MONITORAMENTO DA FAUNA DE VERTEBRADOS TERRESTRES UHE MAUÁ
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- Tiago de Miranda Amado
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1 MONITORAMENTO DA FAUNA DE VERTEBRADOS TERRESTRES UHE MAUÁ Monitoramento Durante o Enchimento do Reservatório
2 COORDENAÇÃO E EXECUÇÃO Equipe Técnica Alberto Urben-Filho Biólogo, CRBio: D, CTF: Coordenação técnica Geral Marcelo Alejandro Villegas Vallejos Biólogo, CRBio: D, CTF: Avifauna Gilberto Alves de Souza Filho Biólogo, CRBio: D, CTF: Reptiliofauna Fernando José Venâncio Biólogo, CRBio: /07D, CTF: Mastozoofauna Lucas Ribeiro Mariotto Biólogo, CRBio: /07D, CTF: Anfibiofauna
3 REVISÃO E ORGANIZAÇÃO EDITORIAL Marcelo Alejandro Villegas Vallejos Alberto Urben-Filho Fernando Costa Straube (Técnico, CTF: ) TÉCNICOS COLABORADORES Carlos Eduardo Conte Gledson Vigiano Bianconi Leonardo Rafael Deconto Albert Gallon de Aguiar Alexandre C. de Azevedo Beatrice S. B. dos Santos Conrado Augusto Vieira Crasso Paulo Bosco Breviglieri Cristiano de Carvalho Daniel Son Danilo José Vieira Capela Darlene da Silva Gonçalves Débora Regina Zancanaro Elaine Cristina Bornancin AUXILIARES DE CAMPO Jadna Cristina Dittrich Silva Janael Ricetti Josias Alan Rezzini Marcelo Augusto da Silva Marcus Castilho Michele Fernandes Gonçalves Nelson Rodrigues da Silva Simone de Andrade Tamara Molin Tony Andrey Bichinski Teixeira Urubatan M. Skerrat Suckow COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA (COPEL) Júlia Azevedo Santos Representante técnica da Copel (Cláusula XIII, item 5, Contrato CCC-Copel n 43311/2009) Bióloga, CRBio 45250/07 Referenciação sugerida: HORI Monitoramento da Fauna de Vertebrados Terrestres na UHE Mauá: Monitoramento Durante o Enchimento do Reservatório, (julho de 2012). Curitiba, Hori Consultoria Ambiental e Copel Geração e Distribuição. Relatório técnico de distribuição restrita. 55 pp.
4 SUMÁRIO I.EMENTA 8 II. INFORMAÇÕES COLETADAS EM CAMPO 9 II.1. Avifauna 9 II.2. Reptiliofauna 11 II.3. Mastozoofauna 13 II.4. Anfibiofauna 17 III. SÍNTESE COMPARATIVA DO MONITORAMENTO 18 III.1. Avifauna 18 III.2. Reptiliofauna 20 III.3. Mastozoofauna 21 III.4. Anfibiofauna 25 IV. ASPECTOS ANALÍTICOS EM DESENVOLVIMENTO 28 V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LITERATURA CONSULTADA 30 VI. APÊNDICES 31 VII. ANEXOS 39 UHE Mauá
5 LISTA DE FIGURAS INFORMAÇÕES COLETADAS EM CAMPO FIGURA II.2.1. Répteis registrados ao final da 16ª campanha do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres - UHE Mauá. 11 FIGURA II.3.1. Destinação final dos pequenos mamíferos não voadores amostrados nas unidades durante a 16ª campanha do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 13 FIGURA II.3.2. Espécies de roedores mais abundantes nas capturas da 16ª campanha do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres - UHE Mauá. 14 FIGURA II.3.3. Número de passagens de morcegos registrados com auxilio do detector de ultrassom na 16ª campanha em cada sítio amostral do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 16 SÍNTESE COMPARATIVA DO MONITORAMENTO FIGURA III.3.2. Número de passagens de morcegos registrados ao longo das campanhas do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 22 FIGURA III.3.1. Abundância relativa de pequenos mamíferos não voadores capturados em cada campanha ao longo das amostragens do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 24 FIGURA III.4.1. Riqueza de espécies e abundância de indivíduos registrados nas três campanhas realizadas nos meses de julho de 2010, 2011 e 2012, respectivamente 6ª, 14ª e 16ª campanhas. 26 FIGURA III.4.3. Anfíbios registrados no reservatório em enchimento da UHE Mauá. Rhinella abei e Leptodactylus latrans. 27 UHE Mauá
6 LISTA DE TABELAS INFORMAÇÕES COLETADAS EM CAMPO TABELA II.4.1. Famílias e espécies de anfíbios registrados na 16ª campanha do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres - UHE Mauá. 13 TABELA II.3.1. Esforço amostral despendido no estudo dos pequenos mamíferos não voadores por método do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 15 TABELA II.3.2. Número de capturas por espécies de pequenos mamíferos não voadores por unidade amostral durante o Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 15 TABELA II.3.3. Esforço amostral despendido no estudo dos pequenos mamíferos voadores por etapa do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 17 SÍNTESE COMPARATIVA DO MONITORAMENTO TABELA III.1.1. Métricas ecológicas da avifauna das três unidades amostrais, computadas a partir dos dados de pontos de escuta, comparando os esforços das três etapas do monitoramento. 18 TABELA III.1.2. Síntese da amostragem com redes-de-neblina comparando os resultados obtidos nas linhas A e B entre os períodos pré-impacto, durante a supressão da vegetação e duranto o enchimento do reservatório. 19 TABELA III.2.1. Esforço amostral, riqueza e abundância de répteis por método ao longo das etapas do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 20 TABELA III.4.1. Famílias e espécies de anfíbios encontrados em cada etapa do do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres - UHE Mauá. 25 TABELA III.4.2. Espécies registradas nos três meses de julho de 2010, 2011 e 2012, respectivamente 6ª, 14ª e 16ª campanha. 27 UHE Mauá
7 APÊNDICES APÊNDICE 1. Métodos e procedimentos relacionados ao estudo da avifauna no Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 31 APÊNDICE 2. Algumas aves registradas na região do empreendimento UHE Mauá. 32 APÊNDICE 3. Répteis registrados na região do empreendimento UHE Mauá. 33 APÊNDICE 4. Métodos empregados para o registro de mamíferos no Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 34 APÊNDICE 5. Alguns mamíferos capturados na região do empreendimento UHE Mauá. 35 APÊNDICE 6. Alguns mamíferos registrados em armadilhas fotográficas na região do empreendimendo UHE Mauá. 36 APÊNDICE 7. Alguns anfíbios registrados na região do empreendimento UHE Mauá. 37 ANEXOS ANEXO 1. Certificado de regularidade Urben-Filho & Straube Consultores (pessoa jurídica) junto ao Cadastro Técnico Federal IBAMA. 39 ANEXO 2. Autorização para captura, coleta e transporte de material biológico IBAMA n 007/ ANEXO 3. Carta de intenção de recebimento de material biológico proveniente dos estudos de monitoramento da fauna nas áreas de influências da UHE Mauá emitido pelo Museu de História Natural Capão da Imbuia. 42 ANEXO 4. Anotações de Responsabilidade Técnica da equipe envolvida. 43 ANEXO 5. Certificados de Regularidade da equipe técnica envolvida (pessoas físicas) junto ao Cadastro Técnico Federal IBAMA. 48 ANEXO 6. Registro de Instrução de Segurança Ministrada à equipe técnica que compôs a 16ª campanha do Programa de Monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 53 ANEXO 7. Análise Preliminar de Riscos referente à 16ª campanha do Programa de Monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 54 TERMINOLOGIA: 1. Todas as coordenadas geográficas UTM apresentadas neste documento referem-se ao South American Datum 1969 (SAD 69) e, considerando a localização geográfica da área de estudo, ao Fuso 22 J. 2. A grafia dos horários do dia baseia-se na normatização do ISO-8601, indicando o momento cronológico associado à notação -03 ou -02 se, respectivamente, referente à correção UTC para os horários solar ou brasileiro de verão (BST). A mesma norma ISO é considerada para abreviações de datas. 3. A ortografia adotada segue a 5 a edição do VOCABULÁRIO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA (VOLP), publicado pela Academia Brasileira de Letras em março de UHE Mauá
8 I EMENTA O presente documento faz parte de uma série de relatórios técnicos que atendem a requisitos parciais do Contrato CCC-Copel N 43311/2009, celebrado entre a Copel Geração e Transmissão S.A. e a Urben-Filho e Straube Consultores S/S Ltda (Hori Consultoria Ambiental), o qual define os termos de serviços especializados para o monitoramento da fauna na região do empreendimento Usina Hidrelétrica (UHE) Mauá, compreendendo os quatro grupos de vertebrados terrestres silvestres (aves, répteis, mamíferos e anfíbios). O relatório encontra-se organizado sob a forma de um Relatório de Atividades, diferentemente dos documentos anteriores, em virtude do grande volume de informações coligidas durante a 16ª campanha. Estes dados estão sendo analisados em maior detalhamento e estas informações serão apresentadas em documento futuro. Esta campanha, realizada entre os dias 14 e 18 de julho de 2012, dá início à 3ª etapa do monitoramento, qual seja o acompanhamento dos impactos durante o enchimento do reservatório. Aqui são relatados os seguintes itens: Informações coletadas em campo Síntese comparativa do monitoramento Aspectos analíticos em desenvolvimento 8
9 II INFORMAÇÕES COLETADAS EM CAMPO II.1. Avifauna O inventário qualitativo geral culminou no registro de 149 espécies de aves em toda a área de estudo, das quais duas são novos registros no monitoramento (Falco peregrinus e Cyanoloxia brissonii) e uma nova documentação na macrorregião (Fluvicola nengeta). O falcão-peregrino (F.peregrinus) foi observado na Unidade Controle e trata-se de registro inusitado, pois é uma espécie migratória que usualmente arriba na região a partir da primavera e permanece até o início do outono. O azulão (C.brissonii) foi visto na Unidade Frente/APP em área desmatada forrageando em vegetação baixa próximo à borda de um remanescente florestal. Finalmente, a lavadeira-mascarada (F.nengeta), espécie em franca expansão de distribuição no Brasil, foi aferida na localidade de Lagoa, onde se registraram três indivíduos. Nos pontos de escuta acumularam-se 213 contatos de 63 espécies, sendo que o padrão de riqueza e abundância entre as unidades amostrais apresentou a mesma tendência verificada em campanhas anteriores. Nas redes-de-neblina ocorreram 60 capturas, sendo 13 recapturas, de 25 espécies, valores bastante elevados se consideradas as frequências relativas ao esforço amostral despendido. Na linha A o número de capturas foi bastante elevado, atingindo uma frequência de capturas de 28,2x10 - ³ ind/m².h; na linha B esse montante foi de 7,9x10 - ³ ind/m².h. Vale mencionar que várias das capturas são da cigarra-bambu (Haplospiza unicolor), espécie granívora tipicamente associada à frutificação de taquaras. Nesta campanha verificamos, na Unidade Frente/APP, a ocorrência de frutificação massiva de uma espécie de taquara ainda não determinada (talvez Chusquea sp.). No entanto, mesmo excluindo-se esta ave das análises a frequência de capturas permanece elevada na linha A. Tal resultado é indicativo de ainda grande número de aves ocupando este tipo de ambiente na área de estudo, mas análises mais detalhadas da composição e das recapturas poderão, futuramente, subsidiar interpretações mais embasadas. Quanto à avifauna noturna, verificou-se que o bacurau-ocelado (Nyctiphrynus ocellatus) manteve sua ocupação usual ao longo das transecções, ao passo que a coruja-listrada (Strix 9
10 hyklophila) não figurou em nenhum dos pontos. No caso da coruja é possível que seja um efeito do reservatório, uma vez que tanto esta espécie quanto a coruja-do-mato (S.virgata) foram registradas em áreas mais próximas ao nível de água e das áreas desmatadas, sugerindo que ali há abundância de recursos alimentares de mais fácil captura, fator que pode tê-las atraído às orlas do reservatório, esvaziando as porções mais altas dos remanescentes florestais. 10
11 II.2. Reptiliofauna Ao final da 16ª campanha, relativa ao início da etapa de monitoramento durante o enchimento do reservatório, foram registradas duas espécies pelo método da busca ativa, sendo que nenhuma das duas foi assinalada nas unidades amostrais, mas em outros pontos da área de influência indireta do empreendimento. As espécies registradas foram o lagarto Mabuya dorsivittata e a cascavel Crotalus durissus (FIGURA II.2.1). A primeira é um lagarto terrestre, diurno, vivíparo e de porte relativamente pequeno (até 22 cm de comprimento), que se alimenta de pequenos artrópodes e habita ambientes abertos, onde passa várias horas do dia expondo-se ao sol. A segunda é espécie peçonhenta de médio porte (atingindo cerca de 1,2 m de comprimento), possui hábitos terrestres, período de atividade predominantemente noturno, alimenta-se de roedores e, assim como M. dorsivittata, também ocupa ambientes abertos. a. sinco-dourado (Mabuya dorsivittata). b. cascavel (Crotalus durissus). FIGURA II.2.1. Répteis registrados ao final da 16ª campanha do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres - UHE Mauá. O baixo número de registros nesta campanha é grandemente decorrente das condições climáticas, uma vez que o estudo se iniciou no inverno. Por serem animais ectotérmicos, a temperatura corporal dos répteis se relaciona fortemente com a temperatura do ambiente. Em regiões de clima subtropical esses animais apresentam uma alteração no padrão de atividade e utilização de hábitat que é determinado pela oscilação da temperatura ambiental. Com isso, verifica-se que estas espécies apresentam um padrão de atividade sazonal, sendo mais facilmente observadas em épocas mais quentes do ano, quando estão mais ativos e, ao contrário, expondo-se com menos frequência em períodos frios. Padrão semelhante na 11
12 detectabilidade foi observado em etapas anteriores deste estudo, onde houve menor número de registros durante esta época do ano. O baixo número de registros não permite verificar a natureza e extensão dos efeitos do enchimento do reservatório sobre a comunidade reptiliana local, mas não implica na ausência de impactos, apenas que não foi possível detectá-los. Não obstante, a ausência de registros nas regiões em alagamento pode estar relacionado à supressão vegetacional realizada na etapa anterior. As espécies que ali residiam, predominantemente formas florestais, foram já afetadas afugentadas ou resgatadas pela supressão do ambiente florestal e, assim, não teriam a capacidade de recolonizar os ambientes abertos que surgiram posteriormente. 12
13 II.3. Mastozoofauna PEQUENOS MAMÍFEROS NÃO VOADORES Na contagem geral houve 264 capturas de 250 indivíduos, número excepcional de espécimes capturados em uma única campanha, sendo que mais de 53% desse total foi marcado e liberado. O esforço amostral desta etapa é ainda baixo comparativamente às demais etapas, e a amostragem e interpretação dos dados são ainda preliminares (TABELA II.3.1). TABELA II.3.1. Esforço amostral despendido no estudo dos pequenos mamíferos não voadores por método do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. Campanhas Interceptação e queda Esforço amostral total Captura viva Meses de amostragem Riqueza Abundância absoluta Pré-Impacto baldes.dia armadilhas.noite Supressão baldes.dia armadilhas.noite Enchimento* 600 baldes.dia 480 armadilhas.noite * resultados preliminares Ao todo foram incorporados à coleção de referência 120 indivíduos, cerca de 45% das capturas, e nesta campanha ressalta-se que as baixas temperaturas, aliadas à chuva intermitente principalmente no período noturno, contribuiu muito para a elevação das taxas de mortalidade dos animais capturados. Registraram-se apenas recapturas de animais marcados na mesma campanha (FIGURA II.3.1) Coletados 120 Marcados 142 Recapturados Peles não aproveitadas FIGURA II.3.1. Destinação final dos pequenos mamíferos não voadores amostrados nas unidades durante a 16ª campanha do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 13
14 Ao todo registraram-se nove espécies de pequenos mamíferos capturados em ambos os petrechos utilizados no estudo, com destaque numérico para as espécies Oligoryzomys nigripes (n = 185) e Brucepattersonius iheringi (n = 24) (FIGURA II.3.2). a. rato-do-mato (Oligoryzomys nigripes). b. rato-do-mato (Brucepattersonius iheringi). FIGURA II.3.2. Espécies de roedores mais abundantes nas capturas da 16ª campanha do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres - UHE Mauá. Observando-se separadamente o número de capturas entre as unidades amostrais obtivemos 159 indivíduos na UFA-APP, 70 indivíduos na UFA-APP2, 25 indivíduos na UCO e 10 indivíduos na ULI (TABELA II.3.2). Fica evidente que na unidade UFA (APP e APP2), aquela diretamente relacionada aos impactos do reservatório, houve o maior número de capturas desta campanha, especialmente quando comparada com as demais unidades amostrais, ambas bem distanciadas da área de influência direta do reservatório e de outros impactos associados ao empreendimento. Esses resultados são apresentados de forma expandida e detalhada na TABELA II.3.2. É importante salientar que o elevado número de capturas na UFA sugere adensamento pontual de espécimes, uma vez que as linhas de armadilhas estão bem próximas à margem do futuro reservatório e toda esta área é adjacente ao fenômeno de alagamento lento e contínuo da planície aluvial do Rio Tibagi. 14
15 TABELA II.3.2. Número de capturas por espécies de pequenos mamíferos não voadores por unidade amostral durante o Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. Unidade Táxon APP UFA APP2 ULI UCO Total Didelphimorphia Gracilinanus microtarsus Monodelphis americana 2 2 Monodelphis iheringi 1 1 Rodentia Akodontini Bibimys labiosus Brucepattersonius iheringi Euryoryzomys russatus Oligoryzomys flavescens Oligoryzomys nigripes Thaptomys nigrita Total geral PEQUENOS MAMÍFEROS VOADORES Para os quirópteros o número de registros de voo foi baixo, totalizando 19 passagens nas quatro áreas amostradas (TABELA II.3.3). Considerando-se separadamente cada sítio, obtiveram-se os seguintes valores: Ilha Aluvial A (n = 14), APP SC Aluvial (n = 3), Ilha Sub- Montana A (n = 2) e finalmente o sítio APP SB Sub-Montana (n = 0). TABELA II.3.3. Esforço amostral despendido no estudo dos pequenos mamíferos voadores por etapa do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. Campanhas Esforço amostral total Detector de ultrassom Meses de amostragem Número de passagens Pré-Impacto minutos Supressão minutos Enchimento* 640 minutos 1 19 * resultados preliminares Este padrão de baixa atividade pode ser reflexo das baixas temperaturas que caracterizaram a 16ª campanha (Figura V).. Além das baixas temperaturas houve ocorrência de vento fraco e constante durante parte da amostragem neste dia, o que pode ter contribuído na supressão da atividade de morcegos neste dia em particular (FIGURA II.3.3). 15
16 APP SC Aluvial APP SB Sub- Montana ILHA Sub- Montana A ILHA Aluvial A 14/07/ /07/ /07/ /07/2012 FIGURA II.3.3. Número de passagens de morcegos registrados com auxilio do detector de ultrassom na 16ª campanha em cada sítio amostral do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE Para esta etapa do monitoramento ainda não foi possível analisar as informações oriundas dos equipamentos fotográficos, uma vez que os dados são sempre relacionados às campanas anteriores. Nesse sentido, os dados relativos à campanha atual serão colhidos e processados em próximas incursões. 16
17 II.4. Anfibiofauna A 16ª campanha, a primeira do monitoramento durante o enchimento do reservatório, apresentou poucos resultados quanto à amostragem de anfíbios, tendo sido registradas apenas cinco espécies. Pelo método de armadilhas de interceptação e queda registrou-se apenas uma espécie, Rhinella abei na unidade Linhão. Durante as amostragens em sítio de reprodução foram registradas cinco espécies, todas ao longo do reservatório em formação (TABELA II.4.1). TABELA II.4.1. Famílias e espécies de anfíbios registrados na 16ª campanha do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres - UHE Mauá. LEGENDA: (1) armadilhas de interceptação e queda, (2) amostragem em sítio de reprodução. Família Espécie Método de registro Brachycephalidae Ischnocnema henselii X Bufonidae Rhinella abei X X Cycloramphidae Odontophrynus americanus X Hylidae Dendropsophus minutus X Leptodactylidae Leptodactylus latrans X 17
18 III SÍNTESE COMPARATIVA DO MONITORAMENTO III.1. Avifauna Comparando-se os resultados entre as três etapas do monitoramento quais sejam o préimpacto, acompanhando a supressão vegetacional e atualmente durante o enchimento do reservatório é possível perceber algumas tendências e padrões que apareceram na amostragem da 16ª campanha. Os dados dos pontos de escuta sugerem que pouca variação ocorreu na Unidade Frente/APP (UFA) seguindo a supressão e, preliminarmente, no enchimento (TABELA III.1.1). Por outro lado, a baixa densidade verificada tanto na Unidade Linhão (ULI) quanto na Controle (UCO) são indicativos da menor detectabilidade de aves durante o inverno, fenômeno esperado mas não observado em UFA. Este padrão pode ser um indicativo de maior abundância local de aves nas áreas diretamente afetadas pelo influxo de pássaros afugentados pela elevação no nível de água, mas os resultados ainda são incipientes. TABELA III.1.1. Métricas ecológicas da avifauna das três unidades amostrais, computadas a partir dos dados de pontos de escuta, comparando os esforços das três etapas do monitoramento. LEGENDA: R, riqueza total da avifauna; C, número de contatos; d, densidade média de indivíduos por hectare (ind/ha). Unidade Etapa R C D Pré-impacto ,87 UFA Supressão ,58 ULI UCO Enchimento ,4 Pré-impacto ,57 Supressão ,09 Enchimento ,22 Pré-impacto ,69 Supressão ,16 Enchimento ,6 Quanto à avifauna de sub-bosque observamos, como já mencionado, grande aumento no número de aves capturadas na linha A, alocada na encosta íngreme da unidade amostral. Na linha B a frequência de capturas, e recapturas, permaneceu semelhante ao encontrado nas 18
19 demais etapas do monitoramento (TABELA III.1.2), especialmente quando se considera a época do ano na qual ocorreu a presente amostragem. TABELA III.1.2. Síntese da amostragem com redes-de-neblina comparando os resultados obtidos nas linhas A e B entre os períodos pré-impacto, durante a supressão da vegetação e duranto o enchimento do reservatório. Linha Etapa Esforço (m².h) Capturas Recapturas Riqueza Frequência de captura (.10-3 ) Pré-impacto ,5 A B Supressão ,1 Enchimento ,2 Pré-impacto ,9 Supressão ,7 Enchimento ,9 Finalmente, com relação à avifauna noturna, nenhum padrão evidente nos pontos de escuta revela influência direta da supressão ou da formação do reservatório sobre a ocupação de Nyctiphrynus ocellatus, mas o uso de hábitat de carnívoros noturnos aparentemente foi afetado. Neste estudo acompanhamos esse comportamento em Strix hylophila, espécie facilmente registrada com auxílio de chama eletrônica e que não tem sido registrada nas áreas amostrais, mais distantes das áreas diretamente impactadas. 19
20 III.2. Reptiliofauna Comparando-se os resultados obtidos com aqueles das etapas anteriores, pré-impacto e durante a supressão vegetacional, verifica-se que o volume de informações está relacionado diretamente ao esforço amostral e época do ano contemplado pela amostragem. Quando o estudo abrange os períodos mais quentes do ano há maior quantidade de registros, devido aos animais estarem mais ativos e suscetíveis de serem detectados (TABELA III.2.1). TABELA III.2.1. Esforço amostral, riqueza e abundância de répteis por método ao longo das etapas do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. Fases Esforço amostral total Número de meses Riqueza de Abundância Pitfall Busca ativa de amostragem espécies absoluta Pré-Impacto baldes.dia 520 horas Supressão baldes.dia 120 horas Enchimento* 600 baldes.dia 40 horas * resultados preliminares 20
21 III.3. Mastozoofauna Neste tópico serão abordadas brevemente possíveis influências causadas à comunidade de mamíferos durante o processo de enchimento do reservatório da UHE Mauá e seu comparativo com as etapas passadas. Para efeito comparativo serão tomados os dados até então consolidados, das etapas pré-impacto e durante a supressão vegetacional, aos dados oriundos desta campanha. Vale ressaltar que após a finalização das atividades de supressão vegetacional na área, alguns relictos de vegetação ainda permaneceram, como bolsões de vegetação de pequeno porte, árvores e arbustos isolados, bem como toda a cobertura do solo, que já se encontra em graus variados de regeneração após o desmate. Desta forma a movimentação de fauna nessas áreas certamente voltou a ocorrer e ainda pode ser alto. Na análise geral dos resultados, embora incipiente, é possível observar um padrão emergente no caso dos pequenos mamíferos não voadores, cujo abrupto aumento no número de capturas foi observado localmente nesta etapa, indicativos que podem ser atribuíveis a flutuações populacionais frente à nova situação ambiental. Pequenos mamíferos não voadores Quanto aos pequenos mamíferos não voadores, é possível que o processo de enchimento tenha influenciado na atividade e uso de hábitat dos morcegos, mas a averiguação conjunta com campanhas futuras permitirá uma análise mais concreta desse processo. Adicionalmente, indícios dos efeitos da sazonalidade também podem ser grandemente influentes na amostragem, uma vez que esta etapa iniciou-se em período de temperaturas muito baixas. Quando consideradas as outras unidades amostrais (ULI e UCO) as capturas se mantiveram condizentes com o observado nas demais etapas, ou seja, o número de capturas se mantive semelhante com pequenas variações, mas mantendo-se similares a campanhas pretéritas e em situações similares. Fenômenos parecidos com o observado nesta campanha na UFA foram constatados em situações excepcionais, como menções na literatura do fenômeno conhecido como ratada, no qual ocorre um pico populacional de roedores devido à reprodução sincrônica de taquaras arborescentes (Gonzalez et al., 2000). Essa frutificação proporciona aumento significativo no aporte de alimento aos granívoros, tendo como resposta uma explosão populacional de 21
22 roedores e outras espécies. Nesta campanha foi possível notar grande aumento populacional, principalmente da espécie Oligoryzomys nigripes. Comparando-se as campanhas ao longo de todo o monitoramento torna-se ainda mais evidente a mudança brusca na quantidade de capturas (FIGURA III.3.1). Esta situação não foi encontrada mesmo durante a etapa de supressão vegetacional, a qual se julgou a priori ser a parte mais significativa do impacto na fauna autóctone ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª FIGURA III.3.1. Abundância relativa de pequenos mamíferos não voadores capturados em cada campanha ao longo das amostragens do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. LEGENDA: barra vermelha - pré-impacto; barra verde durante a supressão vegetacional; barra azul durante o enchimento do reservatório. A resposta dos pequenos mamíferos às alterações ambientais são possivelmente bem direcionadas e pontuais devido à sua massa corporal diminuta e a pouca abrangência de seus deslocamentos diários (Vieira & Cunha, 2008). Muito embora as campanhas durante a supressão vegetacional não tenham detectado evasão massiva das áreas recém suprimidas, esta primeira campanha acompanhando o enchimento do reservatório pode estar evidenciando o momento do afugentamento de algumas espécies. Roedores como, por exemplo, Oligoryzomys nigripes possivelmente voltaram a utilizar os locais suprimidos e em regeneração, com vegetação rasteira e/ou arbustiva, que poderia se prestar para abrigo e/ou forrageio. Quando da ocorrência do enchimento os espécimes são forçados a se deslocar para áreas mais altas, voltando aos remanescentes florestais mantidos em pé. É muito importante salientar que um dos sítios (APP A) já estava a poucos metros da orla do lago. O efeito da 22
23 comunidade desalojada à residente pode ser severa, incluindo aumento da competição inter e intra-específicas, uma vez que se força um adensamento momentâneo de indivíduos nas áreas estudadas. O aumento brusco no número total de indivíduos pode e deve ser tomado como evento inédito e de grandes proporções na comunidade, principalmente de roedores e das espécies consideradas mais comuns na área. Essas espécies já eram encontradas em números mais elevados na região e o aumento repentino na abundância acompanhou essa tendência, sendo que os picos de capturas refletiu-se nesses táxons. Tal resultado leva à interpretação de que o efeito do enchimento nas comunidades adjacentes pode ter influências mais fortes e evidentes nos espécies mais comuns. Outras relações também podem estar atuando, embora usualmente são dificilmente isoladas, tais como: oferta adicional de recursos como frutos e insetos (Bergalo & Magnusson, 1999) e, possivelmente, eventos pontuais de recrutamento (Vieira, 1996). Pequenos mamíferos voadores Os morcegos nesta situação de alagamento parecem não ser diretamente afetados pela elevação da água dado à maior capacidade de deslocamento e voo. Nota-se que em outras etapas do estudo houve grande variação no número de passagens antes da supressão vegetacional, possivelmente decorrente de efeitos sazonais, seguida de elevação no uso dos ambientes amostrados quando da supressão e decréscimo acentuado nesta nova etapa. No entanto, como se trata de apenas uma única amostragem conclusões mais profundas tornamse pouco robustas (FIGURA III.3.2). Outro ponto importante é que esta campanha foi realizada em dias de frio extremo e um dia com garoa esparsa, variáveis ambientais que podem influenciar diretamente o deslocamento natural das espécies pelo ambiente (O Donnell, 2000; Mello, 2002; Arruda-Filho et al., 2007). 23
24 Camp. 1 Camp. 2 Camp. 3 Camp. 4 Camp. 5 Camp. 6 Camp. 7 Camp. 8 FIGURA III.3.2. Número de passagens de morcegos registrados ao longo das campanhas do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. LEGENDA: barra vermelha - préimpacto; barra verde durante a supressão vegetacional; barra azul durante o enchimento do reservatório. 24
25 III.4. Anfibiofauna Em todo o estudo de monitoramento de anfíbios foram registradas 33 espécies, sendo 32 durante o pré-impacto, 21 durante o impacto da supressão e apenas cinco espécies durante o impacto do enchimento, este um resultado ainda preliminar (TABELA III.4.1). TABELA III.4.1. Famílias e espécies de anfíbios encontrados em cada etapa do do Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres - UHE Mauá. LEGENDA: MR. método de registro; (1) armadilhas de interceptação e queda, (2) amostragem em sítio de reprodução. Família Espécie MR Pré-impacto Supressão Enchimento Brachycephalidae Ischnocnema henselii 1,2 X X X Bufonidae Rhinella abei 1,2 X X X Rhinella icterica 1,2 X X Melanophryniscus cf. tumifrons 1 X Craugastoridae Haddadus binotatus 1 X X Cycloramphidae Odontophrynus americanus 1,2 X X Proceratophrys brauni 1 X Hylidae Aplastodiscus albosignatus 2 X X Bokermannohyla circumdata 2 X Dendropsophus microps 2 X X Dendropsophus minutus 2 X X X Hypsiboas albopunctatus 2 X Hypsiboas faber 2 X X Hypsiboas prasinus 2 X X Hypsiboas sp. (gr. pulchellus) 2 X X Phyllomedusa tetraploidea 2 X X Phasmahyla sp. 2 X Scinax aromothyella 2 X Scinax rizibilis 2 X Scinax aff. catharinae 2 X X Scinax fuscovarius 2 X X Scinax perereca 2 X X Sphaenorhynchus caramaschii 2 X X Trachycephalus dibernardoi 1 X Hylodidae Crossodactylus sp. 1,2 X X Leiuperidae Physalaemus cuvieri 1,2 X X Physalaemus aff. gracilis 1,2 X Leptodactylidae Leptodactylus fuscus 1,2 X X Leptodactylus notoaktites 1,2 X X Leptodactylus mystacinus 1,2 X Leptodactylus latrans* 2 X X X Microhylidae Elachistocleis bicolor 2 X Ranidae Lithobates catesbeianus 1 X TOTAL DE ESPÉCIES
26 Comparando as três campanhas ocorridas em julho de 2010, 2011 e 2012, respectivamente a 6ª, 14ª e 16ª campanha, a última campanha apresentou menor riqueza de espécies e abundância de indivíduos (FIGURA III.4.1). A. Número de espécies Abundância ª campanha 14ª campanha 16ª campanha 6ª campanha 14ª campanha 16ª campanha B. FIGURA III.4.1. Riqueza de espécies (A) e abundância de indivíduos (B) registrados nas três campanhas realizadas nos meses de julho de 2010, 2011 e 2012, respectivamente 6ª, 14ª e 16ª campanhas. Estas três campanhas apresentaram algumas diferenças quanto à composição de espécies registradas (TABELA III.4.2). Nesta última campanha não foram registradas Aplastodiscus albosignatus, Crossodactylus sp. e Rhinella icterica, três espécies tipicamente encontradas em atividade de vocalização nos anos anteriores. Na 14ª campanha, o inverno atípico (quente e seco) desse ano pode ter contribuído para os registros de mais espécies, como Dendropsophus microps, Hypsiboas prasinus, Hypsiboas sp. e Phyllomedusa tetraploidea. Nas 6ª e 14ª campanhas foram registrados anfíbios em todas as unidades amostrais, ao contrário desta última, na qual foram detectados anfíbios na unidade APP e um indivíduo na unidade Linhão. 26
27 UHE Mauá Ressalva-se que as espécies registradas na 16ª campanha não estavam em atividade de vocalização, exceto por Odontophrynus americanus. Esta espécie possui reprodução explosiva, sincronizada com chuvas torrenciais nos períodos frios e quentes do ano. As demais espécies foram encontradas forrageando na beira do reservatório em formação, acompanhando a elevação do nível de água (FIGURA III.4.3). TABELA III.4.2. Espécies registradas nos três meses de julho de 2010, 2011 e 2012, respectivamente 6ª, 14ª e 16ª campanha. Espécie Aplastodiscus albosignatus Crossodactylus sp. Dendropsophus microps Dendropsophus minutus Hypsiboas prasinus Hypsiboas sp. Ischnocnema henselii Leptodactylus latrans Odontophrynus americanus Physalaemus cuvieri Phyllomedusa tetraploidea Rhinella abei Rhinella icterica Scinax aff.catharinae Scinax fuscovarius Scinax perereca Trachycephalus dibernardoi Total de espécies 6ª campanha X X X X 14ª campanha X X X X X X X X 16ª campanha X X X X X X X X X X X X X 8 X X 13 5 FIGURA III.4.3. Anfíbios registrados no reservatório em enchimento da UHE Mauá. Rhinella abei (esquerda) e Leptodactylus latrans (direita). 27
28 IV ASPECTOS ANALÍTICOS EM DESENVOLVIMENTO AVIFAUNA. Embora preliminares, o volume de informações já acumuladas sobre a avifauna nos permite elaborar diversas análises específicas buscando identificar impactos na riqueza e abundância local de aves após o advento dos impactos do enchimento do reservatório. Os dados brutos, como aqui apresentados, sugerem que algumas alterações nas comunidades estudadas já são perceptíveis, mas avaliações mais precisas estão sendo realizadas com o intuito de dar maior robustez às interpretações. REPTILIOFAUNA. Ao contrário do previsto para esta terceira etapa, até o presente momento não houve diferenças significativas na riqueza de espécies e abundância que evidenciem a presença de impactos sobre a reptiliofauna local, não desconsiderando sua existência, apenas estes ainda não foram detectados durante a presente fase. Com a continuidade deste estudo, novos dados serão obtidos e análises mais concretas poderão ser realizadas, avaliando-se com maior precisão a influência dos impactos gerados sobre a comunidade reptiliana local. MASTOZOOFAUNA. Análises mais profundas serão desenvolvidas à medida que os dados sejam mais bem trabalhados, assim como com o acúmulo de informações relativas às novas excursões a campo. Desta forma o estudo é de vital importância para o entendimento da influência direta da formação do reservatório, e das variáveis associadas, sobre a comunidade de mamíferos. No tocante aos pequenos mamíferos, contamos com um volume de dados brutos singulares colhidos em apenas uma campanha, sendo possível elaborar diversas relações específicas como algumas já apontadas, buscando identificar impactos na riqueza e principalmente mudanças na abundância local. ANFIBIOFAUNA. Já no início do monitoramento foram coligidas importantes informações sobre o impacto do enchimento do reservatório da UHE Mauá sobre a fauna de anfíbios. É incomum registrar, em uma campanha de inverno intensamente fria, as espécies aqui assinaladas. Por outro lado, nas outras campanhas de inverno (2010 e 2011) foram encontradas mais espécies e mesmo em atividade de vocalização em todas as unidades de estudo, ou seja, mesmo longe dos efeitos da usina, sugerindo a preponderante influência do clima sobre a atividade da anfibiofauna. 28
29 Por este motivo, o registro de anfíbios somente na orla do reservatório em formação sugere a ocorrência de deslocamento da fauna para as áreas da futura APP. Fatalmente, muitos indivíduos serão predados por carnívoros oportunistas, principalmente peixes, por não encontrarem abrigo durante esse deslocamento, já que a vegetação original foi suprimida. Por estarem também mais expostos às intempéries do clima podem ainda morrer por dessecação. Outros podem ser levados pela correnteza Rio Tibagi ou morrerão afogados por não terem escapado a tempo dos abrigos (p.ex. cecílias). É impraticável acompanhar detalhadamente todos esses possíveis impactos durante o estudo, pela ausência de um acompanhamento permanente durante todos os dias do enchimento. Contudo, espera-se que até o final do enchimento ocorra aumento dos indivíduos sendo capturados nas armadilhas de interceptação e queda por estarem ingressando na floresta da unidade APP e, por último na floresta da unidade Linhão. Ao contrário do observado nos demais grupos da fauna, o deslocamento de anfíbios pareceu ser menos intenso neste momento, possivelmente por estarem aptos a sobreviver no ambiente aquático. 29
30 V REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LITERATURA CONSULTADA Arruda-Filho, J.F., Rios, G.F.P., Reis-Júnior, G. & Sá-Neto, R.J Fatores climáticos e a comunidade de morcegos (Chiroptera; Mammalia) de uma região do Planalto da Conquista, BA. Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil, p.3. Bergalo, H.G. & Magnusson, W.E Effects of climate and food availability on four rodent species in Southeastern Brazil. Journal Mammalogy, 80(2): Gonzalez L.A., Murúa R. & Jofré C Habitat utilization of two muroid species in relation to population outbreaks in southern temperate forests of Chile. Revista Chilena de Historia Natural 73: Mello, M.A.R Interações entre o morcego Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) (Chiroptera: Phyllostomidae) e plantas do gênero Piper (Linnaeus, 1737) (Piperales: Piperaceae) em uma área de Mata Atlântica. Dissertação (Mestrado em Ecologia), Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 78p. O Donnell, C.F.J Influence of season, habitat, temperature, and invertebrate availability on nocturnal activity of the New Zealand long tailed bat (Chalinolobus tuberculatus). New Zealand Journal of Zoology, 27(3): Vieira, M.V. & Cunha, A.A Scaling body mass and use of space in three species of marsupials in the Atlantic Forest of Brazil. Austral Ecology. 33: Vieira, M.V Dynamics of a rodent assemblage in a Cerrado of South-east Brazil. Revista Brasileira de Biologia, 57(1):
31 VI APÊNDICES APÊNDICE 1. Métodos e procedimentos relacionados ao estudo da avifauna no Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. LEGENDA: 1. amostragem por ponto de escuta; 2. redes-de-neblina; 3. ave capturada em rede-de-neblina; 4. anilhamento; 5. tomada de dados biométricos; 6. ave anilhada
32 APÊNDICE 2. Algumas aves registradas na região do empreendimento UHE Mauá. LEGENDA: 1. Drymophila rubricollis; 2. Spizaetus melanoleucus; 3. Campylorhamphus falcularius; 4. Onychorhynchus swainsoni; 5. Grallaria varia registrada em armadilha fotográfica; 6. Pulsatrix koeniswaldiana registrada em armadilha fotográfica
33 APÊNDICE 3. Répteis registrados na região do empreendimento UHE Mauá durante a segunda fase deste estudo. LEGENDA: 1. iguaninha (Enyalius perditus); 2. teiú (Tupinambis merianae); 3. corredeira-do-mato (Echinanthera cyanopleura); 4. falsa-coral (Erythrolamprus aesculapii); 5. cobra-verde-listrada (Philodryas olfersii); 6. cobraespada (Tomodon dorsatus); 7. coral-verdadeira (Micrurus altirostris); 8. jararaca (Bothropoides jararaca)
34 APÊNDICE 4. Métodos empregados para o registro de mamíferos no Programa de monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. LEGENDA: 1 e 2. Armadilhas do tipo live-trap; 3. Armadilha de queta (pitfall); 4. Akodon sp. utilizando abrigo na armadilha-de-queda (pitfall); 5. Busca por evidências; e 6. Armadilhas fotográficas
35 APÊNDICE 5. Alguns mamíferos capturados na região do empreendimento UHE Mauá. LEGENDA: 1. Brucepattersonius cf. iheringi; 2. Thaptomys nigrita; 3. Juliomys pictipes; 4. Monodelphis cf. sorex 5. Monodelphis iheringi; e 6. Gracilinanus microtarsus
36 APÊNDICE 6. Alguns mamíferos registrados em armadilhas fotográficas na região do empreendimendo UHE Mauá. LEGENDA: 1. Leopardus pardalis; 2. Cuniculus paca; 3. Dasyprocta azarae; 4. Eira barbara; 5. Pecari tajacu; e 6. Myrmecophaga tridactyla
37 APÊNDICE 7. Algumas imagens das espécies de anfíbios encontradas durante o estudo do Monitoramento de fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 1. Hypsiboas sp. (gr. pulchellus); 2. Rhinella icterica; 3. Physalaemus cuvieri; 4. Phyllomedusa disticta; 5. Melanophryniscus cf. tumifrons; 6. Leptodactylus mystacinus; 7. Dendropsophus microps; 8. Haddadus binotatus; 9. Bokermannohyla circumdata; 10. Scinax aff. catharinae; 11. Ischnocnema henselii; 12. Crossodactylus sp.; 13. Aplastodiscus albosignatus; 14. Hypsiboas faber
38
39 VII ANEXOS ANEXO 1. Certificado de Regularidade Urben-Filho & Straube Consultores (pessoa jurídica) junto ao Cadastro Técnico Federal IBAMA. Ministério do Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis CADASTRO TÉCNICO FEDERAL CERTIFICADO DE REGULARIDADE Nr. de Cadastro: CPF/CNPJ: Emitido em: Válido até: / /07/ /10/2012 Nome/Razão Social/Endereço Urben-Filho e Straube Consultores S/S LTDA Rua Cel. Temístocles de Souza Brasil, 311 Jardim Social CURITIBA/PR Este certificado comprova a regularidade no Cadastro de Instrumentos de Defesa Ambiental Consultoria Técnica Ambiental - Classe 6.0 Anilhamento de Aves Silvestres Ecossistemas Terrestres e Aquaticos Educação Ambiental Observações: A inclusão de Pessoas Físicas e Jurídicas no Cadastro Técnico 1 - Este certificado não habilita o interessado ao exercício Federal não implicará por parte do IBAMA e perante da(s) atividade(s) descrita(s), sendo necessário, conforme o terceiros, em certificação de qualidade, nem juízo de valor caso de obtenção de licença, permissão ou autorização de qualquer espécie. específica após análise técnica do IBAMA, do programa ou projeto correspondente: 2 - No caso de encerramento de qualquer atividade específicada neste certificado, o interessado deverá comunicar ao IBAMA,obrigatoriamente, no prazo de 30 (trinta) dias, a ocorrência para atualização do sistema. 3 - Este certificado não substitui a necessária licença Autenticação 7z63.x8gz.qhri.wzly ambiental emitida pelo órgão competente. 4 - Este certificado não habilita o transporte de produtos ou subprodutos florestais e faunísticos. 39
40 ANEXO 2. Autorização para captura, coleta e transporte de material biológico IBAMA n 007/2011 (duas páginas). 40
41 41
42 ANEXO 3. Carta de intenção de recebimento de material biológico proveniente dos estudos de monitoramento da fauna nas áreas de influências da UHE Mauá emitido pelo Museu de História Natural Capão da Imbuia. 42
43 ANEXO 4. Anotações de Responsabilidade Técnica da equipe envolvida. ALBERTO URBEN FILHO ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART N : /12 Nome: ALBERTO URBEN FILHO CONTRATADO Registro CRBio: 25255/07-D CPF: Tel: beto@hori.bio.br Endereço: R CEL. TEMÍSTOCLE DE SOUZA BRASIL, 311 Cidade: CURITIBA CEP: CONTRATANTE Bairro: JARDIM SOCIAL UF: PR Nome: URBEN FILHO E STRAUBE CONSULTORES S/S HORI CONSULT Registro profissional: CPF/CGC/CNPJ: / Endereço: RUA CORONEL TEMÍSTOCLE DE SOUZA BRASIL, 311 Cidade: CURITIBA CEP: Site: Bairro: JARDIM SOCIAL UF: PR DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL Natureza: Ocupação de Cargo/Função Cargo/função técnica * Identificação: Coordenação do monitoramento de fauna em função da implantação da UHE Mauá. Município do trabalho: Telêmaco Borba, Município da sede: Curitiba Ortigueira Forma de participação: Equipe Perfil da equipe: Biólogos especialistas Área do Campo de atuação: Meio ambiente conhecimento:zoologia UF: PR Descrição sumária da atividade: O trabalho consiste em diagnosticar impactos provenientes da implantação da UHE Mauá por intermédio do monitoramento da fauna de vertebrados terrestres. Valor: R$ 3800,00 Total de horas: 200 Início: 20/07/2012 Término: ASSINATURAS Declaro serem verdadeiras as informações acima Data: / / Assinatura do profissional Solicitação de baixa por distrato Data: / / Assinatura do profissional Data: / / Data: / / Assinatura e carimbo do contratante Para verificar a autenticidade desta ART acesse o CRBio7-24 horas em nosso site e depois o serviço Conferência de ART Solicitação de baixa por conclusão Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente ART, razão pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos arquivos desse CRBio. Data: / / Assinatura do profissional Assinatura e carimbo do contratante Data: / / Assinatura e carimbo do contratante 43
44 MARCELO ALEJANDRO VILLEGAS VALLEJOS ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART N : /12 CONTRATADO Nome: MARCELO ALEJANDRO VILLEGAS VALLEJOS Registro CRBio: 50725/07 CPF: Tel: mvillegas.bio@gmail.com Endereço: R PASTEUR, 832 APTO. 22 Cidade: CURITIBA CEP: CONTRATANTE Bairro: BATEL UF: PR Nome: URBEN FILHO E STRAUBE CONSULTORES S/S HORI CONSULT Registro profissional: CPF/CGC/CNPJ: / Endereço: RUA CORONEL TEMÍSTOCLE DE SOUZA BRASIL, 311 Cidade: CURITIBA CEP: Site: Bairro: JARDIM SOCIAL UF: PR DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL Natureza: Ocupação de Cargo/Função Cargo/função técnica * Identificação: Monitoramento da fauna nas áreas de influêcias da UHE Mauá, componente AVIFAUNA. Município do trabalho: Telêmaco Borba, Município da sede: Curitiba Ortigueira Forma de Perfil da equipe: Multidisciplinar participação: Equipe Área do Campo de atuação: Meio ambiente conhecimento:ecologia UF: PR Descrição sumária da atividade: O trabalho consiste em diagnosticar impactos provenientes da implantação da UHE Mauá por intermédio do monitoramento da fauna, os quais subsidiarão medidas mitigadoras e/ou compensatórias a serem sugeridas ao empreendedor e órgãos ambientais competentes, visando à manutenção da diversidade faunística autóctone. Valor: R$ 2200,00 Total de horas: 160 Início: 09/07/2012 Término: ASSINATURAS Declaro serem verdadeiras as informações acima Data: / / Assinatura do profissional Solicitação de baixa por distrato Data: / / Assinatura do profissional Data: / / Data: / / Assinatura e carimbo do contratante Para verificar a autenticidade desta ART acesse o CRBio7-24 horas em nosso site e depois o serviço Conferência de ART Solicitação de baixa por conclusão Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente ART, razão pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos arquivos desse CRBio. Data: / / Assinatura do profissional Assinatura e carimbo do contratante Data: / / Assinatura e carimbo do contratante 44
45 GILBERTO ALVES DE SOUZA FILHO ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART N : /12 CONTRATADO Nome: GILBERTO ALVES DE SOUZA FILHO Registro CRBio: 30568/07 CPF: Tel: gilbertoasfilho@yahoo.com.br Endereço: R PADRE GERMANO MAYER, 99 APTO. 204 Cidade: CURITIBA CEP: CONTRATANTE Bairro: CRISTO REI UF: PR Nome: URBEN FILHO E STRAUBE CONSULTORES S/S HORI CONSULT Registro profissional: CPF/CGC/CNPJ: / Endereço: RUA CORONEL TEMÍSTOCLE DE SOUZA BRASIL, 311 Cidade: CURITIBA CEP: Site: Bairro: JARDIM SOCIAL UF: PR Natureza: Prestação de Serviços 1.7 DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL Identificação: Monitoramento da fauna de répteis em função da implantação da UHE Mauá, Rio Tibagi, Paraná. Município do trabalho: Telêmaco Borba/Ortigueira Forma de participação: Equipe Município da sede: Curitiba UF: PR Perfil da equipe: Biólogos especialistas em vertebrados terrestres Área do Campo de atuação: Meio ambiente conhecimento:zoologia Descrição sumária da atividade: O trabalho consiste em diagnosticar impactos provenientes da implantação da UHE Mauá por intermédio do monitoramento da fauna, os quais subsidiarão medidas mitigadoras e/ou compensatórias a serem sugeridas ao empreendedor e órgãos ambientais competentes, visando à manutenção da diversidade faunística autóctone. Valor: R$ 3000,00 Total de horas: 1000 Início: 06/07/2012 Término: ASSINATURAS Declaro serem verdadeiras as informações acima Data: / / Assinatura do profissional Solicitação de baixa por distrato Data: / / Assinatura do profissional Data: / / Data: / / Assinatura e carimbo do contratante Para verificar a autenticidade desta ART acesse o CRBio7-24 horas em nosso site e depois o serviço Conferência de ART Solicitação de baixa por conclusão Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente ART, razão pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos arquivos desse CRBio. Data: / / Assinatura do profissional Assinatura e carimbo do contratante Data: / / Assinatura e carimbo do contratante 45
46 FERNANDO JOSÉ VENÂNCIO ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART N : /10 Nome: FERNANDO JOSE VENANCIO CONTRATADO Registro CRBio: 53827/RS CPF: Tel: fjvenancio@yahoo.com.br Endereço: RUA ARAXÁ, 176 Cidade: BLUMENAU CEP: CONTRATANTE Bairro: GARCIA UF: SC Nome: URBEN FILHO E STRAUBE CONSULTORES S/S HORI CONSULT Registro profissional: CPF/CGC/CNPJ: / Endereço: RUA CORONEL TEMÍSTOCLE DE SOUZA BRASIL, 311 Cidade: CURITIBA CEP: Site: Bairro: JARDIM SOCIAL UF: PR DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL Natureza: Ocupação de Cargo/Função - Cargo/função técnica * Identificação: Coordenação do monitoramento de fauna da UHE Mauá, pelo componente Mastofauna. Município do trabalho: Telêmaco Borba/Ortigueira Forma de participação: Equipe Município da sede: Curitiba Perfil da equipe: Biólogos especialistas em vertebrados terrestres Área do Campo de atuação: Meio ambiente conhecimento:zoologia UF: PR Descrição sumária da atividade: O trabalho consiste em diagnosticar impactos provenientes da implantação da UHE Mauá por intermédio do monitoramento da fauna, os quais subsidiarão medidas mitigadoras e/ou compensatórias a serem sugeridas ao empreendedor e órgãos ambientais competentes, visando a manutenção da diversidade faunística autóctone. Valor: R$ 2000,00 Total de horas: 2400 Início: 25/07/2010 Término: ASSINATURAS Declaro serem verdadeiras as informações acima Data: / / Assinatura do profissional Solicitação de baixa por distrato Data: / / Assinatura do profissional Data: / / Data: / / Assinatura e carimbo do contratante Para verificar a autenticidade desta ART acesse o CRBio7-24 horas em nosso site e depois o serviço Conferência de ART Solicitação de baixa por conclusão Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente ART, razão pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos arquivos desse CRBio. Data: / / Assinatura do profissional Assinatura e carimbo do contratante Data: / / Assinatura e carimbo do contratante 46
47 LUCAS RIBEIRO MARIOTTO ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART N : /10 Nome: LUCAS RIBEIRO MARIOTTO CONTRATADO Registro CRBio: 63847/RS CPF: Tel: lucasrmariotto@gmail.com Endereço: ALFREDO RODRIGUES Cidade: CEP: CONTRATANTE Bairro: UF: SC Nome: URBEN FILHO E STRAUBE CONSULTORES S/S HORI CONSULT Registro profissional: CPF/CGC/CNPJ: / Endereço: RUA CORONEL TEMÍSTOCLE DE SOUZA BRASIL, 311 Cidade: CURITIBA CEP: Site: Bairro: JARDIM SOCIAL UF: PR Natureza: Prestação de serviços 1.2 DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL Identificação: Monitoramento da fauna nas áreas de influências da UHE Mauá componente Herpetofauna - Anfíbios. Município do trabalho: Telêmaco Borba/Ortigueira Forma de participação: Equipe Município da sede: Curitiba Perfil da equipe: Biólogos especialistas em vertebrados terrestres Área do Campo de atuação: Meio ambiente conhecimento:zoologia UF: PR Descrição sumária da atividade: O trabalho consiste em diagnosticar impactos provenientes da implantação da UHE Mauá por intermédio do monitoramento da fauna, os quais subsidiarão medidas mitigadoras e/ou compensatórias a serem sugeridas ao empreendedor e órgãos ambientais competentes, visando a manutenção da diversidade faunística autóctone. Valor: R$ 26000,00 Total de horas: 2150 Início: 21/07/2010 Término: ASSINATURAS Declaro serem verdadeiras as informações acima Data: / / Assinatura do profissional Solicitação de baixa por distrato Data: / / Assinatura do profissional Data: / / Data: / / Assinatura e carimbo do contratante Para verificar a autenticidade desta ART acesse o CRBio7-24 horas em nosso site e depois o serviço Conferência de ART Solicitação de baixa por conclusão Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente ART, razão pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos arquivos desse CRBio. Data: / / Assinatura do profissional Assinatura e carimbo do contratante Data: / / Assinatura e carimbo do contratante 47
48 ANEXO 5. Certificados de Regularidade da equipe técnica envolvida (pessoas físicas) junto ao Cadastro Técnico Federal IBAMA. ALBERTO URBEN FILHO Ministério do Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis CADASTRO TÉCNICO FEDERAL CERTIFICADO DE REGULARIDADE Nr. de Cadastro: CPF/CNPJ: Emitido em: Válido até: /06/ /09/2012 Nome/Razão Social/Endereço Alberto Urben Filho Rua Euclides da Cunha, 1547 Apto. 406 Bigorrilho CURITIBA/PR Este certificado comprova a regularidade no Cadastro de Instrumentos de Defesa Ambiental Consultor Técnico Ambiental - Classe 5.0 Anilhamento de Aves Silvestres Ecossistemas Terrestres e Aquaticos Observações: 1 - Este certificado não habilita o interessado ao exercício da(s) atividade(s) descrita(s), sendo necessário, conforme o caso de obtenção de licença, permissão ou autorização específica após análise técnica do IBAMA, do programa ou projeto correspondente: 2 - No caso de encerramento de qualquer atividade específicada neste certificado, o interessado deverá comunicar ao IBAMA,obrigatoriamente, no prazo de 30 (trinta) dias, a ocorrência para atualização do sistema. 3 - Este certificado não substitui a necessária licença ambiental emitida pelo órgão competente. 4 - Este certificado não habilita o transporte de produtos ou subprodutos florestais e faunísticos. A inclusão de Pessoas Físicas e Jurídicas no Cadastro Técnico Federal não implicará por parte do IBAMA e perante terceiros, em certificação de qualidade, nem juízo de valor de qualquer espécie. Autenticação rbw6.y94x.4vl6.b4ek 48
49 MARCELO ALEJANDRO VILLEGAS VALLEJOS Ministério do Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis CADASTRO TÉCNICO FEDERAL CERTIFICADO DE REGULARIDADE Nr. de Cadastro: CPF/CNPJ: Emitido em: Válido até: /07/ /10/2012 Nome/Razão Social/Endereço Marcelo Alejandro Villegas Vallejos Rua Pasteur 832, Apto. 22 Água Verde CURITIBA/PR Este certificado comprova a regularidade no Cadastro de Instrumentos de Defesa Ambiental Consultor Técnico Ambiental - Classe 5.0 Anilhamento de Aves Silvestres Educação Ambiental Observações: A inclusão de Pessoas Físicas e Jurídicas no Cadastro Técnico 1 - Este certificado não habilita o interessado ao exercício Federal não implicará por parte do IBAMA e perante terceiros, da(s) atividade(s) descrita(s), sendo necessário, conforme o em certificação de qualidade, nem juízo de valor de qualquer caso de obtenção de licença, permissão ou autorização espécie. específica após análise técnica do IBAMA, do programa ou projeto correspondente: 2 - No caso de encerramento de qualquer atividade específicada neste certificado, o interessado deverá comunicar ao IBAMA,obrigatoriamente, no prazo de 30 (trinta) dias, a ocorrência para atualização do sistema. 3 - Este certificado não substitui a necessária licença Autenticação cc9u.hu69.xal2.ad71 ambiental emitida pelo órgão competente. 4 - Este certificado não habilita o transporte de produtos ou subprodutos florestais e faunísticos. 49
50 GILBERTO ALVES DE SOUZA FILHO Ministério do Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis CADASTRO TÉCNICO FEDERAL CERTIFICADO DE REGULARIDADE Nr. de Cadastro: CPF/CNPJ: Emitido em: Válido até: /06/ /09/2012 Nome/Razão Social/Endereço Gilberto Alves de Souza Filho Rua Padre Germane Mayer, 99 Apto. 204 Cristo Rei CURITIBA/PR Este certificado comprova a regularidade no Cadastro de Instrumentos de Defesa Ambiental Consultor Técnico Ambiental - Classe 5.0 Ecossistemas Terrestres e Aquáticos Observações: 1 - Este certificado não habilita o interessado ao exercício da(s) atividade(s) descrita(s), sendo necessário, conforme o caso de obtenção de licença, permissão ou autorização específica após análise técnica do IBAMA, do programa ou projeto correspondente: 2 - No caso de encerramento de qualquer atividade específicada neste certificado, o interessado deverá comunicar ao IBAMA,obrigatoriamente, no prazo de 30 (trinta) dias, a ocorrência para atualização do sistema. 3 - Este certificado não substitui a necessária licença ambiental emitida pelo órgão competente. 4 - Este certificado não habilita o transporte de produtos ou subprodutos florestais e faunísticos. A inclusão de Pessoas Físicas e Jurídicas no Cadastro Técnico Federal não implicará por parte do IBAMA e perante terceiros, em certificação de qualidade, nem juízo de valor de qualquer espécie. Autenticação chh3.pfry.fkcf.acul 50
51 FERNANDO JOSÉ VENÂNCIO Ministério do Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis CADASTRO TÉCNICO FEDERAL CERTIFICADO DE REGULARIDADE Nr. de Cadastro: CPF/CNPJ: Emitido em: Válido até: /07/ /10/2012 Nome/Razão Social/Endereço Fernando José Venâncio Rua Araxá 176 Garcia BLUMENAU/SC Este certificado comprova a regularidade no Cadastro de Instrumentos de Defesa Ambiental Consultor Técnico Ambiental - Classe 5.0 Auditoria Ambiental Observações: 1 - Este certificado não habilita o interessado ao exercício da(s) atividade(s) descrita(s), sendo necessário, conforme o caso de obtenção de licença, permissão ou autorização específica após análise técnica do IBAMA, do programa ou projeto correspondente: 2 - No caso de encerramento de qualquer atividade específicada neste certificado, o interessado deverá comunicar ao IBAMA,obrigatoriamente, no prazo de 30 (trinta) dias, a ocorrência para atualização do sistema. 3 - Este certificado não substitui a necessária licença ambiental emitida pelo órgão competente. 4 - Este certificado não habilita o transporte de produtos ou subprodutos florestais e faunísticos. A inclusão de Pessoas Físicas e Jurídicas no Cadastro Técnico Federal não implicará por parte do IBAMA e perante terceiros, em certificação de qualidade, nem juízo de valor de qualquer espécie. Autenticação x7hq.l57q.qb8r.9k6y 51
52 LUCAS RIBEIRO MARIOTTO Ministério do Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis CADASTRO TÉCNICO FEDERAL CERTIFICADO DE REGULARIDADE Nr. de Cadastro: CPF/CNPJ: Emitido em: Válido até: /07/ /10/2012 Nome/Razão Social/Endereço Lucas Ribeiro Mariotto Rua Alfredo Rodrigues, 353 Velha BLUMENAU/SC Este certificado comprova a regularidade no Cadastro de Instrumentos de Defesa Ambiental Consultor Técnico Ambiental - Classe 5.0 Ecossistemas Terrestres e Aquáticos Observações: A inclusão de Pessoas Físicas e Jurídicas no Cadastro Técnico 1 - Este certificado não habilita o interessado ao exercício Federal não implicará por parte do IBAMA e perante terceiros, da(s) atividade(s) descrita(s), sendo necessário, conforme o em certificação de qualidade, nem juízo de valor de qualquer caso de obtenção de licença, permissão ou autorização espécie. específica após análise técnica do IBAMA, do programa ou projeto correspondente: 2 - No caso de encerramento de qualquer atividade específicada neste certificado, o interessado deverá comunicar ao IBAMA,obrigatoriamente, no prazo de 30 (trinta) dias, a ocorrência para atualização do sistema. 3 - Este certificado não substitui a necessária licença Autenticação uwvn.5tu3.tyg1.xvb3 ambiental emitida pelo órgão competente. 4 - Este certificado não habilita o transporte de produtos ou subprodutos florestais e faunísticos. 52
53 ANEXO 6. Registro de Instrução de Segurança Ministrada à equipe técnica que compôs a 16ª campanha do Programa de Monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 53
54 ANEXO 7. Análise Preliminar de Riscos referente à 16ª campanha do Programa de Monitoramento da fauna de vertebrados terrestres UHE Mauá. 54
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