Papel do setor sucroenergético na mitigação das mudanças climáticas
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- Maria Eduarda Azenha Tuschinski
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1 Ethanol Summit Painel: Biocombustíveis e a Mitigação das Mudanças Climáticas Papel do setor sucroenergético na mitigação das mudanças climáticas Géraldine Kutas International Advisor, Brazilian Sugarcane Industry Association (UNICA) São Paulo, 2 de junho de 2009
2 EVOLUÇÃO DAS EMISSÕES NO BRASIL Source: Mckinsey (2009) Caminhos para uma economica de baixa emissão de carbono no Brasil
3 REDUÇÕES DE GEE: CUSTO DE ABATIMENTO Source: Mckinsey (2009) Caminhos para uma economica de baixa emissão de carbono no Brasil
4 OFERTA INTERNA DE ENERGIA EM 2000 E 2008 RENOVÁVEIS 41% 45% Outros renováveis Lenha e carvão vegetal Hidroeletricidade Cana-de-açúcar Urânio Carvão Gás natural Petróleo e derivados Energias renováveis na matriz energética Mundo (2006): 12,9% OCDE (2006): 6,7% Fonte: BEN (2009). Elaboração: UNICA
5 SISTEMA INTEGRADO DE GERAÇÃO DE BIOELETRICIDADE 27 bln litros 562 mln ton MW 31 mln ton Consumo de etanol supera o de gasolina no Brasil: toda gasolina consumida no país contém 20-25% de etanol. Mais de 90% dos veículos novos vendidos são FFV (projetados para trabalhar com qualquer mistura - de E20 a E100). Usinas 100% auto-suficiente em energia: as usinas brasileiras geram sua própria energia através da queima do bagaço da cana, além de produzirem excedentes de bioeletricidade comercializados no mercado nacional de energia. Nota: valores referentes à safra 2008/09 (estimativas)
6 CONSUMO DE ETANOL E GASOLINA NO BRASIL Gasolina Etanol Fontes: ANP and UNICA.
7 NOVOS USOS DA CANA-DE-AÇUCAR Ônibus movido a etanol (E85) em São Paulo projeto piloto Motos flex Bioplásticos (PHB, polietileno, PVC) 100% etanol, usado para pulverizar plantações Biobutanol Produção de diesel a partir da cana
8 BALANÇO ENERGÉTICO Valores representam a quantidade de energia contida no etanol por unidade de energia fóssil utilizada para produzi-lo. Cana-de-açúcar Trigo Beterraba Milho Fontes: World Watch Institute (2006) e Macedo et al. (2008). Elaboração: UNICA
9 REDUÇÃO DA EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA Redução das emissões quando o etanol é utilizado em substituição à gasolina Sources: IEA & UNEP for OECD (2008) based on many published studies
10 Fonte: CIMGC 30/11/08 PROJETOS DE MDL NO BRASIL POR SETOR
11 ENERGIAS RENOVÁVEIS: PROJETOS DE MDL APROVADOS NO BRASIL De acordo com a capacidade instalada (MW) 28 projetos registrados (523 ktco2e/ano) 29 projetos em validação (913 ktco2e/ano) Fonte: CIMGC 30/11/08
12 OPORTUNIDADES IDENTIFICADAS PARA PROJETOS DE MDL Aproveitamento da biomassa de cana (bagaço) para cogeração de eletricidade Retrofit de caldeiras de baixa pressão para caldeiras de alta pressão Já em uso pelo setor? Sim Sim Há metodologia MDL? Sim Sim Processamento da vinhaça com aproveitamento do CH 4 Estágio inicial Sim Uso do etanol em frotas cativas, em substituição ao diesel Não Sim Reflorestamento de áreas de preservação permanentes (APPs) Não Sim Reflorestamento com aproveitamento da biomassa para cogeração de eletricidade Não Sim Eliminação do uso do fogo na colheita da cana Não Não Construção de dutos para transporte de etanol Não Não Porém. Porque? Produção e consumo de etanol, o principal produto da industria com o maior potencial de mitigação, não é elegível no esquema atual de MDL. Adicionalidade, monitoramento, propriedade dos créditos, limites do projeto. Fonte: based on Cantor CO2e. Note: latest update March 23, 2009
13 SETOR SUCROENERGÉTICO MECANISMOS PARA MITIGAR AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS I. Produção de etanol não é a única solução, mas é uma alternativa real e importante para promoção da segurança energética e mitigação dos efeitos do aquecimento global Brasil dispõem de experiência de 3 décadas e já substitui 50% do consumo nacional de gasolina, utilizando somente 1% das terras aráveis II. Conceito de geração integrada de bioeletricidade III. Produção sustentável de etanol representa uma oportunidade positiva para mais de 100 nações em desenvolvimento: Democratização da energia Promoção do desenvolvimento de novas tecnologias Geração de emprego em zonas rurais Oportunidades de exportação Diversificação da renda dos produtores Geração e venda de créditos de carbono MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo)
14 O QUE O BRASIL JÁ ESTÁ FAZENDO: POLÍTICAS PÚBLICAS PLANO NACIONAL DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS Metas para redução do desmatamento: desmatamento ilegal zero! Aumento de biocombustíveis na matriz de transportes Manter elevada a participação da energia renovável na matriz elétrica POLITICA ESTADUAL PAULISTA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS Incentivos positivos : metas voluntárias por setor e registro público voluntário de emissões (facilidades para licenciamento ambiental e obtenção de financiamento público) Metas para o setor energético (redução de 20% das emissões para 2020) NORMATIVA DO IBAMA PARA TERMOELÉTRICAS A CARVÃO E PETRÓLEO Termoelétricas sujas terão que compensar suas emissões para renovar seus licenciamentos ambientais. Uma parte (1/3) deverá ser feita através do plantio de árvores (obrigatório), outra parte (2/3) poderá ser compensada com investimentos em outras formas de energia limpa. Já se observam medidas embrionárias para um cap and trade
15 CONCLUSÃO A mudança climática é um problema global e só poderá ser enfrentada se a comunidade internacional, como um todo, tomar ações significativas rapidamente. As emissões passadas do Brasil não provocaram as atuais mudanças climáticas, porém elas já são significativas atualmente. O país não pode seguir se baseando somente nesse argumento cientificamente inquestionável para justificar uma posição defensiva. Recomendações: Debates periódicos intra e entre setores no Brasil Elaboração de estudos para identificar as melhores opções para reduzir as emissões no Brasil com a melhor relação custo/beneficio Participação ativa do setor empresarial brasileiro nas negociações do clima As políticas publicas já definidas e as vantagens comparativas do pais permitem que o Brasil possa assumir a liderança dessas discussões com posicionamentos inovadores. Para isso, devemos ser proativos e repensar a atuação brasileira nas negociações.
16 Muito obrigada
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