Decreto Regulamentar nº 9/2009, de 29 de Maio. Breve apresentação
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- Bruna Terra Figueiroa
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1 Decreto Regulamentar nº 9/2009, de 29 de Maio Breve apresentação
2 A REGULAMENTAÇÃO DOS CONCEITOS TÉCNICOS DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E URBANISMO Decreto Regulamentar nº 9/2009, de 29 de Maio Previsto no artigo 155º/2/c) do RJIGT (DL 380/99, de 22 de Setembro) ÂMBITO DE APLICAÇÃO Fixa os conceitos técnicos nos domínios do ordenamento do território e do urbanismo a utilizar pelos instrumentos de gestão territorial (IGT) ENTRADA EM VIGOR 30 de Maio de 2009 dia seguinte ao da sua publicação REGIME TRANSITÓRIO Aplica-se aos procedimentos já iniciados à data da sua entrada em vigor. Excepcionam se: Os procedimentos relativos aos PDM com o parecer final da comissão de acompanhamento já emitido (a 30 de Maio de 2009); Os procedimentos relativos aos PU e PP cujas propostas tenham sido apresentadas à CCDR para realização de conferência de serviços.
3 OBJECTIVOS DO DIPLOMA Evitar a actual dispersão e imprecisão de conceitos nos IGT, nomeadamente: Noções que não são objecto de definição A mesma designação com diferentes significados O mesmo conceito com diferentes designações Conceitos indeterminados, de difícil interpretação Uniformizar os conceitos utilizados nos IGT, melhorando a consistência e a coesão do sistema de planos tornando mais objectiva e mais fácil a aplicação cruzada de disposições de diferentes planos
4 ASPECTOS RELEVANTES Os conceitos contidos no DR são de utilização obrigatória, não sendo admissíveis outros conceitos, designações, definições ou abreviaturas para o mesmo conteúdo e finalidade A utilização dos conceitos técnicos fixados no decreto regulamentar (DR) dispensa a respectiva definição nos IGT Se for necessário o recurso a conceitos técnicos não abrangidos pelo DR, devem ser utilizados os conceitos técnicos definidos na legislação aplicável e, na ausência destes, os conceitos técnicos constantes de documentos oficiais de natureza normativa produzidos pelas entidades nacionais legalmente competentes em razão da matéria em causa.
5 MODELO DA FICHA UTILIZADA NO ANEXO AO DR Designação Ficha nº Definição / Conceito Notas complementares Ver também
6 ALINHAMENTO é a delimitação do domínio público relativamente aos prédios urbanos que o marginam, nomeadamente nas situações de confrontação com via pública RECUO (Re) é a distância i entre o alinhamento e o plano da fachada principal i do edifício AFASTAMENTO (Af) é a distância i entre a fachada lateral l ou de tardoz de um edifício e as estremas correspondentes do prédio onde o edifício se encontra implantado
7 ALTURA DA EDIFICAÇÃO (H) A altura da edificação é a dimensão vertical medida desde a cota de soleira até ao ponto mais alto do edifício incluindo a cobertura e demais volumes edificados nela existentes, mas excluindo chaminés e elementos acessórios e decorativos, acrescida da elevação da soleira, quando aplicável
8 ALTURA DA FACHADA (Hf) A altura da fachada é a dimensão vertical da fachada medida a partir da cota de soleira até à linha superior da cornija, beirado, platibanda ou guarda de terraço, acrescida da elevação da soleira, quando aplicável No caso dos edifícios que confrontam com duas vias públicas ou logradouros a cotas muito diferentes, pode ser necessário fixar duas alturas da fachada. A altura da fachada onde se encontra a entrada principal (Hf1) resulta directamente da definição; A altura da outra fachada (Hf2) pode ser fixada arbitrando uma cota de soleira auxiliar (S2), que será a cota do piso mais próximo do passeio adjacente a essa fachada.
9 ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO (Ai) É a área de solo ocupada pelo edifício Corresponde à área do solo contido no interior de um polígono fechado que compreende: O perímetro exterior do contacto t do edifício i com o solo O perímetro exterior das paredes exteriores dos pisos em cave ÁREA TOTAL DE IMPLANTAÇÃO ( Ai) É o somatório o das áreas de implantação de todos os edifícios existentes tes ou previstos numa porção delimitada de território Ai pode ser desagregada em função da finalidade pública ou privada dos edifícios em: Ai destinada a equipamentos públicos de utilização colectiva Ai destinada a todos os outros fins
10 ÁREA TOTAL DE IMPLANTAÇÃO ( Ai) ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO (Ai) Antes Somatório das áreas resultantes da projecção no plano horizontal de todos os edifícios (residenciais e não residenciais), incluindo anexos, mas excluindo varandas e platibandas Agora É o somatório das áreas de implantação de todos os edifícios existentes ou previstos numa porção delimitada de território A área de solo ocupada pelo edifício Corresponde à área do solo contido no interior de um polígono fechado que compreende: O perímetro exterior do contacto do edifício com o solo O perímetro exterior das paredes exteriores dos pisos em cave
11 ÁREA DE CONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO (Ac) Somatório das áreas de todos os pisos, acima e abaixo da cota de soleira, com exclusão das áreas em sótão e em cave sem pé-direito regulamentar Em cada piso é medida pelo perímetro exterior das paredes exteriores e inclui os espaços de circulação cobertos (átrios, galerias, corredores, caixas de escada e caixas de elevador) e os espaços exteriores cobertos (alpendres, telheiros, varandas e terraços cobertos) Ac pode ser desagregada: Por usos, (Ac hab), (Ac com), (Ac serv), (Ac est), (Ac arr), (Ac ind) e (Ac log) Por Ac acima da cota de soleira e Ac abaixo da cota de soleira Em função da finalidade pública ou privada dos edifícios
12 ÁREA DE CONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO (Ac)) Antes Somatório das áreas de todos os pavimentos, acima e abaixo do solo excluindo: zonas de sótãos sem pé direito regulamentar estacionamentos e serviços técnicos instalados nas caves dos edifícios os espaços livres de uso público cobertos pelas edificação Áreas medidas pelo extradorso das paredes exteriores incluindo comunicações verticais (nomeadamente escadas, rampas e caixas de elevadores) terraços cobertos e alpendres Agora Somatório das áreas de todos os pisos, acima e abaixo da cota de soleira com exclusão das áreas em sótão e sem pé-direito regulamentar em cave Em cada piso é medida pelo perímetro exterior das paredes exteriores e inclui os espaços de circulação cobertos (átrios, galerias, corredores, caixas de escada e caixas de elevador) e os espaços exteriores cobertos (alpendres, telheiros, varandas e terraços cobertos).
13 ÁREA TOTAL DE CONSTRUÇÃO ( Ac) Somatório das áreas de construção de todos os edifícios existentes ou previstos numa porção delimitada de território Ac pode ser desagregada: Por usos, ( Ac hab), ( Ac com), ( Ac serv), ( Ac est), ( Ac arr), ( Ac ind) e ( Ac log) Por Ac acima da cota de soleira e Ac abaixo da cota de soleira Em função da finalidade pública ou privada dos edifícios
14 ÁREA DE SOLO (As) O conceito de área de solo tem duas acepções: porção de território delimitada em planta por uma linha poligonal fechada medida da área da representação planimétrica dessa porção de território A área de solo pode ser expressa em metros quadrados [m 2 ] quilómetros quadrados [Km 2 ] ou hectares [ha] O conceito de área de solo é instrumental para a definição dos índices urbanísticos ÍNDICE DE OCUPAÇÃO DO SOLO (Io) ÍNDICE DE UTILIZAÇÃO DO SOLO (Iu) INDICE VOLUMÉTRICO (Iv)
15 ÍNDICE DE OCUPAÇÃO DO SOLO (Io) quociente entre a área total de implantação ( Ai) e a área de solo (As)a que o índice diz respeito, expresso em percentagem Io = ( Ai / As) x 100 Exprime a relação entre a área de solo ocupada com edificação e a área total de solo que estamos a considerar Por outras palavras, dá uma indicação da relação entre os cheios (edificação) e os vazios (solo livre de edificação) Os termos do quociente são sempre expressos na mesma unidade, normalmente em metros quadrados A designação índice de ocupação do solo substitui outras anteriormente utilizadas como percentagem de ocupação, índice de implantação e coeficiente i de afectação do solo (CAS)
16 ÍNDICE DE UTILIZAÇÃO DO SOLO (Iu) quociente entre a área total de construção ( Ac) e a área de solo (As) a que o índice diz respeito Iu = Ac / As Exprime a relação entre a quantidade de construção e a área total de solo que estamos a considerar Por outras palavras, dá uma indicação da intensidade de edificação de uma dada área Os termos do quociente são sempre expressos na mesma unidade, normalmente em metros quadrados A designação índice de utilização do solo substitui outras anteriormente utilizadas como índice de construção e coeficiente de ocupação do solo (COS)
17 ÍNDICE DE OCUPAÇÃO DO SOLO (Io) Antes Multiplicador urbanístico correspondente ao quociente entre o somatório da área de implantação das construções e a área ou superfície de referência onde se pretende aplicar de forma homogénea o índice ÍNDICE DE UTILIZAÇÃO DO SOLO (Iu) Antes Multiplicador urbanístico correspondente ao quociente entre o somatório da área de construção e a área ou superfície de referência onde se pretende aplicar de forma homogénea o índice Agora Quociente entre a área total de implantação ( Ai) e a área de solo (As) a que o índice diz respeito, expresso em percentagem Agora Io = ( Ai / As) x 100 Quociente entre a área total de construção ( Ac) e a área de solo (As) a que o índice diz respeito Iu = ( Ac / As)
18 SOLO RURAL COMPLEMENTAR Solo rural complementar é o solo rural adjacente a um ou mais perímetros urbanos que, no quadro da elaboração de um plano de urbanização, se revele necessário abranger para estabelecer uma intervenção integrada de planeamento O solo rural complementar abrangido por plano de urbanização mantém a sua classificação, devendo ser incluído nas categorias e sub-categorias de solo rural que se revelem mais adequadas para a prossecução dos objectivos que justificaram a sua inclusão na área de intervenção do plano de urbanização
19 URBANIZAÇÃO em sentido material, é o resultado da realização coordenada de: obras de urbanização e de edificação de eventuais trabalhos de remodelação dos terrenos e das operações fundiárias associadas SOLO URBANO é o que é destinado para o processo de urbanização e de edificação, compreende os terrenos urbanizados ou cuja urbanização seja programada, constitui i no seu todo o perímetro urbano PERÍMETRO URBANO é uma porção contínua de território classificado como solo urbano O perímetro urbano não é a linha que delimita mas sim a área de solo urbano
20 SOLO URBANIZADO é o solo que se encontra dotado de infra-estruturas urbanas e é servido por equipamentos de utilização colectiva SOLO URBANIZÁVEL é o solo que tendo sido classificado como urbano por instrumento de planeamento territorial em vigor ainda não se encontra urbanizado SOLO PROGRAMADO é o solo cuja transformação urbanística A sua urbanização é sempre precedida de programação está prevista no programa de execução de um IGT em vigor, está inscrita no plano de actividades do município e, quando aplicável, no orçamento municipal
21 REABILITAÇÃO URBANA Forma de intervenção integrada sobre o tecido urbano existente, em que o património urbanístico e imobiliário é mantido, no todo ou em parte substancial e modernizado através da realização de obras de remodelação ou beneficiação dos sistemas de infra-estruturas urbanas, dos equipamentos e dos espaços urbanos ou verdes de utilização colectiva e de obras de construção, reconstrução, ampliação, alteração, conservação ou demolição dos edifícios
22 RENOVAÇÃO URBANA Forma de intervenção no tecido urbano existente em que o património urbanístico e/ou imobiliário é substituído, no seu todo ou em parte muito substancial REESTRUTURAÇÃO URBANA Forma de intervenção no tecido urbano existente que tem por objectivo a introdução de novos elementos estruturantes do aglomerado urbano ou de uma área urbana. EXPANSÃO URBANA Por expansão urbana entende-se qualquer transformação territorial que tenha por objecto ou por efeito: o aumento da área total de solo urbanizado a ampliação do perímetro urbano
23 RESPONSABILIDADE NORMATIVA DA DGOTDU Todos os conceitos fixados pelo DR nº 9/2009 serão disponibilizados, em suporte informático, através do Sistema Nacional de Informação Territorial (SNIT) A DGOTDU tem a responsabilidade de: Acompanhar e avaliar regularmente aaplicação dos conceitos técnicos Promover e disponibilizar os trabalhos técnicos conducentes à revisão e actualização dos conceitos técnicos, sempre que os mesmos se mostrem desactualizados. Para isso é muito importante que, tal como sucedia com o anterior Vocabulário do Ordenamento do Território, nos sejam comunicadas as dúvidas e dificuldades suscitadas pela aplicação do diploma
24 Vocabulário do Ordenamento do Território (DGOTDU) O anterior Vocabulário foi retirado de venda logo que o projecto de diploma do que viria a ser o DR nº 9/2009 mereceu acordo da tutela da DGOTDU A DGOTDU está a preparar uma nova edição do Vocabulário, que será constituída por duas partes: Parte A corresponde ao DR nº 9/2009 (tem, por isso, valor vinculativo) Parte B outros conceitos (tem valor meramente indicativo e orientador) Publicação prevista para o final de 2009
25 OBRIGADA
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