Direitos Humanos, Diversidade Humana e Serviço Social. Modalidade da apresentação: Comunicação oral

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1 Direitos Humanos, Diversidade Humana e Serviço Social Modalidade da apresentação: Comunicação oral BALANÇO GERAL DO SISTEMA PENITENCIÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE: DO CAOS À CRISE. Resumo: O presente trabalho pretende analisar a atual conjuntura do sistema penitenciário brasileiro, que vem sendo objeto de discussões devido o poder público vim descumprindo a Lei de Execução Penal LEP de 1984, a qual determina os direitos e os deveres da população carcerária. Em decorrência disso, são oferecidas condições sub-humanas, degradantes e insalubres para os apenados/as cumprirem suas penas, o que vem contribuindo para um verdadeiro caos nesses espaços. Sabendo disso, procuramos investigar o sistema prisional do Rio Grande do Norte para responder o objetivo geral que tem a seguinte questão: quais as medidas que o Estado tem tomado reformar o sistema prisional brasileiro? Desse modo, foi necessário sistematizar os objetivos específicos, tais como: (I) discutir quais as condições que o Estado oferece para os apenados cumprirem suas penas nas unidades prisionais do Rio Grande do Norte; (II) analisar como o não cumprimento do Estado em garantir direitos e cidadania influencia nos altos índices de reincidência criminal (III) investigar quais os motivos das greves de fomes, motins e rebeliões que estão acontecendo nas unidades prisionais de Natal/RN e nos demais presídios do Rio Grande do Norte. Para isso, utilizamos como metodologia a pesquisa de campo de março a junho de 2015 em um Complexo Penitenciário de Natal RN como também houve o levantamento bibliográfico a partir de livros, artigos e teses os quais discutem essa temática. Como resultados, observamos que o Estado tem se mostrado ausente na manutenção e regulação das unidades prisionais Norte-Riograndense e diante disso, vivenciamos a crise do sistema prisional, em que a prisão tornou-se um espaço da mais variadas violações dos direitos humanos. Desse modo, chegamos à conclusão que os presídios estão passando por um processo de desumanização e se configuram como um retrato fiel da desigualdade social brasileira. Palavras-chave: Sistema Penitenciário. Poder Público. População Carcerária. 1. INTRODUÇÃO:

2 O presente trabalho 1 tem como objetivo problematizar as condições de vida degradantes e desumanas vivenciadas pela população carcerária nas penitenciárias brasileiras. Para isso, procuramos investigar o sistema prisional do Rio Grande do Norte para responder o objetivo geral que tem a seguinte questão: quais as medidas que o Estado tem tomado reformar o sistema prisional brasileiro? Desse modo, foi necessário sistematizar os objetivos específicos, tais como: (I) discutir quais as condições que o Estado oferece para os apenados 2 cumprirem suas penas nas unidades prisionais do Rio Grande do Norte; (II) analisar como o não cumprimento do Estado em garantir direitos e cidadania influencia nos altos índices de reincidência criminal (III) investigar quais os motivos das greves de fomes, motins e rebeliões que estão acontecendo nas unidades prisionais de Natal/RN e nos demais presídios do Rio Grande do Norte. A corrente epistemológica a qual a pesquisa se vincula é o Materialismo Histórico-Dialético de Karl Marx, pois procuramos buscar o conhecimento teórico, ir além da aparência para buscar a essência do objeto de estudo. A abordagem utilizada na pesquisa foi a quanti-qualitativa, por proporcionar uma melhor interpretação das particularidades dos sujeitos quanto dos dados não quantificáveis e usar da técnica da estatística, que gera um conhecimento válido e universal. O trabalho foi realizado por meio de pesquisa de campo em um Complexo Penitenciário de Natal RN, com análise de dados, observação participante e sistemática, como também houve o levantamento bibliográfico. 2. A REALIDADE NUA E CRUA : PÉSSIMAS CONDIÇÕES DE SOBREVIVÊNCIA QUE O PODER PÚBLICO OFERECE AOS APENADOS PARA CUMPRIR SUAS PENAS DENTRO DAS UNIDADES PRISIONAIS DO RIO GRANDE DO NORTE Como espaço de punição para o sujeito que pratica crimes, hoje se tem as prisões. Na sociedade contemporânea, a prisão é compreendida como meio legal de punir aqueles que desviaram a lei, e assim foi legitimada pelo corpo 1 Trabalho desenvolvido sob a orientação da Profª. Drª. Carla Montefusco de Oliveira (DESSO PPGSS/CCSA UFRN). Natal, RN, Brasil. 2 Neste trabalho, optamos por trabalhar com todos os apenados independente do gênero.

3 social como forma de combater a criminalidade, pois a partir da aplicação das suas regras, ela retira o indivíduo que cometeu algum delito do convívio social, passando a ter a sua liberdade privada. Prisão significa aprendizagem do isolamento. Segrega da família, dos amigos e de outras relações socialmente significativas, o preso espera-se vai cotidianamente refletir sobre o ato criminoso e sentir a representação mais direta da punição preservar os cursos normais de interação das externalidades do crime. Em outras palavras, a penitenciária é a escola do sofrimento e da purgação. (PAIXÃO, 1987, p.09) A prisão tem como objetivo punir aqueles que cometeram crimes, que afrontaram a ordem, passando a ser um sistema de coerção e privação de direitos e obrigações. Segundo Foucault (2004, p. 208), retirando tempo do condenado, a prisão parece traduzir concretamente a ideia de que a infração lesou, mais além da vítima, a sociedade inteira. A punição referente à prisão passou a ser considerada uma nova instituição legitimada pela sociedade, uma ferramenta adotada para punir aqueles que violaram a lei e cessar o crime, sendo um parelho do Estado de incessante disciplina, pois detém total poder sobre seus/suas prisioneiros/as. A prisão [...] foi desde o início uma detenção legal encarregada de um suplemento corretivo, ou ainda uma empresa de modificação dos indivíduos que a privação de liberdade permite fazer funcionar no sistema legal. Em suma, o encarceramento penal, desde o início do século XIX, recobriu ao mesmo tempo a privação de liberdade e transformação técnica dos indivíduos (FOUCAULT, 2004, p. 219). Partindo para a realidade vivida nas penitenciárias de Natal/RN, a Assistente Social Hilderline Câmara de Oliveira (2010) destaca que as mesmas não contribuem para que o apenado possa se ressocializar, pois não disponibiliza os direitos da população carcerária que futuramente iram retornar à sociedade. O objetivo da prisão é proteger o ser social e culpabilizar, reprimindo assim aquele que se desviou da lei, e são perceptíveis que não são assegurados nem efetivados os dispositivos legais da Lei de Execução Penal - LEP, nº 7210 de 1984, que será tratada mais adiante.

4 Delimitando as prisões do Rio Grande do Norte, observamos que estas se apresentam em estado de calamidade, superlotadas, algo totalmente caótico, desumano, constrangedor e degradante e isso não é diferente das outras unidades do país. Observando os artigos da Lei De Execução Penal, observa-se a ignorância do Estado perante a lei. (CPI, 2009, p. 188), como um agente penitenciário C 3 pode nos relatar: O sistema carcerário brasileiro e do Rio Grande do Norte pra mim, mesmo antes de eu entrar no sistema eu não tinha essa visão, por que eu nunca me imaginava sendo um funcionário público, muito menos da segurança pública, muito menos ainda sendo um servidor penitenciário, mas depois que eu entrei e que alguns anos se passaram eu percebi claro que nós temos um caos dentro do caos do sistema público, então ele é complicado demais. Então, a gente sabe que no Brasil temos unidades prisionais com situações de primeiro mundo, mas na maioria, ou seja, eu acho que entorno de 60 a 70 % as penitenciárias no Brasil elas têm carceragens degradantes, que são anti-humanas, onde não deveriam estar os seres humanos, então eu vejo dessa forma, eu espero que melhore muito, a condição de trabalho da gente e que venha a ser cumprida realmente a Lei de Execuções Penais. (AGENTE PENITENCIÁRIO C, 2015) Os Direitos Humanos e direitos sociais são violados dentro dos presídios em Natal e nas demais cidades do Rio Grande do Norte em decorrência das péssimas ações da punição que vão além da condenação penal. A prisão tornou-se um depósito de delinquentes 4, em que não se tem dado maiores atenções no decorrer do tempo, e como resultado disso são oferecidos tratamentos desumanos, passando a ferir a dignidade humana da população carcerária. O sistema prisional passou a ser um entulho humano, apresentando assim poucas perspectivas de vida aos presidiários que ali se encontram e condições de se viver dignamente. Aplicam-se muitas medidas de punição sobre aqueles que cometeram erros e agiram contra a lei, porém intervenções para melhorar a estrutura física das penitenciárias e o processo de reinserção da população carcerária é algo pouco efetuado pelo Estado. O Estado inverte os papéis e passa a violar aquilo que está determinado por lei, 3 Entrevista com um Agente Penitenciário B que atua em um complexo penitenciário de Natal RN nas medidas junto aos apenados há treze anos (13). 4 Terminologia utilizada na obra Vigiar e Punir de Michel Foucault, 2002.

5 descumprindo com o seu papel ressocializador que deveria ser exercido perante os apenados, descumprindo de forma clara a Lei de Execução Penal nesses espaços de privação de liberdade. 3. A INOPERÂNCIA DO ESTADO EM CUMPRIR OS DIREITOS DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL (LEP, nº 7210 de 1984) REFLETE NOS ALTOS ÍNDICES DE REINCIDÊNCIA Á CRIMINALIDADE Para que o sistema prisional se efetive é imprescindível o uso da legislação penal brasileira e de outros dispositivos nacionais e internacionais que regulamentam os deveres e direitos dos/as presos/as, a exemplo disso, pratica-se a Lei de Execuções Penais. No Brasil, a Constituição Federal de 1988, que segundo Cunha (2010), garante explicitamente a proteção da população carcerária, diz no art. 5º, XLIX, que: é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral".e como principal instrumento brasileiro de efetivação desse sistema tem-se a LEP, a qual expõe sua finalidade em seu art. 1º: A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. A LEP é uma obra extremamente moderna de legislação; reconhece um respeito saudável aos direitos humanos dos presos e contém várias provisões ordenando tratamento individualizado, protegendo os direitos substantivos e processuais dos presos e garantindo assistência médica, jurídica, educacional, social, religiosa e material. Vista como um todo, o foco dessa lei não é a punição, mas, ao invés disso, a ressocialização das pessoas condenadas. (LEI DE EXECUÇÃO PENAL LEP, nº 7210 de 1984). De acordo com o artigo 41 da Lei de Execução Penal constituem direitos para os apenados ao cumprir suas penas, entre os direitos previstos está o direito à alimentação, vestuário, previdência social, assistência material, assistência à saúde, assistência jurídica, assistência educacional, assistência social, assistência religiosa, assistência ao egresso, disponibilização de trabalho, dentre outros.

6 Mediante essas práticas adotadas no que se refere à legislação executivo-penal que rege o sistema penitenciário, entende-se que possuímos os instrumentos mais avançados e democráticos, no qual a pena é princípio central para a execução da privação de liberdade. Porém, o que contraria todos esses princípios regidos pela lei é a realidade do sistema penitenciário brasileiro. Vivenciamos um grande crescimento do número de presos que são inseridos em um sistema ineficiente, desestruturado, negligente, e na maioria das vezes, fora da ilegalidade.. Hoje somos o quarto país que mais encarcera no mundo. O número cada vez maior de indivíduos reclusos tem sido acompanhado de um crescente sucateamento do Sistema Prisional e, consequentemente, das condições mínimas adequadas que atendam aos requisitos da tutela de presos ou de cumprimento de penas nos termos das exigências legais e institucionais estabelecidas em convenções internacionais (JULIÃO, 2008, p. 03). A Lei de Execução Penal, não é efetivada no sistema prisional brasileiro, pois esse é sucateado e não possui uma infraestrutura adequada. O que se presencia é um ambiente isento de dignidade, destinados a indivíduos que na maioria das vezes são da classe subalterna, vivem em estado de precarização social e que por inúmeros motivos não encontram no local de reclusão a efetivação de direito, como nos declarou a Vice Diretora A 5 as carências na LEP nas unidades prisionais do Rio Grande do Norte: A Lei de Execução Penal dá direitos e deveres ao preso, e eu volto para a questão da estrutura, o preso não tem uma estrutura digna de espaço para ficar, e o primeiro ponto mais grave do que isso é a questão da superlotação, você imagine está dentro de uma cela e ter que reversar quem dorme e quem fica em pé, por que não cabe o tanto de gente que se encontra na cela, então essa eu acho que é a principal é a questão da superlotação. É desumano você ficar numa gaiola como se fosse um monte de bichos. Aí tem a questão do saneamento básico, que é outro ponto porque não há saneamento, o que a gente nota nas unidades é fossas estouradas, mato alto, não existe uma empresa que forneça esse serviço, então a proliferação de doenças, de viroses é altíssima. E outra coisa que eu acho falha é a questão da 5 Entrevista com a Vice Diretora A que atua em um complexo penitenciário do Rio Grande do Norte nas medidas junto aos apenados há cinco (5) anos.

7 assistência à saúde, nós não temos viaturas, nós não temos incentivos para estar levando os presos doentes para hospitais, aí existem presos Aidéticos (Aids), tuberculosos, com doenças graves que precisa fazer cirurgia e a gente não tem como prestar esse serviço. Então assim, o Estado é falho nisso também. (VICE DIRETORA A,2015) A não efetivação da LEP reflete diretamente nos altos índices de reincidência à criminalidade, pois se algum individuo pratica algum delito e vai cumprir a pena privativa de liberdade ele passa a ser dessocializado, pois a prisão não proporciona não a preparação do apenado para o retorno ao convívio social, o Estado nunca investiu nem deu prioridade as políticas públicas voltadas para a reinserção social e econômica da população carcerária. Ao cumprir a pena, uma pequena minoria consegue algum trabalho, muitas vezes, é através de algum parente ou conhecido que obtém, pois a maioria dos apenados ao sair de uma unidade prisional são excluídos do mercado de trabalho, por consequência de carregarem o estigma de ex presidiário/a e com isso, sofrem preconceito ou discriminação. São por essas faltas de investimento no sistema carcerário que a prisão cada vez se torna punitiva e menos ressocializadora, percebemos isso com a política de ressocialização no RN que é insuficiente, não existe programas, projetos e ações contínuas voltadas para a ressocialização social e econômica do/da apenado/a e como consequência disso, os indicies de reincidência criminal chegam até a 90 % no Rio Grande do Norte (INFOPEN, 2014). Assim, com esse sistema prisional defasado e falido, sem apoio, oportunidades e políticas públicas de ressocialização geridas pelo poder público, como consequência disso existe um grande número de reincidência a criminalidade. 4. DO CAOS À CRISE: A FALÊNCIA DO SISTEMA PRISIONAL E OS REAIS MOTIVOS PARA A ATUAL CONJUNTURA NAS UNIDADES PRISIONAIS DO RIO GRANDE DO NORTE O sistema prisional está em crise e no Rio Grande do Norte nunca se cumpriu aquilo que está previsto na LE P. Não há privação apenas de

8 liberdade no interior dos presídios do Estado, mas também a negação de um futuro. A falta de investimento no sistema prisional é apenas um reflexo de como a sociedade enxerga o problema e que é maior preocupação é retirar aquele que foi de encontro com a Lei do convívio social, sem levar em conta de que um dia o mesmo voltará a ter liberdade. As unidades prisionais do Brasil e do Rio Grande do Norte evidenciam a falência do sistema penitenciário, em que a cada dia as prisões estão mais superlotadas, no estado do RN a população carcerária é de presos, e o número de vagas é de (INFOPEN 2014), apresentando assim péssimas condições de sobrevivência e comprometendo a dignidade daqueles sujeitos que se encontram nesses espaços, um sistema totalmente caótico, desprovido de higiene, limpeza e alimentação e estrutura adequada. O poder público só intervém nas penitenciárias em momento de crise, quando acontecem motins, fugas ou quebra-quebra. E as medidas que o Estado vem adotando ao longo dos anos é reconstruir apenas aquilo que foi destruído nas rebeliões de Natal e do RN e isso não resolve o problema. Consideramos que construir mais presídios é uma medida imediata, os órgãos competentes precisam cumprir com o seu papel, a começar efetivando a Lei de Execução Penal, proporcionando penas privativas de liberdade humanizadas e com isso, passaria a melhorar o sistema carcerário. No dia 16 de Março de 2015 em Natal/RN, o governo decretou crise no sistema penitenciário e essa crise já era previsível em decorrência de que há muito tempo os apenados estavam lutando pelos seus direitos previstos na LEP que são constantemente descumpridos. Como consequência, houve várias revoltas, fugas, greves de fomes e esse episódio aconteceu na capital do RN como também em outras cidades do Estado. Diante dessa atual conjuntura que presenciamos nas unidades prisionais, a Assistente Social B 6 entrevistada nos declarou o que ela avalia desse decreto: 66 Entrevista com uma Assistente Social que atuou na área do sistema penitenciário de Natal RN por dois e como estagiária teve a experiência de mais de cinco (5) anos nesses espaços.

9 A calamidade pública, a calamidade como a Secretaria de Justiça e de Cidadania (SEJUC) decretou e na verdade esse decreto de calamidade pública não só pela caótica situação, mas também por recursos de verbas, por que se não houvesse esse decreto de calamidade a gente não teria recursos tão rápidos proveniente do Governo Federal para atender essa reconstrução das unidades prisionais que na verdade foram destruídas, então decretar calamidade pública significa reconhecer a situação atual do sistema, reconhecer que precisa tomar soluções sérias, urgentes e eficientes e claro com a calamidade pública acaba que se tendo recursos do Governo Federal melhor. Eu acredito que o Governo ele tem que saber usar mais os recursos que são provenientes para o sistema prisional, não adiante só reestruturar as unidades prisionais, tem que reestruturar as unidades, eu tenho que atender a população e eu tenho que atender a minha equipe, eu acredito que já estava na hora de o Estado tomar essas providências de urgência para o sistema prisional. (ASSISTENTE SOCIAL B, 2015) Esse decreto de calamidade é a situação atual das unidades prisionais do Rio Grande do Norte e é decorrente do Estado ter optado pelo não enfrentamento de acabar com os problemas existentes nas prisões, como nos relatou também o Juiz D da Vara de Execuções Penais 7 do Rio Grande do Norte: Essa decretação pelo governo do Estado, esse Estado de crise, ela foi apenas política, foi só aquilo que a gente chama para inglês ver, não teve efeito prático nenhum. Então, além da liberação de algum recurso, da contratação de algumas empresas para tentar reconstruir o que foi destruído por que o Estado foi omisso ao combater as revoltas quando elas começaram, as rebeliões quando elas começaram, e não tá sendo nem feito nem a metade do que foi destruído, está sendo recuperado ainda, esse decreto nada mais significou. O Estado resumiu-se a convocar a Força Nacional de Segurança que pouco está fazendo ou quase nada tá fazendo para ajudar, além de ficar circulando por aí, pelas proximidades de presídios, uma coisa basicamente demagógica, uma medida basicamente demagógica, além disso, essa reconstrução que parte do que foi destruído. Então, o que eu vejo nesse decreto é que foi um decreto de fantasia, foi apenas do ponto de vista demagógico só pra mostrar que estava se fazendo algo só que 7 Juiz D da Vara de Execuções Penais do Rio Grande do Norte que atua com Execução Penal do sistema prisional desde 1990.

10 na verdade não está fazendo. (JUIZ D DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS, 2015) A situação nos presídios é extremamente caótica e preocupante, o Estado decretou estado de calamidade e foi acionada a Natal a Força Nacional para conter as rebeliões dentro dos presídios, porém, não vai ser com mais policiais nas ruas que irá melhorar a política pública de segurança tampouco irá reverter a péssima situação que esses espaços se encontram, vai muito além disso, é uma questão que exige investimento, comprometimento e planejamento por parte do Estado. As reivindicações feitas pelos apenados em unidades prisionais de Natal/RN e todo Rio Grande do Norte são direitos legítimos que estão previstos na Lei de Execução Penal e que há muito tempo vem sendo violados pelo Estado. Entre as reivindicações feitas foram: energia e ventiladores nas celas, assistência médica, alimentações que haviam sido retiradas, nos dias de visita íntima e social as celas ficarem aberta para que os companheiros (as) e familiares não fiquem sentados nos corredores nem no sol e possam se adequar dentro das celas, material de artesanato para contribuir com o trabalho artesanal para os que se interessam e consequente a ressocialização destes, em casos de que a família não possa ir visitar o apenado nos dias de visita que a direção possa receber as compras de alimentação, materiais de limpeza e higiene, pois o sistema está falido e não distribui isso para nenhum apenado e para aqueles que não têm visita social, mas que tem algum conhecido que possa está contribuindo com o seu provimento que a direção possa receber esses produtos e depois entregar a pessoa devida, como também tratar bem os familiares nas horas da revista que muitas vezes é constrangedora e alvo de desrespeito com a família dos detentos por parte dos profissionais da segurança do presídios, dentre outros direitos básicos que deveriam há muito tempo serem garantidos. A sociedade, muitas vezes, consideram isso uma aberração, quando acontece essas lutas no interior dos presídios por considerar que a população carcerária está querendo direitos demais sendo tratada como delinquentes e consideram essas pessoas dignas de pena de morte, não analisando a real

11 situação de pobreza, miséria e negação de direitos que a maioria dos apenados antes de cometer algum delito já eram vítimas da ausência do Estado para com as políticas públicas. O sistema prisional não está sendo tratado como um problema de segurança pública, nunca houve interesse dos governos, os presídios sempre foram esquecidos e isso sempre foi um problema, nunca houve interesses em se construir mais penitenciárias. É necessário salientar que estas também fazem parte dos serviços públicos, como qualquer outro. Os governantes não têm entendido que a prisão é necessária para a segurança pública e não adianta prender aqueles que cometeram crimes e não ter onde colocá-los e mesmo privando de sua liberdade deve ter tratamento para quando sair da prisão tenha seu comportamento melhorado e assim ter novas oportunidades na sociedade, ou seja, o Estado deve adotar medidas para que os apenados ao cumprir suas penas de forma humanizada. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A crise do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte já não é novidade, pelo contrário, vem se repetindo há muito tempo e está dentro de uma conjuntura nacional, as rebeliões que presenciamos representam o limite de uma desumanização insuportável vivenciada nas penitenciárias não só no Rio Grande do Norte como também em todo o Brasil. O sistema penitenciário Norte-Riograndense amplia e reproduz as desigualdades sociais, é um espaço das mais variadas violações dos direitos humanos. A ausência de compromisso por parte do Estado no que diz respeito ao problema carcerário, revela a falta de preocupações administrativas do governo, que só presta à devida atenção a problemática em situação de crise. O sistema prisional não funciona mais como sistema, apenas no âmbito punitivo e não ressocializador e na nossa realidade é bárbaro, precisa o quanto antes ser revisto. Os apenados são tratados como animais no cumprimento da pena e espera-se que ao sair das prisões eles se comportem como seres humanos. A inoperância do Estado em cumprir os direitos da Lei de Execução Penal reflete diretamente nos altos índices de reincidência à criminalidade, isso

12 evidencia o fracasso do Estado e não ter cumprido o seu papel ressocializador dos sujeitos que estavam debaixo da sua tutela. A política adotada para o sistema prisional se mostra tão ineficiente, que podemos identificá-la como um investimento desnecessário, pois os índices de reingresso, criminalidade e violência só aumentam tanto dentro das penitenciárias, quanto no seio da sociedade. Na construção desse artigo pude identificar que a realidade das penitenciárias do Brasil e de Natal RN são cadeias superlotadas, que apresentam péssimas condições de sobrevivência, um sistema totalmente caótico, desprovido de higiene, limpeza, espaço e alimentação adequada, a maioria das penitenciárias não possui uma equipe multidisciplinar com profissionais capacitados para realizar ações que contribuam para ressocializar esses sujeitos na sociedade. Este é o cenário brasileiro ao qual está condicionada a Segurança Pública, o Sistema Penitenciário, a violência e a criminalidade, consequência da negligência e inoperância de um Estado conservador, que não cumpre com o seu verdadeiro papel, a fim de manter uma ordem capitalista-burguesa, excludente e exploradora, na qual a igualdade social é contrária à sua lógica. No tocante ao Serviço Social, esse tema merece ser debatido devido à prisão se constituir mais um espaço sócio ocupacional de atuação do assistente social. Assim, sugerimos aos leitores o aprofundamento nesse tema e a produção de novos trabalhos que abarquem a falência do sistema prisional e as condições subhumanas que a população carcerária vive nas unidades prisionais.

13 REFERÊNCIAS:. Constituição Federal Brasileira (CF), FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 41 ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, IAMAMOTO, Marilda Villela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo. Editora Cortez, INFOPEN, INFORMAÇOES. Ministério da Justiça. Execução Penal. Sistema Prisional, InfoPen Estatística, (06/2014). Disponível em: < Acessado em: 25 de março de JULIÃO, Elionaldo Fernandes. A ressocialização através do estudo e do trabalho no sistema penitenciário brasileiro. A ressocialização através do estudo e do trabalho no sistema penitenciário brasileiro, Lei de Execução Penal, nº 7.200, de 11 de Julho de São Paulo: Rideel, 1998 (série compacta). MORAES, Bismael de. Segurança pública no Brasil e o sistema criminal. Revista dos Tribunais, Doutrina Penal, Terceira Seção, 89. a., n.780, p.483, out PAIXÃO, Antônio Luiz. Recuperar ou punir?: como o Estado trata o criminoso. Cortez Editora, TJRN - Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte/ CNJ - Conselho Nacional de Justiça. Programa Novos Rumos na Execução Penal. Disponível em: < programas-e-projetos/1200-novos-rumos-2>. Acessado em: 01 de maio de 2015.

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