Presidente do CTA Julia Feitosa. Coordenação Geral Nívea Geórgia Marcondes. Florestas e Comunidades Pedro Bruzzi Lion. Magna Cunha dos Santos

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1 LIÇÕES Aprendidas a partir das experiências de Manejo Florestal Comunitário de uso múltiplo

2 Presidente do CTA Julia Feitosa Coordenação Geral Nívea Geórgia Marcondes Coordenação do Programa Florestas e Comunidades Pedro Bruzzi Lion 2 Coordenação Produção de Conhecimento e Políticas publicas Magna Cunha dos Santos Equipe Técnica Jefferson Amaro Evandro Araújo Patrícia Roth Gardênia Sales Flavio Quental Leonardo Lelis Maria das Graças Carlos Rogério Mendes Emanuel pinheiro

3 Elaboração Equipe técnica CTA Magna Cunha dos Santos Nívea Jorgia Silva Marcondes Pedro Bruzzi Rocio Chacha Ruiz Jefferson Amaro Penellas Evandro Araújo Maria das graças Comunitários do PAE AE Porto Dias Etapas para construção de um Programa de Manejo Florestal de uso Múltiplo Apresentação 7 Objetivo do manejo Florestal comunitário de uso Múltiplo Contexto do Manejo Florestal Comunitário de Uso Múltiplo no Acre A experiência do cta com o Manejo Florestal Comunitário de Uso Múltiplo Francisco Correia da Cunha Adalberto Pereira do Nascimento Organização Paulo Neto Revisão Magna Cunha dos Santos Renato Magalhães Noemi Porro Organização Comunitária e Desenvolvimento Local Administração e gerenciamento de organizações comunitárias Comercialização e divulgação dos produtos Monitoramento e avaliação Pesquisa 34 Políticas Públicas Programação Visual Tissiano da Silveira Formação e Capacitação 43

4 NOSSA MISSÃO 4 Contribuir para consolidação das Reservas Extrativistas e promovê-las como conceito central do desenvolvimento baseado em uma cultura de uso sustentável da floresta.

5 O Centro dos Trabalhadores da Amazônia CTA é uma instituição não governamental, sem fins lucrativos, considerada de utilidade pública municipal, estadual e federal. Em 2005, completa 22 anos de trabalhos junto às comunidades extrativistas da Amazônia Ocidental Brasileira. O trabalho começou com o objetivo de dar suporte técnico-institucional ao movimento seringueiro, então comandado pelo líder Chico Mendes. A demanda inicial era apoiar o movimento seringueiro na luta pela garantia de suas terras e contra um processo de colonização destrutivo e concentrador de recursos, imposta pelo governo militar da época. O CTA dá apoio ao movimento das populações extrativistas através de ações de formação, na defesa de suas terras e de seu modo de vida tradicional, provando que, através de investimentos adequados em ações de saúde, educação e o manejo sustentável dos recursos florestais, é possível contribuir para o desenvolvimento sócio-econômico, ambiental sustentável para a região. O CTA Promove ações junto às comunidades extrativistas visando o fortalecimento das organizações locais, estimulando a adoção de práticas de manejo sustentável dos recursos naturais que gerem benefícios econômicos e sociais às comunidades da floresta. Para isso o CTA investe na formação continuada de agentes locais, apoio a construção de sistemas de manejo sustentado dos múltiplos recursos florestais e a formação e assessoria para administração de negócios comunitários. 5 As lições aprendidas que seguem abaixo resultam de 8 anos de experiência do CTA trabalhando com seringueiros em projetos de assentamento agroextrativistas no Acre. Esperamos que este documento possa ser útil na para técnicos, pesquisadores, tomadores de decisões e que oriente construção de programas, projetos e políticas publicas que fortaleçam o manejo florestal comunitário de uso múltiplo na Amazônia. Nívea Jorgia Silva Marcondes Coordenadora Geral

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7 APRESENTAÇÃO AÇÃO A partir do ano de 1995 diversas experiências de manejo florestal comunitário, implementadas por comunidades rurais na Amazônia, foram iniciadas. O Estado do Acre foi um núcleo pioneiro na implantação desta proposta de uso sustentável e conservação dos recursos florestais e que incorpora a responsabilidade social, a conservação ambiental e a competitividade econômica, propiciando o desenvolvimento dessas populações. No Estado do Acre, as principais instituições de assessoria e apoio ao manejo florestal comunitário são as seguintes: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Secretaria de Extensão Agroflorestal do Estado do Acre (SEATER), a Secretaria Estadual de Florestas (SEF), a Fundação de Pesquisa e Tecnologia do estado do Acre (FUNTAC), WWF-Brasil e o Centro dos Trabalhadores da Amazônia (cta). Durante estes 10 anos de implementação das propostas de manejo florestal, as comunidades e instituições assessoras encontraram inúmeras dificuldades, enfrentaram desafios, corrigiram rumos e obtiveram resultados e avanços. Os produtos obtidos e os processos vivenciados pelas organizações e comunidades geraram novos conhecimentos que, divulgados, podem auxiliar outras organizações na definição de um projeto de manejo florestal comunitário. Este documento aborda a experiência do cta com o manejo florestal de uso múltiplo nos Assentamentos Agroextrativistas Porto Dias e São Luis do Remanso que originou diretrizes orientadoras para elaboração do Programa de Manejo Florestal Comunitário de Uso Múltiplo do cta, servindo de orientação para técnicos, lideranças comunitárias e tomadores de decisão. As informações contidas nesta publicação foram organizadas em tópicos que abordam as diretrizes do Programa de Manejo sob os diferentes aspectos do manejo comunitário. 7

8 OBJETIVO O DO MANEJO FLOREST ORESTAL COMUNITÁRIO DE USO MÚLTIPL TIPLO 8 São vários os conceitos na literatura sobre os objetivos do Manejo Florestal Comunitário de Uso Múltiplo. Agregando elementos importantes de algumas dessas descrições à prática verificada em várias regiões da Amazônia, apresentamos o conceito abaixo. O uso múltiplo dos recursos florestais é o meio pelo qual as populações extrativistas utilizam permanentemente e sustentavelmente um leque variado de espécies e produtos da biodiversidade. É uma estratégia de vida e também um dos aspectos culturais mais marcantes das populações extrativistas. O manejo florestal comunitário de uso múltiplo é o ordenamento desta prática tradicional, incorporando diversas diretrizes técnicas e ecológicas de manejo do ecossistema, visando a obtenção de produtos florestais com valor econômico agregado e em acordo com a legislação ambiental vigente. O manejo florestal de uso múltiplo é considerado atualmente a principal alternativa para o desenvolvimento socioeconômico de diversas populações tradicionais.

9 CONTEXTO O DO MANEJO FLOREST ORESTAL COMUNITÁRIO DE USO MÚLTIPL TIPLO NO ACRE O modelo de desenvolvimento planejado para a região Amazônica na década de 70 era predatório no uso dos recursos naturais e concentrador de riqueza e, ainda, explorava a mão-de-obra local e de famílias vindas de outras regiões do Brasil. Tinha, portanto, feições bastante diferentes das pretendidas pelo movimento popular protagonizado pelos seringueiros, que reivindicavam a garantia de suas terras e um modelo de desenvolvimento adaptado às suas condições de vida, menos concentrador e destrutivo. Os anos 80 foram marcados pelo processo de resistência e luta dos movimentos organizados na Amazônia, que resultou na morte de muitas lideranças, entre elas, Chico Mendes. Os impactos deste processo resultaram na criação em novos modelos de assentamento, tendo os recursos extrativistas como a base de subsistência para os seringueiros. Desta forma, as Reservas Extrativistas RESEX, e os Projetos de Assentamento Agroextrativistas PAE, foram criados e regulamentados. Essas áreas têm como finalidade viabilizar, através da concessão de uso, a exploração sustentável dos recursos naturais, pelos seringueiros e populações tradicionais. Nesse momento, o Centro dos Trabalhadores da Amazônia - cta, organização não governamental, cuja missão institucional sempre esteve ligada à promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades extrativistas, já atuava formando e capacitando agentes comunitários nas áreas de educação e saúde no interior das florestas do Acre. A criação das RESEX e dos PAE foi um avanço, mas não o suficiente para reduzir o êxodo rural provocado por contingências econômicas. A ausência de políticas públicas apropriadas e de programas de apoio aos assentamentos associada à queda do preço da borracha extrativa intensificou a substituição do extrativismo pela agropecuária (criação de gado e produção de lavoura branca), além de provocar dificuldades de subsistência às famílias que viviam do extrativismo. A busca por alternativas que viabilizassem os assentamentos e reservas nas áreas de conservação dos recursos naturais originou um debate no início da década de 90 e contribuiu para que, em 1996, fosse iniciado o primeiro Projeto de Manejo Florestal Comunitário na Amazônia Brasileira. 9

10 10 PAE Porto Dias PAE São Luiz do Remanso

11 A EXPERIÊNCIA DO CTA COM MANEJO FLOREST ORESTAL COMUNITÁRIO DE USO MULTIPL TIPLO O primeiro projeto de manejo que contou com apoio do cta foi implantado no Projeto de Assentamento Agroextrativista Porto Dias, localizado no município de Acrelândia. O objetivo do projeto, ainda em curso, é promover o fortalecimento da comunidade incentivando a gestão e a autonomia da organização comunitária para o uso sustentável dos recursos florestais. Com este objetivo, o cta tem promovido a formação e o acompanhamento dos produtores em todas as etapas do manejo florestal. O sistema adotado no PAE Porto Dias procurou adaptar as técnicas de manejo florestal ao sistema de produção extrativista, onde a unidade de produção é a colocação de seringa e os moradores são os próprios manejadores. Embora idealizado como manejo florestal de uso múltiplo, inicialmente foi a madeira que impulsionou as ações do projeto piloto de em Porto Dias. Desde que foi iniciado, ocorreram cinco colheitas anuais de madeira e nos dois últimos anos foram incorporados ao sistema de manejo a produção de óleo de copaíba e de sementes de árvores nativas. A associação local possui o certificado florestal do Forest Stewardship Council (FSC) desde o ano de As lições aprendidas com esta experiência orientaram o cta a desenvolver, a partir de 2001, uma segunda proposta de manejo florestal no PAE São Luis do Remanso, no município de Capixaba. Desta vez o enfoque das ações se baseou, desde o início, no fortalecimento do conceito de uso múltiplo da floresta e atenção especial foi dada para o desenvolvimento de sistemas de manejo para copaíba, sementes de árvores nativas e, principalmente, sementes de jarina, além da produção artesanal. A associação local obteve o primeiro certificado do FSC para manejo florestal de uso múltiplo. 11

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13 Organização Comunitária e Desenvolvimento Local PALA ALAVRAS CHAVES - Base social para o manejo florestal comunitário; compreensão conjunta da realidade; diagnóstico participativo; plano de desenvolvimento local; fundos sociais. Lição aprendida 1 13 O trabalho de organização comunitária deve ser priorizado como princípio fundamental e base social do manejo florestal comunitário Desenvolver projetos de manejo florestal junto às comunidades rurais significa trabalhar a organização de processos e de pessoas. Não poderia ser diferente, afinal, tratase de uma atividade que envolve pessoas e grupos com interesses distintos em áreas de uso comum. O manejo florestal comunitário é uma atividade que envolve várias etapas e os processos de decisão são realizados em espaços coletivos de organização, ou seja, por meio de uma ou várias comunidades, associação de produtores, cooperativa, entre outros. O manejo florestal comunitário também necessita de uma organização juridicamente constituída para representar o empreendimento junto aos órgãos ambientais, tributários e

14 14 agentes financiadores. Por conseqüência, é fundamental que os grupos envolvidos com o manejo estejam organizados para administrar a atividade, estabelecendo regras e definindo responsabilidades. O cta atuou junto às associações comunitárias nos Projetos Agroextrativistas (PAE) de Porto Dias e de São Luis do Remanso, no sentido de que estas organizações desenvolvessem, entre outras atribuições, habilidades para gerenciar as atividades do manejo florestal. No campo do desenvolvimento local, ações de planejamento participativo, educação e saúde, também foram discutidas e implementadas nas associações, com o apoio do cta e de outros parceiros. Lição aprendida 2 A busca de um processo de compreensão conjunta da realidade orienta as estratégias e propostas das comunidades, considerando os seus interesses e a sua capacidade operacional A adoção de um modelo de manejo florestal determinado principalmente pela escala do projeto pode resultar no não cumprimento das metas estabelecidas, em função da utilização de tecnologias inadequadas, com previsões audaciosas, que podem estar além da capacidade de execução pelo grupo envolvido. No início da assessoria do cta ao grupo de comunitários do Porto Dias os interesses dos diferentes atores sociais foram compartilhados, mas não houve preocupação sistemática em observar a elaboração conjunta do primeiro projeto piloto, implantado através de um sistema de financiamento a fundo perdido. A distribuição das unidades de manejo florestal e o volume de madeira planejado para ser extraído foram definidos sem considerar as dificuldades de acesso e de escoamento da produção no PAE, impedindo a comercialização durante vários anos. As metas estabelecidas foram, portanto, dimensionadas inadequadamente frustrando a expectativa dos manejadores e dos técnicos ao final do projeto. As etapas do manejo florestal devem ser discutidas e dimensionadas juntamente com as pessoas que irão executálas, para que as projeções sejam realistas. É preciso considerar o contexto local, os interesses, a capacidade operacional da comunidade e o potencial da área, buscando refletir com os comunitários as conseqüências que o manejo florestal irá gerar. Esta lição possibilitou ao cta rever suas estratégias de implantação do manejo florestal tanto no PAE Porto Dias, como no PAE São Luis do Remanso. As ações de manejo, atualmente,

15 são definidas junto aos grupos de comunitários. Lição aprendida 3 O Diagnóstico participativo é uma ferramenta eficaz na compreensão dos aspectos que envolvem o manejo florestal e na definição das ações de desenvolvimento comunitário Os diagnósticos participativos auxiliam a compreensão conjunta da realidade e o processo de mobilização das comunidades para a definição de propostas de ação. O cta realizou diversos diagnósticos nas comunidades, entretanto, estes tiveram como foco principal o projeto de manejo florestal, ao passo que deveriam ser utilizados para a definição coletiva de um plano de ações integradas de desenvolvimento local, em que o manejo florestal fosse apenas uma dessas ações. A lição extraída é que o diagnóstico participativo é eficaz e seus resultados devem ser utilizados para estimular a todos, comunitários, parceiros e entidades financiadoras e de assessoria, a refletir sobre a realidade e a buscar soluções para os problemas identificados e estimular os potenciais. Desta forma, torna-se factível integrar as atividades do manejo florestal às demais ações pretendidas pelo grupo, garantindo o processo de desenvolvimento comunitário. Um diagnóstico participativo e propositivo geralmente identifica várias demandas. O grande desafio é atender aquelas que, inevitavelmente extrapolam a missão e capacidade institucional das organizações envolvidas. Uma maneira de resolver este problema é envolver outros atores/parceiros e definir responsabilidades conforme o perfil institucional, lembrando que as comunidades também terão suas responsabilidades na implementação do que for definido a partir do processo dos diagnósticos. 15

16 Lição aprendida 4 A elaboração de Planos de Desenvolvimento Comunitários deve integrar as ações do manejo florestal às demais atividades produtivas da comunidade como a produção de borracha, colheita da castanha, abertura e plantio de roçados e serviços prestados, bem como as atividades de lazer. 16 O Plano de Uso elaborado nos PAE e RESEX é um documento que orienta as ações dos moradores através de regras de convivência e de utilização dos recursos naturais. O Plano de Uso é um instrumento de gestão limitado, pois não prevê a elaboração de um planejamento das ações que visem o desenvolvimento das comunidades. Neste contexto, o Plano de Desenvolvimento Comunitário se configura como uma ferramenta que permite estabelecer um planejamento que integre as diferentes demandas e ações em áreas onde parte dos recursos naturais e infra-estruturas são de uso comum. A lição aprendida pelo cta com a implantação de projetos pilotos de manejo florestal indica a necessidade de realização do planejamento das atividades do projeto a partir das diretrizes coletivas estabelecidas durante a construção do Plano de Desenvolvimento Comunitário. Os comunitários

17 deverão ser os protagonistas deste processo, que deve considerar a diversidade interna da comunidade, isto é, as diferenças de gênero, de idade, de origem, de etnia, de ocupação (por exemplo, caçadores, benzedeiras, etc.) e outras. Aprendemos que estes distintos segmentos da comunidade atuam em diferentes atividades produtivas e de lazer e devem, portanto, participarem da elaboração do Plano. A importância de se implementar o manejo florestal no contexto do desenvolvimento comunitário é a possibilidade de garantir a base social para a sua execução. Lição aprendida 5 O manejo florestal deve prever a criação de fundos sociais, apoiados por receitas geradas com esta atividade, que promovam ações de desenvolvimento local e gerem benefícios para a comunidade nas áreas de educação, saúde, lazer e infra-estrutura Na prática, verifica-se que não são todos os sócios de uma organização comunitária que aderem ao projeto de manejo florestal. Porém, as discussões a respeito da rede de benefícios diretos e indiretos à toda comunidade, gerados pelo manejo florestal (manutenção de ramais, acesso às máquinas, infraestrutura, financiamentos, fiscalização ambiental), devem ser amplamente difundidos, já que a esta participação pode resultar em benefícios e inclusão social dos moradores. O esforço do cta no PAE de Porto Dias tinha como foco principalmente o projeto piloto de manejo florestal. Esta estratégia favoreceu apenas o grupo de manejadores, desencadeando uma série de conflitos entre os associados, ao invés de contribuir para o fortalecimento da associação. Esta experiência revelou que é fundamental o estímulo às atividades diversificadas nas associações, e que o manejo florestal seja concebido na perspectiva de se integrar com estas atividades. Para tanto, é necessário que, desde o início do processo, se planeje a provisão de recursos humanos e financeiros destinados a essa integração. Um mecanismo interessante para viabilizar esta integração é a criação de fundos sociais que possam estimular atividades e demandas comunitárias, relativas à educação, saúde, cultura e lazer. Esta é uma maneira de fortalecer a organização comunitária e garantir o desenvolvimento de toda a comunidade, além de valorizar a atividade do manejo florestal como geradora de benefícios não apenas para o grupo envolvido, mas para todos. 17

18 Administração e Gerenciamento de Organizações Comunitárias 18 PALA ALAVRAS CHAVES - coletividade; responsabilidades pelas atividades; diagnósticos administrativos; gestão administrativa. Lição aprendida 6 A definição coletiva de estratégias e responsabilidades são fundamentais para construção de cenários que auxiliem as decisões da comunidade O futuro do manejo florestal executado pelas comunidades irá depender da capacidade dos atores envolvidos em prever e se antecipar aos problemas que, provavelmente, irão enfrentar. A experiência do cta indica que, inicialmente, prevalece a dificuldade dos comunitários em perceber todo o processo do manejo, impedindo a projeção de cenários que facilitem a administração do empreendimento. Por este motivo, a equipe técnica do cta procurou demonstrar e discutir com os grupos envolvidos todas as etapas que envolvem o manejo florestal, e os estimulou a pensar em como proceder nas diversas situações que possam se apresentar, considerando o contexto local, os recursos humanos e financeiros previstos nas diferentes etapas do manejo florestal. Esta capacidade de construir cenários diferentes para o planejamento das atividades amplia a capacidade administrativa do grupo. A definição coletiva de estratégias, para ser factível, deve considerar se os recursos existentes são suficientes para sustentar os acordos estabelecidos. Como exemplo prático, podemos citar a definição do sistema de remuneração dos serviços prestados ao manejo criado pelos grupos de manejo. Os manejadores do PAE Porto Dias optaram pelo pagamento de diárias, enquanto que os manejadores do PAE São Luis do Remanso utilizam o sistema de remuneração por empreitada. Nos dois casos, os grupos avaliaram as implicações, benefícios, limitações de estabelecer

19 estes acordos através da construção de cenários realistas com a situação de cada comunidade. Lição aprendida 7 A administração dos equipamentos e da infra-estrutura instalada, assim como as regras de utilização e acordos, devem ser discutidas com o grupo de manejadores e com a comunidade. Situações diferentes foram vivenciadas pelos grupos das duas Reservas que estão praticando o manejo sob a orientação do cta. Em Porto Dias, equipamentos como moto-serras foram inicialmente repassados diretamente aos manejadores e, posteriormente, entregues à associação para utilização pelo grupo, definindo-se verbalmente as regras de uso, porém sem a formalização de acordos e responsabilidades. Isto ocasionou uma série de conflitos já que as regras definidas não estavam claras e, portanto, não foram seguidas por uma parte do grupo. No PAE São Luis do Remanso, os equipamentos foram repassados diretamente para a Associação por meio de acordos com regras claras e termos de compromisso para a utilização, devidamente formalizados. Quanto a infra-estruturas fixas, é importante definir formalmente a situação do terreno onde serão instaladas. Por exemplo, em caso de construções em áreas de domínio individual, é recomendável a comunidade obter e manter sob sua guarda documentos que garantam seu acesso e uso. A lição que se extrai com as duas experiências é que é prudente discutir a possibilidade de estabelecer acordos formais que disponham sobre o uso de equipamentos e da infra-estrutura implantada, independentemente da forma como foram adquiridos. 19

20 20 Lição aprendida 8 Os esclarecimentos e a discussões com os comunitários são fundamentais para que os manejadores tenham clareza das etapas envolvidas no manejo florestal e assim possam definir os responsáveis por cada atividade. Quando existe a compreensão de quais são as demandas em cada etapa do manejo florestal, para os comunitários fica mais fácil de identificar no grupo as pessoas que têm habilidades específicas e interesses para exercer a função de um coordenador de atividades. No início do projeto no PAE Porto Dias, a coordenação das atividades ficou muito concentrada na equipe técnica do cta. Ao se constatar que isso poderia comprometer a sustentabilidade da proposta, o cta ajustou sua estratégia e passou a discutir com os comunitários sobre todas as etapas do manejo, dando início ao processo de ampliação das responsabilidades e coordenação das atividades. O formato de gestão adotado no PAE Porto Dias prevê a existência de um coordenador para cada atividade, além de um coordenador geral, responsável pela administração do manejo e pelo controle de gastos. Já em São Luis do Remanso existem dois núcleos de produtores, que elegem dois coordenadores para cada grupo. A estratégia utilizada para a definição dos coordenadores são os cursos de capacitação, realizados durante a execução das atividades, conhecidos como formação na ação. Estes momentos são oportunos para a definição de responsabilidades já que durante a formação é mais fácil identificar quem tem mais habilidade para executar e coordenar o que está sendo aprendido. Durante os cursos de capacitação, o cta estimula o próprio grupo a selecionar os responsáveis pelas atividades

21 como, inventário, identificador de espécies, motoserrista, controle de matéria-prima, planejamento de arraste, transporte, coletor de sementes ou de óleo e controle de gastos. Lição aprendida 9 É importante refletir com os comunitários e manejadores a sustentabilidade econômica do empreendimento. Durante a execução do manejo, devem ser realizados diagnósticos administrativos para identificar deficiências e auxiliar na definição de estratégias de gestão administrativa. No início do trabalho em Porto Dias, o grupo de manejadores do PAE Porto Dias tinha a visão de que os gastos com as atividades seriam sempre cobertos com os recursos do Projeto, e não pelo empreendimento. Assim, o grupo não se interessava por esta contabilidade. Percebendo isso, o cta passou a fazer um trabalho de composição dos custos e receitas das atividades utilizando uma planilha para discutir a sustentabilidade econômica do manejo florestal praticado pela associação. Depois da primeira exploração florestal, quando esta planilha pode ser aplicada na prática, é que os manejadores compreenderam melhor este processo e então passaram a valorizar e efetuar o controle financeiro do empreendimento. Um outro fator que contribuiu para essa nova postura foi um diagnóstico administrativo/contábil que o cta realizou na Associação Seringueira de Porto Dias. Este diagnóstico revelou o funcionamento da estrutura administrativa da instituição, o seu patrimônio e os gastos envolvidos em suas diversas atividades produtivas manejo florestal, seringa, castanha, cantina, empréstimos da associação, etc. Essa assessoria identificou também a fragilidade de controle do patrimônio e das entradas e saídas de recursos da conta da associação. O diagnóstico apontou para a necessidade de se construir um programa de formação de lideranças e de capacitação da associação nos diversos aspectos administrativos. No PAE São Luis do Remanso, o cta vem discutindo os aspectos administrativos e contábeis com o grupo de manejadores, desde o início do trabalho, utilizando-os para definição de estratégias mais consistentes do projeto. Se não houver habilidade na equipe técnica que acompanha o grupo de comunitários nas questões administrativas e contábeis, é prudente que se discuta com os manejadores a possibilidade de obtenção de uma assessoria externa nessa área, o que pode ser feito através de parcerias ou mesmo com a contratação de especialistas. 21

22 Comercialização e Divulgação dos Produtos 22 PALA ALAVRAS CHAVES - identificar potencialidades e riscos; estratégias de comercialização; controle dos custos; mercados locais; ampliação do horizonte comercial; estudo de mercado; plano de negócios; comercialização em grupo; estratégias de marketing. Lição aprendida 10 As comunidades e os parceiros devem identificar as potencialidades e riscos do empreendimento e partilhar as decisões com o objetivo de definir as estratégias de comercialização. Um esforço conjunto e partilhado na identificação e discussão dos riscos e potenciais na comercialização dos produtos florestais permitirá uma tomada de decisão mais segura, com maior controle sobre as variáveis que envolvem esta operação, diminuindo os imprevistos. Isto possibilita a firmação de acordos comerciais em bases mais sólidas de sustentação. Na definição da estratégia de comercialização devem ser considerados aspectos como a capacidade operacional do grupo envolvido com o manejo florestal,, tanto no que diz respeito à produção quanto à comercialização, a projeção de cenários considerando diferentes tipos de produtos, como madeira em tora ou serrada, óleo vegetal bruto ou beneficiado e envasado, sementes artesanais pré-beneficiadas ou confeccionadas como artesanato. e formas de apresentação e divulgação dos produtos. A associação do Porto Dias e o cta identificaram que havia um mercado potencial para consumir madeira certificada beneficiada em pranchas. Para atender a esta demanda o grupo precisou realizar adequações na estrutura de beneficiamento e melhorar o sistema de controle da produção, inserindo atividades como a classificação e o armazenamento correto de madeiras na lista de tarefas. O principal risco era a possibilidade do grupo não conseguir atingir um controle eficiente, o que acarretaria

23 no cancelamento de contratos. O grupo assumiu estes riscos e hoje a associação comercializa anualmente parte da sua produção para o mercado identificado. É importante também que o grupo tenha identificado quais sejam as possíveis conseqüências e definam que medidas mitigadoras ou reparadoras poderão ser tomadas, caso os riscos resultem em efeitos negativos. Um aspecto interessante a se considerar é o caráter processual do empreendimento. Neste sentido, devem-se planejar as atividades e considerar a capacidade de absorver e lidar com os riscos de maneira gradual, em etapas crescentes de dificuldades. Lição aprendida O controle dos custos referentes ao manejo florestal é essencial para auxiliar o estabelecimento de preços dos produtos e no monitoramento do processo produtivo. No PAE Porto Dias, até a comercialização da primeira safra de madeira, a associação não havia realizado este controle, comprometendo a definição dos preços dos produtos madeireiros. Este controle foi iniciado e vem sendo acompanhado

24 24 sistematicamente desde a comercialização da segunda safra de madeira, permitindo análises mais confiáveis sobre os custos de produção, que por sua vez influenciam na definição dos preços. Com esta lição aprendida, o cta tem apoiado o grupo de manejadores do PAE Porto Dias e São Luis do Remanso a monitorar os custos do processo de produção através de fichas de controle, onde são registrados os dados de cada atividade realizada. O monitoramento é realizado pelos comunitários selecionados no grupo e em geral há uma rápida apropriação no manuseio das fichas. Tratando-se de manejo florestal de uso múltiplo, o controle de custos das atividades também é importante para que se possa estabelecer análises econômicas que indiquem os pontos de equilíbrio na produção dos diferentes produtos, sejam eles madeireiros ou não madeireiros. Dessa forma os grupos envolvidos tem elementos para tomar decisões quanto à distribuição de sua mão-de-obra frente às alternativas de produção. Lição aprendida 12 Na estratégia de comercialização deve ser priorizado inicialmente os mercados locais e mais conhecidos para gradativamente ampliar o horizonte comercial, através do acesso a outros mercados, a nível nacional e externo. São várias as opções de mercado para os produtos florestais, mas, para que se possa atingir determinado mercado é preciso considerar tanto a capacidade operacional quanto os custos e a escala de produção. Essas variáveis irão definir os nichos de mercado que podem ser atendidos de forma que o empreendimento comunitário seja economicamente rentável.

25 A falta de experiência do grupo envolvido, neste caso a comunidade e o cta, com relação aos trâmites burocráticos da comercialização de madeira contratos, impostos, fretes ocasionaram a baixa taxa do custo-benefício desta atividade na venda das primeiras safras de madeira. Como lição dessa experiência em comercialização, conclui-se que é mais seguro estabelecer uma relação gradual com o mercado, ou seja, a comercialização deve ser iniciada junto aos mercados locais e mais próximos do centro produtivo, onde se tem um maior controle da transação comercial. À medida que o grupo for compreendendo e controlando melhor os processos administrativos envolvidos nesta operação pode-se ampliar a comercialização para outros mercados, mais distantes e mais exigentes. Atualmente as associações do PAE Porto Dias e São Luis do Remanso têm mercado garantido para seus produtos, tanto a nível local como nacional. Lição aprendida 13 Estudo de mercado e plano de negócios são instrumentos orientadores para a definição de estratégias de inserção dos produtos florestais nos mercados, desde que se considere a realidade da comunidade, o contexto local do empreendimento e que sejam elaborados com a participação das comunidades As análises e projeções sobre os mercados potenciais e o desenho das estratégias para acessá-los é uma etapa importante do manejo florestal que pode ser orientada através de um estudo de mercado ou por meio de um plano de negócios. No entanto, o que se tem percebido é que estas ferramentas não têm sido utilizadas para contribuir com os empreendimentos comunitários. Na maioria das vezes a responsabilidade na elaboração do plano de negócios é de um especialista que reúne uma série de dados e informações e elabora cenários para o empreendimento, sem considerar as especificidades da relação da comunidade com o mercado. A lição aprendida é que a elaboração dos estudos de mercado ou planos de negócios são mais efetivos quando consideram o contexto local e são construídos com a participação dos grupos envolvidos com o manejo florestal. Desta forma os manejadores compreendem melhor e utilizam as informações desses estudos na tomada de decisões quanto ao melhor caminho a seguir na produção e comercialização dos seus produtos. 25

26 26 Lição aprendida 14 As estratégias de comercialização dos produtos florestais, se possível, devem ser articuladas por grupos de produtores envolvidos com o manejo florestal. Geralmente a pequena escala de produção dos produtores comunitários não atende os diversos mercados potenciais. A grande parte dos empreendimentos de manejo florestal administrado por comunidades rurais estão isolados e distantes dos centros consumidores. No estado do Acre foi criado o Grupo de Produtores e Produtoras Florestais Comunitários (GPFC), constituído por representantes de diversas comunidades que estão empenhados em obter produtos de florestas manejadas em diferentes contextos sócioambientais, como assentamentos agroextrativistas, reservas extrativistas e agricultores familiares. Esta iniciativa tem como objetivo fortalecer as iniciativas isoladas de cada associação ao organizar a produção dos diferentes grupos, garantir, facilitar o acesso aos mercados consumidores, aumentar o poder de negociação e estabelecer uma relação de negociação em bases mais justas com os compradores comprometidos com a proposta de manejo florestal comunitário. Cada grupo de produtores ainda têm autonomia para negociar independentemente sua produção, mas a criação do GPFC abriu novas perspectivas inserindo a comercialização conjunta dos produtos florestais na estratégia de comercialização dos manejadores.

27 Lição aprendida 15 A divulgação comercial dos produtos deve ser orientada a partir dos conceitos de sustentabilidade social, econômico, e ambiental do manejo florestal comunitário. AAlém da geração de renda, o manejo florestal praticado por comunidades tem outros objetivos, tais como, garantir a permanência do extrativista nos assentamentos e reservas, a manutenção da floresta, a melhoria da qualidade de vida das famílias, entre outros. O contexto socioambiental e econômico onde vem sendo realizado a produção madeireira comunitária certificada também é muito específico. Portanto, a divulgação dos produtos obtidos através do manejo florestal comunitário deve utilizar os objetivos descritos e este contexto como atributos que diferenciam e caracterizam os produtos a serem comercializados. Buscando valorizar este diferencial, o cta tem assessorado as comunidades na promoção comercial dos seus produtos através de materiais de divulgação que destacam o envolvimento das comunidades no sistema de produção e a conservação das florestas manejadas. Esta estratégia visa atingir alguns nichos de mercados específicos e que estão em expansão, como o mercado justo (fair trade), mercado solidário e de produtos florestais certificados. Lição aprendida 16 A divulgação dos produtos deve se basear em uma estratégia de marketing que associe diferentes formas de comunicação como confecções de logomarcas, folders, vídeos, banners e portfólios. Como estratégia de divulgação dos produtos o cta tem assessorado a confecção de logomarcas para as comunidades, banners de apresentação dos resultados estratégicos do manejo florestal, folders informativos de caráter comercial e vídeos. A divulgação apropriada dos produtos comunitários é essencial para comunicação com o mercado. As estratégias de divulgação podem ser construídas em parceria com outras organizações, mas necessitam de assessoria de profissionais especializados na área de propaganda, marketing e artes visual. 27

28 Monitoramento e Avaliação PALA ALAVRAS CHAVES - processo de reflexão; correção de rumos; parcerias interinstitucionais; ferramentas simples. 28 Lição aprendida 17 O monitoramento e a avaliação das ações são ferramentas a serem utilizadas no processo de reflexão conjunta sobre o trabalho desenvolvido, junto com os atores envolvidos, para orientar a tomada de decisão e identificar e corregir os rumos das atividades. O monitoramento e avaliação das atividades precisam ser incorporados nas etapas do manejo florestal comunitário pois esta ferramenta auxilia os manejadores a orientar o seu trabalho. É preciso que o processo de monitoramento seja concebido como um instrumento do grupo de produtores envolvidos com o manejo florestal, e não apenas como uma ferramenta para que os atores supralocais acompanhem o alcance das metas planejadas e dos resultados alcançados. O monitoramento, quando utilizado para orientar os comunitários a tomar decisões amplia a autonomia das comunidades na gestão das atividades de manejo florestal. O próprio alcance desta autonomia é o principal incentivo para que o grupo de manejo realize e incorpore o processo de monitoramento. Até o ano de 2001, o cta monitorava as suas ações junto ao projeto de manejo florestal, utilizando os sistemas de monitoramento definidos pelas agências financiadoras. A partir de 2001, o cta através de uma parceria iniciou a elaboração de um sistema de monitoramento, com o objetivo de analisar os impactos e transformações ocorridas nas comunidades a partir da entrada do projeto do manejo florestal. Este novo processo está baseado na pesquisa-ação participativa e está conseguindo interferir na definição das ações e na correção dos rumos.

29 Um exemplo foi a definição de regras e normas para o manejo florestal através de um termo de conduta da Associação Seringueira de Porto Dias, que estabelece os deveres e direitos dos sócios, envolvidos ou não com o manejo. O monitoramento também tem agregado mais aprendizado para a equipe técnica do cta, que tem revisado os princípios gerais da instituição no seu trabalho com manejo florestal comunitário. Lição aprendida 18 Os instrumentos de monitoramento devem ser adaptados às condições das comunidades, utilizando meios e terminologia simples de verificação e de análise de informações. A utilização de mecanismos eficientes de registro e de sistematização das informações facilita o monitoramento. fundamentada. O novo sistema de monitoramento implantado pelo cta, baseado na pesquisa-ação participativa, procura desenvolver a pesquisa e discutir os seus dados com as comunidades. A par dos avanços que esse sistema permitiu no acompanhamento e revisão de algumas estratégias do manejo florestal, ainda existem dificuldades a ser superadas. Uma delas é buscar um modelo ágil e simples de monitorar os sistemas ecológicos, dos quais as comunidades possam participar. É preciso pensar em alternativas para a inclusão do conhecimento dos comunitários sobre os processos ecológicos. 29 Para que o grupo envolvido seja estimulado à realizar o monitoramento, devem ser utilizados métodos e ferramentas acessíveis a todos. Isso significa trabalhar com meios de verificação simples de serem obtidos e codificados, mas sem perder de vista a eficiência no registro das informações e na sistematização dos dados que permitam uma análise

30 Lição aprendida 19 Parcerias interinstitucionais podem ser estabelecidas para a definição e implantação do sistema de monitoramento. 30 Em muitas instituições, a equipe de técnicos que assessora as comunidades na implementação do manejo florestal não tem conhecimento suficiente para elaborar processos eficientes e participativos de monitoramento. Geralmente, isso se deve ao perfil técnico da equipe e a pouca informação existente sobre monitoramento participativo de projetos comunitário, já que este é um tema ainda recente. A estratégia utilizada pelo cta foi estabelecer uma parceria com o Center for International Forestry Research (CIFOR), Universidade da Flórida e Grupo de Pesquisa e Extensão Agroflorestal do Acre (PESACRE). Este grupo fez um diagnóstico para resgatar a percepção da comunidade sobre a realidade local e auxiliar na determinação da metodologia de monitoramento que foi iniciado nos anos subseqüentes de 2002 e O objetivo foi criar um sistema de monitoramento para o projeto de manejo do PAE Porto Dias identificando juntamente com a comunidade os impactos que o manejo tem promovido na vida da comunidade.

31 Lição aprendida 20 Identificar e reconhecer as limitações institucionais é necessário para Identificar assessorias e parcerias qualificadas para realizar os trabalhos. Nem sempre a instituição que está assessorando as comunidades na implantação do manejo florestal tem na sua equipe técnica pessoas capacitadas para atender todas as demandas de um projeto, sejam elas no campo social, técnico, econômico ou comercial. Para o cta tem sido importante identificar suas limitações e buscar assessorias para executar algumas atividades pontuais. Entretanto, o aprendizado demonstra a necessidade de elaboração de um plano de trabalho que oriente a ação dos parceiros e assessores, já que de outro modo o aproveitamento deste trabalho não alcançará os resultados esperados, comprometendo algumas etapas do projeto. Lição aprendida 21 É importante que sejam realizadas avaliações periódicas sobre os treinamentos realizados, para rever o que precisa ser melhorado ou ampliado. O manejo florestal é uma atividade que envolve várias etapas e atividades, algumas delas com alta complexidade. No processo de formação que o cta tem fomentado junto às comunidades, inicialmente são trabalhados os princípios gerais do manejo florestal de uso múltiplo e em seguida são realizadas atividades práticas dentro das áreas manejadas. Este aprendizado ocorre de maneira gradual e à medida que os comunitários vão assimilando conceitos e práticas em cada etapa, o processo de compreensão de todo o processo vais sendo facilitando. Para que o trabalho de formação seja mais eficiente é necessário realizar uma reflexão periodicamente com os comunitários sobre o impacto dos treinamentos. Uma base para a análise dos treinamentos são os avanços e problemas encontrados na execução das atividades que foram realizadas. De posse dessa análise é possível avaliar métodos, conteúdos, linguagem e logística. 31

32 Pesquisa 32 PALA ALAVRAS CHAVES - sistematização das informações; pesquisas com aplicabilidade Lição aprendida 22 A sistematização das informações e dos acúmulos obtidos com o manejo florestal de uso múltiplo é fundamental para fundamentar as discussões sobre este tema e contribuir para a elaboração de políticas públicas. Para influenciar a formulação de políticas públicas, as experiências de manejo florestal têm que demonstrar como têm obtido seus resultados de forma clara e mensurável. Essa demonstração se faz com análises sustentadas através de estudos, pesquisas e pela sistematização das informações. Durante os anos de assessoria ao manejo florestal o cta acumulou vários resultados, mas dedicou pouco tempo para a análise e sistematização dos dados. Atualmente, a instituição está buscando caminhos para aproveitar este aprendizado e vem organizando sob a forma de publicações diversos materiais didáticos utilizados por técnicos e comunidades na implementação do manejo florestal. O desenho do programa de capacitação em manejo florestal e desenvolvimento local também foi orientado por todo este aprendizado. Lição aprendida 23 Os temas de pesquisa devem ser orientados a partir do interesse dos envolvidos e as pesquisas têm que ter aplicabilidade diante da situação estudada. É salutar a formalização de convênios com instituições de pesquisa, com regras, responsabilidades e compromissos definidos. Alguns projetos de pesquisas são demandadas pelo atores envolvidos diretamente com o processo de execução do

33 manejo florestal de uso múltiplo. Existem também ofertas de pesquisas feitas por atores externos, como instituições de pesquisas, cujo objeto de estudo é determinado aspecto do manejo florestal, como o crescimento da floresta, os impactos na fauna, taxas de colheita, etc. Em muitas situações, a pesquisa está relacionada à ação de tal forma que o mais indicado é que a equipe técnica de assessoria, junto com a comunidade, assumam a tarefa deste estudo. Algumas pesquisas realizadas por agentes de pesquisas, externos à equipe do cta, trouxeram contribuições reais à proposta de manejo, enquanto que outras, não apresentaram retorno para o cta e, tampouco, para o grupo de manejadores. Nestas situações é importante que exista a formalização de convênios contendo os parâmetros da pesquisa, prazos, responsabilidades, produto final, entre outros. A lição aprendida com este fato é que as pesquisas demandam recursos, ocupam o tempo da equipe técnica e dos manejadores e, portanto, é necessário que sejam conduzidas de maneira que os seus produtos tragam respostas e acrescentem informações valorosas ao manejo comunitário. Em qualquer situação é necessário discutir com a comunidade o seu interesse e envolvimento no estudo. 33

34 Políticas Públicas PALA ALAVRAS CHAVES - parcerias com órgãos governamentais; acesso aos serviços públicos; articulação comunitária; gestão de unidades de conservação de uso sustentável. 34 Lição aprendida 24 É necessário estabelecer parcerias com os órgãos governamentais para garantir o acesso da comunidade aos serviços públicos necessários à viabilização do manejo florestal comunitário de uso múltiplo. Diversos serviços públicos, importantes para as comunidades que implementam o manejo florestal, necessitam das agências governamentais para a sua implantação. Um exemplo que ilustra essa afirmativa é a abertura e manutenção dos ramais de acesso e escoamento da produção florestal nos PAE. Quando comparadas com os empreendimentos empresariais do setor florestal, as comunidades acabam sendo prejudicadas se não obtiverem o apoio dos órgãos públicos, já que em geral estão situadas em locais de difícil acesso e não possuem equipamentos e recursos financeiros para instalar este tipo de infra-estrutura. Serviços básicos como educação e saúde também precisam ser garantidos, pois a permanência das pessoas na comunidade e, conseqüentemente, na atividade do manejo florestal, irá depender do acesso a esses serviços. As dificuldades encontradas no PAE Porto Dias e São Luis do Remanso demonstraram que é importante e possível estabelecer um diálogo com os órgãos públicos, havendo casos de estabelecimento de convênios com os governos estadual e federal para execução de projetos de melhoria e assistência social nestas áreas. O projeto de manejo florestal trouxe mais visibilidade à estas áreas e às comunidades. Foram construídas escolas, postos de saúde, abertas estradas, instaladas energia solar, além de

35 ações de cidadania como a emissão de documentos pessoais e assistência médica e odontológica. Lição aprendida 25 A criação e o fortalecimento de instituições com representatividade comunitária é fundamental para a participação e a articulação política dos comunitários, empoderando-os os para influenciar na construção de políticas públicas para o manejo florestal de uso múltiplo. Comunitários do Acre, composto por representantes de diferentes iniciativas de manejo florestal e que tem como objetivo representar politicamente as comunidades envolvidas com o manejo comunitário é um exemplo de articulação. O GPFC tem garantido o diálogo permanente com o poder público e participado ativamente da formulação de políticas públicas florestais à nível estadual. Geralmente as comunidades extrativistas estão em situações de isolamento físico, distante dos centros urbanos e, portanto, excluídas de processos onde são definidas as políticas públicas. Para romper com esse isolamento, as comunidades devem buscar articulações e criar instâncias de representação. Estes grupos ganham força maior do que as iniciativas isoladas e possibilitam, entre outras coisas, buscar saídas para a comercialização dos produtos, influenciar políticas relacionadas ao manejo florestal e estabelecer acordos com outras instituições e com o governo. O Grupo de Produtores e Produtoras Florestais 35

36 36 Lição aprendida 26 O acúmulo obtido com o manejo florestal comunitário deve orientar a elaboração de novos modelos de gestão das unidades de conservação de uso sustentável criadas pelos governos. Dentre as principais propostas de políticas públicas para o setor florestal, destacamos a criação dos projetos de assentamentos florestais e as florestas estaduais de produção, criados no Estado do Acre que visam prioritariamente o manejo florestal de uso múltiplo pelas comunidades e empresas concessionárias. A gestão ordenada destas áreas ainda carece de mais discussões e de uma definição mais aprofundada sobre os impactos econômicos, sociais, ambientais destes projetos. Os instrumentos de gestão, adaptados do INCRA para as unidades de conservação tem se mostrado inadequados para a promoção do desenvolvimento local nestas áreas. O ordenamento dos principais resultados obtidos com o manejo florestal pelo cta, outras instituições de assessoria técnica e pelos grupos de manejadores pode contribuir no debate sobre definição das políticas de gestão destas áreas de maneira mais realista e condizente com os objetivos de criação destas unidades de conservação. Lição aprendida 27 O foco e a abrangência dos projetos de manejo florestal comunitários devem estar de tal forma delimitados, que facilitem a identificação e a negociação de apoios financeiros para a execução das atividades. Para promover a assessoria florestal nas comunidades onde atua, o cta tem buscado, como estratégia institucional, a estruturação de um programa de manejo com uma visão ampliada a partir de um planejamento criterioso. Essa estratégia tem garantido maior transparência e clareza na elaboração das propostas e na negociação com as agências financiadoras que aportam recursos para determinadas fases do manejo florestal.

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