EQUI LIBRAR GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS. Congresso Ambiental Viex São Paulo, 20 de junho de 2018

Transcrição

1 EQUI LIBRAR GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS Congresso Ambiental Viex São Paulo, 20 de junho de 2018

2 LEGISLAÇÃO FEDERAL Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal nº 6.938/1981) Conceitos amplos de Poluição e Poluidor Obrigação do Poluidor, independentemente de culpa, de reparar ou indenizar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados por sua atividade Resolução CONAMA nº 420/2009 Estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas Prevê a restauração da qualidade do solo visando a sua compatibilidade com os usos previstos Dever de submissão ao órgão ambiental de proposta para ação de intervenção pelos responsáveis pela contaminação da área O proprietário informará o uso pretendido à autoridade competente que decidirá sobre sua viabilidade ambiental Declaração de reabilitação com base no alcance de risco tolerável para uso declarado ou futuro da área

3 LEGISLAÇÃO ESTADUAL DE SÃO PAULO Decisão de Diretoria da CETESB nº 103/1997 Lei Estadual nº /2009 Decreto Estadual nº /2013 Decisão de Diretoria da CETESB nº 38/2017 Resoluções SMA nºs 10 e 11/2017 Instrução Técnica nº 039/2017

4 PREVISÃO LEGAL NO ÂMBITO ESTADUAL Lei Estadual n /2009 Decreto Estadual n /2013 Rol dos responsáveis legais e solidários pela prevenção, identificação e remediação de área contaminada com possibilidade de desconsideração da pessoa jurídica Dever de comunicar ao órgão ambiental quando há indícios ou suspeitas de contaminação Declaração de área remediada baseada no risco aceitável considerando o uso declarado Averbação da área contaminada na matrícula do imóvel Apresentação de garantia bancária e seguro ambiental junto com o Plano de Remediação Institui o Fundo Estadual para a Prevenção e Remediação de Áreas Contaminadas (FEPRAC) Prevê sanções para descumprimento da lei Regulamentação das obrigações legais Detalhamento dos conceitos e fases de gerenciamento Definição de hipóteses em que a área deve ser classificada como de risco confirmado Condicionamento da emissão de autorizações municipais à aprovação de plano de intervenção pela CETESB Reconhecimento da aquisição de terrenos com potencial de contaminação para revitalização como de interesse público Possibilidade de a CETESB realizar identificação e avaliação de risco de áreas órfãos com fundos do FEPRAC

5 LEGISLAÇÃO DE SP SOB TESTE ADI Nº MP-SP propôs ADI que questionou o artigo 10 e seu parágrafo único da Lei /09, que tratam dos Valores de Prevenção, alegando que o dispositivo permitia a introdução e manutenção de cargas poluentes no solo em desacordo com a Constituição Estadual. Em agosto de 2012, o Tribunal de Justiça de São Paulo julgou improcedente a ADI, declarando referidos dispositivos constitucionais. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas Nº Em junho de 2017, o MP-SP requereu a instauração de Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas buscando uniformização do entendimento do TJ-SP sobre a obrigatoriedade da reparação até eliminação completa da contaminação. O TJ-SP rejeitou o incidente justificando que a situação fática de cada área contaminada pode ser muito diversa, não sendo possível definir, abstratamente, para todas elas, como deve ser feita a remediação e que não há, propriamente, controvérsia jurídica sobre o tema.

6 DD CETESB nº 38/2017 Detalha conteúdo dos estudos ambientais a serem apresentados em cada fase do gerenciamento da área contaminada. Pareceres técnicos que antes eram emitidos pelo órgão para cada nova movimentação no processo, foram substituídos por procedimentos mais simples de comunicação de aprovação ou reprovação das medidas apresentadas. A solicitação de parecer técnico passa a ser obrigatória apenas em fases específicas do processo: aprovação do Plano de Intervenção para Reutilização de Áreas Contaminadas ou do Plano de Desativação do Empreendimento. Termo de Reabilitação para o Uso Declarado condicionado à adoção de medidas de engenharia e de controle institucional para mitigação de risco existente.

7 Resoluções SMA nº 10 e 11/2017 Definem áreas prioritárias para a identificação de áreas contaminadas Os empreendimentos em atividade situados nessas regiões, desde que enquadrados como Atividades Potencialmente Geradoras de Áreas Contaminadas, deverão realizar Avaliação Preliminar e Investigação Confirmatória no prazo de 180 dias contados da data de convocação pela CETESB.

8 Instrução Técnica nº 39/2017 Detalha tramites administrativos para aplicação da DD nº 38/2017, inclusive a aplicação de sanções por seu descumprimento Identificação da pessoa a ser autuada: recomendação para observância de ordem de prioridade Como forma de incentivo à revitalização, determina: Orientação para autuação em caso de Áreas em Processo de Reutilização (ACRU) Dispensa de garantia bancária e seguro ambiental para Planos de Remediação Regra de transição para relatórios apresentados antes da DD nº 38/2017 e de relatórios apresentados após, mas cujos trabalhos tenham iniciado antes da vigência da norma avaliação conforme DD nº 103/1997

9 DISCUSSÕES SOBRE O TEMA E PERSPECTIVAS Área reabilitada X Reparação integral do dano Utilização de recursos do FEPRAC para gerenciamento de áreas órfãs cuja reabilitação é economicamente inviável para o empreendedor Fase de adaptação da CETESB e do setor privado considerando as últimas alterações normativas

10 OBRIGADA DANIELA STUMP MACHADO, MEYER, SENDACZ E OPICE ADVOGADOS SÃO PAULO / RIO DE JANEIRO / BRASÍLIA / BELO HORIZONTE / NEW YORK MACHADO MEYER.COM.BR