FACULDADE DE PARÁ DE MINAS FAPAM CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS. Leandro Luiz Rodrigues

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "FACULDADE DE PARÁ DE MINAS FAPAM CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS. Leandro Luiz Rodrigues"

Transcrição

1 FACULDADE DE PARÁ DE MINAS FAPAM CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS Leandro Luiz Rodrigues ANÁLISE E CONCESSÃO DE CRÉDITO EM UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NO CENTRO OESTE DE MINAS GERAIS Pará de Minas 2013

2 Leandro Luiz Rodrigues ANÁLISE E CONCESSÃO DE CRÉDITO EM UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NO CENTRO OESTE DE MINAS GERAIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à coordenação do Curso de Administração de Empresas da Faculdade de Pará de Minas FAPAM como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas. Área de Concentração: Análise de Crédito Orientador: Prof. Marcus Vinícius Pará de Minas 2013

3 Leandro Luiz Rodrigues ANÁLISE E CONCESSÃO DE CRÉDITO EM UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NO CENTRO OESTE DE MINAS GERAIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à coordenação do Curso de Administração de Empresas da Faculdade de Pará de Minas FAPAM como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas. Aprovada em / / Professor Marcus Vinícius Professor (a) avaliador Danielle Cavalcanti

4 AGRADECIMENTOS A Deus, por ser o exemplo máximo de tudo. À minha mãe Lourdes Helena, pelo carinho e apoio incessante. A minha noiva Deise, pela compreensão e companheirismo. A meu irmão Adão e família, pela presença constante em todos os momentos. À instituição estudada, por ter aberto suas portas, oferecendo apoio total para a realização do trabalho. Aos funcionários da instituição, pela colaboração ao responderem os questionamentos feitos. Ao corpo de professores do Curso de Administração de Empresas da Faculdade de Para de Minas FAPAM, pelos conhecimentos transmitidos. A todos que, direta ou indiretamente, colaboraram para o bom andamento deste trabalho.

5 Não somos o que deveríamos ser; não somos o que queríamos ser; não somos o que iremos ser, mas, graças a Deus, não somos o que éramos. Martin Luther King

6 RESUMO A finalidade deste trabalho foi diagnosticar possíveis métodos de desburocratização no processo de análise e concessão de crédito, fazendo um comparativo entre os métodos utilizados pela instituição estudada e o referencial pesquisado. Isto porque a burocratização faz com que o processo fique lento, uma vez que as alçadas deixam de pertencer ao gerente responsável pela conta do cliente e passam a ser analisadas por diretores da área de crédito. Esse processo não ocorre da mesma forma para todos os clientes, pois tudo depende das reais condições em que a empresa se encontra. O gerente tem por base a ficha cadastral e uma série de outros documentos que são necessários para identificar qual o nível de risco que o cliente traz para instituição estudada, e também condições de buscar taxas melhores para seu cliente, quando se pode notar um baixo risco e grande capacidade de garantias, sendo ela de acordo com a linha de crédito que busca junto à instituição. Mas, infelizmente, essa desburocratização não pode deixa de existir, pois segue uma série de exigências criadas pela instituição estudada e até mesmo critérios que são de origem e ordem diretamente do Banco Central, para que não deixe os índices de endividamento das micro e pequenas empresas aumente subirem, se forma que as empresas não consigam arcar com as sua dívidas, e mesmo venha à falência. Palavras-chave: Cliente. Processo. Burocratização. Crédito.

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Situação Problemática Justificativa Objetivo Geral Objetivos específicos Caracterização da empresa REFERENCIAL TEÓRICO Instituições Financeiras Relação de Documentos Crédito Documentação Os C s do Crédito para os autores Caráter Capacidade Capital Capital de Terceiros Capital Próprio Condições Colateral Conglomerado Os C s de crédito na visão da instituição caráter como intenção de pagar Capacidade como habilidade em pagar Condições como ambiente externo Colateral como bens patrimoniais Capital como situação econômico-financeira Conglomerado Consistência Comunicação Controle Custos... 25

8 Caixa Usando os C s na Concessão do Crédito Riscos de crédito Tipos de riscos do crédito Riscos internos à empresa Riscos externos à empresa Riscos relativos aos C s do crédito Risco do crédito quanto ao C caráter Risco do crédito quanto ao C capacidade Risco do Crédito Quanto ao C Condições Risco do Crédito Quanto ao C Capital Risco Global do Crédito Risco de crédito e porte do cliente Limite de crédito Garantias METODOLOGIA Delineamento do estudo Delimitação do Estudo Instrumentos da Coleta de Dados Instrumentos de Análise e Interpretações dos Dados ANÁLISE DOS DADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS Sugestões para a empresa Recomendações para estudos futuros REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 49

9 8 1 INTRODUÇÃO O setor financeiro desempenha papel essencial na economia, pois é o segmento que permite a transferência de fundos entre os agentes econômicos (famílias, empresas e governo), e que efetua a prestação de serviço de extrema importância para o bom funcionamento da economia, tais como concessão de crédito, compensação de cheques, cobrança, cartões de crédito, transferência eletrônica de fundos, dentre outros. Com o avanço da globalização econômica, a demanda por eficiência e agilidade desse setor tornou-se ainda mais intensa, de forma a impulsionar o desenvolvimento dos sistemas financeiros nacionais para torná-los internacionalmente competitivos. O mercado financeiro e de capitais tem adquirido alto grau de sofisticação, incorporando novos produtos e serviços de forma a facilitar a interação financeira entre vários agentes econômicos. Algumas unidades econômicas (famílias, empresas, ou governo) têm necessidade de fundos superior àquela de que necessitam de forma imediata, enquanto outras possuem recursos em excesso e desejam poupá-los para consumo ou investimento futuro. Em geral, as empresas tomam mais recursos emprestados do que poupam (são demandantes líquidos de recursos) e os indivíduos poupam mais recursos do que tomam emprestados (são ofertantes líquidos de recursos). Dada a complexidade das economias modernas não é possível que a transferências de recursos se dê de forma direta entre os agentes econômicos e sim através de instituições especializadas que fazem parte do mercado financeiro. São essas instituições especializadas que formam o setor de intermediação financeira da economia. Seu papel principal consiste na reunião de fundos atomizados, provenientes de milhões de unidades econômicas, e sua transferência para agentes econômicos que necessitam de recursos para consumo ou investimento imediato. As instituições financeiras especializadas, ao reunir os recursos de várias fontes individuais, transformam-nos em montantes maiores (volumes nos quais são procurados pela empresa), colocando-os na forma de ativos financeiros de diferentes características do ponto de vista de prazos, taxas de remuneração e risco. Isso leva à redução de custos de transação, dá flexibilidade quanto à maturidade dos ativos, promove liquidez ao sistema e a redução do risco via diversificação. Assim, o crédito consiste em colocar à disposição do cliente (tomador de recursos) certo valor sob a forma de empréstimo ou financiamento, mediante uma promessa de pagamento numa data futura.

10 9 A função da análise de crédito consiste em avaliar a capacidade de pagamento do tomador visando assegurar a reputação e a solidez da instituição, proporcionando segurança aos depositantes. O gerente deve, por natureza de sua própria função, dispensar toda a atenção na análise e deferimento de negócios, obedecendo a todos os critérios e normas de segurança estabelecidos, objetivando, assim, a liquidação das operações contratadas com absoluta pontualidade. Os modernos conceitos sobre concessão de crédito orientam que a análise de risco não pode ficar somente na mensuração de dados cadastrais, mas sim, e principalmente, na análise do fluxo de caixa e real capacidade de pagamento do tomador. No cenário de progressiva instabilidade em que se inserem as organizações contemporâneas, tem sido cada vez mais necessário um acompanhamento do ambiente organizacional financeiro. A importância do assunto se constata tanto pelo cunho acadêmico quanto pelo lado empresarial, em que se verifica um crescente aumento da inadimplência no país. A análise da concessão de crédito para financiamento de capital de giro se torna hoje um fator de grande relevância para todas instituições financeiras do país, uma vez que essa análise envolve uma série de pesquisas que são feitas junto aos clientes e aos diversos órgãos competentes. Estas análises podem, inclusive, parecer excesso de burocracia, porém não possui o intuito de deixar que ele saia insatisfeito da agência, mas sim de executar uma operação de crédito sólida, sem maiores riscos para a organização. Os desafios de tal abordagem, no entanto, também ganham em complexidade na medida em que o processo depende da participação de todos administradores financeiros, e para todos os clientes e enseja, necessariamente, um extremo cuidado técnico no tratamento das informações obtidas. Por consequência, é necessário também cuidado nas decisões decorrentes da análise dos dados levantados, e ainda pelo fato do capital de giro ser algo abstrato. Ocorre com frequência de, empresas que realmente precisam de capital de giro, em determinado momento não o possuírem, e saem batendo de porta em porta nas instituições financeiras em busca de sucesso. Em alguns casos, a análise não é feita da forma como deveria, devido a uma necessidade do gerente em bater as metas impostas pelas coordenações regionais, além do medo de perder o cliente devido à facilidade de mudar de um banco para o outro através da portabilidade, que deu a liberdade aos clientes de movimentar suas reservas e buscar seus recursos no banco que o melhor servir em termos de menores taxas de pacotes de serviços e empréstimos ou financiamentos, maior rentabilidade nas suas aplicações e

11 10 segurança no procedimento de qualquer natureza. Porém, é necessário que os dois lados estejam firmes e seguros sobre os que estão fazendo. 1.1 Situação problemática Crédito refere-se à troca de um valor presente por uma promessa de reembolso futuro, gerando um constante risco sobre a concessão do mesmo, e a burocracia da análise faz com que nem todos os clientes saiam satisfeitos com as condições impostas pelas instituições financeiras na qual buscam os recursos, sejam eles para capital de giro ou para investimentos de fomento em suas empresas. É possível tornar os critérios de análise e concessão de crédito menos burocrático? 1.2 Justificativa Devido à má administração das micro e pequenas empresas, a maioria não passa de um ano de existência essa é uma informação do SEBRAE e terem garantias suficientes para dar a instituição estudada para cobrir o referido valor das suas operações. Sendo assim, as instituições financeiras utilizam critérios mais rigorosos para analisar uma concessão de crédito, pois a instituição estudada tem receio de tomar (creli) prejuízo pelo não pagamento do crédito concedido. 1.3 Objetivo geral Identificar e analisar a política de concessão de crédito para pequenas empresas na instituição financeira estudada, identificando os pontos fortes e fracos de cada uma das que necessitam de crédito, tendo por base as análises feitas para a decisão de concessão ou não de crédito, visando também se é possível tornar menos burocrático esse processo de analise e concessão de credito. 1.4 Objetivo específicos Identificar através dos documentos os principais fatores utilizados na análise de crédito dos clientes (micro e pequenas empresas).

12 11 Fazer uma comparação entre os métodos utilizados pela instituição estudada com os propostos pelo referencial teórico. Identificar os principais riscos e garantias a serem analisados diante da necessidade de crédito do cliente. 1.5 Caracterização da Empresa Desde sua chegada ao Brasil, em 1957, por meio de um acordo operacional, a instituição sempre se pautou por passo firme para progredir. E em 1982 abriu as portas ao público com a inauguração da primeira agência. A sequência de aquisição de vários bancos tradicionais brasileiros. A partir os anos 1990, também foi estrategicamente ponderada e planejada para levar a instituição a uma posição de destaque. Estes e outros acontecimentos a levaram a se tornar uma das principais instituições financeiras do mercado nacional.

13 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Instituições Financeiras Em função de sua especialização e formas de atuar segundo normas do Banco Central e do Acordo de Basiléia, do qual o Banco Central faz parte desde 1994, as instituições financeiras no Brasil estão, originalmente segmentadas, como estruturas jurídicas em: Bancos Comerciais, Bancos de Investimento, Bancos Múltiplos, Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento e Sociedade de Crédito Imobiliário. Segundo Fortuna (2001), as características de cada tipo de instituição são as descritas a seguir. Os Bancos Comerciais são aqueles que atendem os clientes em suas necessidades do dia a dia e/ou de curto prazo (até um ano), através de suas agências bancárias, home banking ou Internet. Eles colocam a disposição do público todo tipo de serviços, desde recebimentos de títulos de cobrança até oferecimento de crédito pessoal, ou aplicações em mercado financeiro. Os Bancos de Investimento, por sua vez, fornecem os recursos para os investimentos empresariais de longo prazo, o chamado capital de investimento, seja através de empréstimos, financiamentos ou lançamento de títulos, tais como ações ou debêntures. Já as Sociedades de Crédito Financiamento e Investimento, mais conhecidas como Financeiras, são as únicas autorizadas pela atual legislação para financiar a aquisição de bens de consumo tais como, a compra de uma geladeira ou de um carro. As Sociedades de Crédito Imobiliário, por sua vez, são as responsáveis pelo financiamento da aquisição de imóveis, quer sejam habitacionais ou comerciais. Existem ainda os grupos financeiros que atuam em vários segmentos dos acima descritos, que constituem os chamados Bancos Múltiplos. Devido aos custos elevados em se manterem como pessoas jurídicas segmentadas, tais como manutenção de suas estruturas legais, caixas próprios, divulgação periódicas de suas demonstrações contábeis, e tendo em vista que geralmente suas ações de gestão e operação convergiam para uma mesma missão e objetivos dentro dos grupos financeiros, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 autorizou que fossem constituídos esses bancos múltiplos para unificar essas instituições. Assim, torna-se múltiplo o banco que mantém sua departamentalização em formas de carteiras, que são: comercial, investimento, financeira e imobiliária. Assim foi estabelecido que, para ser múltiplo, um banco deve ter pelo menos duas dentre essas carteiras, e uma delas deve ser obrigatoriamente comercial ou de investimento.

14 13 Com a globalização, os clientes destas instituições com segmentos múltiplos podem utilizar do meio da portabilidade para buscar recursos em outras instituições que consigam atender as suas necessidades de momento, tendo casos que nem sempre esta é a forma mais viável, pois concedem o crédito com taxas de juros mais altas para compensar o risco no qual se envolve a transação. 2.2 Relação de documentos Para que uma análise seja bem feita, o gerente da instituição tem como principal responsabilidade buscar os documentos junto aos que estão necessitando do crédito. Para a análise de crédito de empresas, são necessários os seguintes documentos: Ficha cadastral, onde estão grandes informações sobre o cliente e detalhes da sua movimentação com a instituição. Os três últimos balanços patrimoniais, para que possa se avaliar como anda a utilização de capital de terceiros no seu exercício. Balancete referente ao exercício de vigência dos meses corridos do mesmo. Faturamento dos últimos 12 meses, para que o gerente possa verificar junto ao Banco Central o endividamento em relação ao faturamento. DIRPJ demonstrativo de imposto de renda de pessoa jurídica. DIRPF demonstrativo de imposto de renda de pessoa física, ambos para identificar alguma divida/pendência junto ao sistema tributário brasileiro. Depois de tudo isso em mãos, dá-se início à análise do crédito, essa sendo feita de forma minuciosa, e enfatizando demais itens, que estão relacionados a seguir. 2.3 Crédito O crédito é todo ato de vontade, ou disposição de alguém que declarou ceder, temporariamente, parte de seu patrimônio a um terceiro, com expectativa de que esta parcela volte a sua posse integralmente, depois de decorrido o tempo estipulado. O crédito pode fazer com que as empresas aumentem seu nível de atividade; estimular o consumo influenciando a demanda; cumprir uma função social ajudando as pessoas a obterem moradia, bens e até alimentos; facilitar a execução de projetos para os quais as empresas não disponham de recursos próprios suficientes, entre outras muitas funções.

15 14 Quanto ao objeto do crédito, este pode ser o dinheiro em si como exemplo, o crédito concedido pelas entidades bancárias, ou também bens materiais. Como bens materiais, o crédito pode estar materializado por dinheiro (empréstimo monetário) ou bens (empréstimos para uso, ou vendas com pagamento parcelado, ou a prazo). No que se refere às instituições financeiras, estas atuam na concessão de crédito como intermediárias de recursos captados de terceiros, exercendo assim uma função especial neste processo. O patrimônio a ser cedido deve ser próprio. Com efeito, não é factível ceder coisa alheia sem expresso consentimento de seu legítimo proprietário. As instituições financeiras não seguem estritamente este postulado, porquanto são agentes intermediadores de riquezas (poupanças) e do meio circulante, devidamente autorizadas pelas autoridades monetárias. Atuando na captação e empréstimos de recursos, não necessária e unicamente próprios estas instituições são intimamente controladas por aquelas autoridades. Através da intermediação de recursos, as instituições financeiras exercem sua função de multiplicar a moeda escritural ou bancária. Elas não criam capitais com o crédito que fornecem ao mercado, mas exercem uma das funções mais importantes do crédito, que é a de alocar os recursos das áreas em que são abundantes para as de escassez, fomentando o crescimento econômico do país. Conforme explica Fortuna (1999), embora as instituições financeiras não criem capitais através do crédito, elas aumentam os meios de pagamento da economia, à medida que o crédito vai sendo concedido a seus clientes e parte dele retorna como depósito à vista, que novamente é devolvido ao mercado em forma de novos empréstimos, e assim sucessivamente. O processo de crédito financeiro é regulamentado pelas autoridades monetárias, e um de seus mecanismos de controle do crédito é o depósito compulsório, que consiste no percentual dos depósitos bancários obrigatoriamente recolhidos ao Banco Central, de forma que essa parcela não possa ser reemprestada pelos bancos ao mercado. Quando o governo quer restringir o crédito na economia ele aumenta o depósito compulsório e vice-versa. Aos bancos comerciais é privativo receber em depósito os recursos monetários de economia (pessoas físicas e jurídicas), tanto sob a forma de moeda manual, quanto escritural (depósito à vista), que são multiplicados por essas instituições pelo mecanismo operacional: depósitos geram empréstimos, e estes geram novos depósitos. O Banco Central, portanto, cria moeda, e os bancos comerciais têm o poder de multiplicá-la, aumentando o volume dos meios de pagamento. (FORTUNA, 1999, p. 59)

16 15 De uma forma geral, para uma determinada economia, o crédito pode ser visto de duas maneiras. Uma com visão otimista, que apresenta somente os pontos positivos do crédito, tais como possibilidades de incremento nos negócios, crescimento econômico, financiamentos para melhorar as condições sociais da população de menor renda, entre outros. Outro ponto de vista, não menos real que o primeiro, é o fato de não se poder ignorar as consequências negativas que o excesso de crédito pode gerar em decorrência do alto nível de endividamento e do aumento da inflação. A realidade brasileira, até meados dos anos 90, reflete bem esta situação, com inflação incontrolável e desaceleração no crescimento da economia, grande parte devido ao volume de crédito internacional concedido ao Brasil nos anos 70, que levou o país a um alto nível de endividamento. O crédito pode ainda fazer com que as empresas aumentem seu nível de atividade; estimular o consumo, influenciando na demanda; cumprir uma função social ajudando as pessoas a obterem moradia, bens e até alimentos; facilitar a execução de projetos para os quais as empresas não disponham de recursos próprios suficientes. A tudo isso, por outro lado, deve-se acrescentar que o crédito pode tornar empresas ou pessoas físicas altamente endividadas, assim como pode ser forte componente de um processo inflacionário. Fortuna (1999) destaca, ainda, a importante função dos bancos comerciais como intermediários do crédito. Esta função é exercida à medida que os bancos canalizam os recursos captados junto ao público para atender a demanda de crédito de seus clientes. Para um banco comercial, as operações de crédito se constituem em seu próprio negócio. Dessa forma, o banco empresta dinheiro ou financia bens aos seus clientes, funcionando como uma espécie de intermediário financeiro, pois os recursos que aplica são captados no mercado através dos depósitos efetuados por milhares de clientes-depositantes. Na sociedade como um todo, existem pessoas (físicas e jurídicas) cujas rendas excedem o consumo, o que resulta numa determinada poupança, enquanto existem oportunidades de investimentos para os quais são necessários recursos. A função do intermediário financeiro é a de atuar como receptor de recursos, isto é, da poupança das pessoas, com o objetivo de canalizá-los para fontes produtivas. A forma mais comum de crédito numa instituição financeira é o empréstimo monetário, mas existem também outras formas. A concessão de crédito num banco comercial, portanto, consiste em emprestar dinheiro, isto é, colocar à disposição do cliente determinado valor monetário em determinado momento, mediante promessa de pagamento futuro, tendo como retribuição por essa prestação de serviço determinada taxa de juros, cujo

17 16 recebimento poderá ser antecipado, periódico ou mesmo ao final do período, juntamente com o principal emprestado. Existem, além da operação de empréstimo, diversas outras operações de crédito, como financiamento de bens para os clientes; concessão de fianças; desconto de duplicatas. 2.4 Documentação Os C's do Crédito para os autores Uma política de crédito claramente definida visa a aplicação correta de seus ativos. Neste contexto, para que haja operação de crédito mais segura, é necessário que a instituição credora avalie uma série de variáveis. A estas variáveis denomina-se Cs do Crédito, e são as bases primárias para concessão de crédito. Os cincos C s do crédito são: caráter, condições, capacidade, capital e colateral. Porém, a instituição acrescenta o sexto C, que é o conglomerado. Schrickel (1998) apresenta uma subdivisão entre os C s do crédito em aspectos pessoais: caráter e capacidade; e aspectos financeiros: capital e condições. Para o autor, o quinto C colateral deve ser considerado, ou exigido, quando os C s dos aspectos financeiros, capitais e condições, não forem suficientes para a decisão do crédito. Gitman (1997) também cita os cinco C s do crédito, enfatizando os aspectos pessoais, caráter e capacidade, considerando-os como os fatores mais importantes para a concessão de empréstimos. O analista de crédito geralmente dá maior importância aos dois primeiros C s caráter e capacidade, uma vez que eles representam os requisitos fundamentais para a concessão de crédito a um solicitante. A consideração para os demais C s - capital, colateral e condições é importante para a definição do acordo de crédito e tomada de decisão final, a qual depende da experiência e do julgamento do analista. (GITMAN, 1997, p. 697) Caráter O caráter pode ser definido como a vontade e a determinação do cliente em cumprir a obrigação referente ao empréstimo. Provavelmente, o caráter é o componente individual mais importante da aparência geral do cliente. Pessoas do mundo dos negócios, de bom caráter, farão todos os esforços possíveis para pagar um empréstimo, e trabalham de maneira aberta e de forma a cooperar com seu banco, caso seu negócio experimente dificuldades financeiras. O caráter é um dos aspectos pessoais do crédito. Segundo Schrickel (1998), os aspectos pessoais do crédito são: caráter e capacidade. Por ser um fator pessoal, torna-se muito difícil

18 17 uma análise cem por cento segura em relação ao caráter de um pretendente de crédito. Por isto, o analista recorre a dados históricos para verificar como o tomador de crédito honrou seus compromissos anteriores, se tem restrições junto aos órgãos de proteção ao crédito e se foi pontual no pagamento de possíveis créditos anteriores. Neste sentido, reporta-se ao caráter como sendo o histórico do solicitante quanto ao cumprimento de suas obrigações financeiras, contratuais e morais. Um ponto muito importante na análise do caráter do tomador do crédito é uma correta identificação do mesmo. Conhecer bem o pretendente e comprovar suas informações, através da verificação de documentos, torna mais segura a análise do caráter: a identificação é de fundamental importância para a avaliação da cliente. No caso de pessoa jurídica, este aspecto adquire grande relevância, à medida que a correta identificação da empresa, com base em seu contrato/estatuto social e demais documentos contribuem de forma decisiva para a concessão do crédito mais segura, evitando, inclusive, fraudes (concessão de crédito a empresas inexistentes). Cabe enfatizar, entretanto, que, um cliente pode atrasar um pagamento, ou mesmo deixar de pagar, em razão de não dispor de recursos, o que não é decorrência necessariamente de seu caráter Capacidade A capacidade refere-se a fatores internos, tais como: habilidade, competência empresarial do indivíduo ou do grupo de indivíduos, o potencial de produção, administração e comercialização da empresa. Trata-se de uma característica bastante subjetiva, e nem sempre fácil de medir. No que diz respeito à capacidade física da empresa, por meio de uma visita pode-se conhecer suas instalações, seus métodos de trabalho, bem como o grau de tecnologia utilizado, ressaltando que capacidade é o potencial do cliente para quitar o crédito solicitado. Análises das demonstrações financeiras, com ênfase especial nos índices de liquidez e endividamento, são geralmente utilizadas para avaliar a capacidade do solicitante do crédito. No caso de empresas de pequeno porte que elaboram suas demonstrações financeiras apenas para atender ao fisco e, geralmente, não expressam a realidade, a análise sobre os indicadores financeiros fica comprometida. Deve-se, então, levantar informações gerenciais com esse intuito. O C capacidade refere-se à competência do cliente e constitui-se num dos aspectos mais difíceis de avaliação de risco. Integra o risco subjetivo e a responsabilidade por

19 18 seu exame e verificação é do profissional que está em contato direto com o cliente: o gerente de operações ou o gerente de negócios. Outras formas de análise de capacidade poderão também ser usadas, como, por exemplo, uma investigação, sobre aspectos como a estrutura organizacional, que pode revelar o grau de modernização de seus produtos e serviços; o sistema de informações gerenciais para prestar informações cada vez mais rápidas e seguras, de forma a manter a competitividade da empresa; o sistema de marketing da empresa, para ganhar e manter mercados e garantir um faturamento condizente com sua estrutura, assim como o grau de investimento em pesquisas para desenvolvimento de novos produtos e manutenção da lucratividade Capital O capital refere-se aos fundos disponíveis para operar uma empresa. A este respeito, existem duas considerações fundamentais a fazer: o montante de capital que os proprietários investiram na empresa e o grau de eficiência com que o total do capital é nela empregada. Através da análise dos demonstrativos contábeis, obtém-se informações valiosas sobre o desempenho e a solidez de determinada empresa, constituindo-se numa eficiente ferramenta para o gestor de crédito. O capital refere-se aos fundos disponíveis para operar uma empresa. A esse respeito, existem duas considerações fundamentais a fazer: o montante de capital patrimonial que os proprietários investiram na empresa e o grau de eficiência com que o total do capital é nela empregado. Geralmente, é um mau sinal quando a participação de capital dos proprietários é consideravelmente menor do que a participação de capital de credores. Existem exceções à própria indústria bancária, que é uma delas. Esse grau de eficiência do emprego do capital na empresa poderá contribuir na análise do risco do crédito. A um determinado grau de lucratividade do capital, e também dependendo da composição do mesmo, haverá ou não propensão para se saldar os empréstimos efetuados. Nesse sentido, define o C capital como sendo a solidez financeira do solicitante, conforme indicada pelo patrimônio líquido da empresa. Vale lembrar a importância da utilização dos indicadores econômico-financeiros na avaliação do C capital. O mesmo autor destaca que o total de exigíveis (a curto e longo prazo) em relação ao patrimônio líquido, bem como os índices de lucratividade, são frequentemente usados para avaliar o capital do demandante do crédito. No caso das

20 19 empresas, o conceito de capital é mais perceptível. Prova disto, é que até intuitivamente vem à mente a figura do Capital Social constante em seu balanço patrimonial. Contudo, a ideia de Capital não deve restringir-se à mera rubrica Patrimônio Líquido do balanço, mas transcendêla, alcançando toda estrutura econômico-financeira da empresa. Como se sabe classicamente, o Capital Social é o investimento feito pela empresa no sentido de gerar lucro. Contudo, não é tão somente daquela cifra que é auferido tal lucro, mas de toda uma estratégia econômico-financeira, que pode muito bem, dependendo o setor de atuação da empresa, não demandar vultosas somas de recursos próprios, o que é compensado por uma grande capacidade de alavancagem de fundos no mercado, à vista de um eficiente fluxo financeiro Capital de Terceiros O Capital de Terceiros, dentro da estrutura do balanço patrimonial, é representado pelo passivo. Considerando esse passivo, conforme definido pelas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC T 3, 2000, p.123) como sendo o capital que... compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros. Ele está subdividido em Circulante... que são as obrigações e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se no curso do exercício subsequente à data do balanço patrimonial (NBC T 3, 2000, p.123), e Exigível a Longo Prazo, que compreendem aquelas obrigações e encargos cujos prazos situem-se após o término do exercício subsequente à data do balanço patrimonial (NBC T 3, 2000, p. 123) Capital Próprio O Capital Próprio ou, como denominado no balanço patrimonial, Patrimônio Líquido, consiste nos recursos que os proprietários, sócios ou acionistas investiram ou deixaram disposição da empresa. O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade e seu valor é a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo (Ativo menos Passivo). Portanto, o valor do Patrimônio Líquido pode ser positivo, nulo ou negativo [...] No caso de ser negativo, será demonstrado após o Ativo, e seu valor final denominado de Passivo a Descoberto. (NBC T 3, 2000, p.121): Conforme as NBC o Patrimônio Líquido está subdividido em:

21 20 Capital: são os valores aportados pelos proprietários e os decorrentes de incorporações de reservas de lucro. O capital, também chamado de Capital Social, é representado por ações ou cotas de capital, e esse valor é escriturado no contrato social ou estatuto da empresa registrado nas juntas comerciais ou nos cartórios de registro civil das pessoas jurídicas. Reservas: são os valores decorrentes de retenções de lucros, de reavaliações de ativos e de outras circunstâncias. Lucros ou Prejuízos acumulados: são os lucros retidos ou ainda não destinados e os prejuízos ainda não compensados, estes apresentados como parcela redutora do Patrimônio Líquido Condições Condições referem-se a fatores externos, tais como: situação da economia em geral, e tipo de segmento de mercado, no qual se insere a empresa do cliente. Cabe ressaltar que certas decisões de política econômica, por exemplo o desaquecimento de determinado setor da economia, bem como o comportamento do mercado em geral, afetam o nível de atividade de determinados tipos de empresas. Há um macroambiente no qual a empresa está situada, que exerce forte influência na atividade empresarial. Neste macroambiente estão o governo, a conjuntura nacional e internacional, os concorrentes, bem como a natureza e a ecologia. As forças desse macroambiente tanto se manifestam de forma positiva, representando oportunidades para as empresas, quanto como ameaças, trazendo dificuldades. O C condições envolve fatores externos à empresa, integra o macroambiente em que ela atua e foge de seu controle. Medidas de política econômica (restrição ao crédito, política cambial e de juros, abertura do mercado mediante alterações nas alíquotas de importações, entre outros), fenômenos naturais e imprevisíveis (ligados ao clima, por exemplo), riscos de mercado e fatores de competitividade são os principais aspectos que moldam a análise do C condições. Porém, além de se analisar as condições do tomador do empréstimo, em alguns casos, circunstâncias especiais poderão influenciar favoravelmente a outra parte na concessão do crédito. Essas circunstâncias podem ser as condições econômicas e empresariais vigentes, bem como circunstâncias particulares que possam afetar qualquer das partes envolvidas na negociação (GITMAN 1997, p. 697). Um exemplo, citado por esse autor, pode ser que, para solucionar o problema da existência de grande volume de mercadorias encalhadas, a

22 21 concessão de crédito para venda a prazo desse estoque pode ser facilitada. Ou seja: nestes casos, tanto o tomador quanto a empresa que oferece crédito fazem parte da avaliação das condições Colateral Colateral refere-se à capacidade do cliente em oferecer garantias complementares. A garantia é uma espécie de segurança adicional e, em alguns casos, a concessão de crédito precisará dela para compensar as fraquezas decorrentes dos outros fatores de risco. Entretanto, deve-se ter sempre em mente que a garantia, não deve por si só, justificar a concessão de um empréstimo. A finalidade da garantia é dar ao credor meios pelos quais poderá recorrer caso a fonte de pagamento não se materialize no decorrer do ciclo operacional normal da empresa. A intenção de qualquer instituição de crédito é ter o retorno dos empréstimos concedidos nos prazos combinados para que possam realizar novos negócios com rendimento melhor que pendências nos tribunais de cobrança de devedores inadimplentes, que podem se arrastar por anos sem solução. Santos (2000) define garantia, em seu aspecto de risco, como a vinculação de um bem ou de uma responsabilidade conversível em números que assegure a liquidação do empréstimo. O autor qualifica as melhores garantias como sendo as de maior liquidez, especialmente as chamadas autoliquidáveis, ou seja, aquelas cuja conversão em caixa e respectiva liquidação do contrato de crédito independem de sentença judicial. Enquanto Santos (2000) aponta as qualidades da garantia, Gitman (1997) preocupa-se com sua quantidade, pois este é outro tipo de análise que deve ser feita sobre o colateral, ou seja, verificar se as garantias oferecidas no contrato de crédito são suficientes para quitar a dívida em caso de inadimplência. Assim, menciona GITMAN (1997, p.696) sobre o assunto: Colateral é o montante de ativos colocados à disposição pelo solicitante para garantir o crédito. Naturalmente, quanto maior esse montante, maior será a probabilidade de se recuperar o valor creditado, no caso de inadimplência. Porém sua existência, mesmo que seja de autoliquidez e de montante suficiente, não assegura totalmente o pagamento do crédito no prazo combinado, nem deve ser a justificativa para a concessão de empréstimos. A decisão de conceder crédito deve ser baseada na capacidade de reembolso do cliente e não sobre as garantias (SANTOS, 2000, p. 34). O autor continua seu raciocínio, afirmando que a finalidade da

23 22 garantia é evitar que fatores imprevisíveis, ocorridos após a concessão do crédito, impossibilitem a liquidação do empréstimo (SANTOS, 2000, p. 33). Desta forma, na análise do crédito considerando os C's do crédito, em alguns casos uma deficiência em um desses C's, pode ser compensada por uma análise positiva dos outros. Porém, no caso de insuficiência no item caráter, o melhor mesmo é não conceder o crédito, pois o risco de inadimplência é grande, mesmo que se agregue garantia suficiente e de qualidade ao negócio. O colateral, numa decisão de crédito, serve para contrabalançar e atenuar (apenas atenuar, enfatize-se) eventuais impactos negativos decorrentes do enfraquecimento de um dos três elementos: Capacidade, Capital e Condições. Raramente (nunca, idealmente), o Colateral pode ou deve ser aceito para compensar os pontos fracos dentro do elemento Caráter, porque quando a honestidade está faltando, o crédito incluirá riscos que não devem ser assumidos pelo banco. Se não há honestidade, por certo a garantia será também de grande volatilidade e, mais que provavelmente, não se prestará para cobrir suficiente e adequadamente o principal e os juros do empréstimo. Além da qualidade e do montante, outros aspectos devem se considerados na análise das garantias. Um deles está relacionado à sua desvalorização: existem bens que perdem seu valor com muita rapidez, como é o caso de equipamentos de informática. O outro se refere à facilidade de comercialização: equipamentos industriais destinados a fabricar peças restritas a uma atividade não representativa no mercado, certamente serão mais difíceis de ser alienadas do que um automóvel, por exemplo. As garantias, de acordo com o ordenamento jurídico, se dividem em pessoal ou real. Garantia pessoal, ou fidejussória, é a que compreende todo o patrimônio do devedor, sem que seja especificado qual bem responde pela dívida. Consistem nas garantias que, em vez de serem constituídas sobre coisas específicas, repousam sobre pessoas (físicas ou jurídicas). Garantia real, de outro lado, é o caso em que se vincula um determinado bem que fica comprometido com a obrigação. Trata-se das garantias que se constituem sobre a vinculação de bens tangíveis do tomador, como, por exemplo, veículos, imóveis, máquinas, equipamentos, mercadorias e duplicatas. As garantias pessoais são o aval e a fiança. Já as garantias reais de maior uso são: o penhor, a caução de duplicatas ou cheque, o penhor mercantil, a cessão de créditos em garantias, a hipoteca, a anticrese e a alienação fiduciária.

24 Conglomerado A análise para a concessão de crédito a empresas que participam de um grupo econômico deve ser feita de forma geral para todo o conglomerado. Geralmente, as empresas pertencentes a um determinado grupo seguem as tendências desse grupo. A preocupação com o conglomerado como um todo é papel do analista no momento da investigação de todos os C's do crédito, pois se o grupo econômico é bem ou mal avaliado quanto aos itens caráter e capacidade, por exemplo, dificilmente uma das empresas desse grupo em particular será avaliada diferentemente. Esta é a visão de Silva (2003), que adicionou este C conglomerado aos demais C s do crédito, uma vez que se refere à análise não apenas de uma empresa específica que esteja pleiteando crédito, mas ao exame do conjunto, do conglomerado de empresas no qual a pleiteante de crédito esteja contida. Não basta conhecer a situação de uma empresa; é preciso que se conheça sua controladora (ou controladoras) e suas controladas e coligadas para se formar um conceito sobre a solidez do conglomerado Os Cs do crédito na visão da instituição O entendimento do significado de cada palavra é subjetivo. Porém, no contexto da atividade, torna-se bastante objetivo e cabe ao credor compreender cada uma delas para que avalie a ficha cadastral de maneira a auxiliar na resultante concessão do crédito. Ressalta-se a necessidade de percepção dos fatores favoráveis à empresa e os cuidados impessoais na análise Caráter Como Intenção de Pagar Caráter gera a déia básica a Intenção de Pagar. Deve, portanto. estar refletida a performance do eventual tomador de crédito, destacando-se os seguintes aspectos: identificação, pontualidade, existência de restrições, experiência em negócios, atuação na praça. A intenção em honrar os compromissos assumidos deve ser observada no decorrer da análise. A honestidade e a honradez do credor são observadas e julgadas neste tópico. O cliente pode ter um bom caráter, porém não ter capacidade de pagamento das suas obrigações, portanto os demais C s devem ser analisados em conjunto.

25 Capacidade Como Habilidade em Pagar Habilidade para pagar os compromissos assumidos é objetivo da Capacidade. A base para análise e indicação da capacidade é o relatório de visitas, isto é, a constatação in loco das condições de operação e funcionamento da organização, destacando-se os seguintes aspectos: estratégia empresarial, organização e funcionamento, capacidade dos dirigentes e tempo de atividade. Tudo isso é para as pessoas jurídicas. Para as pessoas físicas, deve-se verificar sua vida profissional, sua estabilidade como empregado, sua vida como empresário ou autônomo, sua vida familiar, informações que demonstrem a capacidade de pagar seus compromissos Condições Como Ambiente Externo O ambiente externo e conjuntural do cliente deve ser analisado. A análise do ambiente externo pode ser obtida por dados setoriais, nos órgãos técnicos ou instituições oficiais. Os aspectos que devem ser observados são os seguintes: informações sobre os produtos e mercado, o ambiente macroeconômico e setorial; o ambiente competitivo; e a dependência da empresa em relação ao governo. Para as pessoas físicas, sua relação trabalhista e a consistência da empresa no mercado em que atua, o tempo de emprego, seu relacionamento social e comercial. As condições econômicas do país, região, devem ser observadas para analisar este tópico, pois poderão influir na concessão do crédito Colateral como bens patrimoniais Esta análise prende-se aos bens patrimoniais das pessoas físicas e jurídicas, uma vez que eles podem ter vinculação com o contrato de crédito. As garantias a serem oferecidas pelo cliente por causa do seu patrimônio é fator importante nesta análise, pois também fortalecem as informações da análise do crédito Capital como situação econômico-financeira A situação econômico-financeira da empresa é extraída dos relatórios contábeis, a saber: o Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultados, a Demonstração e Origens de Aplicações e Recursos, a Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido. É fundamental também a análise da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica.

26 25 Para as pessoas físicas, pode-se desenvolver um modelo simplificado de Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultado do Exercício, conjugado com a Declaração do Imposto de Renda Conglomerado O conglomerado refere-se à análise financeira de controladas, controladoras, coligadas e interligadas, para que possa fazer uma análise mais apurada com relação ao pleiteante do crédito. A empresa deve ser analisada no âmbito do grupo de empresas que a contenha. No caso de pessoas físicas, o conglomerado inclui uma análise de crédito do grupo familiar, considerando-se o cônjuge e demais familiares dependentes ou não Consistência Consistência faz menção à escolha e gerenciamento do alvo de mercado, ou seja, a escolha do alvo correto, que de fato depende da política do credor, da conjuntura econômica, da estrutura do cliente etc Comunicação Comunicação faz referência à correta e ágil obtenção e análise de informações cadastrais, estruturais, contábeis e econômico-financeiras do pleiteante do crédito Controle Controle refere-se ao acompanhamento, gerenciamento e administração do crédito concedido, uma vez que todo crédito gera uma obrigação a ser cumprida em determinado prazo, e que, neste prazo, a situação geral do cliente pode se alterar. A detecção de problemas logo em seu início no que se diz respeito ao crédito concedido pode vir a ser o caminho para evitar que determinado crédito se torne problemático Custos O cliente deve possuir uma boa gestão de custos, caso contrário poderá sofrer um significativo ataque de suas receitas. São notórios os casos de empresas que faliram por ter o seu proprietário priorizado sobremaneira as receitas, deixando para segundo plano a respectiva administração e controle de custos.

27 Caixa A geração de caixa é uma medida da viabilidade de uma empresa. As fontes de caixa devem ser capazes de suportar o gasto de capital, os dividendos e as variações no capital circulante. Caso contrário, o saldo de tesouraria do cliente poderá ficar comprometido. Para fins de concessão de crédito, é muito mais importante saber se o cliente gera caixa, e qual a qualidade e consistência deste caixa, do que saber se ele gera lucro ou prejuízo. É importante verificar que os C s complementares analisados por Santos (2003) se referem às pessoas jurídicas, que normalmente são os clientes das empresas industriais, enquanto, para as pessoas físicas, pode-se adotar um paralelo para analisar a concessão do crédito Usando os C s na Concessão do Crédito Os C s acima definidos podem ser divididos em dois grupos distintos: aspectos pessoais e aspectos financeiros. Alguns desses tópicos devem ser analisados pelo foco pessoal e financeiro, pois as informações, mesmo que subjetivas, trazem dados pessoais e financeiros. Outros C s podem ser contemplados e devem ser analisados na concessão de crédito, cabendo ao analista verificar a importância da informação. A correta utilização dos C s do crédito deve estar conjugada com uma Ficha Cadastral, na qual deve ser mensurada cada informação ou dado a ser analisado. Portanto, deve-se elaborar a Ficha Cadastral individual dos clientes. 2.5 Riscos do Crédito Como é possível notar, todo crédito concedido está sujeito a um risco, pois ele pode não ser devolvido pelo tomador. Mesmo estando amparado por garantias e analisadas as condições para o devedor devolver o crédito, não existe uma certeza de que o devedor irá honrar seu compromisso dentro do prazo combinado. Desta forma, pelo fato de esta cessão patrimonial envolver expectativas quanto ao recebimento de volta da parte cedida, é imperativo reconhecer que a qualquer crédito está associada à noção de risco. Em relação ao risco do crédito, há autores que fazem distinção entre as definições de risco e incerteza. Seguindo esta tendência, aponta-se para risco quando o tomador de decisões basear-se em probabilidades objetivas para estimar diferentes resultados, de modo que sua expectativa se baseia em dados históricos e, portanto, a decisão é tomada a partir de

28 27 estimativas julgadas aceitáveis pelo tomador de decisões. Incerteza, por sua vez, ocorre quando não se dispõe de dados históricos acerca de um fato, o que poderá exigir que o tomador de decisões faça uma distribuição probabilística subjetiva, isto é, baseada em sua sensibilidade pessoal. Para Silva (1988), é distinta a definição de risco e incerteza, enquanto outros autores tratam do risco de crédito incluindo a incerteza como parte integrante do mesmo. Sumariamente, risco significa incerteza, imponderável, imprevisível, e a incerteza, a imponderabilidade e a imprevisibilidade situam-se, necessária e unicamente, no futuro. Assim, embora a análise de crédito deva lidar com eventos passados do tomador de empréstimos (a análise histórica), as decisões de crédito devem considerar primordialmente o futuro desse mesmo tomador. Também GITMAN (1997, p.202) assim refere-se ao assunto:... mais formalmente, o termo risco é usado alternativamente com incerteza, ao referir-se à variabilidade de retornos associada a um dado ativo. O que se pretende aqui não é realçar a polêmica sobre a definição de risco e incerteza, mesmo porque o próprio autor que as define distintamente, Silva (1988), utiliza indistintamente as expressões risco e incerteza. Porém, o conceito que parece comum a todos, e que deve ser destacado para ser utilizado neste trabalho, é que o risco de crédito refere-se à variabilidade quanto ao retorno futuro e incerto relacionado a algum ativo objeto de crédito; ou, simplesmente, à possibilidade de perda futura em razão de uma decisão de análise de crédito. Na análise do crédito há vários tipos de riscos que devem ser considerados para um estudo detalhado e para que o mesmo seja bem sucedido. Uma das formas de classificação desses tipos de riscos para melhor visualização e análise foi apresentada por Silva (1988), que os separou em internos e externos em relação à empresa tendo como foco atividades comerciais e industriais. Outra dessas formas de avaliação de risco, porém um pouco mais voltada para a atividade do gerente de crédito que acompanha o desenvolvimento do negócio e por isso é capaz de detectar, com antecedência, possíveis problemas com o crédito concedido, que relaciona vários critérios de pontuação, separadamente, para os diversos C's do crédito. Existe, ainda, uma terceira maneira de controle e supervisão do risco, que é a realizada por agentes externos à empresa credora. Com o interesse de proteger todo o sistema de crédito financeiro, o Banco Central atua como agente fiscalizador do risco das operações de crédito, e estabelece normas a serem cumpridas pelas instituições financeiras.

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade? Nas atividades empresariais, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com os menores riscos.

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

Conceito de Contabilidade

Conceito de Contabilidade !" $%&!" #$ "!%!!&$$!!' %$ $(%& )* &%""$!+,%!%!& $+,&$ $(%'!%!-'"&!%%.+,&(+&$ /&$/+0!!$ & "!%!!&$$!!' % $ $(% &!)#$ %1$%, $! "# # #$ &&$ &$ 0&$ 01% & $ #$ % & #$&&$&$&* % %"!+,$%2 %"!31$%"%1%%+3!' #$ "

Leia mais

Cédula de Crédito Imobiliário - CCI

Cédula de Crédito Imobiliário - CCI Títulos Imobiliários Renda Fixa Cédula de Crédito Imobiliário - CCI Títulos Imobiliários Cédula de Crédito Imobiliário Instrumento que facilita a negociabilidade e a portabilidade do crédito imobiliário

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 3 Gestão de capital de giro Introdução Entre as aplicações de fundos por uma empresa, uma parcela ponderável destina-se ao que, alternativamente, podemos chamar de ativos correntes, ativos circulantes,

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 2 Gestão de Fluxo de Caixa Introdução Ao estudarmos este capítulo, teremos que nos transportar aos conceitos de contabilidade geral sobre as principais contas contábeis, tais como: contas do ativo

Leia mais

Contabilidade Básica

Contabilidade Básica Contabilidade Básica 2. Por Humberto Lucena 2.1 Conceito O Patrimônio, sendo o objeto da Contabilidade, define-se como o conjunto formado pelos bens, pelos direitos e pelas obrigações pertencentes a uma

Leia mais

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional O tamanho que a micro ou pequena empresa assumirá, dentro, é claro, dos limites legais de faturamento estipulados pela legislação para um ME ou EPP, dependerá do

Leia mais

Sistema de Informações de Crédito do Banco Central Solidez para o Sistema Financeiro Nacional Facilidades para os tomadores de empréstimos

Sistema de Informações de Crédito do Banco Central Solidez para o Sistema Financeiro Nacional Facilidades para os tomadores de empréstimos Sistema de Informações de Crédito do Banco Central Solidez para o Sistema Financeiro Nacional Facilidades para os tomadores de empréstimos Transparência para a sociedade istema de Informações de Crédito

Leia mais

Demonstrações Contábeis

Demonstrações Contábeis Demonstrações Contábeis Resumo Demonstrações contábeis são informações e dados que as empresas oferecem ao fim de cada exercício, com a finalidade de mostrar aos acionistas, ao governo e todos os interessados,

Leia mais

GESTOR DA CARTEIRA DE INVESTIMENTO

GESTOR DA CARTEIRA DE INVESTIMENTO O QUE É? No Brasil um fundo de investimento possui a sua organização jurídica na forma de um condomínio de investidores, portanto o fundo de investimento possui um registro na Receita Federal (CNPJ) pois

Leia mais

GPME Prof. Marcelo Cruz

GPME Prof. Marcelo Cruz GPME Prof. Marcelo Cruz Política de Crédito e Empréstimos Objetivos Compreender os tópicos básicos da administração financeira. Compreender a relação da contabilidade com as decisões financeiras. Compreender

Leia mais

Como aplicar o conceito de risco na análise de crédito? Parte I

Como aplicar o conceito de risco na análise de crédito? Parte I Como aplicar o conceito de risco na análise de crédito? Parte I! Como o risco influi na análise de crédito?! O risco e o Cs do crédito! O modelo matricial de crédito! A importância da elaboração dos cenários

Leia mais

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS ANA BEATRIZ DALRI BRIOSO¹, DAYANE GRAZIELE FANELLI¹, GRAZIELA BALDASSO¹, LAURIANE CARDOSO DA SILVA¹, JULIANO VARANDAS GROPPO². 1 Alunos do 8º semestre

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

Administração Financeira

Administração Financeira Administração Financeira MÓDULO 9 O crédito divide-se em dois tipos da forma mais ampla: o crédito público e o crédito privado. O crédito público trata das relações entre entidades públicas governo federal,

Leia mais

O que é Finanças? instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos.

O que é Finanças? instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos. Demonstrações Financeiras O Papel de Finanças e do Administrador Financeiro Professor: Roberto César O que é Finanças? Podemos definir Finanças como a arte e a ciência de administrar fundos. Praticamente

Leia mais

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO 1 - INTRODUÇÃO Define-se como risco de mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pela Cooperativa, o que inclui os riscos das operações

Leia mais

BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1

BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1 BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1 ATIVO CIRCULANTE Compreende contas que estão constantemente em giro, sua conversão em moeda corrente ocorrerá, no máximo, até o próximo exercício social. As contas devem

Leia mais

Unidade I CONTABILIDADE EMPRESARIAL. Prof. Amaury Aranha

Unidade I CONTABILIDADE EMPRESARIAL. Prof. Amaury Aranha Unidade I CONTABILIDADE EMPRESARIAL Prof. Amaury Aranha Sumário Unidade I Unidade I Provisão para devedores duvidosos Operações financeiras (duplicatas) Unidade II Empréstimos (pré e pós) Aplicações financeiras

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A.

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A. Universidade Federal do Pará Centro: Sócio Econômico Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Análise de Demonstrativos Contábeis II Professor: Héber Lavor Moreira Aluno: Roberto Lima Matrícula:05010001601

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO 2 -DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS. OBJETIVO E CONTEÚDO Os objetivos da Análise das Demonstrações Contábeis podem ser variados. Cada grupo de usuários pode ter objetivos específicos para analisar as Demonstrações

Leia mais

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 1/18 Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 2/18 Módulo 4 - Princípios de Investimento Neste módulo são apresentados os principais fatores para a análise de investimentos,

Leia mais

FLUXO DE CAIXA. Entradas a) contas à receber b) empréstimos c) dinheiro dos sócios

FLUXO DE CAIXA. Entradas a) contas à receber b) empréstimos c) dinheiro dos sócios FLUXO DE CAIXA É a previsão de entradas e saídas de recursos monetários, por um determinado período. Essa previsão deve ser feita com base nos dados levantados nas projeções econômico-financeiras atuais

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA «

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA « CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA «21. O sistema de intermediação financeira é formado por agentes tomadores e doadores de capital. As transferências de recursos entre esses agentes são

Leia mais

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE EXTENSÃO: CENTRO DE DESENVOLVIMENTO EM FINANÇAS PROJETO: CENTRO DE CAPACITAÇÃO

Leia mais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 07. Subvenção e Assistência Governamentais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 07. Subvenção e Assistência Governamentais COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 07 Subvenção e Assistência Governamentais Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 20 (IASB) Índice Item OBJETIVO E ALCANCE

Leia mais

Como funcionam os fundos de investimentos

Como funcionam os fundos de investimentos Como funcionam os fundos de investimentos Fundos de Investimentos: são como condomínios, que reúnem recursos financeiros de um grupo de investidores, chamados de cotistas, e realizam operações no mercado

Leia mais

ABERTURA DAS CONTAS DA PLANILHA DE RECLASSIFICAÇÃO DIGITAR TODOS OS VALORES POSITIVOS.

ABERTURA DAS CONTAS DA PLANILHA DE RECLASSIFICAÇÃO DIGITAR TODOS OS VALORES POSITIVOS. ABERTURA DAS CONTAS DA PLANILHA DE RECLASSIFICAÇÃO DIGITAR TODOS OS VALORES POSITIVOS. I. BALANÇO ATIVO 111 Clientes: duplicatas a receber provenientes das vendas a prazo da empresa no curso de suas operações

Leia mais

Administração Financeira II

Administração Financeira II Administração Financeira II Introdução as Finanças Corporativas Professor: Roberto César INTRODUÇÃO AS FINANÇAS CORPORATIVAS Administrar é um processo de tomada de decisões. A continuidade das organizações

Leia mais

CIÊNCIAS CONTÁBEIS. A importância da profissão contábil para o mundo dos negócios

CIÊNCIAS CONTÁBEIS. A importância da profissão contábil para o mundo dos negócios CIÊNCIAS CONTÁBEIS A importância da profissão contábil para o mundo dos negócios A Contabilidade é a linguagem internacional dos negócios. A Contabilidade é, também, a Ciência que registra a riqueza das

Leia mais

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração da NBC T 1 citada nesta Norma para NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL. RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.213/09 Aprova a NBC TA 320 Materialidade no Planejamento e

Leia mais

Auditor Federal de Controle Externo/TCU - 2015

Auditor Federal de Controle Externo/TCU - 2015 - 2015 Prova de Análise das Demonstrações Comentada Pessoal, a seguir comentamos as questões de Análise das Demonstrações Contábeis aplicada na prova do TCU para Auditor de Controle Externo (2015). Foi

Leia mais

Tópicos Especiais de Análise de Balanços

Tópicos Especiais de Análise de Balanços Tópicos Especiais de Análise de Balanços 1- ECONÔMICO X FINANCEIRO Talvez não existam palavras mais empregadas no mundo dos negócios do que econômico e financeiro. Econômico: Refere-se a lucro, no sentido

Leia mais

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO Bertolo Administração Financeira & Análise de Investimentos 6 CAPÍTULO 2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO No capítulo anterior determinamos que a meta mais

Leia mais

PESQUISA DE JUROS. Estas reduções podem ser atribuídas aos fatores abaixo:

PESQUISA DE JUROS. Estas reduções podem ser atribuídas aos fatores abaixo: PESQUISA DE JUROS Após longo período de elevação das taxas de juros das operações de crédito, as mesmas voltaram a ser reduzidas em setembro/2014 interrompendo quinze elevações seguidas dos juros na pessoa

Leia mais

NBC T 19.4 - Subvenção e Assistência Governamentais Pronunciamento Técnico CPC 07

NBC T 19.4 - Subvenção e Assistência Governamentais Pronunciamento Técnico CPC 07 NBC T 19.4 - Subvenção e Assistência Governamentais Pronunciamento Técnico CPC 07 José Félix de Souza Júnior Objetivo e Alcance Deve ser aplicado na contabilização e na divulgação de subvenção governamental

Leia mais

Marketing Prof. Sidney Leone. Hoje Você Aprenderá: Ferramentas. Gestão Financeira: Planejamento Financeiro

Marketing Prof. Sidney Leone. Hoje Você Aprenderá: Ferramentas. Gestão Financeira: Planejamento Financeiro Marketing Prof. Sidney Leone Gestão Financeira: Planejamento Financeiro Hoje Você Aprenderá: Demonstrativos financeiros da empresa (Balanço Patrimonial, DRE, DMPL etc...) Análise econômicofinanceira.(fluxo

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º, DE 2002

PROJETO DE LEI N.º, DE 2002 PROJETO DE LEI N.º, DE 2002 (Do Sr. Augusto Nardes) Institui o Fundo de Desenvolvimento da Empresa de Micro e de Pequeno Porte - Banco do Pequeno Empresário, e dá outras providências. O Congresso Nacional

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 5 Balanço Patrimonial

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 5 Balanço Patrimonial 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Balanço Patrimonial Tópicos do Estudo Introdução Representação gráfica. Ativo. Passivo. Patrimônio Líquido. Outros acréscimos ao Patrimônio Líquido (PL) As obrigações

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) 1 de 5 31/01/2015 14:52 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para todas as sociedades de capital aberto

Leia mais

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.133/08 Aprova a NBC T 16.6 Demonstrações Contábeis. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, CONSIDERANDO a internacionalização das

Leia mais

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV INVESTIMENTOS Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV Uma questão de suma importância para a consolidação e perenidade de um Fundo de Pensão é a sua saúde financeira, que garante

Leia mais

INSTRUÇÃO CVM Nº 51, DE 09 DE JUNHO DE 1986.

INSTRUÇÃO CVM Nº 51, DE 09 DE JUNHO DE 1986. INSTRUÇÃO CVM Nº 51, DE 09 DE JUNHO DE 1986. Regulamenta a concessão de financiamento para compra de ações pelas Sociedades Corretoras e Distribuidoras. O Presidente da Comissão de Valores Mobiliários

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS»CONTABILIDADE «

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS»CONTABILIDADE « CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS»CONTABILIDADE «21. A respeito das funções da Contabilidade, tem-se a administrativa e a econômica. Qual das alternativas abaixo apresenta uma função econômica? a) Evitar erros

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 03 O objetivo da Empresa e as Finanças Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO O objetivo da Empresa e as Finanças... 3 1. A relação dos objetivos da Empresa e as

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 4.263, DE 05 DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre as condições de emissão de Certificado de Operações Estruturadas (COE) pelas instituições

RESOLUÇÃO Nº 4.263, DE 05 DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre as condições de emissão de Certificado de Operações Estruturadas (COE) pelas instituições RESOLUÇÃO Nº 4.263, DE 05 DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre as condições de emissão de Certificado de Operações Estruturadas (COE) pelas instituições financeiras que especifica. O Banco Central do Brasil,

Leia mais

Contabilização de planos de benefícios segundo o CPC 33 Benefícios a empregados (IAS 19)

Contabilização de planos de benefícios segundo o CPC 33 Benefícios a empregados (IAS 19) Contabilização de planos de benefícios segundo o CPC 33 Benefícios a empregados (IAS 19) Classificação, contabilização de planos de contribuição definida e introdução aos planos de benefício definido.

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 01 Finanças e Empresas Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO Finanças e Empresas... 3 1. Introdução a Administração Financeira... 3 2. Definições... 3 2.1. Empresas...

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO ESTRATÉGICA DE FINANÇAS 1 JUSTIFICATIVA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO ESTRATÉGICA DE FINANÇAS 1 JUSTIFICATIVA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO ESTRATÉGICA DE FINANÇAS 1 JUSTIFICATIVA A atividade empresarial requer a utilização de recursos financeiros, os quais são obtidos na forma de crédito e de

Leia mais

ROBSON ZANETTI & ADVOGADOS ASSOCIADOS AS HOLDINGS COMO ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS, PROTEÇÃO PATRIMONIAL E SUCESSÃO FAMILIAR

ROBSON ZANETTI & ADVOGADOS ASSOCIADOS AS HOLDINGS COMO ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS, PROTEÇÃO PATRIMONIAL E SUCESSÃO FAMILIAR AS HOLDINGS COMO ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS, PROTEÇÃO PATRIMONIAL E SUCESSÃO FAMILIAR Robson Zanetti Advogados 1 1. Origem legal da holding no Brasil Lei nº. 6.404 (Lei das S/A s). No Brasil as holdings surgiram

Leia mais

Crédito. Adm. Geral. Para que Estudar Análise de Investimento e Financiamento? Título da aula: Decisões de Investimento e Financiamento I

Crédito. Adm. Geral. Para que Estudar Análise de Investimento e Financiamento? Título da aula: Decisões de Investimento e Financiamento I Adm. Geral Prof. Marcelo dos Santos Título da aula: Decisões de Investimento e Financiamento I Para que Estudar Análise de Investimento e Financiamento? Garantir melhores decisões financeiras na empresa;

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL DE GIRO NAS EMPRESAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL DE GIRO NAS EMPRESAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ KATTH KALRY NASCIMENTO DE SOUZA Artigo apresentado ao Professor Heber Lavor Moreira da disciplina de Análise dos Demonstrativos Contábeis II turma 20, turno: tarde, do curso

Leia mais

DECIFRANDO O CASH FLOW

DECIFRANDO O CASH FLOW Por: Theodoro Versolato Junior DECIFRANDO O CASH FLOW Para entender melhor o Cash Flow precisamos entender a sua origem: Demonstração do Resultado e Balanço Patrimonial. O Cash Flow é a Demonstração da

Leia mais

SONHOS AÇÕES. Planejando suas conquistas passo a passo

SONHOS AÇÕES. Planejando suas conquistas passo a passo SONHOS AÇÕES Planejando suas conquistas passo a passo Todo mundo tem um sonho, que pode ser uma viagem, a compra do primeiro imóvel, tranquilidade na aposentadoria ou garantir os estudos dos filhos, por

Leia mais

O que é Patrimônio? O PATRIMÔNIO: CONCEITOS E INTERPRETAÇÕES 14/08/2015 O PATRIMÔNIO

O que é Patrimônio? O PATRIMÔNIO: CONCEITOS E INTERPRETAÇÕES 14/08/2015 O PATRIMÔNIO O PATRIMÔNIO: CONCEITOS E INTERPRETAÇÕES Danillo Tourinho Sancho da Silva, MSc O que é Patrimônio? O PATRIMÔNIO Patrimônio é o conjunto de posses, a riqueza de uma pessoa, quer seja ela física ou jurídica,

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

OS IMPACTOS DA FILOSOFIA JIT SOBRE A GESTÃO DO GIRO FINANCIADO POR CAPITAL DE TERCEIROS

OS IMPACTOS DA FILOSOFIA JIT SOBRE A GESTÃO DO GIRO FINANCIADO POR CAPITAL DE TERCEIROS http://www.administradores.com.br/artigos/ OS IMPACTOS DA FILOSOFIA JIT SOBRE A GESTÃO DO GIRO FINANCIADO POR CAPITAL DE TERCEIROS DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração

Leia mais

Securitização De Créditos Imobiliários

Securitização De Créditos Imobiliários Securitização De Créditos Imobiliários Operações Imobiliárias A 1. O que é securitização de créditos imobiliários? Securitização é um processo estruturado, coordenado por uma instituição especializada

Leia mais

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis Introdução As empresas de seguros são estruturas que apresentam características próprias. Podem se revestir

Leia mais

A FUNÇÃO CONTROLE. Orientação do controle

A FUNÇÃO CONTROLE. Orientação do controle A FUNÇÃO CONTROLE O controle é a ultima função da administração a ser analisadas e diz respeito aos esforços exercidos para gerar e usar informações relativas a execução das atividades nas organizações

Leia mais

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE GERÊNCIA DE CONTROLE DE TESOURARIA ANÁLISE DE RISCO OPERACIONAL RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG Belo Horizonte 01 de Julho de 2008 1 SUMÁRIO 1. Introdução...02

Leia mais

Risco de Crédito. Risco de Crédito. 1. Estrutura de Gerenciamento de Risco de Crédito

Risco de Crédito. Risco de Crédito. 1. Estrutura de Gerenciamento de Risco de Crédito 1. Estrutura de Gerenciamento de Em observância à resolução 3.721/2009 do Banco Central do Brasil, o Banco GMAC S.A, doravante denominado Chevrolet Serviços Financeiros, instituiu sua estrutura de gerenciamento

Leia mais

Programas de Auditoria para Contas do Ativo

Programas de Auditoria para Contas do Ativo Programas de Auditoria para Contas do Ativo ATIVO CIRCULANTE Auditoria Contábil PASSIVO E PATRIMÔMIO LÍQUIDO CIRCULANTE Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras Contas a Receber Estoques Impostos a Recuperar

Leia mais

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6 Bacharelado em CIÊNCIAS CONTÁBEIS Parte 6 1 NBC TG 16 - ESTOQUES 6.1 Objetivo da NBC TG 16 (Estoques) O objetivo da NBC TG 16 é estabelecer o tratamento contábil para os estoques, tendo como questão fundamental

Leia mais

CPC 25 Provisões, Passivos e Ativos Contingentes

CPC 25 Provisões, Passivos e Ativos Contingentes Resumo Objetivo Estabelecer que sejam aplicados critérios de reconhecimento e bases de mensuração apropriados a provisões e a passivos e ativos contingentes e que seja divulgada informação suficiente nas

Leia mais

FAPAN Faculdade de Agronegócio de Paraíso do Norte

FAPAN Faculdade de Agronegócio de Paraíso do Norte TEORIA DA CONTABILIDADE 1. CONTA: Conta é o nome técnico que identifica cada componente patrimonial (bem, direito ou obrigação), bem como identifica um componente de resultado (receita ou despesas). As

Leia mais

Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis Imobiliários CRI. Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI

Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis Imobiliários CRI. Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI Certificado de Recebíveis Imobiliários Instrumento de captação de recursos e de investimentos no mercado imobiliário O produto O Certificado

Leia mais

Aula 1 - Montagem de Fluxo de Caixa de Projetos

Aula 1 - Montagem de Fluxo de Caixa de Projetos Avaliação da Viabilidade Econômico- Financeira em Projetos Aula 1 - Montagem de Fluxo de Caixa de Projetos Elias Pereira Apresentação Professor Alunos Horário 19:00h às 23:00 h com 15 min. Faltas Avaliação

Leia mais

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL Aspectos Contabilidade Pública Contabilidade Geral Legislação Lei nº 4.320/64 Lei nº 6.404/76 Princípios PFC e Princípios PFC

Leia mais

ATIVO Explicativa 2012 2011 PASSIVO Explicativa 2012 2011

ATIVO Explicativa 2012 2011 PASSIVO Explicativa 2012 2011 ASSOCIAÇÃO DIREITOS HUMANOS EM REDE QUADRO I - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Em reais) Nota Nota ATIVO Explicativa PASSIVO Explicativa CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 4 3.363.799

Leia mais

2. Operações de Venda ou de Transferência de Ativos Financeiros

2. Operações de Venda ou de Transferência de Ativos Financeiros TÍTULO : PLANO CONTÁBIL DAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - COSIF 1 35. Instrumentos Financeiros 1. Conceitos 1 - Para fins de registro contábil, considera-se: (Res 3534 art 2º) a) instrumento

Leia mais

Objetivos e Riscos. ...todo investimento envolve uma probabilidade de insucesso, variando apenas o grau de risco.

Objetivos e Riscos. ...todo investimento envolve uma probabilidade de insucesso, variando apenas o grau de risco. Objetivos e Riscos Antes de investir é necessário ter em mente que há risco em qualquer investimento. O mercado financeiro pode lhe ajudar a multiplicar a sua poupança (não necessariamente a conta de poupança,

Leia mais

1. Função Financeira 2. Modelo Sistêmico da Função Financeira 3. Principais Atribuições do Administrador Financeiro

1. Função Financeira 2. Modelo Sistêmico da Função Financeira 3. Principais Atribuições do Administrador Financeiro 3. Função Financeira Conteúdo 1. Função Financeira 2. Modelo Sistêmico da Função Financeira 3. Principais Atribuições do Administrador Financeiro 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Introdução à Administração

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

AULA 02. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional. Subsistema Operativo I

AULA 02. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional. Subsistema Operativo I AULA 02 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional Subsistema Operativo I Subsistema Operativo No Sistema Financeiro Nacional, o subsistema operativo trata da intermediação, do suporte operacional e da administração.

Leia mais

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil. Avaliação e Mensuração de Bens Patrimoniais em Entidades do Setor Público 1. DEFINIÇÕES Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior

Leia mais

CIRCULAR Nº 2824. Documento normativo revogado pela Circular 3386, de 16/11/2008.

CIRCULAR Nº 2824. Documento normativo revogado pela Circular 3386, de 16/11/2008. CIRCULAR Nº 2824 Documento normativo revogado pela Circular 3386, de 16/11/2008. Altera procedimentos para reavaliação de imóveis de uso próprio por parte de instituições financeiras, demais instituições

Leia mais

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Unidade II ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Prof. Jean Cavaleiro Introdução Essa unidade tem como objetivo conhecer a padronização das demonstrações contábeis. Conhecer os Índices Padrões para análise;

Leia mais

Contabilidade Financeira

Contabilidade Financeira Contabilidade Prof. Dr. Alvaro Ricardino Módulo: Contabilidade Básica aula 04 Balanço Patrimonial: Grupo de Contas II Aula 4 Ao final desta aula você : - Conhecerá os grupos de contas do Ativo e Passivo.

Leia mais

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.0 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Qual o objetivo das empresas para a administração financeira? Maximizar valor de mercado da empresa; Aumentar a riqueza dos acionistas.

Leia mais

Contabilidade no Setor Público para Concursos: Aula 01. Princípios de Contabilidade sob Perspectiva do Setor Público

Contabilidade no Setor Público para Concursos: Aula 01. Princípios de Contabilidade sob Perspectiva do Setor Público Contabilidade no Setor Público para Concursos: Aula 01 Princípios de Contabilidade sob Perspectiva do Setor Público Princípios de contabilidade: Entidade Continuidade Oportunidade Registro pelo valor original

Leia mais

AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS INDICADORES ECONÔMICO- FINANCEIROS: IMPORTANTE CONHECIMENTO NAS TOMADAS DE DECISÕES.

AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS INDICADORES ECONÔMICO- FINANCEIROS: IMPORTANTE CONHECIMENTO NAS TOMADAS DE DECISÕES. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ UFPA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS INDICADORES ECONÔMICO- FINANCEIROS: IMPORTANTE CONHECIMENTO

Leia mais

ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS

ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS PAULO NAZARENO CARDOSO DA SILVA GRADUANDO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS UNIVERSIDADE

Leia mais

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Unidade II FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Prof. Jean Cavaleiro Objetivos Ampliar a visão sobre os conceitos de Gestão Financeira; Conhecer modelos de estrutura financeira e seus resultados; Conhecer

Leia mais

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI Prof. Fernando Rodrigues Nas empresas atuais, a Tecnologia de Informação (TI) existe como uma ferramenta utilizada pelas organizações para atingirem seus objetivos.

Leia mais

Parte V Financiamento do Desenvolvimento

Parte V Financiamento do Desenvolvimento Parte V Financiamento do Desenvolvimento CAPÍTULO 9. O PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOS CAPÍTULO 10. REFORMAS FINANCEIRAS PARA APOIAR O DESENVOLVIMENTO. Questão central: Quais as dificuldades do financiamento

Leia mais

Para poder concluir que chegamos a: a) registrar os eventos; b) controlar o patrimônio; e c) gerar demonstrações

Para poder concluir que chegamos a: a) registrar os eventos; b) controlar o patrimônio; e c) gerar demonstrações Contabilidade: é objetivamente um sistema de informação e avaliação, destinado a prover seus usuários com demonstrações e análise de natureza econômica financeira. tratar as informações de natureza repetitiva

Leia mais

A moeda possui três funções básicas: Reserva de Valor, Meio de troca e Meio de Pagamento.

A moeda possui três funções básicas: Reserva de Valor, Meio de troca e Meio de Pagamento. 29- A lógica da composição do mercado financeiro tem como fundamento: a) facilitar a transferência de riscos entre agentes. b) aumentar a poupança destinada a investimentos de longo prazo. c) mediar as

Leia mais

Gerenciamento do Risco de Crédito

Gerenciamento do Risco de Crédito Gerenciamento do Risco de Crédito Documento TESTE INTRODUÇÃO O Conselho Monetário Nacional (CMN), por intermédio da Resolução no. 3.721 do Banco Central do Brasil (BACEN), determinou às instituições financeiras

Leia mais