TEORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS - III

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1 TEORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS - III Profº Marcelo Câmara

2 Institucionalismo Escola teórica que se situa entre o realismo e liberalismo. O institucionalismo compartilha do realismo suas premissas do sistema internacional: natureza anárquica das RI; a ação egoística dos Estados; a incerteza sobre o comportamento dos outros atores; a racionalidade dos Estados que, ao buscar a sobrevivência, tentam maximizar sua capacidade de influência (poder). Influenciado pela teoria econômica, o institucionalismo chega a conclusão distinta do realismo: a cooperação é possível entre os Estados. Aproximando-se do liberalismo, o institucionalismo entende que a cooperação pode ser fruto de um cálculo racional, sem prejuízo a motivações egoísticas (Robert Keohane After Hegemony- Cooperation and Discord in the World Political Economy/1984). Ao ver dessa escola teórica, as instituições entendidas como conjunto de regras, normas, práticas e procedimentos de tomada de decisão que conformam as expectativas dos atores podem superar as incertezas que de outra formam comprometeriam a cooperação.

3 Institucionalismo - II São os seguintes os aportes positivos advindos do estabelecimento de instituições: a) aumentam o horizonte temporal das interações entre os Estados, criando, assim, uma dinâmica de natureza aberta, ou seja, sem um prazo definido; b) criam incentivos para que os Estados atentem para as regras dos processos e, dessa maneira, se preocupem com sua reputação. Do outro lado da moeda, a instituição torna mais crível a punição a infratores; c) tendem a aumentar a eficiência sistêmica. A negociação bilateral, caso a caso, pode ser custosa e ineficiente. Sob essa lógica, as instituições podem reduzir os custos de coordenação ao prover uma autoridade central. A expectativa de reciprocidade seria a base do funcionamento das instituições. O institucionalismo provê uma explicação teórica para o funcionamento da cooperação internacional com alguns dos postulados que levaram o realismo a desconfiar do direito internacional e das instituições.

4 Construtivismo O construtivismo em RI surge ao final dos anos 80 e inicio dos anos 90. Seu principal objetivo: pensar a mudança na política internacional. O construtivismo despontou no contexto do solapamento da ordem bipolar e do desaparecimento da URSS, os quais não foram previstos pelas escolas teóricas em RI até então existentes. O construtivismo tentou realizar uma síntese entre as concepções positivistas (liberal e realista) e pós-positivista. O construtivismo tentou, em específico, reagir às principais proposições pós-positivistas: a) oposição às concepções racionalistas da natureza e das ações humanas. Na visão pós-positivista, as identidades dos atores seriam construções sociais; e os interesses e ações de um ator seriam, em grande parte, conformadas por suas identidades; b) as teorizações sobre o comportamento dos atores não seriam neutras, mas sim reflexivas. Tendo em conta que a maioria dos teóricos seria originária dos países centrais, suas abordagens tenderiam a acobertar ou legitimar estruturas de dominação; e c) rejeição a um método científico em favor de uma pluralidade de métodos. As abordagens teóricas deveriam aspirar somente à interpretação dos fatos sociais. A verdade inexistiria, o cientista social deveria se resignar a uma aproximação cognitiva do objeto. Não haveria realidade fora da teoria que a estuda.

5 Construtivismo - II O construtivismo irá rejeitar: das teorias positivistas sua premissa sobre os interesses nacionais como expressão imutável em termos de maximização de poder (exemplo da URSS: o sistema de confrontação bipolar não impediu que Moscou mudasse seus interesses nacionais e assentisse com o desmembramento de seu império); e da teoria pós-positivista a premissa de que não existiria realidade fora da teoria que a estuda (a predominância das teoria realista não impediu que a política internacional evoluísse em uma outra direção, diferente da que ela previa) Para P. Katzenstein (The Culture of National Security/1996), o construtivismo irá combinar a epistemologia positivista (a realidade social existe e um cientista social poderá apreendê-la) e uma ontologia pós-positivista, segundo a qual aquela realidade não é objetiva ( já dada ) nem subjetiva (decorrente de discursos legitimadores), mas intersubjetiva (constituída e reconstituída, formada e transformada através das ações e interações do agentes). Ela é o resultado das percepções/crenças compartilhadas dos diversos atores do sistema internacional. Ao ver de Stephen Walt (International Relations. One World. Many Theories/2001), enquanto o liberalismo e realismo tendem a se concentrar sobre os fatores materiais, tais como o poderio militar e econômico, o construtivismo sublinha o impacto das ideias. Ao invés de tomar o Estado como um ente constante e supor que suas ações se orientam à maximização de poder, o construtivismo considera os interesses e as identidades como produtos extremamente maleáveis de processos históricos específicos. O construtivismo empresta grande atenção aos discursos predominantes nas sociedades já que eles tendem a refletir e influenciar as crenças e os interesses e, ao mesmo tempo, estabelecer as normas do comportamento aceitável.

6 Construtivismo - III O construtivismo parte da hipótese de que os serem humanos são seres sociais, antes de serem racionais e guiados por uma lógica racional. De acordo com James March e Johan Olson (Rediscovering Institutions: The Organizational Basis of Politics/1989), os sujeitos se comportariam por uma "lógica de apropriação, qual seja, se comportariam em função do que estimam ser apropriado em relação às normas de comportamento legítimas prevalecentes no seio das estruturas sociais nos quais estão inseridos. Para John Searle (The Construction of Social Reality/1995), o construtivismo se apoiaria sobre os fatos sociais, ou seja, objetos (como capital, soberania, direitos, etc.) que têm existência material influenciada pela percepção que um conjunto de atores deles fazem. Sob essa perspectiva, o construtivismo seria menos uma teoria de relações internacionais stricto senso, e mais uma teoria social sobre a qual se fundamentaria a política internacional, abordada como um "projeto em construção, um processo e não uma realidade fixa. Tratar-se-ia de uma perspectiva sociológica da política mundial, que priorizaria como foco analítico o contexto social, a intersubjetividade, as estruturas normativas e materiais, o papel da identidade na constituição dos interesses e das ações dos atores, assim como as influencias recíprocas entre os agentes e as estruturas.

7 Construtivismo - IV Três postulados do construtivismo em RI: i) a política mundial seria determinada menos por uma estrutura objetiva de relações tangíveis de força e mais por uma estrutura cognitiva composta de ideais, crenças, valores, normas e instituições compartilhadas intersubjetivamente pelos atores; ii) as estruturas normativas compartilhadas não somente constrangem e afetam os comportamento dos atores, mas contribuem a modelá-los, com impactos sobre suas identidades e interesses, os quais não são dados, mas construídos através de interações sociais; iii) as estruturas e os agentes se constituem mutuamente; aquelas não são objetos independentes destes, mas fruto das práticas e discursos dos agentes (Alexander Wendt - Social Theory of International Politics/1999).

8 Construtivismo - V Ao contrário da tese marxista, para Wendt a realidade social não é determinada pela matéria, mas sim pelo significado que os atores conferem aos dados materiais. O significado seria mais importante que os dados materiais em si, uma vez que a matéria determinaria um objeto social somente pelo intermédio da ideia que os atores dela fazem: o fuzil na mão de um amigo não é a mesmo coisa que o fuzil na mão de um inimigo; a inimizade é uma relação social, não material. Wendt deu grande ênfase ao estudo da violência e de sua regulação. Apesar de reconhecer o Estado como ator central, reconheceu, por outro lado, a influência de atores não-estatais (domésticos ou transacionais). Vislumbrou quatro tipo de interesses de um Estado: sobrevivência, autonomia, bem-estar econômico e a valorização coletiva de sua imagem. Esses interesses não seriam baseados em relações de força em termos materiais, mas na representação que os Estados fazem se si mesmos e dos outros no sistema internacional. Para Wendt, as identidades se referem àquilo que os atores são. Os interesses àquilo que os atores querem. Os interesses pressupõem a existência da identidade uma vez que um ator não pode saber o que quer antes de saber quem ele é. Se os comportamentos dos Estados são guiados por seus interesses nacionais, estes existem em função de suas identidades, e estas, por sua vez, co-constituídas pelas ideias (sobre as identidades) que os outros Estados compartilham entre si.

9 Construtivismo - VI Distingue Wendt quatro tipos de identidades: a) corporate identity - que diferencia o Estado de outros entes sociais; b) type identity - que identifica elementos distintivos de um Estado em relação aos sistemas político e econômico; c) role identity - papel de um Estado nas estruturas de poder (hegemônico, hegemônico regional, satélite) d) collective identity - tipo de identificação de um Estado em relação a outro ou a outros. No entender de Wendt, assim como dos outros construtivistas, as mudanças na política internacional são factíveis quando os atores, por seu comportamento/prática, mudam as regras e as normas constitutivas da interação internacional. Na visão construtivista, o advento de normas progressistas" (ambientais, desenvolvimento sustentável, direitos humanos, direito de ingerência humanitária, etc) tenderia a conformar uma estrutura que, no limite, derrogaria a natureza anárquica das RI. Wendt considerava, nessa lógica, inevitável o advento de um Estado mundial.

10 Exercício Comentar o papel de cada um dos elementos abaixo com relação a cada um dos modelos teóricos em RI: - Anarquia - Atores em RI; - Papel do Estado; - Indivíduo; - Conflito e cooperação; - Sociedade internacional; - Direito e instituições internacionais;

11 Bibliografia Williams, Phil; Goldstein, Donald; e Shafritz, Jay. Classic Readings and Contemporary Debates in International Relations Battistella, Dario. Théories des Relations Internationales. 2009

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