Diagnóstico Social Valença Índice de Conteúdos

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2 Índice de Conteúdos II Introdução... 4 III Sumário Executivo... 5 IV Metodologia... 8 V Capítulos Temáticos Problemáticas Sectoriais Demografia e População...11 Evolução da População Residente...12 Estrutura Etária da População...23 Evolução da População Residente nas Freguesias e Estrutura Etária...30 As Migrações e a População Estrangeira Habitação Educação e Formação Profissional...63 Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho...64 Escola Superior de Ciências Empresariais...65 ETAP Escola Profissional...66 Educação e Formação de Adultos...72 Qualificação Profissional Cultura Associativismo Equipamentos Desportivos e Recreativos...75 Equipamentos, Museus, Património Cultural e Eventos...79 Despesas Correntes Espaços Culturais Espaços de Desporto e Lazer...90 Espaços Naturais Saúde Organização de Serviço Nacional de Saúde no Concelho...98 População Inscrita no Centro Saúde Recursos de Saúde Ação Social Instituições Particulares de Solidariedade Social Respostas Sociais para a Pessoa com Deficiência Mental Respostas Sociais para a População Idosa Respostas Sociais para a Primeira Infância Proteção Social no Concelho de Valença Prestações de Rendimento Social de Inserção Complemento Solidário para Idosos Pensões Subsídio de Desemprego Comissão de Proteção de Crianças e Jovens Serviços Municipais de Intervenção Social Segurança Atividade Económica e Emprego Desemprego

3 Tecido Empresarial Zonas Empresariais Ambiente Água Saneamento Básico Resíduos VI Apresentação e Interpretação da Informação Recolhida VII Conclusões e Prioridades

4 Índice de Gráficos Gráfico 1 Evolução da População Residente Gráfico 2 Evolução da População Residente Gráfico 3 - Evolução das Taxas de Crescimento Migratório/Natural/Efetivo Gráfico 4 - Evolução da Taxa de Crescimento Natural...22 Gráfico 5 - Evolução da Taxa Bruta de Natalidade e Mortalidade...23 Gráfico 6 - Evolução da Idade Média da Mãe ao Nascimento do 1º Filho...24 Gráfico 7 Famílias Clássicas por Dimensão Gráfico 8 Estrutura Etária da População Residente Gráfico 9 Estrutura Etária da População Residente Gráfico 10 - Evolução da Estrutura Etária da População Gráfico 11 - Estrutura Etária da População Gráfico 12 - Evolução do Índice de Envelhecimento...33 Gráfico 13 Distribuição da População Idosa por Freguesia...39 Gráfico 14 Evolução da População Estrangeira Residente Gráfico 15 População Estrangeira Residente por País de Origem Gráfico 16 Evolução da Taxa de Crescimento Migratório...45 Gráfico 17 Evolução do número de Edifícios 2001 a Gráfico 18 Proporção de edifícios construídos entre Gráfico 19 Alojamentos familiares ocupados por instalações existentes...52 Gráfico 20 Edifícios Residenciais e Não Residenciais...53 Gráfico 21 Alojamentos Familiares Clássicos por Forma de Ocupação Gráfico 22 Alojamento de Residência Habitual por Regime de Ocupação Gráfico 23 Valor Médio Mensal ( ) das Rendas de Alojamento...56 Gráfico 24 Valor Médio Mensal ( ) dos Encargos para Aquisição de Habitação...57 Gráfico 25 Caracterização Sócio-económica da População residente no Bairro Social de Friestas Gráfico 26 Caracterização Sócio-económica da População residente no Bairro Social de S. Pedro da Torre

5 Gráfico 27 Caracterização Sócio-económica da População residente no Bairro Social de Passos Gráfico 28 Caracterização Sócio-económica da População residente no Bairro Social de Bogim Gráfico 29 - Nível de Escolaridade da População Residente com mais de 15 anos Censos Gráfico 30 - Nível de Escolaridade da População residente com mais de 15 anos Gráfico 31 Evolução do Número de Alunos Inscritos por Nível Escolar 2007/2008 a 2011/ Gráfico 32 Taxa de Retenção e Desistência no Ensino Básico e Secundário 2007/2008 a. 2010/ Gráfico 33 Taxa de retenção por Nível de Escolaridade 2011/ Gráfico 34 Média dos níveis de classificação das provas de aferição do 1º, 2º e 3º Ciclos a Língua Portuguesa e Matemática 2011/ Gráfico 35 Evolução do Número de Utilizadores da Biblioteca Municipal...93 Gráfico 36 Evolução do Número de Visitantes do Núcleo Museológico...95 Gráfico 37 Evolução do Número de Utentes Inscritos no CS Gráfico 38 Estrutura Etária dos Utentes Inscritos no CS Gráfico 39 - Nº de Idosos a Residir na Santa Casa da Misericórdia de Valença Gráfico 40 - Nº de Idosos a usufruir dos Serviços de Apoio Domiciliário da Santa Casa da Misericórdia de Valença e da Cruz Vermelha Gráfico 41 - Nº de idosos inscritos no Centro de Convívio da Associação de Reformados e Centro Social e Cultural de S. Pedro da Torre Gráfico 42 - Nº de idosos inscritos na resposta de Centro de Dia da Associação de Reformados Gráfico 43 - Nº de Crianças inscritas na Creche da Santa Casa da Misericórdia de Valença e na Creche do Centro Social da Paroquia de Cerdal Gráfico 44 - Nº de Crianças inscritas no Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de Valença Gráfico 45 - Nº de Crianças a usufruir do Centro de Atividades e Tempos Livres da Cruz Vermelha

6 Gráfico 46 Beneficiários CSI por Sexo Gráfico 47 - Beneficiários CSI por Idade Gráfico 48 Pensionistas por Sexo Gráfico 49 Pensionistas por Regime Gráfico 50 Beneficiários do Subsídio de Desemprego por Sexo e Ano 2008 a Gráfico 51 Beneficiários do Subsídio Social de Desemprego por Sexo e Ano 2008 a Gráfico 52 - Beneficiários do Subsídio Social de Desemprego Subsequente por Sexo e Ano 2008 a Gráfico 53 - Beneficiários do Subsídio de Desemprego Parcial por Sexo e Ano 2008 a Gráfico 54 Processos Instaurados por Entidade Sinalizadora das Situações de Perigo Gráfico 55 Situações de Perigo nas Crianças com Processo de Promoção e Proteção Gráfico 56 Evolução da Taxa de Criminalidade do Concelho 2001 a Gráfico 57 População Ativa por Sexo 2001 a Gráfico 58 População Ativa por Faixa Etária 2001 a Gráfico 59 Taxa de Atividade na Sub-Região Minho Lima Gráfico 60 Taxa de Atividade por Freguesia Gráfico 61 População Empregada por Profissões Gráfico 62 Evolução da População Desempregada 2008 a Gráfico 63 População Desempregada por Género 2008 a Gráfico 64 População Desempregada por Faixa Etária 2008 a Gráfico 65 população Desempregada por Nível de Escolaridade Gráfico 66 População Desempregada, Situação Face ao Emprego Gráfico 67 População Desempregada, Situação Face ao Emprego Gráfico 68 Taxa de Desemprego no Distrito Gráfico 69 Evolução do Número de Empresas Gráfico 70 Quantidades de Resíduos Recolhidos Seletivamente

7 Índice de Quadros Quadro 1 - População Residente por freguesia e densidade populacionais...20 Quadro 2 Relação de Masculinidade no concelho de Valença Quadro 3 Famílias Clássicas segundo o Tipo de Família...27 Quadro 4 - Evolução da População residente na sub-região Minho-Lima...28 Quadro 5 População Idosa por Tipo de Alojamento...35 Quadro 6 Estrutura Etária da População Residente por Freguesia...38 Quadro 7 Edifícios por Época de Construção Quadro 8 Alojamentos segundo o Tipo Quadro 9 Caracterização Populacional do Bairro Social de Friestas Quadro 10 Caracterização Populacional do Bairro Social de S. Pedro da Torre Quadro 11 Caracterização Populacional de Passos - Cerdal Quadro 12 Caracterização Populacional do Bairro Social de Bogim Cerdal...65 Quadro 13 Taxa de Retenção e Desistência no Ensino Básico e Secundário 2007/20 a 2010/ Quadro 14 Média dos Resultados do Ensino Secundário por Prova 2011/ Quadro 15 Resultados das Certificações RVCC e Cursos EFA Quadro 16 Associações Culturais e Recreativas do Conselho de Valença...81 Quadro 17 Associações Desportivas do Conselho de Valença...85 Quadro 18 Espaços Desportivos e Áreas de Lazer do Conselho de Valença...86 Quadro 19 Despesa da Câmara Municipal em Atividades Culturais e de Desporto Quadro 20 Número de Utentes Inscritos no CS por Grupos-Etários Quadro 21 Consultas Médicas no Centro de Saúde, segundo a especialidade Quadro 22 - Instituições com Valência de Creche, Quadro 23 - Instituições com valência para a população idosa, Quadro 24 - Capacidade de Resposta por Valência, Quadro 25 - Creche do Centro Social da Paroquia de Cerdal Quadro 26 - Rendimento Social de Inserção por Faixa Etária

8 Quadro 27 - Rendimento Social de Inserção por Tipologia de Agregado Quadro 28 - Volume Processual Quadro 29 - Crianças/Jovens acompanhados por Escalão Etário Quadro 30 Crimes Registados no Posto Territorial por Tipologia Valença 2008 a Quadro 31 Número de Empresas, segundo escalão de pessoal ao serviço Quadro 32 Trabalhadores por Conta de Outrem, segundo Sector de Atividade, Sexo e Ganho Médio Mensal Quadro 33 Evolução do Número de Utilizadores com Saneamento Básico Quadro 34 Quantidade de Resíduos Indiferenciados com Destino Final o Aterro Quadro 35 Quantidade de Resíduos Indiferenciados com Destino Final o Aterro

9 Índice de Mapas Mapa 1 Densidade Populacional das Freguesias Mapa 2 Índice de Envelhecimento nas Freguesias Mapa 3 Mapa da Fortaleza de Valença com Identificação dos Pontos Históricos...89 Mapa 4 Mapa do Concelho com Identificação dos Equipamentos Culturais e Outros...90 Mapa 5 Grande Rota da Ribeira Minho Mapa 6 Caminhos de Santiago Caminho Central Mapa 7 Caminhos de Santiago Caminho da Costa Mapa 8 Sistema Urbano e Acessibilidades em Portugal Continental Mapa 9 Parque Empresarial de Valença Mapa 10 Parque Industrial de S. Pedro

10 II Introdução Nos últimos anos, a sociedade portuguesa, tem sentido profundas transformações ao nível económico social e cultural, resultante da crescente globalização da economia e da integração europeia. Estas transformações têm tido algumas manifestações relevantes, de que se pode destacar o crescimento das áreas e populações urbanas, o abandono, quase desertificação de algumas zonas rurais, o envelhecimento demográfico consequente do aumento da esperança média de vida, provocando também, em consequência, graves desigualdades sociais. Acompanhando estas mudanças sociais, as políticas sociais ativas, têm-se orientado no sentido de articular o desenvolvimento social com o desenvolvimento económico e a proteção do ambiente, procurando colocar as pessoas no centro dos processos de um desenvolvimento sustentável, tomando por objetivo central a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Neste sentido o Conselho Local de Ação Social de Valença, tem desenvolvido desde 2003, um trabalho que promove a dinamização de parcerias locais, entre instituições, associações, serviços públicos e privados, no sentido de construir respostas para os problemas locais, através do envolvimento e participação dos diversos atores locais, unindo esforços, recursos, experiências e saberes fomentando deste modo a responsabilização dos mesmos. O Diagnóstico Social de 2013, constitui a primeira etapa do planeamento de intervenção, e visa a elaboração de um estudo aprofundado das causas das principais problemáticas emergentes do Concelho de Valença. Este documento funciona como um instrumento de animação e participação que pretende mobilizar as entidades locais para a identificação dos problemas existentes no concelho, propondo soluções através da identificação dos recursos, potencialidades e ameaças concelhias. Numa 10

11 segunda fase, o mesmo servirá de base e orientação para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Social. III Sumário Executivo O presente documento foi realizado pelo Conselho Local de Ação Social de Valença, seguindo as orientações e apoio técnico do projeto Capacitar, Qualificar e Inovar as Redes Sociais, protocolo celebrado entre o Município, o IPVC- Instituto Politécnico de Viana do Castelo e a CIM- Comunidade Inter-Municipal. Contou ainda com a colaboração dos parceiros sociais devendo, posteriormente, servir como um guião orientador para a elaboração do PDS- Plano de Desenvolvimento Social do Município de Valença. O Núcleo executivo da Rede Social de Valença que é constituído pelos seguintes parceiros, Segurança Social, Representante das IPSS, Representante dos Presidentes da Junta, Centro de Saúde de Valença, Agrupamento Muralhas do Minho, Centro de Emprego do Alto Minho. Este documento está organizado em nove capítulos. No primeiro capitulo são apresentados os dados demográficos do concelho de Valença, através de uma perspetiva evolutiva da população residente, quer a nível concelhio, quer por freguesia. Neste capitulo será, ainda, elaborado uma caracterização da população estrangeira residente no Concelho. Estes dados foram analisados tendo por base os resultados definitivos dos Censos 2011, nomeadamente, as estatísticas territoriais, indicadores demográficos, recenseamento da população e habitação, Recenseamento Geral da população, Estimativas anuais da população residente e Estimativas provisórias da população. Recorreu-se ainda ao 11

12 Município de Valença SMPC/GTF e à base de dados disponibilizada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. O segundo capitulo descreve a situação da habitação e das infraestruturas de saneamento básico a nível concelhio, efetuando-se uma descrição e análise que permitirá orientar futuras propostas de intervenção. Estes dados foram recolhidos junto do SAS (serviço de ação social do Município), da base de dados do PORDATA e do Instituto Nacional de Estatística. No terceiro capítulo é efectuada a caracterização da população no que diz respeito à escolaridade, analisando a situação atual ao nível da educação, proporcionando uma visão global da rede escolar concelhia e uma apreciação acerca da cobertura dos estabelecimentos de ensino. Os dados para a elaboração deste capítulo foram recolhidos junto do GEPE- Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação do Ministério da Educação e dos estabelecimentos de Ensino do concelho, nomeadamente: Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho, ETAP- Escola Tecnológica Artística e Profissional e IPVC- Instituto Politécnico de Viana do Castelo. O quarto capítulo descreve o concelho em termos culturais, referindo os espaços culturais e descrevendo as suas valências e atividades que desenvolvem assim como, descreve o tecido associativo, cultural e desportivo do concelho, nomeando os espaços de desporto e lazer. No capítulo cinco procede-se à caracterização do sistema nacional de saúde no concelho, enfatizando alguns dos programas e projectos implementados nesta área. Os dados para apresentação foram recolhidos junto do Centro de Saúde de Valença- ULSAM e do INE- Instituto Nacional de Estatística. O capítulo seis, caracteriza as diferentes resposta sociais disponíveis à população, para a infância e para a população idosa com a respetiva taxa de cobertura. São, simultaneamente, 12

13 explanadas as diferentes prestações sociais caracterizando-se os respetivos beneficiários. Para levar a cabo a elaboração deste capítulo foram solicitados dados ao Instituto da Segurança Social de Valença, às Instituições de Solidariedade Social do concelho, a empresas de cariz privado com respostas para a infância e terceira idade, e ao Instituto Nacional de Estatística. No capítulo sete caracteriza o concelho ao nível da segurança pública, das questões da criminalidade tendo por base os dados facultados pelo posto Territorial de Valença da GNR e pelo INE. O capítulo oitavo analisa a população valenciana face à sua situação perante o emprego, caracteriza o tecido empresarial de Valença e as suas zonas industriais, à luz da informação disponibilizada pelo Município de Monção, Instituto de Emprego e Formação Profissional e pelo Instituto Nacional de Estatística. No capítulo nove do documento é, por fim, explanada a situação ambiental do concelho, tendo em consideração indicadores como: água, saneamento básico e resíduos. Os dados para a sua elaboração foram recolhidos junto da Divisão de Infra-Estruturas do Município. IV Metodologia A metodologia selecionada e desenvolvida para o processo de Diagnóstico Social do Concelho de Valença procurou articular objetivos claros de rigor e exatidão da informação, com objetivos de utilidade e participação alargada por parte dos vários stakeholders envolvidos nos processos de desenvolvimento social local. A escolha de métodos e técnicas, articulados e consequentes, que permitam cumprir os referidos objetivos foi efectuada através de uma colaboração estreita entre a equipa técnica do 13

14 projeto Capacitar, Qualificar e Inovar as Redes Sociais e o Núcleo Executivo (NE) do CLAS (Conselho Local de Ação Social de Valença). Assim sendo, a opção metodológica assumida e que conduziu aos resultados constantes neste documento, teve por grandes desígnios assegurar que o CLAS de Valença no seu conjunto, mas também cada entidade parceira a título particular, pudesse contar com: um documento de planeamento coerente com as políticas e estratégias nacionais na área da intervenção social; um diagnóstico resultante da reflexão conjunta dos stakeholders locais, no qual todos se revejam e que traduza as diferentes sensibilidades locais; um instrumento útil e utilizável em sede de candidaturas a programas e medidas de financiamento na área de intervenção em causa, nomeadamente em matéria de fundos comunitários. Perante o disposto, foi realizada a recolha de alguma informação estatística publicada que sustentasse qualquer análise dos temas selecionados, traduzindo-se num contributo quantitativo e qualitativo para a análise das áreas temáticas, permitindo o seu tratamento e interpretação. Foi utilizado um vasto conjunto de fontes, com relevando o Instituto Nacional de Estatística, os diferentes Ministérios, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, bem como outros dados facultados por outras entidades locais ou regionais. Complementarmente, procurou-se recolher junto dos nossos parceiros sociais, informação referente aos seus principais problemas identificados no território de forma a induzir um diagnóstico participado e promover e envolvimento de todos os agentes implicados. Para atingir esse objetivo efetuou-se uma sessão de trabalho participado, cujo objetivo era identificar os principais problemas do concelho e agrupá-los em grandes temáticas, utilizando para isso a técnica denominada de Nuvem de Problemas, agrupando posteriormente cada uma das problemáticas coincidentes em Nuvens. 14

15 Num segundo momento, aplicou-se o Modelo Eisenhower para hierarquizar as prioridades de intervenção. Este modelo foi utilizado tendo em vista o princípio da participação no sentido de efetuar a identificação da gravidade dos problemas ou a maior ou menor dificuldade de intervenção. O presente modelo permite atribuir o grau de urgência e de exequibilidade, de cada problema, em consenso, pelos parceiros. Numa segunda sessão, e no seguimento desta análise com vista à elaboração do Plano de Desenvolvimento Social, foi utilizada a Matriz de Enquadramento Lógico tendo por base uma grelha onde são definidos os objetivos gerais e específicos; os indicadores e fontes de verificação para cada um deles, bem como os pressupostos externos a todo o processo e o Cronograma de Gantt, que permite focalizar as ações no tempo com a definição das entidades responsáveis, das parcerias afetas, dos recursos envolvidos e dos momentos de monitorização. Das reuniões de trabalho realizadas procurou-se identificar as principais áreas de intervenção, orientando-se, para tal, as sessões por processos de negociação e de decisão centrados na melhor alternativa para o desenvolvimento social local, e nos recursos disponibilizados pelos diversos parceiros. Os métodos utilizados neste processo permitiram, simultaneamente, captar de forma individual os principais pontos de vista por parte dos agentes de intervenção local e, por outro, intensificar o nível de partilha e promover o debate, reforçando a cultura de rede entre todos aqueles que se pretende que se conservem mobilizados e interventivos na execução do Plano de Desenvolvimento Social. 15

16 V Capítulos Temáticos Problemáticas Sectoriais Para descrever a situação atual do concelho, recorreu-se à identificação de nove domínios temáticos que espelham a dinâmica do desenvolvimento e coesão social, considerados pelo NENúcleo Executivo como abrangentes da realidade local: Demografia e População; Habitação; Educação e Formação; Cultura; saúde; Ação Social; Segurança; Atividade Económica e Emprego e, por fim, Ambiente. Para cada um dos capítulos supra-citados, foi realizado um levantamento estatístico junto das fontes anteriormente enumeradas, descrevendo com o seu auxílio a situação do concelho face a essa mesma temática. 16

17 1 Demografia e População 17

18 1 Demografia / População A análise da sociedade e, consequentemente, dos seus problemas tem configurado formas de a interpretar e de nela intervir bastante diferenciadas. Mediante os espaços, as trajetórias demográficas vão, como tal, diferindo, pelo que a referência a uma população particular, mais do que uma ilustração concreta de algo que está a decorrer à escala mundial, é sempre um caso merecedor de atenção especial. A trajetória demográfica do Concelho reflete um conjunto de fatores estruturantes que o caracterizam ao longo das últimas décadas. O Diagnóstico Social, vem desta forma, atualizar esta informação permitindo uma visão real e coetânea. Caracterizar o ordenamento espacial da população, a alteração das estruturas familiares, a composição da população ativa são alguns dos aspetos que teremos em atenção neste primeiro ponto. Para tal, recorremos a estatísticas demográficas do Instituto Nacional de Estatística, nomeadamente ás projeções do Departamento de Estatísticas Demográficas e Sociais do INE e a informação da base de dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Evolução da População Residente O concelho de Valença faz parte da região Norte de Portugal, mais especificamente da sub-região Minho-Lima (NUT III). Geograficamente, situa-se num eixo estruturado ao longo da faixa litoral do Norte de Portugal e da Galiza, também designado de Noroeste Peninsular. O concelho ocupa uma área total de 117,42 Km², ocupados por 16 freguesias, predominantemente rurais. Esta zona fronteiriça, de todas as zonas de fronteira luso-espanholas é responsável pela 18

19 maioria das entradas de pessoas na região Norte. No que concerne à caraterização da estrutura demográfica do Concelho de Valença, optou-se por uma análise não muito remota, analisando a evolução da população residente referente apenas à última década. Valença revela, desde 2004, uma tendência de um ligeiro decréscimo progressivo no que concerne à evolução da população residente1 do Concelho, registando-se nos anos de 2002 e 2004, excecionalmente, um ligeiro aumento do número total de residentes. (Gráfico n.º1) Em 2001 registava-se um contingente populacional concelhio de indivíduos, decrescendo nesta última década 0,4% pelo que, à data da realização dos Censos, se registava um total de indivíduos (Dados Decenais Dados Estatísticos; INE). Não obstante, é de sublinhar que a 31 de Dezembro de 2012, a População Residente decresceu 2,07% desde 2001 (Dados Anuais Estatísticas Territoriais; INE) e 0,80% desde 2011, de para respetivamente. (Gráfico n.º2) Gráfico1 - Evolução da População Residente Gráfico 2 - Evolução da População Residente Fonte: INE Estatísticas Territoriais 1 População Residente: Conjunto de indivíduos que, independentemente de no momento da observação estarem presentes ou ausentes numa determinada unidade de alojamento, aí habitam a maior parte do ano com a família ou detêm a totalidade ou a maior parte dos seus haveres. 19

20 Este factos são também espelhados pelos valores da Densidade Populacional, registados no quadro n.º1 (Dados Decenais), que em 2001 eram de habitantes por km² e em 2011 decresceu para um total de habitantes por km². Quando falamos em Densidade Populacional falamos da divisão do total de habitantes existentes numa determinada unidade espacial pela superfície dessa mesma unidade, não tomando em consideração as características do espaço físico onde se insere a população em análise. Quadro 1 - População Residente por freguesia e densidade populacionais 2001 Freguesia Área (Km²) 2011 Pop. Residente Densidade Populacional (Nº/Km²) Pop. Residente Densidade Populacional (Nº/Km²) Arão 3, , ,58 Boivão 7, ,96 Cerdal 20, , ,04 Cristêlo-Côvo 3, , ,68 Fontoura 9, , ,81 Friestas 4, , ,94 Gandra 10, , ,90 Ganfei 9, , ,99 Gondomil , ,40 Sanfins 8, , ,64 São Julião 5, , ,06 S. Pedro da Torre 4, , Silva 5, , ,49 Taião 8, , ,94 Valença 2, , ,89 Verdoejo 3, , ,87 117, , ,19 Total Concelho Fonte: INE Recenseamento da População e da Habitação 20

21 Em 2011, como consequência de uma Taxa de Crescimento Migratório 2 negativo de 0,11%, em sentido inverso ao registado em 2001 inscrevendo uma taxa de 0,93%, e de uma Taxa de Crescimento Natural3, igualmente, de valor negativo de 0,67%, a Taxa de Crescimento Efetivo 4 é, como revela a tendência, negativo em 0,78% (Gráfico n.º3) Gráfico 3 - Evolução das Taxas de Crescimento Migratório/Natural/Efetivo Tx Crescimento Migratório Tx Crescimento Natural Tx Crescimento Ef ectiv o 1 0,93 0 0,59-0,11-0, , ,67-0,38-0,78-0, Fonte: INE Indicadores Demográficos A Taxa de Crescimento Natural do concelho, ou seja, a diferença entre a Taxa de Natalidade e a Taxa de Mortalidade, na última década registou uma orientação constante negativa. 2 Taxa de Crescimento Migratório: Saldo migratório observado durante um determinado período de tempo, 3 4 normalmente uma ano civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa por 100 (10²) ou por 1000 (10³) habitantes). Taxa de Crescimento Natural: Saldo natural observado durante um determinado período de tempo, normalmente uma ano civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa por 100 (10²) ou por 1000 (10³) habitantes). Taxa de Crescimento Efetivo: Variação populacional observada durante um determinado período de tempo, normalmente uma ano civil, referido à população média desse período. 21

22 Gráfico 4 - Evolução da Taxa de Crescimento Natural 0-0,1-0,2-0,3-0,4-0,33-0,35-0,5-0,5-0,38-0,52-0,52-0,6-0,7-0,29-0,35-0,65-0,6-0,65-0,67-0, Fonte: INE Indicadores Demográficos A Taxa Bruta de Natalidade, que nos reflete o número de nascimentos por cada mil habitantes, no período compreendido entre registou um recuo na tendência, passando de 11 nados-vivos por cada mil habitantes a 8 registados em 2012 sendo, ainda assim, de referir a inversão da tendência entre os dois últimos anos, 2011/2012. Relativamente à Taxa Bruta de Mortalidade 5 registou-se, igualmente, um decréscimo dos valores inscritos para o mesmo período de referência, sendo de 14 em 2001 e 11,7 em 2012, apesar de se denotar um período demarcado por uma oscilação constante. 5 Taxa de Mortalidade: Coeficiente utilizado na medição do número de mortes (em geral, ou causadas por um fato específico) em determinada população, adaptada ao tamanho desta mesma população, por unidade de morte. 22

23 Gráfico 5 - Evolução da Taxa Bruta de Natalidade e Mortalidade Taxa Bruta de Natalidade Taxa Bruta de Mortalidade Fonte: INE Indicadores Demográficos O Índice Sintético de Fecundidade (ISF)6 é usado para indicar a fecundidade ao nível da substituição de gerações; em países mais desenvolvidos, o valor de 2.1 é considerado como sendo o nível de substituição de gerações. (metainformação Eurostat). O ISF registou no ano de crianças por mulher e 1.28 no ano de 2012 a nível nacional. Esta tendência foi também revelada na região Norte com os valores de 1.24 e 1.15 crianças em 2011 e 2012, nomeadamente. Opoente, a sub-região Minho-Lima verifica um aumento do referido Índice, registando 1.11 crianças por mulher em 2011 e 1.13 em 2012 não assegurando, ainda assim, a renovação geracional da população. A Idade média das mães à data do nascimento do 1º filho, como espelha o gráfico 6, vem aumentando gradualmente ao longo da última década, a nível Nacional e na sub-região Minho6 Índice Sintético de Fecundidade (ISF): Número médio de crianças que terão nascido vivas por mulher em idade fértil sujeita às taxas de fecundidade por idades observadas num momento (ano) de referência (15-49 anos). 23

24 Lima, sendo que e, 2001 o nascimento do 1º filho dava-se, em média, aos 26,7 anos (Minho-Lima) e em 2011 ascendeu para os 29 anos, fenómeno este associado à participação no mercado de trabalho e ao aumento da escolarização da população. Gráfico 6 - Evolução da Idade Média da Mãe ao Nascimento do 1º Filho 29, ,5 28,5 26,7 26,9 27, ,5 26,5 26, , ,4 27,5 27,5 29,5 28,5 28, ,8 26, Minho-Lima 26 27,4 27,5 27,8 28,1 28,2 28,4 28,6 28,9 29, Portugal 25, Fonte: INE Recenseamento Geral da População 2011 No que diz respeito à idade média da mulher no primeiro casamento, verifica-se que acontece aos 29,3 anos, na sub-região Minho-Lima, sendo que a nível nacional ocorre, em média, um pouco mais tardiamente, nomeadamente aos 29,9 anos, dados este referentes ao ano de 2012, pois em 2001 a idade média da mulher no primeiro casamento situava-se nos 26,1 anos (média nacional) e nos 25,7 anos na sub-região Minho-Lima. Tal como acontece com a ascendência da idade média da mulher à data do nascimento do primeiro filho, denota-se igualmente a interferência de fatores relacionados com a atual conjuntura económico-social na 24

25 decisão de levar a cabo a formalização duma união. A análise da estrutura da população residente no concelho em função da variável Sexo, permite antever uma organização demográfica algo desequilibrada, como é possível de aferir através do estudo das Relações de Masculinidade7. Quadro 2 Relação de Masculinidade no concelho de Valença Local de residência Portugal Norte Minho-Lima Valença Relação de masculinidade (N.º) ,3 91,6 91,9 92,2 92,5 92,6 92,8 92, ,2 93,4 91,4 91,7 91,9 92,4 92,7 93,1 93,2 93,3 93,4 93,5 93,5 93,7 87,3 87,6 87, ,1 88,3 88,2 88,2 88, ,9 87,9 87,2 87,8 88, ,7 87,6 87,4 87,4 87, ,7 86,6 Fonte: INE Estimativas Anuais da População Residente De facto, a Relação de Masculinidade apresenta sistematicamente valores inferiores a 100 (87,2, ou seja, por cada 100 mulheres existiam, em 2012, 87,2 homens), o que traduz uma tendência cronológica estável da proporcionalidade entre homens e mulheres. Refira-se ainda, que esta relação é a mais desigual (ainda que com uma diferença reduzida) quando comparados com a média nacional, com a zona Norte do país e com a sub-região Minho-Lima. No que diz respeito às famílias8, e tendo em conta o conceito de família clássica definido pelo INE (pessoa independente ou conjunto de pessoas que residem no mesmo alojamento e que têm relações de parentesco (de direito ou de facto), entre si, podendo ocupar a totalidade ou parte 7 8 Quociente entre os efetivos populacionais do sexo masculino e os do sexo feminino (habitualmente expresso por 100 (10^2) mulheres). Para esta dimensão da análise sócio-demográfica, os dados mais recentes disponíveis reportam-se ao ano de

26 do alojamento), Valença contava, em 2011, famílias em oposição às famílias registadas em Perante estes dados, importa relevar o facto de ao logo da última década o número de famílias clássicas ter aumentado substancialmente mas, em contrapartida, verifica-se a diminuição atinente da população residente, o que nos conduz aos registos das Taxas de Natalidade, Fecundidade e Crescimento Natural, justificando o enunciado, um maior número de famílias mas um menor número de elementos. Gráfico 7 Famílias Clássicas por Dimensão 2011 Com 1 pessoa 1658 Com 3 pessoas Com 2 pessoas Com 4 pessoas 1274 Com 5 pessoas 1051 Com 6 pessoas Com 7 pessoas Com 8 pessoas Com 9 ou + pessoas Fonte: INE Recenseamento da População e da Habitação Da análise da família por dimensão que regista maior peso no concelho de Valença, contacta-se que, para o ano de 2011, eram os casais sem filhos, ou famílias monoparentais (1658 famílias) e os casais com apenas um filho (1274 famílias), seguidas das famílias unipessoais (1051 famílias), refletindo uma vez mais o envelhecimento da população e as situações de viuvez. 26

27 Quadro 3 Famílias Clássicas segundo o Tipo de Família 2011 Tipo de Família Clássica N.º Total Famílias sem núcleos com uma só pessoa Famílias sem núcleos só pessoas aparentadas Famílias sem núcleos só pessoas aparentadas e/ou não aparentadas Casal de direito sem filhos sem outras pessoas Casal de direito sem filhos com outras pessoas Casal de direito com pelo menos um filho com menos de 25 anos sem outras pessoas Casal de direito com pelo menos um filho com menos de 25 anos com outras pessoas Casal de direito com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos sem outras pessoas Casal de direito com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos com outras pessoas Casal de facto sem filhos sem outras pessoas Casal de facto sem filhos com outras pessoas Casal de facto com pelo menos um filho com menos de 25 anos sem outras pessoas Casal de facto com pelo menos um filho com menos de 25 anos com outras pessoas Casal de facto com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos sem outras pessoas Casal de facto com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos com outras pessoas Pai com pelo menos um filho com menos de 25 anos sem outras pessoas Pai com pelo menos um filho com menos de 25 anos com outras pessoas Pai com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos sem outras pessoas Pai com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos com outras pessoas Mãe com pelo menos um filho com menos de 25 anos sem outras pessoas Mãe com pelo menos um filho com menos de 25 anos com outras pessoas Mãe com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos sem outras pessoas Mãe com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos com outras pessoas Famílias sem filhos nos dois núcleos sem outras pessoas Famílias sem filhos nos dois núcleos com outras pessoas Famílias com filhos só num dos núcleos sem outras pessoas Famílias com filhos só num dos núcleos com outras pessoas Famílias com filhos nos dois núcleos sem outras pessoas Famílias com filhos nos dois núcleos com outras pessoas Famílias com três ou mais núcleos sem outras pessoas Famílias com três ou mais núcleos com outras pessoas Fonte: INE Recenseamento da População e Habitação 27

28 Da análise das famílias clássicas por tipo de família, é de referir que a tipologia de família mais presente no concelho de Valença no anos de 2011, foram os casais de direito sem filhos sem outras pessoas a par dos casais de direito com pelo menos um filho com menos de 25 anos sem outras pessoas (1151 famílias respetivamente), seguidas, em número muito próximo, das famílias sem núcleos com uma só pessoa, fator já referido anteriormente. No que diz respeito à evolução demográfica da sub-região, e comparando-a com a evolução concelhia, Valença assume a tendência desta no que diz respeito à perda de população, ainda que de uma forma ligeiramente menos acentuada, com uma variação negativa de 5,1%. Quadro 4 - Evolução da População residente na sub-região Minho-Lima Minho-Lima Variação nos últimos 10 anos (%) ,9 Arcos de Valdevez ,6 Caminha ,2 Melgaço ,4 Monção ,3 Paredes de Coura ,1 Ponte da Barca ,8 Ponte de Lima Valença ,1 Viana do Castelo ,6 Vila Nova de Cerveira ,8 Fonte: INE Recenseamento Geral da População 2011 e Estatísticas Territoriais 28

29 Nos últimos vinte anos regista-se, na sub-região, um decréscimo da população de cerca de 3% (7353 indivíduos) à semelhança de todos os outros concelhos, à exceção dos concelhos de Caminha, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, nos quais se registou uma variação positiva. Estrutura Etária da População No que respeita à estrutura etária da população o concelho, em 2001 e 2011, representase numa pirâmide denominada como envelhecida, tipicamente representativa dos países desenvolvidos. A sua base é mais estreita do que a classe dos adultos (19-59 anos), refletindo a diminuição da natalidade e um aumento da esperança média de vida. Em contrapartida, comparando ambos períodos censitários, verificamos que em 2001 estamos perante uma pirâmide envelhecida rejuvenescida, refletindo uma recuperação dos grupos jovens, consequência do aumento da fecundidade, em que neste ano assumiu uma taxa de 43,7 em oposição à taxa de fecundidade registada em 2011 esta de 30,2. Em 2011 a população é representada numa pirâmide envelhecida adulta, nesta pirâmide a base é ainda larga mas existe um aumento das classes adulta e idosa. A taxa de natalidade é decadente e a esperança média de vida apresenta tendência de aumento. 29

30 Gráfico 8 - Estrutura Etária da População Residente Homens Gráfico 9 - Estrutura Etária da População Residente Homens Mulheres Mulheres Fonte: INE Recenseamento da População e da Habitação Quando comparamos os dados da população residente, referentes a 2001 e 2011, verificase que nos três grandes grupos (Crianças/Jovens; Adultos; Idosos) há alterações significativas. Tal como tem sido previsto pelos vários demógrafos a diminuição da natalidade e os problemas de fertilidade estão a alterar a estrutura etária da população. Nesta ultima década a faixa etária entre os zero e os catorze anos de idade, tem vindo a diminuir progressivamente no concelho de Valença. A população em idade ativa, compreendida entre os quinze e os sessenta e quatro anos continua a representar a maior percentagem populacional (65% em 2012). Os registos refletem diretamente o processo de envelhecimento progressivo da população residente, que atinge a base e o topo da pirâmide etária (20,9% em ,2% em 2012). 30

31 Gráfico 10 - Evolução da Estrutura Etária da População e Fonte: INE Recenseamento da População e da Habitação Numa análise da sub-região Minho-Lima, constata-se que o concelho de Valença apresenta uma proporção de pessoas com mais de 65 anos ( 22,2%) ligeiramente inferior à subregião (22,9%) ainda que superior à do Norte de Portugal (17,4%) e à média nacional (19,4%), situação esta agravada pelo facto da estrutura etária mais baixa (0-14 anos), ser inferior à média nacional em 2 pontos percentuais. É ainda de notar que, a nível distrital, Valença encontra-se entre os 4 concelhos com a menor percentagem de população idosa, ou seja, com 65 anos e mais, sendo os restantes: a capital de distrito, Viana do Castelo, Ponte de Lima e Vila Nova de Cerveira, por esta mesma ordem ascendente, sendo que Valença terá entre eles a maior percentagem de população na referida faixa etária. (Gráfico 10) 31

32 Gráfico 11 - Estrutura Etária da População ,2% 19,6% 22,0% 55,0% 56,2% 54,1% 19,8% 53,3% 23,6% 26,9% 50,6% 52,5% 28,2% 52,2% 36,0% 23,1% 46,4% 40% 54,4% 53,6% 60% 31,1% 17,4% 56,6% 80% 48,3% 19,4% 55,1% 100% 22,9% 120% 65 e ad ec er v eir a 13,3% 10,7% 13,6% 10,6% t el o 0-14 V il an ov V ia na do Ca s len ça 12,8% 10,0% 14,9% 12,0% Va Lim a 12,9% 11,0% Po n te ab ar c te d Po n de a 12,1% 10,3% 10,4% 9,2% o sd ec ou ra Pa re de Mo n Me lg aç çã o 9,1% 8,5% 11,9% 10,6% a Ca min h 11,2% 9,4% s co 12,9% 10,6% o- L ima Ar 14,6% 11,4% Min h No r te Po r tu g 0% 14,8% 10,7% 20% al Fonte: INE Recenseamento da População e da Habitação O envelhecimento da população deve ser entendido como um processo coletivo, inquestionável e incontrolável para as populações da atualidade. O desenvolvimento das sociedades contemporâneas, nomeadamente, no que diz respeito com os progressos (de ordem científica e tecnológica, económica, social, cultural, etc.) sobre a vida e a morte dos indivíduos, fez com que este processo se tivesse instalado. Em termos demográficos, o envelhecimento da população portuguesa pode ser compreendido em função do papel desempenhado por cada uma das componentes do sistema 32

33 demográfico: mortalidade, natalidade/fecundidade e movimentos migratórios. Por um lado, fruto da redução dos níveis de mortalidade nas idades mais jovens, aumentaram as hipóteses de os indivíduos se manterem com vida até às idades mais idosas, sendo cada vez maior a esperança de vida. Por outro lado, fruto dos avanços particularmente significativos nas últimas décadas do século XX sobre a mortalidade nas idades superiores, aumentaram as hipóteses de os idosos viverem mais tempo, o que contribuiu também para elevar o número dos idosos mais velhos. O envelhecimento é, desta forma, cada vez mais uma questão determinantes na configuração do concelho. A relação entre o número de idosos e de jovens tem vindo a traduzir-se, progressivamente, num aumento do Índice de Envelhecimento9 desde Gráfico 12 - Evolução do Índice de Envelhecimento Índice de Envelhecimento Fonte: INE Estimativas Provisórias da População 9 Índice de Envelhecimento: relação existente entre o número de idosos (65 anos e mais9 e a população jovem ( 0-14 anos). É habitualmente expresso em número de residentes com 65 ou mais anos por 100 residentes com menos de 15 anos 33

34 Se no concelho, em 2001, tínhamos 145 idosos por cada 100 jovens, atualmente esse valor teve um crescimento substancial, na ordem dos 120%, registando-se uma proporção de 174 idosos por cada 100 jovens no ano de (Gráfico 12) Segundo as estimativas anuais do Instituto Nacional de Estatística e comparativamente com a sub-região Minho-Lima, cuja proporção média se situava, no ano de 2012, de 177 idosos para 100 jovens, Valença apresenta o 3º menor índice de envelhecimento, seguido dos concelhos de Ponte de Lima (133/100) e de Viana do Castelo (144/100). A análise do Índice de Dependência Total10 permite uma melhor perceção sobre o esforço que a população valenciana exerce sobre a população ativa. Em 2011 verificou-se que Índice de Dependência Total rondou os 54, o que significa que, por cada 100 pessoas em idade ativa existiam 55 dependentes. Verifica-se no entanto, que no decorrer da última década regista-se um retrocesso gradual do índice. Em 2012, registam-se 54 dependentes. Este desagravamento do Índice de Dependência Total prende-se diretamente com o aumento do Índice de Dependência de Idosos11 que aumentou de 32,4 em 2011 para 34,2 em 2012, agravando-se em 5,6%. O Índice de Dependência de Jovens12, teve no mesmo período, um comportamento inverso, assinalando um decréscimo de 22,4 para 19,7 ( ). Após analisar as alterações demográficas anteriormente explanadas, verificamos, em oposição à tendência assumida nos primórdios da última década, que o índice de envelhecimento populacional no concelho de Valença não assume hoje valores tão negativamente representativos 10 Índice de Dependência Total: Relação entre a população jovem e idosa e a população em idade ativa. Definido habitualmente como a relação entre a população com 0-14 anos conjuntamente com a população com 65 ou mais anos e a população com anos. 11 Índice de Dependência de Idosos: Relação entre o número de idosos e a população em idade ativa. Definido habitualmente como a relação entre a população com 65 ou mais anos e a população com anos. 12 Índice de Dependência de Jovens: Relação entre a população jovem e a população ativa. Definido habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0-14 anos e número de pessoas com idades compreendidas entre os anos. 34

35 do cenário nacional ou até sub-regional (Minho-Lima), assumindo a este último nível a posição de um dos concelhos com valores, gradualmente, decrescentes ao longo do período assumido ( ). Quadro 5 População Idosa por Tipo de Alojamento População com 65 ou mais anos a residir em alojamentos familiares 2011 População com 65 ou mais anos de idade Alojamentos familiares de residência habitual nos quais todos os residentes têm 65 ou mais anos Total A residir em alojamentos familiares sem outras pessoas Total Com 1 pessoa com 65 ou mais anos Com 2 ou mais pessoas com 65 ou mais anos Arão Boivão Cerdal Cristelo Côvo Fontoura Friestas Gandra Ganfei Gondomil Sanfins São Julião São Pedro da Torre Silva Taião Valença Valença (Concelho) Fonte: INE Recenseamento da População e da Habitação 35

36 Ainda assim, apesar de, em comparação com as médias nacionais e sub-regionais, o índice de envelhecimento representativo do concelho ser inferior aos citados, o mesmo regista-se de forma crescente anualmente, o que se traduz em situações como as registadas no quadro nº 5, que nos espelha o número de idosos a residir em alojamentos familiares sem outra pessoa, mais de metade (57,62%) da população idosa encontra-se nessa situação. Evolução da População Residente nas Freguesias e Estrutura Etária Reportando-nos à evolução populacional à escala das freguesias no período de , verifica-se que a diminuição foi particularmente marcantes nas freguesias de Cristêlo-Côvo, Gondomil e São Julião, com variações percentuais negativas registadas na ordem dos 13,93% 12,50% - 11,46% respetivamente, sucessivas das freguesias de Arão e Silva com uma variação negativa de 7,56% e 7,47% correspondentemente. 36

37 Mapa 1 Densidade Populacional das Freguesias Fonte: SMPC/GTF Município de Valença No que diz respeito à estrutura etária e de género das freguesias, analisando a última década, verificamos que a tendência registada em 2001, para o número mais elevado de população do sexo masculino em prol do sexo feminino se alterou inversamente. Acrescido a tal facto, temos o envelhecimento substancial da população idosa (faixa etária dos 65 e mais anos) e a natural supressão do grupo etário compreendido entre os 0-14 anos e o crescente aumento da 37

38 classe adulta (25-64 anos). Dados estes espelhados demográficamente na caracterização concelhia anteriormente realizada. Quadro 6 Estrutura Etária da População Residente por Freguesia Grupos Etários (anos) Freguesia Total H H H H H H H H M M M M M M M M H M HM Total 2011 H M HM Arão Boivão Cerdal Crsitêlo-Côvo Fontoura Friestas Gandra Ganfei Gondomil Sanfins S. Julião S. Pedro Torre Silva Taião Valença Verdoejo Fonte: INE Recenseamento da População e da Habitação 38

39 Gráfico 13 Distribuição da População Idosa por Freguesia 25,33% 20,73% 18,83% 34,30% 28,10% 22,86% 16,54% 21,76% 27,94% 23,83% 20,11% 25,80% 24,54% 20,10% 21,83%40,86% Arão Gondomil Boivão Sanfins Cerdal S. Julião Crsitêlo-Côvo S. Pedro Torre Fontoura Silva Friestas Taião Gandra Valença Ganfei Verdoejo Fonte: INE Recenseamento da População e da Habitação É de notar que, em 2001, a freguesia com maior número de idosos foi Gondomil com 123 idosos (40,86%) num universo de 301 residentes, seguida de Boivão que registou 82 idosos (34,30%) em 239 residentes e S. Pedro da Torre com 354 idosos (27,94%) numa população de 1267 indivíduos. Inversamente, verifica-se que a freguesia da Silva é a freguesia com menor número de idosos a residir na mesma, apenas 43 (16,54%) numa população de 260 indivíduos, seguida de Valença com 646 (18,83%) idosos num total de 3430 residentes e simultaneamente de Gandra e S. Julião com, nomeadamente, 265 (20,10%) idosos em 1318 residentes e 73 (20,11%) idosos em 363 residentes. 39

40 Mapa 2 Índice de Envelhecimento nas Freguesias Fonte: SMPC/GTF Município de Valença A análise do Índice de Envelhecimento nas freguesias permite constatar que 93,75% das freguesias do concelho de Valença apresentam índices de envelhecimento acima dos registados em 2001, à exceção da freguesia de Gondomil que apresenta um índice, ligeiramente, amortizado 40

41 o que não resultou fator suficiente para não ocupar o pódio das freguesia com maior números de população idosa. As Migrações e a População Estrangeira Portugal foi, durante décadas, um país de emigração. Um número elevado da população portuguesa viu-se impelida a emigrar de forma a conseguir melhores condições de vida, tendo para o efeito optado por diversos países dentro e fora do espaço europeu: França, Venezuela, Estados Unidos da América, entre outros. A manifestação deste fenómeno prolongou-se até aos nossos dias, mas com configurações e destinos distintos. Atualmente, são os países africanos de língua oficial portuguesa que parecem produzir um forte poder de atracão para a mão-de-obra portuguesa, nomeadamente mão-de-obra altamente qualificada. E portanto, este fenómeno está sobejamente estudado, e é conhecido com um nível de profundidade bastante significativo. O inverso já não é verdade, ou seja, o fenómeno da imigração (entrada de pessoas com propósito permanente ou temporário de trabalho e/ou residência) constitui, hoje em dia, uma realidade relativamente recente, pelo menos no que diz respeito ao volume e proveniências dos imigrantes. Portugal assume-se, hoje, no contexto europeu e internacional como um país de destino para pessoas oriundas dos mais diversos países, com especial enfoque nos países da Europa de Leste, Ásia e Brasil. No final de 2012, a população estrangeira residente em Portugal totalizava cidadãos. As nacionalidades de estrangeiros residentes mais representativas em Portugal são o Brasil (25,3%), Ucrânia (10,6%), Cabo Verde (10,3%), Roménia (8,4%) e Angola (4,9%). Seguemse-lhes a Guiné-Bissau (4,3%), China (4,2%), Reino Unido (4,0%), Moldávia (2,8%) e São Tomé e 41

42 Príncipe (2,5%). Este grupo de dez nacionalidades mais representativas totaliza cerca de 77,2% da população estrangeira com permanência regular em Portugal ( indivíduos). Por conveniência de análise foram definidos, pelo SEF, quatro grandes grupos etários: 0-19 anos, anos, anos e mais de 65 anos. Assim, a população potencialmente ativa tem maioritariamente idades compreendidas entre os anos (46,8% da população estrangeira). A diferença na relação entre género nos grupos etários entre (47,33% de mulheres) e (33,38%) reflete alguma preponderância do género masculino nos primeiros fluxos migratórios para Portugal. É ainda importante salientar que em 2012 foram registadas emissões de primeiros títulos de residência. Este valor representa uma quebra de 15% na emissão de novos primeiros títulos face ao ano de 2011 (45.369). Analisando a questão por género predomina a emissão de títulos emitidos a cidadãos do sexo feminino (20.134), designadamente nos casos do Brasil (6.776), Cabo Verde (1.826) e Roménia (1.389). Nas principais nacionalidades, regista-se a preponderância do sexo masculino na Roménia (1.621), Guiné-Bissau (899), Espanha (692) e Reino Unido (666). No concelho de Valença, em 2012, registou-se um decréscimo no que diz respeito aos residentes estrangeiros, inscrevendo-se um total de 479 indivíduos, sendo que desses 52,4% são do sexo masculino e os restantes 47,6% são do sexo feminino. Nos últimos cinco anos registou-se um aumento gradual da população estrangeira residente no concelho, sendo que a partir de 2010, ano em que foi registado o maior número de imigrantes, iniciou o decréscimo do mesmo. De referir também, é o facto dos emigrantes serem, consecutivamente, em maior número do género masculino. 42

43 Gráfico 14 Evolução da População Estrangeira Residente M H Fonte: SEF Portal Estatístico Os concelhos fronteiriços ou próximos da fronteira são naturalmente os mais sensíveis a este intercâmbio de população, e Valença é exemplo disso, visto espanhola ser a nacionalidade dos residentes estrangeiros mais registada a seguir à Brasileira, com uma discrepância no género dos residentes, sendo que oriundos do Brasil se verifica um maior número de mulheres do que de homens, fator estreitamente ligado à prostituição, caracterizada neste concelho como prostituição de apartamento, a qual é desenvolvida essencialmente por mulheres de nacionalidade brasileira, como já havia sido referido pelo Observatório da Imigração, ACIME Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas. 43

44 Gráfico 15 População Estrangeira Residente por País de Origem Homens A le ma n A n ha go Bé la lgic a Br Bu as il Ca l bo gár ia Ve rd Ca Cana e za qu dá is t ão Ch i n C Es olô a tad m os Eq bia ua Un d ido s d Es pa or a A nh mé a ri Fr a c a n Gr ç a an a Ho da lan da Itá Le lia Ma tónia rro Mo c os ld Pa áv ia r ag ua Re i pú blic Rein Per ad ou u om nido inic Ro ana mé n Rú ia ss Se ia ne ga Su l íç Uz Uc r â a be nia q V e uis tã ne o zu ela Mulheres Fonte: SEF Portal Estatístico Fonte: SEF Portal Estatístico Hoje, num contexto de crise nacional, a imigração estagnou e assistimos, inclusive, ao regresso de muitos imigrantes aos seus países de origem; ao mesmo tempo que assistimos a uma emigração em larga escala dos jovens portugueses. As características destas migrações, que apesar de todas as resistências, mudam de orientação e ajustam os volumes de forma adequada ao emergir de bolsas de trabalho que se tornem atrativas. Com a atual conjuntura económica, a partir de 2011, constata-se isso mesmo, a Taxa de Crescimento Migratório13 no concelho de Valença traduz-se em valores negativos, o que denuncia que o número de emigrantes, excede o número de imigrantes. 13 Diferença entre a imigração (entrada) e a emigração (saída) numa determinada região durante o ano. O saldo migratório é geralmente calculado com base na diferença entre a variação populacional e o crescimento natural entre dois períodos ( saldo migratório ajustado). Por conseguinte, as estatísticas sobre saldos migratórios são afetadas por todas as imprecisões estatísticas nas duas componentes desta equação, especialmente a variação populacional. (metainformação Eurostat) 44

45 Gráfico 16 Evolução da Taxa de Crescimento Migratório 0,93 0, ,8 0,49 0,39 0,6 0,53 0,43 0,4 0,39 0, , ,2-0, , ,21 0, ,42-0,6 Fonte: INE Indicadores Demográficos Em Valença, em 2012, regista-se um valor negativo de 59 indivíduos, ou seja, o Saldo Migratório, ou o balanço entre a emigração e a imigração no concelho, é negativo, o que se traduz num decréscimo da população pois, emigraram mais 59 indivíduos do que o total dos imigrantes registados. Esta tendência também é registada a nível nacional com menos indivíduos e ao nível da sub-região Minho-Lima com menos 785 indivíduos. 45

46 2 Habitação 46

47 2 Habitação A habitação é um dos domínios que se encontra consagrado na Constituição da República Portuguesa, no seu artigo 65.º, cujo conteúdo formal indica que todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar. A política de habitação, pelas suas características intrínsecas, tem uma forte ligação com dimensões tão variadas, como a economia, a vertente social, o ordenamento do território e o planeamento urbano, o que implica que esta não deverá ser encarada de forma isolada e que as ações, neste campo, devem ser entendidas de forma integrada. Em relação às condições de habitabilidade, a qualidade de vida da população depende, em grande parte, do acesso à habitação e das características da mesma. As condições de habitabilidade, são analisadas genericamente através dos seguintes indicadores de qualidade: serviço de infraestruturas, instalações existentes, tipo de ocupação do alojamento e índice de lotação. O crescimento populacional faz-se acompanhar, geralmente, pelo aumento da construção de edifícios, isto é, pelo aumento da urbanização do território. Trata-se de um crescimento que pode dar origem a novas lógicas de organização dos espaços, bem como ao delinear de novas infra-estruturas e respostas sociais. Efetivamente, se à urbanização dos espaços podem ser atribuídas virtualidades, nomeadamente ao nível do desenvolvimento económico, em contrapartida, se não for devidamente acompanhado, pode dar origem a um conjunto de problemas sociais. 47

48 De acordo com a Tipologia das Áreas Urbanas (TIPAU), definida pelo INE, que assenta na freguesia como sendo a unidade geográfica de análise, são definidos três níveis, dos quais dois são urbanos: Áreas Predominantemente Urbanas (APU); Áreas Medianamente Urbanas (AMU); e Áreas Predominantemente Rurais. Para a definição destas áreas, conjugam-se vários critérios, nomeadamente: taxa de variação da população residente e número de alojamentos; categoria administrativa das freguesias; propostas dos PDM ratificados e dos PROT aprovados; ocupação sazonal dos alojamentos. Procedendo à caracterização tipológica do concelho de Valença, e recorrendo ao critério da densidade populacional é evidente a tipologia de Área Mediamente Urbana (AMU). Analisando a evolução da construção no município de Valença, verifica-se a existência de três períodos, significativos, mais favoráveis à construção de novos edifícios: 2001, 2005 e 2008, ainda que de forma decrescente entre eles. Todos foram precedidos por outro com menor atividade no sector, caracterizando-o à imagem da evolução a nível nacional, tendencialmente decrescente. 48

49 Gráfico 17 Evolução do número de Edifícios 2001 a Nº de Edifícios Fonte: INE Estatísticas das Obras Concluídas As freguesias que registaram o maior número de edifícios construídos, em 2011, são: Valença, Cerdal, Ganfei e Cristêlo-Côvo, sendo que Valença e Cristêlo-Côvo são duas das freguesias com mais densidade populacional mas as restantes, curiosamente, em termos de densidade populacional não ocupam lugar de destaque que justifique a sua nomeação. 49

50 Gráfico 18 Proporção de edifícios construídos entre ,10% 0,16 0,15 14,39% 0,15 0,14 0,14 12,85% 0,13 Proporção de edifícios construídos 0,13 0,12 0,12 Portugal Minho-Lima Valença Fonte: INE Recenseamento da População e da Habitação Verifica-se que o concelho de Valença, apesar da evolução da construção de edifícios ao longo da última década censitária, situa-se 2,25 pontos percentuais abaixo da proporção de construções registada na sub-região Minho-Lima, ainda que mais próximo da média nacional de 14,39%. 50

51 Quadro 7 Edifícios por Época de Construção 2011 Época de Construção Nº % Anterior a , , , , , , , ,85 Total ,00% Fonte: PORDATA Metade dos edifícios recenseados no concelho de Valença foram construídos após o início da década de 70, sendo que a idade média dos mesmos situa-se nos 37 anos. O período entre 1971 e 1980 foi aquele que registou a maior proporção de edifícios novos. Neste período de nove anos foram construídos quase 30% dos edifícios do concelho. 51

52 Gráfico 19 Alojamentos familiares ocupados por instalações existentes 5244 Esgoto Instalações Sanitárias Duche/Banho Água canalizada 4850 Fonte: PORDATA No que diz respeito às instalações de que os alojamentos beneficiam denota-se um crescimento a 100% das inalações sinalizadas na última década. Assim, e com os valores mais representativos, relevamos o facto de a água canalizada e o serviço de esgotos chegar, em 2001, a 97,86% e 94%, respetivamente, dos alojamentos e em 2011 as percentagem ascenderem para um total de cerca de 100% em ambos os casos, a rede de água canalizada serve 99,24% e a rede de esgotos 99,28% dos alojamentos. 52

53 Gráfico 20 Edifícios Residenciais e Não Residenciais Não Residenciais 4000 Residenciais Residenciais Fonte: PORDATA Não Residenciais Em 2011, apenas 0.7% dos edifícios que constroem o concelho não são edifícios residenciais. É ainda de notar que 99,75% dos alojamentos são de cariz familiar, sendo que 6817 são clássicos (99,6%) e 0,4% Não clássicos, apenas 0,25% são registados como alojamentos do tipo coletivo. Quadro 8 Alojamentos segundo o Tipo 2011 Alojamentos Familiares Clássicos Alojamentos Familiares Alojamentos Familiares NÃO Clássicos 8119 Barracas 9 Outros 2 Alojamentos Coletivos 20 Total Alojamentos 8150 Fonte: PORDATA 53

54 Gráfico 21 Alojamentos Familiares Clássicos por Forma de Ocupação ,74% 24,29% Residência Habitual Alojamentos Vagos Residência Secundária ou Uso Sazonal 64,97% Fonte: INE Recenseamento da População e da Habitação No parque habitacional do concelho, verifica-se que pouco mais de metade dos alojamentos (5.282, recorde-se num total de 8.130) se destinam a residência habitual, pelo que se observa um número significativo de fogos vagos (1.975) e de alojamentos que se destinam a segunda residência (873). Conforme se verifica no gráfico, mais de 20% dos alojamentos familiares clássicos são ocupados como segunda residência ou de uso sazonal. O crescimento desta forma de ocupação e significativo e são apontados três fatores: - O fato da geração migrante dos anos 60 ser herdeira, a partir da década de 80, do património dos seus pais que se mantiveram em meio rural; - Um aumento da aquisição de segunda residência para lazer; 54

55 - A promoção das potencialidades turísticas e climatéricas que atraem população estrangeira, sobretudo do norte da Europa. Gráfico 22 Alojamento de Residência Habitual por Regime de Ocupação Proprietário ou coproprietário Proprietário em regime de propriedade coletiva de cooperativa de habitação Arrendatário ou subarrendatário 306 Outra situação Fonte: INE Recenseamento da População e da Habitação No que toca à residência de ocupação habitual sublinha-se a alta percentagem de ocupantes proprietários e a fraca dinâmica do mercado do arrendamento, conforme se pode verificar no gráfico nº22, sendo este mais demarcante nas freguesias de Valença (26,91% dos alojamentos), Arão (19,93%), Cristêlo-Côvo (19,01%), S. Pedro da Torre (11,46%) e Gandra (9,70%). Este facto deve-se, essencialmente, à implementação de uma política de apoio à compra de habitação própria, levada a cabo em anos anteriores, à fraca atratividade do mercado de arrendamento, que tem tendência a alterar-se com a atual conjuntura económica, e a escassa oferta de habitação social existente no concelho. 55

56 Gráfico 23 Valor Médio Mensal ( ) das Rendas de Alojamento ,99 227,14 218, Portugal Minho-Lima Valença Fonte: INE Recenseamento da População e da Habitação As facilidades proporcionadas, até 2011, pela banca na concessão do crédito para aquisição de habitação, com encargos mensais muito próximos dos valores praticados nos arrendamentos, e a reduzida oferta de habitações para arrendar impossibilitaram o crescimento do regime de arrendamento. Esse facto é espelhado pelo gráfico nº23, onde se pode verificar que em 2011 o valor médio mensal do arrendamento em Valença era superior ao valor médio mensal nacional e sub-regional, situação registada inversamente, como é de esperar, na década anterior. 56

57 Gráfico 24 Valor Médio Mensal ( ) dos Encargos para Aquisição de Habitação Portugal Minho-Lima Valença Fonte: INE Recenseamento da População e da Habitação Conforme ilustra o gráfico nº24, e comparativamente ao explanado anteriormente, denotase que, no que diz respeito aos encargos médios mensais para aquisição de habitação, inversamente ao que aconteceu com os valores médios de arrendamento, o valor registado em Valença apresentou-se sempre inferior à média nacional e sub-regional. 57

58 Habitação Social Segundo a portaria nº 580 do Diário da República, I série, nº 113, de 17 de maio de 1983, São consideradas habitações sociais, as habitações de custos controlados promovidas pelas Câmaras Municipais, cooperativas de habitação económica, pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social e pela iniciativa privada com apoio financeiro do Estado e destinadas à venda ou ao arrendamento nas condições de acesso estabelecidas. Integradas nas medidas de política social do Estado e do Poder Local, a habitação social constitui-se como uma resposta estrutural destinada a uma franja da população com menores recursos económicos, permitindo-lhes o acesso a uma habitação que reúna as condições necessárias ao seu desenvolvimento e melhor qualidade de vida. O Município de Valença é proprietário de 72 fogos em urbanizações Municipais nas freguesias de Friestas (19 habitações), S. Pedro da Torre (16 habitações), Bogim Cerdal (25 habitações) e Passos Cerdal (12 habitações). Os dados apresentados remetem-se ao ano de 2011, aquando da atualização dos mesmos pelo serviço de Ação Social do Município. Bairro Social de Friestas O bairro social de Friestas é constituído por 19 fogos de habitação, com um total de 58 pessoas, que representam 25% do total de indivíduos que habitam os Bairros Sociais do Concelho de Valença. 58

59 Quadro 9 Caracterização Populacional do Bairro Social de Friestas 2011 No. de Habitantes 58 No. de Habitantes Masculinos 27 No. de Habitantes Femininos 31 No. de Habitantes menores femininos 8 No. de Habitantes menores masculinos 6 Fonte: SAS Município de Valença Verifica-se que os residentes deste bairro são maioritariamente (63,79%) do sexo feminino, sendo que no total da população 24,14% são menores. Quanto ao nível de escolaridade dos habitantes deste Bairro, verifica-se que dois indivíduos não possuem escolaridade, só 27,58% da população maior de idade residente neste bairro apresenta escolaridade igual ou inferior ao Ensino Básico 1º ciclo e 34,48% apresentam uma escolaridade entre o Ensino Básico do 2º e 3º ciclos. Este bairro é o único que tem indivíduos com frequência académica superior. 59

60 Gráfico 25 Caracterização Sócio-económica da População residente no Bairro Social de Friestas Desempregado Trab. por conta de outrem Trab. precário Estudante Trab. Por conta própria Reformado Fonte: SAS Município de Valença No que diz respeito a uma das situações mais preocupantes da população na atual conjuntura, verifica-se que quase metade da população (46,30%) tem de alguma forma uma fonte de rendimento, sendo que 20,37% dos residentes do bairro se encontram em situação de desemprego. 60

61 Bairro Social de São Pedro da Torre Este bairro é constituído por 16 fogos de habitação que estão habitados por 48 pessoas que representam 21% do total de indivíduos que habitam os Bairros Sociais do concelho de Valença. Quadro 10 Caracterização Populacional do Bairro Social de S. Pedro da Torre 2011 No. de Habitantes 48 No. de Habitantes Masculinos 19 No. de Habitantes Femininos 29 No. de Habitantes menores femininos 6 No. de Habitantes menores masculinos 1 Fonte: SAS Município de Valença Os habitantes deste bairro são maioritariamente (72,92%) do sexo feminino, sendo que no total da população 14,58% são menores. O nível de escolaridade dos habitantes deste Bairro Social não é elevado: 3 indivíduos analfabetos; 7 indivíduos que não concluíram o Ensino Básico; e 12 indivíduos que só frequentaram e concluíram o Ensino Básico. Podemos então verificar que 45,8 % da população maior de idade residente neste Bairro Social apresenta escolaridade igual ou inferior ao Ensino Básico. 61

62 Gráfico 26 Caracterização Sócio-económica da População residente no Bairro Social de S. Pedro da Torre Desempregado Reformado Part Time Trab. por conta de outrem Estudante Pensionista Sem resposta Fonte: SAS Município de Valença No que diz respeito à situação da população face ao emprego verifica-se que 40,43% da população encontra-se a trabalhar por conta de outrem, seguido de 21,28% de população em situação de desemprego. Bairro Social de Passos Cerdal O bairro social de Passos é constituído por 12 fogos de habitação que estão habitados por 47 pessoas que representam 20% do total de indivíduos que habitam os Bairros Sociais do concelho de Valença. 62

63 Quadro 11 Caracterização Populacional de Passos - Cerdal 2011 No. de Habitantes 47 No. de Habitantes Masculinos 28 No. de Habitantes Femininos 16 No. de Habitantes menores femininos 4 No. de Habitantes menores masculinos 8 Fonte: SAS Município de Valença Os habitantes deste bairro são, ao contrário do registado nos restantes, maioritariamente (76,59%) do sexo masculino, sendo que ¼ da população residente (25,53%) são menores. Quanto ao nível de escolaridade dos habitantes deste Bairro Social só 1 indivíduo é analfabeto. Podemos então verificar que 57,14 % da população maior de idade residente neste Bairro Social apresenta escolaridade igual ou superior ao Ensino Básico 2º e 3º ciclo. 63

64 Gráfico 27 Caracterização Sócio-económica da População residente no Bairro Social de Passos Desempregado Trab. por conta de outrem Estudante Reformado Sem resposta Pensionista Fonte: SAS Município de Valença Face ao emprego, verifica-se que este bairro é o que detém em maior número, a população residente em situação de desemprego, sendo que apenas 20% se encontram a exercer alguma função remunerada. Bairro Social de Bogim Cerdal Este bairro é constituído por 25 fogos de habitação que estão habitados por 78 pessoas que representam 34% do total de indivíduos que habitam os Bairros Sociais do concelho de Valença. 64

65 Quadro 12 Caracterização Populacional de Bogim - Cerdal 2011 No. de Habitantes 78 No. de Habitantes Masculinos 37 No. de Habitantes Femininos 41 No. de Habitantes menores femininos 15 No. de Habitantes menores masculinos 12 Fonte: SAS Município de Valença Os habitantes deste bairro são maioritariamente (71,79%) do sexo feminino, sendo que no total da população 34,62% são menores. Quanto ao nível de escolaridade dos habitantes deste Bairro Social de Bogim só 1 indivíduo é analfabeto. Podemos então verificar que 35,2 % da população maior de idade residente neste Bairro Social apresenta escolaridade igual ao Ensino Básico 1º ciclo, e 45% apresentam uma escolaridade entre o Ensino Básico do 2º ou 3º ciclo. 65

66 Gráfico 28 Caracterização Sócio-económica da População residente no Bairro Social de Bogim Desempregado Trab. por conta de outrem Reformado Estudante Sem resposta Fonte: SAS Município de Valença No que diz respeito à situação da população face ao emprego verifica-se que 40,43% da população encontra-se a trabalhar por conta de outrem, seguido de 21,28% de população em situação de desemprego. Estas habitações foram construídas no âmbito de um acordo de colaboração celebrado entre o Município e o IHRU, tendo em vista o realojamento de famílias mais vulneráveis, em regime de renda apoiada. Tratam-se de moradias geminadas constituídas por dois pisos. O valor 66

67 das rendas mensais oscilam entre os 9,66 e os 183. Existe ainda um Bairro situado na sede do Concelho que é propriedade do Instituto de Gestão Financeira, denominado Bairro da Boavista, constituído por 4 Blocos de habitação coletiva com 60 habitações, sendo que mais de 50% destas habitações foram adquiridas pelos moradores. O Município é proprietário de 2 habitações neste Bairro. Uma delas está arrendada e outra ficou devoluta recentemente. Além dos já referenciados, o Município é ainda proprietário de 6 fogos no Bairro da Raposeira. Trata-se de um Bairro construído na década de 50, localizado nas proximidades da Nova Ponte Internacional, sendo que a renda cobrada aos inquilinos é apenas simbólica (1 ). Ainda no âmbito da habitação social, estão registados 54 fogos de habitação a custos controlados localizados na sede do Concelho, estes fogos foram adquiridos pelos moradores. Recuperação de Habitações Degradadas Em 2008 o Município através do regulamento Municipal para Recuperação de Habitações Degradadas de estratos Sociais Desfavorecidos, criou uma medida de apoio à execução de obras de recuperação e conservação de habitações degradadas. Esta medida tem como objetivo proporcionar melhores condições habitacionais a agregados familiares carenciados, residentes no Concelho de Valença e proprietários da habitação. Desde a implementação da medida, em Novembro de 2008, deram entrada 76 pedidos. Neste período foram deferidos e concluídos 28 processos. Estes deferimentos totalizaram um encargo para o Município de aproximadamente de Cinco processos encontram-se a aguardar deliberação de Câmara e 17 foram indeferidos, uma vez que os requerentes não reuniam os requisitos exigidos. 67

68 Plantas sociais No sentido de incentivar a auto-construção e a reabilitação de habitações degradadas a Câmara Municipal concede plantas sociais gratuitas a agregados familiares carenciados. Anualmente concedem-se até de 15 plantas sociais. 68

69 3 Educação e Formação Profissional 69

70 3 Educação e Formação Profissional A educação não é apenas uma simples aquisição de saber, é o pré-requisito central para o desenvolvimento político e económico, para a igualdade social e para a democracia. De acordo com os recenseamentos de 2001 a 2011 verifica-se que o nível de qualificação académica da população residente no concelho de Valença evoluiu favoravelmente. Relativamente aos censos de 2001 constata-se a diminuição significativa da população com níveis de qualificação mais baixos, nomeadamente população sem qualquer tipo de escolaridade e 1º e 2 ciclos. Por outro lado verifica-se um aumento da população que possui o 3º ciclo, secundário e superior. O número de indivíduos com formação superior duplicou, face a 2001, passando de 590 para 1208, ou seja 8,5%, conforme se pode verificar no gráfico 29. Apesar do aumento verifica-se que a taxa da população que possui o ensino superior se situa abaixo da média nacional, que se situa nos 12%. Ao analisar o gráfico 30 relativamente à escolarização por sexo verifica-se que as mulheres possuem as qualificações mais elevadas. Do total da população com ensino superior completo, cerca de 67% são mulheres (645). Esta situação também se verifica no ensino secundário, com uma percentagem de 55%. No 2º e 3º ciclo a percentagem de homens é superior às mulheres. No ensino básico e sem qualquer nível de ensino as mulheres voltam a apresentar valores mais elevados. 70

71 Gráfico 29 - Nível de Escolaridade da População Residente com mais de 15 anos Censos TOTAL Superior Secundário e Pós-Secundário 3º ciclo º ciclo º ciclo Sem Escolaridade Fonte: PORDATA Gráfico 30 - Nível de Escolaridade da População residente com mais de 15 anos / / / / un dá r io Ci cl o 3º Ci cl o 2º 1º Ci cl o Se c Pr é -e sc ol ar 0 Fonte: INE 71

72 O concelho de Valença caracteriza-se por uma grande diversidade de níveis de educação/ensino, englobando 8 estabelecimentos para a educação pré-escolar, 5 escolas básicas com o 1º ciclo, 2 escolas básicas que integram a educação pré-escolar, 6 jardins-de-infância e 1 escola básica e secundária para o 2º e 3º ciclos e ensino secundário. Para além disso, existe um estabelecimento de ensino superior e uma escola técnico-profissional. Com o objetivo de proporcionar uma imagem dos estabelecimentos de ensino de Valença, apresenta-se de seguida uma breve descrição dos mesmos. Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho O Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho abarca todos os estabelecimentos de ensino pré-escolar, ensino básico e secundário do concelho. A escola básica e secundária é frequentada por 895 alunos, distribuídos pelo 2º (272 alunos) e 3º (343 alunos) ciclos do ensino básico, ensino secundário e cursos profissionais (280 alunos). A educação pré-escolar é frequentada por 295 crianças e o 1º ciclo do ensino básico por 511 alunos. Refira-se que estes números correspondem ao ano letivo 2011/2012. Na escola sede existem os serviços necessários à ação educativa: biblioteca, serviços de psicologia e orientação, salas específicas/laboratórios, bufete, refeitório, papelaria, salão polivalente, reprografia, serviços de ação social escolar, serviços de administração escolar e órgão de gestão. Além disso, existe uma Unidade de Apoio Especializado que no ano letivo 2011/2012 prestou apoio a 5 alunos. Para os alunos do 1º ciclo e pré-escolar existem as AEC (Atividades de Enriquecimento 72

73 Curricular) e as Atividades de Animação e Apoio à Família, respetivamente, promovidas pelo município que funcionam do período das 15h30 às 17h30. No pré-escolar são desenvolvidas atividades de animação e apoio à família e no 1º ciclo, Educação Física, Educação Musical e Língua Inglesa. Todos os alunos usufruem dos transportes escolares disponibilizados pela Câmara Municipal e pelos serviços de carreira de empresas privadas. No que se refere aos recursos humanos, trabalham no agrupamento 165 docentes e 107 não docentes. De referir que relativamente aos não docentes, integraram também 10 elementos ao abrigo do Programa Contrato Emprego-Inserção. Escola Superior de Ciências Empresariais A ESCE/Escola Superior de Ciências Empresariais, única instituição de ensino universitário no concelho é uma entidade orgânica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo e está localizada no centro urbano de Valença. O Instituto Superior Politécnico e as escolas superiores que o integram, entre elas a ESCE, foram criados com o objetivo de se constituírem como centros de formação cultural e técnica de nível superior aos quais cabe ministrar a preparação para o exercício de atividades profissionais altamente qualificadas e promover o desenvolvimento das regiões em que se inserem. Não obstante a sua curta existência (iniciou a atividade letiva em Novembro de 2001), a ESCE disponibiliza uma oferta formativa variada aos níveis de graduação e pós-graduação e de especialização tecnológica. Paralelamente a estas atividades formativas, a ESCE tem-se ainda destacado na organização regular de conferências, seminários, exposições e outros eventos e 73

74 atividades de disseminação de conhecimento. No ano letivo 2011/2012 foram frequentadas as licenciaturas de Informática de Gestão, Gestão da Distribuição e Logística, Contabilidade e Fiscalidade, Marketing e Comunicação Empresarial (em horário laboral e pós laboral). O Curso de Especialização Tecnológica (CET) ministrado foi o de Contabilidade e Gestão e a pós-graduação foi em Gestão da Qualidade. Nesta instituição de ensino universitário trabalham 33 docentes (incluindo o diretor e o sub-diretor) e 5 não docentes. ETAP Escola Profissional A ETAP Escola Tecnológica, Artística e Profissional foi criada em 1989 tendo como sede o concelho de Caminha e um pólo em Vila Praia de Âncora. Anos mais tarde foram criados os pólos de Vila Nova de Cerveira, Valença e Viana do Castelo. O facto de ter sido a primeira escola profissional a ser criada na região norte e a segunda a nível nacional transforma a ETAP numa das escolas mais prestigiadas do país. Promovendo cursos de formação profissional de nível II e IV nas áreas de Hotelaria e Turismo, Construção Civil, Artes Gráficas, Informática, Design, Ambiente e Administração, Comunicação, Imagem e Som, Multimédia e Comércio, a ETAP contribui assim para a diversificação das opções de ensino, para a formação dos jovens e preparação para o exercício profissional. A ETAP está acreditada pela DGERT nos domínios da conceção, organização, planeamento, desenvolvimento e avaliação das atividades formativas e foi a primeira a ser certificada com o ISO

75 No ano letivo 2011/2012 frequentaram este estabelecimento de ensino no pólo de Valença 151 alunos. Ao nível dos recursos humanos a ETAP integrou 21 docentes e 4 colaboradores não docentes. Os cursos ministrados foram Operador de Informática, Operador de Eletrónica, Técnico de Gestão, Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, Técnico de Marketing, Técnico de Informática de Gestão, Técnico de Contabilidade e Técnico de Eletrónica, Automação e Comando. Fazendo uma análise comparativa entre o ano letivo 2007/2008 e 2011/2012 constata-se um aumento de 19,84% relativamente ao número de alunos. Analisando a situação atual do concelho, verifica-se que a distribuição do número de alunos por níveis de escolaridade da população residente em Valença registou progressos pouco expressivos ao nível do pré-escolar (com um aumento de 5,7%) e do 2º ciclo (com um aumento de 0,74%). Ao nível do 1º e do 3º ciclos verificou-se um retrocesso, tendo sido de 14,68% no 1º ciclo e de 25,07% no 3º ciclo. A população apurada que possui o ensino secundário completo é de 280 pessoas quando em 2007/2008 apenas 200 detinham esse grau. Realça-se que estes dados resultam da análise entre o ano letivo 2007/2008 e 2011/2012 e as informações contidas nesta categoria foram fornecidas pelo Agrupamento de Escolas. 75

76 Gráfico 31 Evolução do Número de Alunos Inscritos por Nível Escolar 2007/2008 a 2011/ / / / / / Pre-escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Fontes: GEPE - Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação, Ministério da Educação e Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho - Valença Quadro 13 Taxa de Retenção e Desistência no Ensino Básico e Secundário 2007/2008 a 2010/2011 Escolaridade/Ano Letivo 2007 / / / / º Ciclo 1,2 3,4 2,5 3,6 2º Ciclo 2,9 9,6 7 6,1 3º Ciclo 11,9 13, ,5 Ens. Secundário 5,2 14,5 16,6 15,3 Fonte: GEPE 76

77 Gráfico 32 Taxa de Retenção e Desistência no Ensino Básico e Secundário 2007/2008 a 2010/ / / / / º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ens. Secundário Fonte: GEPE Pode constatar-se que a taxa de retenção e desistência no ensino básico e secundário sofreu um aumento acentuado. No ano letivo 2011/2012 o nível de ensino que registou a taxa de retenção mais elevada foi o 3º ciclo. É ainda de referir o facto de não se ter verificado situações de abandono nestes níveis de ensino. 77

78 Gráfico 33 Taxa de retenção por Nível de Escolaridade 2011/ , , Taxa de Retenção 6 4 5, º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Fonte: Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho Gráfico 34 Média dos níveis de classificação das provas de aferição do 1º, 2º e 3º Ciclos a Língua Portuguesa e Matemática 2011/ , , ,7 54,4 47,6 40 Médias Língua Portuguesa 30 Médias Matemática º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Fonte: Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho 78

79 As provas de aferição no 1º ciclo destinam-se apenas ao 4º ano, no 2º ciclo ao 6º ano e no 3º ciclo (9º ano de escolaridade) as provas finais de ciclo. Observa-se através do gráfico 31 que os melhores resultados obtidos no ano letivo 2011/2012 nas provas de aferição se verificam, nos três níveis de ensino, à disciplina de língua portuguesa. É ainda de realçar que, apenas no 3º ciclo à disciplina de matemática, se obteve média negativa. Quadro 14 Média dos Resultados do Ensino Secundário por Prova 2011/2012 Disciplinas Nacional Distrital Valença Português 10,4 13,8 11 Matemática 10,4 13,5 8,4 Biologia e Geologia 9,8 14 8,9 Física e Química 8,1 13,7 6,1 História 11,8 13,6 11,3 Economia 11,7 14,7 14,5 Geografia 10,7 14,1 10,1 Fonte: Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho Os resultados obtidos no agrupamento aproximam-se da média nacional com exceção de português e economia onde a média é superior. Relativamente à média distrital os resultados do agrupamento situam-se abaixo em todas as disciplinas. 79

80 Educação e Formação de Adultos Os cursos de educação e formação de adultos têm como principal objetivo elevar os níveis de habilitação escolar e profissional da população portuguesa adulta, através de uma oferta integrada de educação e formação que potencie as suas condições de empregabilidade e certifique as competências adquiridas ao longo da vida. Estes cursos são destinados à população que não possua a escolaridade de 9º e 12º anos, sem qualificação profissional, empregados ou desempregados, inscritos no Centro de Emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional ou indicados por outras entidades. Estes cursos, com dupla certificação escolar e profissional conferem certificação escolar equivalente ao 1º, 2º ou 3º ciclos do ensino básico e secundário e certificação profissional de nível 1, 2, 3 ou 4. A massificação do acesso à educação registada nas últimas décadas beneficiou, sobretudo, as camadas mais jovens da população sem introduzir alternativas adequadas às gerações mais velhas que não tiveram oportunidade, aquando da idade escolar, de frequentar ou permanecer no sistema educativo o tempo necessário para a aquisição de um conjunto de competências que garanta o exercício dos direitos de cidadania, a manutenção de uma situação de emprego estável ou mesmo a entrada num processo de reconversão profissional. Por este motivo, a par da vertente escolar, foi desenvolvido o processo RVCC (Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Profissionais) para a vertente profissional, visando contribuir para o aumento dos níveis de qualificação formal da população ativa, bem como constituir uma segunda oportunidade de formação para aqueles que não frequentaram ou abandonaram precocemente os sistemas de educação e formação. Este processo integra a iniciativa Novas 80

81 Oportunidades, passando a constituir uma resposta simultânea às necessidades de dupla certificação escolar e profissional dos adultos empregados e desempregados. Atualmente o Governo procedeu ao redimensionamento da rede de Centros de Novas Oportunidades sendo algumas destas estruturas extintas, como foi o caso do concelho de Valença dos CNO que funcionavam no Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho e na ETAP. Os resultados alcançados de 2007 a 2012 pelo CNO do Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho estão espelhados na tabela abaixo. Quadro 15 Resultados das Certificações RVCC e Cursos EFA Certificações RVCC Ano Cursos EFA Básico Ensino Secundário TOTAL Ano letivo 2º Ciclo 3º Ciclo Ensino Secundário TOTAL / / / / / Fonte: Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho 81

82 Qualificação Profissional Relativamente a este tema, o município de Valença dispõe de um vasto conjunto de entidades formadoras que dinamizam ações nas mais variadas áreas cujo principal objetivo é promover competências pessoais e profissionais com vista à obtenção de emprego e o consequente incremento da economia, inclusão social e condições de vida da população. 82

83 4 Cultura Associativismo Equipamentos Desportivos e Recreativos 83

84 4 Cultura Associativismo Equipamentos Desportivos e Recreativos O associativismo, nas suas diferentes formas e objetivos é, por um lado, manifestação de uma sociedade mais ativa e, por outro, promotora de um desenvolvimento mais próximo dessa sociedade. Por esta razão, o número de associações ativas numa dada comunidade reflete o grau de empenho voluntário da respetiva população. No concelho de Valença encontram-se registadas um total de 40 associações nas mais diversas áreas. Porém, este número acaba por não abranger a totalidade de associações existentes no Concelho, algumas das quais estão atualmente inativas, ainda que continuem a existir oficialmente. A maior parte das associações desenvolve atividades no âmbito da cultura e do desporto, havendo igualmente, em número mais reduzido, na área social, onde se registam alguns Institutos Particulares de Solidariedade Social, sendo estas referidas no capítulo da Ação Social (Cap.6), assim como outras Associações individuais, como é o caso da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, a Associação de Habitantes de Chamosinhos e a Associação de Pais do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho. 84

85 Quadro 16 Associações Culturais e Recreativas do Conselho de Valença Nome Associação Localidade Associação Cultural de Verdoejo Verdoejo Associação Cultural e Recreativa de Gondomil Gondomil Associação Cultural e Recreativa de Taião Taião Associação Cultural e Recreativa Silvense Silva Associação Musical de São Pedro da Torre São Pedro da Torre Confraria de São Teotónio Ganfei Confraria do Faro Ganfei Coral Polifónico de S. Teotónio Valença Escuteiros de Valença Valença Grupo Cultural e Recreativo Os Camponeses Minhotos de Cerdal Cerdal Liga dos Amigos do Concelho Valença Lisboa Valença Liga dos Amigos do Faro Ganfei Rancho Folclórico de São Julião São Julião Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento Muralhas do Minho Valença Grupo de Amigos do Bombinho Fontoura Associação de Jovens de Fontoura Fontoura Fonte: Município de Valença 85

86 Quadro 17 Associações Desportivas do Conselho de Valença Nome Associação Localidade Os Peixinhos Valença Associação C.R. e Desportiva de Sanfins Sanfins Associação de Artes Marciais Chinesas do Vale do Minho Valença Associação Desportiva de Cerdal Cerdal Associação Desportiva Verdoejense Verdoejo Associação Hípica Os Amigos da Montura Valença Basket Clube de Valença Valença Centro Cultural Recreativo e Desportivo Fontourense Fontoura Club de Parapente Asas do Minho Valença Clube de Atividades Aquáticas do Alto Minho Valença Clube de Caça e Pesca Contrasta Cerdal Clube de Caçadores Os Torreenses São Pedro da Torre Clube Tracção ás 4 de Valença Valença Columbofilia Valença Grupo Desportivo Ganfeiense Ganfei Grupo Motard Transfronteiriços de Valença Valença Judo Clube de Valença Valença Núcleo de Árbitos de Valença São Pedro da Torre Núcleo Sportinguista Valença Sociedade Recreativa Segadanense Crsitêlo-Côvo Sport Clube Valenciano Valença União Desportiva Friestense Friestas Valença Hóquei Clube Valença Fonte: Município de Valença 86

87 No que se refere aos equipamentos desportivos, destaca-se do quadro seguinte o facto de quase todos se localizarem na freguesia de Valença. Temos assim que, apesar do seu reduzido número nas freguesias, referir que os equipamentos desportivos municipais localizados em Valença estão a ser utilizados por todas elas. Quadro 18 Espaços Desportivos e Áreas de Lazer do Conselho de Valença Espaços Desportivos / Áreas de Lazer Estádio Lourenço Raimundo Fit-Body ginásio da Piscina Municipal Body Gym Campo de ténis Campo de tiro Court de Ténis do Hotel Valença do Minho Posto Náutico Mini-Polidesportivo da Feira Polidesportivo de Ganfei Polidesportivo de São Pedro da Torre Polidesportivo de Verdoejo Piscina de Boivão Piscina Municipal Piscina do Hotel Valença do Minho Polidesportivo 1 e 2 Trilhos Pedestres Eurocidade Ecopista do Rio Minho Espaços Naturais Fonte: Município de Valença 87

88 Equipamentos, Museus, Património cultural e Eventos Valença distingue-se pelos seus recursos naturais, pela cultura histórica, pelas tradições e gastronomia. Nas ultimas décadas tem assumido o sector da Cultura, como um dos vetores chave na sua estratégia de desenvolvimento e afirmação territorial. Representativamente ligada aquela que dá imagem ao concelho, a Fortaleza de Valença, aposta hoje em equipamentos culturais diversificados que lhe permitem desenvolver anualmente um vasto leque de atividades culturais, propiciando a residentes e visitantes uma oferta cultural de representativa abrangência. A matriz identitária concelhia tem também sido alvo de trabalho a nível municipal não só pelo reforço da componente museológica mas, também, pelo trabalho desenvolvido em prol do património arquitetónico construido e arqueológico. Neste sentido foram desenvolvidos projetos como a constituição da Eurocidade, entre Valença e Tui por serem um centro geo-estratégico do Noroeste Peninsular, ocupando um lugar central para 6 milhões de habitantes de Portugal e da Galiza. Desta forma abriu-se portas a inúmeras oportunidades, à relação entre as pessoas, assim como à cooperação entre instituições, negócios e à expansão económico-natural; e a candidatura da Fortaleza a Património Mundial da Humanidade junto da UNESCO, pela sua beleza única do espaço, pela grandiosidade e dimensão histórica e arquitetónica das muralhas e do edificado e pelo testemunho históricos dos combates, cumplicidades, trocas de bens, de cultura e de conhecimentos de vários povos ao longo de milhares de anos. Estes são assim, alguns exemplos do empenho no desenvolvimentos cultural do conselho, completo com os restantes equipamentos e eventos que o conselho tem para oferecer. 88

89 Mapa 3 Mapa da Fortaleza de Valença com Identificação dos Pontos Históricos Fonte: Município de Valença 89

90 Mapa 4 Mapa do Concelho com Identificação dos Equipamentos Culturais e Outros Fonte: Município de Valença 90

91 Despesas Correntes Em 2011, o Município investiu cerca de quatrocentos e vinte mil milhares de euros na promoção de atividades de índole cultural e desportiva. Das despesas correntes apresentadas pelo município, cerca de 31% aplicaram-se em publicações e literatura; 26,4% destinaram-se às atividades relacionadas com os desporto; 24,5% no património; 12% em ações relacionadas com música e cerca de 6% à implementação de atividades sociais e culturais. Quadro 19 Despesa da Câmara Municipal em Atividades Culturais e de Desporto 2011 Euro-Milhares Património Publicações e Literatura Total Museus Total Bibliotecas Música Atividades Socioculturais Jogos e Desportos Total Recintos Fonte: INE- Inquérito ao Financiamento Público das Atividades Culturais das Câmaras Municipais A grande maioria das atividades culturais desenvolvem-se, substancialmente, nos espaços que adiante se passa a identificar, decrevendo-se as suas valências e balanço de atividades que aí se realizam. 91

92 Espaços Culturais Arquivo Municipal Edifício da Antiga Assembleia Valenciana, mandado construir em 1842 pelo General António Vicente de Queirós, Conde de Ponte de Santa Maria, natural de Valença e heroico combatente da Guerra Peninsular e do Movimento Libertador de Nele trabalharam 37 pedreiros, sendo todos os madeiramentos originários do pinhal do Camarido em Caminha. Aqui esteve instalada a Assembleia Valenciana desde 1885, vindo a ser adquirida por esta Instituição em A Assembleia Valenciana era uma Instituição de carácter social e cultural, fundada em 11 de Abril de 1851, que tinha por fim promover a civilização, facilitando a instrução, a convivência e trato civil pelo meio da leitura, conversação e companhia, e por quaisquer outros meios que a Direção julgar convenientes (Artº1º) Extinta em 2002, uma vez esgotadas as condições que permitiam prosseguir os fins para que fora instituída, foi pelos sócios então existentes decidido proceder à sua extinção e que o edifício e respetivos bens móveis, incluindo a Biblioteca, fossem doados ao Município de Valença do Minho para que o utilize como equipamento dinamizador do Centro Histórico e espaço de atividades sócio culturais, ato de doação que foi concretizado por escritura feita em 17 de Junho de Em 2011 foram iniciadas as obras de readaptação deste edifício a Arquivo Municipal, equipamento que já existia em funcionamento na Casa das Varandas, em espaço que se tornou exíguo para as reais necessidades de gestão dos documentos do município. O Arquivo Municipal 92

93 foi inaugurado no dia 18 de Julho de Biblioteca Municipal A Biblioteca Municipal de Valença é um dos mais importantes equipamentos culturais que a Câmara Municipal de Valença coloca ao dispor de toda a população do concelho. O seu funcionamento pauta-se por objetivos fundamentais (diretrizes da I.F.L.A. / UNESCO para as bibliotecas públicas) como o acesso do cidadão à informação, sem distinção, do suporte em que esta se encontre, tendo esses materiais de informação devidamente organizados contribuindo deste modo para dar resposta às necessidades informativas e culturais, fomentando o gosto pela leitura, organizando atividades que permitam ocupar, de forma lúdica, os tempos livres de toda a população do concelho. Gráfico 35 Evolução do Número de Utilizadores da Biblioteca Municipal Fonte: Biblioteca Municipal de Valença 93

94 A Biblioteca Municipal de Valença recebeu, em 2012, mais 33,5% de utilizadores do que em A Coleção da Biblioteca Municipal é constituída por Títulos, volumes [21049 monografias adultos, 7287 infantis, 86 títulos de publicações periódicas, 75 títulos fundo local (sobre Valença ou de autores valencianos), 1772 documentos audiovisuais]. A Atividade de extensão cultural desenvolveu-se nos seguintes moldes: Hora do conto: 85 sessões; Encontros com escritores: 17 sessões; Comunidades de leitores: 5; Exposições: 11; Conferências: palestras; Atelier: 22 (7 de promoção à leitura, 15 de outro tipo); Ações de formação: 2. Núcleo Museológico Inaugurado em 2008, o Núcleo Museológico Municipal proporciona reviver algumas das épocas mais significativas da história de Valença, cujo edifício é, ele próprio, um contador de história...foi sofrendo alterações em épocas diferentes, serviu diversos fins. Assim é, desta forma, um espaço de preservação da memória cultural de Valença. A história local e a sua articulação com os circuitos turístico-culturais intra e extra muros são dois dos seus objetivos principais. Pretende-se colecionar, preservar, interpretar e expor no sentido de promover a compreensão da história local. Por outro lado, deseja-se aproximar a oferta cultural das populações, através da divulgação sistemática das diversas atividades que se pretendam realizar. 94

95 Gráfico 36 Evolução do Número de Visitantes do Núcleo Museológico Nº de Visitantes Fonte: Núcleo Museológico de Valença Desde 2009, não servindo o ano de abertura como registo passível de inferência, uma vez que a sua inauguração realizou-se no final desse mesmo ano, verificou-se um acréscimo na ordem dos 15,84% do número de visitantes ao Núcleo Museológico. Núcleo Museológico do Bombeiro Manuel Valdéz Sobral Este espaço museológico, na Praça Forte, situado na antiga "Hospedaria Militar" e exquartel dos bombeiros, resulta do esforço e dedicação de Manuel Sobral, que foi voluntário desta Associação Humanitária entre 1944 e 1981, desempenhando, entretanto, alguns cargos de Direção na referida instituição e também nos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo. Esta coleção, que integra cerca de 4000 peças, evoca um pouco da história destes Soldados da Paz, 95

96 havendo peças representativas de muitos países do mundo, desde capacetes, Bomba Braçal de 1787 e 1854, e todos os instrumentos ligados a este ofício de combate ao fogo. Museu Rural de Taião O Museu Rural de Taião, resultado da recuperação de uma antiga residência paroquial, expõe a etnografia local. Entre os objetos que poderá ver destaca-se o traje de Taião (elaborado segundo as tradicionais técnicas de tecelagem) e vários utensílios ligados às minas de volfrâmio. Poderá, ainda, descobrir alguns teares e materiais ligados à arte de trabalhar o linho, assim como uma variedade de alfaias agrícolas, algumas ainda em uso na região. Alguns bordados, móveis, carros de bois e loiças completam a sua interessante coleção. Museu Digital de Valença As necessidades defensivas são uma das linhas condutoras que ultrapassaram a barreira do tempo e que marcam indelevelmente a paisagem do Vale do Minho. Sejam povoados fortificados, construídos em tempos de rivalidades grupais e conquistas romanas, sejam castelos e torres erguidos como bastião da identidade nacional, sejam fortalezas e fortins destinados a manter a independência do território, estas estruturas guardam a memória destas terras de fronteira. Neste sentido, são apresentadas cinco exposições virtuais que retratam os diferentes tipos de fortificações existentes no Vale do Minho: Os Castros; Os Primeiros Castelos; A Defesa do Minho na Idade Média; As Fortificações da Restauração e Os Fortins em Terra. 96

97 Museu Ferroviário de Valença A Secção Museológica da C. P. de Valença está instalada na antiga cocheira de locomotivas da estação de caminho de ferro. Nela pode ver-se o Comboio do séc. XIX, com exceção da carruagem de 1ª Classe, construída em Podemos contactar, entre outras, com uma locomotiva CP 23, de 1875, com um Salão Sf n.º1 construído em 1888 em França e destinado a 5 passageiros; um Salão Sf 5004, construído em 1885 e que albergava 9 lugares sentados, uma carruagem, um furgão e um quadriciclo a pedal. Alfândega Cultural. Pretende mostrar os valores artísticos dos grupos valencianos, um espaço que a autarquia quer assumir como uma referência para a cultura transfronteiriça. Paiol de Marte O edifício do Paiol é um dos elementos arquitetónicos mais importantes da Fortaleza de Valença e foi construído no início do séc. XVIII. É o único testemunho arquitetónico de um vasto conjunto de edificações militares que em tempos existiram na parte sul da fortificação valenciana. O Paiol é constituído por duas salas abobadadas, resguardadas por amplos muros. Este edifício foi alvo de uma intervenção enquadrada no Plano de Requalificação da Praça Forte de Valença para o adaptar a Posto de Turismo. Inaugurado em Novembro de 2008, possui área de estar e consulta de folhetos informativos, balcão de atendimento, zona de leitura com exposição de livros sobre a região e de autores locais, zona de apoio e venda de produtos locais e artesanato. 97

98 Espaços de Desporto e Lazer Piscinas Municipais O Complexo das Piscinas Municipais oferece um espaço com boas condições para uma prática desportiva diversificada. Num tanque principal, com 6 pistas, que no conjunto dá uma dimensão de 25x12,5 metros, desenvolvem-se as várias modalidades e práticas aquáticas, desde as aulas monitorizadas de Hidroginástica, Hidrosénior, Hidropower, Hidrocombat, Hidroterapia, Hidrobike Express, iniciação à Natação, Aprendizagem e Manutenção que são o reflexo da variedade de oferta, com uma dimensão que não encontra paralelo na região. O complexo dispõe, ainda, de sauna e dois courts de ténis. A Piscina Municipal de Valença tem, ainda, uma vertente social muito ativa, disponibilizando o espaço para os infantários escolas, populações especiais, seniores, e várias coletividades de carácter desportivo e social do concelho. A Piscina Municipal pretende ser um estímulo à prática desportiva junto da comunidade, fundamental para a melhoria da qualidade de vida e saúde das pessoas. As atividades hidro proporcionam bem estar físico e mental, no dia a dia de cada um, com claros benefícios na tonificação muscular e na melhoria do aparelho cardiovascular. Ecopista do Rio Minho Inaugurado em Novembro de 2004, o Percurso de Valença começa na Casa da Linha, na Ponte Seca e, dirige-se em direção a Monção, encontrando-se com o Percurso Monçanense na 98

99 fronteira dos dois Concelhos, entre Friestas e Lapela, o que perfaz uma extensão de 13Km. Sempre paralelo e muito próximo do Rio Minho, caracteriza-se por ser um Percurso amplo, de dificuldade baixa e sem grandes desníveis, pois trata-se de uma antiga linha ferroviária. São muitos os pontos de interesse que pode visitar, neste percurso. Em Valença, o Museu Ferroviário e o Centro de Interpretação da Ecopista. De seguida, o Mosteiro Beneditino de Ganfei, a Ínsua do Conguedo e a Zona de Lazer da Pesqueira dos Frades, em Verdoejo. Aqui, o Cemitério Medieval e o Cruzeiro do Adro Velho são, também, visitas obrigatórias. Mais à frente, a Praia fluvial e a ponte metálica sobre o Rio Manco, a primeira ponte metálica ferroviária, deste modelo, a ser construída em Portugal. Antes de terminar, temos ainda o Observatório da Fauna e Flora da Ecopista do Rio Minho, em Friestas. Toda a via é em piso betuminoso colorido, vermelho, e está apetrechada com sinalização vertical e marcas quilométricas. Também disponibiliza, ao longo de todo o percurso, informação relevante para a Ecopista. Sempre que a geografia do terreno obriga, foram colocados elementos de madeira para balizamento e acesso à Ecopista. Trilhos Pedestres São já doze os Percursos Pedestres assinalados no Concelho de Valença: Trilho do Castelo da Furna; Trilho de Mosteiró; Trilho de Real; Trilho São Silvestre; Trilho do Carvoeiro; Trilho Ínsua do Crasto; Trilho Monte Carvalho; Trilho Monte do Faro; Trilho Via Romana; Trilho Veiga da Mira; Trilho Entre Mosteiros; Trilho da Bouça Velha. Estes, são fruto de um cuidado especial na sua elaboração, constituindo um bom momento de relaxamento junto da natureza, permitindo desfrutar de paisagens incríveis e lugares de rara beleza natural e com vários graus de 99

100 dificuldade. Para além dos doze Trilhos já nomeados, temos ainda três Grandes Rotas Pedestres: Grande Rota da Ribeira Minho; Grande Rota Coura/Valença que inicia em Valença e termina em Paredes de Coura ao longo de 13,8Km; e a Grande Rota Vale do Minho, esta possuí um traçado de 95,7Km que atravessam os concelhos de Melgaço, Monção, Valença, e Vila Nova de Cerveira. Mapa 5 Grande Rota da Ribeira Minho Fonte: Município de Valença 100

101 Caminhos de Santiago Os Caminhos de Santiago são os percursos percorridos pelos peregrinos que afluem a Santiago de Compostela desde o século IX para venerar as relíquias do apóstolo Santiago Maior, cujo suposto sepulcro se encontra na catedral de Santiago de Compostela. A peregrinação foi uma das mais concorridas da Europa medieval, cuja importância só era superada pela Via Francigena (com destino a Roma) e Jerusalém, sendo concedida indulgência plena a quem a fizesse. Depois de vários séculos relativamente esquecida, desde os anos 1980 que a popularidade da peregrinação tem vindo a crescer substancialmente, embora grande parte das pessoas que fazem o Caminho (nome pelo qual é também conhecida a peregrinação) atualmente não o façam por motivos religiosos. O Caminho tornou-se um itinerário espiritual e cultural de primeira ordem, que é percorrido, que por dezenas ou centenas de milhares de pessoas todos os anos. Foi declarado Primeiro Itinerário Cultural Europeu em 1987 e Património da Humanidade (em Espanha em 1993 e em França em 1998). Como forma de apoiar os peregrinos, Valença conta com um Albergue (Albergue S. Teotónio), este é da responsabilidade da Câmara Municipal, que oferece um lugar para pernoitar aos peregrinos. Mediante a apresentação da credencial, com os respetivos carimbos, o peregrino tem acesso a uma cama (em geral um beliche) e a um duche quente. O albergue S. Teotónio dispõem ainda de uma cozinha e de uma sala comuns. As regras são simples: a saída é feita em geral até as 10 horas da manhã e o peregrino é convidado a dar uma pequena contribuição para a manutenção do albergue conforme as suas posses. 101

102 Mapa 6 Caminhos de Santiago Caminho Central Fonte: Município de Valença Mapa 7 Caminhos de Santiago Caminho da Costa Fonte: Município de Valença 102

103 Caminhos de Fátima Nos últimos tempos são muitos os peregrinos que passam por Valença a caminho de Fátima utilizando o percurso dos Caminhos de Santiago. O Albergue de São Teotónio, em Valença, guarda o testemunho e as memórias dessas passagens. Guiados pelas setas azuis o percurso segue o mesmo dos Caminhos de Santiago, mas em sentido inverso. São caminhos para peregrinos que a pé se dirigem a Fátima evitando as estradas de grande tráfego automóvel em favor de caminhos de terra ou, se estes não estiverem acessíveis, pequenas estradas rurais com pouco tráfego. De Valença o percurso segue por Paredes de Coura, Ponte de Lima, Barcelos, Porto e Coimbra, entre muitas outras localidades. Assim, ao Caminho do Tejo, que liga Lisboa a Fátima ao longo dos seus cerca de 140 quilómetros, juntam-se agora mais cerca de 300 quilómetros sinalizados com as setas azuis que indicam o sentido de Fátima, desde Valença. A marcação deste percurso foi levada a cabo pelo Centro Nacional de Cultura, cuja iniciativa pioneira na sinalização dos Caminhos de Fátima é reconhecida não só pelo Santuário de Fátima como por todos os que se interessam por ajudar os peregrinos. 103

104 Espaços Naturais A procura de novos espaços para a prática das mais variadas atividades lúdico-desportivas começa a fazer parte do nosso dia a dia, afirmando-se mesmo como uma nova tendência dos finais do século XX. Assim sendo, o concelho dispõe de diversos espaços naturais que proporcionam a toda a população valenciana e visitantes, a possibilidade de usufruir dos mesmos para o desenvolvimentos das referidas atividades, nomeadamente: Parque de Nossa Senhora da Cabeça; Parque do Monte do faro; Couto de Sta Ana; Pântano da Veiga da Mira; Miradouro de Stº Ovídio; Ilha do Conguedo; Ínsua dos Castros; Pesqueira da Gingleta; Pesqueira da Paiola; Pesqueira de Cristêlo-Côvo; Pesqueira do Lagartão; Pesqueira do Tadim e Pesqueira dos Frades. 104

105 5 Saúde 105

106 5 Saúde As condições de saúde de uma população relacionam-se fortemente com o nível de desenvolvimento sócio - económico pois dependem, por um lado, da capacidade de oferta em quantidade, qualidade e eficiência de serviços de saúde e da sua acessibilidade e, por outro, das condições gerais de vida, que se portam à alimentação, à habitação, ou ao meio ambiente. Organização de Serviço Nacional de Saúde no Concelho O Centro de Saúde de Valença compreende as seguintes unidades funcionais: a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), a Equipa de Cuidados Continuados Integrados no Domicílio (ECCI), a Unidade de Convalescença de Valença (UCV), a Unidade Móvel (UM),a Saúde Pública e a consulta descentralizada do CRI Centro de Respostas Integradas. É também de salientar as parcerias protocoladas pelo serviço com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Valença (CPCJ), com o Protocolo do Rendimento Social de Inserção (RSI) e com a Rede Social de Valença, através das quais preconiza um atendimento mais efetivo junto da população valenciana. UCSP A UCSP funciona das 8h00 as 20h00, de segunda a sexta-feira com prolongamento de horário até às 24h e aos fins-de-semana e feriados das 8h00 às 24h00 apenas em consulta aberta, para situações agudas. A UCSP tem como missão garantir a prestação de cuidados de saúde personalizados à população inscrita no Centro de Saúde de Valença. Esta equipa de Saúde Familiar é constituída por 9 médicos, 13 enfermeiros, 8 assistentes técnicos, 6 assistentes 106

107 operacionais, 1 nutricionista e 1 assistente social, 1 técnica de Raio X e 1 higienicista oral. A UCSP conta ainda com uma consulta de psicologia descentralizada do CRI onde são atendidos os utentes com patologia no âmbito das dependências, nomeadamente substâncias ilícitas e álcool, sendo a mesma quinzenal e dirigida à população dos Conselhos de Melgaço, Monção e Valença. Tem ainda disponível consultas descentralizadas da ULSAM das especialidades de Psiquiatria, Psicologia e Pediatria, também estas dirigidas à população dos supra-citados conselhos. A metodologia de trabalho é por médico de família e por enfermeiro de família, este por área geográfica. No âmbito deste mesmo serviço, desenvolvem-se outros Projetos e Programas de âmbito Nacional, sendo eles: Projeto de Saúde Escolar (individual e coletiva); Programa de Alimentação Saudável (PASSE); Programa Nacional de Saúde Oral; Núcleo de Apoio às Crianças e Jovens em Risco (NACJR) e o Programa Nacional de Prevenção e Controle de Doença Oncológica. ECCI A ECCI de Valença funciona de segunda a sexta-feira das 8h00 as 20h00, fim-de-semana e feriados das 9h00 às 17h00. A Equipa de Cuidados Continuados Integrados, direciona a sua intervenção multidisciplinar a pessoas em situação de dependência funcional, doença terminal, ou em processo de convalescença, com rede de suporte social, cuja situação não requer internamento. Esta equipa multiprofissional e constituída por 3 enfermeiros com colaboração de 35 horas/semanais, 1 médico 4 horas/semanais, 1 assistente social 7 horas/semanais, 1 nutricionista 4 horas/semanais e de 1 fisioterapeuta 4 horas /semanais. 107

108 UCV A UCV é uma Unidade de Internamento, articulada com o hospital de agudos, da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE, para prestar tratamento e supervisão clínica, continuada e intensiva, e para cuidados de reabilitação, na sequência de internamento hospitalar originado por situação clínica aguda, recorrência ou descompensação de processo crónico. Tem por finalidade a estabilização clínica e funcional, a avaliação e a reabilitação integral da pessoa com perda transitória de autonomia, potencialmente recuperável e que não necessita de cuidados hospitalares de agudos. Esta destina-se a internamentos com previsibilidade de até 30 dias consecutivos por admissão. A este serviço estão afetos os seguintes profissionais: 1 assistente social com 20 horas/semanais, 13 enfermeiros com 393 horas/semanais, 2 fisioterapeutas 52,5 horas/semanais, 3 médicos 51 horas/semanais, 1 nutricionista conforme necessidade, 8 assistentes operacionais com 280 horas/semanais; 1 terapeuta da fala conforme necessidade, 1 terapeuta ocupacional com 17,5 horas/semanais e 1 assistente técnico com 10 horas/semanais. Em 2012, este serviço acolheu um total de 254 utentes, dos quais 161 eram do sexo feminino (63,39%) e 93 do sexo masculino (36,61%). Cerca de metade dos utentes integrados durante o ano de 2012 nesta unidade, eram oriundos dos concelhos de Valença e Monção (22% e 23% respetivamente) seguidos dos concelhos de: Melgaço (11%), Vila Nova de Cerveira (9%), e Viana do Castelo, Ponte de Lima, Caminha, Paredes de Coura Ponte da Barca e Arcos de Valdevez. De referir é também o facto de mais de metade (55%) desta população encontrar-se na faixa etária dos 65 aos 79 anos, seguido de 19% situar-se na faixa dos 80 aos 85 anos. Sublinhese ainda que 22% dos utentes eram idosos a viver em situação de isolamento. 108

109 UM A Unidade Móvel de Saúde é constituída por uma viatura equipada, com condições para prestar cuidados de saúde primários, nomeadamente na área da promoção e vigilância da saúde dos idosos, atuando ao nível: da identificação/sinalização de casos de risco; da promoção e vigilância do auto-cuidado; da observação e gestão do regime terapêutica; da promoção da vacinação e encaminhamento para as equipes unidades de saúde familiar; do acompanhamento periódico de utentes idosos sinalizados com patologias crónicas (Diabéticos, Hipertensos, DPCO, Cardíacos...) e do acompanhamento periódico de utentes idosos submetidos a cirurgia oncológica, principalmente os utentes Ostomizados, fornecendo também o material de ostomia. A intervenção desta Unidade Móvel, tem como função organizar respostas adequadas no acompanhamento de situações de fragilidade e de incapacidade que condicionam a acessibilidade à Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Valença, principalmente na vigilância e controlo dos Idosos, através de Consultas de Enfermagem. A esta equipa estão afetos: 1 enfermeira e 1 motorista. No concelho de Valença, este trabalho tem vindo a ser realizado pela Profissional de Enfermagem colocada na Unidade Móvel, de acordo com as necessidades encontradas, em articulação constante com as Equipas de Saúde Familiar, Técnicas dos Serviços Sociais e Nutricionista da Unidade de Saúde. Todos os utentes do concelho de Valença têm acesso à UM, dando-se prioridade aos indivíduos com idade 65 anos, residentes e não residentes nas freguesias de: Friestas, Verdoejo, Boivão, Gondomil, Ganfei, Sanfins, Cerdal, Taião, Gandra, Fontoura, S. Julião, Silva e S. Pedro da Torre. 109

110 Após a avaliação da afluência do número de utentes à Unidade Móvel nos anos anteriores, e tendo em linha de conta a distância ao Centro de Saúde (uma média de 2 Km), foram retiradas do âmbito de intervenção desta unidade, as freguesias de Valença, Cristêlo-Côvo e Arão. Perspetivando-se com esta medida aumentar os períodos de funcionamento da Unidade Móvel, nas freguesias mais distantes do concelho. SP A Unidade de Saúde Pública do Alto Minho (USPAM) tem uma área de influência que corresponde ao distrito de Viana do Castelo, com uma população de habitantes (Censos 2011/INE) e uma área geográfica de influência de 2 218,8 km2 (INE) que integra 10 concelhos. É constituída por uma equipa multiprofissional da qual fazem parte médicos de saúde pública (MSP), técnicos de saúde ambiental (TSA), enfermeiros, higienista oral, eng.ª sanitarista, psicóloga e administrativos. Atua em cooperação com as demais unidades funcionais da Unidade Local de Saúde do Alto Minho e estruturas locais no desenvolvimento de programas e projetos de proteção e promoção da saúde, com as quais promove parcerias de modo a responder de forma eficiente e com qualidade às necessidades de saúde da população. Sendo uma unidade a nível distrital, todos os profissionais asseguram as necessidades dos concelhos da área de influência da USPAM. Por proximidade de intervenção, atualmente, no centro de saúde de Valença, encontram-se um MSP e um TSA. 110

111 População Inscrita no Centro Saúde O Centro de Saúde registava, em 2012, um total de utentes, de acordo com os dados fornecidos pelo mesmo. Importa salientar o facto do número de utentes inscritos ser superior ao número total da população residente no concelho, facto que se deve ao número de inscritos esporádicos. Gráfico 37 Evolução do Número de Utentes Inscritos no CS Nº de Utentes Fonte: Centro de Saúde de Valença Unidade Local de Saúde do Alto Minho Procedendo à análise do gráfico 37, denota-se um aumento gradual e constante entre 2008 e 2011, sendo que em 2012 a população decresce 1,12 pontos percentuais em relação ao ano anterior. 111

112 No que diz respeito aos grupos etários em que se inscrevem os utentes do CS, verificamos que ao longo dos últimos 5 anos registou-se uma redução gradual no primeiro grupo etário (0 aos 14 anos), fruto da redução da Taxa de Natalidade, e inversamente um acréscimo nos restantes grupos etários, mais marcante nas idades adultas ( 25 aos 64 anos). Quadro 20 Número de Utentes Inscritos no CS por Grupos-Etários Inscritos no Centro de Saúde Grupo Etário SEXO 0-14 anos M TOTAL F anos M F TOTAL anos M TOTAL F 65/+ anos M TOTAL TOTAIS F Fonte: Centro de Saúde de Valença Unidade Local de Saúde do Alto Minho 112

113 Gráfico 38 Estrutura Etária dos Utentes Inscritos no CS 2012 Valença Taião Silva S. Pedro da Torre São Julião Sanfins Gondomil Ganfei Gandra Friestas Fontoura Cristêlo-Côvo Cerdal Boivão Arão 2, , , , , , , , Área (Km²) 4, , , , , Fonte: Centro de Saúde de Valença Unidade Local de Saúde do Alto Minho Verifica-se uma tendência para a inversão da pirâmide de idades. O envelhecimento no topo da pirâmide acentua-se, fortemente marcada pelo sexo feminino. Em termos de género continua a existir uma proeminência do sexo feminino, com uma percentagem de 52,6% em oposição a 47,4% dos homens, esta predominância denota-se acentuadamente a partir dos 75 anos. Quadro 21 Consultas Médicas no Centro de Saúde, segundo a especialidade Consultas Médicas por Especialidade ANO Medicina Geral e Familiar Planeamento Familiar Saúde do Recém-Nascido, da Criança e do Adolescente Saúde Materna Outras Especialidades Fonte: INE Inquérito aos Centros de Saúde

114 Em 2011 regista-se um decréscimo de 12% nas consultas de medicina geral e familiar efetuadas relativamente ao ano anterior. Este decréscimo é sentido em todas as especialidades, denota-se um acréscimo anual geral até 2010, processo que é invertido em 2011 para todas as especialidades. As consultas de saúde do recém-nascido, criança e adolescente são, por hábito, as mais realizadas (4 280). Recursos de Saúde O conselho conta ainda com outros recursos de saúde, constituindo uma mais valia para a população. Ao nível de farmácias, em 2012, são contabilizadas 3 em todo o concelho, o que corresponde a uma relação de habitantes por farmácia, nas que se encontram a trabalhar vários profissionais, 10 dos quais são farmacêuticos. Ao nível de especialidades médicas o concelho tem registado nos últimos anos uma oferta privada diversificada, em que com periodicidade variável (diária, semanal ou quinzenal) especialistas se deslocam ao concelho evitando deste modo, deslocações de longo curso dos doentes a outras localidades. 114

115 6 Ação Social 115

116 6 Ação Social Com o rápido crescimento populacional, aumenta a necessidade de mobilizar um conjunto adequado de agentes e serviços sociais, como forma de dar resposta às necessidades de apoio social da população. Quadro 22 - Instituições com Valência de Creche, 2012 Nº de Utentes com Nº Lista de Acordo com Segurança Vagas Utentes Espera Social Instituições Capacidade Santa Casa da Misericórdia de Valença Centro Social da Paróquia de Cerdal Cruz Vermelha de Valença Fonte: IPSS's do concelho de Valença Quadro 23 - Instituições com valência para a população idosa, 2012 Valências Instituições Lar de Idosos - Santa Casa da Misericórdia de Valença - Cruz Vermelha de Valença Serviço de Apoio Domiciliário - Santa Casa da Misericórdia de Valença - Cruz Vermelha de Valença Centro de Dia - Associação Social e Recreativa dos Aposentados e Reformados do Concelho de Valença Centro de Convívio - Associação de Reformados - Centro Social e Cultural de São Pedro da Torre Fonte: IPSS's do concelho de Valença 14 Os dados referentes à Cruz Vermelha de Valença, constantes na tabela, são referentes ao ano de 2013, ano de abertura das valências supra-citadas. 116

117 Quadro 24 - Capacidade de Resposta por Valência, Valência Lar de Idosos Serviço de Apoio Domiciliário Centro de Dia Centro de Convívio Número Capacidade Nº Utentes Nº de Utentes com Acordo com Segurança Social Vagas Lista de Espera Fonte: IPSS's do concelho de Valença É ainda de sublinhar, a existência de duas Instituições de cariz privado, de apoio à infância e juventude no concelho, sendo elas: a Metro e Meio, para crianças e jovens dos 6 aos 11 anos, com capacidade para 20 crianças; e o Traquinas, com capacidade para 24 crianças. Como resposta à população idosa, o concelho tem também uma Instituição privada, Perfeitancora, que apoia, neste momento, 7 idosos através da sua valência de SAD. Instituições Particulares de Solidariedade Social O concelho de Valença conta com o contributo de Instituições Particulares de Solidariedade Social que, através de protocolos de colaboração com o Estado Português, desenvolvem atividades de apoio social dirigidos às diferentes faixas etárias da população nomeadamente, à terceira idade, pessoas com deficiência e primeira infância. A informação que, de seguida se explana, foi apurada através da participação das seguintes Instituições Particulares de Solidariedade Social do concelho de Valença, Santa Casa 15 A ocupação total de cada instituição, com a valência de lar, compreende as vagas de emergência social exigidas por lei. 117

118 da Misericórdia de Valença, Cruz Vermelha, Centro Social de Cerdal, Associação Social e Recreativa dos Aposentados e Reformados do Concelho de Valença e Centro Social e Cultural de S. Pedro da Torre. Respostas Sociais para a Pessoa com Deficiência Mental A APPACDM (Associação de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental) Centro de Atividades Ocupacionais de Valença está especial e estatutariamente vocacionada para o atendimento e enquadramento da pessoa com deficiência mental. Tem como objetivo promover a integração na sociedade do cidadão com deficiência mental, defender e promover os reais interesses e satisfação das necessidades do deficiente mental nas instituições, no trabalho, no lar e na sociedade. No ano de 2012 o centro de atividades ocupacionais de Valença contou com 20 utentes. Respostas Sociais para a População Idosa Como se pode perceber pelo gráfico abaixo descriminado, o número de utentes a residir na resposta de Lar, aumentou tendo como referência o ano de 2007 (53 idosos) e o ano de 2010 (63 idosos). Sendo que, o número de idosos inscritos em lista de espera teve um decréscimo de 35 idosos para 12 idosos, o que significa que a Estrutura Residencial para idosos, conseguiu dar resposta aos mesmos, integrando-os em Lar. Outra situação possível para este decréscimo de idosos inscritos em Lista de Espera, foi o falecimento dos mesmos e/ou a possibilidade de encontrarem outra resposta que fosse de encontro às suas necessidades. De 2010 até 2012, houve um decréscimo de idosos a residir em Lar, (69 idosos em 2010 e 118

119 63 idosos em 2012). Esta diminuição está relacionada com a necessidade de melhoria das condições dos residentes, na medida em que foram retiradas camas aos dormitórios/quartos, o que implica uma redução de utentes.. Desde 26 de Fevereiro de 2013, com as novas instalações da Cruz Vermelha surgiu a valência de lar com capacidade para 60 utentes. Neste momento com uma ocupação de 55 idosos. Gráfico 39 - Nº de Idosos a Residir na Santa Casa da Misericórdia de Valença Nº de Utentes Lista de Espera Nº de Utentes com Acordo Fonte: Santa Casa da Misericórdia de Valença Desde o ano de 2007 até 2012, houve um aumento notável de idosos que recorreram ao Serviço de Apoio Domiciliário (em 2007, 59 idosos e 2012, 72 idosos). Tal fato deve-se a duas 119

120 situações, ao aumento das fragilidades e necessidades dos idosos, que a dada altura da sua vida deixam de poder dar resposta às suas necessidades mais básicas, como a confeção da sua alimentação e/ou a família que, por falta de tempo ou por falta de condições e, por vezes falta de conhecimento não têm condições para providenciar o apoio necessário ao idoso. Neste contexto, uma das alternativas que se apresenta é o SAD (Serviço de Apoio Domiciliário), que segundo o gráfico se pode observar que tem sido uma resposta muito pretendida pelos idosos. Gráfico 40 - Nº de Idosos a usufruir dos Serviços de Apoio Domiciliário da Santa Casa da Misericórdia de Valença e da Cruz Vermelha Fonte: IPSS's do concelho de Valença É importante salientar que em 1999, a Associação Social e Recreativa dos Aposentados e Reformados do Concelho de Valença funcionava como resposta de Centro de Convívio, com 15 utentes (o mesmo número de utentes com protocolo). O Centro Social e Cultural de S. Pedro da Torre admite 40 utentes para a resposta, não só da freguesia onde está sediada mas também de 120

121 outros locais do concelho. Este Centro Social foi fundado em 6 de Janeiro de 1988, mas só no ano de 2000 é que foi celebrado o acordo de cooperação para 30 utentes com a Segurança Social, para a resposta de Centro de Convívio. Assim, é notável o elevado aumento do número de utentes a usufruírem da resposta desde 2008 até O Centro Social e Cultural de S. Pedro da Torre foi fundado em 6 de Janeiro de 1988 mas só no ano de 2000 é que foi celebrado o acordo de cooperação para 30 utentes com a Segurança Social, para a resposta de Centro de Convívio. Desde o ano de 2000 até agora o nº de utentes a frequentar este Centro de Convívio tem sido praticamente o mesmo, ou seja, 40 utentes. Gráfico 41 - Nº de idosos inscritos no Centro de Convívio da Associação de Reformados e Centro Social e Cultural de S. Pedro da Torre Nº Utentes Nº Utentes com Acordo Lista de Espera Fonte: IPSS's do concelho de Valença O gráfico abaixo exposto refere-se a uma IPSS, a Associação de Reformados que iniciou em Dezembro de 2011 a resposta de Centro de Dia com 18 utentes, sendo o protocolo assinado 121

122 em 2012 para 30 utentes. Assim, a mesma disponibiliza 2 valências: Centro de Dia e Centro de Convívio, com capacidade de acolher 30 utentes em cada uma, sendo as mesmas apoiadas por uma equipa técnica constituída por cinco elementos e uma enfermeira voluntária. Tal facto pressupõe que os idosos procuram cada vez mais uma ocupação lúdica para evitar a solidão e alongar o prazo de aparecimento de doenças de foro cognitivo. Gráfico 42 - Nº de idosos inscritos na resposta de Centro de Dia da Associação de Reformados Nº de Utentes Acordo para: (nº utentes) 15 Lista de espera Fonte: Associação Social e Recreativa dos Aposentados e Reformados do concelho de Valença Respostas Sociais para a Primeira Infância Referente à valência de creche na Santa Casa da Misericórdia de Valença, entre o ano 2007 e 2009, o número de crianças manteve-se praticamente igual. No entanto em 2009 houve um aumento significativo na lista de espera na resposta de creche e um decréscimo na valência jardim de infância. Este facto levou a que uma das salas destinadas a crianças entre os 3 e os 6 122

123 anos deixasse de existir passando esse espaço a ser ocupado por crianças até aos 3 anos. Pelo facto referido acima, nos anos 2011 e 2012, a lista de espera baixou. Em 2011/2012 a procura da valência de creche baixou significativamente no Concelho de Valença, podendo inferir-se que se deve ao facto da conjuntura atual (crise económica e consequente aumento das situações de desemprego), pelo que não necessitam desse tipo de resposta. No Centro Social da Paróquia de Cerdal, a partir de 2010, com as novas instalações e com a alteração do protocolo, o número de utentes tem aumentando, como se pode perceber na tabela. Os dados descritos encontram-se refletidos nos gráficos 43 e 44. Referente ao ano letivo 2012/2013, a valência de creche da Cruz Vermelha de Valença, tinha apenas uma ocupação de 13 crianças uma vez que esta resposta só começou a funcionar em 26 de Fevereiro do corrente ano. Esta IPSS tem capacidade para 75 crianças, dos 0 aos 3 anos. Quadro 25 - Creche do Centro Social da Paroquia de Cerdal Anos Nº utentes por Valência Nº utentes com acordo Em lista espera Fonte: Centro Social da Paroquia de Cerdal 123

124 Gráfico 43 - Nº de Crianças inscritas na Creche da Santa Casa da Misericórdia de Valença e na Creche do Centro Social da Paroquia de Cerdal Área (Km²) , ,66 91, ,86 7,79 3, ,13 79,87 0 Boivão Arão Cerdal Cristêlo-Côvo Fontoura Fonte: IPSS's do concelho de Valença Gráfico 44 - Nº de Crianças inscritas no Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de Valença Fonte: IPSS's do concelho de Valença 124

125 O Centro de Atividades e Tempos Livres da Cruz Vermelha (CATL) funcionou sempre em regime particular sem acordo de cooperação com a Segurança Social. Tendo em conta que a situação socioeconómica do país tem vindo a degradar-se progressivamente, a procura do CATL foi diminuindo. O prolongamento de horário nas escolas e o aumento do desemprego tiveram um impacto negativo na subsistência desta resposta social, como se pode perceber no gráfico 43. Gráfico 45 - Nº de Crianças a usufruir do Centro de Atividades e Tempos Livres da Cruz Vermelha Fonte: Cruz Vermelha de Valença 125

126 Proteção Social no Concelho de Valença A Unidade de Desenvolvimento Social e Programas (UDSP) tem como objetivos fundamentais a prevenção e reparação de situações de carência e desigualdade socioeconómica, de dependência, de disfunção, exclusão ou vulnerabilidades sociais, bem como a integração e promoção comunitárias das pessoas e o desenvolvimento das respetivas capacidades. Assegurar especial proteção aos grupos mais vulneráveis, nomeadamente crianças, jovens, pessoas com deficiência e idosos, bem como a outras pessoas em situação de carência económica e social. Devendo ser conjugada com outras políticas sociais públicas, bem como ser articulada com a atividade de instituições não públicas. No subsistema de ação social os objetivos concretizam-se através de serviços familiares de acolhimento de adultos e de menores, Valença dispõe de 2 famílias de acolhimento de adultos, e equipamentos sociais (5 IPSS's Instituições Particulares de Solidariedade Social com valências de apoio ao idoso e à criança), programas de combate à pobreza, disfunção, marginalização e exclusão social (1 cantina social a funcionar na Santa Casa da Misericórdia de Valença), prestações pecuniárias (RSI Rendimento Social de Inserção e outras rubricas), de caráter eventual e em condições de excecionalidade e prestações em espécie (PCAAC Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados com 769 beneficiários, kg de géneros alimentares distribuídos por uma instituição mediadora estes dados referem-se ao ano de 2012). 126

127 O subsistema de solidariedade concretiza-se através da concessão das seguintes prestações: Prestações de Rendimento Social de Inserção Pensões Sociais Subsídio Social de Desemprego Complemento Solidário para Idosos Complementos Sociais Outras prestações ou transferências afetas a finalidades específicas, no quadro da concretização dos objetivos estabelecidos. Prestações de Rendimento Social de Inserção A Lei 13/2003 de 21 de maio, veio revogar o Rendimento Mínimo e criar o Rendimento Social de Inserção (RSI). Esta medida tem como finalidade a proteção social ou seja, o apoio a pessoas ou famílias que se encontrem em situação de grave carência económica e em risco de exclusão social. Este mecanismo consiste numa prestação incluída no Subsistema de Solidariedade no âmbito do Sistema de Proteção Social de Cidadania, e num Programa de Inserção, de modo a conferir às pessoas e aos seus agregados familiares apoios adaptados à sua situação pessoal, que contribuam para a satisfação das suas necessidades essenciais e favoreçam a progressiva inserção laboral, social e comunitária. 127

128 Quadro 26 - Rendimento Social de Inserção por Faixa Etária < TOTAL Fonte: ISS de Valença Entre 2010 e 2011 verifica-se um decréscimo do número de beneficiários que será justificado pelas novas regras estabelecidas com a entrada em vigor do decreto-lei nº 70/2010, de 16 de Junho. Com o referido decreto-lei as três principais alterações centraram-se no conceito de agregado familiar, nos rendimentos a considerar, os apoios ao nível da habitação social e os rendimentos capitais e prediais, e o estabelecimento de uma nova escala de equivalências de RSI. Com o novo decreto-lei foi ainda agravada a penalização das falsas declarações de que resultem quaisquer prestações indevidas. Verifica-se mediante a tabela nº 26 que a faixa etária onde incidem um maior número é até aos 18 e os 19 anos podendo dever-se esta situação ao facto de serem descendentes do agregado beneficiário. 128

129 Quadro 27 - Rendimento Social de Inserção por Tipologia de Agregado Nuclear com Filhos Com Sem Rendimento Rendimento Nuclear sem Filhos Total Com Sem Rendimento Rendimento Total TOTAL Fonte: ISS de Valença Observando os dados da tabela verifica-se, em todos os anos, que a maioria dos agregados beneficiários de RSI pertencem a famílias nucleares com filhos e apresentam algum rendimento. No âmbito do RSI, o concelho de Valença dispõe de 1 protocolo composto por 5 técnicos (1 técnica superior de serviço social, 1 psicóloga, 2 ajudantes de ação direta) a intervir em regime de exclusividade nas famílias beneficiárias. As atividades desenvolvem-se ao nível do atendimento e acompanhamento, elaboração de Informações Sociais e Contratos de Inserção e Promoção das Parcerias. Complemento Solidário para Idosos O Complemento Solidário para Idosos, abreviadamente designado por C.S.I. foi criado pelo Decreto-Lei n.º 232/2005 de 29 de Dezembro. O objetivo desta prestação social dirigida à 129

130 população idosa visa diminuir as assimetrias de rendimento existentes entre os Portugueses, e principalmente na população idosa. É portanto, um complemento aos rendimentos preexistentes, sendo o seu valor definido por referência a um limiar fixado anualmente e a sua atribuição diferenciada em função da situação concreta do pensionista que o requer, ou seja, sujeita a rigorosa condição de recursos. De salientar que existem benefícios adicionais de saúde para os beneficiários do C.S.I., a nível da comparticipação na aquisição de medicamentos, óculos e lentes, bem como na aquisição e reparação de próteses dentárias. Gráfico 46 - Beneficiários CSI por Sexo 2012 M; 22% F; 78% Fonte: ISS de Valença 130

131 Gráfico 47 - Beneficiários CSI por Idade Fonte: ISS de Valença No ano de 2012, no concelho de Valença, existem 357 beneficiários de Complemento Solidário para Idosos (CSI), sendo a maioria do sexo feminino, 77,8% e 22,1% do sexo masculino. A faixa etária com maior incidência de beneficiários do CSI é entre os 65 e os 74 anos de idade. Pensões Nos últimos tempos o Estado Social Português tem-se deparado com novos desafios, que refletem a realidade do envelhecimento demográfico e o consequente aumento do número de pensionistas que constituem um peso orçamental elevado na garantia da proteção social. 131

132 Os regimes de pensões da segurança social são: Pensão de Velhice que é uma prestação destinatária aos beneficiários do regime geral da segurança social que tenham completado 65 anos, sem prejuízo de regimes e medidas especiais de antecipação legalmente previstas, que tenham cumprido o prazo de garantia de 15 anos civis, seguidos ou interpolados, com registo de remunerações. Pensão de Invalidez é um valor pago mensalmente, destinado a proteger o beneficiário das situações de incapacidade permanente para o trabalho. Podem solicitar este apoio trabalhadores por conta de outrem, trabalhadores independentes e membros de orgãos estatutários. Pensão de Sobrevivência é uma prestação destinada a compensar os familiares da perda de rendimentos de trabalho resultante da morte do beneficiário, desde que, à data da sua morte, o beneficiário tenha 36 meses com registo de remunerações. Podem requerer esta pensão os familiares do beneficiário falecido que cumpram as condições de atribuição. Gráfico 48 - Pensionistas por Sexo M F Fonte: ISS de Valença 132

133 De acordo com o gráfico nº 49 observa-se que o maior número de pensionistas é do sexo feminino (2093) contra 1351 do sexo masculino. Gráfico 49 Pensionistas por Regime Invalidez Velhice Sobrevivência TOTAL Fonte: ISS de Valença No concelho de Valença existem pensionistas por velhice, 946 com pensão de sobrevivência e 289 com pensão de invalidez. O concelho de Valença possui um total de pensionistas do Centro Nacional de Pensões, sendo do regime geral, 528 do regime rural regulamentar, 23 do regime rural transitório e 100 do regime não contributivo ou pensão social. No âmbito da intervenção local, o gabinete de Ação Social em Valença, desenvolve a sua 133

134 atividade através do acolhimento, atendimento, encaminhamento e acompanhamento, em articulação com diversos organismos públicos e privados, elaboração de Relatórios Sociais, Pareceres Técnicos e Assessoria aos Tribunais. Para além disso está representado em diversas Comissões e Projetos, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal de Emergência de Proteção Civil e Núcleo Executivo e Conselho Local de Ação Social da Rede Social. Subsídio de Desemprego O Subsídio de Desemprego é uma prestação paga mensalmente a quem perdeu o emprego de forma involuntária, e que se encontre inscrito para emprego nos Centros de Emprego e Formação Profissional. O subsídio de Desemprego destina-se a compensar as perdas das remunerações de trabalho, devendo o requerente reunir vários requisitos previstos na lei. Gráfico 50 - Beneficiários do Subsídio de Desemprego, por Sexo e Ano 2008 a F M TOTAL 2012 Fonte: ISS de Valença 134

135 Pelo gráfico observa-se que o número de beneficiários de Subsídio de Desemprego tem aumentado significativamente de 2010 a 2012 incidindo maioritariamente no sexo feminino. O Subsídio Social de Desemprego destina-se a compensar a perda das remunerações do trabalho. Este subsídio é pago quando não estão reunidas as condições para receber o subsídio de desemprego (subsídio social de desemprego inicial) ou já recebeu todo o subsídio de desemprego a que tinha direito (Subsídio Social de Desemprego Subsequente) e quando o rendimento mensal do agregado familiar, por pessoa, não ultrapasse 80% do IAS. Gráfico 51 - Beneficiários do Subsídio Social de Desemprego, por Sexo e Ano 2008 a F M TOTAL Fonte: ISS de Valença 135

136 Da análise do gráfico, relativamente ao concelho de Valença observa-se que existem mais mulheres a beneficiar deste subsídio em detrimento dos homens. Gráfico 52 - Beneficiários do Subsídio Social de Desemprego Subsequente, por Sexo e Ano 2008 a F M Total Fonte: ISS de Valença O Subsídio de Desemprego Parcial é uma prestação em dinheiro atribuída ao trabalhador que requereu ou esteja a receber subsídio de desemprego e inicie atividade por conta de outrem com contrato a tempo parcial ou uma atividade independente desde que o valor auferido seja inferior ao valor do subsídio de desemprego. 136

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