MEIO AMBIENTE NATURAL: NORMAS JURÍDICAS E PROCEDIMENTOS POLICIAIS PARA A SUA PRESERVAÇÃO

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1 MEIO AMBIENTE NATURAL: NORMAS JURÍDICAS E PROCEDIMENTOS POLICIAIS PARA A SUA PRESERVAÇÃO Autor: FLÁVIO AZEVÊDO DE OMENA Sargento da Polícia Militar do Estado de Alagoas Graduado em Ciências Contábeis pelo Centro de Ensino Superior de Maceió Pós-graduando em Gestão Fiscal e Planejamento Tributário pelo CEAP Atuou na Companhia de Polícia Florestal e de Mananciais (1ª CiaPFlo), atual Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), de Novembro de 1992 a Outubro de Desde 2003 é responsável pelo Setor de Empenhos da PMAL Contato: azevedolivro@hotmail.com

2 Catalogado na Fonte Universidade Federal de Alagoas Biblioteca Central Divisão de Tratamento Técnico Bibliotecário Responsável: Michele dos Santos Silva Rodrigues O55m Omena, Flávio Azevêdo. Meio Ambiente Natural: normas jurídicas e procedimentos policiais para sua preservação/flávio Azevêdo de Omena. Maceió: Polícia Militar de Alagoas, f. Bibliografia: Direito Ambiental. 2. Polícia Ambiental Brasil. 3. Crimes contra o meio ambiente. 4. Polícia Militar de Alagoas. I. Título. CDU: 349.6

3 AGRADECIMENTOS Este trabalho é fruto da necessidade de criar mecanismos de consultas, prática e dinâmico, no sentido de agregar conhecimentos aqueles que o buscam. Ao meu estimado e amado pai, José Pita, pelo incentivo incondicional e empenho pessoal em concretizar este sonho ao qual me dediquei por quatro anos. É enaltecedor o incentivo e apoio incondicional dado pelo Comandante Geral da PMAL, Coronel José Rubens de Freitas Goulart, sem o qual tornaria praticamente impossível concretizar este trabalho para os fins ao qual se destina. Aos Oficiais da PMAL Coronéis Deraldo Barros de Almeida, José Vitorino e Neuton Bóia, ao Tenente Coronel Gama, Capitão Dorgival da Silva Viana e aos Capitães da Polícia Militar de Sergipe Magno Antonio e Deny Ricardo, pelos incentivos e análises procedidas neste singelo trabalho. A minha amada mãe, Cleonice Azevêdo, e aos meus irmãos, Andréa e Silvio, a minha segunda família, Reginaldo Francisco e Vitória Régia, pelos apoios em vários sentidos em minha vida. A minha amada e fiel esposa, Angélica, companheira nas vitórias e derrotas que a vida nos proporciona, e aos não menos amados Raphael e Beatriz, meus filhos, a quem dedico esta obra, por terem me proporcionado os melhores anos de minha vida, dando-lhe um sentido para prosseguir. Aos meus companheiros de atividades Major Neilson, Ten Elias, Sargentos Afonso, Sandro e Virtuoso, aos cabos Lenorman e Geraldo, e a Maria Josineide Monteiro da Silva, contadora da PMAL, pela abnegação e empenho que atuam no exercício da função, incentivo ímpar para a busca da perfeição para. Ao Sargento Washington e Soldado Sátiro, in memoriam.

4 PREFÁCIO Em abril de 2001 fui nomeado comandante do recém-criado Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) da Polícia Militar de Alagoas (PMAL), oriundo da transformação da outrora Companhia de Policiamento Florestal e de Mananciais, instalada em Logo de início deparei com as dificuldades comuns a qualquer Unidade da Corporação: insuficiência de efetivo, carência e inadequação de material e equipamento..., mas com uma tropa que, logo descobri, poderia render muito, se bem trabalhados alguns aspectos operacionais e humanos. Em pouco tempo, a Unidade se destacava entre as demais, com baixíssimo índice de indisciplina e a grande ocorrência de policiais-militares de outras Unidades solicitando transferência para o BPA, sendo necessário o Comando Geral suspender, mediante publicação em Boletim Geral, qualquer movimentação para a Unidade. Como uma das conseqüências, o BPA venceu, naquele período, o concurso denominado Prêmio Verde, instituído pelo IMA (Instituto do Meio Ambiente); e tínhamos postos avançados em todas as regiões do Estado, e muitos prefeitos encaminhavam ofício solicitando ações repressivo-educativas realizadas em seus municípios. Dentre os policiais-militares ambientais que se destacavam na Unidade, sobressaía o Sargento Azevedo, que, já de há muito engajado nas lides do policiamento ambiental, me confessara em certa ocasião a sua intenção em produzir uma espécie de revista ambiental. Eis que me chega às mãos um verdadeiro compêndio por ele intitulado na primeira parte NOÇÕES GERAIS DE DIREITO, que se desdobram em conceitos imanentes à fauna e flora, normas de policiamento ambiental e demais generalidades sobre meio ambiente. Trata-se de um trabalho meticuloso, com detalhamento de normas, leis e decretos, bem como definições estabelecidas no meio policial-ambiental, entremeados com vislumbres da experiência acumulada em tantas ações e operações das quais participou ao longo de sua estada naquela Unidade. Tem certo cunho professoral, didático, naturalmente derivado das várias palestras ministradas em escolas e comunidades localizadas nos municípios-sede dos postos avançados, para onde era normalmente escalado o nosso Sargento Azevedo, com sólida formação policial e acadêmica, transmite no seu texto o tom de quem sabe muito bem do que está falando; e sabe por que viveu, trabalhou, respirou meio ambiente está no sangue, como dizemos. Mesmo movimentado para outra Unidade da PMAL, ainda sente a necessidade do trabalho incessante que a preservação da natureza demanda, a ponto de encetar uma pesquisa desta natureza, sem outro interesse que não o de contribuir com a consciência verde, juntando-se aos poucos que ainda ousam reivindicar a defesa das coisas da natureza, principalmente no âmbito policial-militar, onde este trabalho nunca foi devidamente valorizado. Em verdade, é ainda muito forte a equivocada noção de que só há bandidos nas ruas, de que os crimes importantes são aqueles que ocorrem nos meios urbanos. Para comprovar esta assertiva, basta ver-se o rápido desmantelamento e/ou desativação dos postos avançados do Batalhão. Quase não resta um realizando o típico serviço de policiamento ambiental. ESQUECEM-SE QUE SE NÃO FOR DADA A REAL IMPORTÂNCIA E PRIORIDADE ÀS COISAS AMBIENTAIS, EM UM FUTURO MUITO PRÓXIMO, DELITOS COMO ROUBAR, MATAR, SEQUESTRAR, NÃO TERÃO TANTA IMPORTÂNCIA, JÁ QUE NÃO HAVERÁ O QUE COMER, O QUE BEBER, NEM O QUE RESPIRAR.

5 Água já faltou. (Lembram-se do racionamento de energia que sofremos há bem pouco tempo?) Seca na Amazônia! Bicas do Iguaçu (eram Cataratas)... E em alguns centros urbanos certas pessoas, mais informadas, saem às ruas com lenço ou máscara no nariz. Céu azul em São Paulo, Nova Iorque, que saudade...! Bons tempos! Trata-se, pois, a presente obra, de um verdadeiro trabalho, que poderá ser muito bem empregado em qualquer sessão de instrução ou em aulas de curso de formação policial-militar, na parte referente a policiamento ambiental. Se não servir a propósitos mais ambiciosos, quem sabe? Cel PMAL R/R Vitorino Ex-Cmt do BPA

6 Sumário Introdução 11 Parte I Noções Gerais de Direito 13 Introdução 13 Constituição Lei Maior de um País 14 Direitos e Garantias Constitucionais 15 Procedimentos Legais 17 Procedimentos com Relação ao cidadão 18 Procedimentos com Relação à Propriedade 19 Do Crime e da Contravenção 21 Do Crime 22 Das Contravenções 24 Dos Crimes Praticados por Agentes Públicos 24 Providências em Lugar do Crime 26 Parte II Noções de Direito Ambiental Evolução do Direito Ambiental no Brasil 30 Constituição Federal e o Meio Ambiente 32 Tutela Constitucional do Meio Ambiente 32 Economia, o Meio Ambiente e Constituição Federal 35 Valorização Patrimonial do Meio Ambiente 36 Importância Constitucional do Meio Ambiente 36 Política Nacional do Meio Ambiente 38 Objetivos da PNMA 38 Sistema Nacional do Meio Ambiente 38 Fontes de Recursos 39 Penalidades Previstas nas Ações ou Omissões Contra o Meio Ambiente 40 Sanções Penais 41 Sanções Penais Contra Pessoa Física 42 Sanções Penais Contra Pessoa Jurídica 42 Situações que Atenuam ou Agravam a Aplicação das Penalidades 43 Sanções Administrativas 45 Prazos dos Processos Administrativos 47 Parte III Assuntos Específicos, Água, Fauna e Flora e Poluição Título I Água 48 Código das Águas (Decreto-Lei n o /34) 48 Aproveitamento das Águas 49 Desobstrução 51 Legislação Complementar 51 Código Penal Brasileiro e a Água 52 Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/97) 52

7 Infrações e Penalidades Previstas 53 Agência Nacional de Águas 54 Título II Flora 54 Código Florestal Brasileiro 55 Áreas de Preservação Permanente 58 Preservação Direcionada 59 Reforma Agrária e o Código Florestal 60 Transporte de Produtos e Subprodutos Florestais 60 Emprego da Autorização para Transporte de Produtos Florestais 61 Documento de Origem Florestal - DOF 61 Definições e Tipos de Produtos e Subprodutos Florestais 62 Diretrizes para o Uso do DOF 63 Gestão de Florestas, Lei nº , de 2 de Março de Penalidades 67 Penalidades Penais e Pecuniárias 68 Comparação entre as Legislações 68 Tabelas de Pesos e Medidas 70 Título III Fauna 71 Código de Proteção a Fauna 72 Classificação da Fauna 73 Proteção da Fauna 74 Exercício da Caça e a Formação de Clubes de Caça 74 Caça 75 Clubes de Caça 76 A Ciência e a Fauna 77 Jardins Zoológicos 79 Criadouros Conservacionistas 80 Clubes Ornitófilos de Passeriformes da Fauna Brasileira 81 Anilhas Abertas e Fechadas 81 Certificado de Transação de Passeriformes (CTP) 82 Comercialização de Espécies da Fauna 82 Atividade Econômica e Industrial Decorrente da Fauna 82 Comercialização de Espécimes Vivos 83 Comercialização de Animais Abatidos, Partes e Produtos 84 Normas de Funcionamento 84 Formação do Plantel 85 Controle dos Criadouros 86 Importação e Exportação de Espécimes da Fauna 86 A Importação 86 Autorização para Importar 87 Espécies Proibidas de Importação 88 A Exportação 88 Exportação de Animais Listados na CITES 88 Exportação com Fins de Pesquisa 88 Exportação Ilegal 89 Penalidades 89

8 Comparativo entre Legislações 89 Título IV Pesca 91 Pescadores 92 Classificação 93 Pescadores Profissionais 93 Pescadores Amadores 94 Pescadores Científicos 95 Locais para o Exercício da Pesca 95 Petrechos para o Exercício da Pesca 96 Fiscalização 97 Principais Proibições e Penalidades 98 Principais Proibições 98 Penalidades 99 Disposição dos Apetrechos e Produtos de Pesca Apreendidos 100 Espécies com Proteção Especial 100 Comparativo das Legislações sobre a Pesca 101 Título V Poluição 104 Desenvolvimento Econômico e Poluição 105 Legislação Sobre Poluição 106 Combate a Poluição Através de Normas 107 Parte IV Polícia Ambiental Poder de Polícia 109 Poder da Polícia 110 Conceito de Polícia Ambiental 110 Modalidades de Policiamento 111 Formas de Ação 112 Ação Educativa 112 Educação Ambiental 113 Ação Repressiva 114 Perseguição a Suspeitos 115 Ações de Fiscalização 116 Parceiros Importantes 117 Órgãos que Compõem o SISNAMA 117 Ministério Público 117 IBAMA 118 Polícia Civil 119 Instituto do Meio Ambiente 120 Institutos e Entidades Municipais 120 Organizações Não Governamentais (ONGs) 121 Sociedade Organizada 122 Trato com Autoridades 122 Parlamentares 123 Magistrados 123 Promotores 125

9 Advogados 125 Delegados e Agentes de Polícia 126 Militares 126 Diplomatas e Cônsul 127 Autoridades Versus Lei 127 Trato com o Menor Infrator 128 Crimes Afiançáveis e Inafiançáveis 130 Crimes que não Exigem Fiança 130 Crimes Afiançáveis 130 Crimes Inafiançáveis 131 Modo de Atuação 132 Procedimentos no Combate a Caça Ilegal 133 Tipos de Caça 133 Petrechos Utilizados para Caça 134 Procedimentos no Combate a Destruição de Florestas 134 Procedimentos no Combate a Pesca Predatória 135 Procedimentos no Combate a Poluição 136 Abordagens e Principais Infrações 137 Abordagens a Empresas Poluidoras 137 Abordagens a Caminhões 137 Abordagens a Caçadores 138 Abordagens a Pescadores 139 Abordagens a Embarcações de Pesca 140 Abordagens a Embarcações Estrangeiras de Pesca 141 Noções de Sobrevivência na Selva 142 Encontro com Animais 142 Controle Emocional 144 Necessidades Básicas 144 Água 144 Obtenção de Alimentos 145 Fogo 145 Contato com Silvícolas 146 Termo Circunstanciado de Ocorrência - TCO 146 Conduta do Policial Ambiental 147 Vícios Incompatíveis com a Atividade Policial 147 Corrupção Policial 148 Desvio de Conduta 149 Combate a Corrupção 150 Formação da Conduta do Policial 150 Resposta à Sociedade 151

10 Abreviaturas: ANA ATPF BPA BTN CA CAS CEPRAN CFAP CITES CODEVASF CONAMA CP CPP CTP DOF EIA FEBEM GTA GTZ IBAMA IBDF IMA ISA LCP MMA OTN PAOF PMAL PNMA RENCTAS RIMA SEMA SEMMA SEPLAN SFB SISNAMA SUDEPE TAB Agência Nacional de Águas Autorização para Transporte de Produtos e Subprodutos Florestais Batalhão de Polícia Ambiental Bônus do Tesouro Nacional Código das Águas Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos Conselho Estadual de Proteção Ambiental Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças Convenção Sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e da Fauna Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco Conselho Nacional do Meio Ambiente Código Penal Código de Processo Penal Certificado de Transação de Passeriformes Documento de Origem Florestal Estudo de Impacto Ambiental Fundação d Estadual do Bem-Estar do Menor Guia de Trânsito Animal Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit GmbH Cooperação Técnica Alemã Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal Instituto do Meio Ambiente Instituto Sócio Ambiental Lei de Contravenções Penais Ministério do Meio Ambiente Obrigações do Tesouro Nacional Plano Anual de Outorga Florestal Polícia Militar de Alagoas Política Nacional do Meio Ambiente Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres Relatório de Impacto Ambiental Secretaria Especial do Meio Ambiente Secretaria Municipal do Meio Ambiente Secretaria de Planejamento e Coordenação da Presidência da República Serviço Florestal Brasileiro Sistema Nacional do Meio Ambiente Secretaria de Desenvolvimento da Pesca Toneladas de Arqueação Bruta

11 INTRODUÇÃO A literatura disponível para o exercício da atividade de policiamento ambiental, não possui uma linguagem e um sentido que permita aos policiais militares absorverem de maneira sistemática, informações para o fiel cumprimento das missões voltadas a salvaguardar o meio ambiente na acepção geral do termo. A presente obra nasceu da busca do autor em encontrar respostas a perguntas que se apresentavam no desenvolvimento das atividades de policiamento, o qual gerou o presente trabalho, apesar de não ter sido abordada em sua plenitude, porquanto o Direito Ambiental não poderá ser esmiuçado em apenas um volume. O livro foi dividido em quatro partes distintas, mas que se completam mutuamente, agregando informações valiosas para cada tópico que se aborda. Na primeira parte aborda-se uma visão superficial do Direito, principalmente na esfera Constitucional e Penal, facilitando o entendimento do leitor a certos procedimentos e mecanismos que norteiam o Direito no Brasil. A segunda parte refere-se ao Direito Ambiental, sob as formas das leis que mais lhe deram forma, como a que instituiu a Política de Meio Ambiente, e as leis que tratam das penalidades aplicadas às ações lesivas ao meio ambiente. Para a terceira parte foram abordados aqueles temas que mais demandam por fiscalização, cujas abordagens basearam-se na legislação vigente, havendo inclusive a comparação com legislações que serviram de base para as que atualmente estão em vigor. A Polícia Ambiental ganhou um capítulo especifico, no qual são demonstradas as formas de policiamento e as principais ações que devem ser procedidas por agentes policiais no trato com as diversas formas de agressões ambientais. Esta obra é um marco para a Polícia Militar de Alagoas, pois o apoio incondicional do Exmº Sr. Coronel JOSE RUBENS DE FREITAS GOULART Comandante Geral da PMAL, permitiu o amadurecimento de um trabalho que enaltecerá e colocará a Corporação em um patamar que lhe convém no seio da sociedade alagoana.

12 PARTE I NOÇÕES GERAIS DE DIREITO Introdução A atividade policial, em quaisquer segmentos, tanto civil, militar, quanto federal, deve ser precedida de informações básicas para a execução das atividades de prevenção contra atos ilegais e para a execução dos procedimentos de investigação criminal. Essas informações devem figurar da necessidade pela busca do conhecimento da legislação existente no país, para que não se possa incorrer no abuso de autoridade, compactuando em desmerecer, a reputação da corporação a qual policial serve, com condutas inadequadas e ilegítimas. Nassaro 1 (2007), ao defender o policial militar como um operador do direito, enfatiza que o desempenho do policial depende de sua capacidade de discernimento sobre as normas jurídicas, a qual implicará numa sobreposição de ação baseada na legitimidade, razoabilidade e limitação de seus atos, sob pena de, ao agir em nome do Estado implicando-o constrangimento por ações descabidas, responder por estes atos. Ademais, as ações policiais possuem certos limites que o incitará a agir dentro de um patamar em que a lei lhe faculte agir, diferentemente do cidadão comum que regula sua conduta mediante ao que a lei lhe impõe, podendo agir na lacuna das legislações, condição não extensiva ao policial. Souza 2 (1998) ao citar Reiss & Bordua (1967), já convalidava as idéias pressupostas por Nassaro quase uma década de suas colocações. Um policial em serviço, por exemplo, quando confrontado com uma situação de aplicação da lei ou de ameaça contra a ordem pública, deve tomar decisões sobre a evidência e sobre se o ato viola a lei. Decisões sobre uma investigação, sobre prender ou soltar, ou manter a ordem, requerem igualmente a extensão da legalidade. Sua decisão pode envolvê-lo, e frequentemente o faz, ao mesmo tempo, em dispensar a equidade. A polícia, em uma palavra, toma importantes decisões que afetam o fato sobre o qual age. Ela também distribui justiça ou limita a função judicial das cortes, particularmente ao determinar a natureza da evidencia e quem deve sofrer adjudicação (Reis & Bordon, 1967:33). O Brasil possui uma quantidade expressiva de leis, as quais sugerem uma falta de aplicabilidade devido à inexistência de mecanismos eficientes para o fiel cumprimento das diretrizes traçadas pelo legislador quando da criação destas regulamentações, ou por vezes, como bem sintetizou Luís Mir 3, O Estado se separa e se aliena do povo, metabolizando uma moral privada: autorictas, non veritas, facit legem (é a autoridade, e não a verdade, quem faz as leis), é uma clara acepção de que em certos casos, as leis são instituídas não pela necessidade do povo, e sim pela vontade singular de um grupo ou de um único individuo para satisfação privada. 1 NASSARO, Adilson Luís Franco. O policial militar operador do Direito. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, nº 1336, 27 fev Disponível em: Acesso em: 24 abr SOUZA, Luís Antônio Francisco de. Autoridade, violência e reforma policial. A polícia preventiva através da historiografia de língua inglesa. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, Vol. 12, nº p MIR, Luís. Guerra Civil: estado e trauma, São Paulo, Geração Editorial, Pág. 162.

13 Vasconcelos 4 (2005) ao citar Miguel Reale, subsidia a formalização da tridimensionalidade da estrutura do Direito, a qual nos faz refutar que é a inserção no cotidiano da sociedade de fatos passiveis de valoração social, passível da existência de normas de Direito objetivando sua regularização. Traduzindo-se na instituição de três sustentáculos primordiais para a concepção do que venha a ser Direito, cuja materialidade é constituída pelos aspectos normativo, fático e axiológico. Tem-se por aspecto normativo a existência do Direito baseado em princípios e normatizações, que o encaminha pelas veredas da ciência, tornando-o fonte do conhecimento para a formulação de entendimentos sobre as lides das relações humanas. Em seu aspecto fático a concretização do Direito como fato, cuja existência se permeia num contexto histórico e social. No seu aspecto axiológico age como escape para a perpetração de sua afirmação, baseadas nos princípios e normas, validando-se da sua existência no tempo e espaço, no sentido de se prover e saciar a busca pela justiça. Devemos considerar as tendências a que se inclinam os diversos ramos do Direito. Nos tempos atuais esta ciência se esmera em relação à posição do Estado na sua função de agente punitivo de atos lesivos. Alguns estudiosos do Direito 5 já norteiam suas aspirações pela possibilidade da aplicação do Direito Penal Mínimo, no qual se evidencia que deverá ocorrer uma cautela no posicionamento do Estado, como agente coercitivo, cuja intervenção deverse-ia ser minimizada, bastando legitimar a criminalização de uma conduta, caso se torne evidente ser este o único caminho para que se possa assegurar a proteção de um determinado bem jurídico. Constituição Lei Maior de um País A principal lei que rege um País é sua Constituição, nela há os fundamentos necessários para que haja um ponto de partida na elaboração de novas leis. Pois, as Constituições das Nações possuem os principais princípios que regem as atividades governamentais, instituindo normas de condutas que propiciarão a formação dos pilares que servirão de sustentáculo para o fortalecimento da sociedade que se rege, através da permissiva interação harmoniosa entre os poderes constituídos, delegando funções nas diversas esferas e gerando os pontos básicos em que cada ente da federação deverá se impor para garantir a real aplicabilidade das leis que advirão, com o intuito de prover as garantias básicas que consolidem as relações entre governos e pessoas (sociedades). Com vistas a permitir a real aplicabilidade da Constituição brasileira, foram criados mecanismos baseados nas normas constitucionais reguladoras, delimitando que só haverá imputabilidade de pena quando houver a existência de leis e regras previamente estipulada, isto quer dizer, ela deverá estar tipificada, Não existe crime, se não houver lei que o defina como tal. Da mesma forma, cada entidade deve agir da maneira como é prevista nos artigos constitucionais, evitando, desta maneira, assumir atribuições que não lhe são pertinentes, quebrando a harmonia preconizada na Carta Magna. 4 VASCONCELOS, Pedro de. Estudo acerca da legislação ambiental, com ênfase na tutela jurídica da flora brasileira. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, nº 792, 3 set Disponível em Acesso em: 29 out BARREIRA, Marcelo Crepaldi Dias; ARDENGHI, Ricardo Pael. Crime de Pesca: a natureza jurídica da infração penal do art. 34 c/c art. 36 da Lei nº 9.605/98. Jus Navigandi, Teresina, ano 7, nº 61, jan Disponível em: Acesso em: 08 dez

14 Direitos e Garantias Constitucionais A Constituição Brasileira promulgada em 05 de outubro de 1988, apresenta em seu capítulo inicial, os direitos coletivos, constando neste, as garantias básicas ao cidadão, deixando claro que, as garantias e direitos expressos nela, não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte (Art. 5º, LXVII, 2º, da CF); inclui, também, as regulamentações de como, as autoridades deverão proceder, quanto às ações reguladoras da conduta do cidadão brasileiro. A máxima da Constituição afirma que, para efeito da aplicabilidade de sanções com vistas a manter a ordem social, todos serão tratados da mesma forma, sendo garantia de todos os brasileiros os seguintes direitos fundamentais: Direito à Vida o Estado fica incumbido de dar garantias suficientes à preservação da vida humana, criando mecanismo que, impossibilitem práticas atentatórias à vida, tais como o homicídio, a omissão de socorro, as torturas físicas e/ou psicológicas, as penas de morte e qualquer método cruel contra a pessoa. Direito a Liberdade em um país democrático, seus cidadãos devem ter direito a escolher a profissão que queira seguir, bem como sua crença religiosa ou a que partido se filiar, também é livre ao cidadão a expressão de seu pensamento, aliás, as manifestações artísticas, de uma forma geral, são livres, mais a Constituição veda o anonimato, o direito de locomover-se para qualquer parte do país, em tempos de paz, também esta inserida no contexto do Direito à Liberdade, o Estado, utiliza sanções, que visam a suprimir a liberdade de locomoção, para adequar o cidadão às normas da sociedade, mais esta supressão só atinge o direito de ir e vir, não podendo ser estendida às outras garantias fundamentais. Direito a Igualdade para que sejam garantidos os demais direitos, torna-se necessário que todos sejam tratados de forma igualitária, sem distinção de qualquer natureza. Essa garantia fundamental esta inserida no Art. 5º da Constituição brasileira, servindo como base, para a inviolabilidade dos demais direitos fundamentais. Esses direitos são estendidos, tantos a brasileiros natos, como a estrangeiros residentes no País. Direito a Segurança o Estado tem obrigação constitucional de oferecer aos seus cidadãos o direito a Segurança Individual e a Segurança Jurídica. O País, através da Carta Magna, criará mecanismo que ofereçam subsídios às entidades públicas, através de normas (leis) e sanções, e nas esferas competentes de cada órgão, para manter a ordem e permitir o acesso da sociedade à justiça. Direito a Propriedade é assegurado ao cidadão o direito a herança e a propriedade privada, desde que atenda a sua função social, estão fora deste contexto, às propriedades utilizadas para degradações ambientais e/ou fins especulativos. A União poderá, em casos específicos, promover desapropriações, mais estas serão devidamente indenizadas, sendo-lhes garantido um preço justo e o pagamento efetuado em dinheiro.

15 Apesar de ter direitos básicos garantidos, foram criados, na Constituição Brasileira, certos mecanismos que oferecem condições propícias para que o cidadão comum possa ter concretizado os direitos conquistados, fazendo uso de meios e instrumentos jurídicos existentes, o cidadão poderá usufruir bens e benefícios lhe assegurado pela Carta Magna. São formas protetoras e de fortalecimento da cidadania e da democracia: Habeas-corpus (Art. 5º, LXVIII, da CF) é uma garantia concedida ao cidadão que sofrer ou se acha ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, como a sua utilização serve para se fazer valer a cidadania. Não poderá ser oneroso para quem dela utilizar-se, o habeas-corpus pode ser preventivo (para proibir coações em via de ser realizada) ou repressivo (para suspender uma coação em andamento). Habeas-data (Art. 5º, LXXII, da CF) é um instrumento utilizado pelo cidadão para busca e garantia do direito à informação, relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público, igualmente ao que se verifica com o habeas-corpus, são asseguradas à gratuidade para acesso ao habeas-data, como forma de garantia da cidadania. Mandado de Segurança (Art. 5º, LXIX e LXX, da CF) é concedido, quando se torna necessário proteger direito liquido e certo não amparado por habeascorpus e/ou habeas-data ou quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. O mandado de segurança pode ser coletivo, quando impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados, também pode ser preventivo ou repressivo. Mandado de Injunção (Art. 5º, LXXI, da CF) é concedido sempre que inexistir normas que regularizem, tornando inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes a nacionalidades, à soberania e à cidadania. Pode ser individual ou coletivo. Em síntese, o mandado de injunção é o processo que pede a regulamentação de uma norma da Constituição 6. Ação Popular (Lei de 29/06/65) pode ser solicitada por qualquer cidadão, geralmente esta vinculada à proteção, contra atos ilegais e imorais, do patrimônio público, histórico e cultural, bem como ações lesivas ao meio ambiente e da moralidade administrativa. Ação Civil Pública (Lei de 24/07/85) é uma ação mais completa e abrangente que a ação popular, além de impetrar ações na justiça para proteger o patrimônio público e/ou social, também permite as ações que garantam outros direitos coletivos ou difusos. Essas ações são propostas pelo Ministério Público, mais nada impede que ela seja impetrada por associações 6 Disponível em: Acesso em 25 jul

16 juridicamente constituídas, tais como, partidos políticos, com representação no congresso, e entidades de classe. Ação Direta de Inconstitucionalidade (Art. 103, de I a IX, da CF) a ação direta de inconstitucionalidade pode ser pedida pelo Presidente da República, pela mesa do Senado e da Câmara Federal, pelos partidos com representação no Congresso Nacional, além das entidades sindicais e de classe de âmbito nacional, com mais de um ano de existência legal, ela é solicitada, toda vez que, não havendo lei que discipline determinadas questões ou então a criação de alguma lei que fere os princípios básicos da Carta Magna, poderá ocorrer o pedido de ação direta de inconstitucionalidade (ADIN) para garantir a idoneidade e proteger o que se faz exposto na Constituição. Procedimentos Legais Existem certos procedimentos que tornam a ação policial legal e legitima, o policial deve procurar sempre aperfeiçoar seus conhecimentos, estar em entendimento, ao menos, com as leis básicas da nação, não apenas a Constituição Federal deve fazer parte de seu cotidiano, pois ela é o baluarte da legitimidade das demais normas reguladoras da conduta social. Em conseqüência são aprovadas leis que regulam as ações policiais e da justiça, para que as garantias dadas pela Carta Magna da nação não sejam ameaçadas por autoritarismo de qualquer segmento da sociedade, pois neste aspecto não haveria uma democracia, o país retroagira tornando-se novamente uma ditadura. Com essa finalidade são criados códigos que disciplinam as ações policiais e também as ações da sociedade, como por exemplo: o código penal, o código do consumidor, o código das águas, etc. Mais não basta apenas existir tantos códigos, se torna necessário, que existam outros instrumentos, com o intuito de que sejam criados mecanismos que garantam a aplicabilidade da Lei, como por exemplo, o Código Penal aborda as penalidades que são aplicadas a certos atos infracionais cometidos pelo cidadão como um todo, mais em contrapartida existe o Código Processual Penal que irá regulamentar as ações policiais, o processo em si aplicados pela autoridade judiciária, à defesa do acusado, a formação do júri, benefícios que o réu tenha direito (sursis ou livramento condicional da pena), etc. O grande desafio para as leis brasileiras são os meios de como estas deverão ser aplicadas, pois apenas as gerações de formas de regulamentação de condutas não impedem que as ações lesivas ocorram. A inexistências de fiscalização auxiliam na propagação das infrações, incutem no cidadão comum certa anomia por se sentir injustiçado em não observar a aplicação dos efeitos destas leis em quem comumente as transgride. A ausência do Estado é terreno fértil para os desrespeito as normas estabelecidas, contribuindo para a ineficácia das ações coercitivas e expansão de ações ilegais. Dentre outras formas de ineficácia das leis estão as correlacionadas com as ações interpostas por algum agente público (policiais ou agentes de fiscalização), que ao agir com o desconhecimento destas mesmas leis incorrem em atuações que agridem as normas legais que regem as ações contra cidadãos ou suas propriedades, gerando meios para que o infrator por protelar indefinidamente as ações coercitivas do Estado, propiciando uma situação de ausência de penalidade imediata, gerando a falsa sensação de impunidade. Portanto, são de fundamental importância às formas de procedimentos a serem verificadas, tanto na abordagem de pessoas como de suas propriedades, pois ações legitimas dotarão outros órgãos de meios para proceder às medidas cautelares imediatas, fazendo valer os ditames das leis existentes.

17 Procedimentos com Relação ao Cidadão A relação entre cidadão e polícia deve ser de inteira cooperação, por isso têm se observado o constante interesse das Polícias, como um todo, tentando aproximar o Poder Público da sociedade, isso nada mais é, do que a formação da Polícia Comunitária, quer dizer que o cidadão não encara o policial como elemento repressor do Estado, mais como seu braço armado, para se fazer cumprir o que existe legalmente expresso em Lei, mantendo conseqüentemente a ordem pública. A Constituição Federal contemplou o princípio do Estado de Inocência, porquanto ninguém poderá ser considerado culpado sem o provimento da sentença condenatória transitado em julgado (Art. 5º, LVII, da CF) Com essa nova mentalidade, a abordagem ao cidadão deve ser embasada em fundamentos legais, para não lhe causar desconforto, por existir a garantia do contraditório, o cidadão tem ao seu dispor meios para defender-se de qualquer acusação lhe imputada, portanto, é dever do policial saber que, a prisão do cidadão apenas será efetuada mediante flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária (Art. 5º, LXI, da CF). O cidadão abordado tem o dever de fornecer documentos que o identifique, além de prestar todas as informações que possibilitem a averiguação da sua ocupação profissional, onde reside e até seu estado civil, quando houver recusa do interpelado este poderá ser compelido a pagar multa. Mais se estas mesmas informações prestadas, forem inverídicas e/ou causem uma infração penal mais grave, poderá ocorrer uma punição mais rigorosa, com pena que variam de um a seis meses de prisão simples (Art. 68, Parágrafo Único, da LCP) Quando houver prática de fato delituoso que implique em flagrante, é direito de qualquer pessoa do povo e dever das autoridades policiais e seus agentes executar a prisão. O flagrante delito se verifica quando: Alguém está cometendo infração penal ou acaba de cometê-la (flagrante próprio); Quando alguém é perseguido, logo após, pela autoridade policial, pelo ofendido e/ou por qualquer pessoa, em situação que se faça presumir ser ele o autor da infração (flagrante impróprio); e se logo após a prática delituosa o cidadão é encontrado com algum petrecho (instrumentos, armas, pápeis ou objetos), que lhe impute culpabilidade ou se faça presumir que seja responsável péla infração cometida (flagrante presumido), (Art. 302, de I à IV, do CPP). Com relação à ordem escrita e fundamentada de autoridade competente, o agente executor, que geralmente, será um Oficial de Justiça, ou então a quem tiver qualidade para executá-lo. Obrigatoriamente irá identificar-se ao cidadão que deverá ser conduzido, apresentará o mandado de prisão e o intimará a acompanhá-lo. O mandado de prisão será feito em duplicata, pois ao ser efetuada a prisão o cidadão receberá uma cópia e assinará na outra via. Em caso de resistência a prisão, a autoridade poderá utilizar-se de meios que o permitam defender-se de possíveis agressões, como também poderá se valer destes recursos para cessar a resistência de quem houver de ser conduzido, isso também se aplica na prisão em flagrante. Havendo excessos por parte dos executores, estes serão analisados e julgados, podendo imputar penalidades para a autoridade e agentes responsáveis pela ação. Portanto, a autoridade apenas se valerá da força física ou de outros meios, apenas para que se possa proceder à dominação do cidadão a ser conduzido ou para impedirlhe uma eventual fuga, após o encaminhamento do preso, a autoridade deverá solicitar a lavratura do respectivo auto de resistência à prisão (Art. 291 e 292, do CPP). Ao ser detido o cidadão, este, têm todo o direito a informação que deu origem a sua prisão, bem como saber as acusações a ele imputado. Devendo a autoridade policial comunicar de imediato ao juiz responsável e aos familiares ou a pessoa indicada pelo cidadão, a sua prisão e o local para onde o mesmo foi conduzido, o preso terá ainda, todo direito de saber quem foram os responsáveis por sua prisão,

18 bem como as autoridades policiais que em sequência realizem o seu interrogatório (Art. 5º, LXII e LXIV, da CF). Para se valer de seus direitos o cidadão deverá ser informado pelos responsáveis por sua prisão, que pode permanecer calado e lhe é garantido toda a assistência familiar e advocatícia por ele escolhida (Art. 5º, LXIII, da CF). Caso o cidadão não disponha de recursos, ou então, seja necessário que faça uso de meios que prejudiquem o sustento de sua família, ser-lhe-á fornecida assistência jurídica gratuita em conformidade com a Lei (Art. 5º, LXXIV, da CF). Certas atitudes que para a autoridade policial pareçam absurdas não poderão ocasionar ação de privação do direito de ir ou vir do cidadão se não houver lei anterior que a defina como tal, para existir crime, este terá que estar tipificado, e nem haverá pena sem a prévia cominação legal (Art. 5º, XXXIX, da CF). Quando da ocorrência da prisão ilegal, o juiz decretará de imediato o relaxamento da prisão, e se por ventura haja fundamento nas acusações, mais exista, em lei, a possibilidade da liberdade provisória com ou sem fiança, o cidadão não poderá ser levado ou mantido preso (Art. 5º, LXV e LXVI, da CF). Ninguém poderá ser preso por divida, salvo nos casos em que a divida seja referente pela inadimplência voluntária e inescusável de obrigação alimentícia ou então o depositário infiel (Art. 5º, LXVII, da CF). Há de se considerar que a prisão por divida é ilegal, mais não se encara como divida o cidadão que, por exemplo, sendo sabedor que não dispõe de meios para cobrir cheques de sua propriedade os emite mesmo assim, isso é uma infração penal enquadrada no código penal, com penas que variam de um a cinco anos de prisão (Art. 171, 2º, VI, do CP), pode ser exemplificado também, o cidadão que come em restaurante, ou então se hospeda em hotel, ou ainda utilizar meios de locomoção pagos, e que não possuir recursos para pagar os serviços prestados, poderá ser multado, ou então detenção de quinze dias até dois meses (Art. 176, do CP). A ação policial deve estar dentro dos limites estabelecidos pela legislação vigente, abordagem ao cidadão deve ser fundamentada em razões que levem a denotar alguma suspeição da prática de ato ou atitude incorreta e em desacordo com o que prescreve as normas de condutas da sociedade, conquanto, ao realizar uma abordagem equivocada, sem razão, o policial poderá a vir responder pela prática de Constrangimento ilegal (Art. 146, do CP), que pode acarretar em sua punição, com detenção de três meses a um ano, ou então a aplicação de multa. Portanto, o policial obtendo o conhecimento de causa e efeito das suas atuações, para regular as ações dos diversos cidadãos em uma sociedade, mantendo-se sempre informado das modificações realizadas nas diversas normas reguladoras da Nação, ele não incorrerá no risco de cometer abuso de autoridade e de ser ludibriado por pessoas desajustadas com o meio sociável. Procedimentos com Relação à Propriedade É garantido aos brasileiros, bem como aos cidadãos de outras nacionalidades o direito a propriedade, não podendo ser usurpado de seu detentor, qualquer coisa que lhe pertença sem o devido processo jurídico com bases fundamentadas. Tanto brasileiros como estrangeiros poderão dispor de seus bens, para que, em qualquer momento possa permanecer ou sair do país com eles, isto é uma garantia constitucional. A utilização da palavra propriedade não atinge o sentido amplo de seu entendimento, para o que se pretende passar neste tópico, pois existe a propriedade intelectual, a artística, a rural, etc. Será abordada como propriedade a casa do cidadão, para não se permitir e vilipendiar as conseqüências atribuídas em face de uma operação mal executada, sem o devido embasamento legal, o policial incorrerá

19 em erros graves, que também poderá lhe causar algum transtorno perante a justiça, pois se ao cidadão não é dado o desconhecimento da lei, a autoridade policial nem de longe, se cogita ser ele detentor do desconhecimento das ações praticadas (Art. 21, do CP). Antes do surgimento das grandes civilizações, o homem já procurava abrigo, geralmente em locais onde à caça, a pesca e os demais alimentos que compunham sua dieta diária, eram encontrados mais facilmente, não obstante, ele defendia seu território e sua casa até as últimas conseqüências. O mundo demorou a se tornar civilizado, surgiram grandes civilizações, o homem então começou a criar normas de convivência, tratou de garantir através de leis seus direitos e a regular as ações da comunidade como um todo, mais desde os primórdios da vida moderna a casa sempre foi, e sempre deverá ser o abrigo do cidadão, e, portanto, deve ser um domínio que nela só se possa adentrar com a aquiescência de seu morador ou proprietário. Este axioma é tão provável, que as leis romanas, que serviram de base para a fundamentação das doutrinas jurídicas de várias nações, já defendia o princípio de que cada cidadão tem a própria casa como asilo, e que ali estando não deve receber nenhuma violência, este princípio foi absorvido pelos juristas franceses no século XVIII 7. O Brasil não deixou de consentir ao cidadão o direito da privacidade do seu lar, pois perante o que declara a Constituição, a casa é o asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do morador, salvo em casos de flagrante de delito, desastre, para prestar socorro ou durante o dia por determinação judicial (Art. 5º, XI, da CF). Entende-se por casa qualquer compartimento não aberto ao público, que seja habitado e/ou local onde alguém exerça alguma profissão ou atividade, podendo ser também compreendido na concepção de casa o aposento ocupado de habitação coletiva. São excluídas da nomenclatura casa as hospedarias, estalagens ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta ao público, bem como as tavernas, casa de jogo e outras do mesmo gênero (Art. 150, 4º, I, II e III, 5º, I e II, do CP). A violação do domicilio habitado acarretará uma pena ao infrator de um a três meses de detenção ou multa, se ocorrer de forma violenta, com o emprego de arma ou com a participação de duas ou mais pessoas a pena poderá ser aumentada de seis meses a dois anos de prisão, não eximindo os demais atos praticados, o indivíduo ainda responderá pela violência que praticar (Art. 150, 1º, do CP). No caso de funcionário público, ao ser praticada a violação sem observar o que preceitua as formalidades previstas em lei, ou fora dos casos previstos nestas mesmas leis, ou ainda com o abuso do poder, a pena será aumentada de um terço (Art. 150, 2º, do CP). As determinações judiciais que permitam a entrada em domicílios para que sejam realizadas buscas de pessoas ou de coisas deverá ser fundamentado em indícios que justifiquem o mandado, geralmente este instrumento é utilizado no intuito de capturar foragidos da justiça, pessoa que se encontre escondida em virtude de prática delituosa, para apreensão de armas, munições, entre outros. A autoridade que for proceder à determinação judicial deverá executar a busca durante o dia, e salvo permissão do morador, poderá ser realizada no período noturno, onde deverá ser lido para o proprietário ou quem se destine a representá-lo, o mandado judicial, salientando para que se destine à busca e seus objetivos, após a leitura o cidadão ou seu representante será intimado a abrir a porta, caso o morador desobedeça à ordem a porta poderá ser arrombada assim como poderá ser forçada à entrada no domicilio se houver resistência por parte do morador. É permitido ao agente o uso da força contra coisas existentes no interior da casa, para 7 MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo. Martin Claret p. 594.

20 descobrimento do que se procura. Na ausência dos moradores haverá a intimação de qualquer vizinho para acompanhar as diligências. Quando é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o morador será intimado a mostrá-la, após se achar o que se procura será feita a sua apreensão e posta sob a custódia da autoridade ou de seus agentes, salientando que, todas as ações praticadas deverão ter seus respectivos autos lavrados e assinados por duas testemunhas presenciais (Art. 245, 1º ao 7º, do CPP). A autoridade deve estar imbuída do senso profissional, levando-se em conta a determinação judicial, e havendo colaboração por parte do morador, deverá se proceder à busca de forma a causar o mínimo de transtorno possível aos moradores do imóvel. Se porventura não se encontrar a pessoa ou coisa procurada deverá ser relatado o motivo da busca, se, e somente se, for requerido pela pessoa que tenha sofrido a busca pessoal ou domiciliar. Quando se tratar de busca em pessoa do sexo feminino, torna-se mais adequado o procedimento executado por outra mulher, mas, se em virtude da busca, possa ocasionar prejuízos ao andamento ou retardar a ação da diligência, essa busca poderá ser precedida por outro agente. Outra ação que merece a devida atenção é aquela em que a autoridade policial sendo conhecedora da existência de algum foragido ou pessoa de sabida dívida com a justiça, a qual se encontra homiziada em alguma moradia, ou então se em perseguição o cidadão que esteja sendo procurado, ou que tenha cometido algum fato delituoso momentos antes, e neste ínterim adentre alguma residência, o morador da residência será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão, se houver escusa do proprietário do domicilio, e o fato ocorra no período diurno, serão convocadas duas testemunhas, que poderá ser qualquer pessoa, após estas medidas à autoridade policial entrará a força na residência. Se for durante o período noturno, deverá ser cercada a residência, sendo resguardadas todas as saídas que possam permitir ao procurado evadir-se do local, e logo que amanheça, arrombará a porta e efetuará a prisão do meliante, devendo o agente policial conduzir a justiça, também, o morador que tenha se negado a entregar a pessoa procurada, para que se proceda contra ele como for de direito (Art. 293, Parágrafo Único, do CPP). Com o que foi exposto, demonstra a maneira permitida pela Lei para as ações impetradas contra o de mais sagrado ao cidadão, seu domicilio, mais nada demais lembrar, que toda ação que for executada pela autoridade, seja presenciada por testemunhas, e que tudo que tenha sido executado, tenha seu competente auto, de acordo com cada caso, lavrado, os subordinados e a autoridade que cometa excessos também poderão sofrer ações da justiça. Do Crime e da Contravenção À medida que uma sociedade se desenvolve, ela terá que se adequar ao que de novo também comece a surgir, como existem cidadãos que procuram desenvolver suas faculdades mentais para auxiliar no desenvolvimento humano, há aqueles que utilizam sua inteligência para se beneficiar a qualquer custo, não importando o que venha a causar a outrem suas ações, para isso é que surgem as leis, pois um crime só passa a existir quando algum dispositivo legal afirma que o fato ora praticado, ou em vias de o ser, seja uma conduta ilegal, portanto punível a vista da sociedade. O cidadão pode, através de seus atos, cometer um Crime, que é uma violação culpável da Lei Penal, ou então incorrer em uma Contravenção, que é uma transgressão ou infração a disposições estabelecidas. Ora, a simples diferenciação de Crime e Contravenção pode ser encontrado em qualquer dicionário, mais o agente público (policial), deve ir mais longe, e procurar realmente saber qual o principal diferencial entre ambas.

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