ANÁLISE SOCIODEMOGRÁFICA Baseada nos resultados cumulativos dos inquéritos EB 68, 69 e 70

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1 Directorate General for Communication Direction C Relations avec les citoyens PUBLIC OPINION MONITORING UNIT Bruxelas, 26 de Fevereiro de 2009 ANÁLISE SOCIODEMOGRÁFICA Baseada nos resultados cumulativos dos inquéritos EB 68, 69 e 70 Atitudes e opiniões das mulheres europeias antes das eleições para o PE de 2009 Síntese analítica Por ocasião da celebração do Dia Internacional da Mulher, em 8 de Março, e tendo em perspectiva a realização das eleições europeias em Junho de 2009, considerou se adequado proceder a um estudo sociodemográfico sobre as diferenças de atitudes e opiniões entre homens e mulheres relativamente a questões europeias e, em especial, sobre as eleições para o Parlamento Europeu. O presente estudo incide sobre um ano e meio de análise dos resultados dos estudos Eurobarómetro n.º 68, 69 e 70. Não se trata, por conseguinte, de uma análise qualitativa das razões pelas quais os europeus inquiridos responderam de uma determinada forma, mas de uma análise quantitativa comparativa. Dados estatísticos relevantes: Antes de abordar as principais tendências deste estudo, é importante salientar os dados estatísticos do Eurostat (ver anexo), que falam por si. Permitem talvez entender melhor algumas das respostas: Taxa de emprego na União Europeia em 2007: a taxa de emprego relativa às mulheres era 14,2% inferior à dos homens; Taxa de desemprego na União Europeia em 2008: a taxa de desemprego relativa às mulheres era 0,9% superior à dos homens; Rendimento anual bruto ( ) em 2005: para os homens; para as mulheres Remuneração horária: em 2007, a disparidade entre homens e mulheres era de 17,4% Situação pessoal das mulheres A análise dos resultados dos estudos Eurobarómetro revela que as mulheres consideram a sua situação actual mais negativa do que a dos homens. Esta constatação aplica se em praticamente todos os domínios, mas especialmente: DV\772814PT.doc Tradução externa

2 na sua percepção da situação económica, tanto a nível nacional como europeu, que é menos optimista do que a dos homens; na sua visão da globalização, considerada mais ameaçadora pelas mulheres do que pelos homens; no apoio ao euro, que é significativamente mais fraco do que o dos homens. Fazer ouvir a sua voz e confiança Mais ocupadas do que os homens com as tarefas quotidianas, as mulheres: têm praticamente o mesmo nível de desconfiança nas instituições que os homens, apesar de apresentaram uma maior tendência para não responder a estas questões: a quantidade de respostas Não sei é mais elevada entre as mulheres; sentem menos que a sua voz é tida em conta a nível europeu do que os homens. Percepção da União Europeia As opiniões negativas relativamente à UE estão equilibradas entre homens e mulheres. As opiniões positivas são mais baixas entre as mulheres, dado que estas são mais susceptíveis de ter uma imagem neutra da União. Avaliação da adesão à UE As opiniões são idênticas às manifestadas quanto ao ponto anterior. Políticas a defender pelo Parlamento Europeu Para as mulheres, os domínios prioritários devem ser a protecção do consumidor e a saúde pública, enquanto para os homens é a luta contra o terrorismo. Temas de campanha Para as mulheres, a questão do desemprego deve ser tratada como uma prioridade, mais do que o crescimento económico, enquanto para os homens é precisamente o contrário. Além disso, importa também sublinhar que a percentagem de respostas Não sei é mais elevada entre as mulheres em quase todas as questões estudadas. Se considerarmos esta diferença, cabe perguntar se ela não será o resultado de os homens terem uma maior propensão para responder sempre às questões que lhes são colocadas. Interesse pelas eleições europeias e probabilidade de votar Apesar de as mulheres declararem possuir menos interesse pelas eleições europeias, manifestam mais ou menos as mesmas intenções de exercer o seu direito de voto. Nas últimas eleições, realizadas em 2004, a participação das mulheres foi aproximadamente a mesma que a dos homens. DV\772814PT.doc 2

3 I. SITUAÇÃO ACTUAL, VIDA NA UNIÃO EUROPEIA HOJE e PERSPECTIVAS FUTURAS As mulheres são mais pessimistas no que respeita a: Situação pessoal Situação financeira do seu agregado familiar: 37% consideram na má, comparativamente com cerca de 31% dos homens. Sentimento de dificuldades económicas: 48% das mulheres afirmam ter dificuldades em pagar as suas contas no final do mês, em comparação com 44% dos homens. As mulheres sentem mais frequentemente que a sua situação financeira se deteriorou nos últimos cinco anos (53%, comparativamente com 48% dos homens). Expectativas negativas relativamente à sua situação financeira para os próximos doze meses: 29% acreditam que a situação irá piorar, comparativamente com um quarto dos homens que têm esse sentimento. Se procedermos a uma análise com outras variáveis sociodemográficas, constatamos que o sentimento de dificuldades económicas aumenta com a idade e diminui com a idade de conclusão dos estudos. Existem, com efeito, maiores diferenças dentro de cada grupo do mesmo sexo do que entre homens e mulheres. Situação económica a nível nacional 72% das mulheres afirmam que a economia do seu país está mal (66% dos homens partilham desta opinião). As mulheres são mais pessimistas no que respeita à situação do emprego no seu país: 72% avaliam a situação de forma negativa, comparativamente com 67% dos homens. Economias europeia e global As mulheres manifestam uma maior preocupação com o aumento dos preços/da inflação do que os homens: 39% contra 35%. Citam mais frequentemente este problema como o principal com o qual se defrontam pessoalmente: 52% comparativamente com 47%. A resposta Não sei é mais frequente entre as mulheres, revelando uma tendência que está presente em toda a análise, de que as mulheres são menos susceptíveis do que os homens de manifestar opiniões sobre questões que não lhes digam directamente respeito. II. REPRESENTAÇÃO De uma forma geral, as mulheres afirmam que discutem política menos frequentemente do que os homens. DV\772814PT.doc 3

4 No que diz respeito ao sentimento de que a sua voz conta nos diferentes níveis de decisão, existem apenas ligeiras diferenças entre homens e mulheres. Relativamente ao facto de os homens e as mulheres falarem de política, verificam se grandes diferenças: 34% das mulheres afirmam que nunca discutem política, enquanto o mesmo se passa com menos de um quarto dos homens (23%). O sentimento de que a sua voz conta São ligeiramente menos as mulheres que concordam com a afirmação de que a sua voz é ouvida dentro do seu país (46% concordam e 47% discordam). Com os homens sucede o contrário (49% concordam e 46% discordam), apesar de as diferenças entre as respostas dos dois sexos não serem significativas. A nível da União Europeia, apenas 29% das mulheres (e 32% dos homens) acreditam que a sua voz conta. Quando questionados relativamente ao facto de as decisões em diversas matérias deverem ser tomadas a nível nacional ou em conjunto na União Europeia, de uma forma geral, as mulheres inquiridas manifestaram, mais frequentemente do que os homens, a sua preferência pela tomada de decisões ao nível que lhes é mais próximo, ou seja a nível nacional. Confiança nas instituições políticas A percentagem de mulheres que não confiam declaradamente na União Europeia é mais ou menos igual à percentagem de homens (37% e 38%). No que diz respeito à confiança depositada nas instituições a nível regional e nacional, o resultado registado é semelhante para homens e mulheres. 58% tanto dos homens como das mulheres não confiam no seu parlamento nacional: 44% das mulheres e 45% dos homens não confiam nas suas autoridades públicas locais ou regionais. Uma vez mais, quanto mais distante a instituição estiver da vida quotidiana, maior é o número de mulheres sem opinião na matéria. A proporção de respostas Não sei relativa à confiança na União Europeia é de 17% entre as mulheres, mas de apenas 7% no que diz respeito ao governo nacional ou à justiça ou sistema judicial nacional. Em comparação, estas respostas Não sei correspondem, entre os homens, a 11% e 7%, respectivamente. Numa análise com outras variáveis sociodemográficas, os resultados revelam que o nível de educação tem um maior impacto entre a população feminina do que entre a masculina. As mulheres que abandonaram a escola ainda muito jovens dão mais respostas Não sei (22%) comparativamente com 12% das mulheres que terminaram a escolaridade aos 20 anos ou posteriormente. No grupo dos homens, esta diferença não é tão marcante (12% e 8%). III. GLOBALIZAÇÃO DV\772814PT.doc 4

5 A globalização é uma questão frequentemente definida de forma bastante abstracta o que, de acordo com os resultados apurados anteriormente, leva a que as mulheres tenham menos opiniões formadas sobre a matéria. 43% das mulheres consideram que a globalização representa uma ameaça para o emprego e para as empresas do seu país. 34% das mulheres pensam que a globalização representa uma boa oportunidade para as empresas nacionais graças à abertura dos mercados. Quanto aos homens, estão divididos entre as duas opiniões (42% para ambas as respostas). As mulheres dão muito mais respostas Não sei do que os homens (24% comparativamente com 16%). As mulheres manifestam se também muito mais contra a moeda única, o euro (ver capítulo VI). IV. POLÍTICAS PRIORITÁRIAS E TEMAS DE CAMPANHA PREFERIDOS AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES No que respeita aos temas preferidos para as eleições europeias, não se verifica uma grande clivagem entre as opiniões masculinas e femininas. A. Políticas prioritárias do PE: Mulheres Melhorar a protecção do consumidor e a saúde pública: 39% Combater o terrorismo: 38 % Combater eficazmente as alterações climáticas: 36% Homens Combater o terrorismo: 35% Combater eficazmente as alterações climáticas: 35% Melhorar a protecção do consumidor e a saúde pública: 33% Uma política de segurança e de defesa que permita à UE fazer face à crise a nível internacional: 33% Uma política energética comum destinada a assegurar a independência energética da UE: 33% Uma política externa que permita à UE falar a uma só voz: 33% Os três temas mais referidos são os mesmos para homens e mulheres, embora a ordem não seja a mesma. Tal como se pode verificar pela lista, todos os temas estão relacionados com a actual situação económica (resultados cumulativos dos três exercícios de sondagem). As mulheres referem a melhoria da protecção do consumidor e a saúde pública como principal prioridade política. Tratar se á de mais uma confirmação da tendência sentida pelas mulheres de pretenderem políticas relacionadas com as questões que afectam directamente as pessoas? Fazem também escolhas mais limitadas e decididas, tal como fica demonstrado pelo facto de os homens incluírem uma maior quantidade de questões nas suas principais prioridades. É interessante verificar que as mulheres são mais selectivas nas suas respostas do que os homens. As suas principais prioridades políticas são três, enquanto as dos homens são sete. DV\772814PT.doc 5

6 B. Três temas de campanha prioritários Mulheres Desemprego: 49% Crescimento económico: 45% Inflação e poder de compra: 44% Homens Crescimento económico: 51% Desemprego: 47% Inflação e poder de compra: 45% V. INFORMAÇÃO SOBRE A UNIÃO EUROPEIA As mulheres sentem se e estão efectivamente menos informadas do que os homens sobre as questões relacionadas com a União Europeia. Compreensão do funcionamento da UE: Apenas 36% das mulheres europeias indicam que entendem o funcionamento da UE, comparativamente com quase metade dos homens (49%). Além do mais, neste caso, os resultados positivos mais baixos entre as mulheres não são consequência de uma maior quantidade de respostas Não sei (9% e 8%). As diferenças registadas relativamente a esta questão devem se sobretudo a variações em termos de idade e de nível de educação. Quanto mais longa a escolaridade a tempo inteiro das mulheres inquiridas, maior é a probabilidade de entenderem o funcionamento da UE. No entanto, tal como já foi referido, apesar desses factores, a discrepância entre homens e mulheres mantém se. O nível de desconhecimento percepcionado é agravado por uma efectiva ausência de conhecimentos: De uma forma geral, os homens dão mais respostas correctas a questões sobre a UE do que as mulheres (o inquérito Eurobarómetro do Outono de 2008 incluía 4 questões factuais que foram respondidas correctamente, em média, por 59% dos homens e 47% das mulheres). Estas tendências mantêm se mesmo após uma análise de outras variáveis sociodemográficas. DV\772814PT.doc 6

7 Os resultados da sondagem relativamente a questões sobre as próximas eleições europeias confirmam esta falta de conhecimentos entre as mulheres (apresentada pormenorizadamente nos capítulos que se seguem). VI. AS MULHERES E A UNIÃO EUROPEIA Opinião sobre a UE: Comparativamente com os homens, não parece existir um número superior de mulheres com uma opinião negativa sobre a União Europeia (14% em ambos os grupos). Pelo contrário, existem muito menos mulheres com uma imagem positiva da UE (43% de mulheres e 51% de homens). Esse facto é uma consequência de as mulheres europeias terem, mais frequentemente do que os homens, uma imagem neutra da União (38% em comparação com 32%). Relativamente avaliação da adesão à UE, observa se o mesmo fenómeno: Menos mulheres do que homens avaliam a adesão do seu país como uma coisa boa (50% das mulheres e 59% dos homens). A percepção negativa da adesão à UE está igualmente repartida entre ambos os grupos (14%). Trata se, uma vez mais, de uma consequência do facto de existirem mais mulheres do que homens com uma percepção neutra nesta matéria (30% das mulheres consideram que não é uma coisa boa nem má, face a 25% dos homens). Também no que diz respeito às respostas Não sei, é mais elevada a percentagem de mulheres (6%, ou seja, duas vezes mais do que os homens). Por outro lado, uma questão que divide homens e mulheres de forma significativa é o apoio ao euro: O apoio ao euro é consideravelmente mais fraco entre as mulheres do que entre os homens (57% e 65%, respectivamente). Estará esta diferença percentual relacionada com os já referidos sentimentos de dificuldades financeiras manifestados pelas mulheres e com o facto de apenas 43% das inquiridas considerarem que pertencer à zona euro traz maior estabilidade económica (comparativamente com 54% dos homens)? VII. NÍVEL DE INFORMAÇÃO SOBRE AS QUESTÕES EUROPEIAS e SOBRE AS ELEIÇÕES EUROPEIAS O nível de informação constatado entre as mulheres é inferior ao constatado entre os homens, tanto no que respeita ao Parlamento Europeu em geral, como às eleições europeias. DV\772814PT.doc 7

8 O nível de informação real é também mais baixo entre as mulheres. O nível de conhecimento constatado sobre o Parlamento Europeu é mais baixo entre as mulheres do que entre os homens. Na sondagem do Eurobarómetro do Outono de 2008, 32% das mulheres inquiridas responderam que se acham muito mal informadas sobre as actividades do Parlamento Europeu, contrariamente a 23% dos homens que manifestaram o mesmo sentimento. De um modo geral, 77% das mulheres consideram se (razoavelmente ou muito) mal informadas sobre o Parlamento Europeu, em comparação com 69% dos homens. Uma escolaridade a tempo inteiro mais longa é, uma vez mais, um factor determinante para esta questão. Em ambos os grupos, os inquiridos com mais probabilidades de se sentirem bem informados são chefias e profissionais independentes. Por fim, o menor interesse pela política demonstrado pelas mulheres, já referido no início do presente capítulo, volta a ser confirmado pelo facto de se recordarem menos de terem obtido informações sobre o Parlamento Europeu através dos meios de comunicação social, dado esse já constante dos resultados do Eurobarómetro do Outono de Apenas 39% das mulheres inquiridas comparativamente com 50% dos homens declaram ter lido, ouvido ou visto recentemente algo sobre o Parlamento Europeu nos meios de comunicação social. VIII. CONHECIMENTO DA DATA, INTERESSE PELAS ELEIÇÕES EUROPEIAS e INTENÇÃO DE VOTAR Menos mulheres do que homens sabem a data das próximas eleições europeias. As mulheres também afirmam ter menos interesse por estas eleições. No entanto, manifestam a mesma intenção de participar nas eleições europeias que os homens. Conhecimento da data das próximas eleições europeias: O Eurobarómetro do Outono de 2008 indica que 78% das mulheres europeias não sabem quando se irão realizar as próximas eleições para o Parlamento Europeu (em comparação com 69% dos homens). Interesse pelas eleições europeias: 40% das mulheres inquiridas indicam que estão interessadas nas próximas eleições para o Parlamento Europeu, em comparação com 48% dos homens. DV\772814PT.doc 8

9 Uma repartição sociodemográfica mais aprofundada destes resultados revela grandes diferenças dentro do grupo das mulheres. O interesse pelas eleições europeias aumenta com a idade de conclusão dos estudos. Atinge os níveis mais baixos entre as mulheres mais jovens e mais velhas. É interessante verificar que o nível de interesse entre as mulheres desempregadas é mais elevado do que entre os homens na mesma situação de desemprego (35% e 31%, respectivamente). Probabilidade de votar: As mulheres e os homens exprimiram aproximadamente a mesma probabilidade de vir a exercer o seu direito de voto nas próximas eleições europeias: a proporção de inquiridos que afirmaram que irão seguramente votar é de 28% para as mulheres e de 31% no caso dos homens. 15% das mulheres não têm intenção de votar, assim como 14% dos homens. Estes dados são consentâneos com investigações realizadas anteriormente a nível académico sobre as mulheres e as eleições europeias, que indicam que, quando a taxa de afluência às urnas é apurada em todos os Estados Membros, as mulheres apresentam, em média, um nível de participação semelhante ao dos homens. Unidade de Acompanhamento da Opinião Pública ANEXO: ALGUNS INDICADORES ESTATÍSTICOS DA SITUAÇÃO ECONÓMICA NA UE DISCRIMINADOS POR GÉNERO Os indicadores económicos que se seguem, fornecidos pelo Eurostat, foram adicionados para complementar a presente análise sociodemográfica. Referem se às taxas de emprego e de desemprego e às disparidades salariais entre homens e mulheres. Demonstram a existência de algumas disparidades relevantes entre os géneros, que confirmam que a percepção das mulheres é frequentemente marcada pelo facto de se encontrarem em situação económica precária. DV\772814PT.doc 9

10 I. Taxa de emprego Na UE 27, a taxa de emprego média das mulheres era 14% inferior à dos homens (em 2007). As diferenças mais pequenas registadas entre as taxas de emprego relativas a homens e mulheres podem ser observadas na Finlândia (3,6%), na Suécia (ligeiramente abaixo de 5%) e na Lituânia (inferior a 6%). As maiores diferenças foram registadas em Malta (uma diferença superior a 37% entre a taxa de emprego de homens e de mulheres), na Grécia (27%) e em Itália (ligeiramente superior a 24%). Quadro 1: Taxa de emprego por país em 2007 Taxa de emprego (15 a 64 anos) Média anual de 2007 em % Total Homens Mulheres Dif. % UE 27 65,4 72,5 58,3 14,2 Bélgica 62,0 68,7 55,3 13,4 Bulgária 61,7 66,0 57,6 8,4 República Checa 66,1 74,8 57,3 17,5 Dinamarca 77,1 81,0 73,2 7,8 Alemanha 69,4 74,7 64,0 10,7 Estónia 69,4 73,2 65,9 7,3 Irlanda 69,1 77,4 60,6 16,8 Grécia 61,4 74,9 47,9 27,0 Espanha 65,6 76,2 54,7 21,5 França 64,6 69,3 60,0 9,3 Itália 58,7 70,7 46,6 24,1 Chipre 71,0 80,0 62,4 17,6 Letónia 68,3 72,5 64,4 8,1 Lituânia 64,9 67,9 62,2 5,7 Luxemburgo 64,2 72,3 56,1 16,2 Hungria 57,3 64,0 50,9 13,1 Malta 54,6 72,9 35,7 37,2 Países Baixos 76,0 82,2 69,6 12,6 Áustria 71,4 78,4 64,4 14,0 Polónia 57,0 63,6 50,6 13,0 Portugal 67,8 73,8 61,9 11,9 Roménia 58,8 64,8 52,8 12,0 Eslovénia 67,8 72,7 62,6 10,1 Eslováquia 60,7 68,4 53,0 15,4 Finlândia 70,3 72,1 68,5 3,6 Suécia 74,2 76,5 71,8 4,7 Reino Unido 71,5 77,5 65,5 12,0 Fonte: Eurostat, Pessoas empregadas: Por pessoa empregada entende se qualquer indivíduo com idade igual ou superior a 15 anos que durante a semana de referência trabalhou, mesmo que apenas uma hora por semana, com vista à obtenção de uma remuneração, de lucro ou de um ganho familiar ou que não estava a trabalhar, mas que tem um emprego ou actividade profissional da qual se encontrava temporariamente ausente por motivo de doença, férias, conflito laboral ou de estudos ou formação. DV\772814PT.doc 10

11 II. Taxa de desemprego Na UE 27, a taxa de desemprego média das mulheres era 0,9% superior à dos homens (em 2008). As maiores diferenças entre as taxas de desemprego masculino e feminino foram registadas na Grécia (7,6%), em Itália (3,0%) e em Espanha (2,9%). As taxas de desemprego relativas às mulheres são inferiores às dos homens especialmente na Irlanda ( 2,6%), na Roménia ( 1,8%) e na Estónia ( 1,2%). Quadro 2: Taxa média de desemprego por país em 2008 Taxa de desemprego Média anual de 2008 em % Total Homens Mulheres Dif. % UE 27 7,0 6,6 7,5 0,9 Bélgica 7,1 6,7 7,6 +0,9 Bulgária 5,6 5,5 5,8 +0,3 República Checa 4,4 3,5 5,7 +2,2 Dinamarca 3,5 3,1 3,9 +0,8 Alemanha 7,3 7,4 7,2 0,2 Estónia 6,0 6,6 5,4 1,2 Irlanda 6,3 7,4 4,8 2,6 Grécia * 8,3 5,2 12,8 +7,6 Espanha 11,3 10,1 13,0 +2,9 França 7,7 7,3 8,2 +0,9 Itália * 6,1 4,9 7,9 +3,0 Chipre 3,8 3,3 4,4 +1,1 Letónia 7,3 7,6 6,9 0,7 Lituânia 5,7 6,0 5,4 0,6 Luxemburgo 4,4 3,3 5,7 +2,4 Hungria 7,9 7,7 8,1 +0,4 Malta 5,8 5,6 6,2 +0,6 Países Baixos 2,8 2,6 3,0 +0,4 Áustria 3,8 3,6 4,1 +0,5 Polónia 7,1 6,4 8,0 +1,6 Portugal 7,7 6,6 9,0 +2,4 Roménia * 6,4 7,2 5,4 1,8 Eslovénia 4,5 4,2 4,9 +0,7 Eslováquia 9,6 8,5 11,0 +2,5 Finlândia 6,4 6,1 6,7 +0,6 Suécia 6,2 5,9 6,5 +0,6 Reino Unido * 5,3 5,6 5,0 0,6 Fonte: Eurostat, * dados disponíveis relativos apenas a 2007 O Eurostat calcula taxas de desemprego harmonizadas para cada um dos Estados Membros, para a zona euro e para a UE. Estas taxas de desemprego baseiam se na definição recomendada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O cálculo é baseado numa fonte harmonizada, o Inquérito às Forças de Trabalho (IFT) da UE. Com base na definição da OIT, o Eurostat define os desempregados como pessoas entre os 15 e os 74 anos de idade que: se encontram disponíveis para começar a trabalhar no prazo de duas semanas; e procuraram activamente emprego nas quatro semanas anteriores. A taxa de desemprego corresponde ao número de pessoas desempregadas expresso em percentagem da população activa. A população activa consiste no número total de pessoas empregadas e desempregadas. DV\772814PT.doc 11

12 III. Disparidades salariais entre homens e mulheres As disparidades salariais entre homens e mulheres são um dos indicadores estruturais da Estratégia de Lisboa e definem se como a diferença relativa entre as remunerações horárias médias brutas dos homens e das mulheres no conjunto da economia. Quadro 3: Disparidades salariais entre homens e mulheres por país em 2006 e 2007 Disparidades salariais entre homens e mulheres (não corrigidas) em % UE 27 17,7 (p) 17,4 (p) Bélgica 9,5 9,1 (p) Bulgária 12,4 12,7 (p) República Checa 23,4 23,6 Dinamarca 17,6 17,7 Alemanha 22,7 23,0 Estónia 30,3 30,3 (p) Irlanda 17,2 17,1 Grécia 20,7 20,7 (p) Espanha 17,9 17,6 (p) França 15,8 15,8 (p) Itália 4,4 4,4 (p) Chipre 21,8 23,1 Letónia 15,1 15,4 Lituânia 17,1 20,0 Luxemburgo 10,7 10,0 Hungria 14,4 16,3 Malta 5,2 5,2 (p) Países Baixos 23,6 23,6 Áustria 25,5 25,5 Polónia 7,5 7,5 Portugal 8,4 8,3 Roménia 7,8 12,7 Eslovénia 8,0 8,3 Eslováquia 25,8 23,6 Finlândia 21,3 20,0 (p) Suécia 16,5 17,9 Reino Unido 24,3 (p) 21,1 (p) Fonte: Eurostat, (p) valor provisório A disparidade salarial entre homens e mulheres não corrigida representa a diferença entre a remuneração horária média bruta dos homens e das mulheres em percentagem da dos homens. A população compreende todos os trabalhadores por conta de outrem em empresas com 10 ou mais empregados da secção C a O (excepto L) da NACE Rev Este indicador de disparidade é actualmente calculado a partir de dados recolhidos de acordo com a metodologia do Inquérito sobre a Estrutura dos Ganhos (Regulamento CE: 530/1999). Este inquérito substitui os dados baseados em fontes não harmonizadas. Para obter mais informações, consulte os textos explicativos pormenorizados (metadados). DV\772814PT.doc 12

13 IV. Quadro de síntese: taxa de emprego, taxa de desemprego e rendimento bruto Taxa de emprego Média anual da UE 27 em % Taxa de desemprego Média anual da UE 27 em % Rendimento bruto Indústria e serviços (excepto administração pública) Média anual da UE 27 em euros ANO Total Homens Mulheres Dif. % Total Homens Mulheres Dif. % Total (EUR) Homens (EUR) Mulheres (EUR) ,0 6,6 7,5 +0, ,4 72,5 58,3 14,2 7,1 6,6 7,8 +1, ,5 71,7 57,3 14,4 8,2 7,6 8,9 +1, ,6 70,8 56,3 14,5 8,9 8,3 9,6 +1, ,0 70,4 55,5 14,9 9,0 8,5 9,8 +1, ,6 70,3 54,9 15,4 9,0 8,4 9,7 +1, * * * ,4 70,4 54,4 16,0 8,9 8,3 9,7 +1, * * * ,6 70,9 54,3 16,6 8,5 7,7 9,4 +1, * * * ,2 70,8 53,7 17,1 8,7 7,8 9,8 +2, * * * * Dados relativos à UE 15 DV\772814PT.doc 13