UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ - UTP TICYANA L. DE MELLO CHAGAS LIMA CLÁUDIA G. DE OLIVEIRA GONÇALVES
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- Maria Figueira Arruda
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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ - UTP TICYANA L. DE MELLO CHAGAS LIMA CLÁUDIA G. DE OLIVEIRA GONÇALVES QUALIDADE DE VIDA E A AUDIÇÃO DE MOTORISTAS DE CAMINHÃO CURITIBA- PR 2014
2 2 TICYANA LARA DE MELLO CHAGAS LIMA QUALIDADE DE VIDA E A AUDIÇÃO DE MOTORISTAS E CAMINHÃO Monografia apresentada no Curso de Especialização em Audiologia da Universidade Tuiuti do Paraná. Orientadora: Profª. Drª Claudia Giglio de O. Gonçalves. CURITIBA PR 2014
3 3 Resumo O ruído é um agente de risco à saúde, presente em diversas atividades profissionais, inclusive naquelas relacionadas ao transporte, sendo a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), a segunda doença mais freqüente do aparelho auditivo. Este trabalho tem como objetivo geral avaliar a qualidade de vida e a audição de motoristas de caminhão de empresas de transportes da cidade de Carambeí, PR. Foi realizado um estudo epidemiológico, transversal, analisando duas empresas distintas, com idades entre 21 e 57 anos todos do sexo masculino, com tempo de serviço de 1 a 30 anos e comparados com o questionário SF-36 de qualidade de vida. Foi encontrado segundo a NR 7: 26% (n=13) com audiograma Sugestivo de PAIR, sendo que 14% apresentaram Perda Auditiva Neurossensorial e 12% de Perda Auditiva com Entalhe. O domínio Estado Geral de Saúde foi o que apresentou pior média 75,52 e a maior média foi em Aspecto Social 93,5. O número de alterações com PAIR, foi significativo, pois o risco que a profissão de motorista corre é bastante grande para o ruído. Já na avaliação da qualidade de vida, não foi encontrado números significativos, pois estes profissionais ainda não tem uma percepção dos males que está profissão está causando em suas vidas. Palavras-chaves: PAIR, motoristas de caminhão, qualidade de vida, ruído.
4 4 ABSTRACT Noise is a risk factor to the health present in several professional activities, including those related to transportation; and the Noise Induced Hearing Loss (NIHL) is the second most common disease of the hearing system. This work aimed at evaluating the quality of life and hearing of truck drivers from transport companies at the city of Carambeí, PR. An epidemiological cross sectional study was performed, analyzing drivers from two distinct companies, all males with ages between 21 and 57 and service time from 1 to 30 years. Comparison of SF-36 quality of life questionnaire was conducted. According to NR 7, we found that 26% of the drivers (n = 13) with audiogram suggestive to NIHL, 14% with Neurosensorial Loss and 12% with Notch Loss. The general health condition showed the worst average of whilst the Social Aspect showed the highest average of The number of change with PAIR was significant because the risk for noise exposure is elevated in professional drivers. In the assessment of quality of life, it was not found significant numbers because they do not have a perception of the detriments that their profession is causing to their life. Key words: NIHL, truck drivers, quality of life, noise.
5 5 1 INTRODUÇÃO Motorista de caminhão é aquele com vinculo empregatício, temporário ou não, contratado por uma empresa seja ela no ramo de transportes, logística ou mercadorias a ser transportada. Trabalha em média 10 horas por dia, com prazos, e comissões, mesmo a maioria tendo um salário fixo por mês. Passa vários dias na estrada, ficando até meses sem voltar para casa. Trabalham muitas vezes sobre pressão por estarem com um veiculo de valor elevado, cargas valiosas e muitas vezes tóxicas. Dispõem de estradas em péssimas condições de trafego, pouco segurança e fiscalização (Penteado et all, 2008). Em geral, a organização do trabalho desta categoria profissional impõe jornadas impraticáveis aos trabalhadores, sendo o principal fator causal de acidentes. No Brasil, muitos motoristas que caminhão dependem da demanda de carga que transportam para poderem trabalhar e, assim, a regularidade de seus horários os levam ao acúmulo de débitos de sono. Para atender as exigências dos horários de trabalho, os trabalhadores tem que inverter seu ciclo de vigília e sono, dormindo de dia e ficando acordados à noite (Rev. Brás. Saúde ocup.,2009). A magnitude do transporte rodoviário para o Brasil associada ao risco a que se expõe toda a população nas estradas gera a necessidade de melhorias das condições de trabalho destes motoristas profissionais. Segundo Silveira (2002), o trabalho é fundamental para as pessoas, pois é através dele que o homem se constitui como ser humano. O mesmo autor descreve que as vivências no ambiente de trabalho repercutem no cotidiano dos trabalhadores, tanto no contexto profissional quanto no domestico ou social, interferindo na qualidade de vida (Manzatto, 2012). Entre os problemas de saúde dos motoristas, relacionados ao trabalho, estão: perda auditiva induzida por ruído (PAIR), hipertensão, estresse, câncer, doenças do sono, refluxo gastroesofágico, doenças cardiovasculares e do músculo esquelético, além do envolvimento em acidentes são comuns na literatura (Cordeiro e col., 1994; Corrêa filho e col., 2002; Montovani e Weber,
6 6 2002; Cepinho e col., 2003; Freitas e Nakamura, 2003; Mendes, 2003; Silva e Mendes, 2005). O ruído é um agente de risco à saúde, presente em diversas atividades profissionais, inclusive naquelas relacionadas ao transporte. Seu efeito, principalmente sobre a audição (Perda Auditiva Induzida pelo Ruído PAIR), é bem conhecido e tem sido objeto de diversos estudos na área da saúde dos trabalhadores (Gonçalves, 2007). No Canadá, foram realizadas mais de 400 avaliações do ruído a que os motoristas de caminhão estavam expostos, em oito horas de trabalho. Observouse que, dirigindo com as janelas fechadas e rádio desligado, foram encontrados os mais reduzidos níveis sonoros de exposição ao ruído. O Nível Sonoro Equivalente (Leq) encontrado nos motoristas durante suas atividades foi de 78 a 89 db (A) com um valor médio de 82,7 db (A) e dirigindo com a janela aberta e o rádio ligado, resultou em um valor médio de 3,9 db (A). Portanto, a exposição excedeu o valor limite por lei para garantir a saúde auditiva, ou seja, 85 db (A) por oito horas (Lopes, Russo e Fiorini, 2007). A saúde auditiva dos motoristas de caminhão ainda não foi valorizada e insistentemente explorada pelos pesquisadores. Ao se preocuparem com esta questão, diversos trabalhos internacionais apontaram as doses e os Níveis Sonoros Equivalentes a que os motoristas estariam expostos, os sintomas objetivos e subjetivos da perda auditiva e os efeitos combinados do ruído e vibração ou produto químicos (monóxido de carbono) sobre sua audição. A avaliação audiométrica não deveria indicar somente a prevalência anual de alterações auditivas, porém, a partir da implementação de um padrão rígido para a obtenção dos resultados, possibilitaria garantir um panorama sobre a incidência de problemas auditivos ao longo dos anos. Alem disso, estes motoristas deveriam participar de um Programa de Prevenção de Perdas Auditivas (PPPA), o qual primordialmente promove ações para evitar o desencadeamento ou o agravamento de perdas auditivas, bem como, os efeitos extra-auditivos causados pelo exposição ao ruído intenso ou aos outros agentes de risco à audição (Lopes, Russo e Fiorini, 2007).
7 7 As condições desfavoráveis de trabalho e os problemas auditivos são fatores negativos na qualidade de vida do trabalhador, comprometendo suas relações sociais, pela dificuldades comunicativas (Gonçalves, 2009). No Brasil a PAIR Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados, representa uma das mais freqüentes doenças entre nossos trabalhadores, sendo a segunda maior causa de perda auditiva no homem adulto, perdendo apenas para a presbiacusia. A PAIR é definida como perda auditiva gerada por níveis de pressão sonora elevados, com alterações dos limiares auditivos, do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, no caso de motoristas geralmente unilateral, decorrente da exposição ao ruído ocupacional, apresentando como características principais à irreversibilidade e a progressão gradua com o tempo de exposição ao risco (Lopes, Otubo, Basso, Marinelli e Lauris, 2009). Consequências diretas da PAIR são identificadas como: desentendimentos, insatisfação e aborrecimentos vivenciados pela esposa. Na vida social, há o isolamento do portador de PAIR em relação ao grupos de amigos e a diminuição da vida social, como nas atividades de lazer. No ambiente de trabalho, há aumento do risco de envolvimento em acidente de trabalho, dificuldades na execução de tarefas instruídas verbalmente e restrição na oportunidade de promoção profissional (Gonçalves, 2007). Essa diversidade de agravos da saúde dos motoristas profissionais tem um impacto negativo na sua qualidade de vida, entendida como um conceito amplo que abrange a complexidade de um conceito social, cultural, subjetivo, etc (Fleck, 1999; Fleck e col., 2000; Ramirez, 2001). Qualidade de vida no trabalho é o conjunto de ações de uma empresa no sentido de implantar melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho que visem o bem do trabalhador ( França& Limongi, 1996). Na área de saúde do trabalhador, busca-se transformar os processos de trabalho nos seus diversos aspectos, eliminando os riscos e buscando formas de inserção dos trabalhadores no seu trabalho que propiciem a saúde e a qualidade de vida ((França & Limongi, 1996; Alves, 2003).
8 8 Cada vez mais tem se visto na prática clinica, que motoristas estão diariamente expostos a diversos tipos de riscos, como: níveis de pressão sonora elevados, estresse, insônia entre outros. Queixas como: zumbido, dores de cabeça, dificuldade de comunicação tanto no trabalho quanto no âmbito familiar, por exemplo, são comuns nesses trabalhadores, prejudicando ainda mais sua saúde. Assim tendo um grande impacto na qualidade de vida, por isso a excelência dos produtos e serviços, só fazem sentido se cada funcionário desfrutar de boa saúde, condições de trabalho, incentivos, turnos regulares de com os motoristas de caminhão. Ao falarmos de qualidade de vida no ambiente coorporativonotamos que o excesso de trabalho e o estresse fazem parte da vida diária do trabalhador moderno, e que são fatores ligados a conjuntura econômica da atualidade. Esses fatos estão, muitas vezes, diretamente relacionados ao estilo de vida sedentário, o qual acarreta significativos prejuízos para saúde da população em geral associados a demandas familiares e às exigências permanentes de atualização e capacitação (Manzatto,2012). Muitas vezes após longos anos de exposição que estes motoristas irão perceber dificuldades auditivas, quando já está numa fase mais crítica, onde principalmente os familiares percebem esta dificuldade, e que este fato é irreversível. Por isso a importância desse estudo, temos poucas pesquisas nesta área e muitos casos de PAIR na pratica clinica, em motoristas de caminhão, e assim tendo um impacto na qualidade de vida destes trabalhadores. 2 OBJETIVO Este trabalho tem como objetivo geral avaliar a qualidade de vida e a audição de motoristas de caminhão de empresas de transportes da cidade de Carambeí, PR.
9 9 3 MÉTODOS Foi realizado um estudo epidemiológico, quantitativo, transversal com 50 motoristas de caminhão, de empresas da cidade de Carambeí PR, num total de duas empresas, todas de transporte de cargas, em uma Clínica responsável pelo SESMT dessas empresas. Realizou-se avaliação auditiva, através de audiometria tonal de limiar, com audiômetro AD 229b marca Interacustic, calibrado em 18/09/2013, cabine acústica Vibrason calibrada, e aplicação de um questionário fechado (SF-36 Medical OutcomesStudy 36 - Short Form Health Survey) para avaliar a qualidade de vida. Além disso, aplicou-se uma anamnese sobre queixas auditivas. Os dados foram analisados, analisando-se os audiogramas conforme a classificação do Anexo II da NR 7, que considera sugestivo de perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados os casos cujos audiogramas, nas freqüências de e/ou e/ou Hz, apresentam limiares auditivos acima de 25 db (NA) e mais elevados do que nas outras freqüências testadas, estando estas comprometidas ou não, tanto no teste de via aérea quanto no da via óssea, em um ou em ambos os lados. Para a análise das respostas do questionário SF-36 (Medical Outcomes Study 36 Short Form Health Survey) que trata, conforme Ciconelli et all (1999), de um instrumento conciso, genérico, de fácil administração e compreensão. Esse instrumento foi elaborado e validado na língua inglesa por Ware e Sherboune, (1992) para pesquisa em saúde e traduzido e validado para a língua portuguesa por Coconelli et all (1997), fundamentada na necessidade de disponibilizar um instrumento de avaliação genérica de saúde, bem desenhado com propriedades de medidas já demonstrada em outros trabalhos. O instrumento contempla 36 itens globalizados por oito domínios, sendo eles: 1- capacidade funcional questão de número 03 que mede as atividades das atividades diárias, como: capacidade de cuidar de si, vestir-se, tomar banho e subir escadas;
10 10 2- aspectos físicos questão de número 04 que mede o impacto da saúde física no desempenho das atividades diárias e ou profissionais; 3- dor questões de número 07 e 08 para mensurar o nível de dor e o impacto no desempenho das atividades diárias e ou profissionais; 4- estado geral de saúde questões de número 01 e 11 para identificar a percepção subjetiva do estado geral da saúde; 5- vitalidade questão de número 09 (itens A, E, G e I) para identificar a percepção subjetiva do estado geral de saúde; 6- aspectos sociais questão de número 06 para identificar o reflexo da condição de saúde física nas atividades sociais; 7- aspectos emocionais questão de número 05 para identificar o reflexo das condições emocionais no desempenho das atividades diárias e ou profissionais; 8- saúde mental questão de número 09 (itens B, C, D, F e H) escala de humor e bem estar ( CASTRO et al, 2003). Apresenta um escore que vai de zero a 100 onde zero é o pior estado geral de saúde e 100 o melhor estado geral de saúde. Para o tratamento dos dados obtidos pelo instrumento FS-36, foi utilizado uma planilha no Excel para inserção dos dados. Desta forma, cada domínio do SF-36 possui um valor, dentro da escala, conforme foi respondido no questionário. Assim, aplicou-se a seguinte fórmula para o cálculo de cada domínio: Domínio= Valor obtido na questão correspondente limite inferior x 100 Variação O SF-36, concebido por Ware e Sherbourne (1992), é um instrumento genérico de fácil compreensão, do tipo auto-administrado, para toda pessoa acima de 14 anos de idade (CICONELLI et al., 1999; COSTA; MATIAS, 2005). Destina-se a mensurar aspectos multidimensionais da saúde, bem como atividades geralmente afetadas por agravos (CICONELLI et al., 1999; COSTA;
11 11 MATIAS, 2005). Estudos mostraram sua aplicação para acompanhar a evolução clínica dos pacientes, o efeito do tratamento empregado e analisar a influência de co-morbidades na QVRS (AYDEMIR et al., 2005; STUDENSKI et al., 2005). O SF-36 foi indicado pela Agency for Health Care Policy and Research (GRESHAM et al., 1995) como um dos instrumentos mais adequados para a avaliação de indivíduos que sofreram AVE, sendo suas medidas da QVRS consideradas padrão-ouro (CICONELLI et al., 1999; COSTA; MATIAS, 2005; MOTA; NICOLATO, 2008; OLIVEIRA; ORSIN, 2008)Cabral, RESULTADOS Foram pesquisados 50 motoristas, todos do sexo masculino, com idade entre 21 e 57 anos (média de idade 39 anos) e tempo como motorista de 1 a 40 anos (média), pertencentes à duas empresas de transportes distintas. Na tabela 1 estão os resultados dos audiogramas dos motoristas, considerando-se a pior orelha e classificados segundo critério da NR 7: TABELA 1: Resultados audiogramas dos trabalhadores, segundo NR7, considerando a pior orelha N=50 Resultado dos audiogramas Freq. absoluta Freq. Relativa % Limiares auditivos dentro dos padrões esperados Sugestivo de PAIR Não sugestivo de PAIR Entre os motoristas, 26% apresentaram audiograma sugestivos de PAIR. Na tabela 2, estão os resultados do perfil auditivo dos motoristas classificados segundo o Conselho Federal de Fonoaudiologia (2013):
12 12 Tabela 2: Resultado dos audiogramas, segundo critério clínico, CRFa, considerando a pior orelha N=50 Resultado dos audiogramas Freq. absoluta Freq. Relativa % Audição normal Perda auditiva condutiva 9 18 Perda auditiva mista 8 16 Perda auditiva neurossensorial 7 14 Perda auditiva com entalhe 6 12 De acordo com o critério clinico, pode se perceber que teve 14% de Perda Neurossensorial e 12% de Perda em Entalhe, que caracteriza uma provável PAIR. Tabela 3: Audiograma separados por orelhas: Direita, Esquerda ou Bilateral. Resultado dos Orelha direita Orelha Bilateral audiogramas esquerda Perda auditiva condutiva Perda auditiva mista Perda auditiva neurossensorial Perda auditiva com entalhe Dividido por orelha, pode se perceber, que no entalhe, tevesse diferença nas orelhas, onde na maioria era entalhe em uma orelha e perda na outra. Na tabela 4, será descrito as queixas encontradas através da anamnese.
13 13 TABELA 4: Demonstrativo das queixas/sintomas auditivos relatados pelos trabalhadores N=50 Queixas/sintomas auditivos Freq. Absoluta Freq. Relativa% Prurido Zumbido 9 18 Infecção auditiva 8 16 Dores de ouvido 5 10 Sem queixas Pode perceber que a maioria dos trabalhadores não apresentam nenhum tipo de queixa, sendo 37%, as queixas mais citadas pelos motoristas foi prurido 20% e zumbido 18%. Na tabela 5 será descrito os tipos de problemas de saúde, se fazem uso de medicamento e quem é fumante, dados relatados pelos trabalhadores na anamnese. TABELA 5: Problemas de saúde, uso de medicamentos controlados e fumantes relatados pelos trabalhadores N=50 Problemas de Saúde/medicamentos/fumantes Freq. Absoluta Freq. Relativa % Pressão Alta 5 10 Diabetes 3 6 Colesterol 1 2 Trigliceridios 2 4 Fumantes Uso de medicação 7 14 Sem problemas Pode-se perceber que no grupo estudado são pouco os que apresentam algum problema de saúde, já o número de fumantes é bem significativo, pois 30% da população estudada é de fumantes.
14 14 Na tabela 6 será descrito as principais características encontradas no questionário apresentado ao grupo em questão. Demonstrado a média geral dos escores de cada domínio. TABELA 6: Média geral dos escores do instrumento SF-36, por domínio N=50 DIMENSÕES SF -36 MÉDIA±DP MEDIANA Capacidade funcional 91,3±7,81 95 Limitação Física 88,5±25, Dor 83,94±20,22 92 Estado Geral de Saúde 75,52±15,74 78,5 Vitalidade 83,2±12,49 85 Aspectos Sociais 93,5±14, Limitações Emocionais 90±20, Saúde Mental 88,24±15,74 96 Ao analisar a média geral de cada domínio, foi observado que o domínio Estado geral de saúde apresentou a menor media (75,52) com desvio padrão de (15,74) e mediana (78,5). Onde em três domínios apresentaram mediana de 100.
15 15 5 DISCUSSÃO Dos 50 motoristas de caminhão que foram avaliados, segundo a NR 7 os audiogramas apresentaram, (Tabela 1) 42% de Limiares dentro dos padrões de normalidade, 26% de Sugestivo de PAIR e 32% Não Sugestivo de PAIR. Já na Tabela 2 conforme critério Clinico, pode se perceber que 32% são de outras perdas (Mista e Condutiva), onde o número de perdas auditivas tanto ocupacionais quanto não ocupacionais nesta população estudada é bastante grande, cerca de 58%. Encontrou-se 26% de trabalhadores com alterações auditivas, o que indica que essa profissão é de risco para perda auditiva. Comparado a outros estudos (Lopes et all, 2009), que teve uma prevalência de 25% de Sugestivos com PAIR. Já os autores (Cordeiro e col., 1994; Santos Júnior e Mendes, 1999; Cepinho e col., 2003; Freitas e Nakamura, 2003; Mendes, 2003; Silviero e col., 2005) afirmam que os problemas auditivos, em motoristas, podem ter origem ocupacional em decorrência da exposição ao ruído, às vibrações dos veículos e a produtos químicos, e podem caracterizar-se como Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR) (Penteado et all, 2008). Na Tabela 3, onde foi avaliado as queixas e os sintomas, pode se perceber que as duas maiores queixas são de otalgia 20% e zumbido 18%, o que causou um questionamento, pois a queixa de otalgia não é muito comum encontrar. Mais comparado a outros estudos (Lopes et all, 2009), onde a queixa de otalgia foi de apenas 5% e no estudo (Filho et all, 2002) a maior queixa é de zumbido 72,1% da população estudada apresentava queixa de zumbido, uma vez que segundo o Comitê Nacional de Ruído e Conservação Auditiva, coloca que o zumbido é um dos sintomas que também caracteriza a PAIR. A Tabela 4 onde foi mostrado problemas de saúde, uso de medicação e fumantes, nota se que a Pressão Alta 10% (n=50), é a que maior aparece nos problemas de saúde, como em outros estudos que também mostram a relação da exposição ao ruído e o aumento de pessoas com pressão alta, em (Cordeiro et all, 1994) mostra que, estudos relacionando exposição ao ruído e pressão arterial são ainda controversos embora já se possa vislumbrar uma tendência a identificação de associação positiva entre exposição profissional a ruído e prevalência de hipertensão arterial sistêmica (Kristensen, 1989; Cordeiro et al.,
16 ). Estando já bem estabelecido um aumento da pressão sistólica como efeito da exposição aguda a alto nível de pressão sonora (Andren et al., 1982). No número de fumantes o percentual foi muito alto 30% (n=15), o que se percebe, o fato de ficarem muito tempo dirigindo, o uso de cigarro se torna comum, por exemplo, para ajudá-los a manter se acordados. Como no estudo (Penteado et all, 2008) a porcentagem de fumantes foi de 21,25% o que foi um número também alto, quando se sabe que o cigarro causa vários outros problemas de saúde, incoordenação pneumofônica, pigarro, tosse, doenças cardíacas e câncer de laringe e de pulmão Netterstrom e Juel, 1988; Pinho, 1997; Oliveira, 2004; Miranda e col., 2005; Penteado e col., 2005). A Tabela 5, observou-se que ainda estes profissionais não perceberam os problemas que a profissão de motorista esta causando na sua qualidade de vida, pois avaliado por domínios o que apresentou pior media foi Estado Geral de Saúde 75,52 o que da uma mediana de 78,5, o que não é compatível com outro estudo (Ciconelli et all, 1999) que apresentou no domínio vitalidade a menor média 73,00 e mediana 70, o que apresentou nos dois estudos foi a mediana de 100 nos Aspectos Físicos. O que pode se perceber neste estudo que não a relação entre a Perda Auditiva por Ruído com a qualidade de vida destes motoristas, pois supõe-se que não tiveram a percepção do que realmente a profissão esta causando em sua vida.
17 17 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS No decorrer da pesquisa, conseguimos observar que os motoristas, não conseguem perceber que a profissão à qual eles exercem é uma profissão com muitos riscos, não apenas auditivos, mais vários outros agravantes que existem nesta profissão. Na audição e na qualidade de vida, que foram o foco principal desta pesquisa, eles não percebem o quanto a audição vai piorando com o decorrem dos anos de exposição ao ruído, e na grande maioria, não fazem nada para diminuir os riscos, mesmo sendo orientados freqüentemente, tanto pela fonoaudióloga quanto pelo técnico de segurança do trabalho da empresa. Por isso a dificuldade da percepção dos prejuízos na sua qualidade de vida,foi quase nenhuma, pois para a grande maioria, a vida deles é em cima do caminhão, pois passam mais dias nas estradas do em casa com sua família. Não sentem que o sedentarismo, o cigarro, alimentação não adequada, entre outros estão sim, prejudicando sua qualidade de vida, quem sabe isso aconteça por a grande maioria ter pouco estudo e conhecimento. 7 CONCLUSÃO Diante dos resultados encontrados no presente estudo, que teve como objetivo avaliar a audição e a qualidade de vida de motoristas de caminhão, foi possível observar que teve 26% de motoristas com PAIR. Já na qualidade de vida não tivemos números expressivos em nenhum dos domínios, o único que apresentou uma porcentagem mais baixa foi no domínio do Estado Geral de Saúde, média 75,52, onde a idade varia de 31 à 49 anos e o tempo de serviço de 10 à 16 anos. Observando se que o nível de idade não é tão alto nem o tempo de serviço para justificar estas porcentagens encontradas no estudo.
18 18 REFERÊNCIAS 1. ARAÚJO P. Caminhoneiros e resistência política: proletariado ou patrões de si mesmo? 2. CABRAL D. Comparação do instrumentos SF-36 e perfil de saúde de Nottingham para avaliação da qualidade de vida de indivíduos pós Acidente Vascular Encefálico. Recife, CICONELLI, R. M., et al. 1. Introdução 1.1. Contexto. Ver Brás reumatol 39.3 (1999):n CORDEIRO R, FILHO E, NASCIMENTO L. Associação da Perda Auditiva Induzida pelo Ruído com o Tempo Acumulado de Trabalho entre Motoristas e Cobradores. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (2): , abr/jun, FILHO H, COSTA L, HOEHNE EPÉREZ M, NASCIMENTO L, MOURA E. Perda Auditiva Induzida por Ruído e Hipertensão em condutores de ônibus. Campinas, SP. Rev. Saúde Pública, 36(6): , GONÇALVES C. Análise do programa de Apoio e Reabilitação para trabalhadores portadores de PAIR em metalúrgica. Distúb Comum, São Paulo, 19(1), , GONÇALVES C. Saúde do Trabalhador: da Estruturação À Avaliação de Programas de Preservação Auditiva. São Paulo; LOPES G, RUSSO I, FIORINI Ana. Estudo da Audição e da Qualidade de Vida em Motoristas de Caminhão. Rev CEFAC, São Paulo, v.9, n.4, , LOPES A, OTUBO K, BASSO T, MARINELLI E, LAURIS J. Perda Auditiva Ocupacional: Audiometria Tonal x Audiometria de Altas Frequências. Arq. Int. Otorrinolaringol. São Paulo, v.13, n.3, p , MANZATTO L. Qualidade de Vida no Trabalho: Avaliação Quali/Quanti de Motoristas de uma Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas. Piracicaba, PENTEADO R, GONÇALVES C, COSTA D, MARQUES J. Trabalho e Saúde em Motoristas de Caminhão do Interior de São Paulo. Saúde Soc., vol-17, n 4, p , SANTANA M, BRANDÃO K, GOULART B, CHIARI B. Fonoaudiologia e Saúde do Trabalhador: Vigilância É Informação para Ação. Rev. CEFAC, , 2009.
19 19 ANEXOS MODELO do TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Dados de identificação Título do Projeto: QUALIDADE DE VIDA E AUDIÇÃO DE MOTORISTAS DE CAMINHÃO Instituição a que pertence o Pesquisador Responsável:UTP UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Telefones para contato: (42) (42) Nome do voluntário: Idade: anos R.G. O Sr. (ª) está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa QUALIDADE DE VIDA EM MOTORISTAS DE CAMINHÃO, de responsabilidade do pesquisador CLAUDIA GONÇALVES E TICYANA L. DE MELLO C. LIMA. Especificar, a seguir, cada um dos itens abaixo, em forma de texto contínuo, usando linguagem acessível à compreensão dos interessados, independentemente de seu grau de instrução: - Justificativas e objetivos - descrição detalhada dos métodos (no caso de entrevistas, explicitar se serão obtidas cópias gravadas e/ou imagens) - desconfortos e riscos associados - benefícios esperados (para o voluntário ou para a comunidade) - explicar como o voluntário deve proceder para sanar eventuais dúvidas acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa ou com o tratamento individual - esclarecer que a participação é voluntária e que este consentimento poderá ser retirado a qualquer tempo, sem prejuízos à continuidade do tratamento - garantir a confidencialidade das informações geradas e a privacidade do sujeito da pesquisa - explicitar os métodos alternativos para tratamento, quando houver - esclarecer as formas de minimização dos riscos associados (quando for o caso) - possibilidade de inclusão em grupo controle ou placebo (quando for o caso) - nos casos de ensaios clínicos, assegurar - por parte do patrocinador, instituição, pesquisador ou promotor - o acesso ao medicamento em teste, caso se comprove sua superioridade em relação ao tratamento convencional - valores e formas de ressarcimento de gastos inerentes à participação do voluntário no protocolo de pesquisa (transporte e alimentação), quando for o caso - formas de indenização (reparação a danos imediatos ou tardios) e o seu responsável, quando for o caso Eu,,RG nº declaro ter sido informado e concordo em participar, como voluntário, do projeto de pesquisa acima descrito.
20 20 CARAMBEI, de de Nome e assinatura do paciente Nome e assinatura do responsável por obter o consentimento Testemunha Testemunha Informações relevantes ao pesquisador responsável: Res. 196/96 item IV.2: O termo de consentimento livre e esclarecido obedecerá aos seguintes requisitos: a) ser elaborado pelo pesquisador responsável, expressando o cumprimento de cada uma das exigências acima; b) ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa que referenda a investigação; c) ser assinado ou identificado por impressão dactiloscópica, por todos e cada um dos sujeitos da pesquisa ou por seus representantes legais; e d) ser elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo sujeito da pesquisa ou por seu representante legal e uma arquivada pelo pesquisador. Res. 196/96 item IV.3: c) nos casos em que seja impossível registrar o consentimento livre e esclarecido, tal fato deve ser devidamente documentado, com explicação das causas da impossibilidade, e parecer do Comitê de Ética em Pesquisa. Casos especiais de consentimento: 1. Pacientes menores de 16 anos deverá ser dado por um dos pais ou, na inexistência destes, pelo parente mais próximo ou responsável legal; 2. Paciente maior de 16 e menor de 18 anos com a assistência de um dos pais ou responsável; 3. Paciente e/ou responsável analfabeto o presente documento deverá ser lido em voz alta para o paciente e seu responsável na presença de duas testemunhas, que firmarão também o documento; Paciente deficiente mental incapaz de manifestação de vontade suprimento necessário da manifestação de vontade por seu representante legal.
21 21 SHORT FORM HEALTH SURVEY Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida -SF Em geral você diria que sua saúde é: Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim Comparada há um ano atrás, como você se classificaria sua idade em geral, agora? Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso, quando? Atividades a) Atividades Rigorosas, que exigem muito esforço, tais como correr, levantar objetos pesados, participar em esportes árduos. b) Atividades moderadas, tais como mover uma mesa, passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a casa. Sim, dificulta muito Sim, dificulta um pouco Não, não dificulta de modo algum c) Levantar ou carregar mantimentos d) Subir vários lances de escada e) Subir um lance de escada f) Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se g) Andar mais de 1 quilômetro h) Andar vários quarteirões i) Andar um quarteirão j) Tomar banho ou vestir-se Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde física?
22 22 a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades? Sim Não 1 2 b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2 c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades. 1 2 d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex. necessitou de um esforço extra) Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)? a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades? Sim Não 1 2 b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2 c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo? De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas? Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)? De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
23 23 9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime de maneira como você se sente, em relação às últimas 4 semanas. a) Quanto tempo você tem se sentindo cheio de vigor, de vontade, de força? b) Quanto tempo você tem se sentido uma pessoa muito nervosa? c) Quanto tempo você tem se sentido tão deprimido que nada pode anima-lo? d) Quanto tempo você tem se sentido calmo ou tranqüilo? e) Quanto tempo você tem se sentido com muita energia? f) Quanto tempo você tem se sentido desanimado ou abatido? g) Quanto tempo você tem se sentido esgotado? h) Quanto tempo você tem se sentido uma pessoa feliz? i) Quanto tempo você tem se sentido cansado? Todo Tempo A maior parte do tempo Uma boa parte do tempo Algum a parte do tempo Uma peque na parte do tempo Nun ca 10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)? Todo A maior parte do Alguma parte do Uma pequena Nenhuma
24 24 Tempo tempo tempo parte do tempo parte do tempo O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você? a) Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas b) Eu sou tão saudável quanto qualquer pessoa que eu conheço c) Eu acho que a minha saúde vai piorar d) Minha saúde é excelente Definitivamente verdadeiro A maioria das vezes verdadeir o Não sei A maioria das vezes falso Definitiva- mente falso
25 25 FONOAUDIOLOGIA OCUPACIONAL ANAMNESE NOME: DATA: DATA DE NASCIMENTO: IDADE: EMPRESA: FUNÇÃO: SEXO: ( )F ( )M Motivo do exame: ( )ADM ( )DEM ( )PER ( )RET. AO TRABALHO ( )MUD. DE FUNÇÃO Ultimo exame de audição realizado, à quanto tempo? Otoscopia: ( )normal pouco cerúmen ( )OD ( )OE ( ) cerúmen ( )OD ( )OE Estava trabalhando em ambiente ruidoso: ( )sim ( )não Quantas horas por dia: ( )4 hrs ( ) 6 hrs ( ) 8 hrs ( )mais que 8 hrs Fazia uso, ou faz uso de protetor auricular: ( )sim ( )não ( )raramente Qual modelo: ( )plug ( )abafador/concha ( )plug e concha Já foi exposto algum tipo de explosão: ( )arma de fogo ( )explosivos ( )pneu caminhão ( )fogos de artifício ( )outros Apresenta Perda auditiva: ( )sim ( )não ( )OD ( )OE ( )bilateral Sua perda auditiva afeta na sua vida? ( )sim ( )não De que forma: Tem alguém na família que seja surdo: ( )sim ( )não quem? Dor de ouvido: ( )sim ( )não como é? Muita cera no ouvido: ( )sim ( )não ( )OD ( )OE ( )bilateral Coceira no ouvido: ( )sim ( )não ( )OD ( )OE Tem chiados, zumbidos no ouvido: ( )sim ( )não como é: Já operou: nariz ( ) ouvido ( ) garganta ( ) Infecção de ouvido já teve alguma vez: ( )sim ( )não Lavagem no ouvido já fez: ( )sim ( )não Quantas vezes: Faz uso de fone de ouvido com música: ( )sim ( )não dia todo( ) as vezes( ) volume: ( )alto ( )médio ( )baixo Apresenta problemas de saúde: ( )pressão ( )diabetes ( )colesterol ( )triglicerídios ( )outros Medicamento controlado: ( )sim Quais: Fuma: ( )sim ( )não quanto por dia: OBS: Retornos:
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