RELAÇÃO COM OS INVESTIMENTOS SOCIOAMBIENTAIS As organizações estão buscando cada vez mais relacionar a sua rentabilidade com as práticas de sustentabilidade, necessitando da integração de três fatores: indivíduos, empresas e sociedade, comentam Lameira et al. (2012). Essa integração é essencial para a organização adquirir uma imagem positiva diante à sociedade, que representa também os seus futuros investidores, e consequentemente alcançar uma valorização de suas ações e retornos financeiros. Segundo Braga et al. (2011), a inserção das práticas sociais e ambientais será de responsabilidade da administração, a qual levará em consideração a geração de valor desses investimentos para a sua empresa. Os mesmos autores também comentam que a postura do gestor é tentar alinhar a missão da empresa com as práticas sustentáveis. A aplicação das regras de sustentabilidade permitirá que as organizações busquem um crescimento sustentado aliado aos aspectos econômicos (LAMEIRA et al., 2012). O ambiente organizacional atual exige essa postura mais consciente das empresas na busca da inserção de projetos socioambientais nos seus negócios. Dentre as práticas de sustentabilidade está a realização de investimentos socioambientais. No entanto, para Ceretta et al. (2009) existe uma preocupação das empresas em saber o quanto esses investimentos socioambientais podem lhe custar e se o retorno esperado é alcançado. Nesse sentido, as demonstrações contábeis são utilizadas pelos administradores para a extração das informações sobre o desempenho econômico da organização e auxiliar na sua tomada de decisão para investir em ações sustentáveis. E esse desempenho é obtido a partir da análise dos indicadores econômico-financeiros que utilizam os dados oriundos das demonstrações contábeis. De acordo com Roldan et al. (2011), esses indicadores econômicofinanceiros são medidas contábeis que refletem a eficiência interna da organização. Atualmente, os investidores buscam empresas que além de oferecer uma boa rentabilidade também tenha investimentos socioambientais, pois empresas com esse perfil de investimento estaria mais preparada para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais, comentam Todeschini e Mello (2013). Dessa forma, os investimentos socioambientais acarretariam um melhor desempenho para a organização, seja na otimização de processos, no consumo racional de recursos naturais ou ações voltadas à sociedade, trazendo também uma melhoria na sua imagem institucional.

23 19 Assim, verifica-se uma relação positiva entre essas variáveis, pois a valorização dessas ações pelos investidores e demais usuários, tende a atrair novos investidores, contribuindo com a entrada de novos recursos e possibilitando um maior enfoque à gestão ambiental pelos gestores, que por sua vez, pode proporcionar benefícios para a organização a partir de uma gestão eficiente. Os investimentos socioambientais são representados pelos indicadores socioambientais do Balanço Social, que por sua vez, são responsáveis por mensurar o desempenho ambiental das organizações, comenta Roldan et al. (2011). O Balanço Social do modelo IBASE, o mais utilizado no Brasil, apresenta os indicadores socioambientais divididos nas seguintes categorias: indicadores sociais internos; indicadores sociais externos; indicadores ambientais; indicadores de corpo funcional e informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial. No modelo de balanço do GRI, um modelo de padrão internacional, os indicadores socioambientais estão divididos em aspectos quantitativos e qualitativos, e também são estruturados por dimensões, que por sua vez, são subdivididas em categorias específicas (CAMPOS, 2012). Esse mesmo autor menciona as dimensões, que são: a dimensão econômica, a dimensão ambiental e a dimensão social. Esses indicadores são utilizados como instrumentos que permitirão aos gestores direcionar as suas estratégias levando em consideração se as suas metas alcançaram um resultado eficaz (BERTAGNOLLI; OTT; DAMACENA, 2006). De acordo com Campos (2012), os indicadores permitem que sejam gerados resultados em conformidade com a realidade pesquisada. Segundo Lameira et al. (2012), as organizações buscam a prática das melhores regras de sustentabilidade visando um alinhamento de valores positivos para a empresa e o crescimento dos retornos de rentabilidade. As empresas que possuem um comportamento ambiental adequado são recompensadas com benefícios econômicos, pois permanecem no mercado com o devido conhecimento diante à sociedade, argumenta Alves et al. (2013). Assim, para Garcia e Orsato (2013) as empresas adotam o empreendedorismo social, onde os investimentos promovem esse alinhamento de impacto social e retorno financeiro. Dessa maneira, a interação entre o desempenho econômico-financeiro e o desempenho ambiental pode ser definida como a realização de práticas sustentáveis que possam auferir resultados positivos para a organização ao longo prazo, devido a continuidade de suas atividades e sua aceitação na sociedade.

24 Indicadores Econômico-Financeiros A partir da análise das demonstrações contábeis podemos obter os indicadores econômico-financeiros, que dividem-se em: indicadores de liquidez e endividamento, de giro, de rentabilidade e de valor. Segundo Assaf Neto (2010) os resultados das políticas de investimentos adotadas pelos administradores podem ser medidos através dessa análise. Dessa maneira, os indicadores são utilizados como uma ferramenta de análise de desempenho empresarial. Os indicadores de liquidez e endividamento permitem analisar a saúde financeira da organização, ou seja, a sua capacidade de pagar as dívidas. Os indicadores de liquidez conforme Assaf Neto (2010) são: Capital Circulante Líquido; Liquidez Imediata; Liquidez Seca; Liquidez Corrente e Liquidez Geral. A partir de uma comparação entre os direitos que serão recebidos e as obrigações, é possível medir a capacidade de pagamento ao longo ou curto prazo de uma empresa, essa seria a função dos indicadores de liquidez (MELO; ALMEIDA; SANTANA, 2012). O índice de Capital Circulante Líquido (CCL), por exemplo, demonstrará a folga financeira da empresa no curto prazo. A partir da diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante da organização é possível calcular o CCL, e o seu valor positivo indicará que parte do Ativo Circulante está sendo financiado com recursos de longo prazo, que por sua vez, representa a folga financeira, onde as obrigações vencem após o recebimento dos seus direitos (MELO; ALMEIDA; SANTANA, 2012). O indicador de Liquidez Imediata através da relação entre o disponível e o passivo circulante da organização revela o quanto das dívidas de curto prazo podem ser liquidadas imediatamente, afirma Assaf Neto (2010). Por sua vez, o indicador de Liquidez Geral irá verificar a disponibilidade dos recursos nos dois períodos, curto e longo prazo, para cumprir com as obrigações no período. O índice de Liquidez Corrente permite verificar a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo, onde valores superiores a 1,0 indica uma melhor situação financeira. Por fim, o índice de Liquidez Seca relaciona os itens com a maior liquidez no ativo circulante e a sua capacidade de saldar dívidas no curto prazo, valores maiores que 1,0 também indicará uma melhor capacidade de pagamento (ASSAF NETO, 2010). Sendo assim, verifica-se que os indicadores de liquidez têm como principal característica avaliar a relação dos recursos disponíveis da organização com os prazos de suas obrigações. E o equilíbrio financeiro será quando os recursos no ativo são levantados antes do

25 21 vencimento das obrigações, ou seja, os recursos são apurados no curto prazo e as obrigações vencidas no longo prazo. Segundo Iudícibus (2010) os indicadores de endividamento são: Quociente de Participação de Capitais de Terceiros sobre os Recursos Totais; Quociente de Capitais de Terceiros sobre os Capitais Próprios e Quociente de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre o Endividamento Total. O indicador de Quociente de Participação de Capitais de Terceiros sobre os Recursos Totais irá analisar o endividamento da organização de uma forma geral, relacionando o Passivo Total com o somatório desse Passivo com o Patrimônio Líquido, e indicará o quanto do ativo é financiado por capital de terceiros. O Quociente de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre o Endividamento Total indicará o quanto da dívida total vencerá no curto prazo, e uma menor porcentagem diz que a empresa possui um maior número de endividamento de longo prazo, que é o desejável para aquelas em estado de expansão conforme Iudícibus (2010). Dessa forma, o nível de endividamento de uma organização pode ser medido por esses indicadores permitindo uma visão geral do financiamento dos recursos próprios e de terceiros nos ativos da empresa. Existe também, conforme Assaf Neto (2010), a medição do desempenho de uma organização, a qual possibilita comparar se o retorno dos seus investimentos está sendo suficiente para cobrir o seu custo e gerar ganho para os credores e acionistas. Os indicadores de rentabilidade mais utilizados na medição do desempenho econômico-financeiro são: Retorno sobre o Investimento (ROI); Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL); Retorno sobre o Ativo (ROA); Margem Operacional e (MO) Margem Líquida (ML). Assaf Neto (2010) define os indicadores de rentabilidade para a análise de desempenho econômico, que serão usados nesse estudo para avaliação do desempenho econômico-financeiro, conforme demonstra o Quadro 1.

26 22 Quadro 1: Indicadores de Rentabilidade Indicadores de Rentabilidade ROI = Lucro Operacional Líquido Investimento RSPL = ROA = Lucro Líquido Patrimônio líquido Lucro Operacional Ativo Total Lucro líquido MO = Lucro Operacional Receitas Operacionais Líquidas ML = Lucro Líquido Receitas Operacionais Líquidas Interpretação Representa o retorno dos recursos investidos pelos acionistas e credores na organização, ou seja, os recursos de capital de terceiros. O valor de investimento é decorrente da soma do passivo oneroso e do patrimônio líquido. E o lucro operacional líquido é derivado da soma do lucro líquido com as despesas financeiras líquidas. O RSPL Retorno sobre o Patrimônio Líquido, também conhecido por ROE, representa o retorno do capital próprio da empresa. A partir da comparação com o ROI e o RSPL pode-se definir o quanto foi ganho pelo capital próprio aplicado no ativo da empresa e pelo capital de terceiros. O Retorno sobre o Ativo indica o quanto os recursos aplicados nos ativos totais da empresa estão gerando de retorno. E permite também analisar a evolução da situação econômica da empresa. A Margem Operacional indica o quanto das receitas de vendas transforma-se em lucro e o quanto é destinado para as despesas operacionais. A Margem Líquida indica a eficiência global da empresa. O resultado irá dizer o quanto das vendas estão sendo realizadas em lucro líquido após cobrir todos os custos e despesas do período. Fonte: Adaptado de Assaf Neto (2010). Dessa forma, o desempenho empresarial pode ser mensurado utilizando esses indicadores decorrentes das informações extraídas das demonstrações contábeis. 2.3 ESTUDOS RECENTES A aderência aos investimentos socioambientais pelas organizações tem gerado várias discussões acadêmicas, para analisar se existe alguma relação desses investimentos com o desempenho econômico-financeiro das empresas. Bertagnolli, Ott e Damacena (2006) analisaram a influência dos investimentos socioambientais no desempenho econômico das empresas. Sua amostra foi composta de 176 empresas e essa relação foi analisada por meio da análise fatorial das variáveis e da regressão múltipla. Os indicadores utilizados foram extraídos do Balanço Social, sendo os sociais e

27 23 ambientais tratados como variáveis independentes, e a receita líquida e o resultado operacional, como variáveis dependentes. Os resultados apresentaram uma associação positiva entre os investimentos socioambientais e a receita líquida como também com o resultado operacional. Ceretta et al. (2009) também buscaram analisar a relação entre os investimentos socioambientais e o desempenho financeiro das organizações. Utilizaram a análise de dados em painel com 59 empresas, encontrando uma relação positiva entre as seguintes variáveis: a receita líquida com os indicadores sociais externos e os indicadores sociais internos, ambos extraídos do Balanço Social no modelo IBASE. Os indicadores utilizados na análise foram os indicadores sociais externos, e os indicadores sociais externos com defasagem temporal de um período. Essa defasagem temporal corresponde a análise de um indicador social interno de um ano, por exemplo, com um indicador de desempenho financeiro de um ano seguinte. A associação entre o desempenho socioambiental e o desempenho econômicofinanceiro das empresas do setor de energia elétrica foi analisada por Holanda et al. (2011). As empresas analisadas utilizaram o balanço social no modelo IBASE. O desempenho social foi decorrente dos indicadores dos balanços sociais e o ROA como indicador do desempenho financeiro. E para a análise estatística utilizou a Análise de Correspondência. Os resultados rejeitaram as hipóteses da pesquisa, indicando que não há associação evidente entre os desempenhos social e financeiro, mesmo utilizando a técnica de defasagem temporal de um ano, onde um desempenho social e ambiental de um ano foi comparado com o desempenho financeiro do ano seguinte. O estudo de Roldan et al. (2011) analisou a performance financeira e ambiental das empresas de capital aberto listadas na BM&FBovespa. A partir dos balanços sociais no modelo IBASE foram extraídas as informações sobre os investimentos ambientais. E para a análise do desempenho financeiro utilizou os seguintes elementos: receita líquida, resultado operacional, ativo total, patrimônio líquido, lucro líquido e o ROE. Para a análise das variáveis foi utilizada a técnica do coeficiente de correlação linear simples de Pearson. Os resultados mostram que há uma correlação positiva significante entre as variáveis de investimentos ambientais, receita líquida e resultado operacional. A correlação positiva indica que as organizações buscam aumentar as suas vendas, conforme os valores encontrados da receita líquida, mas também preocupam-se em ter investimentos ambientais, por exemplo, comentam Roldan et al. (2011). Também foi realizada uma análise individual apenas com as empresas do setor de energia elétrica, por representar a maior parte dos balanços sociais da amostra, e os resultados

28 24 desse setor apontaram uma relação positiva e significante entre as variáveis de investimentos ambientais e receita líquida, e também em relação ao resultado operacional. Por isso, o autor entende que essa correlação positiva entre as variáveis indica que entre as empresas há uma preocupação com o meio ambiente ao mesmo tempo em que procuram aumentar suas vendas. O estudo de Braga et al. (2011) investigou o impacto dos investimentos socioambientais sobre os resultados financeiros das empresas do setor de energia elétrica. Para a análise de dados utilizou a regressão linear múltipla. As variáveis utilizadas foram: os indicadores sociais e ambientais do balanço social no modelo IBASE, a rentabilidade, o lucro líquido, Ebtida e a receita líquida. Seus resultados indicaram que a rentabilidade não foi influenciada pelos investimentos socioambientais, enquanto que o investimento social interno pode afetar o lucro líquido, a geração de caixa e a receita líquida. Os investimentos ambientais não tiveram resultado expressivo nos modelos analisados. A partir de um modelo de regressão logística, utilizando indicadores de desempenho, como o índice de liquidez corrente e o Ebtida, as empresas do ramo de papel e celulosa foram investigadas a partir da relação desses na inserção das mesmas na carteira do ISE, no estudo de Melo, Almeida e Santana (2012). Em seus resultados, constatou-se que os indicadores de desempenho econômico influenciam positivamente as chances da empresa desse ramo fazer parte do ISE, indicando que as organizações estão buscando atrelar o seu desenvolvimento econômico com as práticas de responsabilidade social e sustentabilidade empresarial para agregar valor as suas ações. Em um cenário mais abrangente, Alves et al. (2013) investigaram a relação entre o desempenho ambiental e o desempenho econômico das empresas no Brasil e na Espanha. Foram analisadas 41 empresas brasileiras e 25 espanholas com relatórios de sustentabilidades publicados no modelo GRI-G3. Os indicadores de desempenho econômico utilizados foram: ROA, ROE, ROS e ROM (Q de Tobin). E o indicador de desempenho ambiental foi o EN30 extraído do relatório de sustentabilidade, que segundo Alves et al. (2013) é o equivalente ao total de investimentos em gastos e proteção ambiental dividido pelo Ativo total. A Análise de Correspondência (Anacor) permitiu verificar que existe relação entre as variáveis nos países, analisado ano a ano, e também com a defasagem temporal. Todavia, com a Análise de Correspondência (Anacor), analisando os dois países em conjunto não há relação positiva entre as variáveis, rejeitando a hipótese da pesquisa. Todeschini e Mello (2013) analisaram se o desempenho financeiro das empresas do setor de energia elétrica participantes do ISE é superior as empresas do mesmo setor não participantes. Em sua análise de dados utilizou o teste de média para amostras independentes,

29 25 caracterizados pelo teste T e o teste de Mann-Whitney. O desempenho das empresas foi mensurado pelos indicadores ROI, ROA, RA, RPL e ML. Os resultados constaram que o desempenho financeiro das empresas desse setor pode ter sido influenciado pela prática de ações de responsabilidade social e sustentabilidade empresarial. Rufino, Mazer e Machado (2014) pesquisaram se existe relação entre a sustentabilidade e a performance econômico-financeira das empresas do setor bancário listadas no ISE e as não listadas. A amostra final foi composta por dois bancos pertencentes ao ISE e dois não pertencentes. Entre os indicadores utilizados, alguns deles foram: Retorno Sobre Patrimônio Líquido, Retorno Sobre Investimento Total, Margem Líquida e o Spread Bancário. Seus resultados indicaram que não há uma relação suficiente entre os fatores analisados para concluir que a sustentabilidade pode afetar o desempenho dos indicadores econômico-financeiros. Esses estudos constatam, em sua maioria, que pode existir uma relação positiva entre as variáveis dos investimentos socioambientais e o desempenho econômico-financeiro das organizações, que por sua vez, estão aderindo a esses investimentos visando agregar valor as suas ações ao fazer parte do ISE e assim conquistar mais investidores e retornos desejados. Dessa maneira, este trabalho terá como objetivo contribuir com os estudos anteriores e analisar a relação entre o desempenho econômico-financeiro e os investimentos socioambientais das empresas do setor de energia elétrica participantes do ISE e as não participantes, no período de 2010 a 2012.

30 26 3 METODOLOGIA 3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA O presente estudo pode ser classificado como uma pesquisa descritiva, pois tem como objetivo analisar a relação entre os investimentos socioambientais e o desempenho econômico-financeiro das empresas do setor de energia elétrica. Segundo Santos (2001) a pesquisa descritiva irá analisar um fato a partir do levantamento de suas características. A abordagem do problema é qualitativa e quantitativa. Esse tipo de abordagem qualitativa busca a compreensão de forma detalhada dos significados das situações ocorridas (RUFINO; MAZER; MACHADO, 2014). E elementos estatísticos são utilizados para verificar a relação das variáveis expostas no problema. De acordo com Andrade (1999), o método estatístico possibilita comprovar as relações dos fenômenos e obter ideais sobre o significado dessas relações. Em relação aos procedimentos técnicos, o estudo é caracterizado por uma pesquisa documental, através dos relatórios de sustentabilidade e das demonstrações contábeis é possível identificar os investimentos socioambientais e o desempenho econômico-financeiro das empresas. Conforme Severino (2007) o pesquisador poderá investigar e analisar os documentos pois estes ainda não receberam um tratamento analítico. 3.2 AMOSTRA E PERÍODO DE ESTUDO O universo da pesquisa corresponde as empresas do setor de energia elétrica. No entanto, selecionou-se uma amostra não probabilística, por acessibilidade dos dados, sendo selecionadas para estudos as empresas do setor de energia elétrica listadas na BM&F Bovespa que compõem a carteira do ISE de janeiro a abril do ano de 2014 e as que não pertencem a este índice. O período de análise refere-se aos anos 2010, 2011 e O setor de energia elétrica da BM&FBovespa totaliza 66 empresas. No entanto, como nesse estudo será necessário identificar os investimentos socioambientais, dentre as empresas que estão listadas na BM&FBovespa, selecionou-se aquelas que divulgam nos seus relatórios de sustentabilidade o Balanço Social modelo IBASE. Sendo assim, a amostra das empresas do setor de energia elétrica, tanto as que pertencem ao ISE como as que não pertencem, é composta apenas por aquelas que possuem o

31 27 Balanço Social modelo IBASE no período de análise, de 2010 a 2012, sendo 11 empresas do grupo pertencente à carteira do ISE e 17 não pertencentes, conforme demonstra o Quadro 2. Quadro 2: Relação das empresas do setor de Utilidade Pública/Energia Elétrica pertencentes ao ISE 2014 Empresas do setor elétrico pertencentes ao ISE AES Tietê S.A. (AES TIETE) 2.Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) 3.Companhia Energética de São Paulo (CESP) 4.Companhia Energética do Ceará (COELCE) 5.Companhia Paranaense de Energia (COPEL) 6.CPFL Energia S.A. (CPFL ENERGIA) 7.Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (ELETROBRAS) 8.Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S. A. (ELETROPAULO) 9.EDP - Energias do Brasil S. A. (ENERGIA AS BR) 10.Light Serviços de Eletricidade S.A. (LIGHT) 11.Tractebel Energia S. A. (TRACTEBEL) Empresas do setor elétrico não pertencentes ao ISE AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. (AES SUL) 2.Afluente Geração de Energia Elétrica S.A. (AFLUENTE) 3.Ampla Investimentos e Serviços S.A. (AMPLA ENERG) 4.Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC) 5.Centrais Elétricas do Pará S.A (CELPA) 6.Cia Celg de Participações (CELGPAR) 7.Companhia Energética do Maranhão (CEMAR) 8.Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA) 9.Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN) 10.Centrais Elétricas Matogrossense S.A. (CEMAT) 11.Bandeirante Energia S.A. (EBE) 12.Eletrobrás Participações S.A. (ELETROPAR) 13.Elektro Eletricidade e Serviços S. A. (ELEKTRO) 14.Energisa Borborema Distribuidora de Energia S.A. (ENERGISA) 15.Empresa Energética do Mato Grosso do Sul S.A. (ENERSUL) 16.Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. (ESCELSA) 17.Companhia Transmissão Energética Paulista S. A. (TRAN PAULIST) Fonte: Elaborado pela autora. 3.3 TRATAMENTO DOS DADOS Os investimentos socioambientais e o desempenho econômico financeiro foram analisados a partir de informações divulgadas pelas companhias nos relatórios de sustentabilidade ou nos sites das companhias, bem como na BM&F Bovespa.

32 28 Para caracterizar e mensurar os investimentos socioambientais, utilizou-se o Balanço Social modelo IBASE, disponível nos relatórios de sustentabilidade. Esses relatórios estão disponíveis no banco de dados da ANEEL e nos endereços eletrônicos das organizações. As empresas do setor de energia elétrica que não tiveram os relatórios de sustentabilidade localizados, não foram incluídas na amostra. Os investimentos socioambientais foram analisados a partir dos investimentos sociais internos, investimentos sociais externos e investimentos ambientais, ambos apresentados no Balanço Social modelo IBASE. Dessa forma, nesse estudo, os investimentos socioambientais representam a somatória desses itens. As informações financeiras das organizações do setor de energia elétrica foram extraídas do banco de dados da BM&FBovespa, especificamente, das suas demonstrações contábeis. Em seguida, realizaram-se os cálculos para mensurar os indicadores econômico-financeiros conforme demonstra o Quadro 3. Quadro 3: Indicadores Econômico-Financeiros INDICADORES DE LIQUIDEZ Liquidez Corrente (LC) = Ativo Circulante Passivo Circulante Liquidez Seca (LS) = Disponível e Eq. Caixa + Dupl. A Receber - PCLD Passivo Circulante INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO Quociente de Participação de Capital de Terceiros sobre o Capital próprio (CT/CP) = Quociente de Participação das dívidas de Curto Prazo sobre o Endividamento Total (CE) = Passivo Total Patrimônio Líquido Passivo Circulante Passivo Total INDICADORES DE RENTABILIDADE Retorno sobre o Investimento (ROI) = Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) = Retorno sobre o Ativo (ROA) = Margem Operacioal (MO) = Lucro operacional líquido Investimento (Passivo oneroso + PL) Lucro líquido Patrimônio Líquido Lucro operacional Ativo Total - Lucro Líquido Lucro operacional Receitas Líquidas de Vendas Margem Líquida (ML) = Lucro líquido Receitas Líquidas de Vendas Fonte: Adaptado de Assaf Neto (2010) O tratamento dos dados foi realizado através do programa editor de planilhas Excel para a análise descritiva. Utilizou-se média, desvio-padrão, valores máximos e mínimos e matriz de correlação de cada variável em análise. Na análise estatística com o auxílio do programa Stata verificou a relação entre as variáveis. Utilizou-se a técnica de regressão com dados em painel, a qual, conforme Ceretta et al.

33 29 (2009) permite identificar o comportamento de uma variável em relação às demais e ao longo dos períodos em análise. O mesmo autor também explica que essa técnica possui dois modelos, o de efeitos fixos e o de efeitos aleatórios, que são selecionados através do teste de Hausman. Para verificar a relação existente entre os investimentos socioambientais e os indicadores de desempenho econômico-financeiros elaborou-se o modelo de regressão conforme apresentado abaixo: ISAit = β0+ β1roiit + β2rsplit + β3iseit + β4roait + β5mlit + β6moit + β7lcit + β8lsit + β9tercit + β10endivit + µ Onde: ISA = investimentos socioambientais da empresa i no período t ROI = Retorno sobre o Investimento RSPL = Retorno sobre o Patrimônio Líquido ISE = participação da empresa i no período t no ISE ROA = Retorno sobre o Ativo ML = Margem Líquida MO = Margem Operacional LC = Liquidez Corrente LS = Liquidez Seca TERC = composição do capital de terceiros da empresa i no período t ENDIV = composição do endividamento da empresa i no período t µ = é o erro da regressão Assim, objetiva-se identificar se desempenho econômico financeiro da empresa pode ser explicado pela adoção dos investimentos socioambientais (sociais internos, sociais externos e ambientais), com o intuito de verificar se existe relação entre essas variáveis. A partir desse procedimento metodológico foram feitas as análises das informações extraídas sobre as variáveis do estudo.

34 LIMITAÇÕES DO ESTUDO A análise das informações do Balanço Social encontra-se limitada devido a falta de uniformidade dos relatórios divulgados pelas empresas (GUBIANI; SANTOS; BEUREN, 2012). Em virtude disso, buscou-se analisar os relatórios divulgados conforme o modelo IBASE, por ser um dos padrões mais utilizados entre as empresas do setor de energia elétrica no país. Além da falta de uniformidade, a divulgação dos relatórios de sustentabilidade é outra limitação para este estudo. Por ser um demonstrativo voluntário e pela falta de padrão em sua elaboração, contribui para um déficit de auditoria das informações, e com isso os gestores divulgam apenas as informações que consideram relevantes para à imagem de sua organização diante à sociedade. Conforme Moreira et al. (2012), as empresas que possuem uma maior exposição e um baixo desempenho ambiental, procuram divulgar informações ambientais positivas para melhorar a sua imagem. Os dados para o estudo, obtidos de 2010 a 2012, forneceram resultados específicos para o período analisado e consequentemente representam uma limitação, pois as análises serão específicas dessa amostra e a mudança do período analisado pode acarretar em um resultado adverso ao encontrado nesse estudo.

35 31 4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 4.1 ESTATÍSTICA DESCRITIVA DOS DADOS A estatística descritiva dos dados será analisada sob a perspectiva do desvio padrão, média, valores mínimos e máximos. Segundo Melo, Almeida e Santana (2012) o desvio padrão demonstra o quanto os valores da amostra estão desviados da média, portanto o valor do desvio mais perto de zero indica um maior equilíbrio. A análise descritiva dos investimentos socioambientais segue na Tabela 1, incluindo as empresas pertencentes e não pertencentes ao ISE. Tabela 1: Estatística Descritiva dos indicadores socioambientais das empresas do setor de energia elétrica não pertencentes à carteira do ISE 2010 ISI ISEX IA Média Desvio padrão Variância da amostra 3,2E+11 9,5E+11 1,9E+10 Mínimo Máximo Média Desvio padrão Variância da amostra 4,0E+11 1,6E Mínimo Máximo Média Desvio padrão Variância da amostra 4,9E+11 1,7E+12 4,7E+10 Mínimo Máximo Nº Total de empresas = 17 empresas Fonte: Dados da pesquisa. A partir da Tabela 1, percebe-se que o Indicador Social Interno (ISI) tem a maior média em 2012, representado pelo valor máximo, referente à empresa Eletrobrás Participações S.A. (ELETROPAR), e o valor mínimo, é da empresa Energisa Borborema Distribuidora de Energia S.A. (ENERGISA). A menor média foi em Os valores do

36 32 desvio padrão são altos, indicando que há uma considerável variação entre os valores em relação à média. O Indicador Social Externo (ISEX) tem em 2011 a sua maior média, onde o valor máximo corresponde à empresa Eletrobrás Participações S.A. (ELETROPAR). O terceiro é o Indicador Ambiental (IA) com a maior média em 2012, onde o valor máximo refere-se à empresa Centrais Elétricas Matogrossense S.A. (CEMAT). Em relação aos valores de desvio padrão, considerando os valores altos do primeiro indicador, o ISI, os demais indicadores apresentaram valores menores, demonstrando um maior equilíbrio. Em relação as empresas pertencentes à carteira do ISE, a estatística descritiva dos investimentos socioambientais encontra-se na Tabela 2. Tabela 2: Estatística Descritiva dos indicadores socioambientais das empresas do setor de energia elétrica pertencentes à carteira do ISE 2010 ISI ISEX IA Média Desvio padrão Variância da amostra 5,24E+11 4,74E+12 2,67E+09 Mínimo Máximo Média Desvio padrão Variância da amostra 6,38E+11 6,45E+12 4,90E+09 Mínimo Máximo Média Desvio padrão Variância da amostra 8,15E+11 7,07E+12 1,14E+10 Mínimo Máximo Nº Total de empresas = 11 empresas Fonte: Elaborado pela autora. A Tabela 2 demonstra que a o ISI tem em 2012 a maior média e o seu valor máximo é da empresa Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (ELETROBRAS) e o valor mínimo é da empresa Light Serviços de Eletricidade S.A. (LIGHT).

37 33 O ISEX tem a maior média em 2011 e o seu valor máximo refere-se à Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG). E o IA tem em 2012 também a sua maior média, onde o seu valor máximo, é da empresa Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (ELETROBRAS), e o mínimo é da empresa AES Tietê S.A. (AES TIETE). Considerando o objetivo de identificar os indicadores de desempenho econômicofinanceiro, realizou-se a estatística descritiva dos mesmos. Os resultados para as empresas não pertencentes ao ISE encontram-se na Tabela 3: Tabela 3: Estatística Descritiva dos indicadores econômico-financeiros das empresas do setor de energia elétrica não pertencentes à carteira do ISE 2010 ROI RSPL ROA ML MO LC LS C.T./C.P. C.E. Média -3% 30% 10% 0,66 0,33 2,01 2,29 1,70 25% Desvio padrão 0,60 0,13 0,09 0,37 0,94 3,82 4,07 3,27 0,15 Variância da amostra 0,36 0,02 0,01 0,14 0,88 14,56 16,56 10,70 0,02 Mínimo -235% 11% -10% -0,63-3,01 0,29 0,24-10,49 2% Máximo 21% 52% 22% 1,00 1,16 16,73 16,51 4,71 72% 2011 Média 17% 31% 9% 0,65 0,25 2,07 1,91 2,42 26% Desvio padrão 0,26 0,14 0,09 0,37 0,96 3,01 2,79 2,35 0,18 Variância da amostra 0,07 0,02 0,01 0,14 0,93 9,04 7,80 5,51 0,03 Mínimo -16% 9% -13% -0,55-3,03 0,27 0,29-3,91 3% Máximo 114% 57% 19% 1,00 1,29 12,32 12,18 8,71 82% 2012 Média 8% -4% 2% -1,33-1,51 2,43 2,55 4,47 35% Desvio padrão 0,16 1,21 0,20 7,54 7,66 4,12 4,08 8,92 0,53 Variância da amostra 0,02 1,46 0,04 56,78 58,71 16,99 16,67 79,52 0,28 Mínimo -35% -470% -64% -30,39-30,98 0,11 0,09-0,22 0,25% Máximo 38% 40% 28% 1,00 1,53 16,56 16,32 38,83 237% Nº Total de empresas = 17 empresas Fonte: Elaborado pela autora. Conforme a Tabela 3, o indicador de Rentabilidade do Investimento (ROI) tem a sua maior média no ano de 2011, onde o valor máximo foi da Companhia Celg de Participações (CELGPAR). O segundo indicador, o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL), indica que no ano de 2011 obteve a maior média, sendo representado pela empresa Elektro Eletricidade e Serviços S. A. (ELEKTRO) e a empresa Eletrobrás Participações S.A (ELETROPAR), com o valor mínimo. Os valores do desvio padrão do RSPL são baixos, portanto, há um relativo equilíbrio nos valores em relação à média. O indicador Retorno sobre o Ativo (ROA) teve a maior média em 2010, representada onde o valor mínimo foi da Companhia Celg de Participações (CELGPAR) e o valor máximo

38 34 representado por duas empresas, a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA) e a Companhia Energética do Estado do Rio Grande do Norte (COSERN). Os valores baixos do desvio padrão desses indicadores de rentabilidade, revela que existe um equilíbrio entre os valores em relação à média. A Margem Líquida (ML) tem em 2010 a sua maior média, sendo o valor mínimo da Companhia Celg de Participações (CELGPAR) e o valor máximo, pertencente a quatro empresas: AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. (AES Sul); Centrais Elétrica de Santa Catarina (CELESC) e a Eletrobrás Participações S.A. (ELETROPAR). A Margem Operacional (MO) obteve sua maior média também em 2010 como a ML, onde o seu valor mínimo, refere-se à Companhia Celg de Participações (CELGPAR) e o valor máximo, é da empresa Eletrobrás Participações S.A. (ELETROPAR). Os valores do desvio padrão da ML e MO são considerados baixos apenas nos dois primeiros anos analisados, em 2012 obtiveram valores altos, indicando que há uma variação considerável entre os valores da amostra e a média dos indicadores. A maior média de Liquidez Corrente (LC) foi em 2012, onde o valor máximo é da empresa Eletrobrás Participações S.A. (ELETROPAR) e o valor mínimo é da Companhia Celg de Participações (CELGPAR). A Liquidez Seca (LS) teve a sua maior média também em 2012, onde o valor máximo, é da empresa Eletrobrás Participações S.A. (ELETROPAR). Esses indicadores, LC e LS, possuem os valores de desvio padrão superiores aos indicadores de rentabilidade, indicando que há uma variação maior entre os valores em relação à média. Na relação entre o Capital de Terceiros sobre o Capital Próprio (C.T./C.P.), a maior média está em 2012, onde o valor máximo é da empresa Centrais Elétricas do Pará S.A (CELPA). O desvio padrão desse indicador teve uma variação entre 2,35 e 8,92, sendo o maior valor pertencente ao ano de 2012, assim houve uma maior variação entre os valores desse período. A Composição do Endividamento (C.E.) teve a maior média também no ano de 2012, onde o valor máximo é da Companhia Celg de Participações (CELGPAR), e o mínimo, é da Centrais Elétrica de Santa Catarina (CELESC). Para as empresas pertencentes ao ISE, os resultados da estatística descritiva dos indicadores de desempenho econômico-financeiro encontram-se na Tabela 4:

39 35 Tabela 4: Estatística Descritiva dos indicadores econômico-financeiros das empresas do setor de energia elétrica pertencentes à carteira do ISE 2010 ROI RSPL ROA ML MO LC LS C.T./C.P. C.E. Média 12% 30% 11% 0,74 0,50 1,12 0,99 2,18 17% Desvio padrão 0,08 0,19 0,08 0,27 0,26 0,40 0,47 0,61 0,08 Variância da amostra 0,01 0,04 0,01 0,07 0,07 0,16 0,22 0,37 0,01 Mínimo 1% 6% 1% 0,16 0,06 0,54 0,28 1,04 4% Máximo 25% 58% 24% 1,00 1,00 1,77 1,65 2,97 33% 2011 Média 12% 31% 11% 0,76 0,50 1,18 1,02 2,19 17% Desvio padrão 0,09 0,21 0,09 0,26 0,26 0,37 0,34 0,65 0,08 Variância da amostra 0,01 0,04 0,01 0,07 0,07 0,14 0,11 0,42 0,01 Mínimo 1% 6% 1% 0,15 0,07 0,61 0,52 1,03 3% Máximo 29% 67% 30% 1,00 1,00 1,80 1,64 3,21 33% 2012 Média 10% 24% 9% 0,66 0,45 1,06 0,82 2,36 18% Desvio padrão 0,11 0,24 0,11 0,38 0,32 0,31 0,21 0,77 0,08 Variância da amostra 0,01 0,06 0,01 0,14 0,10 0,09 0,04 0,59 0,01 Mínimo -6% -12% -4% -0,23-0,20 0,60 0,48 1,03 3% Máximo 33% 76% 35% 1,00 0,99 1,65 1,09 3,70 35% Nº Total de empresas = 11 empresas Fonte: Elaborado pela autora. Conforme a Tabela 4, o indicador ROI teve a sua maior média em dois períodos, em 2010 e 2011, referente à Companhia Energética de São Paulo (CESP) e o valor máximo, de foi da empresa AES Tietê S.A. (AES TIETE). A menor média do ROI foi em O RSPL apresenta em 2011 a maior média, com o valor máximo da empresa AES Tietê S.A. (AES TIETE) e o mínimo foi da empresa Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (ELETROBRAS). Em 2011 e 2010, o ROA também obtém as maiores médias onde os valores máximos, 24% e 30%, pertence às empresas Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S. A. (ELETROPAULO) e AES Tietê S.A. (AES TIETE), respectivamente, e o mínimo, 1%, é da Companhia Energética de São Paulo (CESP) nos dois anos. Os indicadores de rentabilidade dessa amostra apresentam valores baixos de desvio padrão, caracterizando um equilíbrio entre os valores e a média dos indicadores. A ML teve em 2011 a sua maior média, com o valor máximo da empresa AES Tietê S.A. (AES TIETE), e o valor mínimo da empresa Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (ELETROBRAS). O indicador MO tem a maior média em 2010, onde o seu valor máximo, é da empresa Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. (ELETROPAULO) e o valor mínimo, 0,06, é da Companhia Energética de São Paulo (CESP).

40 36 A LC e LS possuem as maiores médias em 2011, 1,18 e 1,02, respectivamente. O valor máximo da LC e LS, nesse período é representando pela Companhia Paranaense de Energia (COPEL), e o valor mínimo é da Companhia Energética de São Paulo (CESP). E os valores de desvio padrão relativamente baixos indica um equilíbrio entre os valores em relação à média. A relação entre C.T./C.P. indica que a maior média foi em 2012, onde o valor máximo é da empresa CPFL Energia S.A. (CPFL ENERGIA), e o valor mínimo é da Light Serviços de Eletricidade S.A. (LIGHT). A Composição do Endividamento está com a maior média em 2012, o seu valor máximo é da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), e o valor mínimo é da empresa Light Serviços de Eletricidade S.A. (LIGHT). Após essa análise descritiva dos investimentos socioambientais e dos indicadores de desempenho econômico-financeiro, é necessário realizar uma análise da correlação entre essas variáveis. Dessa forma, é utilizada a técnica do coeficiente de correlação linear simples de Pearson, identificando pelo símbolo r, e conforme Roldan et al. (2011), a sua interpretação é da seguinte maneira: r próximo a +1 = correlação positiva, ou seja, o aumento ou diminuição de uma variável repercute no mesmo sentindo no valor da segunda variável; r próximo a -1 = correlação negativa, ou seja, o aumento de uma variável irá diminuir o valor da segunda variável. O Apêndice D mostra que as correlações entre os indicadores socioambientais e os indicadores de desempenho econômico-financeiro são na maioria uma correlação fraca negativa, ou seja, não há uma relação significativa entre as variáveis. A variável Indicador Social Interno (ISI) apresentou uma correlação nula com o indicador de Liquidez Corrente (LC), ou seja, não houve relação entre eles nesse período. A variável Indicador Ambiental (IA) obteve uma correlação nula com três indicadores de desempenho, o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL), a Liquidez Seca (LS) e o Capital de Terceiros sobre o Capital Próprio (CT/CP). Essa relação pouco significativa entre os investimentos ambientais e o RSPL também foi encontrado no estudo de Roldan et al. (2011), indicando que valores elevados nesse indicador ambiental não influencia no aumento do retorno sobre o patrimônio líquido. O

41 37 indicador Composição do Endividamento (CE) apresenta uma correlação fraca positiva com todos os indicadores socioambientais. A variável Margem Líquida (ML) obteve em alguns momentos uma correlação moderada negativa com os indicadores socioambientais, ou seja, pode existir uma relação inversa entre essas variáveis, onde o aumento de uma variável pode ocasionar a diminuição da outra variável. 4.2 ANÁLISE DAS VARIÁVEIS ESTUDADAS Os investimentos socioambientais das organizações serão considerados as variáveis independentes desse estudo e os indicadores de desempenho econômico-financeiro serão as variáveis dependentes/explicativas. Sendo assim, o Figura 1 retrata o comparativo da soma dos investimentos socioambientais das organizações participantes e as não participantes da carteira do ISE no período de 2010 a Figura 1: Comparativo dos indicadores socioambientais de 2010 a 2012 Fonte: Elaborado pela autora. A partir das médias desses indicadores o Figura 1 demonstra que as organizações participantes da carteira do ISE, realizaram em maior proporção os investimentos sociais externos e sociais internos, em relação àquelas que não participam da carteira. Enquanto isso, nos investimentos ambientais os dois grupos apresentaram médias baixas, ou seja, realizaram pouco investimento nessa área. Todos os indicadores socioambientais apresentam um aumento crescente de 2010 a 2012.

42 38 Portanto, as empresas participantes da carteira do ISE possuem maiores investimentos sociais internos e externos. Os investimentos sociais internos são representados por valores investidos em colaboradores da organização, como por exemplo, gastos com capacitação profissional e alimentação. E os sociais externos são os investimentos na área da educação, cultura e esporte, que representam os principais elementos desse indicador. Em suas análises Braga et al. (2011), encontraram que os maiores investimentos realizados pelas empresas do setor de energia elétrica em 2009, foi também nos investimentos sociais internos e externos. Segundo o mesmo autor, o primeiro investimento caracteriza uma valorização aos empregados e o segundo, referente aos investimentos sociais externos, requer uma maior atenção, pois muitos investimentos sociais externos são caracterizados pelos projetos sociais financiados pelo governo e por isso são valores muito elevados. As variáveis dependentes serão os indicadores de desempenho econômico-financeiro. Então, o Figura 2 retrata o comparativo das médias dos indicadores de rentabilidade, ROI, RSPL e ROA, nos dois grupos. Figura 2: Comparativos das médias dos indicadores de rentabilidade de 2010 a 2012 Fonte: Elaborado pela autora. O indicador Retorno sobre o Investimento (ROI) apresenta melhores médias nas empresas participantes da carteira do ISE. O ROI apresentou resultado negativo em 2010 no grupo das empresas não participantes, apenas em 2011 que o seu resultado foi superior ao primeiro grupo. O indicador Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) possui médias equivalentes nos dois grupos em 2010 e 2011, e são os maiores retornos entre os indicadores de rentabilidade, ou seja, as empresas estão obtendo maiores retornos para os seus proprietários

43 39 resultantes do capital próprio. Apenas em 2012 que registra-se uma queda significativa para o grupo das empresas não participantes. O Retorno sobre o Ativo (ROA) obteve as médias mais baixas em relação aos indicadores anteriores, com pequenas diferenças entre os dois grupos, entretanto a sua evolução foi superior para as empresas pertencentes ao ISE. Nas empresas não participantes o ROA apresentou uma redução em Dessa forma, os retornos esperados possuem uma melhor evolução nas empresas participantes da carteira do ISE, com médias superiores em dois dos indicadores em relação ao segundo grupo. O Figura 3 demonstra a evolução das médias dos indicadores de rentabilidade, a Margem Líquida e Margem Operacional, dos dois grupos. Figura 3: Comparativos das médias dos indicadores ML e MO de 2010 a 2012 Fonte: Elaborado pela autora. A Margem Líquida (ML) indica o quanto as empresas auferiram em consequência do resultado líquido de suas atividades, os dois grupos apresentam médias bastante próximas nos dois primeiros anos, sendo o primeiro grupo com as maiores médias e uma queda expressiva nas empresas não participantes em A Margem Operacional (MO) mede o desempenho operacional da empresa, as empresas pertencentes ao ISE tiveram médias superiores nos anos analisados, enquanto isso as empresas não participantes apresentam uma média negativa em Sendo assim, as empresas participantes do ISE obtiveram uma melhor evolução da sua margem líquida e operacional. A análise dos indicadores de liquidez, Liquidez Corrente (LC) e Liquidez Seca (LS), das empresas em análise revelam que as empresas não participantes possuem médias superiores no período analisado, conforme demonstra o Figura 4

44 40 Figura 4: Comparativos das médias dos indicadores de liquidez de 2010 a 2012 Fonte: Elaborado pela autora. A partir do Figura 4 é possível identificar que as empresas participantes do ISE também possuem boas médias, indicando que ambos os grupos têm capacidade de pagar as suas dívidas de curto prazo e recursos suficientes de maior liquidez no seu ativo para cumprir com as suas obrigações. Os recursos de capital de terceiros sobre o capital próprio (CT/CP) indicam que os dois grupos possuem uma forte dependência dos recursos de terceiros, com médias constantes acima de 1, e com destaque ao ano de 2012, onde as empresas não participantes obtiveram a maior média, revelando uma alta dependência, conforme retrata o Figura 5 a respeito da evolução dos indicadores de endividamento. Figura 5: Comparativos das médias dos indicadores de endividamento de 2010 a 2012 Fonte: Elaborado pela autora. A composição do endividamento (C.E.) indica que as empresas participantes do ISE possuem as menores médias, portanto, as suas dívidas são em sua maioria de longo prazo. Enquanto que as empresas não participantes possuem uma porcentagem maior de dívidas no curto prazo.

20 Congresso Brasileiro de Contabilidade Comitê Cientifico

20 Congresso Brasileiro de Contabilidade Comitê Cientifico 20 Congresso Brasileiro de Contabilidade Comitê Cientifico EVOLUÇÃO DA CONDUTA SOCIAL DAS EMPRESAS: UM ESTUDO SOBRE O NÍVEL DE INVESTIMENTOS EM RESPONSABILIDADE SOCIAL NO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO HERIVÉLTON

Leia mais

Análise do Desempenho de Empresas Sustentáveis: Um estudo baseado no Indicador de Sustentabilidade da Bovespa - ISE

Análise do Desempenho de Empresas Sustentáveis: Um estudo baseado no Indicador de Sustentabilidade da Bovespa - ISE Gisela Luiza Costa de Macedo Análise do Desempenho de Empresas Sustentáveis: Um estudo baseado no Indicador de Sustentabilidade da Bovespa - ISE Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa

Leia mais

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COMO FERRAMENTA GERENCIAL PARA AUXÍLIO NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO Solange Gaiardo Alves 1

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COMO FERRAMENTA GERENCIAL PARA AUXÍLIO NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO Solange Gaiardo Alves 1 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COMO FERRAMENTA GERENCIAL PARA AUXÍLIO NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO Solange Gaiardo Alves 1 INTRODUÇÃO Itacir Alves da Silva 2 Esta pesquisa apresenta como tema

Leia mais

Responsabilidade Social e Sustentabilidade CCN Dra. Elisete Dahmer Pfitscher

Responsabilidade Social e Sustentabilidade CCN Dra. Elisete Dahmer Pfitscher Universidade Federal de Santa Catarina Programa de Pós Graduação em Contabilidade Centro Sócio-Econômico Campus Universitário Trindade Caixa Postal 476 Cep: 88.040-900 Florianópolis SC Brasil Sétima aula

Leia mais

TÍTULO: ANÁLISE DA EFICIÊNCIA FINANCEIRA POR MEIO DE ÍNDICES E DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

TÍTULO: ANÁLISE DA EFICIÊNCIA FINANCEIRA POR MEIO DE ÍNDICES E DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS TÍTULO: ANÁLISE DA EFICIÊNCIA FINANCEIRA POR MEIO DE ÍNDICES E DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: ADMINISTRAÇÃO INSTITUIÇÃO: FACULDADE BARRETOS AUTOR(ES):

Leia mais

INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS DA COMPANHIA AZUL S.A. Nícolas Rérison Bibiano Margarida Peres 1 Márcia Bandeira Landerdahl Maggioni 2

INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS DA COMPANHIA AZUL S.A. Nícolas Rérison Bibiano Margarida Peres 1 Márcia Bandeira Landerdahl Maggioni 2 INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS DA COMPANHIA AZUL S.A. Nícolas Rérison Bibiano Margarida Peres 1 Márcia Bandeira Landerdahl Maggioni 2 1 INTRODUÇÃO Os indicadores econômico-financeiros são instrumentos

Leia mais

ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL DE GIRO COMO INSTRUMENTO DE APOIO A GESTÃO: UM ESTUDO EM UMA EMPRESA COMERCIAL

ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL DE GIRO COMO INSTRUMENTO DE APOIO A GESTÃO: UM ESTUDO EM UMA EMPRESA COMERCIAL ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL DE GIRO COMO INSTRUMENTO DE APOIO A GESTÃO: UM ESTUDO EM UMA EMPRESA COMERCIAL INTRODUÇÃO Taíse Machado Alves 1 Luiz Carlos Schneider 2 Percebe-se que muitos administradores

Leia mais

Resumo Aula-tema 05: Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras I.

Resumo Aula-tema 05: Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras I. Resumo Aula-tema 05: Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras I. Nessa aula, vamos relembrar os métodos de análise do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, através da

Leia mais

UTILIZAÇÃO DE INDICADORES FINANCEIROS NA ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS QUE SERVEM DE SUPORTE À TOMADA DE DECISÕES 1

UTILIZAÇÃO DE INDICADORES FINANCEIROS NA ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS QUE SERVEM DE SUPORTE À TOMADA DE DECISÕES 1 UTILIZAÇÃO DE INDICADORES FINANCEIROS NA ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS QUE SERVEM DE SUPORTE À TOMADA DE DECISÕES 1 Karine Rhoden Da Veiga 2, Vando Knob Hartmann 3, Daniel Knebel Baggio 4. 1 Projeto

Leia mais

GUIA DE EXERCÍCIOS. Análises e Índices de Empresas

GUIA DE EXERCÍCIOS. Análises e Índices de Empresas GUIA DE EXERCÍCIOS Análises e Índices de Empresas Sumário Objetivos e Considerações Preliminares Análises Vertical e Horizontal Indicadores de Atividade ou Prazos Médios Indicadores de Endividamento Indicadores

Leia mais

ESTUDO DOS INDICADORES FINANCEIROS DAS DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA

ESTUDO DOS INDICADORES FINANCEIROS DAS DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA ESTUDO DOS INDICADORES FINANCEIROS DAS DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA - 2018 Sobre a LMDM A LMDM é uma empresa de consultoria especializada em concessões públicas para serviços públicos e de infraestrutura,

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso Uma análise do Modelo de Gestão Empresarial para a Responsabilidade Socioambiental

Leia mais

Indicadores de qualidade do fornecimento de energia elétrica Coelce

Indicadores de qualidade do fornecimento de energia elétrica Coelce Indicadores de qualidade do fornecimento de energia elétrica Coelce Ceará, 19/05/2016 CONERGE Agenda: Regulamentação Definição de Indicadores de Qualidade Histórico de Indicadores Coletivos Qualidade 2

Leia mais

3 Metodologia da pesquisa

3 Metodologia da pesquisa 3 Metodologia da pesquisa A pesquisa é empírica e quantitativa, pois se baseia em procedimentos estatísticos que visam a produzir inferências sobre a população a partir da amostra selecionada. Foi escolhido

Leia mais

ANÁLISE DOS INDICADORES DE LIQUIDEZ E ENDIVIDAMENTO: O CASO MAGAZINE LUIZA S/A

ANÁLISE DOS INDICADORES DE LIQUIDEZ E ENDIVIDAMENTO: O CASO MAGAZINE LUIZA S/A 282 ANAIS IX SIMPAC ANÁLISE DOS INDICADORES DE LIQUIDEZ E ENDIVIDAMENTO: O CASO MAGAZINE LUIZA S/A Gustavo Bruno Pereira de Souza 2, Paula Souza Lopes 3, Liliani Cristina Felisberto da Silva 4, Ana Claudia

Leia mais

Resumo Aula-tema 05: Gestão Contábil

Resumo Aula-tema 05: Gestão Contábil Resumo Aula-tema 05: Gestão Contábil Um dos grandes fatores limitantes ao crescimento e desenvolvimento das micro e pequenas empresas é a falta de conhecimento e do uso de informações gerenciais no negócio.

Leia mais

Promover a competitividade e o desenvolvimento dos pequenos negócios e fomentar o empreendedorismo para fortalecer a economia nacional

Promover a competitividade e o desenvolvimento dos pequenos negócios e fomentar o empreendedorismo para fortalecer a economia nacional Excelência na Gestão Desafio dos Pequenos Negócios INSTITUCIONAL SEBRAE MISSÃO Promover a competitividade e o desenvolvimento dos pequenos negócios e fomentar o empreendedorismo para fortalecer a economia

Leia mais

B3 divulga a 13ª carteira do ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial

B3 divulga a 13ª carteira do ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial B3 divulga a 13ª carteira do ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial São Paulo, 23 de novembro de 2017 - A B3 anuncia a décima terceira carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) que

Leia mais

Impacto dos Recursos Energéticos Distribuídos sobre o Setor de Distribuição. FIRJAN Rio de Janeiro, 20 de maio de 2016

Impacto dos Recursos Energéticos Distribuídos sobre o Setor de Distribuição. FIRJAN Rio de Janeiro, 20 de maio de 2016 Impacto dos Recursos Energéticos Distribuídos sobre o Setor de Distribuição. FIRJAN Rio de Janeiro, 20 de maio de 2016 1 Motivação O setor elétrico, em especial o segmento de distribuição de energia, se

Leia mais

O IMPACTO DOS ATIVOS BIOLÓGICOS NOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS DAS EMPRESAS LISTADAS NA BM&F BOVESPA

O IMPACTO DOS ATIVOS BIOLÓGICOS NOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS DAS EMPRESAS LISTADAS NA BM&F BOVESPA O IMPACTO DOS ATIVOS BIOLÓGICOS NOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS DAS EMPRESAS LISTADAS NA BM&F BOVESPA Prof.ª Dr.ª Isabel Cristina Gozer Pedro Vinicius Silva Cunha Willer Carlos de Oliveira INTRODUÇÃO

Leia mais

BALANCED SCORECARD E SUA CONTRIBUIÇÃO NA GESTÃO FINANCEIRA EMPRESARIAL

BALANCED SCORECARD E SUA CONTRIBUIÇÃO NA GESTÃO FINANCEIRA EMPRESARIAL BALANCED SCORECARD E SUA CONTRIBUIÇÃO NA GESTÃO FINANCEIRA EMPRESARIAL Arthur Elias Orlandin 1 Diana de Almeida e Silva 2 INTRODUÇÃO Esta pesquisa apresenta como tema central o Balanced Scorecard e sua

Leia mais

Evidenciação ambiental segundo a NBC T 15: uma análise em quatro empresas do setor de energia elétrica de 2006 a 2014

Evidenciação ambiental segundo a NBC T 15: uma análise em quatro empresas do setor de energia elétrica de 2006 a 2014 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO CAMPUS OSASCO Evidenciação ambiental segundo a NBC T 15: uma análise em quatro empresas do setor de energia elétrica de 2006 a 2014 Bel. Caísa Gambardella

Leia mais

Uma Análise dos Balanços Sociais de Companhias Abertas Listadas no Índice de Sustentabilidade Social (ISE)

Uma Análise dos Balanços Sociais de Companhias Abertas Listadas no Índice de Sustentabilidade Social (ISE) Uma Análise dos Balanços Sociais de Companhias Abertas Listadas no Índice de Sustentabilidade Social (ISE) Resumo A responsabilidade socioambiental é um tema atual, que tem atraído a atenção da mídia,

Leia mais

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES. Prof. Isidro

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES. Prof. Isidro ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Prof. Isidro TRIPÉ DE DECISÕES DA EMPRESA RENTABILIADE NÍVEIS DE ANÁLISE NÍVEL INTERMEDIÁRIO ALAVANCAGM FINANCEIRA ESTRUTURA DE CAPITAL ANÁLISE DA DOAR ESTRUTURA DE

Leia mais

ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NA ELABORAÇÃO VOLUNTÁRIA DA DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NA ELABORAÇÃO VOLUNTÁRIA DA DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Patrocínio, MG, outubro de 2016 ENCONTRO DE PESQUISA & EXTENSÃO, 3., 2016, Patrocínio. Anais... Patrocínio: IFTM, 2016. ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NA ELABORAÇÃO VOLUNTÁRIA DA

Leia mais

Capítulo 12. Tema 10: Análise das demonstrações contábeis/financeiras: noções iniciais. Noções de Contabilidade para Administradores EAC 0111

Capítulo 12. Tema 10: Análise das demonstrações contábeis/financeiras: noções iniciais. Noções de Contabilidade para Administradores EAC 0111 1 Capítulo 12 Tema 10: Análise das demonstrações contábeis/financeiras: noções iniciais Noções de Contabilidade para Administradores EAC 0111 Prof: Márcio Luiz Borinelli Monitor: Wilson Tarantin Junior

Leia mais

Sustentabilidade e contabilidade: Perspectivas atuais sobre a inclusão de aspectos socioambientais nos sistemas de apoio à decisão e gestão de riscos

Sustentabilidade e contabilidade: Perspectivas atuais sobre a inclusão de aspectos socioambientais nos sistemas de apoio à decisão e gestão de riscos Sustentabilidade e contabilidade: Perspectivas atuais sobre a inclusão de aspectos socioambientais nos sistemas de apoio à decisão e gestão de riscos Programação 8h30 Café de boas vindas Painel temático

Leia mais

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA WEG SA 1 ANALYSIS OF THE FINANCIAL STATEMENTS OF THE COMPANY WEG SA

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA WEG SA 1 ANALYSIS OF THE FINANCIAL STATEMENTS OF THE COMPANY WEG SA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA WEG SA 1 ANALYSIS OF THE FINANCIAL STATEMENTS OF THE COMPANY WEG SA Marcia Bonini Contri 2, Stela Maris Enderli 3 1 Trabalho desenvolvido na disciplina de

Leia mais

1.1.3 Indicadores Financeiros

1.1.3 Indicadores Financeiros Os dados comparativos da evolução da composição dos Passivos são apresentados a seguir, de forma comparativa, de janeiro a dezembro de 2017 com as principais variações nos grupos dos Passivos que impactaram

Leia mais

CONTABILIDADE GERENCIAL: UMA FERRAMENTA DE GESTAO EM UMA EMPRESA COMERCIAL DE INSUMOS AGRICOLAS 1

CONTABILIDADE GERENCIAL: UMA FERRAMENTA DE GESTAO EM UMA EMPRESA COMERCIAL DE INSUMOS AGRICOLAS 1 CONTABILIDADE GERENCIAL: UMA FERRAMENTA DE GESTAO EM UMA EMPRESA COMERCIAL DE INSUMOS AGRICOLAS 1 Vandriane Fagundes De Souza 2, Euselia Paveglio Vieira 3. 1 Trabalho De Conclusão Do Curso De Graduação

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Professor: Luis Guilherme Magalhães professor@luisguilherme.adm.br www.luisguilherme.adm.br (62) 9607-2031 OS RELATÓRIOS DA As empresas com ação na bolsa de valores têm a obrigação de publicação de seus

Leia mais

TÍTULO: ESTRATÉGIA E ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS COMO FERRAMENTA DE GESTÃO.

TÍTULO: ESTRATÉGIA E ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS COMO FERRAMENTA DE GESTÃO. 16 TÍTULO: ESTRATÉGIA E ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS COMO FERRAMENTA DE GESTÃO. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: CIÊNCIAS CONTÁBEIS INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO

Leia mais

DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA ESTUDO DOS INDICADORES FINANCEIROS

DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA ESTUDO DOS INDICADORES FINANCEIROS DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA ESTUDO DOS INDICADORES FINANCEIROS - 2017 Sobre a LMDM A LMDM é uma empresa de consultoria especializada em serviços públicos, com foco em energia elétrica, saneamento

Leia mais

SeminárioIndicadoresde Sustentabilidade: mecanismo para melhorar a performance da empresa FIESP, 11/6/2015

SeminárioIndicadoresde Sustentabilidade: mecanismo para melhorar a performance da empresa FIESP, 11/6/2015 SeminárioIndicadoresde Sustentabilidade: mecanismo para melhorar a performance da empresa FIESP, 11/6/2015 Sustentabilidade na BM&FBOVESPA 1 Confidencial Restrita Confidencial Uso Interno Público A BM&FBOVESPA

Leia mais

Governança Corporativa: Análise da composição do Conselho de Administração no Setor de Energia Elétrica do Brasil

Governança Corporativa: Análise da composição do Conselho de Administração no Setor de Energia Elétrica do Brasil Renata Silva de Almeida Governança Corporativa: Análise da composição do Conselho de Administração no Setor de Energia Elétrica do Brasil Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de

Leia mais

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S 1 MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS TOMADA DE PREÇOS N 3/2007 ANEXO I ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS 2 ÍNDICE 1. Objeto 3 2. Justificativa 3 3. Diretrizes 4 3.1.

Leia mais

I Congresso Nacional de Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas I CONAPE Francisco Beltrão/PR, 3 a 5 de outubro de 2012.

I Congresso Nacional de Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas I CONAPE Francisco Beltrão/PR, 3 a 5 de outubro de 2012. 1 RENTABILIDADE E SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL DAS EMPRESAS DO SETOR DE ENERGIA Caroline Todeschini 1 Gilmar Ribeiro de Mello 2 RESUMO O objetivo deste trabalho é verificar se as empresas do setor de Utilidade

Leia mais

Demonstrações Financeiras e sua Análise. Administração Financeira Prof. Fabini Hoelz Bargas Alvarez

Demonstrações Financeiras e sua Análise. Administração Financeira Prof. Fabini Hoelz Bargas Alvarez Demonstrações Financeiras e sua Análise Administração Financeira Prof. Fabini Hoelz Bargas Alvarez Relatório da Administração Carta aos acionistas: comunicação de iniciativa da administração da empresa.

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL: ESTUDO COMPARATIVO DE DUAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

RESPONSABILIDADE SOCIAL: ESTUDO COMPARATIVO DE DUAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS RESPONSABILIDADE SOCIAL: ESTUDO COMPARATIVO DE DUAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Michele Ariane da Silva, Grad.

Leia mais

Tomada de Decisões Relacionadas ao Balanço Patrimonial

Tomada de Decisões Relacionadas ao Balanço Patrimonial Tomada de Decisões Relacionadas ao Balanço Patrimonial Unidade 4 Hebert Sá 63 Sumário Introdução... 65 Objetivos... 66 Estrutura da Unidade... 66 Unidade 4: Tópico 1: Informações que Compõem o Passivo

Leia mais

ANÁLISE DE BALANÇOS MÓDULO 2

ANÁLISE DE BALANÇOS MÓDULO 2 ANÁLISE DE BALANÇOS MÓDULO 2 Índice Análise Através de Índices...3 1. Introdução...3 2. Índices financeiros...3 2.1 Índices de liquidez... 3 2.1.1 Liquidez corrente... 4 2.1.2 Liquidez seca... 4 2.1.3

Leia mais

CONTABILIDADE PÚBLICA

CONTABILIDADE PÚBLICA CONTABILIDADE PÚBLICA Demonstrações Contábeis Prof. Cláudio Alves DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA A Demonstração dos Fluxos de Caixa visa à análise do desempenho financeiro do setor público, permitindo:

Leia mais

Unidade IV CONTABILIDADE. Prof. Jean Cavaleiro

Unidade IV CONTABILIDADE. Prof. Jean Cavaleiro Unidade IV CONTABILIDADE Prof. Jean Cavaleiro Objetivo Essa unidade tem como objetivo interpretar as informações contábeis. Análise e tomada de decisão a partir de dados contábeis. Conhecer os índices

Leia mais

Mercado Livre e Comercialização de Energia. Marco Antonio Oliveira de Siqueira Diretor Presidente da CPFL Brasil

Mercado Livre e Comercialização de Energia. Marco Antonio Oliveira de Siqueira Diretor Presidente da CPFL Brasil Mercado Livre e Comercialização de Energia Marco Antonio Oliveira de Siqueira Diretor Presidente da CPFL Brasil Disclaimer Esta apresentação pode incluir declarações que representem expectativas sobre

Leia mais

Análise Vertical Cia Foot S/A

Análise Vertical Cia Foot S/A Análise Vertical Cia Foot S/A R$ mil BALANÇO PATRIMONIAL 2012 2013 2014 ATIVO TOTAL 5.174 5.326 6.057 ATIVO CIRCULANTE 3.396 3.615 4.341 Caixa e Equivalentes de Caixa 303 436 588 Aplicações Financeiras

Leia mais

Matriz de Materialidade - CESP

Matriz de Materialidade - CESP Matriz de Materialidade - CESP Construção da Matriz de Materialidade da CESP 12-janeiro-2012 Elaboração: Rodrigo Spuri Tafner de Moraes (rodrigo@keyassociados.com.br) Revisão: Fernando Ramos Pavan (fpavan@keyassociados.com.br)

Leia mais

CENTRO DE ESTUDOS DE MERCADO DE CAPITAIS CEMEC

CENTRO DE ESTUDOS DE MERCADO DE CAPITAIS CEMEC CENTRO DE ESTUDOS DE MERCADO DE CAPITAIS CEMEC Trabalho de Discussão Interna - TDI CEMEC 09 METODOLOGIA PARA ANÁLISE DO FINANCIAMENTO DO INVESTIMENTO DAS COMPANHIAS ABERTAS E FECHADAS BRASILEIRAS Dezembro

Leia mais

Sumário. Prefácio à 4ª edição, xiii. Apresentação, xv. Parte I Introdução, 1

Sumário. Prefácio à 4ª edição, xiii. Apresentação, xv. Parte I Introdução, 1 Sumário Prefácio à 4ª edição, xiii Apresentação, xv Parte I Introdução, 1 1 Conceitos Introdutórios, 3 1.1 Conceitos, 3 1.2 Objetivos da Análise das Demonstrações Contábeis, 5 1.3 Usuários da Análise das

Leia mais

Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Maio/2018

Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Maio/2018 Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Maio/2018 Estudo coordenado por Erick Azevedo, doutor em Planejamento e Sistemas Energéticos pela Universidade de Campinas (Unicamp)

Leia mais

1 Msc. Jandeson Dantas da Silva Dra. Maria Naiula Monteiro Pessoa Msc. Wenyka Preston L. B. Costa Dr. Augusto Cabral

1 Msc. Jandeson Dantas da Silva Dra. Maria Naiula Monteiro Pessoa Msc. Wenyka Preston L. B. Costa Dr. Augusto Cabral A RELAÇÃO DOS ÍNDICES DE RENTABILIDADE E DOS GASTOS COM SEGURANÇA PÚBLICA COM OS CUSTOS COM SEGURANÇA PRIVADA: estudo comparativo entre indústrias salineiras. 1 Msc. Jandeson Dantas da Silva Dra. Maria

Leia mais

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS. SUBÁREA: Ciências Contábeis INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI - UAM

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS. SUBÁREA: Ciências Contábeis INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI - UAM TÍTULO: SUSTENTABILIDADE E RENTABILIDADE: UM ESTUDO COMPARATIVO DAS COMPANHIAS DO SEGMENTO DE MADEIRA, PAPEL E CELULOSE DA BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS

Leia mais

MA NUA L OPERA CIONA L AUTOR DATA PÁGINA. Carine Husein Lena 23/02/2017 1/13 ÍNDICES PEG

MA NUA L OPERA CIONA L AUTOR DATA PÁGINA. Carine Husein Lena 23/02/2017 1/13 ÍNDICES PEG Carine Husein Lena 23/02/2017 1/13 ÍNDICES PEG Sumário 1. Embasamento teórico... 2 1.1. Indicadores de Liquidez... 2 1.2. Indicadores da Estrutura de Capital (Endividamento)... 3 1.3. Indicadores de Rentabilidade...

Leia mais

1 Conceitos Introdutórios, 3

1 Conceitos Introdutórios, 3 Sumário Prefácio à 5 a edição, XV Apresentação, XVII Agradecimentos, XXI PARTE I INTRODUÇÃO, 1 1 Conceitos Introdutórios, 3 1.1 Conceitos, 3 1.2 Objetivos da análise das demonstrações contábeis, 6 1.3

Leia mais

Alfredo Preto Neto Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos

Alfredo Preto Neto Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos Alfredo Preto Neto Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos Medindo Resultados Medir o desempenho da empresa é fundamental para o sucesso e a boa gestão. Não se trata apenas de uma boa prática gerencial,

Leia mais

CONTROLADORIA II MBA Estácio 03/07/2017

CONTROLADORIA II MBA Estácio 03/07/2017 CONTROLADORIA II MBA Estácio 03/07/2017 Prof. Lucas S. Macoris PLANO DE AULA CONTROLADORIA II Aula 1 Boas Vindas e Introdução Aula 5 Análise das Demonstrações Contábeis Aula 2 Valor de Empresas: Conceitos

Leia mais

LES 0800 ORÇAMENTO EMPRESARIAL. SEMINÁRIO 1: Análise Econômica. Fernanda Trombim, Gabriel Ramos Gomes, Isabella Fray

LES 0800 ORÇAMENTO EMPRESARIAL. SEMINÁRIO 1: Análise Econômica. Fernanda Trombim, Gabriel Ramos Gomes, Isabella Fray LES 0800 ORÇAMENTO EMPRESARIAL SEMINÁRIO 1: Análise Econômica Fernanda Trombim, Gabriel Ramos Gomes, Isabella Fray 1) Introdução à Análise Econômica Como se sabe, recursos financeiros não caem do céu,

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO - PATROCÍNIO UNICERP MONALIZA ROCHA MENEZES

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO - PATROCÍNIO UNICERP MONALIZA ROCHA MENEZES CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO - PATROCÍNIO UNICERP MONALIZA ROCHA MENEZES ANÁLISE ECONÔMICA E FINANCEIRA ATRAVÉS DE ÍNDICES EM UMA SOCIEDADE ANÔNIMA PATROCÍNIO - MG 2017 MONALIZA ROCHA MENEZES ANÁLISE

Leia mais

Uma análise dos balanços sociais de companhias listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial

Uma análise dos balanços sociais de companhias listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial Uma análise dos balanços sociais de companhias listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial Carolina Pasquini Novelini (FEA-RP) - cpnovelini@fearp.usp.br Elizabeth Krauter (USP) - ekrauter@usp.br

Leia mais

Universidade Federal de Itajubá

Universidade Federal de Itajubá Universidade Federal de Itajubá Contabilidade e Custos Análise Financeira de Balanços Prof. José Arnaldo B. Montevechi 1 Balanço Patrimonial ATIVO Circulante (1.01) PASSIVO Circulante (2.01) Não circulante

Leia mais

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Declaração Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável das áreas onde atuamos e das

Leia mais

Sustentabilidade como alavanca de valor. Campinas, 7 novembro de 2013

Sustentabilidade como alavanca de valor. Campinas, 7 novembro de 2013 Sustentabilidade como alavanca de valor Campinas, 7 novembro de 2013 Visão Energia é essencial ao bem-estar das pessoas e ao desenvolvimento da sociedade. Nós acreditamos que produzir e utilizar energia

Leia mais

RELATÓRIO TÉCNICO: DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL DO SETOR DE ABAS CAMPOS,J.P; OSTI. O.

RELATÓRIO TÉCNICO: DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL DO SETOR DE ABAS CAMPOS,J.P; OSTI. O. RELATÓRIO TÉCNICO: DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL DO SETOR DE ABAS CAMPOS,J.P; OSTI. O. RESUMO Este trabalho teve por objetivo de levantar dados na indústria de Abas para uma analise financeira, setorial, mercado

Leia mais

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES JUNHO 2016 DANISIO COSTA LIMA BARBOSA

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES JUNHO 2016 DANISIO COSTA LIMA BARBOSA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES JUNHO 2016 DANISIO COSTA LIMA BARBOSA AGENDA Introdução Consultas bibliográficas Itens de atenção Informações de qualidade Informações comparáveis Comparações Usuários Índices

Leia mais

Os índices de Liquidez como orientadores na tomada de decisões.

Os índices de Liquidez como orientadores na tomada de decisões. 1. Resumo Os demonstrativos financeiros elaborados pelas empresas, representam as movimentações financeiras de cada uma em determinado período e fornecem informações de grande utilidade para a administração,

Leia mais

Trabalho desenvolvido na disciplina de Análise das Demonstrações Contábeis I 2

Trabalho desenvolvido na disciplina de Análise das Demonstrações Contábeis I 2 ANÁLISE DE ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA LOJAS MARISA S.A. DOS ANOS (2014, 2015 E 2016) 1 ANALYSIS OF STRUCTURE OF THE FINANCIAL STATEMENTS OF THE LOJAS MARISA S.A. OF YEARS COMPANY

Leia mais

INTANGÍVEIS CPC 04 Larissa SCHWERTZ ¹ Odir Luiz FANK ². Palavras chaves: Ativos Intangíveis, organização, mensuração, evidenciação.

INTANGÍVEIS CPC 04 Larissa SCHWERTZ ¹ Odir Luiz FANK ². Palavras chaves: Ativos Intangíveis, organização, mensuração, evidenciação. INTANGÍVEIS CPC 04 Larissa SCHWERTZ ¹ Odir Luiz FANK ² Palavras chaves: Ativos Intangíveis, organização, mensuração, evidenciação. INTRODUÇÃO Encontram-se na organização vários elementos que possuem um

Leia mais

Tabela 13 - Composição dos Outras Obrigações de março a junho de 2017

Tabela 13 - Composição dos Outras Obrigações de março a junho de 2017 1.1.2.3 Outras Obrigações Passivo Circulante No grupo Outras Obrigações houve um aumento de 7,88%. Tabela 13 - Composição dos Outras Obrigações de março a junho de 2017 17 de 37 1.1.2.4 Passivo Não Circulante

Leia mais

A JORNADA DO RELATO INTEGRADO. Itaú Unibanco Holding S.A.

A JORNADA DO RELATO INTEGRADO. Itaú Unibanco Holding S.A. Apresentação Somos uma holding financeira de capital aberto que, em conjunto com empresas coligadas e controladas, atua na atividade bancária, em todas as modalidades autorizadas no Brasil e no exterior.

Leia mais

Quanto custa a energia elétrica para a indústria no Brasil?

Quanto custa a energia elétrica para a indústria no Brasil? Quanto custa a energia elétrica para a indústria no Brasil? Gerência de Competitividade Industrial e Investimentos Diretoria de Desenvolvimento Econômico e Associativo 28 de novembro de 2013 A metodologia

Leia mais

Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Julho/2018

Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Julho/2018 Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Julho/2018 Estudo coordenado por Erick Azevedo, doutor em Planejamento e Sistemas Energéticos pela Universidade de Campinas (Unicamp)

Leia mais

Custos e Formação de Preços. Prof.ª Rachel

Custos e Formação de Preços. Prof.ª Rachel Custos e Formação de Preços Prof.ª Rachel Formação de preços Preço de venda Fator : Que influencia o cliente em suas decisões de compra. Empresas : Precisam ter certeza de que estão oferecendo a melhor

Leia mais

CONTABILIDADE. Prof. Me. Lucas S. Macoris

CONTABILIDADE. Prof. Me. Lucas S. Macoris CONTABILIDADE Prof. Me. Lucas S. Macoris PLANO DE AULA CONTABILIDADE Aula 1 Introdução à Contabilidade Aula 2 Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício Aula 3 Demonstração do Fluxo de

Leia mais

Índices de Sustentabilidade Empresarial. Sônia Bruck 19/06/2012

Índices de Sustentabilidade Empresarial. Sônia Bruck 19/06/2012 Índices de Sustentabilidade Empresarial Sônia Bruck 19/06/2012 3ª maior bolsa do mundo em valor de mercado: cerca de 9,99 bilhões de dólares. 603.569 investidores, entre pessoas físicas e jurídicas, e

Leia mais

Aula 7. Fluxo de caixa. Professor: Cleber Almeida de Oliveira. slide 1

Aula 7. Fluxo de caixa. Professor: Cleber Almeida de Oliveira. slide 1 Aula 7 Fluxo de caixa Professor: Cleber Almeida de Oliveira slide 1 slide 2 Figura 1 - Fluxos de caixa Elaboração da demonstração dos fluxos de caixa A demonstração dos fluxos de caixa resume o fluxo de

Leia mais

GRUPO AGIPLAN. Relatório Anual 31 de dezembro de 2013 e de Conta com a gente.

GRUPO AGIPLAN. Relatório Anual 31 de dezembro de 2013 e de Conta com a gente. GRUPO AGIPLAN Relatório Anual 31 de dezembro de 2013 e de 2012 Conta com a gente. 1 Conteúdo... 3-5 Balanços Patrimoniais... 6-7 Demonstrações de Resultados...8 2 Prezados senhores, Apresentamos o do Grupo

Leia mais

O QUE É GVA - GERENCIAMENTO DE VALOR PARA O ACIONISTA - PARTE l

O QUE É GVA - GERENCIAMENTO DE VALOR PARA O ACIONISTA - PARTE l O QUE É GVA - GERENCIAMENTO DE VALOR PARA O Por que criar valor para o acionista? O que é o modelo GVA? O que é TSR - Total Shareholder Return? O cálculo do TSR. Autores: Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ. Agosto / versão 3

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ. Agosto / versão 3 MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ Agosto / 2015 - versão 3 SUMÁRIO I) INTRODUÇÃO... 2 II) DIRETRIZES... 2 III) DEFINIÇÕES... 3 A. CRITÉRIOS PARA LIQUIDEZ DOS ATIVOS... 3 B. CRITÉRIOS PARA CONTROLE

Leia mais

LAUDO ECONÔMICO-FINANCEIRO OFFICE SHOP - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA.

LAUDO ECONÔMICO-FINANCEIRO OFFICE SHOP - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA. LAUDO ECONÔMICO-FINANCEIRO OFFICE SHOP - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA. DEZEMBRO DE 2016 1 DO MÉTODO O presente Laudo foi elaborado a partir de projeções econômicas e financeiras publicadas pelo

Leia mais

Custos e Formação de Preços. Prof.ª Rachel

Custos e Formação de Preços. Prof.ª Rachel Custos e Formação de Preços Prof.ª Rachel Formação de preços Preço de venda Fator : Que influencia o cliente em suas decisões de compra. Empresas : Precisam ter certeza de que estão oferecendo a melhor

Leia mais

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS GESTÃO SUSTENTÁVEL

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS GESTÃO SUSTENTÁVEL PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS GESTÃO SUSTENTÁVEL POR QUE O ETHOS Os problemas éticos, sociais e ambientais são um enorme desafio para a sociedade. As empresas têm um papel-chave na necessária

Leia mais

Estratégia de Sucesso Resultados refletem portfólio de negócios equilibrado. Agosto, 2010

Estratégia de Sucesso Resultados refletem portfólio de negócios equilibrado. Agosto, 2010 Estratégia de Sucesso Resultados refletem portfólio de negócios equilibrado Agosto, 2010 Termo de Renúncia Algumas declarações constantes nesta apresentação são projeções contidas no conceito da Lei de

Leia mais

Sumário. Prefácio, xix

Sumário. Prefácio, xix Sumário Prefácio, xix 1 Introdução, 1 Objetivo do livro, 2 1.1 Citações importantes sobre planejamento financeiro com destaque para o fluxo de caixa no contexto empresarial, 2 2 Administração financeira

Leia mais

2. Visibilidade. A importância dos Índices de Sustentabilidade

2. Visibilidade. A importância dos Índices de Sustentabilidade Veja a Seguir O desempenho das empresas, que adotam o Índice de Sustentabilidade Bovespa. A importância de um Índice de Sustentabilidade. As principais mudanças do ISE 2016. As empresas, que participam

Leia mais

Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Estudo coordenado por Erick Azevedo, doutor em Planejamento e Sistemas

Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Estudo coordenado por Erick Azevedo, doutor em Planejamento e Sistemas Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Estudo coordenado por Erick Azevedo, doutor em Planejamento e Sistemas Energéticos pela Universidade de Campinas (Unicamp) e mestre

Leia mais

Petros e os Princípios para Investimento Responsável

Petros e os Princípios para Investimento Responsável Petros e os Princípios para Investimento Responsável 2º seminário A Responsabilidade Social com foco nos stakeholders Alcinei Cardoso Rodrigues Gerente Executivo de Planejamento Rio de Janeiro 03/10/2007

Leia mais

ESTUDO SOBRE INSOLVÊNCIA ENTRE EMPRESAS PARAIBANAS: UMA APLICAÇÃO DO TERMÔMETRO DE KANITZ ÁREA VI - CONTABILIDADE E CONTROLADORIA

ESTUDO SOBRE INSOLVÊNCIA ENTRE EMPRESAS PARAIBANAS: UMA APLICAÇÃO DO TERMÔMETRO DE KANITZ ÁREA VI - CONTABILIDADE E CONTROLADORIA ESTUDO SOBRE INSOLVÊNCIA ENTRE EMPRESAS PARAIBANAS: UMA APLICAÇÃO DO TERMÔMETRO DE KANITZ ÁREA VI - CONTABILIDADE E CONTROLADORIA Resumo O objetivo deste trabalho é estudar, de formas teórica e prática,

Leia mais

Declaração de Posicionamento da Eletrobras Eletronuclear

Declaração de Posicionamento da Eletrobras Eletronuclear Declaração de Posicionamento da Eletrobras Eletronuclear Declaração de Posicionamento da Eletrobras Eletronuclear Missão Atuar nos mercados de energia de forma integrada rentável e sustentável. Visão Em

Leia mais

CONTABILIDADE PÚBLICA

CONTABILIDADE PÚBLICA CONTABILIDADE PÚBLICA Demonstrações Contábeis Análise das DCASP Parte 1 Prof. Cláudio Alves A análise das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público constitui-se num processo de meditação sobre

Leia mais

CONTROLADORIA. Prof. João Carlos de Almeida

CONTROLADORIA. Prof. João Carlos de Almeida CONTROLADORIA Prof. João Carlos de Almeida jalmeida@ecmcobtabil.com.br 1 João Carlos de Almeida Consultor Financeiro Especialista em Custos, Contabilidade e Planejamento com 30 anos de experiência no mercado

Leia mais

SISTEMA DE CUSTOS, FORMAÇÃO DE PREÇOS E ANÁLISE DE RESULTADO DE UM VIVEIRO DE MUDAS DE EUCALIPTOS 1

SISTEMA DE CUSTOS, FORMAÇÃO DE PREÇOS E ANÁLISE DE RESULTADO DE UM VIVEIRO DE MUDAS DE EUCALIPTOS 1 SISTEMA DE CUSTOS, FORMAÇÃO DE PREÇOS E ANÁLISE DE RESULTADO DE UM VIVEIRO DE MUDAS DE EUCALIPTOS 1 Francieli Aline Sulzbacher 2, Euselia Paveglio Vieira 3. 1 Trabalho de Conclusão do Curso de Ciências

Leia mais

Acordo de Acionistas Política da de CPFL Sustentabilidade do Grupo CPFL Energia. Atual Denominação Social da Draft II Participações S.A.

Acordo de Acionistas Política da de CPFL Sustentabilidade do Grupo CPFL Energia. Atual Denominação Social da Draft II Participações S.A. Acordo de Acionistas Política da de CPFL Sustentabilidade Energia S.A. do Grupo CPFL Energia Atual Denominação Social da Draft II Participações S.A. 1 Sumário 1. Introdução 3 2. Objetivo 4 3. Âmbito de

Leia mais

ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL: uma análise comparativa de desempenho econômico no setor de energia elétrica

ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL: uma análise comparativa de desempenho econômico no setor de energia elétrica ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL: uma análise comparativa de desempenho econômico no setor de energia elétrica Ismael Machado. (Universidade Estadual do Centro-Oeste) ismaelmachado307@yahoo.com Gelson

Leia mais

Parte I Aspectos Gerais Internos e Externos da Empresa, 1

Parte I Aspectos Gerais Internos e Externos da Empresa, 1 Sumário Prefácio, xvii Parte I Aspectos Gerais Internos e Externos da Empresa, 1 1 Identificação da empresa, 3 1.1 Interligação entre mercados e agentes, 3 1.1.1 Poupança e financiamento das empresas,

Leia mais

Apresentação Institucional 1T de maio de 2015

Apresentação Institucional 1T de maio de 2015 Apresentação Institucional 1T15 28 de maio de 2015 Índice. 01.Grupo Energisa 02. Destaques 1T15 03. Aspectos Técnicos e Comerciais 04. Aspectos Financeiro Grupo Energisa Grupo Energisa 4 Grupo Energisa

Leia mais

Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Janeiro/2019

Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Janeiro/2019 Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Janeiro/2019 Estudo coordenado por Erick Azevedo, doutor em Planejamento e Sistemas Energéticos pela Universidade de Campinas (Unicamp)

Leia mais

EXERCÍCIO 1 DE FIXAÇÃO. 1 Associe o segmento de estudo em finanças com o seu objeto de estudo:

EXERCÍCIO 1 DE FIXAÇÃO. 1 Associe o segmento de estudo em finanças com o seu objeto de estudo: EXERCÍCIO 1 DE FIXAÇÃO 1 Associe o segmento de estudo em finanças com o seu objeto de estudo: MF Mercado Financeiro FC Finanças Corporativas FP Finanças Pessoais (FC) Estuda os mecanismos das decisões

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA. Gestão Financeira 1 Prof.ª Thays Silva Diniz 1º Semestre 2010

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA. Gestão Financeira 1 Prof.ª Thays Silva Diniz 1º Semestre 2010 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Gestão Financeira 1 Prof.ª Thays Silva Diniz 1º Semestre 2010 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Cap.1 A decisão financeira e a empresa 1. Introdução 2. Objetivo e Funções da

Leia mais

CONTABILIDADE E ANÁLISE DE BALANÇOS EM ENTIDADE DO TERCEIRO SETOR 1 ACCOUNTING AND ANALYSIS OF BALANCES IN A THIRD SECTOR ENTITY

CONTABILIDADE E ANÁLISE DE BALANÇOS EM ENTIDADE DO TERCEIRO SETOR 1 ACCOUNTING AND ANALYSIS OF BALANCES IN A THIRD SECTOR ENTITY CONTABILIDADE E ANÁLISE DE BALANÇOS EM ENTIDADE DO TERCEIRO SETOR 1 ACCOUNTING AND ANALYSIS OF BALANCES IN A THIRD SECTOR ENTITY Maria Margarete Baccin Brizolla 2, Roselaine Filipin 3, Lauri Basso 4, Nadia

Leia mais

Capital Circulante Líquido e Necessidade de Capital de Giro

Capital Circulante Líquido e Necessidade de Capital de Giro Capital Circulante Líquido e Necessidade de Capital de Giro As companhias geralmente tem entre seus desafios manter o equilíbrio financeiro de suas atividades, de maneira que seja possível pagar todas

Leia mais

Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Setembro/2017

Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Setembro/2017 Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia Setembro/2017 Estudo coordenado por Erick Azevedo, doutor em Planejamento e Sistemas Energéticos pela Universidade de Campinas (Unicamp)

Leia mais