UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA SAÚDE CURSO DE ENFERMAGEM

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1 UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA SAÚDE CURSO DE ENFERMAGEM Clara Coelho de Carvalho Edivânia Ribeiro de Souza Machado Keila Pinto de Carvalho Vagmar Carlos Soares O USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS PELOS ADOLESCENTES: fatores predisponentes e consequências Governador Valadares 2009

2 CLARA COELHO DE CARVALHO EDIVÂNIA RIBEIRO DE SOUZA MACHADO KEILA PINTO DE CARVALHO VAGMAR CARLOS SOARES O USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS PELOS ADOLESCENTES: fatores predisponentes e consequências Monografia para obtenção do grau de bacharel em Enfermagem, apresentada à Área de Ciências Biológicas da Saúde da Universidade Vale do Rio Doce. Orientador: Prof.ª Ana Maria Germano Governador Valadares 2009

3 CLARA COELHO DE CARVALHO EDIVÂNIA RIBEIRO DE SOUZA MACHADO KEILA PINTO DE CARVALHO VAGMAR CARLOS SOARES O USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS PELOS ADOLESCENTES: fatores predisponentes e consequências Monografia para obtenção do grau de bacharel em Enfermagem, apresentada à Área de Ciências Biológicas da Saúde da Universidade Vale do Rio Doce. Governador Valadares, 25 de novembro de Banca Examinadora: Prof.ª Ana Maria Germano Orientadora Universidade Vale do Rio Doce Prof.ª Carmem Helena Barbosa do Vale Universidade Vale do Rio Doce Prof. Danilo Nunes Anunciação Universidade Vale do Rio Doce Prof.ª Patrícia Malta Pinto Universidade Vale do Rio Doce

4 Dedicamos a conclusão desse trabalho, primeiramente a Deus que até aqui nos ajudou e aos nossos familiares.

5 AGRADECIMENTOS A Deus, que sempre esteve conosco nos momentos alegres, de aflição e tristezas. Aos nossos familiares que souberam entender nossas ausências e nos deram o apoio, carinho e amor que tanto precisávamos. À orientadora, professora Ana Maria Germano, pelo apoio, sabedoria no ensinar e dedicação e esmero na difícil arte de educar. A todos os nossos queridos professores que souberam ser verdadeiros mestres e nos ensinaram a trilhar o caminho do saber. Aos colegas de classe pelo tempo passado junto, nas alegrias, nas dores e nos momentos em que apenas a esperança de um mundo melhor nos impulsionou a seguir adiante. Enfim, a todos que, de maneira direta ou indireta, contribuíram para que esse trabalho fosse realizado.

6 Beber inicia num ato de liberdade, caminha para o hábito e, finalmente, afunda na necessidade. Benjamin Rush apud Gigliotti e Bessa (2004)

7 RESUMO A adolescência é caracterizada por mudanças biológicas, cognitivas, emocionais e sociais, constituindo-se em importante momento para a adoção de novas práticas, comportamentos e ganho de autonomia. Nesta fase o jovem torna-se mais vulnerável a comportamentos que podem fragilizar sua saúde, como alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo, consumo de álcool e de drogas. O uso de bebidas alcoólicas e outras substâncias psicoativas constituem um problema relevante nas sociedades contemporâneas. Isto ocorre em todos os segmentos da sociedade, não importando a idade e o nível socioeconômico para sua existência entre os indivíduos. Portanto, o presente estudo tem como objetivos identificar os fatores que induzem os adolescentes a iniciar o consumo de bebidas alcoólicas, investigar as consequências do uso abusivo de bebidas alcoólicas no organismo do adolescente e destacar o papel do enfermeiro na educação para saúde e prevenção do uso do álcool. O estudo tem como características, pesquisa exploratória e descritiva com abordagem analítica. Para a elaboração do presente trabalho e dada à relevância do problema de Saúde Pública, optamos por abordar artigos sobre o tema: álcool e adolescentes, publicados entre os anos de 1983 a Em conclusão, observa-se que o consumo cada vez mais precoce de bebidas alcoólicas deve-se ao seu fácil acesso nos estabelecimentos comerciais e às vastas propagandas que incentivam o consumo do álcool. Muitos adolescentes bebem porque os colegas bebem e exercem pressão sobre eles para que se juntem ao grupo. Acredita-se que todos estes problemas apresentados tornam o consumo de álcool entre os jovens uma questão de saúde pública. E por ser público, compete a toda a sociedade a busca para a solução deste problema. Cabe ao profissional enfermeiro utilizar estratégias de ação em escolas, igrejas, grupos de jovens e famílias, na atenção primária de saúde com a finalidade de promover o despertar do risco do uso abusivo de bebidas alcoólicas. Palavras-chave: Adolescentes. Uso de bebida alcoólica. Enfermagem.

8 ABSTRACT Adolescence is characterized by biological changes, cognitive, emotional and social, constituting an important moment for the adoption of new practices, behaviors and gain autonomy. At this stage the young person becomes more vulnerable to behaviors that can undermine your health, such as improper diet, sedentary lifestyle, smoking, alcohol and drugs. The use of alcohol and other psychoactive substances is a major problem in contemporary societies. This occurs in all segments of society, regardless of age and socioeconomic status for its existence among individuals. Therefore, this study aims to identify factors that lead teens to start drinking, to investigate the consequences of abuse of alcohol in the body of adolescents and highlight the role of the nurse in health education and prevention of use alcohol. The study has the characteristics, exploratory and descriptive qualitative approach. For the preparation of this work and given the relevance of public health problem, we chose to address on the topic: "alcohol and adolescents, published between the years 1983 to In conclusion, we observed that the increasing consumption of alcohol early due to its easy access of shops and large-scale advertisements that encourage alcohol consumption. Many teens drink because their friends drink and put pressure on them to join the group. It is believed that all these problems presented make the consumption of alcohol among young people a public health issue. And because it is public, it is for everyone to search for the solution of this problem. Keywords: Adolescents. Use of beverage. Nursing.

9 LISTA DE SIGLAS DST - Doença Sexualmente Transmissível OMS - Organização Mundial da Saúde PIB - Produto Interno Bruto SC - Santa Catarina SP - São Paulo SESMG - Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo

10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS GERAL ESPECÍFICOS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ALCOOLISMO E ADOLESCÊNCIA Adolescência O uso do álcool Epidemiologia do consumo de álcool em adolescentes Consequências do uso de álcool nos adolescentes SINAIS E SINTOMAS DO USO ABUSIVO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS RELEVÂNCIA DO USO ABUSIVO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS NO CONTEXTO SOCIAL FATORES QUE INFLUENCIAM O CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS O PAPEL DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE E PREVENÇÃO DO USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS METODOLOGIA CARACTERÍSTICAS DO ESTUDO ESCOLHA DO TEMA CRITÉRIOS DE INCLUSÃO LOCALIZAÇÃO DO ESTUDO TRATAMENTO DOS DADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS...39 REFERÊNCIAS...41

11 10 1 INTRODUÇÃO O uso de bebidas alcoólicas e outras substâncias psicoativas constituem um problema relevante nas sociedades contemporâneas (BASTOS et al., 2008). Isto ocorre em todos os segmentos da sociedade, não importando a idade e o nível socioeconômico para sua existência entre os indivíduos (LORDELLO, 1998). Apesar das diferenças socioeconômicas e culturais entre os países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta o álcool como substância psicoativa mais consumida no mundo e também como a droga de escolha entre crianças e adolescentes (VIEIRA et al., 2008). Segundo Vieira et al. (2008), a adolescência é caracterizada por mudanças biológicas, cognitivas, emocionais e sociais, constituindo-se em importante momento para a adoção de novas práticas, comportamentos e ganho de autonomia. Nesta fase o jovem torna-se mais vulnerável a comportamentos que podem fragilizar sua saúde, como alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo, consumo de álcool e de drogas. Essa necessidade de autonomia leva o adolescente a rejeitar a proteção dos adultos e a enfrentar situações e condutas de risco. A vontade de sentir-se especial pode levá-lo a acreditar que é invulnerável e que não sofrerá as consequências dos riscos que corre (GIL et al., 2008). A adolescência é um período caracterizado por pouca capacidade de lidar com situações de estresse na vida, como, por exemplo, a morte de um membro da família. Isso faz com que aumente sua vulnerabilidade em relação às drogas e bebidas alcoólicas (ANDRADE; HEIM, 2008). Um exemplo dessa situação é o consumo de álcool cada vez mais precoce pelos adolescentes. Além de sua alta prevalência, dois outros fatores são relevantes: a idade de início e o padrão de consumo. Estudos sugerem que a idade de início vem se tornando cada vez mais precoce. No Brasil, a média de idade para o primeiro uso de álcool é 12,5 anos. Por sua vez, quanto mais cedo a experimentação, pior as consequências e maior o risco de desenvolvimento de abuso e dependência do álcool (MELONI; LARANJEIRA, 2004). Quanto ao padrão de consumo, a literatura revela que quando adolescentes bebem, tendem a fazê-lo de forma pesada, apresentando episódios de abuso agudo, ou seja, bebem cinco ou mais doses em uma ocasião. Tal comportamento aumenta

12 11 o risco de uma série de problemas sociais e de saúde, incluindo: doenças sexualmente transmissíveis, gravidez não planejada, infarto do miocárdio, acidentes de trânsito, problemas de comportamento, violência e ferimentos não intencionais (MELONI; LARANJEIRA, 2004). Carlini et al. (2000), num estudo toxicológico com 5960 amostras de sangue e vísceras de vítimas com ferimentos fatais realizados em 1994 no Instituto de Medicina Forense, em São Paulo, mostrou que 48,3% das vítimas tinham alcoolemia positiva. As proporções, entretanto, variavam com a causa da morte. Foi detectada a presença de álcool no sangue em 64,1% das vítimas de afogamento; 52,3% dos homicídios; 50,6% das vítimas de acidentes de trânsito e 32,2% dos casos de suicídios. Por se tratar de um problema de saúde pública, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que, como tal, é preciso enfrentá-lo a partir da formulação de políticas governamentais. No caso do Brasil, a OMS sugere que se adote nessa área uma política inspirada na do controle do tabaco, em que o país virou referência mundial (SOARES, 2006). A principal bandeira dos especialistas que tentam incluir a discussão sobre o álcool na agenda nacional é a proibição total da propaganda de bebidas. Países que adotaram essa medida reduziram em 30% os acidentes fatais de carro (MELO, 2001). De acordo com Crives e Dimenstein (2003), os diversos modelos de intervenção nos casos de uso e abuso de substâncias passíveis de causar dependência estão relacionados à seguinte questão: é possível uma sociedade livre de todas as drogas? Se se parte de uma perspectiva positiva, é possível compreender as políticas internacionais e nacionais voltadas para reduzir a comercialização, distribuição e consumo dessas substâncias, as quais terminam penalizando o usuário, estimulando o enriquecimento ilícito e a organização do crime, potencializando os sistemas policiais, judiciais e penitenciários. Se se considera que não há possibilidade de uma sociedade que não faça uso de psicoativos, uma perspectiva, então, volta-se para a redução de danos, sejam individuais ou coletivos. Para Vieira et al. (2008), a população jovem é vulnerável às consequências negativas, e muitas vezes trágicas, do uso de bebidas alcoólicas.

13 12 Nos Estados Unidos, o álcool está envolvido nas quatro primeiras causas de morte entre indivíduos na faixa de 10 a 24 anos: acidentes de trânsito, ferimentos não intencionais, homicídio e suicídio (GALDURÓZ et al., 2004). Dados brasileiros associados ao uso de álcool e suas consequências ainda são escassos. Sabe-se, porém, que os acidentes de trânsito são frequentemente relacionados à alta concentração de álcool no sangue, maior do que 0,6 g/l, limite de alcoolemia permitido pelo Código de Trânsito Brasileiro (VIEIRA et al., 2008). A ingestão do álcool na infância e na adolescência é hoje um tema importante, dado o consumo cada vez mais frequente dessa substância pela população. Quanto mais cedo se inicia o uso de álcool e tabaco, maior a vulnerabilidade de se desenvolver o abuso e a dependência das mesmas substâncias e, concomitantemente, o uso de drogas ilícitas (FERIGOLO et al., 2004). Especificamente quanto à relação entre uso de álcool e homicídio, estudo realizado em 1990 e 1995 na cidade de Curitiba (Paraná) mostrou que 53,6% das vítimas e 58,9% dos autores dos crimes estavam intoxicados no momento do crime (CARLINI et al., 2000). Portanto, o presente estudo justifica-se pela necessidade de se conhecer os principais fatores que levam os adolescentes a iniciar o consumo de bebidas alcoólicas e suas principais consequências para a saúde. Desse modo, nota-se que a compreensão dos problemas relacionados ao consumo de álcool entre adolescentes deve se estender para além da prevalência do uso, e considerar também os diversos fatores que influenciam o comportamento de beber. Conhecer os motivos que levam os adolescentes a abusar do álcool e as consequências deste ato é particularmente necessário para a implementação de políticas públicas de prevenção e combate ao consumo de bebidas alcoólicas pelos jovens. O ponto de partida para a realização deste trabalho foi a leitura de artigos que mostram que o consumo de álcool pelos adolescentes é um fato real e esta situação é especialmente preocupante devido à idade de início cada vez menor. Variados fatores de risco como: baixo apego escolar, ter amigos ou familiares consumidores de alguma droga, o estresse e outros, levam a esta iniciação. Esta situação, por abranger um grave problema de saúde pública, não admite soluções apenas no campo da saúde, mas sim deve envolver uma abordagem amplamente intersetorial, que trate dos problemas da violência urbana, das

14 13 injustiças sociais, das graves desigualdades de acesso à educação, ao trabalho, ao lazer e à cultura (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1989). Através do conhecimento adquirido com esta pesquisa, serão sugeridas ações de saúde dirigidas para a prevenção do uso do álcool, e assim, fortalecer os fatores protetores e motivar o adolescente a ser seu próprio agente de mudança. Sudbrack (2006) assegura que o trabalho de prevenção do uso de drogas evoluiu da repressão ao usuário e do amedrontamento da população para um novo enfoque, voltado para a educação e para a saúde, centrado na valorização da vida e na participação da comunidade.

15 14 2 OBJETIVOS 2.1 GERAL Descrever os fatores que induzem os adolescentes a iniciar o consumo de bebidas alcoólicas. 2.2 ESPECÍFICOS Investigar as consequências do uso abusivo de bebidas alcoólicas no organismo do adolescente; Destacar o papel do enfermeiro na educação para saúde e prevenção do uso do álcool.

16 15 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 ALCOOLISMO E ADOLESCÊNCIA Adolescência A adolescência pode ser considerada como um período crucial na vida de um indivíduo, pois se constitui em uma etapa decisiva no processo natural e normal de crescimento. Segundo Aberastury e Knobel (1984), esta fase marca o ingresso no mundo dos adultos e a definitiva perda da condição de criança. O jovem tem que enfrentar o desejado e ao mesmo tempo temido mundo dos adultos para o qual não se encontra preparado. É importante desprender-se do conhecido mundo infantil onde, em geral, vivia seguro e prazerosamente a dependência que lhe garantia a satisfação de suas necessidades básicas e onde os papéis estão claramente estabelecidos. Esta trabalhosa tarefa de abandonar o mundo infantil e construir a identidade adulta é o objetivo deste momento de vida (ABERASTURY; KNOBEL, 1984). Essa etapa da vida é marcada por importantes e profundas transformações, as quais produzem desequilíbrios e instabilidades extremas. Esta fase perturbada e perturbadora, embora definitivamente necessária, implica o fundamental processo de estabelecimento da identidade (ABERASTURY; KNOBEL, 1984). A experiência do rompimento dos laços emocionais com a família, a descoberta da sexualidade e a receosa, e porque não temida e excitante, entrada numa vida nova que lhe acena, é acompanhada de sentimentos de isolamento e fragilidade, o que gera defesa, caracterizando confrontos e oposições ao meio familiar e social (ABERASTURY; KNOBEL, 1984). Esse período pode ser marcado por maior ou menor risco, dependendo das condições ambientais nas quais os indivíduos estiverem inseridos. O término desta fase somente se concretiza quando o jovem elabora o luto pelo corpo de criança, pela identidade infantil, pela relação com os pais na infância (MARCONDES FILHO, 1998).

17 16 Como resultante deste processo de desequilíbrios e instabilidades é comum o famoso enclausuramento do jovem, fuga na qual busca proteger sua fragilidade, afastando-se das pessoas habituais, refugiando-se em si mesmo ou em grupos de pares, na vida de turma (TEIXEIRA; LUIS, 1997). Não há como definir o momento exato em que começa e em que termina a adolescência. A transformação maior acontece por volta dos 18 anos e pode avançar até os 25 anos. Cientistas acreditam que esse longo período de desenvolvimento do cérebro pode ser a explicação para comportamentos típicos da adolescência, como busca por situações novas e potencialmente perigosas, entre elas experimentar álcool e outras drogas (SOARES, 2006). É nessa fase que, segundo Andrade e Heim (2007) o adolescente apresenta pouca capacidade de lidar com situações de estresse na vida, como, por exemplo, a morte de um membro da família. Isso faz com que aumente a sua vulnerabilidade em relação às drogas, principalmente o álcool O uso do álcool O uso exagerado e indevido de bebidas alcoólicas é considerado um grave problema de saúde pública. O consumo de álcool pode ser advindo do estilo de vida atual, dos elevados níveis de estresse, de ansiedade, de baixa auto-estima, sentimentos depressivos, susceptibilidade à pressão dos pares e problemas relacionados à escola (MANSUR; MONTEIRO, 1983). No estudo de Cardenal e Adell (2000), além da prevalência do exagero no uso de bebidas alcoólicas na população adulta, esse comportamento está presente igualmente entre adolescentes, repercutindo na sua saúde física e mental. Em todos os tempos, sempre houve pessoas que utilizavam substâncias que alteravam o comportamento, os pensamentos e/ou as emoções. Hoje em dia, as drogas consumidas habitualmente incluem o álcool, a maconha, os alucinógenos, a heroína, a cocaína, os barbitúricos e as anfetaminas (KAIL, 2004). Constitui-se um tema naturalmente controverso no meio social e acadêmico brasileiro, o uso de álcool entre a população adolescente. Ao mesmo tempo em que a lei brasileira define como proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de

18 17 18 anos (Lei nº , de 15 de julho de 1996), é prática comum o consumo de álcool pelos jovens, seja no ambiente domiciliar, em festas, ou mesmo em ambientes públicos. Isso demonstra que a sociedade como um todo adota atitudes paradoxais frente o alcoolismo e o adolescente. Por um lado, condena o abuso de álcool pelos jovens, mas é permissiva ao estimular o consumo de bebidas alcoólicas por meio de propagandas (PECHANSKY; SZOBOT; SCIVOLETTO, 2004) Epidemiologia do consumo de álcool em adolescentes Dados epidemiológicos sobre o consumo de álcool e outras drogas entre os jovens no mundo e no Brasil mostram que é na passagem da infância para a adolescência que se inicia esse uso. Nos Estados Unidos, calcula-se que o álcool é usado pelo menos uma vez por mês por mais de 50% dos estudantes das últimas séries, sendo que 31% chegam a se embriagar mensalmente. O estudo encontrou na população jovem americana (13 a 18 anos) a seguinte taxa: 15% são bebedores pesados (cinco ou mais doses por dia em três ou mais dias dos últimos 15 dias). Seu consumo varia de acordo com o sexo e, em meninos, esse uso aparece associado com mais frequência à delinquência (CARON; RUTTER, 1991; CLARK; WATSON; REYNOLDS, 1995). Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS (1997) estima-se que 25% da população mundial seja constituída por adolescentes e que na América Latina residam aproximadamente 30% de adolescentes e jovens na faixa etária de 10 a 24 anos. E ainda, de acordo com o Ministério da Saúde (1996), cerca de 22,0% dos brasileiros têm de 10 a 19 anos. A maioria destes jovens vive em setores marginais da zona urbana, o que dificulta ainda mais o acesso à educação, trabalho e saúde, e isso favorece a delinquência e a violência juvenis e aumenta ainda mais as taxas de mortalidade por causas externas, em especial, homicídios, suicídios e acidentes de trânsito (SOUZA; ASSIS, 1996; COSTA, 1999; FEIJÓ; RAUPP; JOHN, 1999). Estima-se que o álcool é uma das substâncias psicoativas mais precocemente consumidas pela população jovem. Vários estudos, tanto nacionais quanto estrangeiros, confirmam que, se o álcool é facilmente obtido e possui uma

19 18 farta propaganda em torno de seu consumo, isto se reflete em seu uso precoce e disseminado (SOARES, 2006). Pechansky e Barros (1995) realizaram um estudo com uma amostra de adolescentes representativa da população de Porto Alegre, coletaram dados de 950 jovens entre 10 e 18 anos. Os achados indicavam ser frequente (71%) a experimentação das bebidas alcoólicas mais comuns na faixa etária estudada, chegando a quase 100% na idade de 18 anos. De acordo com os autores citados acima, um dos achados importantes do estudo foi o de que havia mudanças na forma, local de consumo e volume de etanol ingerido de acordo com a idade dos entrevistados, assim como com relação ao gênero: os meninos começavam a beber fora de casa e com amigos mais precocemente, enquanto as meninas eram mais conservadoras, mantendo o hábito de consumo familiar e doméstico por mais tempo Consequências do uso de álcool nos adolescentes Para Lewis e Wolkmar (1993), o uso do álcool, bem como do fumo e das drogas, vem aumentando consistentemente entre os adolescentes. Numa pesquisa, 63% dos meninos e 53% das meninas entre doze e treze anos revelaram ter experimentado bebidas alcoólicas, e um em sete adolescentes de dezessete anos revelou embriagar-se uma vez por semana. Quase todos (93%) os estudantes do último ano da escola secundária, em 1997, relataram ter provado bebidas alcoólicas, e 6 % bebiam diariamente. Usualmente, a administração do etanol ocorre através da via oral na forma de bebidas alcoólicas (cerveja, vinho ou aguardentes), nas quais a sua concentração oscila de aproximadamente 4% nas cervejas, a % nos vinhos e de 38 a 54% nas aguardentes (LARINI; SALGADO, 1997). A absorção de substâncias pelo trato gastrointestinal é, em sua maior parte, explicável em termos de simples difusão não iônica através dos poros lipóides da membrana gastrintestinal. O epitélio é pouco permeável ou impermeável às formas polarizadas dos compostos administrados e a absorção quase sempre ocorre pela difusão das suas formas lipossolúveis não ionizadas (LARINI; SALGADO, 1997).

20 19 Assim, o etanol, um não eletrólito lipossolúvel, é rapidamente absorvido para corrente sanguínea através do estômago, do intestino delgado e do cólon (proporções reduzidas). Após a administração oral do etanol, cerca de 20% é absorvido na mucosa estomacal, e o restante, nas primeiras porções do intestino delgado. A absorção é variável em função do tipo de bebida alcoólica, da concentração do etanol, do ph do meio, do estado da vacuidade ou repleção do estômago, do período gasto na ingestão da bebida, além de outros fatores fisiológicos individuais (LARINI; SALGADO, 1997). A absorção no intestino delgado é extremamente rápida, completa e independente da concentração de etanol e da presença de alimentos no estômago ou no próprio intestino (LARINI; SALGADO, 1997). Observa-se, portanto que os efeitos do álcool dependerão das características fisiológicas de cada indivíduo, a forma como é ingerida, a quantidade e o tipo de bebida consumida. Trindade e Correia (1999), reafirmam que o consumo de álcool além de influenciar de forma direta, a médio e a longo prazo, a saúde física e mental, pode relacionar-se, a curto prazo, com a diminuição do rendimento escolar e comportamentos de risco para a saúde, no âmbito de comportamentos sexuais de risco e de comportamentos de risco na condução de veículos motorizados. Nesse contexto, Kail (2004) revela em seu estudo que muitos fatores contribuem para que um adolescente vá se juntar à maioria que bebe. Os pais são fundamentais nesta questão. Quando beber é parte importante da vida social dos pais por exemplo, parar em um bar depois do trabalho ou convidar os amigos para um drinque. Ainda considerando as consequências do consumo de álcool, este potencializa a propensão dos jovens a se engajarem em comportamentos de risco. Mesmo o consumo eventual revelou poder expô-los a problemas como acidentes de trânsito, comportamento sexual de risco (doenças sexualmente transmissíveis, gravidez não planejada), violência, ferimentos não intencionais, problemas acadêmicos (LARANJEIRA; ROMANO, 2004; REBOUSSIN et al., 2006). Vieira et al. (2008), realizaram um estudo com 1990 alunos de idade entre 11 e 21 anos, de ambos os sexos, matriculados em escolas públicas e privadas de Paulínia - SP. O estudo apresentou como objetivo traçar o perfil de estudantes em relação ao consumo de álcool e comportamentos de risco. Os resultados demonstraram que a prevalência de uso do álcool foi de 62,2% e que 17,3% dos

21 20 alunos revelaram que tiveram pelo menos um episódio de abuso agudo do álcool. Os adolescentes reportaram que adquiriram facilmente bebidas alcoólicas de estabelecimentos comerciais e também em contextos sociais com parentes e amigos. Apenas 1% dos menores de idade relatou que tentou, mas não conseguiu comprar bebida alcoólica. Como consequências negativas do consumo nos últimos 12 meses, os estudantes relataram ter passado mal por ter bebido (17,9%), arrependimento por algo que fizeram sob o efeito do álcool (11%), blackout (9,8%) e ter brigado após beber (5%). Mais da metade (55%) dos estudantes conhecia alguém que sofreu acidente de trânsito provocado por motorista embriagado. Concluindo, diante dos dados, observa-se uma alta prevalência de consumo de álcool entre os adolescentes estudados e um fácil acesso às bebidas alcoólicas, inclusive por menores de idade. Portanto, percebe-se a necessidade de ações imediatas em relação às políticas públicas para o consumo de álcool no Brasil. Porém, Romano et al. (2007), associam que o baixo preço de bebidas alcoólicas torna o álcool facilmente acessível aos adolescentes, que são também as maiores vítimas das poucas restrições à propaganda de bebidas nos meios de comunicação. Autores como Lewis e Wolkmar (1993) e Kail (2004), apontam um elevado consumo de álcool entre os adolescentes, com consequente aumento dos riscos causado pelo mesmo. De acordo com a literatura isso se deve ao fácil acesso, fatores sociais predisponentes, não cumprimento da Lei nº , de 15 de Julho de 1996 pelos revendedores de bebidas alcoólicas e bombardeamento pelas campanhas publicitárias. 3.2 SINAIS E SINTOMAS DO USO ABUSIVO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS O consumo de bebidas alcoólicas ocorre em todos os segmentos de todas as sociedades, independente do nível socioeconômico para a sua existência, entre os indivíduos, diferenciando-se sim, os vários tipos de bebidas alcoólicas predominantes em cada classe econômica (LORDELLO, 1998). Além do tipo de bebida, a frequência em que é consumida influencia nos sinais e sintomas. O uso de bebida alcoólica é classificado como consumo esporádico; o abuso como o uso continuado, ou seja, é o uso compulsivo e

22 21 frequente desta substância que o usuário tem dificuldade de manter sob controle, acarretando abandono de outros interesses e danos para a sua vida afetiva, social e profissional e, por último a dependência, que é o uso excessivo e incontrolado (SESMG, 2006). O uso abusivo de bebida alcoólica pode provocar tolerância, caracterizada pela necessidade de doses cada vez maiores de álcool para que exerça o mesmo efeito, ou diminuição do efeito do álcool com as doses anteriormente tomadas; e por síndrome de abstinência um quadro de desconforto físico e/ou psíquico quando da diminuição ou suspensão do consumo etílico. Nesta situação já se trata de dependência (GIGLIOTTI; BESSA, 2004). Muitos jovens consomem a bebida alcoólica em busca de uma sensação de desinibição que ela provoca num primeiro instante, uma sensação de que tudo pode e nada o atinge. Porém logo depois vem a sonolência, a visão turva, diminuição das capacidades de reação e atenção, problemas estomacais, vesicais e intestinais. E se o consumo for em excesso o álcool pode provocar intoxicação podendo levar à morte (MELO, 2001; SESMG, 2006). Fishman (1988) e Vieira et al. (2008) revelam que um dos efeitos imediatos do álcool é o de tranquilizante ou de causador de euforia e bem-estar. Um indivíduo que esteja enfrentando momentos de tensão, nervosismo, conflitos com a família, com amigos ou dificuldades no relacionamento pode entregar-se ao álcool para suprimir temporariamente a depressão, a ansiedade e os sentimentos de medo. Estudos e trabalhos no campo da psicologia apresentados por Leite (2007) confirmam a afirmativa acima, onde mostra que os adolescentes de hoje fazem uso das drogas para escapar das terríveis realidades de seu mundo e, desta forma, alcançar uma sensação de bem-estar. O abuso de álcool pode evoluir para outras manifestações clínicas, por isso se constitui como um problema clínico importante, pelos danos que traz à vida do paciente e de seu círculo socioeconômico familiar. De acordo com a Linha Guia de Atenção em Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SESMG, 2006) as manifestações clínicas que podem estar presentes no uso abusivo de bebida alcoólica são: a) transtornos mentais agudos e sub-agudos: - intoxicação alcoólica, - síndrome de abstinência alcoólica, - Delirium tremens,

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