A ANÁLISE DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA COMO FATOR CONDICIONANTE PARA A PERMANÊNCIA EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

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1 1 A ANÁLISE DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA COMO FATOR CONDICIONANTE PARA A PERMANÊNCIA EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA VANESSA LOPES VASCONCELOS 1 CLÉCIA DO NASCIMENTO ALMEIDA 2 KEILIANE GOUVEIA PEREIRA 3 Resumo: O objetivo do presente artigo é fazer uma demonstração através de pesquisas bibliográficas sobre a situação de mulheres que vivem sob violência doméstica, além de abordar os possíveis motivos que se tornem obstáculo para a manutenção da convivência nesse ciclo, com enfoque na dependência econômico-financeira em relação aos respectivos cônjuges ou companheiros. Palavras-chave: Violência doméstica. Fatores. Dependência econômica. INTRODUÇÃO A Lei de 07 de agosto de 2006 foi um importante dispositivo criado para tornar mais severas as punições em crimes cometidos em ambiente familiar contra a mulher. Recebe popularmente o nome de Lei Maria da Penha em homenagem a uma farmacêutica, Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu violências do marido durante 23 anos, o professor universitário colombiano Marco Antonio Heredia Viveros. Ele tentou matá-la por duas vezes, a primeira delas, inclusive, deixou-a paraplégica, devido a um tiro de espingarda e a segunda, por eletrocussão e afogamento. Maria da Penha, depois da segunda tentativa, tomou coragem de denunciá-lo. Ela, juntamente com o Centro pela Justiça pelo Direito Internacional e o Comitê Latino - Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM) 1 Professora Orientadora, Mestre em Ciências Jurídico-Internacional pela Universidade de Lisboa. Orientadora do Projeto de pesquisa Marias Sobralenses. Professora de Direito da Faculdade Luciano Feijão (FLF). vanessavasconcelos85@gmail.com 2 Graduanda do 8º Período do Curso de Direito da Faculdade Luciano Feijão (FLF). Pesquisadora voluntária do Projeto de Pesquisa Marias Sobralenses. clecia.almeida08@gmail.com 3 Graduanda do 8º Período do Curso de Direito da Faculdade Luciano Feijão (FLF). Pesquisadora voluntária do Projeto de Pesquisa Marias Sobralenses.

2 2 realizaram uma denúncia na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, onde o Brasil foi condenado, sobretudo, por não dispor de meios eficazes de combater a violência doméstica contra a mulher (BLUME, Bruno. 2015) O assunto merece atenção na medida em que há uma forte tendência em banalizar a violência, corroborada pela presença marcante de uma sociedade patriarcal e machista, ainda muito cercada de tabus. A própria ONU reconhece que a violência doméstica é a violação dos direitos humanos mais tolerada do mundo. (MLAMBO-NGCUKA, Phumzile. 2015) A escolha pelo tema e a pesquisa em si partem de um objetivo que vai além da mera coleta de dados e divulgação de resultados. Busca-se, na verdade, realizar um trabalho, juntamente com o grupo de pesquisa voltado para o estudo da violência doméstica e familiar contra a mulher, de conscientização da sociedade de que esse é um problema de todos, tendo em vista que a violência doméstica atravessa classes sociais e independe de orientação religiosa, cultural, sexual, entre outras. METODOLOGIA O presente estudo foi realizado através de pesquisas bibliográficas e dados estatísticos mencionados nas bibliografias. Foi feita abordagem investigativa sobre a existência, de fato, de dependência econômica da mulher como um dos fatores que a desencoraja de sair de uma situação de violência doméstica. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Lei de 07 de agosto de 2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, foi um importante mecanismo criado para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, além de dispor sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, alterou o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal.

3 3 A Violência Doméstica vem devidamente conceituada na referida lei, onde dispõe em seu art. 5º que, para que surtam seus efeitos, se configura como Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher: [...] qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial... independentemente de coabitação... ou de orientação sexual. (BRASIL, 2006) Portanto, existem cinco formas definidas pela lei como violência doméstica: a violência física, a sexual, a psicológica, a patrimonial e a moral e, na maioria das vezes, ocorrem de maneira combinada. Utilizando dados nacionais obtidos pelo Mapa da Violência 2012 atualização: Homicídios de Mulheres no Brasil duas em cada três pessoas atendidas no SUS em razão de violência doméstica ou sexual são mulheres; e em 51,6% dos atendimentos foi registrada reincidência no exercício da violência contra a mulher. O SUS atendeu mais de 70 mil mulheres vítimas de violência em ,8% dos casos ocorreram no ambiente doméstico. Em pesquisa realizada pela OMS - Estudio Multipaís De La OMS Sobre Salud De La Mujer Y Violencia Doméstica Contra La Mujer (OMS, 2002) - variam entre 10% e 52% em 10 países pesquisados a taxa de mulheres que foram agredidas por seus parceiros em algum momento de suas vidas. Já na pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão sobre a Percepção Da Sociedade Sobre A Violência Doméstica - Violência e Assassinatos da Mulher revelou que 54% das pessoas conhecem uma mulher que já foi agredida por um parceiro e 56% conhecem um homem que já agrediu uma parceira É importante ressaltar que a vítima da violência tem de ser necessariamente uma mulher, enquanto o agressor pode ser homem ou mulher, pode ser o companheiro, excompanheiro, marido, ex-marido, pai, mãe, irmão, irmã, padrasto, madrasta, filho, filha, sogro, sogra, cunhado, cunhada, etc., entretanto, o presente artigo irá se limitar apenas aos relacionamentos amorosos. A maioria das pesquisas apontam os mesmos fatores como causas da violência doméstica. Não se tratam de motivos, propriamente ditos, pelos quais as agressões se repitam, e sim de desencadeadores destas, na maioria das vezes a violência se inicia devido a

4 4 algum desses fatores, quais sejam: ciúmes, ser contrariado (homens), ingestão de álcool e traição. Tais fatores também foram observados em um estudo feito por Deeke (2009, p. 250) elaborado a partir de uma pesquisa descritivo-exploratória com abordagem qualitativa com trinta casais, entre outubro de 2006 e janeiro de 2007, cujas mulheres haviam registrado queixas por agressões por parte de seus companheiros na Delegacia da Mulher de Florianópolis-SC. A análise sobre o uso de medicamentos e outras substâncias antes ou após a agressão em razão da violência apresentou o álcool como sendo um dos mais recorrentes, em 30% dos entrevistados, demonstrando, portanto, que a ingestão de bebidas alcoólicas se apresenta como um importante fator de risco para a violência doméstica (DEEKE, 2009). No Dossiê de Violência Contra as Mulheres, um dossiê digital criado para contribuir com a divulgação de informações e debates sobre a violência contra as mulheres, aponta também como causas: os papéis rígidos e discriminatórios que criam desigualdades nas relações e, novamente, o uso do álcool, com a atenção para este último de que não seria causa como mencionado anteriormente, nem poderia ser usado como justificativa para uma agressão, mas sim um desencadeador de brigas e agressões. (Agência Patrícia Galvão, 2016) Existem algumas indagações que naturalmente surgem quando se está diante de uma situação de violência doméstica, como por exemplo, o que leva a mulher a se prolongar em um relacionamento considerado demasiadamente abusivo? Ou mesmo, por que motivo ela não põe um fim no relacionamento? Por que não denuncia o agressor? Dentre muitas outras. Muito embora pareça simples, a situação é bem delicada. Quanto a permanência em relacionamentos abusivos, muitas vezes, não é fácil identificá-lo como tal, ou talvez até seja, mas difícil de ser admitido por quem viva a relação. Muitas vezes, a mulher até reconhece que está vivendo sob controle, submissão e humilhações constantes por parte do companheiro ou marido, mas acredita cegamente na sua mudança. Além disso, a própria cultura e os costumes corroboram para a ideia de que é só uma briga de casal. A mulher geralmente é levada por um sentimento de expectativa e esperança na transformação do comportamento do parceiro, e o homem, por outro lado, tende a minimizar as agressões a

5 5 algo comum, como pode ser observado no relato de um homem entrevistado na pesquisa de Deeke (2009): No presente estudo, verificou-se que o relato dos homens minimiza as frequências e desqualifica várias formas de agressão apontadas no relato das mulheres. Era comum, para os homens, justificar que atos de agressão física e verbal são comuns entre casais, que a denúncia era injusta e que as parceiras também os agridem. De forma geral, os homens não aceitavam estar na delegacia prestando depoimento, conforme coloca Mário: Eu acho que briga de casal todo mundo tem. Tais situações se iniciam relativamente pequenas, até alcançarem grandes proporções. Além do mais, tendo em vista que não existe um perfil determinado para o agressor, como relata o Dossiê de Violência Doméstica, qualquer relacionamento pode vir a se tornar abusivo. Pôr um fim no relacionamento envolvem vários fatores que acabam corroborando para a manutenção da mulher em uma situação de violência, tais como: a cultura patriarcal, de maneira que a mulher considere a situação como normal, em que esta deva obediência ao marido; o fato de terem filhos comuns e a mulher na maioria das vezes considerar o agressor um bom pai ; o ciclo de violência se perpetua na medida em que a mulher sempre espera a melhora do companheiro, ou até mesmo quando a mulher corre risco de morte. Além desses, indaga-se também se o fator econômico ou mesmo o grau de intelectualidade da mulher exerce de fato um obstáculo para a sua manutenção em situação de violência doméstica. De acordo com MADUREIRA (2014, p. 602) em uma pesquisa retrospectiva documental, realizada mediante apreciação de 130 Autos de Prisão, analisados pela estatística descritiva, com objetivo de traçar o perfil do agressor em um município da região central do Estado do Paraná: [...] as mulheres vítimas tinham entre 9 a 77 anos, porém, a maior incidência ocorreu entre as adultas jovens de 20 a 59 anos. 93,1% delas eram alfabetizadas, prevalecendo a baixa escolaridade. 65,4% eram, financeiramente, dependentes do agressor. (MADUREIRA, 2014) Já Deeke (2007), identificou 79,9% das mulheres inseridas no mercado de trabalho e, dessas, somente 16,7% na informalidade, [...] chama-nos a atenção a alta proporção de

6 6 mulheres formalmente empregadas, quando se compara, por exemplo, com os achados de Adeodato e colaboradores (2005) Em um trabalho desenvolvido com Mulheres Camponesas a respeito da violência doméstica, ressaltou-se que, embora a violência não decorresse diretamente da dependência econômica da mulher em relação ao parceiro, esse era um fator que se se somava a outros fatores socioculturais, agravando a situação (TABOAS, 2014). Em uma das falas da coordenadora do MMC (Movimento das Mulheres Camponesas), ela explica que a todo tempo busca desenvolver políticas públicas que contribuam para a autonomia econômico-financeira das mulheres, pois de nada adianta criar mecanismos de combate a violência contra a mulher, se esta vive em completa dependência financeira do homem (TABOAS, 2014). Outro fator importante observado pela pesquisa era a questão do medo, o medo de reagir à violência era uma justificativa para não denunciar e continuar na situação. É um fator de relevante importância tendo em vista que muitas mulheres são ameaçadas de morte pelo companheiro. (TABOAS, 2014). CONCLUSÃO Maior parte das pesquisas demonstram que, de fato, ainda existe uma dependência econômico-financeira muito grande da mulher em relação ao marido ou companheiro. Esta pode ser ainda mais agravada com a desigualdade presente nas relações de trabalho da mulher em comparação aos homens, que geralmente ganham mais. Apesar disso, embora seja um obstáculo a mais para a manutenção em situação de violência doméstica, não chega a ser um dos fatores mais alegado por elas. A existência de filhos comuns e a ameaça de morte por parte do companheiro aparecem muito mais quando o ponto crucial da questão é pôr um fim no relacionamento. Portanto, além da conscientização que deve ser trabalhada com a sociedade quanto ao repúdio a qualquer tipo de violência contra a mulher, poderia haver um investimento

7 7 maior no que diz respeito a prevenção ou recuperação das pessoas envolvidas nessa situação, como a justiça restaurativa, sobretudo dando ênfase ao agressor, que oferece maiores riscos à vítima. REFERÊNCIAS BLUME, Bruno. Politize. 5 Pontos Sobre A Lei Maria Da Penha Disponível em: Acesso em 12 de maio de BRASIL. Lei nº , de 7 de agosto de Planalto. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. DEEKE, Leila Platt. A Dinâmica da Violência Doméstica: uma análise a partir dos discursos da mulher agredida e de seu parceiro. Saúde Soc. São Paulo, v.18, n.2, p , AGÊNCIA PATRICIA GALVÃO. Dossiê Violência Contra as Mulheres, Disponível em: Acesso em 12 de maio de MADUREIRA, Alexandra Bittencourt; RAIMONDO, Maria Lúcia. Perfil De Homens Autores De Violência Contra Mulheres Detidos Em Flagrante: Contribuições Para O Enfrentamento. Esc Anna Nery;18(4): p , TÁBOAS, Ísis Dantas Menezes Zornoff. Viver Sem Violência Doméstica E Familiar: A Práxis Feminista Do Movimento De Mulheres Camponesas. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, pag , 2014.

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