TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
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- Patrícia Casqueira de Abreu
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1 Conceitos Verificações 1 VISÃO GERAL O QUE É O ARRENDAMENTO PORTUÁRIO? VERIFICAÇÕES INICIAIS ANÁLISE DOS ESTUDOS DE VIABILIDADE ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA BIBLIOGRAFIA E REFERÊNCIAS VERIFICAÇÃO 1. Verificar se foram encaminhados os documentos necessários à análise dos estágios de acompanhamento previstos no art. 7º da IN TCU nº 27/ VERIFICAÇÃO 2. Verificar se foram observados os prazos previstos no art. 8º da IN TCU nº 27/ VERIFICAÇÃO 3. Verificar se a área ou instalação portuária a ser arrendada foi incluída no programa de arrendamento do porto organizado e no plano geral de outorgas de exploração de infra-estrutura aquaviária e portuária e de prestação de serviços de transporte aquaviário VERIFICAÇÃO 4. Verificar se a área ou instalação portuária a ser arrendada preserva as características aprovadas no programa de arrendamento do porto organizado VERIFICAÇÃO 5. Verificar se o processo de arrendamento está incluído no Programa Nacional de Desestatização (PND). em caso afirmativo, devem ser observados os trâmites previstos na Lei Nº 9.491/ VERIFICAÇÃO 6. Verificar se os estudos de viabilidade atendem as exigências da Resolução nº 55/ ANTAQ e se disponibilizam os elementos essenciais à análise de sua consistência, entre os quais o fluxo de caixa (FC) fluxo financeiro em meio magnético VERIFICAÇÃO 6. Análise de sua consistência, entre os quais o fluxo de caixa (FC) fluxo financeiro em meio magnético
2 VERIFICAÇÃO 7. Verificar a consistência da demonstração de resultados do exercício (DRE) fluxo contábil e do fluxo de caixa (FC) fluxo financeiro apresentados em meio magnético, inclusive quanto à indicação das fórmulas de cálculo VERIFICAÇÃO 8. Verificar se a demonstração de resultados do exercício (DRE) explicita a projeção de receitas, os tributos incidentes sobre as receitas, os custos e despesas operacionais, a depreciação dos investimentos, os encargos de financiamentos, o imposto de renda e a contribuição social devidos.117 VERIFICAÇÃO 9. Verificar se o fluxo de caixa indica os investimentos a serem adotados na expansão e manutenção da área ou instalação portuária a ser arrendada, bem como os valores adotados a título de depreciação, financiamento e amortização VERIFICAÇÃO 10. Verificar se a taxa de desconto adotada no fluxo de caixa está suficientemente justificada
3 1 VISÃO GERAL 1.1 O QUE É O ARRENDAMENTO PORTUÁRIO? O arrendamento é a modalidade prevista na Lei nº 8.630/93 para exploração de áreas e instalações portuárias por particular. O contrato de arrendamento é celebrado com a União, quando há exploração direta das instalações portuárias, com a concessionária ou com o delegatário do porto federal. O arrendamento de instalação portuária sempre deve ser precedido de licitação, quando a mesma estiver localizada nos limites da área de porto organizado. 112
4 2 VERIFICAÇÕES INICIAIS O acompanhamento dos procedimentos adotados para arrendamento de portos federais dar-se-á nos termos da IN TCU nº 027/98. Essa forma de acompanhamento decorre da Decisão nº 669/1999 TCU Plenário. O acompanhamento deverá observar os seguintes estágios: 1. Estudos de viabilidade; 2. Edital de licitação; 3. Habilitação e julgamento das propostas; 4. Contrato de arrendamento. Verificação 1. Verificar se foram encaminhados os documentos necessários à análise dos estágios de acompanhamento previstos no art. 7º da IN TCU nº 27/1998. Verificação 2. Verificar se foram observados os prazos previstos no art. 8º da IN TCU nº 27/
5 3 ANÁLISE DOS ESTUDOS DE VIABILIDADE Os estudos de viabilidade destinam-se a simular a exploração da área ou instalação portuária a ser arrendada por particular, no intuito de estabelecer o valor mínimo de arrendamento a ser exigido no edital de licitação, bem como a viabilidade de exploração do negócio a ser licitado. A área ou instalação portuária a ser arrendada deverá ter sido incluída pela autoridade portuária no Programa de Arrendamento do porto organizado 1. Esse Programa de Arrendamento deve ser analisado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e integrado ao Plano Geral de Outorgas de Exploração de Infra-estrutura Aquaviária e Portuária e de Prestação de Serviços de Transporte Aquaviário, a ser apresentado ao Ministério dos Transportes para aprovação 2. Os estudos de viabilidade serão desenvolvidos pela autoridade portuária 3, cabendo a ela, também, a realização da licitação, a celebração do contrato de arrendamento e a fiscalização e gerenciamento da execução contratual. Após o conhecimento e a análise dos estudos de viabilidade pela ANTAQ, deverão ser encaminhados ao TCU, pela autoridade portuária, os seguintes documentos, observados os estágios de acompanhamento previstos na IN TCU nº 27/98: - Relatório que deu origem à fixação do valor mínimo da remuneração do arrendamento; - Avaliação preliminar do eventual impacto ambiental do empreendimento, quando for o caso, - Edital e minuta do futuro contrato de arrendamento. Caso o porto, cuja área ou instalação esteja em processo de arrendamento, tenha sido incluído no Programa Nacional de Desestatização (PND), deverão ser observados os trâmites previstos na Lei nº 9.491/1997, inclusive quanto à prévia 1 1º do art. 2º do Decreto nº 4.391/ Inciso III do art. 27 da Lei nº /2001 c/c 1º do art. 2º do Decreto nº 4.391/ arts. 5º e 6º do Decreto nº 4.391/
6 aprovação, pelo Conselho Nacional de Desestatização (CND), do arrendamento 4 e quanto ao encaminhamento do processo de desestatização para apreciação pelo TCU 5. Verificação 3. Verificar se a área ou instalação portuária a ser arrendada foi incluída no Programa de Arrendamento do porto organizado e no Plano Geral de Outorgas de Exploração de Infra-estrutura Aquaviária e Portuária e de Prestação de Serviços de Transporte Aquaviário. Verificação 4. Verificar se a área ou instalação portuária a ser arrendada preserva as características aprovadas no Programa de Arrendamento do porto organizado. Verificação 5. Verificar se o processo de arrendamento está incluído no Programa Nacional de Desestatização (PND). Em caso afirmativo, devem ser observados os trâmites previstos na Lei nº 9.491/1997. A Resolução nº 055 ANTAQ, de 16/12/2002, estabelece os requisitos a serem observados no. O art. 10 estabelece quais os aspectos devem ser observados nos estudos de viabilidade desenvolvidos, entre outros: - memorial descritivo das áreas e instalações a serem arrendadas, acompanhado das representações em planta de localização e de situação, incluindo as benfeitorias e equipamentos; - discriminação da natureza e projeção das quantidades de cargas ou passageiros que serão movimentadas nas áreas e instalações a serem arrendadas, por tipo, natureza e sentido, durante o período do arrendamento; - cenário macroeconômico utilizado para projeção da movimentação de cargas ou passageiros; - critérios para a composição do valor mínimo e a fixação do prazo a ser estabelecido para o arrendamento; - estimativa de receitas e despesas da arrendatária, devidamente justificada em memória de cálculo, para o volume de cargas ou quantidade de passageiros a serem movimentadas ou atendidos; 4 inciso II do art. 6º da Lei nº 9.491/ inciso VIII do art. 18 da Lei nº 9.491/
7 - principais responsabilidades da arrendatária, em especial quanto a investimentos e proteção ao meio ambiente; - condições operacionais e estado de conservação das instalações e equipamentos; - valor orçado para os investimentos a serem realizados pela arrendatária nas instalações; - previsão de eventuais expansões da instalação arrendada; - avaliação econômica e financeira do empreendimento tendo em vista o interesse da Autoridade Portuária; - avaliação da viabilidade de competição no mercado relevante e identificação do risco de ocorrência de concentração. A análise dos estudos de viabilidade pelo TCU deve observar o disposto na Decisão nº 669/1999 TCU Plenário, o cumprimento das exigências feitas pela ANTAQ, bem como a consistência dos elementos trazidos aos autos. Nesse intuito, os estudos de viabilidade deverão ser disponibilizados inclusive em meio magnético, o que possibilitará a análise dos seguintes pontos: - estimativas de movimentação na área ou instalação a ser arrendada, para previsão de receitas; - investimentos orçados para o empreendimento; - custos operacionais estimados; - levantamento de impactos ambientais; - Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) Fluxo Contábil; - Fluxo de Caixa (FC) Fluxo Financeiro do empreendimento. Verificação 6. Verificar se os estudos de viabilidade atendem as exigências da Resolução nº 55/ ANTAQ e se disponibilizam os elementos essenciais à análise de sua consistência, entre os quais o Fluxo de Caixa (FC) Fluxo Financeiro em meio magnético. 116
8 4 ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA A Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) Fluxo Contábil e o Fluxo de Caixa (FC) Fluxo Financeiro devem estar logicamente relacionados, com a disponibilização das fórmulas de cálculo dos totais de entradas e saídas, bem como do Saldo do Fluxo de Caixa e do Valor Presente Líquido. Verificação 7. Verificar a consistência da Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) Fluxo Contábil e do Fluxo de Caixa (FC) Fluxo Financeiro apresentados em meio magnético, inclusive quanto à indicação das fórmulas de cálculo. As rubricas apresentadas na DRE devem explicitar a projeção de receitas, os tributos incidentes sobre as receitas, os custos e despesas operacionais, a depreciação dos investimentos, os encargos de financiamentos, o imposto de renda e a contribuição social devidos. Verificação 8. Verificar se a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) explicita a projeção de receitas, os tributos incidentes sobre as receitas, os custos e despesas operacionais, a depreciação dos investimentos, os encargos de financiamentos, o imposto de renda e a contribuição social devidos. O Fluxo de Caixa tem origem nos cálculos desenvolvidos na DRE e deve indicar os investimentos a serem adotados na manutenção e expansão da capacidade instalada do porto organizado. Deve indicar, ainda, os valores adotados a título de depreciação, financiamento e amortização. Verificação 9. Verificar se o Fluxo de Caixa indica os investimentos a serem adotados na expansão e manutenção da área ou instalação portuária a ser arrendada, bem como os valores adotados a título de depreciação, financiamento e amortização. A Taxa de Desconto utilizada para trazer o saldo do fluxo de caixa a valor presente deve ser suficientemente justificada, visto que o Valor Presente do Fluxo de Caixa será indicador do valor mínimo para arrendamento da área ou instalação portuária. Verificação 10. Verificar se a Taxa de Desconto adotada no Fluxo de Caixa está suficientemente justificada. 117
9 5 BIBLIOGRAFIA E REFERÊNCIAS - Lei nº 8.630/ Lei nº 9.491/ Lei nº 9.277/ Decreto nº 4.391/ Decreto nº 2.184/ IN TCU nº 27/ Resolução nº 55/ ANTAQ - Decisão nº 669/1999 TCU Plenário (Representação formulada por unidade técnica do TCU acerca da inobservância da legislação quanto à regularização dos arrendamentos de áreas e instalações portuárias firmados antes da Lei nº 8.630/93). - Decisão nº 124/2000 TCU Plenário (Representação formulada por unidade técnica do TCU sobre possíveis irregularidades no processo de desestatização de áreas portuárias da Companhia Docas do ES). - Decisão nº 652/2000 TCU Plenário (Acompanhamento do Arrendamento dos Terminais de Uso Múltiplo e de Granéis Sólidos do Porto de Aratu/BA, incluído no Programa Nacional de Desestatização). 118
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