Estudo da cheia de 2014 na bacia do rio Madeira

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1 Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira Philippe Vauchel (IRD, engenheiro hidrólogo do programa HYBAM) Abril 214

2 Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira Agradecimentos Este estudo foi realizado graças à colaboração de vários institutos e pessoas que forneceram os dados rapidamente de forma que seja possível acompanhar a cheia em tempo quase real. Agradecemos especialmente ao SENAMHI (Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia) de Bolívia e à ANA (Agência Nacional das Águas) do Brasil, para o seu excelente apoio comunicando os dados relevantes com celeridade. Nós também agradecemos aos engenheiros Oscar Fuertes (SENAMHI) e Franck Timouk (IRD) para as medições de campo em condições difíceis durante a cheia, e ao engenheiro Gérard Cochonneau (IRD) para os cálculos de níveis de água a partir dos dados de satélite. Introdução O Serviço de Observação HYBAM é uma estrutura de cooperação internacional criada no ano 23 e financiada pelo IRD, o INSU e o Observatoire Mídi-Pyrénées, em colaboração com várias universidades e serviços hidrológicos dos países da região da bacia amazônica (Brasil, Peru, Bolívia, Equador, Venezuela, Colômbia). Sob a responsabilidade de Jean-Michel Martínez (IRD), dedica as suas atividades de observação à hidrologia e à geoquímica das águas do rio Amazonas. O seu objetivo é de fornecer à comunidade científica e aos tomadores de decisão observações seguras e duradouras sobre a evolução da maior bacia hidrográfica do mundo, que por sim só representa quase 2% das águas continentais despejadas nos oceanos. Graças à rede de estações hidrométricas dos serviços nacionais de meteorologia e de hidrologia do Peru e da Bolívia (SENAMHI), e com apoio da Agência Nacional das Águas do Brasil (ANA), as equipes do observatório HYBAM acompanharam a evolução da cheia do Rio Madeira, desde o Peru e a Bolívia até o Brasil, a partir do final de janeiro. A rede HYBAM interveio a vários níveis: medições e monitoramento no campo, sensoriamente remoto e compreensão dos mecanismos de geração e propagação da cheia. Algumas campanhas de campo foram organizadas juntamente pelos hidrólogos do IRD e os serviços nacionais hidrológicos nos três países, com o propósito de estimar as vazões. Na Bolívia, a equipe HYBAM IRD / SENAMHI beneficiou-se do apoio da marinha boliviana, a única instituição que tenha capacidades de navegação no rio Mamoré nestas condições de cheia histórica. Os níveis de água dos rios amazônicos são estimados por satélite desde o ano 22, graças à introdução da altimetria espacial pelo observatório HYBAM na região. O observatório HYBAM fornece as ferramentas de hidrologia espacial, em forma de software automatizado desenvolvido pelo IRD, e as transfere aos serviços hidrológicos da região. Este método permitiu monitorar o nível dos rios no contexto de acesso difícil criado pela cheia. Excepcionalmente, a pedido da rede HYBAM e de Jean-Michel Martínez, o satélite Jason-2 foi reprogramado em março pela agência espacial francesa (CNES) e a NOAA, com o propósito de monitorar a cheia na área da fronteira entre Bolívia e Brasil. Um trabalho do Instituto de Geofísica do Peru (IGP) que entre outras investigações se dedica à análise regional do clima, indica que esta cheia não tem relação com nenhum episódio do fenômeno SO HYBAM Página 1

3 Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira climático ENSO, como foi o caso em 29 e 212 em cheias de grande magnitude que afetaram outras partes da bacia amazônica (Espinoza et al., 214, submetido). De fato, em 214, nenhuma anomalia de temperatura foi detectada no Pacífico. Porém, o aumento da frequência de fenômenos hidrológicos extremos em regiões diferentes da bacia Amazônica durante estes últimos dez anos (estiagens extremas em 25 e 21, chuvas fortes e inundações históricas em 29 e 212) chama a atenção dos hidrólogos amazônicos. As mudanças ambientais regionais e globais poderiam ter consequências sobre o maior rio do mundo. Objetivos do estudo A cheia excepcional observada na bacia do rio Madeira em Bolívia a partir de janeiro de 214 afetou severamente as regiões de Oriente. Em algumas ocasiões, a mídia boliviana acusou as represas brasileiras do rio Madeira de serem responsáveis pelo aumento das inundações na Bolívia. Este presente estudo procura esclarecer, em sua primeira parte, se as represas do rio Madeira são responsáveis ou não de um aumento dos níveis na Bolívia, e de providenciar, em suas partes dois e três, os dados relevantes sobre os fluxos e as chuvas que foram observadas na rede amazônica da Bolívia. O estudo basea-se: nas séries de dados históricos da Bolívia e do Brasil, atualizadas até o dia 1 de abril de 214 graças aos esforços da ANA e do SENAMHI. nas medições de fluxo e de nivelamento das réguas levadas a cabo na Bolívia durante a cheia, graças à cooperação IRD - SENAMHI e com o apoio da força naval da Bolívia, nas duas campanhas de fevereiro e março de 214. nas medições de fluxo realizadas no Brasil pela CPRM, em Porto Velho e Abunã. nas estimações dos níveis de água em estações virtuais por meio de técnicas espaciais desenvolvidas no âmbito do programa HYBAM. SO HYBAM Página 2

4 Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira 1. Efeito das represas brasileiras sobre os níveis do rio Madeira na Bolívia Nos últimos anos, Brasil construiu no rio Madeira duas unidades de produção hidroelétrica, em Santo Antônio (imediatamente à montante de Porto Velho) e em Jirau (aproximadamente a 135 quilômetros à jusante da confluência do rio Madeira com o rio Abunã), ver figura 1. Obviamente, a única represa que possa ter um efeito sobre os níveis do Madeira na Bolívia é a represa de Jirau que é a mais próxima da fronteira. Um dos efeitos da represa de Jirau é de aumentar localmente os níveis do rio Madeira, a fim de criar uma diferença de nível para produzir energia elétrica. Portanto, é válido perguntar se o aumento de nível provocado na represa de Jirau pode ter um efeito no território boliviano. Figura 1: mapa de situação das represas brasileiras Vale salientar que esta pergunta foi feita pelos construtores desde os estudos de viabilidade da represa de Jirau, e na falta de um acordo binacional entre a Bolívia e o Brasil, os promotores do projeto optaram pela não inundação do território boliviano (Molina et al., 28). Essa opção consta na resolução ANA 555/26 da Agência Nacional das Águas de Brasil (apresentada em anexo 2) que no seu artigo 4 estabelece que o nível d'água normal do reservatório deverá variar acompanhando as condições naturais do rio Madeira, observando a curva-guia abaixo, avaliada anualmente, e respeitando os níveis d'água necessários à garantia do transporte de balsas em Abunã e à manutenção dos usos múltiplos da água. Podemos lamentar que a resolução não expressa muito claramente em qual forma aquela curva guia (apresentada na figura 2) deveria ser observada, e com qual desvio aceitável. Nós veremos logo na parte 1.1 se os fluxos observados durante a cheia respeitaram a curva guia. Em todo caso, a existência de uma resolução sobre este ponto nos indica que a represa de Jirau pode ter um efeito de aumentar os níveis na estação de Abunã, situada na fronteira Bolívia Brasil, o que vamos analisar em primeiro lugar. SO HYBAM Página 3

5 Descarga (m3/s) Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira 1.1 Análise da curva chave de Abunã na cheia de 214 De acordo com informações da ANA, durante a cheia de 214, a CPRM fez duas medições de descarga na estação de Abunã, nos dias 15 e 25 de março, com acesso por helicóptero no dia 25. Infelizmente, na Bolívia, a comissão IRD - SENAMHI do mês de março não pôde chegar até Abunã, por falta de meio de transporte. Depois de consultar a Força Naval de Bolívia, foi considerado que o rio à jusante de Guayaramerín não apresentava boas condições de navegação, e que não tinham as condições logísticas nem o tempo para ir até Abunã. A figura 2 apresentada a seguir mostra as medições de descarga realizadas em Abunã pela parte brasileira, e como elas se comparam com as medições anteriores e a curva guia da resolução ANA 555/26. Figura 2: Curva chave da estação de Abunã, e medições de descarga do ano Medições de descarga Medições de descarga 214 Curva utilizada em Telemetria ANA 15/3/14 Curva guia da resolução ANA 555/26 25/3/ Nível da régua (cm) Devido a dispersão das medições, não se pode ter um traçado exato e inquestionável da curva chave de Abunã em condições naturais (ou seja antes da construção da represa de Jirau), especialmente para níveis superiores a 2 cm quando a curva pode ser considerada como extrapolado. Porém, podemos considerar que a curva azul, elaborada pela ANA / CPRM de Brasil para converter os níveis da telemetria em vazões, dá uma representação aceitável das condições naturais. Em referência àquela curva chave azul, observamos que em primeira aproximação, as medições de descarga da cheia de 214 não mostram uma mudança incontestável da curva chave. A medição de descarga do 15/3/14 parece confirmar a curva, quando pelo contrário a medição do 25/3/14, realizada à jusante da confluência Beni - Mamoré com uma técnica apropriada (ADCP RDI 6 KHz com referência GPS), parece um pouquinho baixa e poderia indicar uma elevação dos níveis de cerca de um metro comparando com as condições naturais. Mas as medições de descarga da cheia de 214 não permitem afirmar, de forma conclusiva, se houve ou não une modificação dos níveis do rio Madeira em Abunã. SO HYBAM Página 4

6 Nível em Abunã (cm) Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira O gráfico da figura 2 mostra a curva guia mencionada na resolução ANA, levando em consideração um nível zero da régua de Abunã em 74.4 metros como aconselhado pela ANA para transformar as altitudes em níveis relacionados à régua de Abunã. Embora não apareça bem claramente na resolução ANA 555/26, podemos compreender que a curva guia constitui uma espécie de limite inferior que deveria se respeitar para as medições de descarga em Abunã. Em teoria, quando uma medição de descarga estiver acima da curva, os operadores da UHE Jirau deveriam abrir as comportas para baixar o nível do rio, e fazer que a descarga seja mantida acima da curva guia. Durante a cheia de 214, embora possamos ver que as medições de descarga se posicionam numa faixa pela qual a curva guia não foi desenhada, fica claro que as medições estão abaixo da extrapolação da mesma Análise das relações entre os níveis em Abunã, os níveis em Porto Velho e a soma das descargas em Cachuela Esperanza e Guayaramerín Os gráficos a seguir apresentam a relação entre os níveis em Abunã, e os níveis em Porto Velho ou a soma das descargas em Cachuela Esperanza e Guayaramerín. Figura 3: Relação entre os níveis em Abunã e os níveis em Porto Velho Período Ano 214 Enchimento 213 Modelo linear por intervalo Nível em Porto Velho (cm) A figura 3 mostra a relação entre os níveis em Abunã e os níveis em Porto Velho. Pode-se identificar uma relação média representada pelo modelo linear por intervalo. Os pontos que se afastam da tendência central correspondem geralmente à erros numa das séries. Podemos observar que durante o ano 214 a relação afasta-se significativamente da tendência geral para níveis em Abunã superiores à 2 cm, e mostra um aumento dos níveis em Abunã ligeiramente superior a um metro, comparado com a previsão do modelo. SO HYBAM Página 5

7 Nível em Abunã (cm) Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira Figura 4: Relação entre os níveis em Abunã e a soma das descargas de Cachuela Esperança e Guayaramerín. 3 Período Ano 214 Enchimento 213 Modelo linear por intervalo Soma das descargas CACH + GUAY (m3/s) A figura 4 mostra a relação entre os níveis em Abunã e a soma das descargas de Cachuela Esperança e Guayaramerín. Pode-se identificar uma relação média representada pelo modelo linear. Os pontos que se afastam da tendência central correspondem geralmente à erros numa das séries. Podemos observar que a relação durante o ano 214 afasta-se significativamente da tendência geral, e mostra um aumento dos níveis em Abunã ligeiramente superior a um metro em relação à previsão do modelo. As figuras 3 e 4 mostram também um aumento dos níveis em Abunã durante o enchimento da represa, desde agosto até novembro de 213 (pontos amarelos). Em conclusão, as análises dos níveis de Abunã em função de dados das estações vizinhas mostram para o ano 214 um aumento dos níveis ligeiramente superior a um metro em relação ao que podia ser previsto a partir dos dados anteriores. Este aumento dos níveis provavelmente deve-se ao efeito de remanso da barragem de Jirau. SO HYBAM Página 6

8 Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira 1.2. Análise das possibilidades de um efeito da barragem de Jirau sobre os níveis das estações de Cachuela Esperança e Guayaramerín Análise das declividades Os rios Beni e Mamoré à jusante das estações de Cachuela Esperanza e Guayaramerín apresentam declividades fortes, por isso se observam nos seus cursos várias cachoeiras e corredeiras. A mesma coisa acontece com o rio Madeira, que apresenta três cachoeiras entre o seu início (confluência Beni Mamoré) e a estação de Abunã. Consequentemente, parece muito pouco provável que um efeito de remanso que provoca uma elevação de nível de apenas um metro em Abunã possa ser propagado até às estações bolivianas de Cachuela Esperanza e Guayaramerín. Para discutir este ponto, apresentamos a seguir os dados de níveis em m.s.n.m. para as estações do mapa da figura 5. Figura 5: Mapa das estações hidrométricas e virtuais do rio Madeira SO HYBAM Página 7

9 Nível em metros (EGM28) GUAYARA Confluência Nova Vida ABUNA Jusante Abunã UHE JIRAU Nível em metros (EGM28) PUERTO SILES GUAYARA Confluência Nova Vida ABUNA Jusante Abunã UHE JIRAU PORTO VELHO HUMAITA Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira A figura 6 mostra os perfis de declividade entre as estações de Puerto Siles (Rio Mamoré, Bolívia) e Humaitá (Rio Madeira, Brasil), e a figura 7 amplia um detalhe da figura 6. Figura 6: Perfil de nível de Puerto Siles até Humaita /3/214 1/7/213 13/3/ Distância (km) Figura 7: Perfil de nível de Guayaramerín até UHE Jirau /3/214 14/3/214 23/2/214 13/3/ Distância (km) -5-1 SO HYBAM Página 8

10 Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira Nas duas figuras, os níveis podem ser obtidos a partir de informações espaciais ou terrestres. Os rótulos vermelhos representam estações virtuais por satélite, e os rótulos pretos são estações hidrométricas. Os níveis são referenciados ao sistema de nivelamento EGM28. Os níveis das estações hidrométricas foram obtidos por nivelamento dos zeros das réguas com GPS, por durações superiores a 24 horas. Os níveis das estações virtuais foram obtidos através do satélite Jason-2. Em águas altas, a figura 6 mostra três trechos com declividades relativamente baixas, de ordem de 5 à 8 cm/km, entre Puerto Siles e Guayaramerín, entre Nova Vida e UHE Jirau, e entre Porto Velho e Humaíta. Estes três trechos são separados por dois trechos com declividades fortes, entre Guayaramerín e Nova Vida, e entre UHE Jirau e Porto Velho, com respectivamente 2 e 22 cm/km. A figura 7 mostra um detalhe da figura 6. Nas duas figuras podemos observar que à montante de Abunã, os perfis longitudinais observados durante a cheia de 214 são bem paralelos ao perfil longitudinal da cheia de 213, com a mesma ruptura de declividade em Nova Vida. De Nova Vida à UHE Jirau, a declividade mais baixa é devida sem dúvida ao remanso da barragem de Jirau. Entre Nova Vida e a confluência Beni Mamoré, a declividade forte de 2 cm/km que era observada antes da construção da barragem de Jirau (por exemplo durante a cheia de 213), permanece após a sua construção. A persistência duma declividade forte durante a cheia de 214 torna impossível uma influência do remanso de Jirau à montante da confluência Beni - Mamoré. SO HYBAM Página 9

11 Nível em Porto Velho (cm) Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira Análise da relação entre a soma de descargas em Cachuela Esperanza e Guayaramerín, e os níveis em Porto Velho A figura 8 mostra a relação entre os níveis em Porto Velho e a soma de descargas de Cachuela Esperanza e Guayaramerín. Pode-se identificar uma relação média representada pelo modelo linear por intervalo. Os pontos que afastam-se muito da tendência central correspondem geralmente à erros em uma das séries, e os pequenos desvios devem-se a variações dos tributários da bacia intermediária. Podemos observar que durante o ano 214, a relação entre os níveis de Porto Velho e as descargas das estações bolivianas fica estável, e que não é significativamente afetada pelos fenômenos de armazenagem ou esvaziamento das barragens de Jirau e de Santo Antônio. Figura 8: Relação entre níveis de Porto Velho e descargas de Cachuela Esperanza e Guayaramerín 25 Período Ano 214 Modelo linear por intervalo Soma das descargas CACH + GUAY (m3/s) Análise das zonas de corredeiras entre as estações de Cachuela Esperanza, Guayaramerin e Nova Vida Nas duas campanhas conjuntas IRD SENAMHI realizadas em fevereiro e março, os engenheiros Oscar Fuertes e Franck Timouk observaram que não era possível navegar à jusante das estações de Cachuela Esperanza e de Guayaramerín, porque as cachoeiras ou as corredeiras seguiam existindo apesar dos níveis de água elevados. Foi por esta falta de navegabilidade que em março não puderam ir até a estação de Abunã como tinham previsto. A presença de corredeiras ou de cachoeiras significa que o regime de escoamento passa de subcrítico (ou fluvial) a supercrítico (ou torrencial). Uma das regras bem conhecidas da hidráulica menciona que numa secção de fluxo supercrítico, o nível do rio depende unicamente das condições à montante, e não pode depender em nenhuma maneira das condições à jusante. Consequentemente a presença de corredeiras nos rios Beni e Mamoré à SO HYBAM Página 1

12 Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira jusante das estações de Cachuela Esperanza e Guayaramerín descarta absolutamente a possibilidade que os seus níveis sejam influenciados pela barragem de Jirau. 1.3 Conclusões sobre um possível efeito das barragens sobre as inundações na Bolívia Do que precede, podemos tirar as conclusões seguintes: Durante a cheia de 214, detectamos um efeito da barragem de Jirau sobre os níveis na estação de Abunã. Da análise das relações entre os níveis de Abunã e os níveis ou as descargas das estações vizinhas, podemos deduzir que o nível em Abunã aumentou mais ou menos de um metro em relação ao nível que teria na ausência da barragem de Jirau, o que em percentagem representa um aumento de 6% a 9%. O aumento de nível em percentagem pode parecer pouco, mas um aumento de um metro do nível pode representar uma superfície inundada muito importante que seria bom avaliar de maneira precisa. O aumento dos níveis na região de Abunã é coerente com as conclusões do precedente estudo de curva de remanso e de sedimentação (Molina et al., 28). Devido ao aumento das declividades a partir da população de Nova Vida, é muito pouco provável que o efeito de remanso da barragem de Jirau se estenda à montante da confluência Beni Mamoré. A análise da relação entre os níveis de Porto Velho e a soma das descargas de Cachuela Esperanza e Guayaramerín mostra que a relação manteve-se estável durante o ano 214. Aquilo indica que as barragens não tiveram nenhum efeito significativo de regulação das descargas. De acordo com as leis da hidráulica, a presença de cachoeiras e corredeiras observadas nos rios Beni e Mamoré à jusante das estações de Cachuela Esperanza e Guayaramerín impede qualquer possibilidade do remanso da barragem de Jirau ter aumentado os níveis nessas estações. Por todas estas razões, as inundações nas planícies do Beni em Bolívia não podem ser atribuídas às barragens brasileiras do rio Madeira. Estas inundações devem-se às chuvas excepcionalmente intensas que chegaram tanto na cordilheira como nas planícies, desde dezembro até a metade de fevereiro, como será mostrado na parte 3. SO HYBAM Página 11

13 Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira 2. Observações sobre as descargas observadas na cheia de 214 na Bolívia A rede hidrométrica de Bolívia na bacia do rio Madeira foi instalada ou reabilitada pelos programas PHICAB (de 1984 à 1991) ou HYBAM (desde 1995), no âmbito de uma colaboração entre o IRD e o SENAMHI. Podemos ver a localização das principais estações na figura 9. Durante a cheia de 214, as descargas observadas foram especialmente altas em todas as estações da bacia do rio Madeira, tanto à saída da cordilheira dos Andes quanto na planície. Vale notar que em todas as estações da bacia, a cheia de 214 foi sem dúvida a mais forte observada até agora. A tabela 1 apresentada abaixo mostra para cada estação as descargas máximas observadas em 214 em durações de 11, 21 e 31 dias, e as compara com as descargas observadas durante a maior cheia ocorrida antes de 214. Tabela 1: comparação da cheia do ano 214 com a cheia mais forte do período anterior a 214. % de excesso é o aumento de descarga entre a cheia mais forte disponível antes de 214, e a cheia de 214. Descargas máximas da Cheia de 214, por duração % de excesso da cheia de 214 sobre a segunda cheia Descargas máximas e ano da cheia mas forte antes de 214, por duração Rio Estação Período em 11 dias em 21 dias em 31 dias em 11 dias em 21 dias em 31 dias em 11 dias em 21 dias em 31 dias Ano Ano (m3/s) (m3/s) (m3/s) (m3/s) (m3/s) (m3/s) Ano Rio Beni Rurrenabaque % 34% 23% Rio Madre de Dios El Sena % 27% 23% Rio Ichilo Puerto Villarroel % 26% 19% Rio Mamoré Camiaco % 1% 1% Rio Mamoré Guayaramerín % 32% 3% Rio Beni Cachuela Esperanza % 22% 23% Rio Madeira Porto Velho % 26% 26% A tabela 1 mostra que em todas as estações exceto a de Camiaco, a cheia de 214 mostrou descargas superiores de 2% a 3% em comparação com a maior cheia histórica. A exceção de Camiaco poderia ser causado por um desnivelamento das réguas, será necessário controlar as réguas desta estação. Podemos ver que na estação brasileira de Porto Velho no rio Madeira, a cheia de 214 excede a maior cheia anterior à 214 de maneira semelhante ao observado nas estações bolivianas. Isso confirma que as barragens brasileiras do rio Madeira não tiveram nenhum efeito regulador sobre as descargas em Porto Velho. SO HYBAM Página 12

14 Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira Figura 9: Mapa das estações hidrométricas da bacia do rio Madeira na Bolívia SO HYBAM Página 13

15 Descargas Diárias (m3/s) Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira A figura 1 mostra as descargas observadas nas estações durante a cheia de 214. Pode-se observar a propagação das descargas desde as estações de piedemonte (Rurrenabaque, Puerto Villarroel, El Sena) até as estações da zona fronteiriça (Cachuela Esperanza, Guayaramerín). Nas estações de piedemonte, a cheia começa com antecedência durante a primeira quinzena de fevereiro. A cheia se propaga mais rapidamente na bacia do rio Beni, onde os níveis máximos ocorrem no início de março, do que na bacia do rio Mamoré, onde as descargas máximas ainda não foram alcançadas no fim de março. Figura 1: Descargas diárias observadas nas principais estações da bacia do rio Madeira Porto Velho Cachuela Esperanza Camiaco El Sena Guayaramerín Puerto Siles Puerto Villarroel Rurrenabaque /12/213 31/12/213 2/1/214 9/2/214 1/3/214 21/3/214 1/4/214 Para melhor ilustrar a cheia de 214, apresentamos no anexo 1 os gráficos das 4 cheias mais fortes observadas em cada uma das estações. Os gráficos permitem ilustrar até qual ponto a cheia de 214 foi excepcional. SO HYBAM Página 14

16 Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira 3. Observações sobre as chuvas responsáveis da cheia de 214 na Bolívia O SENAMHI controla os dados climatológicos das estações da bacia do rio Madeira. Apresentamos na figura 11 as estações para as quais foi possível ter dados de chuva atualizados até o mês de fevereiro de 214; são geralmente estações dos aeroportos e das cidades com bons meios de comunicação. Os dados mostram precipitações abundantes para os meses de janeiro e de fevereiro 214, especialmente na planície do Beni. Figura 11: Mapa das estações pluviométricas (pontos pretos). As estações com precipitação excepcional em janeiro e fevereiro de 214 aparecem com cor vermelha. San Joaquin ( San Ramon ( Santa Ana ( Reyes Rurrenabaque ( ( San Borja Trinidad ( ( ( San Ignacio Para ilustrar melhor a abundância das chuvas na planície do Beni, utilizamos o método do vetor regional de precipitações incluído no software Hydraccess (Vauchel, 23). Este método apresenta a vantagem de caracterizar a variação da precipitação ao nível regional, baseando-se num conjunto de estações de uma zona geográfica. Calcula-se para cada região um índice de precipitação: o índice é inferior a 1 quando a precipitação de um ano for inferior à média, e é superior à 1 quando a precipitação de um ano exceder a média. Consequentemente, o vetor regional indica em quais proporções um ano apresenta um déficit ou um excesso de precipitação, para a região considerada. O método foi aplicado aos dados de precipitação disponíveis nas estações para os meses de janeiro (figura 12) e fevereiro (figura 13). SO HYBAM Página 15

17 Índices Anuais Índices anuais Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira Figura 12: Vetor regional de índices anuais dos meses de janeiro Reyes San Borja San Joaquin Sta Ana Yacuma Vector Rurrenabaque San Ignacio San Ramon Trinidad Ano 3.5 Figura 13: Vetor regional de índices anuais dos meses de Fevereiro Reyes San Borja San Joaquin Sta Ana Yacuma Vector Rurrenabaque San Ignacio San Ramon Trinidad Ano SO HYBAM Página 16

18 Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira Nas duas figuras, a linha de cor vermelha representa a variação média da precipitação ao longo de todos os anos, para toda a região e no mês estudado. As linhas de outras cores representam os índices de cada estação, que podem apresentar desvios em relação à média. Os desvios entre o vetor regional e os índices de cada estação devem-se às variações locais de pluviometria. A análise pelo método do vetor regional mostra que o mês de janeiro como também o mês de fevereiro de 214 foram os mais fortes para a região considerada em todo o período Em janeiro, a precipitação atingiu duas vezes o valor médio regional, e em fevereiro a precipitação foi de 1.8 vezes o valor médio. Foi o fato de ter dois meses seguidos com uma precipitação de quase duas vezes o valor médio, à nível não somente de uma estação mas de uma vasta região, que deu o seu caráter excepcional à cheia do 214. Esta análise da precipitação ainda é parcial e não pretende ser exaustiva, sem dúvida com o tempo vão chegar mais dados que permitirão uma análise mais detalhada das precipitações que provocaram a cheia de 214. Faltam, por exemplo, os dados de precipitação da bacia do rio Madre de Dios no Peru para poder abranger toda a bacia do rio Madeira. Mas em primeira análise, podemos dizer que são as precipitações excepcionalmente fortes nas planícies do Beni que são responsáveis pela intensidade da cheia de 214. SO HYBAM Página 17

19 Descargas diárias (m3/s) Descargas diárias (m3/s) Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira 25 Anexo 1: Cheias excepcionais nas estações Figura 14: cheias excepcionais do rio Beni em Rurrenabaque sobre o período /1 29/1 8/2 18/2 28/2 9/3 Figura 15: cheias excepcionais do rio Madre de Dios em El Sena sobre o período /12 16/12 31/12 15/1 3/1 14/2 29/2 15/3 3/3 14/4 29/4 SO HYBAM Página 18

20 Descargas diárias (m3/s) Descargas diárias (m3/s) Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira Figura 16: cheias excepcionais do rio Ichilo em Puerto Villarroel sobre o período /11 11/12 31/12 2/1 9/2 29/2 2/3 9/4 Figura 17: cheias excepcionais do rio Mamoré em Camiaco sobre o período /12 21/12 1/1 3/1 19/2 1/3 3/3 19/4 9/5 29/5 SO HYBAM Página 19

21 Descargas diárias (m3/s) Descargas diárias (m3/s) Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira Figura 18: cheias excepcionais do rio Beni em Cachuela Esperanza sobre o período /12 3/12 19/1 8/2 28/2 19/3 8/4 28/4 18/5 7/6 Figura 19: cheias excepcionais do rio Mamoré em Guayaramerín sobre o período /9 1/1 1/11 1/12 1/1 31/1 2/3 1/4 2/5 1/6 2/7 1/8 1/9 SO HYBAM Página 2

22 Descargas diárias (m3/s) Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira Figura 2: cheias excepcionais do rio Madeira em Porto Velho sobre o período /12 31/12 31/1 1/3 1/4 1/5 1/6 SO HYBAM Página 21

23 Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira Anexo 2: Decisão 555/26 da ANA SO HYBAM Página 22

24 Estudo da cheia de 214 na bacia do rio Madeira SO HYBAM Página 23

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Enchente - caracteriza-se por uma vazão relativamente grande de escoamento superficial. Inundação - caracteriza-se pelo extravasamento do canal.

Enchente - caracteriza-se por uma vazão relativamente grande de escoamento superficial. Inundação - caracteriza-se pelo extravasamento do canal. Capítulo Controle de Enchentes e Inundações 10 1. DEFINIÇÃO Enchente - caracteriza-se por uma vazão relativamente grande de escoamento superficial. Inundação - caracteriza-se pelo extravasamento do canal.

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