A COGERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DO CAPIM BRACHIARIA: UM CASO DE INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA DE BIOENERGIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A COGERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DO CAPIM BRACHIARIA: UM CASO DE INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA DE BIOENERGIA"

Transcrição

1 A COGERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DO CAPIM BRACHIARIA: UM CASO DE INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA DE BIOENERGIA Adriane Carla Anastacio da Silva (UTFPR) anastacio@utfpr.edu.br Antonio Carlos de Francisco (UTFPR) acfrancisco@utfpr.edu.br Luciano Scandelari (UTFPR) scandelari@utfpr.edu.br O objetivo deste artigo é investigar o uso do capim brachiaria na cogeração de energia, apresentando uma alternativa sustentável, em regiões do cerrado mato-grossense. Para o desenvolvimento desta investigação foi realizada uma revisão biblliográfica sobre o tema e a empresa pesquisada, além de entrevistas semi-estruturadas, com o gerente e o técnico responsáveis, visando relatar a experiência na produção da biomassa, e as ações da empresa, considerando suas responsabilidades na produção de energia ambientalmente sustentável. A análise do estudo mostrou que a cogeração de energia térmica e elétrica, a partir das variedades de gramínea brachiaria Xaraés MG5, contribuindo para o abastecimento de energia elétrica e reduzindo os impactos ambientais, valoriza o potencial agrícola da região, e gera uma inovação, a partir do uso da biomassa dessas variedades pelo setor de bioenergia. Palavras-chaves: inovação, biomassa,fonte de energia renovável

2 1. Introdução A crise energética iniciada no país a partir do apagão de 2001 e preocupações ambientais de caráter mundial, como o efeito estufa, o aquecimento global, o desmatamento de áreas nativas, a extinção de algumas espécies de animais e de plantas, o aumento da poluição ambiental, levantaram à necessidade de desenvolver fontes de energia renováveis, que resultem de um processo limpo e sustentável. A geração da energia elétrica a partir de fontes renováveis vem se estabelecendo como uma alternativa cada vez mais importante, incorporando-se à matriz energética brasileira. Essa tendência é percebida em trabalhos de cenarização, que apontam a biomassa como uma das principais fontes de energia do século XXI, capaz de fornecer energia elétrica, térmica e mecânica. O potencial das fontes de energia renovável levou a um processo de inovação tecnológica forte no setor agrícola. O tipo de inovação sofre variação de acordo com as tecnologias empregadas no desenvolvimento de variedades de plantas ou nas técnicas aplicadas à agricultura, como na mecanização, na adução, na semeadura, no controle de pragas e na colheita, sendo um de seus objetivos a redução dos impactos ambientais na produção destes cultivares. O processo de cogeração de energia, combinando calor (energia térmica) e potência (energia elétrica), a partir da biomassa, constitui tema de estudo em diferentes centros de pesquisa do país. O CENBIO-USP/SP e NIPE-UNICAMP centram suas pesquisas no capim como fonte de energia, considerando o seu alto potencial energético e sua eficiência na fixação de CO 2 atmosférico durante o processo de fotossíntese. Considerando o objetivo deste estudo, combinar a sustentabilidade, a cogeração de energia limpa e renovável, a partir do capim brachiaria, analisaremos a experiência inovadora de um complexo industrial do setor de bioenergia, localizado no cerrado mato-grossense. 2. A biomassa e sua participação na matriz energética A biomassa em geral é considerada como fonte renovável e limpa, é capaz de fornecer diversos vetores energéticos, desde os tradicionais, como lenha e carvão vegetal, até alguns mais recentes que possam substituir derivados de petróleo, como é o caso do etanol, do biogás e do biodiesel, entre outros (PASCOTE, 2007). A utilização de fontes renováveis para a geração de energia se apresenta na matriz energética como uma alternativa importante e pode ser percebida em trabalhos de cenarização, que apontam à biomassa como uma das principais fontes de energia do século XXI. Na composição matriz energética, foram utilizados pelo estudo do BRASILB (2008), os dados mundiais do IEA, ano base 2005 e, do Brasil, os dados do MME, de 2007, apresentados na Tabela 1, considerando a participação majoritária das fontes de carbono fóssil, com 81%, destes 35% de petróleo, 25,3 % de carvão e 20,7% de gás natural. Felizmente, o Brasil conta com uma elevada participação das fontes 2

3 renováveis em sua matriz, destacando sua posição em relação às economias industrializadas mundiais. Tabela 1- Composição da matriz energética Fonte: adaptado do BRASIL B (2008) O destaque do Brasil na produção de energia deve-se a alguns fatores: uma bacia hidrográfica favorável, com vários rios de planalto, essencial à produção de eletricidade, no interior da qual representa 14,9%, e o fato de ser o maior país tropical do mundo, o que lhe confere um diferencial para a produção de energia a partir da biomassa de 30,9%. O Brasil, valorizando este potencial, lançou um Plano Nacional de Agroenergia (PNA), com ações previstas para o setor até Nele, a biomassa aparece como a maior e a mais sustentável fonte de energia renovável, composta por 220 bilhões de toneladas de matéria seca anual, disponível para uso energético (BRASIL A, 2006). O mesmo estudo considera que este tipo de energia tem potencial técnico para atender grande parte da demanda incremental de energia do mundo, independente da origem (eletricidade, aquecimento ou transporte). Segundo estimativas da Agência Internacional de Energia (IEA, 2004), a matriz energética brasileira é a mais limpa do mundo, com um índice de 35,9% de energia renovável, em comparação com os 13,5% do mundo, observados na Tabela 2, de Suprimento Mundial de Energia, considerando os dados de Tabela 2- Suprimento Mundial de Energia. 3

4 Fonte: IEA (2004) Os dados apresentados demonstram o potencial e a importância das fontes de energia renováveis. Neste contexto, o setor industrial, centros de pesquisa e sociedade vêm realizando iniciativas, visando desenvolver e gerar inovações que aproveitem este potencial e consolidem a posição ocupada pelo país no cenário mundial. 3. A inovação tecnológica aplicada à geração de energia O resultado desse esforço pode ser observado no nível de inovação, decorrentes de pesquisas, nessa área, no país. As estruturas industriais e o comportamento competitivo do setor agroindustrial, procurando inovar em todos os elos da cadeia produtiva, influenciam consideravelmente a geração de novos produtos, processos e padrões de produção. A sustentabilidade é um fator determinante, em muitos casos. Para que isto ocorra e a inovação se torne possível, devemos considerar a afirmação de Schumpeter (1982) quando ele diz que existem diversas possibilidades de inovação e podem estar relacionadas a diferentes fatores. Estes são os mais diversos e podem estar condicionados a um novo insumo, a um novo mercado, e associados à idéia de Santini et al. (2006), quando se refere à geração de uma inovação a partir da oferta de uma nova fonte de matéria-prima (SANTINI et al., 2006). A oferta de matéria-prima, a biomassa capim, quando utilizada na cogeração de energia, demonstra um caso de inovação nesta área. A afirmação é resultado de estudos de centros de pesquisa, como o CENBIO-USP/SP e NIPE-UNICAMP, que figuram entre os mais relevantes do país quanto às pesquisas para geração de energia a partir da biomassa (CARMEIS, 2003). Alguns projetos estão em andamento no país. Citamos o Projeto Integrado de Biomassa (PIB), envolvendo o IPT, a EMBRAPA-RJ, o RECOPE e UNICAMP, o qual tem o propósito de estudar a viabilidade do uso da gramínea, capim elefante, como fonte de energia renovável e limpa, observando aspectos, como: a interação bacteriana para a fixação do nitrogênio do ar, visando diminuir o uso de fertilizantes, a queima direta; o seu potencial de carvoajamento e gaseificação, além da criação de um equipamento para colher o capim, um exemplo claro de inovação. O PNA (BRASIL A, 2006) apresenta outros exemplos de inovação, que ilustram nosso estudo, como a utilização da biomassa como matéria-prima, fonte para a geração de eletricidade a partir do sistema de gaseificação, acoplada a turbinas a gás (IBGT), turbinas de ciclo combinado gás/vapor (GTCC), cama de circulação fluidizada (CFB), a gaseificação integrada de ciclos combinados (IGCC) e a cogeração. Neste aspecto, são considerados como inovação a melhoria de processos de produção, a armazenagem e o processamento de biomassa. As inovações na área de cogeração de energia são muitas e resultarão na identificação da viabilidade técnica e econômica das fontes renováveis de energia, permitindo a exploração comercial, o ganho de escala e a redução de custos (BRASIL A, 2006). Os resultados das pesquisas geradoras de inovações, o potencial agroenergético do país e a preocupação com a redução dos impactos ambientais, que afetam 4

5 diretamente o efeito estufa, são estímulos para que se pesquise cada vez mais e para nos tornarmos cada vez melhores nesse processo de valorização da vida do planeta. Neste estudo, destaca-se a inovação da biomassa para a geração e cogeração de energia, ressaltando o potencial energético da gramínea, o capim, em suas diversas variedades. 4. O capim utilizado com fins energéticos Inicia-se este tópico valorizando o resultado de uma década de pesquisas sobre uma variedade de gramínea, o capim-elefante; tais pesquisas renderam o título de campeão em biomassa energética ao Brasil. A afirmação é da Embrapa Agrobiologia, segundo a qual a pesquisa indica o alto potencial energético da gramínea, capaz de produzir de 30 a 40 toneladas de biomassa seca por hectare ao ano, sem adubação nitrogenada, podendo ser uma alternativa para solos pobres (OSAVA, 2007). As pesquisas anteriores, do mesmo órgão, afirmam que a cultura do capim elefante é altamente eficiente na fixação de CO 2, durante seu processo de fotossíntese, e que ele pode ser aproveitado para obter o carvão vegetal usado na produção de ferro gusa, depois do cumprimento de algumas exigências (EMBRAPA, 2004). Esta variedade continua sendo objeto de pesquisa, garante o técnico do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o pesquisador Mazzarella. Um dos desafios é melhorar o potencial de secagem da gramínea, pois a biomassa verde não seca na natureza, sendo necessário para isso um processo de secagem e compactação (MAZZARELLA, 2007). A extensão de terras do cerrado brasileiro e seu potencial agrícola apresentam uma oportunidade para o cultivo de biomassa para fins energéticos. O potencial de geração de energia do capim pode ser observado na Tabela 3, quantidade de energia produzida, em comparação a outras fontes renováveis. Tabela 3 - Energia produzida por algumas fontes renováveis Fonte: adaptado de Vilela (2007, p.5) Hall et al. (2005) afirma que um fator determinante para produzirmos a biomassa energética está na escolha do local do plantio e da espécie, a ser plantada de maneira ambientalmente sustentável, envolvendo as pessoas da região, em todas as etapas do projeto. Assim, o setor que pretende utilizar a biomassa para gerar 5

6 energia deve considerar as características e as potencialidades de cada região, fatores determinantes, segundo o mesmo autor, do sucesso da utilização da biomassa como fonte de energia renovável e sustentável. As fontes de energias renováveis a partir da biomassa podem ser convertidas em diferentes tipos de energia. Consideramos, no próximo tópico, a cogeração de energia elétrica resultante das energias térmicas e mecânicas. 4.1 O processo de cogeração de energia a partir da biomassa A Agência Nacional de Energia Elétrica (BRASIL, 2006, p.1) define cogeração de energia como o processo de produção combinada de calor útil e energia mecânica, geralmente convertida total ou parcialmente em energia elétrica, a partir da energia disponibilizada por uma fonte primaria. A energia elétrica convertida é utilizada para movimentar os equipamentos, em alguns casos a planta completa de uma indústria. Outros autores, como Oddone (2001), compartilham da mesma linha conceitual, considerando a cogeração de energia como o processo de transformação de uma forma de energia em energia útil, com a energia mecânica, utilizada para movimentar máquinas e a energia térmica, utilizada para geração de vapor, frio ou calor. A conversão energética da biomassa pode ser realizada por meio de diferentes processos. Segundo Nogueira et al. (2003), são eles: físicos, que resultam em briquetes e pelletes, aparas e óleo vegetal; biológicos, que resultam em etanol e biogás; e termoquímicos, resultando em calor, gases, altas temperaturas. O resultado final do processo é a produção de combustíveis intermediários ou de energia. Destacam-se os processos termoquímicos citados por Nogueira et al. (2003), como: a queima direta (combustão), gaseificação, pirólise e liquefação. O processo de conversão energética, a partir de biomassa, mais utilizado é o processo de combustão direta, em caldeiras, em ciclos a vapor, podendo gerar 40 GW em unidades médias com potência de 20 MW, em escala mundial (THORPE, 2002). A tecnologia das caldeiras para o incremento de vapor requer temperaturas e índices de pressão elevados. Neste caso, a indústria brasileira conta com caldeiras de alta pressão, equipamento fundamental para usinas de cogeração de energia, e que operam acima dos 100 Kgf/cm2, com temperaturas de mais de 500, gerando energia elétrica na ordem de 215 MW (Canal D, 2007). A cogeração de energia é uma alternativa utilizada por diversos segmentos do mercado. Neste contexto, abordaremos a seguir o cenário atual das indústrias que utilizam esse processo a partir da biomassa vegetal. 5. Um cenário industrial de cogeração de energia a partir da biomassa No setor industrial, a cada dia é mais comum a utilização de biomassa para a cogeração de energia térmica e elétrica, com garantias de sustentabilidade. Segundo Nogueira et al. (2003), a biomassa, como fonte de energia renovável, não depende apenas do vetor energético, mas fundamentalmente do contexto de sua utilização, da relação oferta e demanda existente. No Brasil, o processo de cogeração de energia a partir da biomassa, no setor industrial, é visto como uma oportunidade em alguns segmentos, devido à quantidade de resíduos gerados pelos seus próprios processos industriais. O fato é abordado em diversos trabalhos científicos, os 6

7 quais valorizam a utilização de insumos, como: o bagaço da cana, no sucroalcooleiro (COELHO; 1999; GUARDABASSI, 2006), os resíduos florestais, casca de madeira, raízes, entre outros, no setor de madeira (NOGUEIRA et al, 2003), a casca de arroz (COELHO et al, 2003), e os resíduos gerados no setor de papel e celulose (VELÁZQUEZ, 2000). Outra iniciativa que merece destaque é a utilização da gramínea, capim elefante, como fonte de energia, pela primeira termoelétrica brasileira em construção na Bahia, unidade cujo início das operações está previsto para o final de 2008 (LAMUSSI, 2007). A gramínea, insumo desse processo, é considerada como a fonte de maior potencial energético entre as fontes renováveis de energia, como já mencionado neste estudo. O setor sucroalcooleiro é o que tem maior representação na utilização de fontes de energia renováveis, daí o uso do bagaço de cana-de-açúcar configurar com maior representação na matriz energética brasileira, sendo responsável pelo suprimento de energia térmica, mecânica e elétrica das unidades de produção de açúcar e álcool do país (GUARDABASSI,2006). Para as empresas que pretendem utilizar a biomassa com fins energéticos, o autor Wiltsee (1999) apresenta alguns conselhos que viabilizam a inserção nesta atividade. São eles: quanto à localização, é necessário encontrar-se próxima da fonte geradora, apresentando o menor custo possível; quanto ao manuseio e a estocagem da biomassa, devem ser considerados alguns fatores, como o mau cheiro, a umidade, o crescimento de pragas e fungos; quanto à sazonalidade dos produtos agrícolas, é necessário dispor de alternativas. O mesmo autor considera o custo da biomassa pode se tornar muito alto, caso a cultura se localize a mais de 30 km, chegando a ser proibitivo para distâncias acima de 150 km. O mesmo fato é abordado na Agenda Elétrica Sustentável, com cenarização até 2020, onde os custos de coleta e transporte também são considerados como fatores importantes para a redução de custos da biomassa, independentemente da tecnologia utilizada no processo (WWW- Brasil, 2007). Desse modo, a curta distância entre a usina e a lavoura é fundamental para garantir a viabilidade na utilização de qualquer tipo de biomassa. O caso apresentado neste estudo ilustra a iniciativa inovadora de cogeração de energia a partir da biomassa, a gramínea Brachiaria Brizantha cv MG5 Xaraés, de uma empresa do setor de bioenergia. 6. Metodologia Para atingir o objetivo proposto para este estudo exploratório, foram realizadas: revisão bibliográfica sobre o tema e a empresa pesquisada; entrevistas semiestruturadas, com o gerente e o técnico responsáveis, visando relatar a experiência na produção da biomassa capim nas variedades citadas, e as ações da empresa, considerando suas responsabilidades na produção de energia ambientalmente sustentável. A escolha do caso em estudo é justificada pelas seguintes razões: (1) é uma empresa do setor de bioenergia, localizada no cerrado mato-grossense; (2) utiliza fontes renováveis para a geração de energia; (3) está dentro de um contexto rico para o estudo exploratório; (4) permitiu livre acesso ao ambiente. A entrevista semi-estruturada focou os seguintes aspectos: escolha da biomassa; processo de produção da biomassa; características de transporte; tecnologia 7

8 utilizada no processo de produção, transporte e conversão da biomassa; ações sustentáveis da empresa. Os dados apresentados nas tabelas ilustram a situação das fontes de energia no Brasil e no mundo e foram coletados do material pesquisado, em alguns casos com adaptações para o contexto abordado, e ilustram as fontes de evidências, sugeridas por Yin (2005), para se obter um bom estudo de caso, documentação, registro em arquivos e entrevistas. 7. Caracterização da organização O Complexo Industrial de Bioenergia é uma das empresas de um grupo multinacional, especializada no fornecimento de soluções integrada e personalizada para toda a cadeia do agronegócio, e está no Brasil desde Localizado em Alto Araguaia, MT, o complexo foi inaugurado em março de Trata-se da primeira usina brasileira dedicada ao biodiesel, com a produção de biodiesel já integrada ao recebimento e ao processamento de soja até a produção de óleo. Possui a maior capacidade de produção contratada no regime turn-key de uma única vez no Brasil. Sua planta industrial está construída em uma área de 32 hectares, possui tecnologia flex, capaz de produzir diversos tipos de farelos, óleo comestível, biodiesel, glicerina e energia elétrica. A sua estrutura de produção está distribuída em 4 unidades, sendo uma de esmagamento de soja, prensagem de caroço de algodão, girassol e cambre; produção de óleo vegetal refinado e/ou biodiesel B-100, com padrão europeu e norte-americano; e cogeração de energia elétrica e térmica. 7.1 Um caso de inovação no setor de bioenergia. Consideramos neste estudo a unidade de cogeração de energia elétrica e térmica na ordem de 200 mil MWh /ano, equipada com caldeiras flexíveis, projetadas para queimar qualquer tipo de biomassa. A capacidade de geração de energia elétrica é suficiente para abastecer uma cidade de 600 mil habitantes. A quantidade de energia utilizada para o funcionamento completo da planta é apenas 30% do total gerado, sendo o excedente comercializado junto às concessionárias da região. A viabilização do processo de cogeração do complexo oferece uma redução em 50% do custo da energia elétrica, e evita a derrubada das árvores do cerrado para a utilização como biomassa nesse processo. A opção da indústria em utilizar o capim brachiaria brizantha - Xaraés MG5, como biomassa no processo, traduz uma inovação para o setor. Os motivos que levaram à escolha desta gramínea são a sua capacidade de secar na natureza, em um prazo relativamente curto, 3 a 5 dias, e a sua alta produtividade, chegando a 25 t/ano. O estoque inicial da empresa é de 100 mil toneladas de biomassa, estimando-se a necessidade de 900 t/dia. No processo de produção desta biomassa, estão envolvidos aproximadamente 300 empreiteiros, um gerente e um técnico agrícola. Algumas das competências técnicas exigidas para esta prática são: a preparação do solo, escolha dos implementos, análise de sementes, escolha das áreas de plantio. Quanto à área total plantada, são 15 mil hectares, divididos em 8 propriedades próximas à indústria, não ultrapassando 30 km, com estimativa de ampliação da área para 20 mil hectares, no próximo plantio. As propriedades arrendadas recebem toda a infra-estrutura necessária à produção. A etapa inicial do processo é a análise de solo, realizada nos laboratórios da região; a próxima, é a preparação do solo, com o uso de grades, carretão, link, catação de raiz e tocos, prática muito comum em solo de cerrado; durante o 8

9 plantio, o adubo é aplicado junto com a semente, por decisão da equipe, utilizando-se 7 kg de sementes e 200 kg de adubo por hectare, em plantio convencional e plantio direto, este último em áreas limpas, com um período de utilização do solo de 5 a 6 anos; entre os períodos de poda, é necessário aplicar uma cobertura de adubo. A próxima etapa é o corte, realizado por cortadeiras adaptadas às colheitadeiras convencionais. A quantidade de cortes no ano sofre variação, devido ao tempo de utilização do solo, sendo 3 cortes para áreas de primeira vez, e 2 nas outras áreas, estimando um corte de 100 hectares/dia; depois que a biomassa estiver seca, o que leva de 3 a 5 dias, ela é enfardada, utilizando-se enfardadeiras de tecnologia holandesa, em fardos retangulares de 450 kg. A produção armazenada na lavoura é de 300 toneladas e de 900 toneladas na indústria. O transporte da lavoura até a indústria é feito por 6 carretas, com capacidade de 35 a 40 toneladas, previamente preparadas para este fim. Vale destacarmos que a empresa investe inclusive na manutenção das estradas, oferecendo uma melhor condição de tráfego. Sua meta é recuperar 300 km das estradas da região, ampliando sua largura para 5 metros e, em algumas delas, montando pontos de carregamento no percurso da lavoura até a indústria. O processamento da matéria-prima, a biomassa, utiliza uma tecnologia integrada para a cogeração de energia, fornecida por uma empresa de base. O tipo de caldeira utilizada para a queima da gramínea, instalado no complexo, é o primeiro da empresa com esta tecnologia, integrando a produção de óleo e/ou biodiesel, gerando energia elétrica e térmica, produzindo 150 toneladas/ hora de vapor, com pressão de operação de 65 kgf/cm², e operando com temperatura próxima a 500ºC. A empresa vem produzindo em fase experimental, outros tipos de gramínea, como o capimelefante, com uma área de 100 hectares, e o colonião, em 30 hectares. Essas experiências criam novas possibilidades de cultivo de outros tipos de gramíneas, valorizando as características do solo do cerrado. As preocupações com sustentabilidade e redução dos impactos ambientais são marcas registradas da empresa. Como podemos observar em ações, como: instalação do complexo industrial, preservando 12 dos 32 hectares; conformidade com padrões mundiais de poluição ambiental; produção de energia limpa e renovável; utilização de terras desgastadas, pobres, para o plantio da biomassa; redução da emissão de CO2, no ambiente, já que a queima da biomassa na atmosfera, na maioria das vezes, é compensada pela absorção no plantio da nova biomassa; venda de créditos de carbono ao mercado; utilização dos resíduos produzidos pela queima, como adubo para o próximo plantio da gramínea; reutilização da água utilizada na caldeira; redução do uso de herbicidas, já que o plantio das gramíneas ocorre a cada 5 ou 6 anos, entre outras. O sistema de gestão ambiental do grupo do qual o complexo faz parte é orientado à valorização da vida e pelo compromisso da empresa em ter uma atuação socialmente responsável, ambientalmente correta e economicamente viável, princípios do desenvolvimento sustentável. 7.2 Resultados A cogeração de energia a partir do capim brachiaria brizantha - Xaraés MG5 reduz a emissão de gases de efeito estufa, produzindo energia de uma forma ambientalmente sustentável, devido a fatores, como: substituição da energia, a partir de eletricidade disponível na rede elétrica, contribuindo para mitigar o uso dos recursos naturais convencionais; redução da 9

10 emissão de CO2, no ambiente, já que a queima da biomassa é compensada pela absorção da biomassa no período de plantio; redução do uso de fertilizantes convencionais, incorporando as cinzas, resíduos da conversão de energia, ao solo, como parte do processo de adubação; preservação das árvores do cerrado. A empresa utiliza alternativas que favorecem o desenvolvimento sustentável, convertidas em ações, considerando os princípios de sustentabilidade, como: valorização do potencial agrícola da região; recuperação de terras desgastadas; utilização de fontes de energia renovável; utilização de resíduos do processo produtivo; reutilização da água das caldeiras; valorização do cultivo de plantio direto; geração de novos empregos; recuperações das estradas, entre outras, que serão abordadas em trabalhos futuros pelos autores. 8. Considerações Finais O estudo realizado contribui para destacar o uso do capim brachiaria, fonte de energia renovável, na cogeração de energia elétrica e térmica, como uma ação inovadora quanto ao tipo de biomassa, por uma empresa do setor de bioenergia. A inovação pode ser utilizada por outros setores localizados em regiões que viabilizem o cultivo desta gramínea, com fins energéticos, como o cerrado mato-grossense. A experiência apresentada combina medidas de eficiência energética, considerando a oferta e a demanda. A possibilidade oferecida por uma fonte renovável de energia, para utilização com fins industriais, compõe um cenário energético ambientalmente sustentável. Neste novo cenário, a redução ou mitigação na emissão de CO 2, deve ser considerada como uma alternativa para os impactos ambientais graves, gerados no processo de queima da biomassa; o CO 2 é absorvido pela gramínea, no processo de plantio, mantendo sua concentração inalterada, quase que anulando seus efeitos ao meio ambiente. Dessa forma, a cogeração de energia por meio da biomassa, capim brachiaria, apresenta-se como uma oportunidade para empresas que pretendem aumentar as vantagens competitivas, contribuindo de forma efetiva para evitar danos ao meio ambiente, e destacando sua marca, por meio de ações ambientalmente corretas, economicamente viáveis, de cogeração de sua própria energia. Referências BRASIL, Brasília. Resolução Normativa N 235, de 14 de novembro de Diário Oficial de 22 de novembro de BRASIL A, MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Plano Nacional de Agroenergia , Brasília, BRASIL B, MME (Ministério de Minas e Energia). Resenha Energética Brasileira: Resultados Preliminares de Brasília, CANAL D. Cogeração de energia em alta. Pág 8. edição n 21. Piracicaba, CARMEIS, D. W. Mapeamento de competências e infra-estrutura no setor de energia. CGEE, Centro de Gestão de Estudos Estratégicos. Brasília, COELHO, S. T. Mecanismos para implementação da cogeração de eletricidade a partir de biomassa: um modelo para o estado de São Paulo. São Paulo, Tese (Doutorado em energia) - Programa Interunidades de Pós-Graduação em Energia.Universidade de São Paulo, São Paulo,

11 COELHO, S.T. et al. Panorama do potencial de biomassa no Brasil. Brasília: Dupligráfica, EMBRAPA. Redução das emissões de gás carbônico através da produção de bioenergia,utilizando o capim elefante. Seropédica, RJ, Disponível em : <http// Acesso em: 21 Abr GUARDABASSI, P. M. Sustentabilidade da biomassa como fonte de energia: perspectivas para países em desenvolvimento. São Paulo, Dissertação (Mestrado em Energia) Programa Interunidades de Pós- Graduação em Energia.Universidade de São Paulo, São Paulo, HALL, D. O. et al. Visão Geral de Energia e Biomassa. In ROSILLO-CALE, BAJAY E ROTHMAN (org) Uso da Biomassa para Produção de Energia na Indústria Brasileira. Campinas: Editora da UNICAMP, IEA (International Energy Agency). World Energy Outlook. Published by IEA, Paris, LAMUSSI, S. Termelétrica vai usar capim-elefante. Valor econômico, São Paulo, mar n Disponível em :<http// > Acesso em: 20 Abr MAZZARELLA,V.N.G. Capim Elefante com Fonte de Energia no Brasil: Realidade Atual e Expectativas. Jornada Madeira Energética. Rio de Janeiro, P.Point. NOGUEIRA, L.A.H et al. Dendroenergia: fundamentos e aplicações. 2 ed. Rio de Janeiro: Interciência, ODDONE, D. C. Cogeração: uma alternativa para produção de eletricidade. Dissertação (Mestrado em Energia) - Programa Interunidades de Pós-Graduação em Energia, Universidade de São Paulo, São Paulo, OSAVA. M. Capim elefante, novo campeão em biomassa no Brasil. IPS, Rio de Janeiro, out Disponível em : <http// > Acesso em: 20 Abr PASCOTE, R. Viabilidade da introdução do biodiesel na matriz energética brasileira. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção) Programa de Engenharia de Produção, Universidade Metodista de Piracicaba, Santa Bárbara d'oeste, SANTINI, G. A., et al. Inovações tecnológicas em cadeias agroindustriais: alguns casos do segmento de processamento de carnes, leite e café no Brasil. GEPROS/Gestão e Produção, Bauru, Ano 1, v, 3, p , SCHUMPETER, J. A. A teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural, THORPE, T.W., A Brief Review of Wave Energy, no Worshop Análise Prospectiva de Introdução de Tecnologias Alternativas de Energia no Brasil, COPPE 2002 (Relatório Preliminar) MCT. VELÁZQUEZ, S.M.S.G. A cogeração de energia no segmento de papel e celulose: contribuição à matriz energética do Brasil. São Paulo, Dissertação (Mestrado em Energia) - Programa Interunidades de Pós- Graduação em Energia, Universidade de São Paulo, São Paulo, VILELA, H. Capim Elefante paraíso na bioenergia. Carbono Brasil. Disponível em: <http// Acesso em: 20 Abr WILTSEE, G.A. Lessons learned from existing biomass power plants. California, BIOMASS, A GROWTH OPPORTUNITY IN GREEN ENERGY AND VALUE-ADDED PRODUCTS. Proceedings of the 4th Biomass Conference of the Americas, WWF-Brasil. Agenda elétrica sustentável 2020: estudo de cenários para um setor elétrico brasileiro eficiente, seguro e competitivo. 2. ed., Brasília, YIN, R. K. Estudo de Caso: planejamento e método. Porto Alegre: Bookman,

Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica. Biomassa

Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica. Biomassa Universidade Federal do Ceará Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica Universidade Federal do Ceará Biomassa Professora: Ruth Pastôra Saraiva

Leia mais

CURSO ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSA

CURSO ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSA CURSO ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSA JULIETA BARBOSA MONTEIRO, Dra julieta@lepten.ufsc.br 2011-1 DISPONIBILIDADE DE RECURSOS ANEEL Potencial Instalado (MW) PROCESSOS DE CONVERSÃO DA BIOMASSA PNE 2030

Leia mais

ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSAS

ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSAS ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSAS O que é biomassa? - É toda matéria orgânica proveniente das plantas e animais. Como se forma a biomassa? - A biomassa é obtida através da fotossíntese realizada pelas plantas.

Leia mais

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO DE BIOLOGIA (EAD)

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO DE BIOLOGIA (EAD) UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO DE BIOLOGIA (EAD) TRABALHO DE BIOLOGIA GERAL RAQUEL ALVES DA SILVA CRUZ Rio de Janeiro, 15 de abril de 2008. TRABALHO DE BIOLOGIA GERAL TERMOELÉTRICAS

Leia mais

Fusões e Aquisições no Setor Sucroalcooleiro e a Promoção da Bioeletricidade

Fusões e Aquisições no Setor Sucroalcooleiro e a Promoção da Bioeletricidade Fusões e Aquisições no Setor Sucroalcooleiro e a Promoção da Bioeletricidade Nivalde J. de Castro 1 Guilherme de A. Dantas 2 A indústria sucroalcooleira brasileira passa por um intenso processo de fusões

Leia mais

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017)

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017) Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017) PAULO CÉSAR RIBEIRO LIMA JANEIRO/2009 Paulo César Ribeiro Lima 2 Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017)

Leia mais

ELOBiomass.com. Como Comprar a Energia da Biomassa Lignocelulósica!

ELOBiomass.com. Como Comprar a Energia da Biomassa Lignocelulósica! ELOBiomass.com Como Comprar a Energia da Biomassa Lignocelulósica! ÍNDICE Introdução... I Biomassa Lignocelulósica Energética... 1 Energia de Fonte Renovável... 2 Nova Matriz Energética Mundial... 3 Geração

Leia mais

Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa

Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa MME Secretaria de Planejamento Energético Brasília Março de 2010 Roteiro 1. Cenário da Expansão 2. Características 3. Políticas Energéticas 4. Leilões

Leia mais

UMA EMPRESA DEDICADA À SUSTENTABILIDADE

UMA EMPRESA DEDICADA À SUSTENTABILIDADE UMA EMPRESA DEDICADA À SUSTENTABILIDADE Ricardo Blandy Vice - Presidente Nexsteppe Sementes do Brasil Novembro 2015 Nexsteppe Sede mundial em São Franscisco, CA Empresa de comercialização de SEMENTES DE

Leia mais

ETENE. Energias Renováveis

ETENE. Energias Renováveis Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste ETENE Fonte: http://www.noticiasagronegocios.com.br/portal/outros/1390-america-latina-reforca-lideranca-mundial-em-energias-renovaveis- 1. Conceito

Leia mais

Desempenho produtivo de clones de capimelefante nos Tabuleiros Costeiros de Alagoas

Desempenho produtivo de clones de capimelefante nos Tabuleiros Costeiros de Alagoas Desempenho produtivo de clones de capimelefante nos Tabuleiros Costeiros de Alagoas Anderson Carlos Marafon; Tassiano Maxwell Marinho Câmara; Antônio Dias Santiago; José Henrique de Albuquerque Rangel.

Leia mais

POTENCIAL DA BIOENERGIA FLORESTAL

POTENCIAL DA BIOENERGIA FLORESTAL POTENCIAL DA BIOENERGIA FLORESTAL - VIII Congresso Internacional de Compensado e Madeira Tropical - Marcus Vinicius da Silva Alves, Ph.D. Chefe do Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal

Leia mais

Agricultura de Baixo Carbono e Bioenergia. Heitor Cantarella FAPESP: Programa BIOEN & Instituto Agronômico de Campinas(IAC)

Agricultura de Baixo Carbono e Bioenergia. Heitor Cantarella FAPESP: Programa BIOEN & Instituto Agronômico de Campinas(IAC) Agricultura de Baixo Carbono e Bioenergia Heitor Cantarella FAPESP: Programa BIOEN & Instituto Agronômico de Campinas(IAC) Bioenergia: energia renovável recicla o CO 2 E + CO 2 + H 2 O CO 2 + H 2 O Fotossíntese

Leia mais

Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto. Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo.

Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto. Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo. Entraves à consolidação do Brasil na produção de energias limpas e renováveis Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo

Leia mais

Apresentação CEI. Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica

Apresentação CEI. Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica Apresentação CEI Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica A CEI é produtora independente de energia em MG, com 9 usinas em operação, 15 empreendimentos hidrelétricos em desenvolvimento (130MW) e

Leia mais

Biocombustíveis. Também chamados de agrocombustíveis

Biocombustíveis. Também chamados de agrocombustíveis Biocombustíveis Também chamados de agrocombustíveis Biomassa É o combustível obtido a partir da biomassa: material orgânico vegetal ou animal Uso tradicional: lenha, excrementos Etanol: álcool combustível.

Leia mais

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa)

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa) Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa) Aymoré de Castro Alvim Filho Eng. Eletricista, Dr. Especialista em Regulação, SRG/ANEEL 10/02/2009 Cartagena de Indias, Colombia Caracterização

Leia mais

GERAÇÃO POR BIOMASSA SORGO BIOMASSA COMO OPÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA PARA BIOENERGIA

GERAÇÃO POR BIOMASSA SORGO BIOMASSA COMO OPÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA PARA BIOENERGIA GERAÇÃO POR BIOMASSA SORGO BIOMASSA COMO OPÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA PARA BIOENERGIA Ricardo Blandy Vice Presidente de Desenvolvimento de Mercado Nexsteppe Sementes do Brasil rblandy@nexsteppe.com 19 3324-5007

Leia mais

USO DE SUBPRODUTOS PARA GERAÇÃO DE CALOR E ENERGIA. Lisandra C. Kaminski

USO DE SUBPRODUTOS PARA GERAÇÃO DE CALOR E ENERGIA. Lisandra C. Kaminski USO DE SUBPRODUTOS PARA GERAÇÃO DE CALOR E ENERGIA Lisandra C. Kaminski Casca de café Estudo realizado em 2008, pelo agrônomo Luiz Vicente Gentil, da UnB. Pode ser uma excelente opção como substituição

Leia mais

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia Disciplina: Fontes Alternativas de Parte 1 Fontes Renováveis de 1 Cronograma 1. Fontes renováveis 2. Fontes limpas 3. Fontes alternativas de energia 4. Exemplos de fontes renováveis 1. hidrelétrica 2.

Leia mais

Florestas de Eucalipto e Outras Biomassas como Fontes Alternativas de Energia

Florestas de Eucalipto e Outras Biomassas como Fontes Alternativas de Energia Florestas de Eucalipto e Outras Biomassas como Fontes Alternativas de Energia Roberto Pinto Superintendente Agroflorestal ERB - Energias Renováveis do Brasil Alagoas Mar/2014 ERB Energias Renováveis do

Leia mais

PRODUÇÃO DE VAPOR E ELETRICIDADE A EVOLUÇÃO DO SETOR SUCROALCOOLEIRO

PRODUÇÃO DE VAPOR E ELETRICIDADE A EVOLUÇÃO DO SETOR SUCROALCOOLEIRO PRODUÇÃO DE VAPOR E ELETRICIDADE A EVOLUÇÃO DO SETOR SUCROALCOOLEIRO II GERA: Workshop de Gestão de Energia e Resíduos na Agroindustria Sucroalcooleira FZEA - USP Pirassununga, 12 de junho de 2007 Helcio

Leia mais

Tecnologia & Engenharia Desafio Prático. Temporada 2014. Tecnologia & Engenharia. Desafio Prático. Torneio Brasil de Robótica

Tecnologia & Engenharia Desafio Prático. Temporada 2014. Tecnologia & Engenharia. Desafio Prático. Torneio Brasil de Robótica Temporada 2014 Tecnologia & Engenharia Desafio Prático Tecnologia & Engenharia Desafio Prático 7 3 1 4 5 6 2 1. Agroenergia: Descrição: trata-se da fabricação e uso dos diversos tipos de biocombustíveis

Leia mais

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO Medidas estão sendo tomadas... Serão suficientes? Estaremos, nós, seres pensantes, usando nossa casa, com consciência? O Protocolo de Kioto é um acordo internacional, proposto

Leia mais

USO DE BIOMASSA NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NA INDÚSTRIA DE CELULOSE

USO DE BIOMASSA NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NA INDÚSTRIA DE CELULOSE USO DE BIOMASSA NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NA INDÚSTRIA DE CELULOSE 1 Wanderlei David Pereira, 2 João Lages Neto 1 Gerente de Recuperação e Utilidades Fibria Unidade Aracruz. 2 Especialista de Meio

Leia mais

Jornal Canal da Bioenergia A energia das florestas Agosto de 2014 Ano 9 Nº 94

Jornal Canal da Bioenergia A energia das florestas Agosto de 2014 Ano 9 Nº 94 Jornal Canal da Bioenergia A energia das florestas Agosto de 2014 Ano 9 Nº 94 Apesar de pouco explorada, a biomassa florestal pode ser uma das alternativas para a diversificação da matriz energética Por

Leia mais

ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais. Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes

ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais. Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes Disciplina: - 2014 A energia esta envolvida em todas as ações que ocorrem no UNIVERSO FONTES DE ENERGIA FONTES

Leia mais

WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL

WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL GESEL / SINERGIA / EDF A OPÇÃO NUCLEAR PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL Altino Ventura Filho Secretário de Planejamento

Leia mais

Maria Paula Martins Diretora Geral

Maria Paula Martins Diretora Geral Maria Paula Martins Diretora Geral Evolução da Matriz Energética Brasileira 1970 2010 2030 38% 48% 14% 18% 7% 29% 35% Petróleo Carvão Hidráulica Cana Gás Urânio Lenha Outras renováveis 6% 12% 46% 2000

Leia mais

Aproveitamento Energético de Resíduos e Biomassa. Eng Rogério C. Perdoná

Aproveitamento Energético de Resíduos e Biomassa. Eng Rogério C. Perdoná Aproveitamento Energético de Resíduos e Biomassa Eng Rogério C. Perdoná 00 Apresentação Pessoal Rogério Carlos Perdoná Graduação Engenharia Elétrica Escola de Engenharia de Lins 1987 a 1992. Pós-graduação

Leia mais

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa.

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O que é o Aquecimento Global? O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno natural e consiste na retenção de calor irradiado pela

Leia mais

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática A Abiquim e suas ações de mitigação das mudanças climáticas As empresas químicas associadas à Abiquim, que representam cerca

Leia mais

Índice. 3 Resultados da pesquisa. 17 Conclusão. 19 Questionário utilizado na pesquisa

Índice. 3 Resultados da pesquisa. 17 Conclusão. 19 Questionário utilizado na pesquisa Índice 3 Resultados da pesquisa 17 Conclusão 19 Questionário utilizado na pesquisa Esta pesquisa é uma das ações previstas no Plano de Sustentabilidade para a Competitividade da Indústria Catarinense,

Leia mais

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E COGERAÇÃO COM GÁS NATURAL: BARREIRAS TECNOLÓGICAS E INSTITUCIONAIS

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E COGERAÇÃO COM GÁS NATURAL: BARREIRAS TECNOLÓGICAS E INSTITUCIONAIS GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E COGERAÇÃO COM GÁS NATURAL: BARREIRAS TECNOLÓGICAS E INSTITUCIONAIS AGENDA O Projeto P124 Geração Distribuída (GD) Estudo de caso: Porto de Santos AGENDA O Projeto P124 Geração Distribuída

Leia mais

Papel do setor sucroenergético na mitigação das mudanças climáticas

Papel do setor sucroenergético na mitigação das mudanças climáticas Ethanol Summit Painel: Biocombustíveis e a Mitigação das Mudanças Climáticas Papel do setor sucroenergético na mitigação das mudanças climáticas Géraldine Kutas International Advisor, Brazilian Sugarcane

Leia mais

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015 ATENÇÃO: ANTES DE ASSINAR ESTA CARTA, LEIA O CONTEÚDO ATÉ O FINAL E CLIQUE NO LINK. FÓRUM DE AÇÃO EMPRESARIAL PELO CLIMA CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015 O desafio da mudança do clima

Leia mais

Potencial de Geração de Energia Utilizando Biomassa de Resíduos no Estado do Pará

Potencial de Geração de Energia Utilizando Biomassa de Resíduos no Estado do Pará 1 Potencial de Geração de Energia Utilizando Biomassa de Resíduos no Estado do Pará G. Pinheiro, CELPA e G. Rendeiro, UFPA Resumo - Este trabalho apresenta dados referentes ao potencial de geração de energia

Leia mais

USO DO GÁS NATURAL DE PETRÓLEO NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

USO DO GÁS NATURAL DE PETRÓLEO NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA PÓS - GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA ADP8088 - SEMINÁRIOS EM ENGENHARIA AGRÍCOLA II USO DO GÁS NATURAL DE

Leia mais

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento.

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento. MERCADO DE CARBONO M ERCADO DE C A R O mercado de carbono representa uma alternativa para os países que têm a obrigação de reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa e uma oportunidade

Leia mais

Indústria brasileira de pellets. Texto publicado na Revista da Madeira Edição n 133 de Dezembro/2012. As Indústrias de Pellets no Brasil 01/10/2012

Indústria brasileira de pellets. Texto publicado na Revista da Madeira Edição n 133 de Dezembro/2012. As Indústrias de Pellets no Brasil 01/10/2012 Prof. MSc. Dorival Pinheiro Garcia Diretor de Pesquisa da ABIPEL Engenheiro Industrial Madeireiro Especialista em pellets de madeira pelletsdemadeira@gmail.com 01/10/2012 Texto publicado na Revista da

Leia mais

Vantagens e Desvantagens da Utilização da PALHA da Cana. Eng. Agr. Dib Nunes Jr. GRUPO IDEA

Vantagens e Desvantagens da Utilização da PALHA da Cana. Eng. Agr. Dib Nunes Jr. GRUPO IDEA Vantagens e Desvantagens da Utilização da PALHA da Cana Eng. Agr. Dib Nunes Jr. GRUPO IDEA NOVO PROTOCOLO AMBIENTAL (Única, Orplana e Secretaria do Meio Ambiente) Áreas mecanizáveis Extinção das queimadas

Leia mais

Estudos da Universidade Federal de Alagoas com Biomassa para o Aproveitamento Energético

Estudos da Universidade Federal de Alagoas com Biomassa para o Aproveitamento Energético Seminar Energies from Biomass Maceió, Alagoas, Brazil, 21-23 November, 2012 Estudos da Universidade Federal de Alagoas com Biomassa para o Aproveitamento Energético Aline da Silva Ramos (CTEC/UFAL, aline@lccv.ufal.br)

Leia mais

Engenharia Gerencial. A cogeração como alternativa aos desafios energéticos

Engenharia Gerencial. A cogeração como alternativa aos desafios energéticos A cogeração como alternativa aos desafios energéticos A visão corrente de que o Brasil possui um dos maiores parques de energia hidrelétrica do mundo, nos afasta de uma realidade um pouco distante disto.

Leia mais

S.O.S TERRA. Associated Press

S.O.S TERRA. Associated Press S.O.S TERRA O mundo atravessa uma fase crítica com relação ao clima e aos desafios energéticos. Se a Terra falasse, com certeza pediria socorro! Mas os desastres naturais já falam por ela e dizem muito

Leia mais

Tecnologia 100% Nacional Transformação e Recuperação Energética de Resíduos Orgânicos

Tecnologia 100% Nacional Transformação e Recuperação Energética de Resíduos Orgânicos Tecnologia 100% Nacional Transformação e Recuperação Energética de Resíduos Orgânicos Pirólise Convencional (400 C x 60 minutos x pressão atmosférica) Quantidade ano 2011 (1.000 t) Motivação (exemplo)

Leia mais

WOOD BRIQUETE BIOBRIQUETE BAGAÇO CANA BIOBRIQUETE CASCA CAFÉ

WOOD BRIQUETE BIOBRIQUETE BAGAÇO CANA BIOBRIQUETE CASCA CAFÉ WOOD BRIQUETE BIOBRIQUETE BAGAÇO CANA BIOBRIQUETE CASCA CAFÉ A solução para a questão vai incluir uma mudança substancial em relação ao modelo de produção, consumo e desenvolvimento. Para isso, será necessário

Leia mais

Valorização dos resíduos de biomassa. Produção de energia renovável (elétrica e térmica).

Valorização dos resíduos de biomassa. Produção de energia renovável (elétrica e térmica). Valorização dos resíduos de biomassa. Produção de energia renovável (elétrica e térmica). 1 Biomassa é uma substância orgânica, produzida pelo processo de acumulação de energia solar. O seu maior potencial

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Penna) Dispõe sobre a criação do Plano de Desenvolvimento Energético Integrado e do Fundo de Energia Alternativa. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Ficam instituídos

Leia mais

Sistema de Gestão Ambiental. Seis Sigma. Eco Six Sigma

Sistema de Gestão Ambiental. Seis Sigma. Eco Six Sigma Eco Six Sigma Nos dias de hoje, em que os requisitos de compra dos consumidores vão além do preço do produto, conquistar os consumidores torna-se um grande desafio. Características como a qualidade da

Leia mais

COLÉGIO SALESIANO SÃO JOSÉ Geografia 9º Ano Prof.º Daniel Fonseca. Produção energética no Brasil: Etanol, Petróleo e Hidreletricidade

COLÉGIO SALESIANO SÃO JOSÉ Geografia 9º Ano Prof.º Daniel Fonseca. Produção energética no Brasil: Etanol, Petróleo e Hidreletricidade COLÉGIO SALESIANO SÃO JOSÉ Geografia 9º Ano Prof.º Daniel Fonseca Produção energética no Brasil: Etanol, Petróleo e Hidreletricidade Etanol A produção de álcool combustível como fonte de energia deve-se

Leia mais

O papel da APROSOJA na promoção da sustentabilidade na cadeia produtiva da soja brasileira

O papel da APROSOJA na promoção da sustentabilidade na cadeia produtiva da soja brasileira O papel da APROSOJA na promoção da sustentabilidade na cadeia produtiva da soja brasileira Clusters para exportação sustentável nas cadeias produtivas da carne bovina e soja Eng Agrônomo Lucas Galvan Diretor

Leia mais

SOLUÇÕES SÓCIO AMBIENTAIS TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

SOLUÇÕES SÓCIO AMBIENTAIS TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS SOLUÇÕES SÓCIO AMBIENTAIS TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS AGENDA GESTÃO INTEGRAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) CARACTERÍSTICAS DA SOLUÇÃO EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL COM SOLUÇÃO INTEGRADA BENEFÍCIOS

Leia mais

FACULDADE DE JAGUARIÚNA

FACULDADE DE JAGUARIÚNA Comparação da eficiência ambiental de caldeira operada com gás natural e caldeira operada com casca de coco babaçu Gustavo Godoi Neves (Eng. de Produção - FAJ) gustavo_g_n@hotmail.com Dra Ângela Maria

Leia mais

Biocombustíveis: Estudo de culturas adequadas à sua produção: um panorama da produção agrícola da cana de açúcar e da soja.

Biocombustíveis: Estudo de culturas adequadas à sua produção: um panorama da produção agrícola da cana de açúcar e da soja. Biocombustíveis: Estudo de culturas adequadas à sua produção: um panorama da produção agrícola da cana de açúcar e da soja. Maria Helena M. Rocha Lima Nilo da Silva Teixeira Introdução Quais os fatores

Leia mais

CENBIO Centro Nacional de Referência em Biomassa

CENBIO Centro Nacional de Referência em Biomassa NOTA TECNICA I COMPARAÇÃO DA ELETRICIDADE GERADA EM CICLOS COMBINADOS A GÁS NATURAL E A PARTIR DE BIOMASSA No Decreto No. 3371 do MME (24/2/2000) foi instituído o Programa Prioritário de Termeletricidade

Leia mais

Aplicação do algoritmo genético na otimização da produção em indústrias de açúcar e álcool

Aplicação do algoritmo genético na otimização da produção em indústrias de açúcar e álcool Aplicação do algoritmo genético na otimização da produção em indústrias de açúcar e álcool Lucélia Costa Oliveira¹; Mário Luiz Viana Alvarenga² ¹ Aluna do curso de Engenharia de Produção e bolsista do

Leia mais

Apresentação Grupo Solví

Apresentação Grupo Solví Apresentação Grupo Solví Mesa redonda Mercado de Metano Experiência Brasileira do Grupo Solvi com Gás G s Metano O Grupo Solví Resíduos Valorização Energética Saneamento O Grupo Solví Grupo Solví Valorização

Leia mais

ENERGIAS RENOVÁVEIS NA AMAZÔNIA Como Conciliar Desenvolvimento e Sustentabilidade

ENERGIAS RENOVÁVEIS NA AMAZÔNIA Como Conciliar Desenvolvimento e Sustentabilidade ENERGIAS RENOVÁVEIS NA AMAZÔNIA Como Conciliar Desenvolvimento e Sustentabilidade Paulo Felipe de Oliveira Lima Graduando de Geografia na UFPA paulo.felipelima@gmail.com 1. Introdução Energia é algo primordial

Leia mais

Energia Primária da Biomassa e Reconversão do CO₂ em Energia. Autor: Eng. Raymond Guyomarc h Palestrante: Eng. Hely de Andrade SEE BRASIL

Energia Primária da Biomassa e Reconversão do CO₂ em Energia. Autor: Eng. Raymond Guyomarc h Palestrante: Eng. Hely de Andrade SEE BRASIL Energia Primária da Biomassa e Reconversão do CO₂ em Energia Autor: Eng. Raymond Guyomarc h Palestrante: Eng. Hely de Andrade 1 Índice : 1. Matérias combustíveis utilizáveis 2. A secagem com CO₂ - SEE

Leia mais

Reciclar, Transformar, Valorizar Lixo Urbano

Reciclar, Transformar, Valorizar Lixo Urbano Reciclar, Transformar, Valorizar Lixo Urbano Kuttner do Brasil Patrick Pottie 10-08-2009 Produção de Energia Ecologicamente Limpa pela Biometanização Anaeróbica do Lixo Orgânico e Poda Verde... pela...

Leia mais

A MAIOR EMPRESA DE BIODIESEL DO BRASIL

A MAIOR EMPRESA DE BIODIESEL DO BRASIL A MAIOR EMPRESA DE BIODIESEL DO BRASIL BIODIESEL O que é? O biodiesel pode ser produzido a partir de qualquer óleo vegetal - tal como soja, girassol, canola, palma ou mamona -, assim como a partir de gordura

Leia mais

Bioeletricidade >> Energia Positiva para o Desenvolvimento Sustentável. Tecnologia => disponível com eficiência crescente

Bioeletricidade >> Energia Positiva para o Desenvolvimento Sustentável. Tecnologia => disponível com eficiência crescente Cana de Açúcar => oferta crescente matéria prima energética Bagaço + Palha => disponibilidade existente e assegurada Bioeletricidade >> Energia Positiva para o Desenvolvimento Sustentável Tecnologia =>

Leia mais

PRODUÇÃO DE ENERGIA ATRAVÉS DA BIOMASSA: PROCESSOS E PANORAMA NACIONAL E MUNDIAL

PRODUÇÃO DE ENERGIA ATRAVÉS DA BIOMASSA: PROCESSOS E PANORAMA NACIONAL E MUNDIAL 1º SEMINÁRIO PARANAENSE DE ENERGIA DE BIOMASSA RESIDUAL AGRÍCOLA 06 DE DEZEMBRO DE 2013 LOCAL: SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PRODUÇÃO DE ENERGIA ATRAVÉS DA BIOMASSA: PROCESSOS E PANORAMA NACIONAL E MUNDIAL

Leia mais

Seminário Internacional - Oportunidades e Desafios do Mercado de Carbono Pós COP-15

Seminário Internacional - Oportunidades e Desafios do Mercado de Carbono Pós COP-15 Seminário Internacional - Oportunidades e Desafios do Mercado de Carbono Pós COP-15 São Paulo, 24/02/2010 Mudanças Climáticas: redução de emissões de GEE pelo setor sucro-alcooleiro Isaias C. Macedo NIPE,

Leia mais

Os sistemas de despoeiramento, presentes em todas as usinas do Grupo Gerdau, captam e filtram gases e partículas sólidas gerados na produção

Os sistemas de despoeiramento, presentes em todas as usinas do Grupo Gerdau, captam e filtram gases e partículas sólidas gerados na produção Os sistemas de despoeiramento, presentes em todas as usinas do Grupo Gerdau, captam e filtram gases e partículas sólidas gerados na produção siderúrgica. Ontário Canadá GESTÃO AMBIENTAL Sistema de gestão

Leia mais

APROVEITAMENTO DA BIOMASSA RESIDUAL DE COLHEITA FLORESTAL

APROVEITAMENTO DA BIOMASSA RESIDUAL DE COLHEITA FLORESTAL APROVEITAMENTO DA BIOMASSA RESIDUAL DE COLHEITA FLORESTAL XIV Seminário de Atualização Sobre Sistemas de Colheita de Madeira e Transporte Florestal Curitiba, Agosto 2006 1. Introdução O preço do petróleo

Leia mais

ENERGIAS RENOVÁVEIS NO BRASIL MAIO 2010

ENERGIAS RENOVÁVEIS NO BRASIL MAIO 2010 ENERGIAS RENOVÁVEIS NO BRASIL MAIO 2010 Índice Conceito de Energia Renovável Energias Renováveis no Brasil Aspectos Gerais de Projetos Eólicos, a Biomassa e PCHs Outorga de Autorização de Projetos Incentivos

Leia mais

Bioeletricidade no Setor Sucroenergético: uma pauta para o desenvolvimento de seu potencial

Bioeletricidade no Setor Sucroenergético: uma pauta para o desenvolvimento de seu potencial Bioeletricidade no Setor Sucroenergético: uma pauta para o desenvolvimento de seu potencial Zilmar José de Souza, Assessor em Bioeletricidade, UNICA, SP, Brasil Agenda - Situação atual da bioeletricidade

Leia mais

Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional

Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional Fimai/Simai/ Câmara Ítalo - Brasileira Elaborada por: Eng. Marcio Takata Novembro/ 2010 Contexto Fonte: Apresentação Solvis Energia - Tendências

Leia mais

Linha Economia Verde

Linha Economia Verde Linha Economia Verde QUEM SOMOS Instituição Financeira do Estado de São Paulo, regulada pelo Banco Central, com inicio de atividades em Março/2009 Instrumento institucional de apoio àexecução de políticas

Leia mais

Lista dos tópicos tecnológicos

Lista dos tópicos tecnológicos Centro de Gestão e Estudos Estratégicos Ciência, Tecnologia e Inovação Energia Anexo 1 Lista dos tópicos tecnológicos 1 2 Energia 1. Tecnologias para a geração de energia elétrica Combustíveis fósseis

Leia mais

A VISÃO O ATUALIZADA DA QUESTÃO O ETANOL. Maurílio Biagi Filho

A VISÃO O ATUALIZADA DA QUESTÃO O ETANOL. Maurílio Biagi Filho A VISÃO O ATUALIZADA DA QUESTÃO O ETANOL Maurílio Biagi Filho Roteiro Evolução e perspectivas da indústria sucroalcooleira no Brasil. Brasil: potencial para aumento da produção e produtividade. Expansão

Leia mais

Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 17 a 20 de outubro, 2011 282 ARTIGOS COMPLETOS... 283

Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 17 a 20 de outubro, 2011 282 ARTIGOS COMPLETOS... 283 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 17 a 20 de outubro, 2011 282 ARTIGOS COMPLETOS... 283 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 17 a 20 de outubro, 2011

Leia mais

Disponibilização e consumo de energia: implicações sobre o meio ambiente

Disponibilização e consumo de energia: implicações sobre o meio ambiente Disponibilização e consumo de energia: implicações sobre o meio ambiente Ipea Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Gesmar Rosa dos Santos Antenor Lopes Conteúdo Características gerais da Oferta Interna

Leia mais

Potencial dos Biocombustíveis

Potencial dos Biocombustíveis Potencial dos Biocombustíveis Mozart Schmitt de Queiroz Gerente Executivo de Desenvolvimento Energético Diretoria de Gás e Energia Petrobras S.A. Belo Horizonte, 17 de outubro de 2007 Evolução da Capacidade

Leia mais

O Mercado de Energia Eólica E e no Mundo. Brasil: vento, energia e investimento. São Paulo/SP 23 de novembro de 2007

O Mercado de Energia Eólica E e no Mundo. Brasil: vento, energia e investimento. São Paulo/SP 23 de novembro de 2007 O Mercado de Energia Eólica E no Brasil e no Mundo Brasil: vento, energia e investimento São Paulo/SP 23 de novembro de 2007 Energia: importância e impactos A energia é um dos principais insumos da indústria

Leia mais

Eficiência Energética + Comercialização de Energia Oportunidades Conjuntas 16/10/08

Eficiência Energética + Comercialização de Energia Oportunidades Conjuntas 16/10/08 Eficiência Energética + Comercialização de Energia Oportunidades Conjuntas 16/10/08 RME Rio Minas Energia Participações S.A Luce Brasil Fundo de Investimentos - LUCE Missão da Light: Ser uma grande empresa

Leia mais

Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais.

Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais. Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Agrárias Departamento de Engenharia Agrícola Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais. Robson

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

As perspectivas de políticas públicas para gestão da energia e eficiência energética no Brasil

As perspectivas de políticas públicas para gestão da energia e eficiência energética no Brasil As perspectivas de políticas públicas para gestão da energia e eficiência energética no Brasil São Paulo, 5 de dezembro de 2013 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO BRASIL Principais Programas e Resultados Lei de

Leia mais

Monitoramento do Bioma Cerrado

Monitoramento do Bioma Cerrado Monitoramento do Bioma Cerrado Prof. Dr. Nilson C. Ferreira Monitoramento do Bioma Cerrado Biomas Brasileiros, destaque mapa antrópico do bioma Cerrado. Fonte: Sano et al. 2007(PROBIO-MMA). Monitoramento

Leia mais

1. A biomassa como energia complementar à hidroeletricidade

1. A biomassa como energia complementar à hidroeletricidade Artigo por: Suani T Coelho, Javier Escobar Como implementar a Biomassa na Matriz Energética Brasileira? 1. A biomassa como energia complementar à hidroeletricidade O tema das energias renováveis na matriz

Leia mais

Geração Elétrica Total. Cenário de Referência (2007)

Geração Elétrica Total. Cenário de Referência (2007) Geração Elétrica Total Cenário de Referência (2007) Greenpeace Brasil Somos uma organização global e independente que atua para defender o meio ambiente e promover a paz, inspirando as pessoas a mudarem

Leia mais

Disciplina: Eletrificação Rural. Unidade 3 Geração, transmissão e distribuição da energia elétrica.

Disciplina: Eletrificação Rural. Unidade 3 Geração, transmissão e distribuição da energia elétrica. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE SOLOS E ENGENHARIA AGRÍCOLA Disciplina: Eletrificação Rural Unidade 3 Geração, transmissão e distribuição da energia elétrica.

Leia mais

Em 20 anos, Brasil poderá gerar 280 MW de energia do lixo

Em 20 anos, Brasil poderá gerar 280 MW de energia do lixo Em 20 anos, Brasil poderá gerar 280 MW de energia do lixo Fabíola Ortiz - 28/02/13 Potencial de produção de energia vinda dos aterros pode dobrar em 20 anos, se a lei de resíduos sólidos for cumprida.

Leia mais

Unidade de BIOENERGIA, LNEG, Est. do Paço do Lumiar, 1649-038 Lisboa, Portugal. (e-mail: santino.diberardino@mail.ineti.pt)

Unidade de BIOENERGIA, LNEG, Est. do Paço do Lumiar, 1649-038 Lisboa, Portugal. (e-mail: santino.diberardino@mail.ineti.pt) Digestão anaeróbia Santino Di Berardino em Porto santo Unidade de BIOENERGIA, LNEG, Est. do Paço do Lumiar, 1649-038 Lisboa, Portugal. (e-mail: santino.diberardino@mail.ineti.pt) 1 1 Introdução O desenvolvimento

Leia mais

Aprenda a produzir e preservar mais com a Série Produção com Preservação do Time Agro Brasil Entre no portal www.timeagrobrasil.com.

Aprenda a produzir e preservar mais com a Série Produção com Preservação do Time Agro Brasil Entre no portal www.timeagrobrasil.com. 1 Aprenda a produzir e preservar mais com a Série Produção com Preservação do Time Agro Brasil Entre no portal www.timeagrobrasil.com.br e baixe todas as cartilhas, ou retire no seu Sindicato Rural. E

Leia mais

ção Profissional na Cogeraçã EDUCOGEN

ção Profissional na Cogeraçã EDUCOGEN Conhecimento e Capacitaçã ção Profissional na Cogeraçã ção EDUCOGEN José R. Simões-Moreira SISEA Laboratório de Sistemas Energéticos Alternativos Depto. Engenharia Mecânica Escola Politécnica da Universidade

Leia mais

O Mercado de Energia Eólica E e no Mundo

O Mercado de Energia Eólica E e no Mundo O Mercado de Energia Eólica E no Brasil e no Mundo Audiência Pública P - Senado Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle Brasília/DF 19 de junho de 2008 Energia: importância

Leia mais

DEMANDA GT. Arranjos alternativos para geração eólica

DEMANDA GT. Arranjos alternativos para geração eólica DEMANDA GT Arranjos alternativos para geração eólica OBJETIVOS Desenvolver uma turbina eólica de eixo vertical de pás fixas, de pequeno porte e custo reduzido. Realizar ensaios de rendimento do equipamento

Leia mais

PROGRAMA DE TRABALHO INEE 2008/2009 Diretoria Executiva

PROGRAMA DE TRABALHO INEE 2008/2009 Diretoria Executiva PROGRAMA DE TRABALHO INEE 2008/2009 Diretoria Executiva O presente programa de trabalho do INEE refere-se ao período de abril 2008 a março 2009. A missão do INEE é reduzir o uso de energia primária sem

Leia mais

Seja dono. da sua ENERGIA

Seja dono. da sua ENERGIA Seja dono AV Afonso Vaz De melo 677 Sala 301 CEP: 30.640-070 Belo Horizonte (MG) Tel. +55 31 3689-7452 info@solarfast.it www.solarfast.it da sua ENERGIA Energia solar Fontes renováveis, economia de energia,

Leia mais

Apague velhos. Acenda uma grande. hábitos. idéia.

Apague velhos. Acenda uma grande. hábitos. idéia. Apague velhos hábitos. Acenda uma grande idéia. Crise Energética Por que todos falam em crise energética? Porque a crise energética sul-americana deixou de ser um cenário hipotético para se transformar

Leia mais

4.1. Biomassa para fins energéticos

4.1. Biomassa para fins energéticos 4. Biomassa O termo biomassa possui diferentes conceitos porém interligados entre si - que variam de acordo com a perspectiva utilizada (geração de energia ou ecologia). Sob a perspectiva da ecologia,

Leia mais

O Melhoramento de Plantas e o Aquecimento Global. Arnaldo José Raizer P&D - Variedades

O Melhoramento de Plantas e o Aquecimento Global. Arnaldo José Raizer P&D - Variedades O Melhoramento de Plantas e o Aquecimento Global 1 Arnaldo José Raizer P&D - Variedades Roteiro Aquecimento Global Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) O setor sucro-energético Melhoramento Genético e

Leia mais

e sua Adequação como Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Eduardo A. Ananias Instituto de Biociências USP

e sua Adequação como Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Eduardo A. Ananias Instituto de Biociências USP Tecnologias Ambientais para Curtumes e sua Adequação como Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Eduardo A. Ananias Instituto de Biociências USP Sérgio Almeida Pacca EACH USP Panorama geral do

Leia mais

OPORTUNIDADES PARA FLORESTAS ENERGÉTICAS NA GERAÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL

OPORTUNIDADES PARA FLORESTAS ENERGÉTICAS NA GERAÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL APRESENTAÇÃO OPORTUNIDADES PARA FLORESTAS ENERGÉTICAS NA GERAÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL AGROICONE JULHO 2015 TEMA CÓDIGO FLORESTAL PROJETO OPORTUNIDADES PARA FLORESTAS ENERGÉTICAS NA GERAÇÃO DE BIOENERGIA

Leia mais

Título Economia de baixo carbono, desafios e oportunidades para o setor elétrico Veículo Canal Energia Data 16 dezembro 2015 Autor Claudio J. D.

Título Economia de baixo carbono, desafios e oportunidades para o setor elétrico Veículo Canal Energia Data 16 dezembro 2015 Autor Claudio J. D. Título Economia de baixo carbono, desafios e oportunidades para o setor elétrico Veículo Canal Energia Data 16 dezembro 2015 Autor Claudio J. D. Sales Estiveram reunidos nas duas últimas semanas em Paris,

Leia mais

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1 2 Qual o padrão atual da oferta de eletricidade no Brasil? Qual o padrão

Leia mais